A atuação do poder público de Santa Catarina na implantação de políticas de atendimento ao tratamento de resíduos sólidos pelo setor privado.
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1 A atuação do poder público de Santa Catarina na implantação de políticas de atendimento ao tratamento de resíduos sólidos pelo setor privado.
2 Tratamento de resíduos no mundo Média diária de resíduo 1,00 KG POR HABITANTE O serviço de coleta começou CRIAÇÃO DOS LIXÕES A CÉU ABERTO O estrago causado ao meio ambiente ENTERRAR TODO O LIXO GERADO (início dos aterros sanitários) não reaproveitamento dos recursos naturais e capacidade limitada de armazenamento de lixo
3 Mudança de valor PROTOCOLO DE KYOTO ONU (anos 80 -para evitar o efeito estufa) Preocupação com os vilões do meio ambiente -geração de lixo e de energia elétrica Década 90: início do desenvolvimento de tecnologias Mudança de conceito lixo = fonte de recursos naturais do futuro
4 Produção e tratamento urbano de resíduos União Européia (kg/hab) Números dos resíduos e mudança de cultura do tratamento Não definido (variação) Outro tipo de reciclagem (incluindo compostagem) Reciclagem de materiais Incineração(incluindo recuperação energética) Deposição sobre o solo ou no seu interior Fonte: Eurostat
5 Tratamento de resíduos por país -UE Deposição em aterros incineração Reciclagem Outra reciclagem UE-27. Alemanha Países Baixos Áustria Suécia Bélgica Dinamarca Luxemburgo França Finlândia Reino Unido Itália Irlanda Eslovénia Espanha Portugal República Checa Hungria Polónia Estónia Chipre Eslováquia Grécia Malta Letónia Lituânia Roménia Bulgária Suíça Noruega Islândia Croácia Turquia Antiga República Jugoslava da Macedónia Iniciou o tratamento de resíduos em 1940 Hoje tem: 45% dos resíduos totais com reciclagem 100% dos resíduos sólidos
6 Comparativo da Reciclagem urbana Brasil x Estados Unidos X Suécia 2007 FONTE: Cempre
7 Reciclagem por produto USA Baterias Veículos Jornais e Peças de máquinas Latas de aço Aparas Jardim Latas alumínio Pneus Frascos de vidro Frascos de PET Garrafas Brancas translúscidas
8 LOGÍSTICA REVERSA CALIFÓRNIA / Resíduos sólidos Retornaram Foram reciclados 91% 88% 86% 87% 81% 79% 79% 77% Jan-jun/2011 Jul-dez/2011 jan-jun/2012 jul-dez/2012
9 CALIFORNIA Em 1990: Lei que estabelecia limites para envio de resíduos sólidos para aterros sanitários. Em 1995, meta de redução em 25% Até o ano 2000, reduzido em 50%. Califórnia desvia mais de 25% dos seus resíduos, Eliminação de 33 milhões de toneladas por ano. A maioria dos cortes realizado através da reciclagem
10 Evolução da reciclagem no Canadá London(Canadá): a legislação municipal está subordinada as regras regionais que estabelecem as diretrizes e a estratégia no trato da reciclagem.
11 London: a Lei voltada para a reciclagem Ano Ação 1987 Introdução de acondicionador especial para residências 1990 Introdução de acondicionador especial para reciclagem 1994 Proibição da presença de eletrodoméstico no resíduo doméstico 1995 Proibição da disposição de resíduos de jardinsno aterro, e ampliação de mais produtos entre os recicláveis 1996 Introdução de acondicionador especial para resíduos de jardins 2000 Construção de um centro de reciclagem 2002 Construção de um depósito para eletrônicos 2003 Construção de um centro educacional de reciclagem 2005 Novos produtos são aceitos no centro de reciclagem 2006 Limite de 4 acondicionadorespara os resíduos domésticos por mês por unidade habitacional
12 BRASIL : RESÍDUOS SÓLIDOS (ABNT NBR ) Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Incluídos: os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.
13 RECICLAGEM Lei Federal /10, a reciclagem é o processo de transformação dos resíduos envolvendo a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação destes em insumos ou novos produtos
14 RESÍDUOS SÓLIDOS -FONTES Domiciliar Comercial Público Industrial Agropecuário De atividades de mineração Entulhos Serviços de saúde Radioativos Tratamento de efluentes
15 RESÍDUOS SÓLIDOS -Dados Pesquisa IPEA (2012) Brasil, coleta: ton/dia 98% área urbana 33% área rural 51,4% orgânico 31,9% reciclável 16,7% outros Municípios: 63,6% para lixões Domicílios: 15% sem coleta Brasil: lixões (IPEA)
16 Cenário -BRASIL 2012: RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ton/dia = 64 milhões de ton/ano Com o LIXO produzido no Brasil de um ano: - teríamos uma fila de caminhões com este lixo, seria possível dar 23 voltas na Terra, somente com os resíduos urbanos. -se depositássemos sobre campos de futebol, em sacos de lixo, cobriríamos a área equivalente a campos E estes estariam esperando a definição de um local para depositar ou tratar este resíduo Se reciclássemos, poderíamos gerar R$ 4,6 bilhões
17 Resíduos agrossilvopastoris Se todos resíduos da produção da cana de açúcar fossem reaproveitados para a geração de energia, o potencialenergético gerado seria maiorque o da usina de Itaipu As 13 maiores culturas de plantio praticadas no país totalizam por ano 291, 1 milhões de toneladas de resíduos. O total energético gerado seria de MW/ano.
18 Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos Até 2006 : 10% do lixo iam para aterro e 90% para lixão. Hoje: 90% vão para aterro e 10% para lixão. O grande desafio é a coleta seletiva domiciliar
19 Iniciativas de coleta seletiva (municípios brasileiros)
20 Fomento à reciclagem Catadores Brasil: cooperativas que reúnem catadores de sócios empregados administrativos 31/07/2013 Portal Brasil Brasil vai investir R$ 200 milhões em reciclagem Recursos serão destinados ao fortalecimento das redes de cooperativas de catadores de materiais recicláveis
21 Organização e eficiência Pesquisa com avaliação de 83 organizações coletivas e grupos de catadores Qtde de organizações Grupo de catadores 43% 35% 27% 24% 24% 14% 16% 17% Alta eficiência Média eficiência Baixa eficiência Baixíssima eficiência
22 Classificação Alta eficiência: formalmente organizados, com prensas, balanças, carrinhos, galpão próprio, com capacidade de ampliar sua estrutura física, com conhecimento da área Media eficiência: formalmente organizados, com alguns equipamentos, com galpão próprio necessitando de apoio financeiro para aquisição de equipamentos, com algum conhecimento da área Baixa eficiência: poucos equipamentos, necessitando de apoio financeiro para aquisição de equipamentos e sem galpão próprio, necessitando de treinamento e apoio para conhecimento da área Baixíssima eficiência: grupos desorganizados, em ruas e lixões, sem equipamentos, freqüentemente trabalhando em condições de extrema precariedade
23 Perfil dos catadores Renda média dos catadores organizados(2010) R$ 420,00 a R$ 520,00 Outras fontes de renda dos catadores Região Sul UFRGS (2010) Outros NASF PETI Bolsa Escola Bolsa Família Aposentadoria Pensão Atividade de trabalho formal Atividade de trabalho informal 1% 1% 2% 7% 0% 9% 8% 9% 63% 60% vieram do trabalho formal (Região Sul)
24 Legislação PNRS/Decreto Objetivo do Plano Nacional Art. 7: incentivo à industria de reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias primas e insumos derivados de materiais reciclados e recicláveis O acesso à recursos da União : Art18. : cabe aos municípios implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda.
25 Incentivo à reciclagem Linhas de financiamento Art. 42: implantação de infraestruturafísica e aquisição de equipamentos para cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais Art. 43: Linhas de crédito diferenciadas para investimentos produtivos Art44. Confere aos Estados e Municípios a alternativa de instituir normasde incentivo financeiro para projetos relacionados à responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos,prioritariamente com cooperativas e outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas de baixa renda.
26 Participação... Art40. O sistema de coleta seletiva de resíduos sólidos e logística reversa, priorizarãoa participação de cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis constituídas por pessoas físicas de baixa renda.
27 Legislação Catarinense
28 Inclusão na legislação de SC Art Princípios e diretrizes da Política Estadual de Resíduos Sólidos:... III o poluidor-pagador e o protetor-recebedor;... XVI a divulgação pelas indústrias e empresas independentemente de porte, por meio de suas embalagens e campanhas publicitárias, do risco ao meio ambiente proveniente da disposição inadequada de seus produtos e embalagens;
29 Inclusão na legislação de SC Art São objetivos da Política Estadual de Resíduos Sólidos: I não gerar, reduzir, reutilizar, reciclar e tratar dos resíduos sólidos, bem comodispor ambientalmente adequado os rejeitos; II -proteger a saúde pública e a qualidade ambiental; III -disciplinar o gerenciamento integrado dos resíduos, preferencialmente por meio de consórcios;...
30 Inclusão na legislação de SC Art X -articular entre as diferentes esferas do poder público, e destas com o setor empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de resíduos sólidos; XI promover e incentivar a capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos;
31 Inclusão na legislação de SC Art São instrumentos da Política de Gestão de Resíduos Sólidos:... V -a coleta seletiva, os sistemas de logística reversa e outras ferramentas relacionadas à implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;... VII -o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis;... XIX -o incentivo à adoção de consórcios ou de outras formas de cooperação entre os entes federados, com vistas à elevação das escalas de aproveitamento e à redução dos custos envolvidos.
32 Inclusão na legislação de SC Art O gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos deve ser efetuado pelos municípios, preferencialmente de forma integrada. 1º A execução dos serviços a cargo da esfera municipal, em todas as etapas ouparcialmente, pode ser feita direta ou indiretamente através de consórcios intermunicipais ou da iniciativa privada.
33 Inclusão na legislação de SC Art Os responsáveis pela geração de resíduos sólidos ficam obrigados a elaborar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos -PGRS, de acordo com o estabelecido nesta Lei.
34 Inclusão na legislação de SC Art Cabe ao órgão competente pela aprovação dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos fixar os critérios básicos para sua elaboração, com base nos princípios e fundamentos estabelecidos nesta Lei, contendo as seguintes informações sobre:... V -metas para a eliminação e recuperação de lixões, associadas à inclusão social e à emancipação econômica de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis;... XXIII -mecanismos para a criação de fontes de negócios, emprego e renda, mediante a valorização dos resíduos sólidos;
35 Inclusão na legislação de SC Art o A inexistência do plano de gestão integrada de resíduos sólidos não pode ser utilizada para impedir a instalação ou a operação de empreendimentosou atividades devidamente licenciados pelos órgãos competentes.... Art As embalagens devem ser fabricadas com materiais que propiciem a reutilização ou a reciclagem.
36 Inclusão na legislação de SC Art O poder público deverá instituir medidas indutoras e linhas de financiamento para atender, prioritariamente, às iniciativas de:... III -implantação de infraestruturafísica e aquisição de equipamentos para cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda;... VII -desenvolvimento de pesquisasvoltadas para tecnologias limpas aplicáveis aos resíduos sólidos; VIII -desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos.
37 Inclusão na legislação de SC Art O sistema de coleta seletiva de resíduos sólidos e a logística reversa priorizarão a participação de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis constituídas por pessoas físicas de baixa renda; as quais prestarão o serviço através de cadastramento e termo de responsabilidade a ser celebrado com o Poder Público Estadual e Municipal. Parágrafo único - Em não havendo ou não estando formalmente instituídas as cooperativas, ou ainda em estas não tendo a capacidade para seleção de forma adequada, conforme determina a legislação, de todo o resíduo produzido pelo município ou consórcio, o serviço poderá ser prestado por empresas particulares, obedecendo a legislação.
38 Realidade de Santa Catarina Aprovação do Código Ambiental dissociada da Lei do Tratamento de Resíduos Sólidos Criação da Lei dos Resíduos para aprovação mediante criação de audiências públicas regionais objetivando a discussão das particularidades locais Goiás : Olho do boi -nascentes
39 Onde a cultura não alcança, a lei obriga a chegar Facebook kennedynunes55
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