Gerenciamento e tratamento de resíduos sólidos urbanos e industriais. Prof. Denize Dias de Carvalho

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1 RESÍDUOS SÓLIDOS A questão dos resíduos sólidos é atualmente, um dos temas centrais para aqueles que se preocupam com ambiente na perspectiva de garantir a existência das gerações futuras. DEFINIÇÕES Primeiramente, devemos conceituar a palavra resíduo, uma vez que este inclui não apenas os materiais sólidos, mas também inclui outros tipos de materiais de diferentes estados físicos, além de uma variedade de significados. É usual na área ambiental, utilizar a palavra resíduo associando a idéia de materiais sólidos ou semi-sólidos, como também se associa efluentes com materiais líquidos e emissões com materiais gasosos. Além disso, o termo resíduos sólidos (urbanos) é tido praticamente como sinônimo de lixo e é usado de forma geral pela população. Segundo SABETAI CALDERONI (1998), o conceito de lixo e de resíduo pode variar conforme a época e o lugar. Depende de fatores jurídicos, econômicos, ambientais, sociais e tecnológicos. Para alguns lixo está associado ao poder público e resíduo ao setor industrial. Para Calderoni resíduo é um material que tem valor comercial, e lixo é um material descartado que não tem valor comercial. Culturalmente, podemos definir resíduo sólido como o conjunto de produtos não aproveitados oriundos de atividades humanas - doméstica, comercial, industrial, de saúde entre outros tipos, ou gerados pela natureza, como folhas, terra etc. Porém em agosto de 2010 foi instituída no Brasil a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que levou 19 anos para ser aprovada. A LEI Nº , DE 2 DE AGOSTO DE 2010 institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998;e dá outras providências. Esta Lei apresenta uma serie de definições, definindo a diferenciação entre resíduos e rejeitos. Resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível; Rejeitos sólidos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada. CAPÍTULO I DO OBJETO E DO CAMPO DE APLICAÇÃO Art. 1º Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis. Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por: I - acordo setorial: ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto.

2 II - área contaminada: local onde há contaminação causada pela disposição, regular ou irregular, de quaisquer substâncias ou resíduos; III - área órfã contaminada: área contaminada cujos responsáveis pela disposição não sejam identificáveis ou individualizáveis; IV - ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final; V - coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição; VI - controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam à sociedade informações e participação nos processos de formulação, implementação e avaliação das políticas públicas relacionadas aos resíduos sólidos; VII - destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a disposição final, observando normas operacionais es pecíficas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos; VIII - disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos; IX - geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído o consumo; X - gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei; XI - gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável; XII - logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada; XIII - padrões sustentáveis de produção e consumo: produção e consumo de bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e permitir melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e o atendimento das necessidades das gerações futuras; XIV - reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa; XV - rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada; XVI - resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível; XVII - responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei; XVIII - reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física ou físico-química, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa (Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária); XIX - serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades previstas no art. 7º da Lei nº , de 2007.

3 CAPÍTULO II - PRINCÍPIOS E OBJETIVOS princípios da prevenção e da precaução; princípios do poluidor-pagador e do protetor-recebedor; responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; proteção da saúde pública e da qualidade ambiental; incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados; integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; prioridade, nas aquisições governamentais, para produtos reciclados e recicláveis; o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania; INSTRUMENTOS os planos de resíduos sólidos; os inventários e o sistema declaratório anual de resíduos sólidos; a coleta seletiva, os sistemas de logística reversa e outras ferramentas relacionadas à implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis; a educação ambiental; os incentivos fiscais, creditícios e financeiros e Educação ambiental. Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não-geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Art. 13. Para os efeitos desta Lei, os resíduos sólidos têm a seguinte classificação: I - quanto à origem: a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas; b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana; c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas "a" e "b"; d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas "b", "e", "g", "h" e "j"; e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos na alínea "c"; f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais; g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS; h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis; i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades; j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira; k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios; II - quanto à periculosidade: a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica; b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea "a". Parágrafo único. Respeitado o disposto no art. 20, os resíduos referidos na alínea "d" do inciso I do caput, se caracterizados como não perigosos, podem, em razão de sua natureza, composição ou volume, ser equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal.

4 DOS PLANOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS São planos de resíduos sólidos I o Plano Nacional de Resíduos Sólidos; II os planos estaduais de resíduos sólidos; III os planos microrregionais de resíduos sólidos e os planos de resíduos sólidos de regiões metropolitanas ou aglomerações urbanas; IV os planos intermunicipais de resíduos sólidos; V os planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos; VI os planos de gerenciamento de resíduos sólidos. LOGÍSTICA REVERSA Estão obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: I agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas; II pilhas e baterias; III pneus; IV óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; V lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; VI produtos eletroeletrônicos e seus componentes. CAPÍTULO V - DOS INSTRUMENTOS ECONÔMICOS O Poder Público poderá instituir medidas indutoras e linhas de financiamento para atender, prioritariamente, às iniciativas de: implantação de infra-estrutura física e aquisição de equipamentos para cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda; desenvolvimento de projetos de gestão dos resíduos sólidos de caráter intermunicipal ou, nos termos do inciso I do caput do art. 11, regional; estruturação de sistemas de coleta seletiva e de logística reversa; descontaminação de áreas contaminadas, incluindo as áreas órfãs; CAPÍTULO VI - DAS PROIBIÇÕES Ficam proibidas, nas áreas de disposição final de rejeitos, as seguintes atividades: utilização dos rejeitos dispostos como alimentação; catação; criação de animais domésticos; fixação de habitações temporárias ou permanentes; outras atividades vedadas pelo Poder Público. Fica proibida a importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos, bem como os resíduos sólidos cujas características causem dano ao meio ambiente e à saúde pública, animal e sanidade vegetal, ainda que para tratamento, reforma, reuso, reutilização ou recuperação. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) editou um conjunto de normas para padronizar, a nível nacional, a classificação dos resíduos: NBR Resíduos Sólidos NBR Lixiviação de Resíduos NBR Solubilização de Resíduos NBR Amostragem de Resíduos

5 A NBR Resíduos Sólidos Classificação (ABNT/04) define resíduos sólidos como: resíduos no estado sólido e semi-sólido que resultam de atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inevitável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. A NBR classifica os resíduos sólidos segundo o grau de periculosidade, em duas categorias: Classe I Perigosos, Classe II Não Perigosos (Classe IIA Não Inertes e Classe IIB Inertes) Obs: Os resíduos radioativos não são objeto desta Norma, pois são de competência exclusiva da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Resíduos Classe I Perigosos Esses resíduos apresentam periculosidade, característica que em função de suas propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas, pode apresentar riscos à saúde pública e ao meio ambiente quando manuseados e destinados de forma inadequada. Resíduos sólidos que constem nos anexos A ou B ou que apresentarem pelo menos uma das características quanto a inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade. Por exemplo, um resíduo é: Reativo (...) se possuir em sua constituição CN - ou S 2- em concentrações maiores que 250 mg de HCN liberável/kg de resíduo ou de 500 mg de H2S liberável/kg de resíduo. Patogenico: (...) se contiver ou houver suspeita de conter microrganismos patogênicos, proteínas virais, ADN ou ARN recombinantes, organismos geneticamente modificados, plasmídios, cloroplastos, mitocôndrias ou toxinas capazes de produzir doenças em homens, animais ou vegetais. Listagem 1 - Resíduos perigosos de fontes não específicas Indústria Código Resíduo perigoso Código de periculosidade Genérica F 001 Os seguintes solventes (T) halogenados gastos utilizados em desengraxe: tetracloetileno,...e fluocarbonos clorados e lamas provenientes da recuperação F015 soluções exauridas de banhos contenho cianeto provenientes das operações de extração de metais de minérios. (R,T)

6 Listagem 2 - Resíduos perigosos de fontes específicas Indústria Código Resíduo perigoso Refino de petróleo K048 K049 Sobrenadante de separadores tipo DAF, nas indústrias de refinação de petróleo Sólidos da emulsão de óleo residual da indústria de refinação de petróleo Código de periculosidade (T) (T) É importante frisar que todo material em contato com resíduo perigoso fica contaminado e passa também a ser considerado como resíduo perigoso. Qualquer outro resíduo que se suponha tóxico e que não conste nas listagens da norma, deverá ter sua classificação baseada em dados bibliográficos disponíveis. Resíduos classe IIA Não inertes: Aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos de classe I ou classe IIB. Aqueles que podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. Resíduos classe IIB Inertes: Quaisquer resíduos amostrados de uma forma representativa, segundo a NBR , que submetidos a um contato estático ou dinâmico com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, conforme NBR (Solubilização) não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor (anexo G). As decisões técnicas e econômicas em relação a todo o gerenciamento dos resíduos sólidos (manuseio, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte e disposição final), deverão estar fundamentadas na classificação dos mesmos. Contudo essa identificação é bastante complexa em determinados casos, e são poucos laboratórios que realizam este serviço. A amostragem do resíduo é uma operação fundamentalmente importante, como já foi dito anteriormente existe uma norma a NBR que orienta sobre a forma de se realizar um processo de amostragem, porém quanto mais heterogêneo é o resíduo, mais crítica é a sua amostragem. Realizar uma determinação das características de resíduos que possa ser considerada representativa não é tarefa simples e depende de um bom programa de amostragem e da correta preparação das amostras. A ausência de uma padronização nos métodos de determinação das características fisico-químicas e microbiológicas dificulta a comparação de resultados e é, atualmente, um dos problemas da discussão entre especialistas na área de resíduos. Tabela 1 Responsabilidade pelo gerenciamento dos resíduos Origem do resíduo Domiciliar Responsável Prefeitura

7 Público Comercial Serviços de Saúde Industrial Portos, aeroportos e terminais ferroviários e rodoviários Agrícola Entulho Prefeitura Gerador Gerador (hospitais, etc) Gerador (indústrias) Gerador (portos, etc.) Gerador (agricultor) Gerador resíduo Segundo D ALMEIDA ET AL, 2000 (IPT), resíduo sólido, pode ser classificado como: I Domiciliar aquele originado na vida diária das residências, constituídos por restos ABNT NBR de 10004:2004 alimentos, produtos deteriorados, jornais, garrafas, embalagens em geral, papel higiênico, dentre CLASSIFICAÇÃO: outros, não além de alguns resíduos Tem considerados origem tóxicos. II Comercial aquele originado nos diversos estabelecimentos comerciais e de serviços, como supermercado, lojas, bares, restaurantes conhecida? etc. O lixo destes locais tem grande quantidade de papel, plástico e embalagens diversas. III Público aquele originado dos serviços sim de limpeza pública urbana, incluindo-se todos os resíduos de varrição das vias públicas; limpeza das praias; limpeza das galerias, córregos e terrenos; restos de poda de Consta árvores, nos corpos anexos de A animais etc. Inclui-se também nessa categoria os sim resíduos da limpeza de áreas de feiras livres, constituídos por restos de vegetais diversos, embalagens etc. ou B? IV Serviços de Saúde e Hospitalar constituem os resíduos sépticos, ou seja, aqueles que contêm ou potencialmente podem conter germes patogênicos, oriundos de locais como hospitais, clínicas, laboratórios, farmácias, clínicas veterinárias, não postos de saúde etc. Estão também nessa categoria os resíduos assépticos destes locais, constituídos por papéis, restos da preparação de alimentos, resíduos de limpeza gerais e outros materiais. V - Portos, Aeroportos e Terminais Rodoviários e Ferroviários constituem-se de materiais de higiene, asseio pessoal e Tem restos caracteristicas de alimentos; de: VI Industrial aquele originado nas atividades dos diversos sim ramos de indústria como a metalúrgica, química, Inflamabilidade, petroquímica, corrosividade, papeleira, alimentícia etc. O resíduo sólido resíduo industrial perigoso é classe I bastante variado, podendo ser representado por cinzas, lodos óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, reatividade, toxicidade ou plásticos, papéis, cerâmicas etc. VII Agrícola são resíduos patogenicidade? sólidos das atividades agrícolas e da pecuária. Incluem embalagens de fertilizantes e defensivos agrícolas, rações, restos de colheita etc. VIII Entulho são os resíduos da construção civil, composto por materiais de demolições, restos de obras, solos de escavações diversas etc. não D Almeida et al (2000) indica ainda a responsabilidade pelo gerenciamento dos resíduos descritos acima e ilustrados resíduo na Tabela não perigoso 1: classe II Tabela 1 Responsabilidade pelo gerenciamento dos resíduos Origem do resíduo Responsável Domiciliar Prefeitura Comercial Prefeitura 1 Público Possui constituintes que são Prefeitura não resíduo inerte Classe II B Serviços de solubilizados Saúde em concentrações Gerador (hospitais, etc) Industrial Gerador (indústrias) Portos, aeroportos superiores e terminais ao anexo ferroviários G? e Gerador (portos, etc.) rodoviários Agrícola Gerador (agricultor) Entulho Gerador sim 1 A Prefeitura é responsável por quantidades pequenas, geralmente inferiores a 50kg, de acordo com a legislação resíduo municipal não inerte específica. Classe Quantidades II A superiores são responsabilidade do gerador.

8 O levantamento das quantidades de resíduos industriais é feito utilizando a metodologia dos inventários, que consistem em questionários enviados as indústrias consideradas potencialmente importantes como geradoras de resíduos. Gerenciamento dos resíduos sólidos No vigésimo primeiro capítulo da Agenda 21, estão estabelecidas as diretrizes para o gerenciamento dos resíduos sólidos de forma compatível com a preservação ambiental. Um novo estilo de vida, com mudanças nos padrões de consumo, nos padrões de produção e de geração de resíduos se impõe para a humanidade. O estabelecimento desses novos padrões comportamentais e culturais depende de um trabalho de educação e conscientização e deve (deveria) ser tarefa da atual geração e das próximas, na construção de um novo modelo de mundo. A Agenda 21 define áreas-programa que permitem o estabelecimento de uma estratégia de gerenciamento de resíduos sólidos compatível com a preservação do ambiente. Minimização da produção de resíduos, Maximização de práticas de reutilização e reciclagem ambientalmente corretas, Promoção de sistemas de tratamento e disposição de resíduos compatíveis com a preservação ambiental, Extensão da cobertura de coleta dos serviços de coleta e destino final. Em se tratando de um resíduo industrial, a fonte geradora geralmente conhece a composição e a quantidade dos seus resíduos, no entanto, o gerenciamento desse tipo de resíduo pode ser bastante problemático. Uma vez que a geração dos resíduos industriais é diretamente dependente das ações de minimização praticadas pelas indústrias, demonstra que o início do Gerenciamento de Resíduos Sólidos começa antes da geração. Na Agenda 21, os programas considerados importantes para o equacionamento da poluição por resíduos perigosos (RP) são: Promover a minimização da geração de RP Promover e fortalecer a capacitação institucional para o gerenciamento de RP Promover e fortalecer a cooperação internacional para o gerenciamento da movimentação de RP entre fronteiras Impedir o tráfico internacional ilegal de RP Também faz parte do gerenciamento, o coleta, classificação, segregação, armazenagem, transporte, reciclagem, bolsa de resíduos, levantar as alternativas de tratamento e disposição final destes, considerando aspectos de treinamento de pessoal, manuseio e procedimento de emergência, dentro de critérios de garantia da proteção ambiental e da saúde pública. Além disto, se necessário, realizar um processo de recuperação dos locais contaminados pela disposição inadequada. As áreas e as formas de armazenamento deverão ser previamente submetidas ao órgão ambiental para apreciação e parecer. O local para o armazenamento de resíduos deverá estar situado a distâncias mínimas de residências, hospitais, clínicas, centros médicos, de escolas, clubes esportivos e de outros equipamentos de uso comunitário, de rodovias, vias de acesso público e corpos d água. Os procedimentos de coleta e estocagem a serem seguidos são: COLETA definir os equipamentos adequados para coleta e segregação dos resíduos sólidos; definir os locais para os recipientes para coleta e para segregação; descrever o processo de transporte; descrever o processo de manuseio; ESTOCAGEM definir o local e a capacidade disponível para cada tipo de resíduo;

9 definir os procedimentos de manuseio entre as áreas de estocagem e tratamento ou disposição final; definir o treinamento necessário ao pessoal envolvido; Os resíduos sólidos deverão sofrer tratamento ou armazenamento adequado preferencialmente no próprio local de produção e nas condições estabelecidas pelos órgãos responsáveis de controle da poluição e de preservação ambiental. Entretanto, a maior parte dos resíduos, principalmente aqueles caracterizados como perigosos são geralmente tratados ou dispostos em locais distantes do seu ponto de geração, o que necessita de transporte do ponto de geração ao local de tratamento ou disposição, envolvendo coleta, condicionamento e transporte. Uma vez havendo a impossibilidade técnico-científica e econômica do tratamento e disposição dos resíduos sólidos próximos ao local de sua geração, o transporte deve ser feito em veículos apropriados, compatíveis com as características dos resíduos, atendendo as condicionantes de proteção ao meio ambiente e a saúde pública. O transporte de resíduos não perigosos (por exemplo sucatas de ferro, lixo de restaurante, etc.) não apresenta grandes implicações quanto ao treinamento de motorista e ajudantes, estado de conservação do caminhão e burocracia com relação aos órgãos ambientais regionais. Para o transporte de Resíduos Perigosos a indústria é obrigada a seguir uma série de procedimentos para que se cumpram todas as leis e regulamentações dos órgãos ambientais envolvidos no transporte deste tipo de material, com relação a documentações, licenças etc. Além do cumprimento deste procedimento, deve exigir também das empresas transportadoras o seu enquadramento às normas referentes ao transporte de resíduos perigosos, e atuar como fiscalizadora, já que a mesma se encontra no papel de co-responsável deste processo. Os veículos de transporte de carga ou produtos perigosos só poderão transitar por vias públicas ou rodovias, se preencherem os requisitos de simbologia estabelecidos pela Norma Brasileira. Os produtos devem estar acondicionados para suportar os riscos de carregamento, transporte, descarregamento e transbordo. Devem evitar o uso de vias que atravessem ou estejam próximas de áreas densamente povoadas, de áreas de proteção de mananciais, reservatórios de água ou reservas florestais e ecológicas para carregamento, transporte e descarregamento de produtos perigosos. O transporte de produtos perigosos somente será realizado em veículos cujas características técnicas e estado de conservação possibilitem segurança compatível com o risco correspondente ao produto transportado. No caso dos resíduos serem transportados ou terem de ser estocados até terem um tratamento adequado, eles devem ser cuidadosamente manuseados, coletados e armazenados. O acondicionamento e/ou estocagem de resíduos pode ser realizado em: tambores, a granel, caçamba, tanque, fardos, sacos plásticos ou outras formas. Os veículos de transporte de carga ou produtos perigosos só poderão transitar por vias públicas ou rodovias, se preencherem os requisitos de simbologia estabelecidos pela Norma Brasileira. Os produtos devem estar acondicionados para suportar os riscos de carregamento, transporte, descarregamento e transbordo. Devem evitar o uso de vias que atravessem ou estejam próximas de áreas densamente povoadas, de áreas de proteção de mananciais, reservatórios de água ou reservas florestais e ecológicas para carregamento, transporte e descarregamento de produtos perigosos. O transporte de produtos perigosos somente será realizado em veículos cujas características técnicas e estado de conservação possibilitem segurança compatível com o risco correspondente ao produto transportado. Geralmente o gerenciamento interno é de exclusividade da empresa, mas o externo, muitas vezes, fica por conta de empresas contratadas, o que dificulta o trabalho da empresa sendo a mesma responsável por todas as fases. O conhecimento do responsável pela manipulação, remoção, transporte, armazenamento, disposição e controle dos resíduos sólidos também é indispensável. Outro fator vital é a questão do cumprimento da legislação pertinente e dos objetivos traçados pela empresa, para assegurar esse programa de gerenciamento. Com relação ao gerenciamento de resíduos sólidos são necessárias, inicialmente, a identificação da fonte de geração com qualificação e quantificação através da caracterização por amostragem, análise e classificação. Após essa fase inicial, o procedimento abrange as seguintes etapas:

10 Medidas preventivas: Geração da menor quantidade possível minimização na geração; Segregação em local adequado para evitar a diluição dos materiais pelas águas de chuva e que fiquem dispostos ao tempo; Rótulos e etiquetas para a identificação; Separação dos resíduos entre si, para evitar a contaminação dos menos perigosos com os outros e para que não ocorram reações químicas entre os diferentes materiais. Medidas corretivas Identificação do tipo de tratamento a ser utilizado. As diretrizes para o tratamento de resíduos consiste em : o Definição de processos de produção, tendo em vista as características qualitativas e quantitativas dos resíduos resultantes; o Desenvolvimento dos estudos de tratabilidade para avaliação dos possíveis tratamentos; o Conceituação dos processos tendo-se em vista a eficiência de remoção de poluentes e o impacto que irão provocar ao meio ambiente. Identificação das empresas que realizarão serviços de tratamento, análise e transporte; Elaboração de um plano de tratamento que é enviado ao Órgão Ambiental, junto com o laudo de caracterização do resíduo, para que o Órgão emita a autorização; Transporte do resíduo por uma empresa devidamente licenciada, que terá a responsabilidade de encaminhar, junto com o resíduo, a documentação necessária; Recebimento do resíduo pela empresa de tratamento, retirada de uma amostra testemunha e pesagem; Tratamento; Emissão do comprovante de destinação final do resíduo emitido pela empresa; Arquivamento por um período de 5 anos das notas fiscais de transporte e do comprovante de destinação final do resíduo. Cada resíduo deve ter o seu gerenciamento desde a fase imediatamente após a geração até a disposição final, de forma a garantir a minimização de riscos à saúde pública e ao meio a ambiente. Cabe ao gerador de resíduos assumir a responsabilidade de assegurar que empresas terceirizadas, responsáveis pela disposição final, tratamento, compra e reciclagem estejam de acordo com as normas ambientais vigentes. Vale salientar que todo o gerenciamento não é definitivo, devendo ser reformulado dependendo das circunstâncias e das necessidades do momento. As relações entre países, no que se refere aos problemas ambientais provocados por produtos e resíduos, têm sido objeto de tratados que visam estabelecer novos padrões nas relações internacionais. Alguns dos tratados atuais que interferem na questão dos resíduos são: Protocolo de Montreal, para controle das substâncias que destroem a camada de ozônio A Convenção da Biodiversidade, que regula as condições de acesso a recursos biológicos entre os signatários. A Convenção da Basiléia, que proíbe a movimentação de resíduos perigosos, entre fronteiras, para países não participantes da convenção, e estabelece regras para a movimentação entre os países signatários. Concluindo, a legislação brasileira para a caracterização e a gestão do problema ao nível de ação governamental é bastante completa e segue os modelos adotados nos países industrializados, em especial, EUA e Alemanha, países com os quais os técnicos brasileiros têm mantido maior intercâmbio no assunto resíduo industriais. As normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) cobrem bastante bem as definições dos resíduos e os cuidados com o seu manuseio, transporte e estocagem. Essas normas são complementadas pelos documentos federais e estaduais referentes a padrões de emissões

11 para incineradores, requisitos mínimos para a localização, construção e operação de aterros industriais e transporte de resíduos. A legislação ambiental para transporte de resíduos perigosos soma-se àquela referente ao transporte de substancias perigosas publicada pelo Ministério dos Transportes, sendo que a atuação dos órgãos ambientais tem se dado em articulação com as autoridades rodoviárias, com relativo sucesso.

12 Lodos gerados nas ETE s O termo lodo tem sido utilizado para designar os subprodutos sólidos do tratamento de Estações de Tratamento de Esgotos ou de Efluentes Industriais. Nos processos biológicos de tratamento, parte de matéria orgânica é absorvida e convertida, fazendo parte da biomassa microbiana, denominada de lodo biológico ou secundário, composto principalmente de sólidos biológicos, por isso é denominada de biossólido; porém para este termo ser adotado é necessária uma estabilização do lodo, tornando as características químicas e biológicas compatíveis a uma utilização, como por exemplo na agricultura. No Brasil, já temos exemplos concretos da utilização de Biossólido como fertilizante em plantações de milho em pesquisa realizada pela Embrapa, na região de Jaguariúna SP; porém ainda não temos uma legislação específica para permitir e normalizar a utilização de biossólido na agricultura. Tratamento de lodo O gerenciamento de lodo proveniente de estações de tratamento é uma atividade de grande complexidade, responsabilidade e alto custo, e se for mal executado pode comprometer os benefícios ambientais e sanitários esperados do sistema. Portanto a gestão do lodo prevê a redução de sua produção e o aumento máximo da reutilização e da reciclagem. A arte de gerenciar está em combinar as diferentes soluções possíveis de maneira que resulte numa seqüência de processos de baixo custo e boa confiabilidade. Se falhar o tratamento, a disponibilidade de locais de armazenagem se esgotará rapidamente e a eficiência depuradora da estação fica reduzida pela necessidade de descarregar lodo com o efluente.todo o esforço feito para tratar os efluentes líquidos pode ser comprometido por um tratamento inadequado do lodo gerado nesses processos. O lodo é considerado um resíduo sólido (semi-sólido) Na estação de tratamento fica retido um lodo aquoso, cuja quantidade pode ser avaliada em cerca de 1% a 2% do volume total de esgoto/efluente tratado por isso é importante se achar uma utilização economicamente viável, pois o custo com o lodo pode ficar entre 20% e 60% do total gasto com a operação de uma estação de tratamentos. O lodo biológico produzido em unidades (lagoas aeradas, lodo ativado ) tem um teor de sólidos de 0,5-1,5 % após descarga do decantador secundário. Espessamento é essencial para reduzir este volume antes das operações de desidratação. Se o tratamento primário produz um volume de lodo muito maior que o do tratamento secundário, os lodos podem ser misturados e desidratados juntos. Contudo, são frequentemente mantidos separados para um melhor controle da desidratação e disposição. Os lodos primários variam amplamente em densidade, estabilidade química e biológica, solubilidade, toxidez e tamanho de partícula. Já o lodo secundário, é geralmente semelhante para todas as indústrias. O lodo primário removido do decantador tem cerca de 97% de umidade. Quantidade de Lodo A quantidade de lodo produzida por uma estação assim como as características físicas e químicas deste lodo dependem diretamente: do tipo de ação, ou melhor, da seqüência de processos unitários empregados no tratamento como um todo. Pré-tratamento Coagulação química (condicionamento químico) O condicionamento é um processo de preparação de lodo, através da adição de produtos químicos (coagulantes e polieletrólitos) para aumentar sua aptidão a desidratação e melhorar a captura de sólidos nos sistemas de desidratação do lodo. A maioria dos lodos requer um condicionamento químico anterior ao espessamento e desidratação. A adição de coagulantes químicos facilita a coalescência das partículas mais finas do lodo melhorando sua filtração. Os coagulantes mais comuns são o cloreto férrico, cal e polieletrólitos. Coagulação química (condicionamento químico ) Os coagulantes inorgânicos são amplamente utilizados e, na maioria dos casos, capturam com eficiência os colóides. Eles têm a desvantagem

13 de contribuir substancialmente para o aumento de volume do lodo, o que acarreta problemas na desidratação. Os floculantes orgânicos (polieletrólitos) podem ser classificados como: catiônicos, aniônicos ou não-iônicos. Eles são mais específicos e eficazes, porém são também, mais sensíveis as alterações de ph e são mais caros. Espessamento ou Adensamento O adensamento ou espessamento é um processo físico de concentração de sólidos e consiste em basicamente reduzir o volume do lodo, pela redução de sua umidade, o que facilita as etapas seguintes de tratamento. As taxas de espessamento dependem: propriedades da alimentação, concentração de sólidos na alimentação, tempo de retenção, qualidade requerida na alimentação da desidratação e qualidade do sobrenadante requerida para disposição ou reciclo. Geralmente o espessamento por sedimentação gravitacional ou flotação. Sedimentação A configuração mais comum é um tanque circular com profundidade de 3 m e diâmetros de 3-4,5 m. As unidades são semelhantes a decantadores primários. Equivale a uma decantação cujo objetivo principal não é a clarificação do líquido sobrenadante, porém a concentração dos sólidos no fundo. A eficiência depende muito do lodo. Lodo primário pode ser espessado por gravidade até cerca de 90% de umidade, enquanto lodo misto é de 95 a 92%.O espessamento de lodos orgânicos (particularmente de lodo ativado) é complicado pela ação anaeróbica. Se a temperatura for propícia, as bactérias no lodo começam a decompor a matéria orgânica, liberando gases. Isto acarreta problemas de flotação, impede a compactação e cria odores desagradáveis. Flotação O espessamento por flotação é empregado para lamas contendo sólidos que: flutuam melhor que decantam, têm baixas taxas de decantação ou pobre compactação. A maioria dos espessadores por flotação usa a pressurização do reciclo. A alimentação do flotador é misturada com o reciclo pressurizado na entrada do mesmo. Podem ser retangulares (usualmente para pequenas aplicações) ou circulares. Ambos os tipos são equipados com escumadeiras na superfície e raspadores no fundo. As escumadeiras removem o material flutuante do tanque de espessamento para um reservatório. Os raspadores removem os sólidos mais pesados que não podem flotar. Estabilização A estabilização visa a atenuar o mau odor no tratamento e manuseio do lodo. Redução de organismos patogênicos e redução de volume de sólidos voláteis. A estabilização biológica do lodo, que é praticada com frequência antes da desidratação ou disposição, pode ser anaeróbia ou aeróbia. A digestão anaeróbia têm as vantagens de baixo consumo energético e produção de metano. As bacias de digestão aeróbia, com tempo e retenção de dias, reduzem em até 40 % os sólidos voláteis. Na digestão anaeróbia os orgânicos do lodo são reduzidos a CH4, CO2, NH3 e H2S. O CH4 pode ser recuperado e aproveitado para geração de energia ou outros propósitos. A digestão depende da temperatura, na faixa mesofílica (0-35 ºC), o tempo de digestão é de dias, enquanto que na faixa termofílica (38-60 C), o tempo é de dias.

14 A fase subseqüente é a desidratação ou desaguamento do lodo, que pode ser realizada por métodos naturais ou mecânicos, tendo como objetivo remover água e reduzir ainda mais o volume, produzindo um lodo com comportamento mecânico próximo ao dos sólidos. A desidratação do lodo tem um importante impacto nos custos de transporte e destino final do lodo, já que o comportamento mecânico varia com o teor de umidade, e a diminuição de volume otimiza o transporte do lodo para seu destino final, visto que na maioria dos países, incluindo o Brasil, as estações de tratamento de esgoto/efluente têm como principal meio de locomoção da carga de lodo, o sistema rodoviário e a utilização de frota de caminhões. Desidratação O propósito da desidratação é remover líquido suficiente do lodo espessado de forma a produzir uma torta com conteúdo de sólidos e propriedades de manuseio ótimos para subsequente processamento ou disposição. Centrifugação Uma centrífuga de sólidos consiste de um tambor rotativo que concentra e desidrata o lodo, separando em uma torta e uma corrente diluída. A torta se forma no interior do tambor e é descarregada deste por intermédio de um parafuso condutor, que gira dentro do deste a uma velocidade levemente menor. O fluido sobrenadante corre para a extremidade oposta do tambor onde é coletado. A capacidade da centrífuga está relacionada com seu tamanho (diâmetro e comprimento do tambor). Através da centrifugação pode-se obter um lodo com teor de umidade na ordem de 70-80%. Filtração à vacuo Um típico filtro à vácuo consiste de um tambor rotativo parcialmente submerso em um vaso contendo a lama. Filtros à vácuo 70% de umidade. Os dois tipos de filtros á vácuo mais comuns são o de tambor rotativo e o de correia rotativa. Desde o desenvolvimento da filtração contínua, o filtro à vácuo com tambor convencional tem sido mais usado. Isto se deve principalmente à sua flexibilidade operacional e habilidade para manusear várias qualidades de lodos. A principal desvantagem destes filtros é o progressivo processo de colmatação do meio filtrante. Quando esta colmatação alcança um ponto crítico, o meio deve ser substituído ou regenerado com uma lavagem ácida ou alcalina.um outro problema é a descarga da torta. Ela deve ter uma espessura mínima e secura suficiente para ser desgarregada por completo. Pode ter uma zona de sopro antes da descarga. O uso de filtros do tipo correia rotativa elimina ou reduz bastante os problemas de colmatação e espessura da torta. O meio filtrante é uma correia sem fim que atravessa do tambor para um rolo de descarga da torta e, então,para uma câmara de lavagem onde sprays de alta pressão borrifam fluido em ambos os lados do tecido. A descarga da torta se dá pela passagem do meio filtrante por um rolo de menor diâmetro, o que muda abruptamente o raio de curvatura do meio causando o despreendimento da torta. FILTRAÇÃO em PRÉ-CAMADA A filtração à vácuo em pré- camada é usada para aplicações de difícil filtração em que sérios problemas de descarga da torta são esperados ou quando as características da alimentação variam consideravelmente. O filtro de pré-camada é semelhante ao filtro à vácuo de tambor rotativo. Uma torta do material de pré-camada (como terra de diatomácea) é formada sobre o meio filtrante. A filtração prossegue continuamente pela raspagem de uma porção da pré-camada sobre o filtro junto com a torta de lodo. À medida que a filtração continua, a lâmina de raspagem avança em direção à superfície do tambor. A pré-camada pode durar por várias horas ou dias, dependendo das condições operacionais.

15 Filtração em correia horizontal. Filtros de correia horizontal são melhor aplicados a lamas contendo sólidos granulares que forma tortas rapidamente e têm altas taxas de desidratação. O sistema permite a lavagem contínua da torta e da correia, minimizando problemas de colmatação. As vantagens deste método sobre os outros métodos são a simplicidade operacional e o baixo consumo de energia. Filtração sob pressão. Filtros prensa do tipo placa e quadro ou placas paralelas consistem de uma série de placas retangulares arranjadas face a face na vertical. O meio filtrante é disposto sobre a face de cada placa. As placas são comprimidas e /ou parafusadas para se manterem juntas durante a desidratação. O filtro opera em regime de batelada. O lodo quimicamente condicionado é bombeado para dentro dos espaços entre as placas. Pressões de psi são aplicadas. Os sólidos preenchem o espaço entre duas placas enquanto o líquido é forçado através do meio. Ao término do período de desidratação, as placas são separadas e a torta de lodo removida. Aplicados na filtração de lodos municipais e de industrias de polpa de papel, ou de lodos contendo água e óleo. A pressão é suficiente para prevenir o entupimento do filtro por finos. Filtros prensa % de umidade. SECAGEM DO LODO Secagem natural se dá em unidades denominadas leitos de secagem. VANTAGEM É o método mais simples e mais barato utilizado em secagem de lodos, devendo ser escolhido sempre que possível. DESVANTAGENS Dependência de condições climáticas favoráveisnecessidade de grandes áreas disponíveisemprego de mão de obra para remoção do lodo secosó pode receber lodo estabilizado. Leitos de secagem compreendem tanques rasos de piso drenante, geralmente retangulares, projetados para receber lodo úmido até uma altura de 30 cm. A perda de umidade de água ocorre através de 2 mecanismos: * percolação através da camada drenante * evaporação através da superfície exposta ao ar CAMADA SUPORTE É constituída de tijolos maciços assentados com afastamento de 2 a 3 cm, preenchido com areia grossa. MEIO FILTRANTE É constituído de camadas de pedras de granulometria diferentes e arrumadas, de modo que a camada inferior tenha granulometria maiores do que as da camada superior SISTEMA DE DRENAGEM É constituído de canalizações convenientemente dispostas, abaixo do meio filtrante, de modo a recolher o líquido drenado que é enviado à entrada da ETE. Em condições normais de secagem, o lodo poderá ser removido depois de um período que varia de 20 a 40 dias, cuja umidade atinge valores de 70 a 60 %. SECAGEM ARTIFICIAL A secagem artificial do lodo pode ser feita em equipamentos do tipo moinhos rotativos, evaporadores de multi-efeito e de leito fluidizado. O teor de sólidos pode alcançar até 90%. O Secador Térmico é do tipo de troca térmica direta, ou seja, os gases quentes provenientes da combustão entram em contato com o lodo para aquece-lo e remover a água, podendo operar continuamente ou intermitentemente.a desinfecção ou higienização do lodo é uma operação necessária se seu destino for à reciclagem agrícola, já que os processos de digestão anaeróbia ou aeróbia podem não reduzirem o nível de patógenos a patamares aceitáveis.

16 TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Define-se tratamento de resíduos como qualquer processo que altere suas características, composição ou propriedades, de maneira a tornar mais aceitável sua disposição final ou simplesmente sua destruição. Estes métodos se processam por uma ou mais das seguintes formas: convertendo os constituintes agressivos em formas menos perigosas ou insolúveis; destruindo quimicamente produtos indesejáveis; separando da massa de resíduos os constituintes perigosos, com conseqüente redução do volume a ser disposto; e alterando a estrutura química de determinados produtos, tornado mais fácil sua assimilação pelo meio ambiente. Tipos de tratamento No Brasil, têm sido utilizados os seguintes métodos de tratamento e /ou disposição final: Resíduos urbanos Reciclagem Compostagem natural Usinas de compostagem Resíduos Industriais Incineração Co-processamento Blend energético Outros (land-farming, incorporação em cerâmica, estocagem) Um breve histórico sobre os métodos de tratamento e/ou disposição final. Incineração Processo de tratamento que utiliza a decomposição térmica de resíduos, em elevadas temperaturas, com objetivo de tornar um resíduo menos volumoso e menos tóxico. Nesta tecnologia ocorre a decomposição térmica via oxidação à alta temperatura da parcela orgânica dos resíduos, transformando-a em uma fase gasosa e outra sólida, reduzindo o volume, o peso e as características de periculosidade dos resíduos. Todos os materiais provenientes deste processo são tratados com as mais modernas tecnologias antes de sua destinação final. As escórias e cinzas são dispostas em Aterro próprio, os efluentes líquidos são encaminhados para estação de tratamento, onde 100% retorna ao processo, e os gases oriundos da queima são tratados e monitorados on-line, sob os seguintes parâmetros: vazão, temperatura, níveis de O 2,CO e também índices de NO x, SO x e materiais particulado. A incineração vem sendo praticada, principalmente para resíduos perigosos líquidos com poder calorífico acima de kcal/kg. A maioria dos incineradores disponível no país é de propriedade de empresas multinacionais, e foram construídos principalmente para resolver o problema próprio de cada empresa. Essas empresas procuram vender para outras indústrias a sua capacidade de incineração excedente. OS INCINERADORES DE RESÍDUOS PERIGOSOS DO BRASIL

17 O investimento nessa área é muito alto tanto na isntalaçao como na operação dos incineradores, cobrando preço médio oscilante de R$ 1,50 a R$ 3,00 por kg de resíduo incinerado. RESÍDUOS PASSÍVEIS DE INCINERAÇÃO resíduos sólidos, pastosos, líquidos e gasosos resíduos orgânicos clorados e não-clorados (borra de tinta, agrodefensivos, borras oleosas, farmacêuticos, resíduos de laboratório, resinas, entre outros) resíduos inorgânicos contaminados com óleo, água contaminada com solventes, entre outros) resíduos ambulatoriais RESÍDUOS NÃO-PASSÍVEIS radioativos resíduos totalmente inorgânicos VANTAGENS DA INCINERAÇÃO destruição total da parcela orgânica dos resíduos monitoramento on-line de todo o processo flexibilidade na forma de recebimento dos resíduos (tambores, bombonas, caixas, fardos, sacos e big bags) redução do volume recuperação energética; alternativa para não recicláveis Desvantagens: custos pessoal especializado possível emissão de gases tóxicos metais pesados (cinzas e gases) Legislação NBR (Teste de queima, Padrões de emissão: HCl, HF, CO, SOx, NOx e material particulado, Monitoramento) Resolução CONAMA No. 316, 29/10/2002 (Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos) A regulamentação brasileira se baseia na norma NBR , de dezembro de 1989, de padrões de desempenho de incineração de resíduos perigosos. Na norma, por exemplo, estão os padrões de emissão de HCl, HF, CO, SOx, NOx, e materiais particulados. Também define o monitoramento contínuo, requisitos de operação e orienta a respeito do chamado teste de queima.

18 No teste de queima, normalmente feito de dois em dois anos, o incinerador opera sob as piores condições. Se nesse teste a empresa conseguir ter seus padrões de emissão dentro dos limites, em qualquer outra operação ela diretamente estará apta, afirmou o gerente do setor de ar, ruído e vibrações da Cetesb, Carlos Eduardo Komatsu. O resíduo utilizado no teste será então de baixo poder calorífico e com alta emissão de material particulado e dos outros poluentes. Ele deverá provar que consegue aliar o controle de emissões com capacidade de destruição, completa. Caso passem no teste, realizado também quando são ampliados, os incineradores recebem atestado de eficiência de 99,9999%. Figura- Foto de um sistema de incineração. O controle sobre a formação de dioxinas e furanos (compostos organo-clorados) é feito em um equipamento chamado Quencher, capaz de reduzir em menos de 1 segundo a temperatura de 1.200ºC, dos gases finais da incineração, para 80ºC. A medida evita originar compostos cancerígenos, normalmente produzidos em temperatura na faixa dos 700ºC. Evitando-se a formação das dioxinas e furanos pelo resfriamento lento, impossível de ocorrer em razão da rapidez do Quencher, que opera com grande quantidade de água. Mecanismo de operação de um sistema de incineração. O forno de fluxo descendente é composto por duas câmaras, a primária e a de pós-combustão, que oferecem tempo de residência total de 4 segundos a 1.200ºC. Entre as duas câmaras há uma restrição que melhora a turbulência dentro do forno de modo a garantir uma boa mistura entre o combustível, constituído pelo próprio resíduo em processo de carbonização, e o ar. No topo do forno ficam dois queimadores e, na sua parte inferior, um terceiro. Ao final do percurso formado pelas duas câmaras o resíduo orgânico é transformado em CO e CO2. Restam os resíduos organoclorados, a esta altura em forma de gases clorados. Esses gases, à medida que o processo avança, são parcialmente absorvidos pela própria água de resfriamento e da absorção resulta uma solução contendo cerca de 15% de ácido clorídrico. Os clorados contidos nos gases quentes chegam ao Quencher, onde sua temperatura, mediante contato com a resfriadora solução de ácido clorídrico, é reduzida de 1.250ºC para cerca de 90ºC, aumentando, paralelamente, o teor de ácido clorídrico na solução. O HCl e Cl2 persistentes na forma gasosa são retidos na torre de absorção. A seguir são neutralizados com soda cáustica e tratados com uréia industrial e sulfito de sódio, removendo-se o material particulado. O gás neutralizado segue para um tanque onde ocorre a separação das partículas líquidas e se impede por um separador de névoa o arraste de partículas menores.

19 PROBLEMAS QUE PODEM SURGIR NO PROCESSO: Contaminação da corrente gasosa, líquida e/ou das cinzas (metais) Danos ao equipamento (F, S, Cl) Explosões (explosivos e substâncias instáveis ou muito reativas) Combustão incompleta Consumo excessivo de combustível pelo resíduo muito úmido, como lixo urbano Geração de monóxido de carbono (CO) e material particulado É Importante controlar na combustão os seguintes Parâmetros: Temperatura fornecimento de energia Tempo suficiente para absorção de energia Turbulência garantia de mistura adequada Excesso de ar mistura resíduo/o2 não é perfeita Controle de emissões e cinzas HCl lavagem ácida (H 2 0 ou cal) Gases ácidos: SOx, HF lavagem alcalina NOx lavagem uréia ou amônia Metais e material particulado controle de partículas Dioxinas e furanos controle de combustão e resfriamento de gases Cinzas aterro Monitoramento Parâmetros de eficiência de combustão Contínuo: O 2, CO, SO 2 Descontínuo : material particulado, NOx e HCl Pontual: dioxinas e furanos Co-processamento O Co-processamento de resíduos sólidos, utiliza a decomposição térmica, via oxidação, com finalidade de tornar o resíduo atóxico através de sua incorporação química às matérias-primas, ou ainda, elimina-lo sob a forma de gás carbônico e água, através de sua queima. A prática do Co-processamento de resíduos sólidos vem sendo amplamente explorada e incentivada como forma de destruição térmica de resíduos perigosos e não perigosos em vários países do mundo. Co-processamento, à princípio, pode ser realizado em qualquer indústria desde que esta prática seja capaz de aproveitar os compostos inorgânicos dos rejeitos e destruir os orgânicos, detendo as condições operacionais para o processo e seu controle sem alterar a qualidade do produto final.

20 No Brasil, o co-processamento de resíduos vem sendo praticado, principalmente em fornos cimenteiros nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Paraná. O Co-processamento tem se apresentado como uma das alternativas tecnológicas mais viáveis no gerenciamento de resíduos, por ser um processo fechado, custo relativamente baixo, destruição de resíduos e retenção de cinzas na matriz do clínquer. TIPOS DE RESÍDUOS QUE PODEM USADOS NO CO-PROCESSAMENTO Dados da literatura apresentam como uma alternativa de tratamento o co-processamento para os seguintes os resíduos industriais: Resíduos oleosos: borras, lodos, óleos e graxas Catalisadores gastos Materiais de refino e resíduos de refinarias de petróleo Pneus Lodos de ETE Solventes Plásticos Madeira Tintas, vernizes, resinas, corantes Substâncias inorgânicas Produtos fora da especificação e da validade Pela Resolução CONAMA Nº 264 DE 26/08/99, excetua-se do processo de licenciamento de forno rotativo de produção de clínquer, para atividades de co-processamento de resíduos, os resíduos domiciliares brutos, resíduos de serviço de saúde, radioativos, explosivos, organoclorados, agrotóxicos e afins. O blend energético é uma evolução do co-processamento, na sua modalidade de resíduos com conteúdo energético. Nesse caso, uma empresa especializada, coleta os resíduos com teores energéticos acima de kcal/kg e prepara uma mistura energética que pode ser admitida como combustível auxiliar nos fornos cimenteiros. A vantagem do blend é ser um produto homogêneo, preparado fora das instalações da indústria que utiliza o produto, eliminando os problemas ambientais e operacionais do co-processamento. As desvantagens são os custos e a redução dos ganhos da cimenteira. Caracterização dos fornos de cimento Os fornos de cimento reúnem algumas características que os recomendam como possíveis instalações para a eliminação de resíduos perigosos, principalmente se esses resíduos forem combustíveis e puderem ser destruídos por reação com o oxigênio atmosférico. Dado o seu caráter perigoso a queima destes resíduos tem de ser realizada de modo que a sua remoção e destruição (DRE- Destruction and Removal Efficiency) seja elevada. Usualmente as Normas para o tratamento térmico de resíduos perigosos impõem DRE melhores que 99,99% (ou 99,9999% para dioxinas/furanos). Devido à quantidade elevada de matéria prima existente no interior do forno, este tem uma inércia térmica superior ao de muitas outras instalações industriais a alta temperatura. Esta característica é vantajosa quando se queimam substâncias com composição e poder calorífico variável como são os resíduos industriais. É necessário tomar algumas precauções em relação ao modo como o material é adicionado ao forno. O local de injeção mais apropriado é o queimador principal junto à saída do clínquer, porque nestas condições a temperatura e o tempo de residência são maximizados. Substâncias líquidas ou sólidos triturados são normalmente queimados neste ponto do forno.

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