LEISHMANIOSE VISCERAL NO BRASIL: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "LEISHMANIOSE VISCERAL NO BRASIL: DESAFIOS E PERSPECTIVAS"

Transcrição

1 LEISHMANIOSE VISCERAL NO BRASIL: DESAFIOS E PERSPECTIVAS Maria Norma Melo Ph.D - Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Parasitologia, Av. Antônio Carlos Belo Horizonte-MG, Brasil - melo@icb.ufmg.com.br A leishmaniose visceral (LV) é uma doença sistêmica que atinge as células do Sistema Monocular Fagocitário do homem sendo os órgãos mais afetados o baço, fígado, linfonodos, medula óssea e pele. Outros órgãos e tecidos podem também ser afetados, por exemplo o intestino e os pulmões. Em casos avançados da doença praticamente todos os órgãos são envolvidos. A LV é uma doença crônica, grave, de alta letalidade, cuja mortalidade nos casos humanos não tratados pode alcançar 70 a 90%. A doença apresenta amplo espectro epidemiológico no mundo, ocorrendo em áreas tropicais e subtropicais, sendo causada por parasitos pertencentes ao subgênero Leishmania, com três espécies principais: Leishmania (Leishmania) donovani, Leishmania (Leishmania) infantum, Leishmania (Leishmania) chagasi agrupadas no complexo Leishmania donovani. A LV é endêmica em 62 paises dos quatro continentes, em sua maioria paises em desenvolvimento, onde existem 200 milhões de pessoas expostas ao risco. Cerca de 90% dos casos mundiais ocorrem na Índia, Bangladesh, Nepal, Sudão e Brasil. Na América a LV é causada pela L. chagasi, espécie considerada semelhante a L. infantum que ocorre na bacia do Mediterrâneo, conforme mostrado recentemente por estudos bioquímicos e moleculares 19. A importância da LV no contexto da Saúde Pública do Mundo tem aumentado na última década, devido sua expansão geográfica invadindo áreas antes livres da doença de sua urbanização e re-emergência em focos endêmicos antigos e ainda pelo número crescente de casos de LV associada à infecção pelo HIV. Dados recentes mostram a urbanização da doença na América, como por exemplo nas cidades de Belo Horizonte, MG Brasil 20, em Assunção, Paraguai 7 e Valência Venezuela 1 sua re emergência na África e a situação epidêmica que ocorre no subcontinente indiano WHO/CTD/ Os novos comportamentos epidemiológicos observados podem indicar, entre outras causas, as novas situações de vida de segmentos populacionais expostos a inúmeros riscos, como os migrantes, refugiados de guerra civis, usuários de drogas e grupos marginalizados dos grandes centros urbanos, ao lado de questões ligadas ao meio ambiente, incluindo mudanças ambientais criadas pelo homem, a redução de campanhas contra a malária e novos fatores imune supressivos tais como infecção pelo HIV. Nas Américas a LV corre na Argentina, Paraguai, Bolívia, Colômbia, Venezuela, Costa Rica, Guatemala, Guadalupe, Honduras, Martinica, México, El Salvador e Brasil. O Brasil é o país americano com maior número de casos. A doença, considerada inicialmente como uma doença de caráter eminentemente rural, hoje é detectada em áreas rurais e urbanas. Deane em seu clássico estudo de , já chamava atenção para a expansão e urbanização da LV no Brasil, fato hoje Fortaleza, CE - São Luiz, MA Santarém, PA Recife, PE Salvador, BA Rio de Janeiro, RJ Belo Horizonte, MG Montes Claros, MG Campo Grande, MT Araçatuba, SP e Palmas, TO, entre outras. (Dados da FUNASA-MS, Brasil, 2003) 21. Dados recentes mostram que a LV registrada em 19 das 27 unidades da Federação e que aproximadamente 1600 municípios apresentam casos de transmissão autóctone (Ministério da Saúde, 2003). Sua maior incidência encontra-se no nordeste com mais de 92% dos casos notificados, seguida pelas regiões sudeste ( 4%), norte (3%) e centro oeste, (1%) 6. No final da década de 90 e início dos anos 2000 observou-se um aumento da LV de 2154 em 1998 para 3892 em 1999 e 4.511em À medida que a doença se expandiu para outras regiões e atingiu áreas urbanas e periurbanas, observou-se uma redução no número de casos do nordeste em 70% em relação aos casos do país, com aumento em outras regiões 22. No Brasil a LV acomete pessoas de todas as idades, mas segundo a Fundação Nacional de Saúde a doença é mais prevalente em crianças, com 80% dos casos registrados ocorrendo em crianças com menos de 10 anos. Em alguns focos urbanos há uma tendência de modificação da distribuição dos casos por grupo etário, com ocorrência de altas taxas em adultos jovens. Reservatórios Mamíferos da família Canidae principalmente cães (Canis familiaris) e raposas são considerados os principais reservatórios da doença. Duas espécies de raposas foram encontradas naturalmente infectadas Dusicyon vetulus no Ceará e Cerdocyon thous no Pará e Minas Gerais. Também marsupiais do gênero Didelphis e roedores foram encontrados naturalmente infectados. No ambiente doméstico o cão é o reservatório mais importante e fonte de infecção para os vetores. Estes animais são encontrados infectados em todos os focos da doença humana sendo considerados o principal elo na cadeia de transmissão da LV. A possibilidade de que o homem, principalmente as crianças doentes e desnutridas, possam em alguns casos, ser fonte de infecção, pode levar a um aumento na complexidade da transmissão da LV. Entretanto, há evidências de que muitas pessoas na área endêmica que contraem a infecção nunca desenvolvem sintomas da doença ou se recuperam espontaneamente, se apresentando como assintomáticos 23. Estudo dos fatores de risco da LV canina no Brasil, até o momento não evidenciaram predisposição sexual, racial ou etária relacionada com a infecção no entanto, acredita-se que as raças miniaturas sejam menos afetadas, por viverem dentro dos domicílios. Entretanto, na Europa há estudos mostrando resultados controversos em relação à estas variáveis 6. Vetores Lutzomyia longipalpis, presente em todos os países da América Latina, exceto no Chile, é o principal hospedeiro de L. chagasi. A transmissão ocorre em habitats que variam de regiões florestais, onde vivem os reservatórios silvestres, até no peridomicílio de ambas, região rural e áreas urbanas, onde o cão é o principal reservatório. L. longipalpis é encontrada em pequenos números em florestas tropicais úmidas, distante das habitações humanas, em áreas abertas, associadas com cavernas do sudeste do Brasil, abrigo de animais, sendo o único membro do subgênero Lutzomyia que se adaptou às condições domésticas e peridoméstica. Em virtude desta adaptação, e devido aos hábitos oportunísticos de alimentação, a espécie constitui o principal e mais importante vetor da L. chagasi. A eficiência da transmissão do parasito pelo inseto vetor está relacionada a componentes presentes na saliva, que podem aumentar a fagocitose do parasita pelos macrófagos e inibir a habilidade do macrófago ativado matar os parasitas intracelulares. Dentre estes fatores esta incluído o peptídeo maxadilan, o mais ativo vaso dilatador conhecido 29.Recentemente L. cruzi foi incriminada como vetor no estado do Mato Grosso do Sul 27. Quando a fêmea de flebotomíneo pica o hospedeiro mamífero com leishmaniose, ingere formas amastigotas junto com o repasto sanguíneo, o qual é envolvido pela matriz peritrófica, produzida por células do intestino do inseto. Os parasitas escapam da matriz para a luz do intestino e o sangue quando digerido, o passa para o intestino posterior sendo eliminado. No tubo digestivo do inseto as amastigotas se transformam em promastigotas, as quais sofrem uma série de mudanças morfológicas e fisiológicas, diferenciando-se, pelo menos em parte, em paramastigotas e no final do ciclo em promastigotas metacíclicas ou infectantes, que se movem para a parte anterior do tubo digestivo. Desta forma, ao se alimentarem novamente, os insetos depositam as formas promastigotas na pele do novo hospedeiro. Os parasitas são fagocitados se transformam em amastigotas que sobrevivem dentro dos fagolisosmas, se dividem, as células parasitadas se rompem e as amastigotas são fagocitadas por novos macrófagos. O ciclo se completa quando as amastigotas são ingeridas por novos flebotomíneos. A persistência da doença em uma determinada área depende basicamente de dois fatores: a presença de um vetor susceptível e a presença de um hospedeiro reservatório, igualmente susceptível. Relação entre a Leishmaniose Visceral Humana e Canina A despeito de alguns estudos mostrando a relação direta entre a prevalência da LV nas populações humana e canina, a doença canina é mais Rev. Bras. Parasitol.Vet., v.23, suplemento 1,

2 prevalente e apresenta uma distribuição mais ampla que não correlaciona com a prevalência humana.embora alguns autores tenham mostrado que a remoção sistemática de cães infectados tenha levado a uma diminuição da incidência da doença no homem, outros não observaram diminuição significativa na incidência da doença humana. A proporção de casos humanos infectada comparada aos casos caninos, nos diferentes focos é muito variável, embora segundo o Ministério da Saúde a enzootia canina tenha sempre precedido a infecção do homem e que a infecção em cães seja mais prevalente que no homem.do ponto de vista epidemiológico a LV canina é considerada no Brasil mais importante que a doença humana. Segundo o Ministério da Saúde entre 1980 e 1997 foram examinados cães em áreas endêmicas e aproximadamente (2,4%) se encontravam infectados. Em Belo Horizonte a soroprevalência em cães examinados pelo Serviço de Zoonoses da Prefeitura Municipal de 1994 a 2002 foi de 3,6%. Dois aspectos são importantes para desenvolvimento da doença tanto no homem como no cão: a resposta imune e virulência da cepa do parasita. Apesar de ser uma doença de notificação compulsória os dados disponíveis são baseados na detecção passiva de casos. O número de pessoas expostas à infecção ou infectadas sem sintomas é em algumas áreas muito maior que o número de casos detectado 23. A ocorrência nas áreas urbanas de infecções subclínicas ou inaparentes decorrentes da permanente exposição do homem às picadas infectantes, prenunciam um grave problema associado à circulação do vírus HIV, neste caso podendo transformar a LV em parasitose oportunista. Realmente, a LV apresenta comportamento diferente na co-infecção com HIV que se reflete principalmente na resposta irregular ao tratamento e alteração do padrão diagnóstico. Tem sido constatado o crescente número de casos de coinfecção Leishmania/HIV em áreas urbanas do Brasil com o aparecimento de nova forma de transmissão pelo compartilhamento de agulhas contaminadas, com o risco de instalação do ciclo antroponótico artificial 14. O processo de expansão geográfica e urbanização da LV, leva a necessidade de se estabelecer medidas mais eficazes de controle. Neste contexto a correta identificação dos cães infectados constitui uma medida importante entre as estratégias de um programa de controle. A leishmaniose visceral canina é um poderoso indicador da transmissão em um foco de leishmaniose quer pela alta prevalência da doença nestes animais, quer pela presença de parasitas na pele. Alguns autores consideram o cão responsável pela manutenção de focos endêmicos. A introdução do cão infectado, trazido na bagagem dos migrantes, parece ter sido um importante aspecto para o sucesso do estabelecimento do ciclo doméstico. Na maior parte dos estudos sobre epidemias urbanas tem sido relatado o encontro de cães infectados 9 e em algumas áreas foi possível observar que a LV canina precedeu o aparecimento da doença humana 56. Entretanto, há questionamentos sobre se a LV canina é realmente fator de risco para a LV humana. Não há concordância entre os pesquisadores de que a LV canina é causa necessária para a LV humana, embora a maioria dos estudos até agora realizados apontem nessa direção. Esta é uma questão que necessita de maiores estudos para ser inteiramente esclarecida 14. Relação Hospedeiro Parasita A multiplicação dos parasitas dentro dos macrófagos depende de mecanismos imune regulatórios, como a capacidade do individúo apresentar uma resposta do tipo Th1, elaborando uma resposta celular efetiva. Se o hospedeiro falha em gerar uma resposta imune efetiva, o parasita dissemina da pele para os órgãos via fagócitos mononucleares.estudos em modelos murinos têm mostrado que a geração de uma resposta imune protetora contra leishmaniose é mediada por células T 5.Os macrófagos parasitados e outras células apresentadoras do antígeno apresentam antígenos de Leishmania nos linfócitos T do tipo CD4+. Estes linfócitos são estimulados a produzirem interleucinas, e dependendo do perfil estimulado ocorre o desenvolvimento de sub-populações de linfócito TH ( T Helper) do tipo Th1, associado à produção de IFN-ã, TNFá que são requeridos para a ativação de macrófagos e morte dos parasitas, enquanto no estimulo de linfócito tipo Th2 há produção de grande quantidade de IL-4 marcadores da presença de resposta humoral com produção de grande quantidade de anticorpos produzidos por linfócitos B 18. A LV é caracterizada por pela grande produção de anticorpos, principalmente IgG, entretanto como a ativação de LB é policlonal, a maioria das imunoglobulinas são inespecíficas. Os anticorpos específicos contra Leishmania são utilizados principalmente para o diagnóstico. No homem bem como no cão aspectos relacionados à imunidade não estão claramente definidos. Na verdade a severidade das manifestações clínicas depende intrinsecamente do tipo de resposta imunológica expressada pelo individuo infectado. Em resumo, conforme a capacidade do indivíduo homem ou cão montar uma defesa imunológica efetiva a qual está relacionada a fatores ambientais, nutricionais, genéticos e ligados ao próprio parasita, induzindo preferencialmente de Th1 ou Th2, a LV poderá se apresentar sob amplo espectro, com formas: assintomáticas, oligossintomáticas e sintomáticas. Diagnóstico da Infecção Humana e Canina Vários métodos podem ser utilizados no diagnóstico da LV humana e canina, mas nenhum apresenta 100% de sensibilidade e especificidade, portanto a despeito do grande número de testes sorológicos disponíveis, não existe um teste que possa ser considerado como padrão ouro. O diagnóstico de rotina é usualmente baseado em parâmetros clínicos e epidemiológicos, entretanto o diagnóstico definitivo requer a demonstração do parasita através de métodos parasitológicos: esfregaço por aposição, cultura ou inoculação em animais, ou pesquisa do DNA do parasita por métodos moleculares31. O melhor teste de laboratório para diagnosticar LV é a demonstração do parasita em material de biópsia ou punção aspirativa de tecidos, com o de baço sendo mais sensível que de medula óssea. Na LV humana o diagnóstico clínico é complexo, pois a doença pode apresentar sinais e sintomas comuns a outras doenças, como Doença de Chagas, Malária, Esquistossomose, Febre Tifóide e Tuberculose. Pacientes com LV apresentam febre prolongada esplenomegalia, hepatomegalia, leucopenia, anemia, hipergamaglobulinemia, tosse, dor abdominal, diarréia, perda de peso e caquexia. O diagnóstico clínico da LV canina é muitas vezes um problema para o veterinário. O calazar canino é uma doença sistêmica que apresenta um amplo espectro clínico que varia de aparente estado sadio a um estado severo terminal. Uma característica importante é a permanência da doença clinicamente inaparente por longos períodos. Entretanto, já foi demonstrado que mesmo assintomático os cães podem ser fonte de infecção para os flebotomíneos e conseqüentemente podem ter papel ativo na transmissão da doença. Na área do Mediterrâneo, muitos autores têm mostrado que as infecções assintomáticas são mais freqüentes que as sintomáticas 22. Também já foi demonstrado que entre cães assintomáticos um percentual apresenta cura espontânea, caracterizada pela negativação dos testes sorológicos e presença de resposta imune celular 41. No cão a LV é caracterizada por lesões nos órgãos internos, embora patologia mucocutânea esteja também presente. Os órgãos linfóides, pele, fígado, baço são os mais afetados, caracterizados por uma processo inflamatório crônico e proliferativo com infiltrados de macrófagos, linfócitos e células plasmáticas.o infiltrado inflamatório pode ser difuso ou granulomatoso, podendo estar associados com degeneração e necrose 6. A demonstração de um único parasita ao microscópio em esfregaço é suficiente para diagnóstico da doença. Estes métodos não são adequados para estudos epidemiológicos em larga escala e até mesmo para diagnóstico individuais.vários testes não invasivos foram desenvolvidos para diagnóstico da LV humana e canina, sendo aqueles de imunodiagnóstico para detecção de anticorpos os mais utilizados, pois a LV é caracterizada por uma grande estimulação policlonal de linfócitos B, que resulta em hipergamaglobulinemia e grande produção de anticorpos. Atualmente os testes mais utilizados são a Reação de Imunofluorecência indireta (RIFI), ensaio imunoenzimático (ELISA), e aglutinação direta (DAT), que utilizam antígenos brutos que são limitados em termos de especificidade e reprodutibilidade, apresentando reações cruzadas com outras outras espécies da família Trypanosomatidae e mesmo com organismos filogeneticamente distantes 31. Recentemente uma variação do DAT o FAST(Fast Agglutination Screening Test) vem sendo testado para aplicabilidade em situações epidêmicas e para inquéritos populacionais 28. No Brasil a RIFI e ELISA são os testes mais utilizados no diagnóstico da LV humana e canina, sobretudo ELISA, que tem sido o teste de escolha para inquéritos populacionais. As pesquisas atualmente estão voltadas para busca de componentes antigênicos purificados que possam ser utilizados como instrumentos para se obter diagnósticos específicos. Vários antígenos com diferentes massas moleculares têm sido identificados, como o antígeno anti-66kda que mostrou especificidade de 100%, mas sensibilidade de apenas 37%; um complexo antigênico a fucose-manose ligante (FM-ELISA) descrito para as espécies do complexo L. donovani foi testado para diagnóstico e prognóstico da LV humana e canina25. O maior componente deste antígeno uma glicoproteína de 36KDa designada de gp36, produz 100% de especificidade e 96% de sensibilida- 42 Rev. Bras. Parasitol.Vet., v.23, suplemento 1, 2004

3 de no teste de ELISA. Recentemente um antígeno preparado com L. major-like mostrou um resultado de 100% de especificidade e 92% de especificidade, sem reatividade cruzada com soros de outras várias doenças 3. Os antígenos purificados podem mostrar alta especificidade, mas sua sensibilidade é geralmente mais baixa que as dos antígenos brutos, e sua preparação é muitas vezes demorada e requer métodos sofisticados de purificação. Antígenos recombinantes são mais fáceis de se obter, e alguns já se encontram disponíveis para o diagnóstico de LV humana e canina. Assim o antígeno A2, uma família de proteínas expressadas em amastigotas, foi reativo em 60% e 82% quando testado com soro de pacientes na Índia e Sudão 4. No Brasil o antígeno testado pelo ELISA mostrou 77% de reatividade em humanos e 87% em cães com teste de RIFI positivos 8. Outro antígeno recombinante bem estudado é o rk39, específico para as espécies do complexo L. donovani. Quando empregado no Elisa mostrou 98% de especificidade e 100% de sensibilidade 4. Uma característica importante deste antígeno é que ele pode ser utilizado no diagnóstico de LV em pacientes co-infectados com HIV, nos quais os níveis de anticorpos contra rk39 declinam rapidamente com o sucesso da tratamento 15. Um teste imunocromatográfico simples e rápido empregando soro ou sangue do paciente, foi desenvolvido utilizando o rk39 fixado em papel (Teste Rápido Anticorpo Leishmania donovani- TRALd).o teste mostrou 100% de sensibilidade quando aplicado na Índia e 67% no Sudão 37,, 24. O teste mostra reação cruzada com malária febre tifóide e tuberculose. No Brasil quando empregado com soro de cães de área endêmica mostrou 92,1% de sensibilidade e 99% de especificidade.entretanto o teste não foi capaz de detectar infecção ativa em animais com baixos títulos de RIFI entre 1:40 e 1: Nos testes diagnósticos para LV tem sido utilizado soro dos pacientes, mas a coleta de sangue em papel filtro vem sendo empregada em inquéritos populacionais para estudos epidemiológicos, sendo que nos inquéritos caninos este é o método de escolha por apresentar as vantagens de ser uma coleta simples, além de poder ser usado em larga escala. Detecção de antígenos A detecção de antígenos do parasita é o método ideal para diagnóstico principalmente quando os títulos de anticorpos são fracos, como nos pacientes imunocoprometidos e a persistência de anticorpos após a cura. Alguns métodos para detecção de antígenos na urina de pacientes com LV têm mostrado bons resultados em diferentes áreas geográficas, mas a detecção em casos assintomáticos não foi confirmada 2.Antigenos não foram detectados após três semanas de tratamento, sugerindo um bom valor prognóstico 11. Métodos moleculares Muitos estudos baseados em técnicas moleculares baseados no DNA foram desenvolvidos para detecção e identificação precisa dos parasitas do gênero Leishmania, sem necessidade do isolamento do parasita em cultura. Métodos de hibridização com sondas específicas e técnicas de amplificação de ácidos nucléicos, incluindo a reação em cadeia da polimerase transcriptase reversa (RT-PCR) para detecção de RNA e PCR para detecção de DNA, estão disponíveis para identificação dos parasitas, especialmente no contexto do diagnóstico. Diferentes materiais biológicas podem ser utilizados nas reações: aspirado de linfonodos, medula óssea, baço, sangue total, camada leucocitária, cultura e sangue coletado em papel filtro. A hibridização do DNA foi o primeiro método de biologia molecular desenvolvido para diagnóstico. Sua especificidade é alta mas sua sensibilidade é baixa 47. Vários sistemas baseados em PCR têm sido desenvolvidos para Leishmania 31. O melhor alvo para as sondas de DNA e PCR tem sido sequ~encias repetidas de DNA presente nos minicírculos do KDNA da região conservada ou a amplificação do minicírculo completo, miniexonderivado de genes derna, pequenas subunidades do DNA ribossomal ou ainda gene da gp Nos estudos com LV a PCR tem sido utilizada com várias finalidades além do diagnóstico, tais como o monitoramento do tratamento e estudos epidemiológicos. Esta técnica tem sido descrita como um método sensível para detecção do parasita, independente da imunocompetência ou história clínica do paciente 47. Muitos centros de pesquisas têm avaliado o uso da PCR para diagnóstico de LV utilizando o sangue periférico, considerando que a biópsia esplênica e a punção de medula óssea não são técnicas adequadas para uso fora do ambiente hospitalar 49. Apesar da PCR ser um método sensível para detecção de Leishmania em uma variedade de materiais clínicos de humanos e cão, é mais usada em estudos epidemiológicos que no diagnóstico de rotina. Presentemente nenhum teste está disponível para uso nas condições de campo. O teste ideal deveria ser simples, de baixo custo e de fácil interpretação com alta sensibilidade e especificidade. Para a utilização em larga escala a PCR necessita de ajustes para se tornar mais simples e com custo operacional mais baixo. Na era pós-genômica há um número crescente de seqüências de nucleotídeos de DNA de Leishmania obtidos não só no projeto genoma quanto de trabalhos individuais. Esses dados podem ser utilizados para estudar a genômica funcional, que representa uma abordagem genética global para elucidar a função dos novos genes, podendo esclarecer aspectos da relação hospedeiro/parasita e eventualmente ser utilizados como instrumento de diagnóstico e ainda indicar possíveis alvos quimioterápicos. Tratamento Por mais de sessenta anos o tratamento das leishmanioses vem sendo realizado com antimoniais pentavalentes: antimoniato de N-metil glucamina-glucantime e estibogluconato de sódio-pentostan que são os medicamentos de primeira escolha para o tratamento. Estas drogas são tóxicas, nem sempre efetivas e na LV são usadas em esquemas prolongados. Dados recentes indicam que a resistência aos antimoniais tem se tornado um problema na Índia e no Sudão. A atual perspectiva da quimioterapia das leishmanioses está mais promissora que há alguns anos atrás, com novas drogas e novas formulações de drogas já vinham sendo utilizadas. O desenvolvimento de anfotericina B encapsulada em lipossomas (AmBisome) tem mostrado bons resultados com cura de 90-95% na Índia. O miltefosine, uma droga desenvolvida como um agente anti tumoral, mostrou 95% de cura efetiva em estudo no calazar indiano. Esta droga apresenta a vantagem de de uso oral bem tolerada. O ambisome eo miltefosine tem mudado o perfil de tratamento da LV, mas o custo das novas terapias leva a diferentes práticas de tratamento de acordo com a condição sócio-econômica e cultural de cada região 52. O tratamento da LV canina foi revisto por Lamothe (1999). O tratamento dos animais infectados vem sendo realizado com fármacos tradicionalmente utilizados no tratamento humano, pois não há drogas novas contra LV canina..por muitos anos tem sido feito na Europa com antimomiais associados ao alopurinol. Atualmente além dos antimoniais são utilizados, a aminosidina e a anfotericina B. Diversos estudos foram conduzidos no sentido da obtenção da cura destes animais,com vários protocolos, mas apesar da recuperação do estado clínico, o cão ainda alberga formas amastigotas na pele, o que o mantêm como potencial fonte de infecção para os vetores. Recidivas são freqüentes, em períodos variáveis após a interrupção do tratamentos 17. O processo de expansão e urbanização O Brasil enfrenta atualmente a expansão e urbanização da LV com casos humanos e grande número de cães positivos em várias cidades de grandes e médios portes. O ciclo de transmissão que anteriormente ocorria no ambiente silvestre e rural hoje também se desenvolve em centros urbanos. Duas décadas após o registro da primeira epidemia urbana em Teresina, Piauí o processo de urbanização se intensificou com a ocorrência de importantes epidemias em várias cidades da região Nordeste (São Luís, Natal e Aracaju), Norte (Boa Vista e Santarém), Sudeste (Belo Horizonte e Montes Claros) e Centro Oeste (Cuiabá e Campo Grande) 22. Belo Horizonte a capital do estado de Minas Gerais ilustra claramente o processo de urbanização da LV nas cidades brasileiras. Desde 1993 a cidade convive com a leishmaniose visceral, introduzida a partir de um município vizinho. A proximidade entre as habitações, a alta densidade populacional e a grande suscetibilidade da população à infecção, contribuíram para a rápida expansão da LV no ambiente urbano. De fato, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o percentual de municípios com notificação elevou-se de 6, no biênio 94/95, para 15 no biênio 98/ As medidas de controle implementadas foram ineficientes tanto na eliminação da transmissão como na prevenção de novas epidemias. As taxas de urbanização têm se multiplicado sem entretanto diminuir a incidência da doença nas áreas rurais, significando um incremento na dimensão do problema. Pelo fato da urbanização ser um fenômeno relativamente novo pouco se conhece sobre a epidemiologia da LV nos focos Rev. Bras. Parasitol.Vet., v.23, suplemento 1,

4 urbanos. As relações entre os componentes da cadeia de transmissão no cenário urbano parecem ser bem mais complexas e variadas do que no rural. Nas últimas décadas ocorreram profundas mudanças na estrutura agrária do Brasil, que resultaram na migração de grande contingente populacional para centros urbanos. Segundo dados do IBGE, 85% da população do país vive em área urbana, criando condições favoráveis para a emergência e re-emergência de doenças, entre elas o calazar. Associado a isto há ainda um complexo de fatores, como mudanças ambientais e climáticas, redução dos investimentos em saúde e educação, descontinuidade das ações de controle, adaptação do vetor aos ambientes modificados pelo homem, fatores ligados aos vetores (variantes genéticas) pouco estudados, dificuldades de controle da doença em grandes aglomerados urbanos, onde problemas de desnutrição, moradia e saneamento básico estão presentes e novos fatores imunosupressivos tais como a infecção pelo HIV. Apesar de ser uma doença de notificação compulsória, os dados disponíveis são baseados na detecção passiva de casos. O número de pessoas expostas à infecção ou infectadas sem sintomas é em algumas áreas muito maior que o número de casos detectado 23. A ocorrência nas áreas urbanas de infecções subclínicas ou inaparentes decorrentes da permanente exposição do homem às picadas infectantes, prenunciam um grave problema associado à circulação do vírus HIV, neste caso podendo transformar a LV em parasitose oportunista. Realmente, a LV apresenta comportamento diferente na coinfecção com HIV que se reflete principalmente na resposta irregular ao tratamento e alteração do padrão diagnóstico. Tem sido constatado o crescente número de casos de co-infecção Leishmania/HIV em áreas urbanas do Brasil com o aparecimento de nova forma de transmissão pelo compartilhamento de agulhas contaminadas, com o risco de instalação do ciclo antroponótico artificial 34. O processo de expansão geográfica e urbanização da LV, leva a necessidade de se estabelecer medidas mais eficazes de controle. Neste contexto a correta identificação dos cães infectados constitui uma medida importante entre as estratégias de um programa de controle. A leishmaniose visceral canina é um poderoso indicador da transmissão em um foco de leishmaniose. Quer pela alta prevalência da doença nestes animais, quer pela presença de parasitas na pele alguns autores consideram o cão responsável pela manutenção de focos endêmicos. A introdução do cão infectado, trazido na bagagem dos migrantes, parece ter sido um importante aspecto para o sucesso do estabelecimento do ciclo doméstico. Na maior parte dos estudos sobre epidemias urbanas tem sido relatado o encontro de cães infectados e em algumas áreas foi possível observar que a LV canina precedeu o aparecimento da doença humana. Entretanto, há questionamentos sobre se a LV canina é realmente fator de risco para a LV humana 12. Não há concordância entre os pesquisadores de que a LV canina é causa necessária para a LV humana, embora a maioria dos estudos até agora realizados apontem nessa direção. Esta é uma questão que necessita de maiores estudos para ser inteiramente esclarecida. Estratégias de controle: desafios e perspectivas A Organização Mundial de Saúde 36 preconiza a eutanásia dos cães portadores da doença juntamente com outras medidas de controle ambiental visando à eliminação dos vetores e atenção ao homem, através do diagnóstico precoce dos casos e o tratamento com antimoniais pentavalentes 36. Este último reduz a morbidade e a mortalidade da doença, mas tem pouco impacto na redução da incidência de novos casos. O início do programa de controle no Brasil remonta à década de 50 e tinha como objetivos quebrar os elos epidemiológicos da cadeia de transmissão da doença. Entretanto, diante da falta de evidências de que as medidas até então empregadas levavam a um impacto positivo na redução da incidência da doença humana no país, o Ministério da Saúde/FUNASA convocou em 2000 um comitê de especialistas, para juntamente com a Gerência do Programa reavaliar as estratégias de controle empregadas e redirecionar as ações de controle visando à racionalização da atuação 57. Este aprimoramento vem sendo realizado com base em evidências encontradas na literatura científica e de ordem operacional, dentre elas: falta de padronização dos métodos de diagnóstico da infecção humana e canina; discordância entre os estudos que avaliam a impacto da eliminação de cães soropositivos na prevalência da infecção humana; demonstração de que outros reservatórios podem ser fonte de infecção da L. chagasi, como os canídeos silvestres e os marsupiais; escassez de estudos sobre o impacto das ações de controle dirigidas contra os vetores. O programa de controle foi proposto para ser aplicado nas áreas consideradas de risco, aglomerados urbanos ou rurais onde critérios epidemiológicos, ambientais e sociais servirão de base para a delimitação da área a ser trabalhada, tendo como indicador a ocorrência de casos humanos. O controle integrado dará ênfase à atenção ao homem, com capacitação de pessoal técnico e profissionais de saúde para diagnóstico e tratamento do homem. O controle dos vetores e eliminação dos cães ficará limitado ao foco da doença. As grandes mudanças no sistema brasileiro de saúde que ocorreram nas últimas décadas, relacionados com a descentralização e unificação das ações na área da saúde pública, trouxeram novas expectativas em relação ao controle da LV. Teoricamente as estratégias de controle parecem adequadas, mas na prática a prevenção de doenças transmitidas por vetores biológicos é bastante difícil, ainda mais quando associada à existência de reservatórios domésticos e silvestres e aos aspectos ambientais, incluindo aspectos físicos de utilização do espaço habitado. O entendimento das interações entre mudanças do meio ambiente urbano e os flebotomíneos vetores constituí um pré requisito para desenvolver ações apropriadas de prevenção e estratégias de controle. Um dos fatores de risco mais importantes na aquisição da LV é a exposição ao inseto vetor. Lutzomyia longipalpis é uma espécie que se perpetua em diferentes biótopos e nenhuma outra espécie de flebotomíneo do Novo Mundo é tão sinatrópica. O controle do vetor, tem sido baseado no uso de inseticida, direcionado para as formas adultas, uma vez que os criadouros da espécie são pouco conhecidos. O inseticida de ação residual é aplicado no interior das casas e abrigos de animais, sendo esta medida considerada eficaz para reduzir a população de flebotomíneos e conseqüentemente os níveis de transmissão. No Brasil estas ações foram sempre descontínuas por diversas razões, como por exemplo problemas orçamentários e escassez de recursos humanos adequadamente treinados. Estas medidas não atingiram os efeitos esperados, ocorrendo reinfestações dos ambientes e ressurgimento de casos humanos e caninos de LV.Também foram tentadas experiências baseadas no controle do vetor centradas no reservatório canino, como os experimentos recentes com coleiras impregnadas com deltametrina, que têm mostrado resultados promissores na proteção dos animais, com conseqüências na transmissão 16. O impacto do controle canino através da remoção e sacrifício dos cães soropositivos tem sido discutido por se mostrar trabalhoso e de eficácia duvidosa 12. Tendo em vista que os métodos até agora utilizados têm sido somente parcialmente efetivos na prevenção e controle da doença, novas estratégias de controle devem ser desenvolvidas 16. A prevenção da doença nos cães através da imunoprofilaxia aparece como uma das poucas alternativas para o controle. Além disso, não existe tratamento eficaz ou profilático para o cão infectado. As perspectivas para vacinas contra LV humana e canina foram recentemente revistas 17. Não há até o presente uma vacina humana eficaz, e as duas vacinas já descritas na literatura para cães não mostraram eficácia no campo. Uma nova vacina já testada em campo, foi capaz de proteger 92-95% dos cães vacinados contra LV 64,65. Considerada uma vacina de segunda geração, a vacina FML, com o aval do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da ANVISA, está sendo industrializada e será comercializada a partir de Apesar da existência de inúmeros estudos abordando diferentes aspectos da Leishmaniose Visceral algumas questões cruciais para a implementação das medidas de controle continuam interrogadas. Qual a real extensão do problema? Quais são os fatores de riscos para as populações? Como avaliar o impacto das intervenções de controle e como antecipar as epidemias? Um grande passo para se alcançar as respostas foi dado pela Fundação Nacional de Saúde e Sociedade Brasileira de Medicina Tropical ao patrocinarem oficinas de trabalho, conferências e simpósios, que têm contribuído para melhor entendimento da complexidade do problema. Nestes encontros os órgãos operacionais e a comunidade científica identificam as dificuldades técnicas e operacionais, discutem as estratégias de intervenção e tentam definir as áreas prioritárias de pesquisa. De fato há que se valorizar e incentivar novas investigações e pesquisas aplicadas como fontes importantes de informações para subsidiar o Programa de Controle da LV no Brasil, incluindo aqui pesquisas sobre tratamento dos cães infectados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 44 Rev. Bras. Parasitol.Vet., v.23, suplemento 1, 2004

5 1.AGUILAR, C. M., FERNANDEZ, E., FERNANDEZ, R. CENNOVA, D.C. et al. Urban Visceral Leishmaniasis in Venezuela. Mem do Instituto Oswaldo Cruz, 93: 15-16, Jan/Fev, (1998). 2.ATTAR ZJ, CHANCE ML, EL-SAFI S, CARNEY J, AZAZY A, EL- HADI M et al. Latex agglutination test for the detection of urinary antigens in visceral leishmaniasis. Acta Tropica; 78: 11-6, (2001). 3.BARBOSA DE DEUS, R, MARES GUIA, M. L. NUNES, A.Z et al. Leishmania major-like antigen for specific and sensitive serodiagnosis of human and canine visceral leishmaniasis. Clin. Diagn. Lab. Immunol. 9: , (2002). 4.BURNS JM JR, SHREFFLER WG, BENSON DR, GHALIB HW, BADARÓ R, REED S. Molecular characterization of a kinesin-related antigen of Leishmania chagasi that detects specific antibody in African and American visceral leishmaniasis. Proc Natl Acad Sci 1993; 90: CABRAL, M.; O GRADY, J.; ALEXANDER, J. Demonstration of Leishmania specific cell mediated and humoral immunity in asyntomaticdogs dogs. Parasite Immunology, v, 14, p, , CAMPINO, L. M. Canine reservoir and Leishmaniasis: Epidemiology and disease.in: World class Parasites. Farrell, ed, World Class Parasites: Leishmania, 4 Kluwer Academic Publishers, Boston, CANESE, A., GAROSSO, O., RAMÍREZ, J. et al. Focos de Leishmaniaisis Visceral canina en las ciudades de Lamberá e Villa Elisa, Paraguay.Rev. Paraguaya Microbiol., 18, [s.p.], (1998). 8.CARVALHO, F.A, CHAREST H, TAVARES CAP, MATLASHEWSKI G, VALENTE EP, RABELLO A, GAZZINELLI RT, FERNANDES AP. Diagnosis of visceral leishmaniasis in humans and dogs using the recombinant Leishmania donovani A2 antigen. Diagn Microbiol Infect Dis; 43: ,( 2002). 9.CIARAMELLA, P., OLIVA, G., LUNA, R. D. et al. A retrospective clinical study of canine leishmaniasis in 150 dogs naturally infected by Leishmania infantum. Vet. Rec. 141: (1997) 10.DEANE, L. M.Leishmaniose visceral no Brasil. Rio de Janeiro.Serviço Gráfico IBGE (1956). 11.DE COLMENARES M, PORTUS M, RIERA C, GALLEGO M, AISA MJ, TORRAS S, MUNOZ C. Short report: detection of kD and 123- kd fractions of Leishmania antigen in urine of patients with visceral leishmaniasis. Am J Trop Med Hyg 1995; 52: DIETZE, R. et al. Effectt of elimination seropositives canines on transmission of visceral leishmaniasis in Brazil. Clin. Infect. Diseases. 25: (1997). 13.GENARO, O., COSTA, R.T. FRANÇA SILVA J. C. et al. Evaluationof na immunocromatographic assay for the diagnosis of dogs experimental and naturally infected with Leishmania chagasi in Brasil. Acta Parasitol. Turcica, 21(1), (1997). 14.GONTIJO, C. M. F., MELO, M. N. Rev. Bras. de Epidemiol (in press ) 15.HOUGHTON RL, PETRESCU M, BENSON DR, SKEIKY YA, SCALONE A, BADARÓ R, REED SG, GRADONI L. A cloned (recombinant K39) of Leishmania chagasi diagnostic for visceral leishmaniasis in human immunodeficiency virus type 1 patients and a prognostic indicador for monitoring patients undergoing drug therapy. J Infect Dis 1998; 177: KILLICK-KENDRICK, R. Anti feeding effects of synthetic pyrethroids against phlebotomine sand flies and mosquitos and the prospects of controlling canine leishmaniasis with deltamethrin-impregnated ProtectorBands(Scalibor). In: Canine Leishmaniasis: an update, 1, Barcelona. Proceedings of the Internatinal Canine Leishmaniasis Forum Sumère, {s.ed}p (1999). 17.LAMOTHE J. R. Treatment of canine leishmaniasis from A (amphotericin B )to Z (Zyloric). In: Canine Leishmaniasis: an update, 1, Barcelona. Proceedings of the Internatinal Canine Leishmaniasis Forum Sumère, {s.ed} p (1999). 18. LIEW, F.Y., O DONNEL C. A., Imunology of Leishmania. Adv. Parasitol, 32: , (1993). 19.MAURÍCIO, I. L., GAUNT, M.W., STOTHARD, J. R., MILES, M. A. Genetic typing and phylogeny of the Leishmania donovani complex by restriction analysis of PCR amplified gp63 intergenic regions. Parasitol. 122: (2000). 20.MICHALICK, M. S. M. et al., (1992).Expansão da leishmaniose visceral na área da Grande Belo Horizonte In: Congresso Brasileiro de Medicina Tropical, 28, Belém, PA. 21.MINISTÉRIO DA SAÚDE/Fundação Nacional de Saúde/Centro Nacional de Epidemiologia. Leishmaniose Visceral no Brasil: situação atual, principais aspectos epidemiológicos, clínicos e medidas de controle. Boletim Epidemiológico 6: 1-11 (2001). 22.MINISTÉRIO DA SAÚDE Manual de Vigilância e controle da LEISHMANIOSE VISCERAL,Brasília (2003). 23.MORENO E, MELO MN, ANTUNES CMF, LAMBERTUCCI JR, SERUFO JC, ANDRADE-RIBEIRO AS, CARNEIRO, M. Epidemiologia da Leishmaniose Visceral Humana assintomática em área urbana, Sabará, Minas Gerais, Informe Epidemiólogico do SUS; 11: 37-9, (2002). 24.NAKATANI M, MIRANDA-BADARÓ R, MEIRELES A, TRIGO J, NETTO EM, BADARÓ R. Avaliação da sensibilidade do teste rápido (TRALd) para detecção de anticorpos anti-leishmania com o novo antígeno k26 adicionado ao k39. Rev Bras Med Trop, Suplemento: 10 (2001). 25.PALATINICK DE SOUZA CB, GOMES EM, PARAGUAI DE SOUZA E, PALATINICK M, LUZ KG, BOROJEVIC R. Leishmania donovani : titration of antibodies to the fucose-manose ligand as an aid in diagnosis and prognosis of visceral leishmaniasis. Trans R Soc Trop Med Hyg; 89: (1995). 26.PINELLI, E., GONZALO, R.M, BOOG, G,C.J.P. et al. Specific T cell line derived from asymptomatic dogs that lyse infected macrophages in a major histocompatibility complex-restrict manner. European Journal of Immunology,.25: (1993). 27.SANTOS, S. O., ARIAS, J., RIBEIRO, A. A., HOFFMAN, M.P., FREITAS, R.A.E., MALACO, M. A F..Incrimination of Lutzomyia cruzi as a vector of American visceral leishmaniasis. Méd. l and Vet. Entomol, 12, , (1998). 28.SCHOONE, G. J. HAILU, A. KROON C. M. et al.a fast agglutination screening tes(fast) for detection of anti-leishmania antibodies. Trans. Roy. Soc. Trop. Med. Hyg. 95, , (2001). 29.SOARES et al., The vasoactive peptide maxadilan from sand fly saliva inhibits TNF-á and induces IL-6 by mouse macrophage through interation with the pituitary adenylate cyclase-activing polypeptide (PACAP) receptor. J. Immunol., 160, (1998). 30.SHAW, J.J.2003 New World Leishmaniasis and diversity of Leishmanial species in Central and South América, p In: J. Farrell, ed, World Class Parasites: Leishmania, 4 Kluwer Academic Publishers, Boston, SUNDAR S, PAI K, SAHU M. Immunochromatographic strip test detection of anti K39 antibody in Indian visceral leishmaniasis. Ann Trop Med Parasitol; 96:19-23,(2002). 31.TAVARES, C. A. P., FERNANDES, A. P., MELO, M.N. Molecular diagnosis of Leishmaniasis. Expert Rev Mol Diagn, 3: , (2003). 32.VIEIRA, J.B.F., COELHO, G.E.(1998). Leishmaniose visceral ou calazar: aspectos epidemiológicos e de controle. Rer. Brás. Méd. Trop.,31 supl 2., WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO)TDR disease/diseases current portfolio: (WHO, 1998). 43.(Alvar et al.,) 1994,,p 43.(Alvar et al.,) 1994,,p 33.WHO. Control of the leishmaniasis. Technical Reports Series. World Health Organization, Genebra, n , p.106, (1999). 34.WHO. Epidemiological analysis of 692 retrospective cases of Leishmania/HIV co-infections. World Health Organization, Genebra,WHO/Leish/96.39, (1996). 35.WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO)TDR disease/diseases current portfolio: (WHO, 1998). 36.WORLD HEALTH ORGANIZATION. The world health report Geneva; ZIJLSTRA EE, NUR Y, DESJEUX P, KHALII EA, EL-HASSAN AM, GROEN J. Diagnosing visceral leishmaniasis with the recombinant k39 strip test: experience from the Sudan. Trop Med Int Health; 6: ,(2001). Rev. Bras. Parasitol.Vet., v.23, suplemento 1,

Boletim Epidemiológico UHE Santo Antônio do Jari

Boletim Epidemiológico UHE Santo Antônio do Jari Editorial Índice - Editorial - Doença Leishmaniose - Gráfico de Notificações - Doença Malária Este é o segundo número do ano de, com veiculação semestral, referente aos meses de janeiro a junho, contendo

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

DÚVIDAS FREQUENTES SOBRE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA (LVC)

DÚVIDAS FREQUENTES SOBRE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA (LVC) DÚVIDAS FREQUENTES SOBRE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA (LVC) 1 Quando é que se deve suspeitar de leishmaniose visceral num cão? Sempre que o cão apresentar o conjunto de sintomas da doença, ou seja, emagrecimento,

Leia mais

Eutanásia para cães com leishmaniose é polêmica 4

Eutanásia para cães com leishmaniose é polêmica 4 Publicação Científica do Curso de Bacharelado em Enfermagem do CEUT. Ano 2009. Edição 4 Lílian Maria 1 Nielson Valério Ribeiro Pinto 1 Selonia Patrícia Oliveira Sousa 2 Otacílio Batista de Sousa Nétto

Leia mais

A LINGUAGEM DAS CÉLULAS DO SANGUE LEUCÓCITOS

A LINGUAGEM DAS CÉLULAS DO SANGUE LEUCÓCITOS A LINGUAGEM DAS CÉLULAS DO SANGUE LEUCÓCITOS Prof.Dr. Paulo Cesar Naoum Diretor da Academia de Ciência e Tecnologia de São José do Rio Preto, SP Sob este título o leitor poderá ter duas interpretações

Leia mais

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Texto elaborado pelos Drs Pérsio Roxo Júnior e Tatiana Lawrence 1. O que é imunodeficiência? 2. Estas alterações do sistema imunológico são hereditárias?

Leia mais

Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais

Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Gerusa Maria Figueiredo gerusa.figueiredo@saude.gov.br I CONGRESSO BRASILEIRO

Leia mais

INDICAÇÕES BIOEASY. Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária

INDICAÇÕES BIOEASY. Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária INDICAÇÕES BIOEASY Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária 1- ANIGEN RAPID CPV AG TEST BIOEASY PARVOVIROSE Vendas de Filhotes:

Leia mais

Informe Epidemiológico CHIKUNGUNYA N O 03 Atualizado em 24-11-2014, às 11h.

Informe Epidemiológico CHIKUNGUNYA N O 03 Atualizado em 24-11-2014, às 11h. Informe Epidemiológico CHIKUNGUNYA N O 03 Atualizado em 24-11-2014, às 11h. Vigilância Epidemiológica de Febre Chikungunya No Brasil, a febre chikungunya é uma doença de notificação compulsória e imediata,

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico Secretaria Municipal de Saúde de Janaúba - MG Edição Julho/ 2015 Volume 04 Sistema Único de Saúde TUBERCULOSE VIGILÂNCIA Notifica-se, apenas o caso confirmado de tuberculose (critério clinico-epidemiológico

Leia mais

Experiência: VIGILÂNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Experiência: VIGILÂNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 1 Experiência: VIGILÂNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Nome fantasia: Projeto de volta prá casa Instituições: Núcleo de Epidemiologia do Serviço de Saúde Comunitária da Gerência de saúde Comunitária

Leia mais

EXPANSÃO DA LEISHMANIOSE E PERDA DE BIODIVERSIDADE

EXPANSÃO DA LEISHMANIOSE E PERDA DE BIODIVERSIDADE PROBIO II EXPANSÃO DA LEISHMANIOSE E PERDA DE BIODIVERSIDADE Drª CELESTE SOUZA LAB. DE IMUNOMODULAÇÃO E PROTOZOOLOGIA INSTITUTO OSWALDO CRUZ - RJ Leishmanioses Representam um complexo de doenças que afetam

Leia mais

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite HEPATITE A hepatite é uma inflamação do fígado provocada na maioria das vezes por um vírus. Diferentes tipos de vírus podem provocar hepatite aguda, que se

Leia mais

[PARVOVIROSE CANINA]

[PARVOVIROSE CANINA] [PARVOVIROSE CANINA] 2 Parvovirose Canina A Parvovirose é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus da família Parvoviridae. Acomete mais comumente animais jovens, geralmente com menos de 1 ano

Leia mais

COMENTÁRIO DA PROVA DE BIOLOGIA

COMENTÁRIO DA PROVA DE BIOLOGIA COMENTÁRIO DA PROVA DE BIOLOGIA A prova de Biologia da UFPR apresentou uma boa distribuição de conteúdos ao longo das nove questões. O grau de dificuldade variou entre questões médias e fáceis, o que está

Leia mais

A SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE-SVS e o DECRETO n 7.508/2011

A SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE-SVS e o DECRETO n 7.508/2011 A SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE-SVS e o DECRETO n 7.508/2011 Departamento de Gestão da Vigilância em Saúde-DAGVS Secretaria de Vigilância em Saúde dagvs@saude.gov.br 06/03/2012 IMPLEMENTAÇÃO DO DECRETO

Leia mais

Por outro lado, na avaliação citológica e tecidual, o câncer tem seis fases, conhecidas por fases biológicas do câncer, conforme se segue:

Por outro lado, na avaliação citológica e tecidual, o câncer tem seis fases, conhecidas por fases biológicas do câncer, conforme se segue: 8 - O câncer também tem fases de desenvolvimento? Sim, o câncer tem fases de desenvolvimento que podem ser avaliadas de diferentes formas. Na avaliação clínica feita por médicos é possível identificar

Leia mais

Regiões Metropolitanas do Brasil

Regiões Metropolitanas do Brasil Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia IPPUR/UFRJ CNPQ FAPERJ Regiões Metropolitanas do Brasil Equipe responsável Sol Garson Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro Juciano Martins Rodrigues Regiões Metropolitanas

Leia mais

HIV. O vírus da imunodeficiência humana HIV-1 e HIV-2 são membros da família Retroviridae, na subfamília Lentividae.

HIV. O vírus da imunodeficiência humana HIV-1 e HIV-2 são membros da família Retroviridae, na subfamília Lentividae. A Equipe Multiprofissional de Saúde Ocupacional da UDESC lembra: Dia 01 de dezembro é dia mundial de prevenção à Aids! Este material foi desenvolvido por alunos do Departamento de Enfermagem da Universidade

Leia mais

Perguntas e Respostas: Protocolo HVTN 910

Perguntas e Respostas: Protocolo HVTN 910 Perguntas e Respostas: Protocolo HVTN 910 Versão 1- Atualizado em 18/Nov/2011 1. O que é o Protocolo HVTN 910? O Protocolo HVTN 910 é um estudo clínico que avaliará por quanto tempo vacinas experimentais

Leia mais

Prioridades de Pesquisa e Inovação em Doença de Chagas

Prioridades de Pesquisa e Inovação em Doença de Chagas OFICINA DE PRIORIDADES DE PESQUISA SOBRE DOENÇAS NEGLIGENCIADAS Prioridades de Pesquisa e Inovação em Doença de Chagas Tânia C. A. Jorge (Coordenadora) - IOC/Fiocruz Bianca Zingales (Relatora) - USP Soraya

Leia mais

APRESENTAÇÃO. Foto 1: Imagem aérea da Ilha de Santa Catarina

APRESENTAÇÃO. Foto 1: Imagem aérea da Ilha de Santa Catarina APRESENTAÇÃO 1. INTRODUÇÃO A cidade de Florianópolis é a capital da unidade federativa de Santa Catarina e está localizada no centro-leste do Estado. É banhada pelo Oceano Atlântico e a maior parte do

Leia mais

PROGRAMAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE - 2008/2009

PROGRAMAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE - 2008/2009 PROGRAMAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE - 2008/2009 1.Notificação AÇÃO 1.1 Realizar notificação dos casos de sífilis em gestante 48.950 casos de sífilis em gestantes notificados. 1.2 Definir Unidades

Leia mais

Jornal de Piracicaba, Piracicaba/SP, em 4 de Junho de 1993, página 22. Animais de companhia: O verme do coração do cão

Jornal de Piracicaba, Piracicaba/SP, em 4 de Junho de 1993, página 22. Animais de companhia: O verme do coração do cão Jornal de Piracicaba, Piracicaba/SP, em 4 de Junho de 1993, página 22 Animais de companhia: O verme do coração do cão Quando se fala em vermes, as primeiras imagens que vêm à mente das pessoas são: "lombrigas"

Leia mais

12/2/2009. São doenças e infecções naturalmente transmitidas entre animais vertebrados e os humanos. ZOONOSES *

12/2/2009. São doenças e infecções naturalmente transmitidas entre animais vertebrados e os humanos. ZOONOSES * ZOONOSES * São doenças e infecções naturalmente transmitidas entre animais vertebrados e os humanos. * Médico alemão Rudolf Wirchow(século XIX) Fco Eugênio D. de Alexandria Infectologista Zoon = animal

Leia mais

AIDS E ENVELHECIMENTO: UMA REFLEXÃO ACERCA DOS CASOS DE AIDS NA TERCEIRA IDADE.

AIDS E ENVELHECIMENTO: UMA REFLEXÃO ACERCA DOS CASOS DE AIDS NA TERCEIRA IDADE. AIDS E ENVELHECIMENTO: UMA REFLEXÃO ACERCA DOS CASOS DE AIDS NA TERCEIRA IDADE. Milca Oliveira Clementino Graduanda em Serviço social pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB milcaclementino@gmail.com

Leia mais

EVENTOS EM POPULAÇÕES DESENHOS DE ESTUDO PARA AVALIAÇÃO DE INTERVENÇÕES EM DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS IMPLICAÇÕES DA DEPENDÊNCIA ENTRE EVENTOS

EVENTOS EM POPULAÇÕES DESENHOS DE ESTUDO PARA AVALIAÇÃO DE INTERVENÇÕES EM DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS IMPLICAÇÕES DA DEPENDÊNCIA ENTRE EVENTOS EVENTOS EM POPULAÇÕES DESENHOS DE ESTUDO PARA AVALIAÇÃO DE INTERVENÇÕES EM DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS Independentes Incidência em um indivíduo não depende da prevalência na população Dependentes Incidência

Leia mais

Dengue NS1 Antígeno: Uma Nova Abordagem Diagnóstica

Dengue NS1 Antígeno: Uma Nova Abordagem Diagnóstica Dengue NS1 Antígeno: Uma Nova Abordagem Diagnóstica Dengue é uma doença endêmica que afeta mais de 100 países, incluindo as regiões de clima tropical e subtropical da África, Américas, Leste do Mediterrâneo,

Leia mais

Leishmaniose Visceral no Brasil: quadro atual, desafios e. e perspectivas. Visceral Leishmaniasis in Brazil: current status, challenges and prospects

Leishmaniose Visceral no Brasil: quadro atual, desafios e. e perspectivas. Visceral Leishmaniasis in Brazil: current status, challenges and prospects : quadro atual, desafios e perspectivas Visceral Leishmaniasis in Brazil: current status, challenges and prospects Resumo No Brasil, a importância da leishmaniose visceral reside não somente na sua alta

Leia mais

Sanidade de Equinos e seus Prejuízos: Pitiose, Anemia Infecciosa Eqüina e Tripanossomíase. Raquel S. Juliano

Sanidade de Equinos e seus Prejuízos: Pitiose, Anemia Infecciosa Eqüina e Tripanossomíase. Raquel S. Juliano Sanidade de Equinos e seus Prejuízos: Pitiose, Anemia Infecciosa Eqüina e Tripanossomíase Raquel S. Juliano Fonte: IBGE / PPM (2008) MT 307.900 MS 357.675 60% Pantanal 84.588 Fonte: IBGE (2005) Eqüinos

Leia mais

EPIDEMIOLOGIA. CONCEITOS EPIDÊMICOS Professor Esp. André Luís Souza Stella

EPIDEMIOLOGIA. CONCEITOS EPIDÊMICOS Professor Esp. André Luís Souza Stella EPIDEMIOLOGIA CONCEITOS EPIDÊMICOS Professor Esp. André Luís Souza Stella CONCEITOS EPIDÊMICOS - ENDEMIA ENDEMIA: É uma doença localizada em um espaço limitado denominado faixa endêmica. Isso quer dizer

Leia mais

Cuidando da Minha Criança com Aids

Cuidando da Minha Criança com Aids Cuidando da Minha Criança com Aids O que é aids/hiv? A aids atinge também as crianças? Como a criança se infecta com o vírus da aids? Que tipo de alimentação devo dar ao meu bebê? Devo amamentar meu bebê

Leia mais

OBSERVAÇÃO DOS CONHECIMENTOS E PRÁTICAS DA POPULAÇÃO, DE UMA MICROÁREA DE UM BAIRRO DO RECIFE-PE SOBRE DENGUE

OBSERVAÇÃO DOS CONHECIMENTOS E PRÁTICAS DA POPULAÇÃO, DE UMA MICROÁREA DE UM BAIRRO DO RECIFE-PE SOBRE DENGUE OBSERVAÇÃO DOS CONHECIMENTOS E PRÁTICAS DA POPULAÇÃO, DE UMA MICROÁREA DE UM BAIRRO DO RECIFE-PE SOBRE DENGUE TEIXEIRA, A.Q. (¹) ; BRITO, A.S. (²) ; ALENCAR, C.F. (2) ; SILVA, K.P. (2), FREITAS, N.M.C.

Leia mais

Resistência aos antimicrobianos em Salmonella spp.

Resistência aos antimicrobianos em Salmonella spp. Resistência aos antimicrobianos em Salmonella spp. Síntese das investigações desde a descoberta de novos antimicrobianos Final do século XIX: Pasteur efetuou relatos sobre antagonismo entre diferentes

Leia mais

AVALIAÇÃO DA EPIDEMIA DE AIDS NO RIO GRANDE DO SUL dezembro de 2007

AVALIAÇÃO DA EPIDEMIA DE AIDS NO RIO GRANDE DO SUL dezembro de 2007 AVALIAÇÃO DA EPIDEMIA DE AIDS NO RIO GRANDE DO SUL dezembro de 2007 Notas importantes: O Banco de dados (BD) do Sistema de Informação Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) vem sofrendo nos últimos

Leia mais

GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO SERVIÇO DE SAÚDE COMUNITÁRIA APOIO TÉCNICO EM MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO SERVIÇO DE SAÚDE COMUNITÁRIA APOIO TÉCNICO EM MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO SERVIÇO DE SAÚDE COMUNITÁRIA APOIO TÉCNICO EM MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EXPERIÊNCIAS DE ORGANIZAÇÃO DO CUIDADO EM SAÚDE Abordagem integrada na atenção as pessoas com HAS, DM

Leia mais

AVALIAÇÃO DA EPIDEMIA DE AIDS NO RIO GRANDE DO SUL dezembro de 2007

AVALIAÇÃO DA EPIDEMIA DE AIDS NO RIO GRANDE DO SUL dezembro de 2007 AVALIAÇÃO DA EPIDEMIA DE AIDS NO RIO GRANDE DO SUL dezembro de 2007 Notas importantes: O Banco de dados (BD) do Sistema de Informação Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) vem sofrendo nos últimos

Leia mais

Projeto Genoma e Proteoma

Projeto Genoma e Proteoma Projeto Genoma e Proteoma Grupo 3: *Artur S. Nascimento *Bárbara S. Costa *Beatrice Barbosa *Tamyres S. E. Guimarães *Yara Cavalcante O que é genoma? O genoma é o conjunto de todo o material genético que

Leia mais

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata.

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata. cosbem COORDENAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR Novembro Azul Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. NOVEMBRO AZUL Mês de Conscientização,

Leia mais

5 passos para a implementação do Manejo da Infecção pelo HIV na Atenção Básica

5 passos para a implementação do Manejo da Infecção pelo HIV na Atenção Básica 5 passos para a implementação do Manejo da Infecção pelo HIV na Atenção Básica Guia para gestores MINISTÉRIO DA SAÚDE Introdução As diretrizes aqui apresentadas apontam para uma reorganização do modelo

Leia mais

PREFEITURA DO RECIFE SECRETARIA DE SAÚDE SECRETARIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE CLIPPING

PREFEITURA DO RECIFE SECRETARIA DE SAÚDE SECRETARIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE CLIPPING PREFEITURA DO RECIFE SECRETARIA DE SAÚDE SECRETARIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE CLIPPING Recife 04/08/2014 1 Nos últimos anos, com a integração dos países devido à globalização, houve um aumento da

Leia mais

Patologia Geral AIDS

Patologia Geral AIDS Patologia Geral AIDS Carlos Castilho de Barros Augusto Schneider http://wp.ufpel.edu.br/patogeralnutricao/ SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (AIDS ou SIDA) Doença causada pela infecção com o vírus

Leia mais

Plano de Qualificação das Linhas de Cuidados da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis nos Estados do Semiárido e Amazônia Legal

Plano de Qualificação das Linhas de Cuidados da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis nos Estados do Semiárido e Amazônia Legal Plano de Qualificação das Linhas de Cuidados da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis nos Estados do Semiárido e Amazônia Legal O que é Transmissão Vertical HIV e Sífilis? A transmissão vertical do

Leia mais

A situação do câncer no Brasil 1

A situação do câncer no Brasil 1 A situação do câncer no Brasil 1 Fisiopatologia do câncer 23 Introdução O câncer é responsável por cerca de 13% de todas as causas de óbito no mundo: mais de 7 milhões de pessoas morrem anualmente da

Leia mais

CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DE DEFESA DA SAÚDE CESAU

CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DE DEFESA DA SAÚDE CESAU ORIENTAÇÃO TÉCNICA N.º 09 /2014 - CESAU Objeto: Parecer. Promotoria de Justiça GESAU / Índice de seguimento / levantamento de doenças intra-epiteliais previsto para 2013 no município de Salvador e ações

Leia mais

Pesquisa inédita avalia conhecimento da população sobre a tuberculose

Pesquisa inédita avalia conhecimento da população sobre a tuberculose Pesquisa inédita avalia conhecimento da população sobre a tuberculose Uma pesquisa quantitativa de opinião pública realizada pelo Núcleo de Pesquisas da Universidade Federal Fluminense (DataUFF) demonstra

Leia mais

História da Habitação em Florianópolis

História da Habitação em Florianópolis História da Habitação em Florianópolis CARACTERIZAÇÃO DAS FAVELAS EM FLORIANÓPOLIS No início do século XX temos as favelas mais antigas, sendo que as primeiras se instalaram em torno da região central,

Leia mais

Informe Técnico - SARAMPO nº2 /2010 Atualização da Situação Epidemiológica

Informe Técnico - SARAMPO nº2 /2010 Atualização da Situação Epidemiológica 1 SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA PROF. ALEXANDRE VRANJAC Av. Dr. Arnaldo, 351-6º andar SP/SP CEP: 01246-000 Fone: (11)3082-0957 Fax:

Leia mais

DOENÇA DIARREICA AGUDA. Edição nº 9, fevereiro / 2014 Ano III. DOENÇA DIARRÉICA AGUDA CID 10: A00 a A09

DOENÇA DIARREICA AGUDA. Edição nº 9, fevereiro / 2014 Ano III. DOENÇA DIARRÉICA AGUDA CID 10: A00 a A09 NOME DO AGRAVO CID-10: DOENÇA DIARRÉICA AGUDA CID 10: A00 a A09 A doença diarreica aguda (DDA) é uma síndrome clínica de diversas etiologias (bactérias, vírus e parasitos) que se caracteriza por alterações

Leia mais

VIROLOGIA HUMANA. Professor: Bruno Aleixo Venturi

VIROLOGIA HUMANA. Professor: Bruno Aleixo Venturi VIROLOGIA HUMANA Professor: Bruno Aleixo Venturi O que são vírus? A palavra vírus tem origem latina e significa "veneno". Provavelmente esse nome foi dado devido às viroses, que são doenças causadas por

Leia mais

Saúde da mulher em idade fértil e de crianças com até 5 anos de idade dados da PNDS 2006

Saúde da mulher em idade fértil e de crianças com até 5 anos de idade dados da PNDS 2006 Saúde da mulher em idade fértil e de crianças com até 5 anos de idade dados da PNDS 2006 José Cechin Superintendente Executivo Francine Leite Carina Burri Martins Esse texto compara as morbidades referidas

Leia mais

Leishmaniose visceral: vacina europeia traz fórmula inovadora

Leishmaniose visceral: vacina europeia traz fórmula inovadora Leishmaniose visceral: vacina europeia traz fórmula inovadora Em entrevista à Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), Dr. Javier Moreno fala sobre a vacina contra leishmanioses (http://www.ideal.es/jaen/20140212/mas-actualidad/ciencia/europaimpulsa-vacuna-contra-201402121152.html)

Leia mais

6A Aids e a tuberculose são as principais

6A Aids e a tuberculose são as principais objetivo 6. Combater Hiv/aids, malária e outras doenças O Estado da Amazônia: Indicadores A Amazônia e os Objetivos do Milênio 2010 causas de mortes por infecção no mundo. Em 2008, 33,4 milhões de pessoas

Leia mais

ANEXO 2 VALIDADE DE INSTRUMENTOS DE DIAGNÓSTICO

ANEXO 2 VALIDADE DE INSTRUMENTOS DE DIAGNÓSTICO ANEXO 2 VALIDADE DE INSTRUMENTOS DE DIAGNÓSTICO 207 ANEXO 2 Em vigilância e em investigações de surtos, como em várias outras aplicações da epidemiologia, é importante conhecer os conceitos e aplicações

Leia mais

SITUAÇÃO DA TUBERCULOSE NAS FAA

SITUAÇÃO DA TUBERCULOSE NAS FAA Forças Armadas Angolanas Estado Maior General Direcção dos Serviços de Saúde SITUAÇÃO DA TUBERCULOSE NAS FAA Capitão de M. Guerra/ Médico Isaac Francisco Outubro/2014 Caracterização de Angola Capital:

Leia mais

Doença de Chagas ou Tripanossomíase Americana

Doença de Chagas ou Tripanossomíase Americana ou Tripanossomíase Americana Distribuição geográfica: América latina, afetando 12-14 milhões de pessoas. Agente Etiológico: Trypanosoma cruzi Ordem: Kinetoplastida Família: Trypanosomatidae Gênero: Trypanosoma

Leia mais

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA.

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. OUTUBRO ROSA ^ um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA ~ prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. ~ ^ O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete

Leia mais

VAMOS FALAR SOBRE. AIDS + DSTs

VAMOS FALAR SOBRE. AIDS + DSTs VAMOS FALAR SOBRE AIDS + DSTs AIDS A AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) atinge indiscriminadamente homens e mulheres e tem assumido proporções assustadoras desde a notificação dos primeiros

Leia mais

na região metropolitana do Rio de Janeiro

na região metropolitana do Rio de Janeiro O PERFIL DOS JOVENS EMPREENDEDORES na região metropolitana do Rio de Janeiro NOTA CONJUNTURAL MARÇO DE 2013 Nº21 PANORAMA GERAL Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) de 2011,

Leia mais

---- ibeu ---- ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO

---- ibeu ---- ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO INSTITUTO NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA CNPq/FAPERJ/CAPES ---- ibeu ---- ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO COORDENAÇÃO LUIZ CÉSAR DE QUEIROZ RIBEIRO EQUIPE RESPONSÁVEL ANDRÉ RICARDO SALATA LYGIA GONÇALVES

Leia mais

Monitoramento das Doenças Diarréicas icas Agudas

Monitoramento das Doenças Diarréicas icas Agudas SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE Gerência de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis Coordenação de Controle das Doenças Hídricas e Alimentares Monitoramento das Doenças Diarréicas

Leia mais

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006. Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006. Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração Coleção Risk Tecnologia SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006 Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração RESUMO/VISÃO GERAL (visando à fusão ISO 31000

Leia mais

Arthropod-borne vírus Mosquitos e carrapatos Diferentes famílias de vírus. Togaviridae Bunyaviridae Flaviviridae. Arboviroses

Arthropod-borne vírus Mosquitos e carrapatos Diferentes famílias de vírus. Togaviridae Bunyaviridae Flaviviridae. Arboviroses Arthropod-borne vírus Mosquitos e carrapatos Diferentes famílias de vírus Togaviridae Bunyaviridae Flaviviridae Arboviroses Flaviviridae Flavivirus - único gênero Diversas espécies: f.amarela, dengue vírus

Leia mais

www.drapriscilaalves.com.br [VERMINOSES]

www.drapriscilaalves.com.br [VERMINOSES] [VERMINOSES] 2 Os cães e gatos podem albergar uma grande variedade de vermes (helmintos) que causam danos como perda de peso, crescimento tardio, predisposição a outras doenças, menor absorção e digestão

Leia mais

Sumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo

Sumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo Comparativo entre o rendimento médio dos beneficiários de planos de saúde individuais e da população não coberta por planos de saúde regional e por faixa etária Amanda Reis Luiz Augusto Carneiro Superintendente

Leia mais

Doença de Chagas. 4) Número de Aulas: as atividades serão desenvolvidas em três etapas, divididas em aulas a critério do professor.

Doença de Chagas. 4) Número de Aulas: as atividades serão desenvolvidas em três etapas, divididas em aulas a critério do professor. Doença de Chagas Introdução Em 1909 o pesquisador do Instituto Osvaldo Cruz, Carlos Chagas, descobriu uma doença infecciosa no interior de Minas Gerais. Segundo seus estudos, era causada pelo protozoário

Leia mais

TEMA DO ANO: DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES

TEMA DO ANO: DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES INDICADORES E DADOS BÁSICOS PARA A SAÚDE 28 (IDB-28) TEMA DO ANO: DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES SUMÁRIO Introdução... 1 Aids... 2 Dengue... 7 Leishmaniose Visceral... 11 Leishmaniose Tegumentar Americana...

Leia mais

TÍTULO: "SE TOCA MULHER" CONHECIMENTO DAS UNIVERSITÁRIAS SOBRE O CÂNCER DE MAMA

TÍTULO: SE TOCA MULHER CONHECIMENTO DAS UNIVERSITÁRIAS SOBRE O CÂNCER DE MAMA TÍTULO: "SE TOCA MULHER" CONHECIMENTO DAS UNIVERSITÁRIAS SOBRE O CÂNCER DE MAMA CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ENFERMAGEM INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO

Leia mais

Ações de Vigilância Epidemiológica, Perspectivas e Desafios para o enfrentamento de uma nova epidemia

Ações de Vigilância Epidemiológica, Perspectivas e Desafios para o enfrentamento de uma nova epidemia Superintendência de Vigilância em Saúde Gerência de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis Coordenação de Dengue e Febre Amarela Ações de Vigilância Epidemiológica, Perspectivas e Desafios

Leia mais

SIMPÓSIO INTERNACIONAL ZOETIS. Doenças Infecciosas e Parasitárias

SIMPÓSIO INTERNACIONAL ZOETIS. Doenças Infecciosas e Parasitárias SIMPÓSIO INTERNACIONAL ZOETIS Doenças Infecciosas e Parasitárias 22 e 23 de julho de 2014 para os animais. pela saúde. por você. 1 O presente material corresponde ao conteúdo das palestras ministradas

Leia mais

Papilomavírus Humano HPV

Papilomavírus Humano HPV Papilomavírus Humano HPV -BIOLOGIA- Alunos: André Aroeira, Antonio Lopes, Carlos Eduardo Rozário, João Marcos Fagundes, João Paulo Sobral e Hélio Gastão Prof.: Fragoso 1º Ano E.M. T. 13 Agente Causador

Leia mais

Palavras- chave: Vigilância epidemiológica, Dengue, Enfermagem

Palavras- chave: Vigilância epidemiológica, Dengue, Enfermagem ANÁLISE DAS NOTIFICAÇÕES DE DENGUE APÓS ATUAÇÃO DO SERVIÇO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA HOSPITALAR INTRODUÇÃO: A Dengue é uma doença infecciosa febril aguda de amplo espectro clínico e de grande importância

Leia mais

INTERAÇÃO HOMEM x ANIMAL SOB A PERSPECTIVA DO PRODUTOR RURAL ESTUDO PRELIMINAR. ¹ Discente de Medicina Veterinária UNICENTRO

INTERAÇÃO HOMEM x ANIMAL SOB A PERSPECTIVA DO PRODUTOR RURAL ESTUDO PRELIMINAR. ¹ Discente de Medicina Veterinária UNICENTRO INTERAÇÃO HOMEM x ANIMAL SOB A PERSPECTIVA DO PRODUTOR RURAL ESTUDO PRELIMINAR Carolina REMLINGER 1, karorem@hotmail.com, Raphaéli Siqueira BAHLS Raphabahls@hotmail.com 1 Felipe Lopes CAMPOS², campos.79@gmail.com

Leia mais

O retrato do comportamento sexual do brasileiro

O retrato do comportamento sexual do brasileiro O retrato do comportamento sexual do brasileiro O Ministério da Saúde acaba de concluir a maior pesquisa já realizada sobre comportamento sexual do brasileiro. Entre os meses de setembro e novembro de

Leia mais

Proposta de Lei n.º 189/XII

Proposta de Lei n.º 189/XII Proposta de Lei n.º 189/XII ESTRATÉGIA NACIONAL PARA A PREVENÇÃO E CONTROLO DE EPIDEMIAS DA FEBRE DO DENGUE A febre do dengue figura entre algumas das doenças que poderão ser consideradas emergentes no

Leia mais

DIAGNÓSTICO MÉDICO DADOS EPIDEMIOLÓGICOS FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO 01/05/2015

DIAGNÓSTICO MÉDICO DADOS EPIDEMIOLÓGICOS FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO 01/05/2015 01/05/2015 CÂNCER UTERINO É o câncer que se forma no colo do útero. Nessa parte, há células que podem CÂNCER CERVICAL se modificar produzindo um câncer. Em geral, é um câncer de crescimento lento, e pode

Leia mais

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1 Governança de TI ITIL v.2&3 parte 1 Prof. Luís Fernando Garcia LUIS@GARCIA.PRO.BR ITIL 1 1 ITIL Gerenciamento de Serviços 2 2 Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de Serviços 3 3 Gerenciamento de Serviços

Leia mais

Briefing. Boletim Epidemiológico 2010

Briefing. Boletim Epidemiológico 2010 Briefing Boletim Epidemiológico 2010 1. HIV Estimativa de infectados pelo HIV (2006): 630.000 Prevalência da infecção (15 a 49 anos): 0,61 % Fem. 0,41% Masc. 0,82% 2. Números gerais da aids * Casos acumulados

Leia mais

Linfomas. Claudia witzel

Linfomas. Claudia witzel Linfomas Claudia witzel Pode ser definido como um grupo de diversas doenças neoplásicas : Do sistema linfático Sistema linfóide Que tem origem da proliferação de linfócitos B ou T em qualquer um de seus

Leia mais

Atraso na introdução da terapia anti-retroviral em pacientes infectados pelo HIV. Brasil, 2003-2006

Atraso na introdução da terapia anti-retroviral em pacientes infectados pelo HIV. Brasil, 2003-2006 Atraso na introdução da terapia anti-retroviral em pacientes infectados pelo HIV. Brasil, 2003-2006 Paulo Roberto Borges de Souza-Jr Célia Landmann Szwarcwald Euclides Ayres de Castilho A Terapia ARV no

Leia mais

Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação

Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação QP Informe Reservado Nº 70 Maio/2007 Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação Tradução para o português especialmente preparada para os Associados ao QP. Este guindance paper

Leia mais

Você conhece a Medicina de Família e Comunidade?

Você conhece a Medicina de Família e Comunidade? Texto divulgado na forma de um caderno, editorado, para a comunidade, profissionais de saúde e mídia SBMFC - 2006 Você conhece a Medicina de Família e Comunidade? Não? Então, convidamos você a conhecer

Leia mais

1. OUTROS INDICADORES DEMOGRÁFICOS E DE SAÚDE

1. OUTROS INDICADORES DEMOGRÁFICOS E DE SAÚDE 1. OUTROS INDICADORES DEMOGRÁFICOS E DE SAÚDE INDICADORES DE DESNUTRIÇÃO Peso e altura são duas das principais características antropométricas sensíveis às condições de vida e nutrição de crianças e adolescentes

Leia mais

CURSO de MEDICINA VETERINÁRIA - Gabarito

CURSO de MEDICINA VETERINÁRIA - Gabarito UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE TRANSFERÊNCIA 2 o semestre letivo de 2005 e 1 o semestre letivo de 2006 CURSO de MEDICINA VETERINÁRIA - Gabarito Verifique se este caderno contém: INSTRUÇÕES AO CANDIDATO

Leia mais

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção Fascículo 6 Arranjo físico e fluxo O arranjo físico (em inglês layout) de uma operação produtiva preocupa-se com o posicionamento dos recursos de transformação. Isto é, definir onde colocar: Instalações

Leia mais

Lílian Maria Lapa Montenegro Departamento de Imunologia Laboratório rio de Imunoepidemiologia

Lílian Maria Lapa Montenegro Departamento de Imunologia Laboratório rio de Imunoepidemiologia XVIII Congresso Mundial de Epidemiologia e VII Congresso Brasileiro de Epidemiologia Avaliação do desempenho da técnica de nested- PCR em amostras de sangue coletadas de pacientes pediátricos com suspeita

Leia mais

SEXUALIDADE E PREVENÇÃO ÀS DST E HIV/AIDS NA TERCEIRA IDADE

SEXUALIDADE E PREVENÇÃO ÀS DST E HIV/AIDS NA TERCEIRA IDADE SEXUALIDADE E PREVENÇÃO ÀS DST E HIV/AIDS NA TERCEIRA IDADE MARIA BEATRIZ DREYER PACHECO Membro do MOVIMENTO NACIONAL DAS CIDADÃS POSITHIVAS Membro do MOVIMENTO LATINO-AMERICANO E CARIBENHO DE MULHERES

Leia mais

O Sr. CELSO RUSSOMANNO (PP-SP) pronuncia o. seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores

O Sr. CELSO RUSSOMANNO (PP-SP) pronuncia o. seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores O Sr. CELSO RUSSOMANNO (PP-SP) pronuncia o seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, transcorreram já mais de duas décadas desde que a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

Leia mais

PERFIL HEPATITE. Segurança para o diagnóstico e acompanhamento clínico.

PERFIL HEPATITE. Segurança para o diagnóstico e acompanhamento clínico. PERFIL HEPATITE Segurança para o diagnóstico e acompanhamento clínico. TLA - Total Lab Automation Agilidade e Confiança TAT (Turn Around Time) de produção de 2 horas. Quatro linhas de produção totalmente

Leia mais

Boletim Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 29 de 2014

Boletim Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 29 de 2014 Boletim Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Influenza: Monitoramento até a Semana Epidemiológica 29 de 2014 A vigilância da influenza no Brasil é composta pela vigilância

Leia mais

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Leishmaniose no Brasil Importância e perspectivas

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Leishmaniose no Brasil Importância e perspectivas PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Leishmaniose no Brasil Importância e perspectivas Priscila Christen Nalevaiko 2, Roberta Torres de Melo 1,2, Guilherme Paz Monteiro 2, Letícia Ríspoli

Leia mais

UM NOVO TESTE PARA TUBERCULOSE

UM NOVO TESTE PARA TUBERCULOSE UM NOVO TESTE PARA TUBERCULOSE Rio de Janeiro e Manaus testam para o Ministério da Saúde uma nova tecnologia para o diagnóstico da tuberculose pulmonar Que novo teste é este? O Xpert MTB/RIF é um método

Leia mais

LEISHMANIOSES. Afonso Heusser Jr.*

LEISHMANIOSES. Afonso Heusser Jr.* LEISHMANIOSES Afonso Heusser Jr.* As leishmanioses compreendem um grupo de doenças zoonóticas causadas por protozoários flagelados heteroxenos, pertencentes ao gênero Leishmania (Protozoa, Kinetoplastida,

Leia mais

Imunidade aos microorganismos

Imunidade aos microorganismos Imunidade aos microorganismos Características da resposta do sistema imune a diferentes microorganismos e mecanismos de escape Eventos durante a infecção: entrada do MO, invasão e colonização dos tecidos

Leia mais

Diminui a mortalidade por Aids no Estado de São Paulo

Diminui a mortalidade por Aids no Estado de São Paulo Diminui a mortalidade por Aids no Estado de São Paulo Em 2012, ocorreram 2.767 óbitos por Aids no Estado de São Paulo, o que representa importante queda em relação ao pico observado em 1995 (7.739). A

Leia mais

Alcançado (b) Número total de casos notificados. Número total de notificações negativas recebidas

Alcançado (b) Número total de casos notificados. Número total de notificações negativas recebidas INSTRUTIVO PARA PREENCHIMENTO DO ROTEIRO DE ACOMPANHAMENTO DA PROGRAMAÇÃO PACTUADA INTEGRADA DE EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DE DOENÇAS PPI-ECD - NAS UNIDADES FEDERADAS 1 2 Este instrutivo contém informações

Leia mais

NOTA. preveníveis. parte da. doenças colocam. doenças. Vacinação (PNV). como o. o PNV bem. vacinação. da sua. em saúde

NOTA. preveníveis. parte da. doenças colocam. doenças. Vacinação (PNV). como o. o PNV bem. vacinação. da sua. em saúde NOTA INFORMATIVA A implementação generalizada de programas de vacinação nas últimas décadas permitiu atingir ganhos notáveis no controlo das doenças preveníveis por vacinação. Contudo, este controlo tem

Leia mais

PREVALÊNCIA DE LEISHMANIOSE EM CÃES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DE ANDRADINA SP

PREVALÊNCIA DE LEISHMANIOSE EM CÃES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DE ANDRADINA SP 36 CIÊNCIAS AGRÁRIAS TRABALHO ORIGINAL PREVALÊNCIA DE LEISHMANIOSE EM CÃES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DE ANDRADINA SP PREVALENCE OF LEISHMANIASIS IN DOGS EXAMINED

Leia mais

SAúDE e PReVENÇãO NaS ESCoLAS Atitude pra curtir a vida

SAúDE e PReVENÇãO NaS ESCoLAS Atitude pra curtir a vida SAúDE e PReVENÇãO NaS ESCoLAS Atitude pra curtir a vida UNAIDS/ONUSIDA Relatório para o Dia Mundial de Luta contra AIDS/SIDA 2011 Principais Dados Epidemiológicos Pedro Chequer, Diretor do UNAIDS no Brasil

Leia mais