SITUAÇÃO DA TUBERCULOSE NAS FAA
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- Amélia Cesário Rijo
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1 Forças Armadas Angolanas Estado Maior General Direcção dos Serviços de Saúde SITUAÇÃO DA TUBERCULOSE NAS FAA Capitão de M. Guerra/ Médico Isaac Francisco Outubro/2014
2 Caracterização de Angola Capital: Luanda, Língua oficial: Português, Independência: 11/11/1975 Superfície Total: km² (23º), População (estimada ): hab, Densidade populacional: 16,8 hab./km², PIB per capita 2.668, 46 USD
3 SUMÁRIO I Introdução II Situação da tuberculose nas FAA III Acções para o controlo da doença IV Desafios V Conclusões
4 INTRODUÇÃO A grave situação mundial da tuberculose está intimamente ligada ao aumento da pobreza, à má distribuição de renda e à urbanização acelerada. A tuberculose atinge principalmente indivíduos que poderiam ser economicamente ativos. É uma das principais causas de morte no mundo O agravamento do quadro epidemiológico potenciado pela epidemia do HIV aponta para a necessidade de medidas enérgicas e eficazes de saúde pública. A emergência de focos de tuberculose multirresistente (TBMR) tem mobilizado o mundo para a questão da tuberculose.
5 INTRODUÇÃO Em África a tuberculose continua a ser um dos grandes problemas de saúde pública, onde surgem pelo menos 22 % dos casos por ano. Em média, 35 porcento do total de pacientes de tuberculose em África estão também infectados pelo HIV Estima-se que em 2013 mais de meio milhão de pessoas tenham morrido em África. Na África sub Sahariana, estão alguns dos 22 países com maior carga de tuberculose, sendo uma das principais causas de morte em populações com HIV.
6 INTRODUÇÃO ESTIMATIVA GLOBAL DA TUBERCULOSE: 9.2 milhões de novos casos de tuberculose por ano 2 bilhões de pessoas infectadas com M. tuberculosis 1.9 milhões de mortes por tuberculose anualmente, 98% delas em países em desenvolvimento - cerca de mortes em casos de associação da tuberculose com a HIV.
7 SITUAÇÃO DA TUBERCULÇOSE EM ANGOLA A tuberculose em Angola é um problema prioritário de saúde pública. A pobreza, a migração da população rural para as cidades em busca melhores condições de vida e a infecção pelo VIH contribuem para um aumento do número de casos e dificultam as acções do controlo da Tuberculose.
8 SITUAÇÃO DA TUBERCULOSE NAS FAA 1. A situação epidemiológica é caracterizada pelo seguinte: Activa notificação de casos Existem preocupações com o abandono do tratamento Algumas dificuldades no sucesso de tratamento (curados + tratamento completo) Risco considerável de coinfecção TB/VIH e TBMR 2. Consta das 10 primeiras causas de notificação obrigatória. 3. Representa a 5ª causa de morbilidade e de mortalidade.
9 IMPACTO DA TUBERCULOSE NAS FAA Reduz a força de trabalho e a capacidade combativa das tropas Provoca aumento do absentismo no serviço Reduz o rendimento familiar (implicações socio-económicas) Provoca o sofrimento humano (físico, moral, orgânico) Contribui para descriminação e exclusão social
10 Prevenção ACÇÕES PARA O CONTROLO DA TB Produção e distribuição de material IEC Educação para saúde da população alvo (efectivos doentes e saudáveis) Vigilância epidemiológica (busca activa dos sintomáticos respiratórios (SR + 21 dias) Busca dos conviventes com os doentes tuberculosos Controlo de foco Comemoração do dia Mundial da Tuberculose (24 de Março)
11 Diagnóstico Rede de Laboratórios para Baciloscopia; Laboratórios Diferenciados (baciloscopia, cultura, Identificação do M e TSA). Testes rápidos ACÇÕES PARA O CONTROLO DA TB Tratamento, seguimento e apoio psico social Utilização de esquemas terapêuticos padronizados; Implementação do tratamento directamente observado (DOT) Abordagem integrada do doente
12 Formação ACÇÕES PARA O CONTROLO DA TB Treinamento de técnicos para estratégia TDO em todas as Regiões Militares Formação de técnicos em baciloscopia e outras técnicas Monitoramento e avaliação Análise dos relatórios e Informes recebidos Elaboração de relatórios Visitas de supervisão e avaliação Outras acções Advocacia Promover parcerias
13 TRATAMENTO DA TB - ESTRATÉRGIA DOT 1. Compromisso sustentado do Governo para o controlo da tuberculose 2. Identificação de casos baseada em Microscopia. 3.Tratamento padronizado de curta duração Sob DOT 4.Fornecimento de medicamentos de qualidade 5. Registo de casos, monitoramento e avaliação 2HRZE/ 4HR Epidemiologia e Controlo da TB
14 Classificação de casos de TB nas FAA. Anos Novos Recaídas Abandonos Fonte: Relatórios anuais do Direcção de Saúde do Exercito e Hospital Militar Principal
15 Indicadores de resultados do tratamento da TB nas FAA. Anos Curados Tratam Completo Tratamento Sucesso Abandonos Fonte: Relatórios anuais do Direcção de Saúde do Exercito e Hospital Militar Principal
16 Treinamento em baciloscopia
17 Treinamento em DOT
18 DESAFIOS 1. Continuar a promover o diagnóstico precoce e tratamento padronizado dentro dos marcos estabelecidos pela OMS (diagnosticar 75% dos sintomáticos respiratórios, tratar 85% destes casos e alcançar uma redução anual de 15% da incidência) 2. Promover estudos operacionais sobre comportamentos, actitudes e práticas (CAP) em relação a doença 3. Investigar a co-infecção por HIV 4. Investigar a tuberculose multirresistente (TBMR)
19 DESAFIOS 5. Reforçar as acções de informação, educação e comunicação (IEC) 6. Estudo da Prevalência da tuberculose nas FAA 7. Fortalecer o sistema de informação 8. Desenvolvimento dos recursos humanos 9. Implementar as acções de monitorização, avaliação
20 LIMITAÇÕES/CONSTRANGIMENTOS De uma maneira geral o Programa têm algumas dificuldades na gestão: Dos doentes; Disponibilidade da informação.
21 SITUAÇÃO DA TUBERCULOSE NA SADC Após Angola ter organizado o workshop e assumido a Coordenação Regional da Tuberculose em 2010, foram elaboradas as propostas dos planos de Acção e estratégico, sendo remetidos aos países membros e ao secretariado da SADC para apreciação e subsídios. A verdade porém é que não registamos progressos, porque estamos condicionados pela indisponibilidade de recursos financeiros. Há necessidade de se encontrarem mecanismos que permitam a captação de recursos financeiros para a implementação das actividades planificadas.
22 SITUAÇÃO DA TUBERCULOSE NA SADC Precisamos de aprimorar os padrões mínimos para o controlo da TB a nível da região, que são procedimentos aplicáveis às tropas em missão de serviço e não só Precisamos de realizar treinamento regional sobre diagnóstico e gestão de casos de TB Planificar e realizar actividades transfronteiriças Organizar e realizar encontros técnicos para padronizar um sistema de informação, permitindo ter uma ideia de como a doença está a sendo controlada a nível dos efectivos das respectivas Forças de Defesa e Segurança.
23 CONCLUSÕES TB não conhece barreiras- que atravessam as fronteiras nacionais, raças, profissionais, estratos sociais, etc. A Carga da doença é grande e ainda agravada pela co-infecção com o HIV, TB-MDR e TB-XDR Juntos podemos!
24 Plano Global da Parceria Stop TB e as Metas do Desenvolvimento do Milénio Período Detectar 84% dos casos de TB; Taxa de Cura de 87% dos doentes c/bk positivo; Até 2010 testar para o VIH 85% dos doentes com TB; Tratar com Anti-Retrovirais 80% doentes com TB e Coinfecção VIH até 2010; Diagnosticar e tratar 80% dos casos estimados com baciloscopia positiva e ou cultura positiva para TB MDR e XDR; Reduzir para 0% a Taxa de Abandono; Submeter ao TDO 100% dos doentes em tratamento
25 Plano Global da Parceria Stop TB e as Metas do Desenvolvimento do Milénio Até 2050 Reduzir a incidência da TB em 50 % e começar a reverter a tendência; Reduzir em 50 % a prevalência e a mortalidade específica por tuberculose, comparativamente a 1990 (155 casos ou menos e 14 óbitos ou menos por hab); Em 2050, ter eliminado a TB como problema de saúde pública (< 1 caso por habitantes)
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