PREFEITURA MUNICIPALDE BEBERIBE SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DO MPT NO MUNICIPIO DE BEBERIBE NO ANO DE 2014.

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1 PREFEITURA MUNICIPALDE BEBERIBE SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO PREFEITA MICHELE CARIELLO DE SÁ ROCHA SECRETÁRIA DEEDUCAÇÃO BERENICE AMORIM CARNEIRO COORDENADOR MUNICIPAL CARLOS ADRIANO DA COSTA MONEIRO RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DO MPT NO MUNICIPIO DE BEBERIBE NO ANO DE O presente relatório tem o intuito de apresentar as ações realizadas no município de Beberibe para a execução do PETECA no ano de O município iniciou suas atividades por meio da Formação dos Multiplicadores do Peteca - Programa de Educação contra a Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente, na qual ocorreu no Centro de Treinamento do Bom Jardim, com a participação de 70 representantes de escolas e entidades da sociedade civil beberibense. Tiveram-se como formadores os técnicos da secretaria de educação Marcos Gama, Telma Coutinho e Onésimo Remígio, e da Secretaria de Saúde, a técnica Amália Gonçalves. Estiveram presentes na formação representantes da SME, CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente), PPAC, Conselho Tutelar, Diretores e Coordenadores das escolas municipais, CDL, SEJUV, Secretaria de Saúde, Secretária de Assistência Social e Cidadania. O Peteca, originado no Ministério Público do Trabalho e posto em prática através de parceria com a Prefeitura de Beberibe, e da SME, é um conjunto de ações, postas em prática a partir da escola, voltadas para os temas relativos aos direitos da criança e do adolescente, especialmente a erradicação do trabalho infantil e a proteção ao trabalhador adolescente. Tais ações, em Beberibe, abrangem 36 escolas municipais, do 1º ao 9º ano, com ações estendidas à Educação Infantil e ao Ensino Médio, onde o trabalhador adolescente se insere. Essa extensão amplia o espaço de discussão do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e ajuda a consolidar as iniciativas locais e a pôr em prática as políticas públicas referentes à criança e ao adolescente. Um dos grandes objetivos da Prefeita Michele Cariello de Sá Queiroz Rocha, é fortalecer o Sistema de Garantia de Direitos, apoiando ações e

2 programas como o Peteca, que investem na proficiência dos profissionais da educação e de outras entidades para identificar crianças e adolescentes em situação de trabalho e em outras condições de exploração. Segundo o Censo de 2010, 966 crianças e adolescentes, entre 10 e 17 anos, trabalhavam no município de Beberibe, com mais de 600 deles não frequentando a escola. Foi só a partir da Gestão Sonhar e Realizar que o tema passou a ser focado com o devido interesse: a Comissão Municipal para Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil foi renovada, um Fórum local foi criado e agora se começa a pensar numa rede municipal com o mesmo fim. Na terça-feira, 05 de agosto de 2014, no Centro de Treinamento Sítio Bom Jardim, ás 08 horas da manhã, a Prefeitura Municipal de Beberibe, através de sua Secretaria Municipal de Educação, realizou a I MOSTRA DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTRA A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE-PETECA O evento contou com a participação da Banda Pe. Assis Portela, a presença da secretária de Educação, senhora Berenice Carneiro, teve como jurados a Coordenadora pedagógica da Secretária de Educação Lúcia Carneiro, Secretário Adjunto Everaldo de Oliveira Lima, Supervisoras Pedagógica Giane Almeida e Gorete Ribeiro, senhor Dimmy Gonçalves, Professor Heleno Araújo, senhor Levi Colaço, Maestro da Banda Pe. Assis Portela, Kacio Laurindo e Claudiana Lima, integrante da Banda. As escolas participantes foram Pedro de Queiroz Ferreira - Sítio Lucas, Mário Alencar - Soever, José Roldão - Caetanos, Germano José do Nascimento - Onofre, Manuel Ferreira da Fonseca - Piquirí, José Francisco das Chagas - Lagoa Funda, João Rodriguês - Jatobá, Benedito Evaristo Pinheiro -Serra do Félix, Maria Clemente - Medeiros e São Bernardo - Forquilha. Estivaram presentes na I MOSTRA PETECA pessoas. Das premiações de acordo com as seguintes modalidades: PINTURA: 1º lugar Germano José do Nascimento, aluna Maria Helena, 9º ano, com a frase: Liberdade é um direito seu. 2º lugar José Roldão, alunas Mickaele Fernandes e Bárbara Aquino 9º ano, com a frase: Dois lados do Brasil, e 3º lugar Pedro de Queiroz Ferreira, alunos Marcos Davison 6º ano e Richard Victor 7º ano, com a frase: Escola agora, trabalho depois. CONTO: 1º lugar Mário Alencar, aluna Francisca Gisele da Silva,8º ano. O sonho de estudar. 2º lugar Benedito Evaristo Pinheiro, aluna Samara de

3 Almeida e Camila Santana, 6º ano, O menino que vendia doce. 3º lugar Manuel Ferreira da Fonseca, alunos Salvina de Oliveira, Alexandre Rodrigues e Vitor Emanuel 8º ano, Trabalho Infantil na Escola. MÚSICA: 1º lugar José Francisco das Chagas, alunos Breno Lima, Daniel das Chagas, Gilvan Pereira, Hutemberg Pereira e Rauêna da Silva, 7º ano, Criança não trabalha. 2º lugar Maria Clemente, alunos Graziele Cavalcante, Alice Freitas, Cintia Cavalcante, Vanessa da Silva, Luziana da Silva, Geovana dos Santos, Francisco Renê, Alisson Nogueira e Rânia Freitas, 6º ano, A sina de criança. 3º lugar São Bernardo, aluna Amanda Ingrid, 9º ano, Eu sou uma criança. CORDEL: 1º lugar Maria Clemente, aluna Raissa Amaro, 3º ano, A saga de Joãozinho. 2º lugar Mário Alencar, alunas Suzana Vitorino 8º ano e Lorena Clemente 9º ano, Criança quer ser criança. 3º lugar São Bernardo, aluna Samara Pereira, 9º ano, Vida de Vitória. TEATRO: 1º lugar Maria Clemente, alunos Vitor Rafael, Edmarcio Fernandes, Maria Rania 6º ano, Géssica Amaro, Pedro Guilherme 7º ano, Breno Alves, Fernanda Teodoro, Derliane Fernandes, Derlieide Fernandes e Daniel Rodrigues 8º ano, O conselho de Cornélio. 2º lugar Pedro de Queiroz Ferreira, alunos Luara Lima, Marcia da Silva, Marliete Sampaio, Suyames Silva, Lucas Lima, Yuri Pereira, Do trabalho para a Escola. 3º lugar João Rodriguês, alunos Gezilane Santos, Sara Oliveira, Josiele Barros, Wesley Silva, Joalison Silva, Igor Nogueira e Moisés Sombra, Eu tenho direito de ser criança. O encerramento do projeto PMT no município de Beberibe deu-se com a exposição dos resultados do prêmio Peteca nos sites oficiais do munício, bem como dos trabalhos premiados nas etapas estaduais, já que dois trabalhos foram selecionados para a semifinal do prêmio peteca, um no esquete teatral, e o outro na pintura. Além das ações descritas no plano anual do peteca em 2014, outras ações foram sendo incorporadas as atividades do projeto no município, bem como a entrevista realizada pela jornalista Ana Luísa Vieira, Promenino com Cidade Escola Aprendiz da fundação telefônica. Durante as aulas de história e geografia na EMEF José Francisco das Chagas, localizada na comunidade rural de Lagoa Funda, em Beberibe (CE), Breno, Daniel, Gilvan, Hutemberg e Rauêna, alunos do 7º ano, tiveram uma ideia. Em classe, conversavam sobre os direitos da criança e do adolescente e

4 discutiam a questão do trabalho infantil no Brasil. Estimulados a criar, de forma lúdica, uma apresentação a respeito do assunto, logo pensaram em uma música. Compuseram a melodia e a letra de Criança não trabalha, criança tem de estudar. Pela iniciativa, ganharam o Prêmio Municipal Peteca 2014 (Programa de Educação contra a Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente). A escola se tornou referência no município. Orgulho-me em dizer que, dos nossos 260 alunos, todos apenas estudam, afirma o diretor da EMEF, Nilo Torres. Beberibe foi um dos primeiros municípios a aderir ao Peteca, projeto criado em 2008 pelo procurador-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho no Ceará, Antonio de Oliveira Lima. O nome Peteca, mistura de Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) com ECA (Estatuto da Criança e Adolescente), ficou conhecido no Ceará. Nacionalmente, porém, o programa é chamado desde 2011 de MPT na Escola. Naquele ano, apresentamos o Peteca como uma proposta de projeto nacional, aprovada pelos procuradores do Ministério Público do Trabalho, o MPT. Por isso, criou-se o Projeto MPT na Escola: de mãos dadas contra o trabalho infantil, explica Lima, gerente nacional do projeto. No MPT na Escola, os professores ganham formação sobre Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente, trabalho adolescente protegido e combate e prevenção do trabalho infantil. Esses educadores criam planos de ação (acompanhados e relatados ao MPT) para suas escolas e levam as temáticas às aulas, a fim de construir projetos, como o do vídeo acima, apresentando-os em encontros municipais e estaduais. Implementar o Peteca/MPT na Escola é uma tarefa importante, mas nem sempre fácil. Em Beberibe, por exemplo, houve resistência à iniciativa, explica Nilo Torres, diretor da EMEF José Francisco das Chagas. Há seis anos, quando começamos a aplicar os debates com a comunidade, muitas crianças trabalhavam, o que hoje já não acontece com nenhuma delas. Tudo o que é novo gera polêmica e bater de frente não dá resultado. Demorou um pouco, mas o Peteca nos ajudou demais, fez com que todos entendessem a importância de a criança ter seus direitos garantidos, conta Nilo. A escola do Semiárido, localizada a 18 km do centro da cidade, atende 450 famílias das comunidades do entorno e abre suas portas aos sábados, com oficinas de informática, capoeira e música para alunos e seus parentes. A EMEF

5 conta, ainda, com cem estudantes matriculados no Mais Educação, programa do governo federal que incentiva a educação em período integral. Trabalhar não é coisa de criança, não é brincadeira. O Peteca chama a atenção não só das autoridades, mas das crianças e de suas famílias para a importância de não se pular etapas e trabalhar antes da hora, complementa Everaldo de Oliveira Lima, subsecretário de Educação de Beberibe. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o município conta com 93,5% de suas crianças entre 4 e 17 anos na escola. Considera-se que em virtude do que foi trabalhado em Beberibe em 2014, por meio do Programa PETECA, o município só teve a ganhar no tocante a esclarecimentos do que vem ser a o trabalho infantil e sua implicância no desenvolvimento de crianças e adolescentes. Anexos:

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