RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR CONDUTA OMISSIVA

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1 1 FACULDADE PADRÃO CURSO DE DIREITO JOÃO CARLOS MAIA BARBOSA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR CONDUTA OMISSIVA GOIÂNIA GO 2015

2 2 JOÃO CARLOS MAIA BARBOSA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR CONDUTA OMISSIVA Monografia apresentada como requisito parcial para a conclusão do curso e obtenção do Grau de Bacharel em Direito da Faculdade Padrão. Professora Me. Marina Zava de Faria Nunes ORIENTADORA GOIÂNIA GO 2015

3 3 JOÃO CARLOS MAIA BARBOSA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR CONDUTA OMISSIVA Monografia apresentada como requisito parcial para a conclusão do curso e obtenção do Grau de Bacharel em Direito da Faculdade Padrão. Data da Defesa: de junho de 2015 BANCA EXAMINADORA Profª. Mestre Marina Zava de Farias Nunes Faculdade Padrão Profª Mestre Marta Luiza Leszczynski Salib Faculdade Padrão GOIÂNIA GO 2015

4 Agradeço primeiramente a DEUS, que me proporcionou muita fé, amor e persistência, me ajudando a superar as piores dificuldades. Em especial à minha família, que de tão perto me acompanharam na luta durante esta trajetória, proporcionando, todas as condições possíveis para realização do meu sonho. Aos amigos, que estiveram juntos comigo indireta ou diretamente, e hoje com alegria podemos comemorar mais esta etapa das nossas vidas. Aos mestres, que com tanto esforço e dedicação transmitiram conhecimento para meu crescimento e formação profissional.

5 11 RESUMO O presente trabalho tem como objetivo o estudo da responsabilidade civil do Estado por condutas omissivas. Através do estudo da responsabilidade civil, onde será analisado o conceito de responsabilidade civil, seus elementos caracterizadores, suas espécies e suas excludentes. Após foi feito um estudo da evolução da responsabilidade civil do Estado analisando-a historicamente, junto com as funções e abordando a responsabilidade civil objetiva e subjetiva, assim como suas excludentes; e posteriormente foi abordada a distinção entre conduta comissiva e conduta omissiva, juntamente com o princípio da legalidade e a conduta omissiva. Tais distinções e princípios corroboraram para a compreensão da responsabilidade civil do Estado por conduta omissiva na visão dos Tribunais Brasileiros. PALAVRAS-CHAVE: Responsabilidade Civil. Responsabilidade Civil do Estado. Conduta Omissiva.

6 6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...07 CAPÍTULO I - RESPONSABILIDADE CIVIL HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL CONCEITO DE RESPONSABILIDADE CONCEITO DE RESPONSABILIDADE CIVIL RELAÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL COM RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA E PENAL ESPÉCIE DE RESPONSABILIDADE CIVIL ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL...15 CAPÍTULO II - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR SUAS FUNÇÕES RESPONSABILIDADES CIVIL DO ESTADO OBJETIVA E RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO SUBJETIVA EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO...24 CAPÍTULO III - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR CONDUTA OMISSIVA DISTINÇÃO ENTRE CONDUTA COMISSIVA E CONDUTA OMISSIVA O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E A CONDUTA OMISSIVA A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR CONDUTA OMISSIVA NA VISÃO DOS TRIBUNAIS BRASILEIROS...29 CONSIDERAÇÕES FINAIS...33 REFERÊNCIAS...35

7 7 INTRODUÇÃO A evolução da disciplina normativa da responsabilidade civil do Estado, a partir do incipiente modelo da responsabilidade com fundamento na culpa civilista até a progressiva construção do risco administrativo, resultando na responsabilidade objetiva, permitiu o aperfeiçoamento do sistema de proteção do administrado, que passou a ter melhores condições de obter efetiva reparação dos danos causados pela atuação estatal. Afinal, passou a ser desnecessária a prova da existência de comportamento culposo do agente público para a configuração do direito à indenização. O tema em tela almeja trazer as principais teorias acerca da responsabilidade civil do Estado por conduta omissiva, até a fase atual e sua evolução, bem como alguns pontos contraditórios expostos pela doutrina, e artigos baseado no Novo Código Civil Brasileiro, Lei n.º , de 10 de janeiro de 2002 e a Constituição Federativa do Brasil de A responsabilidade civil do Estado por conduta comissiva ou omissiva do Estado, impõe sobre o poder público a reparação do dano através de seus prejuízos causados a terceiros. Em relação à responsabilidade por danos decorrentes de omissão estatal, é maior o campo das divergências na doutrina e na jurisprudência, abrangendo a própria delimitação dos requisitos para a configuração do dever de indenizar. Entretanto, se os atos praticados por estes agentes, no exercer das funções, causarem dano ao particular, terá o Estado à obrigação de indenizar. Assim, trata-se de uma responsabilidade de espécies extracontratual, que advém da reparação do dano, que visa um ato lícito ou ilícito, comissivo ou omissivo do agente, conforme art. 186 do Código Civil Brasileiro. Em relação ao objetivo genérico, pretende-se demonstrar que o Estado poderá causar danos aos administrados por ação ou omissão. Os objetivos específicos terão por finalidade: definir o que é Responsabilidade, classificar as espécies de Responsabilidade Civil, explicar os elementos da Responsabilidade Civil, descrever os excludentes da Responsabilidade Civil, relatar a finalidade da Responsabilidade Civil, considerando o mesmo processo com a responsabilidade civil do Estado, além de suas funções administrativa e penal, e ainda fazer a distinção entre conduta comissiva e omissiva, o princípio da legalidade e a visão dos tribunais brasileiros entre essa conduta omissiva. O primeiro capítulo cuida do histórico e evolução da responsabilidade civil,

8 8 desde o direito romano até o Novo Código Civil de Relata também a relação entre as disciplinas civil, penal e administrativo, os elementos constituintes em conduta, resultado e nexo causal e também suas formas de excludentes. Trata-se no segundo capítulo, da responsabilidade civil do Estado em evolução histórica, suas funções entre os entes estatais, judiciais, legislativo e administrativo, e ainda a responsabilidade objetiva e subjetiva do Estado, baseado na Teoria da Culpa e Teoria do Risco e as excludentes, para evitar a culpabilidade do Estado. Já no terceiro capítulo, observou-se a responsabilidade civil do Estado por conduta omissiva e a sua distinção entre a conduta comissiva, assim como, o princípio da legalidade em que rege a exigência da lei, cujo poder de cumprir, ou não o dever, constitui assim uma conduta comissiva ou omissiva, e analisa a visão dos tribunais brasileiros na medida das jurisprudências julgadas. O método a ser utilizado no desenvolvimento desta pesquisa será bibliográfica de compilação, que terá opiniões de vários autores, entre eles: Maria Helena Diniz, Sílvio Rodrigues, Sílvio de Salvo Venosa, Yussef Said Cahali, Sérgio Cavalieri Filho, Fábio Ulhoã Coelho, José dos Santos Carvalho Filho, Hely Lopes Meirelles, Celso Antônio Bandeira de Mello, Valmir Pontes, Celso Spitzcovsky, Rui Stoco, e ainda textos da Internet, Novo Código Civil e a Constituição Federativa do Brasil de Serão estas portanto, as fontes de pesquisas. Enfatizando a importância do tema, através de suas condutas tanto comissiva quanto omissiva, impõe ao Estado diante do poder público a obrigação da reparação de danos causados a terceiros. É importante observar que no primeiro momento a idéia de responsabilidade civil pressupõe-se a ocorrência de um dano injusto, já no segundo momento, manifesta-se na forma de uma sanção negativa, constituindo como obrigação que recai sobre alguém de indenizar a pessoa que sofreu o dano. A motivação que inspirou a pesquisa é qualitativamente diversa: Porque envolve questão com controvérsias diferentes em relação aos doutrinadores, mas com finalidade iguais, que no caso é a reparação do dano. Ao final, é apresentada a síntese do trabalho desenvolvido, com o relato do diagnóstico e do prognóstico do tema responsabilidade civil do Estado por conduta omissiva e das proposições extraídas da pesquisa jurisprudencial e bibliográfica desenvolvida.

9 9 CAPÍTULO I - RESPONSABILIDADE CIVIL 1.1. HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL Como em toda forma de pesquisa, primeiramente convém fazer uma breve busca no complexo histórico do instituto a ser estudado. Sobre o tema em questão, muito se discute que antigamente no Direito romano não houve construção da teoria de responsabilidade civil, sendo que entre os romanos, não havia distinção entre responsabilidade civil e responsabilidade penal, constituindo-se, ambas, numa pena imposta ao causador do dano. Na doutrina, Diniz (2009, p.10-11), cita: Historicamente, nos primórdios da civilização humana, dominava a vingança coletiva, que se caracterizava pela reação conjunta do grupo contra o agressor pela ofensa a um de seus componentes. Posteriormente evolui para uma reação individual, isto é, vingança privada, em que os homens faziam justiça pelas próprias mãos, sob a égide da Lei de Talião, ou seja, da reparação do mal pelo mal, sintetizada nas fórmulas olho por olho, dente por dente, quem com ferro fere, com ferro será ferido.para coibir abusos, o poder público intervinha apenas para declarar quando e como a vítima poderia ter o direito de retaliação, produto na pessoa do lesante dano idêntico ao que experimentou. Na Lei das XII tábua VII, lei 11ª: si membrum rupsit, ni cum e o pacit, tálio estio (se alguém fere a outrem, que sofra a pena de Talião, salvo se existiu acordo). A responsabilidade era objetiva, não dependia da culpa, apresentando-se apenas como uma reação do lesado contra a causa aparente do dano. Portanto fica esclarecido que a Lei de Talião junto com o direito romano formalizou a idéia de responsabilidade, que evolui com a Lei das XII Tábuas, determinando o valor da pena a ser paga pelo ofensor ao ofendido. Continuando o entender, Diniz (2009, p.11), observa: Depois desse período há o da composição, ante a observância do ato de que seria mais conveniente entrar em composição com o autor da ofensa para que ele reparasse o dano mediante a prestação da poena (pagamento de certa quantia em dinheiro), a critério da autoridade pública, se o delito fosse público (perpetrado contra direitos relativos à res publica), e do lesado, se tratasse de delito privado (efetivado contra interesses de particulares) do que cobrar a retaliação, porque esta não reparava dano algum, ocasionando na verdade duplo dano: a da vítima e o de seu ofensor, depois de punido. A Lex Aquilia de Damano foi a ilustre transformação, cujo também chamada de responsabilidade civil delitual ou extracontratual, mais citada como responsabilidade civil aquiliana. Venosa (2009, p.17), ressalta:

10 10 De qualquer forma. A Lex Aquilia é o divisor de águas da responsabilidade civil. Esse diploma, de uso restrito a principio, atinge dimensão ampla na época de Justiniano, como remédio jurídico de caráter geral; como considera o ato ilícito uma figura autônoma, surge, desse modo, a moderna concepção da responsabilidade extracontratual. O sistema romano responsabilidade extrai da interpretação da Lex Aquilia o princípio pelo qual se pune a culpa por danos injustamente provocados, independentemente de relação obrigacional preexistente. Funda-se aí a origem da responsabilidade extracontratual. Por essa razão, denomina-se também responsabilidade aquiliana essa modalidade. A Lex Aquiliana foi um plebiscito aprovado provavelmente em fins do século III ou início do século II a.c., que possibilitou atribuir ao titular de bens o direito de obter o pagamento de uma penalidade em dinheiro de quem tivesse destruído ou deteriorado seus bens. Como os escravos eram considerados coisas, a lei também se aplicava na hipótese de danos ou morte deles. Punia-se por uma conduta que viesse a ocasionar danos. A idéia de culpa é centralizadora nesse intuito de reparação. Em princípio, a culpa é punível, traduzida pela imprudência, negligência ou imperícia, ou pelo dolo. Por fim, no Código Civil Brasileiro de 2002, em relação a alguns dispositivos do código de 1916, foi feita correção, trazendo em seu art.186 que, se alguém causar dano a outrem quer seja por ato intencional ou não fica obrigado a reparar o dano. Assim dispõe o Código Civil Brasileiro, Art.186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Sendo assim, a responsabilidade civil evolui através do fundamento que alguém deve ser obrigado a reparar um dano, não só na culpa sendo subjetiva, mas também no risco, que será objetiva, visando a indenização do dano sem existência de culpa, tendo em vista que a culpa, em suas modalidades negligência, imprudência ou imperícia, ainda é motivo maior da responsabilidade civil CONCEITO DE RESPONSABILIDADE Entende-se responsabilidade como a obrigação de responder por alguma coisa, colocando a pessoa capaz de afirmar um compromisso, assumindo qualquer motivo causado por este. Buscando a origem do vocábulo, alguns autores de dicionários jurídicos definem o termo como Silva (2005, p.39) forma-se o vocábulo de responsável, de responder, do latim respondere, tomando na significação de responsabilizar-se, vir garantindo, assegurar, assumir o pagamento do que se obrigou ou do ato que praticou. A responsabilidade é o resultado da ação pela qual o homem tem um dever ou obrigação de provar resultado sobre o mesmo por ele praticado. Segundo Venosa (2009) é usada em qualquer situação no qual alguma pessoa, natural ou jurídica, deva arcar com as conseqüências de um ato, fato, ou negócio danos.

11 11 No mesmo sentido, Diniz (2009, p.33), define: O vocábulo responsabilidade é oriundo do verbo latino respondere, designando o fato de ter alguém se constituído garantidor de algo. Tal termo contém, portanto, a raiz latina spondeo, fórmula pela qual de vincula no direito romano, o devedor nos contratos verbais. Assim, responsabilidade designa o fato de alguém ser constituído garantidor de algo, sendo utilizado em qualquer situação na qual alguma pessoa, natural ou jurídica, deva arcar com as conseqüências de um ato, fato, ou negócio danoso. Portanto toda atividade humana, desde que exercida de forma anormal, pode acarretar o dever de indenizar CONCEITO DE RESPONSABILIDADE CIVIL A responsabilidade civil é aquela que decorre da existência de um fato, que atribui ao indivíduo a obrigação de indenizar. Assim, um ato ilícito que causar dano, prejuízo ou o descumprimento de uma obrigação contratual, deve ser reparado pelo seu causador. Assim de acordo com a disposição dos artigos 186 e 187 do Código Civil Brasileiro, ainda ressalta no Título IX Da Responsabilidade Civil, Capítulo I, Da Obrigação de Indenizar. Ademais, responsabilidade civil é definida como a aplicação de medidas que obriguem a reparar dano moral ou patrimonial causado a terceiros em razão de ato do próprio imputado, de pessoa por quem responde, ou de fato de coisa ou animal de guarda ou, ainda, de simples imposição legal. Segundo Diniz (2009) a responsabilidade civil trata-se de medidas que impõem ao causador da conduta lesiva a obrigação de reparar o dano, quer na esfera moral ou patrimonial que tenha imprimido a terceiro. Para Venosa (2009) Responsabilidade Civil abrange todos os conjuntos de princípios e normas que regem a obrigação de indenizar. Aquela que causar danos a outrem deverá repará-lo, na medida em que a vítima não sofrerá mais prejuízo. Em sua obra, Rodrigues (2002, p.6) diz que A responsabilidade civil tem por obrigação de forçar a pessoa a reparar o prejuízo causado a outra, por qualquer motivo que seja, mas que cumpra com a indenização sem ressarcir danos. Então, a ideia principal ao definir responsabilidade civil, rege-se pela situação em que alguém, tendo praticado ato ilícito, é obrigado a indenizar o lesado dos prejuízos que lhe causou.

12 RELAÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL COM RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA E PENAL Responsabilidade em qualquer esfera atinge diretamente ou indiretamente o ser humano que, com dolo ou culpa, por ação ou omissão, causa prejuízo. Praticado um ato tido como ilícito, por exemplo, quando um motorista, dirigindo com imprudência ou imperícia, passa em um sinal vermelho, e acaba por atropelar e matar um pedestre. Em tal caso, fica o motorista sujeito à sanção penal pelo crime de homicídio culposo e, ainda, obrigado a reparar o dano aos descendentes da vítima. Em tal caso, haverá tripla sanção, a penal, de natureza repressiva, consistente em uma pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos, a civil, de natureza reparatória, consubstanciada na indenização; e por sua vez, a responsabilidade administrativa consiste na possibilidade da Administração e seus órgãos serem responsabilizados quando praticarem atos lesivos no exercício de suas funções. Neste caso, terá a incidência do dever de indenizar. Quanto à noção de responsabilidade em matéria criminal, esta advém de uma turbação social, uma lesão aos deveres de cidadão para com a ordem da sociedade, acarretando um dano social ao agente ou o estabelecimento da anti-sociabilidade do seu procedimento, acarretando a submissão pessoal do agente à pena que lhe for imposta pelo órgão judicante, tendendo, portanto, à punição, isto é, ao cumprimento da pena estabelecida na lei penal. Já no que concerne à responsabilidade civil, engloba o dano, desfalque ou desequilíbrio do patrimônio de alguém, ou seja, requer prejuízo a terceiro, particular ou Estado, por ser repercussão do direito privado, tem interesse em restabelecer o equilíbrio jurídico, de modo que a vítima poderá pedir reparação do prejuízo causado, sendo assim indenizado, garantindo seu direito violado. Portanto, a responsabilidade civil consiste em que a vítima do evento lesivo possa ser reparada materialmente, ao passo que na esfera administrativa e penal, o lesante deverá suportar, em virtude do fato cometido o poder punitivo Estatal ESPÉCIE DA RESPONSABILIDADE CIVIL A responsabilidade civil apresenta-se nas seguintes formas: contratual, extracontratual, objetiva e subjetiva. O direito violado será o ponto de partida da questão em tela, não importando estar dentro ou fora de uma relação contratual.

13 13 A responsabilidade civil contratual decorre do acordo, de um contrato, que tem fundamento na obrigação, e na reparação aos danos resultantes do inadimplemento do mesmo ou de outros negócios jurídicos. Dispõe assim o Código Civil Brasileiro, Art 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetário segundo índice oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. Esse artigo trata da responsabilidade patrimonial, não questionando os danos ou prejuízos extrapatrimoniais que o devedor pudesse causar ao credor. A responsabilidade extracontratual decorre da ação ou omissão, lícita ou ilícita, para concessão ao agente público. Em sua doutrina, Diniz (2009, p.525), diz que: A responsabilidade extracontratual, delitual ou aquiliana decorre de violação legal, ou lesão a um direito subjetivo ou da prática de um ato ilícito, sem que haja nenhum vínculo contratual entre lesado e lesante. Resulta, portanto, da inobservância da norma jurídica ou de infração ao dever jurídico geral de abstenção atinente aos direitos reais ou de personalidade, ou melhor, de violação à obrigação negativa de não prejudicar ninguém. Portanto a responsabilidade extracontratual decorre da lesão a um direito subjetivo por meio da prática de ato ilícito. Tanto a responsabilidade contratual como extracontratual se fundam na culpa, simples fatos de não haver o devedor cumprido a obrigação assumida, porque a idéia de responsabilidade é una. Entre as duas responsabilidades há o dever de indenizar do agente causador do dano. O que diferencia é o fato de existir um contrato que garante ao lesado a prova do dano sofrido, já na outra não há contrato algum para se provar a relação entre o ofensor e ofendido. A responsabilidade objetiva independe da obrigação de reparar o dano, não questionando a culpa, pois prescinde a prova da culpa para ocorrência do dano, pois é preciso que haja o dano e o nexo causal para explicar a responsabilidade do agente. Com Fundamento na Constituição Federal: Art. 37.(...), 6 - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Responsabilidade objetiva decorre da teoria do risco, que ocorre do próprio agente em causar prejuízo a outrem. De acordo com a teoria do risco administrativo, o Estado exerce inúmeras atividades que implicam riscos, devendo assumir os danos delas decorrentes. Afinal, o exercício dessas atividades ocorre em benefício de toda a coletividade, justificando que o ônus seja repartido igualmente entre seus integrantes, cabendo aos cofres públicos o

14 14 pagamento das indenizações pelos danos causados. Segundo Cavalieri Filho (2009, p.143): (...) na busca de um fundamento para a responsabilidade objetiva, os juristas, principalmente na França, conceberam a Teoria do Risco, justamente no final do século XIX, quando o desenvolvimento industrial agitava o problema da reparação dos acidentes de trabalho. Risco é perigo, é probabilidade de dano, importando, isso, dizer que aquele que exerce uma atividade perigosa deve-lhe assumir os riscos e reparar o dano dele decorrente. Assim, conclui-se que todo prejuízo deve ser reparado por seu agente que causou, não importando se houve ou não culpa. Por sua vez, a responsabilidade subjetiva consiste naquela em que deverá haver após a ocorrência do fato danoso, a obrigação de comprovar que o agente por ação ou omissão atuou com dolo. Segundo o que preconiza o citado art. 186 do Código Civil Brasileiro, para que exista o dever de indenizar nesta espécie de responsabilidade deve-se comprovar a culpa ou o dolo por parte do causador do dano. Fica o causador da conduta lesiva, na citada responsabilidade obrigado a assumir o prejuízo causado a outra pessoa ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL Para que se caracterize a responsabilidade civil, mister a comprovação de determinados elementos sob pena de não restar esta configurada. São eles: conduta, resultado e nexo causal. A Conduta traduz um comportamento humano, comissivo ou omissivo, é comissiva quando o agente faz alguma coisa que estava proibido, e omissivo quando deixa de fazer alguma coisa que estava obrigado. Diniz (2009, p.40), menciona: (...)Ato humano, comissivo ou omissivo, ilícito ou lícito, voluntário e objetivamente imputável, do próprio agente ou de terceiro, ou o fato de animal ou coisa inanimada, que cause dano a outrem, gerando o dever de satisfazer os direitos do lesado. Para o doutrinador Venosa (2009, p.39) a conduta seria pressuposta à ação ou omissão do agente, que decorre sempre de uma atitude quer ativa quer passiva, e que vai causar danos a terceiros. A conduta tem como característica a vontade, consciência e finalidade, por meio de comportamento positivo de ação um fazer, ou de uma inatividade indevida, a omissão um não fazer o que era preciso, que objetiva atingir um fim.

15 15 Capez (2009, p.144), diz que: Sendo assim a conduta pode se dar de forma dolosa ou culposa. É dolosa onde há a vontade de realizar conduta e o objetivo de produzir resultado. Assim, quando o resultado não coincide com a finalidade essa conduta é chamada de culposa. Nesta tese, a conduta omissiva é defendida de uma forma objetiva, onde o Estado impõe legalmente normas. Então só as pessoas são capazes de realizar conduta, por questão de ser capaz de ter vontade e consciência para conter finalidade. Já o resultado é a modificação no mundo exterior provocada pela conduta. Sendo que este busca estabelecer a quem incube o ônus da prova. O nexo de causalidade consiste na relação de causa e efeito entre a conduta praticada pelo agente e o dano suportado pela vítima. Para Venosa (2009, p.48-49): O conceito de nexo causal, nexo etiológico ou relação de causalidade deriva das leis. É o liame que une a conduta do agente ao dano. É por meio do exame da relação causal que concluímos quem foi o causador do dano. Trata-se de elementos indispensável. A responsabilidade objetiva dispensa a culpa, mas nunca dispensará o nexo causal. Se a vítima, que experimentou um dano, não identificar o nexo causal que leva ao ato danoso ao responsável, não há como ser ressarcida. Portanto, o vínculo entre o prejuízo causado pela ação designa-se nexo causal, de modo que o fato lesivo deverá ser oriundo da ação ou omissão, diretamente ou como sua conseqüência previsível. Segundo Capez (2009, p.144) nexo causal é o elo concreto, físico, material e natural que se estabelece entre a conduta do agente e o resultado naturalístico por meio do qual é possível dizer se aquela deu ou não causa este. Tal nexo causal representa a relação entre o dano e ação que a produziu, provando que não ocorreria o fato se não tivesse ocorrido o dano EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL Na responsabilidade civil as excludentes são formas de impedirem que aconteça o nexo causal, ou seja, o vínculo entre o prejuízo e ação. As excludentes impõem reconhecer que o causador do dano não terá responsabilidade, nas seguintes modalidades: culpa exclusiva da vítima, o fato de terceiro, ou seja, culpa exclusiva de terceiro, o caso fortuito e a força maior. A primeira modalidade que exclui o dever de indenizar trata-se daquela em que a vítima concorre sozinha para a ocorrência do fato, ou seja, quando a culpa é exclusiva da vítima.

16 16 Nesse sentido aduz o Código Civil Brasileiro, Art Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano. O artigo refere - se à inocorrência de indenização, cuja culpa do agente e da vítima chega a uma conclusão, no qual anulam a imputabilidade do dano, pois o que importa é averiguar se a atitude da vítima teve o efeito de ocasionar o fato, para que pudesse afastar a sua culpa. A segunda excludente trata-se de fato de terceiro. Considera-se terceiro como sendo uma pessoa qualquer que influi na responsabilidade pelo dano, ou seja, que por sua conduta, cause um efeito do ato prejudicial, porque foi o seu comportamento que ocasionou um fato danoso. Já o artigo 393 do Código Civil Brasileiro ressalva a excludente por força maior e caso fortuito: Art O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. Caso fortuito é aquilo que se mostra imprevisível, quando não inevitável. Modelo específico desta questão em tela é que em Goiás Velho, uma cidade com casas muito antigas, estas vem a desmoronar em decorrência de chuva, fato esse que foi ocasionado por intempérie da natureza. Isso mostra que é algo que chega sem ser esperado, e por uma grande força que a vontade humana não pode impedir. De acordo com Capez (2009, p.144) força maior é um evento externo ao agente, tornando inevitável o acontecimento. Venosa (2009, p.48-49), continua dizendo, entretanto o caso fortuito ou força maior devem partir de fatos estranhos à vontade do devedor ou do interessado. Sendo o que distingue-os é o caráter objetivo da inevitabilidade do evento, e subjetivo a ausência da culpa. Adota, portanto conceito misto, no sentido de que, não há acontecimento que possam, a priori, serem sempre considerados casos fortuitos; tudo depende das condições de fato em que se verifique o evento. Portanto, não tem obrigação de assumir e reparar o dano, já que são situações imprevisíveis e inevitáveis, o que decorre de um critério objetivo para apurar sua ocorrência. Este primeiro capítulo expôs o histórico e a evolução da responsabilidade civil, desde o direito romano até o Novo Código Civil de Relatou-se também a relação entre as disciplinas civil, penal e administrativo, os elementos constituintes em conduta, resultado e nexo causal e também suas formas de excludentes.

17 17 CAPÍTULO II - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 2.1. A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Segundo Filho (2005, p.425) quando o direito trata da responsabilidade, induz de imediato à circunstância de que alguém, o responsável deve responder perante a ordem jurídica em virtude de algum fato procedente. Ensina que toda responsabilidade gera sanção. A sanção aplicável em caso de responsabilidade civil é a indenização, que representa a reparação dos prejuízos causados pelo responsável. Assim, considerando que o Estado é uma pessoa jurídica, não pode causar danos a quem quer que seja, entretanto seus agentes é que poderão prejudicar terceiros, ficando o Estado obrigado a indenizar. Ressalva Gasparini (2009, p.1041): Responsabilidade patrimonial do Estado, responsabilidade extracontratual do Estado ou responsabilidade civil do Estado, em face de comportamentos unilaterais, comissivos ou omissivos, legais ou ilegais, materiais ou jurídicos, que lhe são atribuídos. A responsabilidade civil do Estado corresponde com o poder de investir contra o direito de terceiro, em razão do direito alheio violado. A mesma refere-se à imposição sobre o Poder Público de reparar danos causados a terceiros em decorrência de suas ações e ou omissões. Segundo Gasparini (2009, p.1042): (...) responsabilidade civil do Estado é a obrigação que se lhe atribui de recompor os danos causados a terceiros em razão de comportamento unilateral comissivo ou omissivo, legítimo ou ilegítimo, material ou jurídico, que lhe seja imputável. Responsabilidade civil do Estado, então compreende a reparação dos danos causados pelos atos ilícitos, que também se resume em danos injustos causados por uma atividade lícita da administração EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

18 18 Stoco (2001, p.749), diz que a responsabilidade civil do Estado proveio do direito francês, em que vigia o principio da irresponsabilidade do funcionário, por motivo de ato lesivo, ocasionado pelo mesmo. Passou-se da fase da irresponsabilidade da administração, para a fase da responsabilidade civilística e desta para a fase da responsabilidade pública. A fase da Irresponsabilidade civil remetia à completa irresponsabilidade do Estado pelos atos de seus agentes, decorreu de uma inexistência da época, onde o Estado era irresponsável, cujo seu fundamento encontrava-se em outro princípio vetor do Estado absolutista ou Estado de polícia, sendo que o mesmo não podia causar males ou danos a quem quer que fosse. Segundo Pontes (1978, p.291) baseado na expressa frase em que: O rei não pode errar, o Estado absoluto na Administração Pública não tinha à obrigação de indenizar os prejuízos que seus agentes, nessa qualidade, pudessem causar aos administrados. Para Gasparini (2009, p.1044): A irresponsabilidade significava o desamparo total dos administrados, que era quebrada por leis que admitiam a obrigação de indenizar em casos específicos, a exemplo da lei francesa que determinava a recomposição patrimonial por danos oriundos de obras públicas e da acolhida a responsabilidade por danos resultantes de atos de gestão do domínio privado do Estado. Assim surgiu a Constituição de 1824, no item 29 do art.179, ressaltando ao Imperador, que não estava submetido a qualquer responsabilidade, nos termos do art. 99 dessa Lei Maior, havendo o princípio da responsabilidade dos agentes públicos, em lugar da responsabilidade do Estado, sendo assim superada tal fase. As últimas nações a sufragar a doutrina da responsabilidade foram os Estados Unidos da América do Norte, em 1946, e na Inglaterra em 1947, onde Gasparini (2009, p.1045) cita que todos os povos, todas as legislações, doutrinas e jurisprudência universais, reconhecem, em consenso pacífico, o dever estatal de ressarcir as vítimas de seus comportamentos danosos. Portanto, a fase da irresponsabilidade do Estado fixa a obrigação, em que o Poder Público, não respondia por qualquer tipo de prejuízo causado a terceiros. Na segunda fase denominada Responsabilidade subjetiva, o Estado não respondia por nenhum prejuízo causado a terceiro, passando a responder com base do conceito de culpa. Continua dizendo Gasparini (2009, p. 1045) a responsabilidade subjetiva do Estado instaura-se sob a Influência do liberalismo, que assemelhava para fins de indenização, o Estado ao particular. Segundo essa nova concepção, a Administração Pública era obrigada a indenizar pelos

19 19 danos causados aos particulares, mas somente quando seus agentes tivessem agido culposamente ou dolosamente. Seria necessário que seus agentes provassem tal conduta, entendendo-se como dolo a intenção de causar o dano ou risco conscientemente assumido de produzi-lo, e como culpa a negligência, a imperícia ou a imprudência. No mesmo sentido, Gasparini (2009, p.1045), cita: Essa Teoria da culpa ou dolo do agente público era a condicionante da responsabilidade patrimonial do Estado. Sem ela inocorria a obrigação de indenizar do Estado. O Estado e o particular eram, assim, tratados de forma igual. Ambos, em termos de responsabilidade patrimonial, respondiam conforme o Direito Privado, isto é, se houvessem se comportado com culpa ou dolo. Caso contrário, não respondiam. Neste sistema de culpa administrativa, levam em conta para efeito de responsabilidade civil a inexistência de serviço público, comprovando que onde há dano, deverá o Estado indenizá-lo. Nesta fase, cabe ao lesado comprovar a culpa ou dolo do Estado para exigir a reparação do dano. Já a terceira e última fase é instituído a responsabilidade objetiva, onde na segunda fase a responsabilidade já respondia com base no conceito de culpa, mas só que agora com base no conceito de nexo de casualidade. Por essa teoria considera-se que o Estado é responsável em razão do risco constituído pela sua posição de superioridade em relação aos indivíduos que, em última análise, são quem suportam, através dos tributos, os ônus da reparação pecuniária consequente aos males ou danos produzidos pelo funcionamento da máquina administrativa. Observa-se em Gasparini (2009, p.1047): Por essa teoria, a obrigação de o Estado indenizar o dano surge, tão-só, do ato lesivo de que ele, Estado, foi o causador. Não se exige a culpa do agente público, nem a culpa do serviço. É suficiente a prova da lesão e de que esta foi causada pelo Estado. A culpa é indeferida do fato lesivo, ou, vale dizer, decorrente do risco que a atividade pública gera para os administradores. Esse rigor é suavizado mediante a prova, feita pela Administração Pública, de que a vítima concorreu, parcial ou totalmente, para o evento danoso, ou de que este não teve origem em um comportamento do Estado (foi causado por um particular). O denominado nexo causal representa a relação de causa e efeito existente entre o fato ocorrido e as conseqüências dele resultantes. Sempre que se verifica a relação entre o fato ocorrido e a conseqüência por ele provocada, torna possível o acionamento do Estado, para recomposição dos prejuízos, sem a comprovação de culpa ou dolo para caracterizar a responsabilidade. Posteriormente, surgiram teorias em relação a essas fases, do questionamento da responsabilidade do Estado.

20 20 A teoria da culpa administrativa relata tudo àquilo que é de responsabilidade do Estado, e que venha prejudicar ou causar danos a terceiros. Porém para que se possa ser exigido do Estado, é necessário que o prejudicado comprove o fato material, bem como a falta do serviço, que pode ser tanto o mau funcionamento ou atraso do serviço. Já a segunda, é a teoria do risco administrativo. Nesta, basta o dano sem qualquer influência do lesado, surge à obrigação de indenizar o particular, diferente da teoria da administração, que exige a falta do serviço, sendo que na teoria do risco, exige apenas o fato do serviço, porém isso não significa que a administração deve indenizar sempre, apenas que fique livre da prova. A indenização poder ser parcial ou total. Por fim, a terceira teoria é a do risco integral, abandonada na prática, por conduzir abusos e injustificação social, e que o direito constitucional, sustenta a responsabilidade do Estado, ser única consequência lógica inevitável. Fórmula radical que estaria obrigando a indenizar todo e qualquer dano suportado por terceiro, ainda que resultante de culpa ou dolo da vítima, desta forma seria a bancarrota do Estado A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR SUAS FUNÇÕES Falar de responsabilidade civil do Estado lembra-se desde logo dos três poderes estatais: administrativo, jurisdicional e legislativo. Tratar da responsabilidade por atos tipicamente judiciais é dizer decisões. Quanto aos atos de natureza administrativa praticados por juiz, aplica-se o que foi dito sobre os atos administrativos em geral. De acordo com alguns doutrinadores equipara-se o magistrado, representante do Estado, ao funcionário público para efeitos de responsabilização e o serviço de administração de justiça ao serviço público, em relação de gênero público e espécie judicial. Existe a possibilidade de o Estado responder por danos causados a terceiros em razão de ato legislativo (Lei), e por ato judicial (sentença), que por se tratar de atos típicos destes respectivos poderes, dificilmente poderão causar dano reparável. Conforme deduz Cretella (2005, p.275): A responsabilidade do Estado por atos judiciais é espécie do gênero responsabilidade do Estado por atos decorrentes do serviço público, porque o ato judicial é, antes de tudo, ato jurídico público, ato de pessoa que exerce serviço público judiciário. A sentença como exemplo de ato jurisdicional é reflexo da soberania estatal, dela não advindo possibilidade de responsabilização do Estado. Quanto à lei, esta age de forma geral,

21 21 abstrata e impessoal e suas determinações constituem ônus generalizados impostos a toda coletividade. Já quanto à sentença o artigo 133 do Código de Processo Civil prevê a possibilidade do juiz responder por perdas e danos quando proceder dolosamente no exercício de suas funções ou quando omitir ou retardar sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da parte. Meirelles (2006, p.657) diz em sua obra que portanto ficará o juiz responsável por qualquer dolo, fraude, recusa, omissão ou retardamento injustificado de providência de seu ofício, mediante o art. acima referido. Sendo o juiz um agente do Estado, será o ente chamado a responder, garantido o direito de regresso, isto é, sendo caracterizado o dolo ou culpa, onde o Estado pode ressarcir da indenização que teve de pagar ao lesado, através do direito referido. Para Meirelles (2006, p.656): O ato legislativo dificilmente poderá causar prejuízo indenizável ao particular, porque, como norma abstrata e geral, atua sobre a coletividade, em nome da soberania do Estado, que, inteiramente, se expressa no domínio eminente sobre todas as pessoas e bem existente no território. O Poder Público não responderá, por danos resultantes no que se referem os atos legislativos. O ato legislativo se constitui nas atividades estruturais do Estado, cuja norma inconstitucional pode obrigar o Estado a reparar os prejuízos dela decorrente. O ato legislativo, ressalva que a lei é imposta a todos sem que possa reclamar qualquer indenização quando a irresponsabilidade, sendo que o lesado foi quem escolheu seus membros para que pudessem representar. Na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 53, diz que Os deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. A responsabilidade civil do Estado ocorre, através da ocorrência da inconstitucionalidade da lei pelo Poder Judiciário. Já no que refere a responsabilidade civil do Estado por atos administrativos, a responsabilidade é a objetiva, basta para o Estado que responda civilmente, que haja dano, nexo causal, e que se acha o funcionário no serviço na hora do evento prejudicial, para que possa ter fundamento à teoria do risco podendo assim o ato administrativo ser um ato lícito, onde pode haver averiguação de qualquer forma de direito, para uma conduta positiva.

22 RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO E RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO SUBJETIVA Responsabilidade civil, como foi citado nos capítulos anteriores, tem como definição a obrigação que alguém tem em reparar dano causado a terceiro, sendo que há diferentes maneiras de encarar essa responsabilidade. A Responsabilidade Civil objetiva não depende da culpa, sendo aplicada a teoria do risco, em que a responsabilidade do agente decorre do seu próprio ato que oferece perigo de lesão ao patrimônio de outrem; já responsabilidade civil subjetiva não dispensa a existência da culpa, cujo resultou dano a alguém. A verificação da culpa determina ao agente a importância da sua responsabilidade, impondo lhe, ao mesmo tempo, o dever de indenizar o prejudicado, conforme seja o tamanho do dano, relacionado à culpa no seu resultado. Enquanto a responsabilidade civil subjetiva, culposa, por atos ilícitos, tem a obrigação de reparar danos resultantes da violação intencional ou meramente culposa de direitos alheios, a responsabilidade civil objetiva, ou pelo risco, é a obrigação de reparar determinados danos, acontecidos durante atividades realizadas no interesse ou sob o controle da pessoa responsável, independentemente de esta ter ou não agido com culpa. Mello (1995, p.950) diz que a responsabilidade civil do Estado é objetiva quando há obrigação de indenizar, incumbido alguém de uma ação licita ou ilícita, produzindo um prejuízo a terceiro, configurando uma relação causal entre o comportamento e o dano. A responsabilidade objetiva advém da teoria do risco, pois de acordo com Rodrigues (2002, p.11) aquele que através de sua atividade, cria um risco de dano para terceiro deve ser obrigado a repará-lo, ainda que sua atividade e o seu comportamento sejam isentos de culpa. Preleciona Diniz (2009, p.52): Baseado no lícito ou no risco com o intuito de permitir ao lesado, diante a dificuldade da prova da culpa, a obtenção de meios para reparar os danos experimentados. O agente deverá ressarcir o prejuízo, mesmo que isento de culpa, pois a responsabilidade é imposta por lei, cujo dever ressarcitório, ocorre sempre que se positivar a autoria de um fato lesivo. Então mesmo sem ser culpado pelo dano, o agente tem a obrigação de indenizar. Coelho (2004, p.346), menciona: Pela teoria do risco, quem tem o proveito de certa atividade deve arcar também com os danos por ela gerados. Em decorrência, deve ser imputada responsabilidade

23 23 objetiva a que explora atividade geradora de risco para que não venha a titularizar vantagem injurídica. Essa teoria relata a existência de toda atividade humana que possa surgir risco a outrem, ou seja, quem tem proveito, também tem risco. A teoria do risco consiste na obrigação de indenizar o dano produzido, sem que haja qualquer investigação sobre o ato do lesante, configurando a causalidade entre o dano e a conduta do seu causador. Observa-se na obra de Meirelles (2006, p.649) a teoria do risco administrativo faz surgir a obrigação de indenizar o dano do ato lesivo e injusto causado à vitima pela administração. Não se exige qualquer falta o serviço público, nem culpa de seus agentes, sem o concurso do lesado. Também caracteriza a responsabilidade como uma violação de um dever contratual ou extracontratual. Segundo Diniz (2009, p.52): Assim sendo, tal teoria desvinculo o dever de reparação do dano da idéia de culpa, baseando-o na atividade lícita ou no risco com o intuito de permitir ao lesado, ante a dificuldade da prova da culpa, a obtenção de meios para reparar os danos. Continua dizendo Diniz (2009, p.52) se funda no princípio da equidade a teoria, em que existente desde o direito romano, pois aquele que lucra com uma situação deve responder pelo risco ou pelas desvantagens resultantes. Entende que essa responsabilidade tem como ênfase a prática de atividade exercida pelo agente, criando risco de dano para terceiros, deixando bem esclarecido o perigo, e não o comportamento do causador. O risco consiste na obrigação de indenizar o dano produzido, havendo uma relação de causalidade entre o dano e a conduta. Já a responsabilidade civil subjetiva do Estado licito e ilícito é o que caracteriza o seu fato gerador, sendo que tendo o agente agido com culpa ou dolo, é o Estado que responde pelos seus atos culposos ou dolosos. Diniz (2009, p.42) conceitua: A culpa em sentido amplo, como violação de um dever jurídico, imputável a alguém, em decorrência de fato intencional ou de omissão de diligência ou cautela, compreende: o dolo, que é a violação intencional dever jurídico, e a culpa em sentido estrito, caracterizada pela imperícia, imprudência ou negligência, sem qualquer deliberação de violar um dever. Assim entende-se que a culpa em sentido amplo é um descumprimento de um dever jurídico, e em sentido estrito a culpa é comprovada através da existência da negligência, imprudência ou imperícia da conduta do agente.

24 24 Mello (1995), entende que: A conduta geradora de dano revele deliberação na prática do comportamento proibido ou desatendimento indesejado dos padrões de empenho, atenção ou habilidade morais, legalmente exigíveis, de tal sorte que o direito em uma ou outra hipótese resulta transgredido. A teoria da responsabilidade com culpa, segundo Filho (2005, p.422) distinguia a estrutura estatal em atos de império e os atos de gestão se, o Estado produzisse um ato de gestão, poderia ser civilmente responsabilizado, mas se fosse a hipótese de ato de império não haveria responsabilização. Entretanto essa evolução provocou discordâncias entre as vítimas e atos estatais, pois na prática não era fácil aceitar esta distinção. A teoria da culpa é bastante complicada para o indivíduo, pois além de justificar a lesão sofrida, ainda fica no dever de comprovar a falta de serviço, para obter a indenização. Meirelles (2006, p.649), define: A teoria da culpa administrativa representa o primeiro estágio da transição entre a doutrina subjetiva da culpa civil e a tese objetiva do risco administrativo que a sucedeu, pois leva em conta a falta de serviço para dela interferir a responsabilidade da administração. Para melhor o entendimento, surge então à teoria da culpa administrativa, em que o lesado não precisaria identificar o agente estatal causador do dano. O lesado exercia seu direito a reparação dos prejuízos e assim era preciso que comprovasse que ocorreria o dano por causa do serviço, que não funcionava, funcionava mal ou funcionava com atraso. Então, por fim conclui-se que a teoria subjetiva do Estado, enquadra-se na falta do serviço, e o que diferencia tais teorias, ora subjetiva com a idéia da culpa do serviço, e ora com fundamento na teoria do risco EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Excludentes da responsabilidade civil do Estado impõem reconhecer que o Estado não terá responsabilidade, ou, melhor não há sempre a obrigação de indenizar. Pondera Gasparini (2009, p.1048): O dever de recompor os prejuízos só lhe cabe em razão de comportamento danoso de seus agentes e, ainda assim, quando a vítima não concorreu para o dano, embora nessa hipótese se possa afirmar que o Estado esta em parte colaborou para o evento danoso. Há três maneiras que o Estado não tem o dever de indenizar, sendo, o de culpa

25 25 exclusiva da vítima, culpa exclusiva de terceiro, caso fortuito e força maior. Culpa exclusiva da vítima ocorre, quando a mesma se dá causa ao evento danoso. É o que ocorre quando a vítima se atira sob um carro de polícia no sinal verde na faixa de pedestre, neste caso não cabe qualquer responsabilidade do Estado, pois neste caso não está exposta à ação do Estado e o dano sofrido pela vítima, deixando de surgir o nexo causal. Neste caso, podemos falar do problema das conclusas. Continua dizendo Gasparini (2009, p.1048) que provando que a vítima participou de algum modo para o resultado gravoso, exime-se o Estado da obrigação de indenizar, na exata proporção dessa participação. Já a culpa exclusiva de terceiro, corresponde a alguém que causa dano a outra pessoa, provocando uma lesão. Diniz (2009, p.115), define: Qualquer pessoa além da vítima ou do agente, de modo que, se alguém for demandado para indenizar um prejuízo que lhe foi imputado pelo autor, poderá pedir a exclusão de sua responsabilidade se a ação que provocou o dano foi exclusivamente a terceiros. Entretanto-se, alguém empurra a mesma pessoa do exemplo anterior, em cima do carro de polícia que está passando bem na hora que o sinal está verde, ocorre, assim, uma ação de culpa exclusiva de terceiro. Assim o terceiro que causou dano, será o único responsável pela composição do prejuízo. E por fim, exclui ainda a responsabilidade o caso fortuito e a força maior, sendo que estes, por se tratarem de questões que fogem à esfera da vontade do agente, excluem a culpabilidade, ante a sua inevitabilidade, havendo sempre um acidente que produz prejuízo. Divergem os doutrinadores acerca destes conceitos. Ora se afirma que o Estado não tem que indenizar, quando há acontecimento imprevisível e irresistível, causado por força externa do tipo de tufão e da nevasca, sendo caso fortuito, ou da greve e da grave perturbação da ordem, sendo força maior. Entretanto o dano é uma decorrência de acontecimento de força maior, pois não há o Estado que indenizar, cujo mesmo não é causador do dano. Já Mello (1995, p.967), ressalta: (...) a fortiori exime-se de responsabilidade quando o dano é inevitável, sendo baldos quaisquer esforços para impedi-lo.por isso, a força maior, é um acontecimento natural irresistível, de regra é causa bastante para eximir o Estado de responder. A diferença entre essas excludentes ocorre que entre, a força maior, há uma decorrência de um fato externo, estranho ao serviço, e da qual decorre a obrigação que

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