TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE
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- Gustavo de Almada Coradelli
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1 ANEXO I TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA PARA ELABORAÇÃO DE PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DOS MUNICÍPIOS DE BRASIL NOVO, MEDICILÂNDIA, URUARÁ E PLACAS PROJETO042/2014 PLANEJAMENTO INTEGRADO DAS POLÍTICAS MUNICIPAIS DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E CAPACITAÇÃO DOS ATORES LOCAIS NOS MUNICÍPIOS DE BRASIL NOVO, MEDICILÂNDIA, PLACAS E URUARÁ FEVEREIRO/2016
2 1) DADOS GERAIS DO EDITAL: Edital para contratação de empresa especializada em Gestão de Saneamento Básico para quatro municípios à margem da Rodovia Transamazônica. 2) OBJETO: O presente Termo de Referência objetiva o estabelecimento das diretrizes mínimas para a Contratação de consultoria especializada para elaborar o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) dos Municípios de BRASIL NOVO, MEDICILÃNDIA, URUARÁ E PLACAS, o qual se constituirá uma ferramenta de planejamento de gestão para alcançar a melhoria das condições ambientais e da qualidade de vida da população. O PMSB deve abranger todo o território (urbano e rural) dos Municípios supra citados e contemplar os quatro componentes do saneamento básico, que compreende o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais. De acordo com a Lei Federal n /07, Saneamento Básico compreende o conjunto dos seguintes serviços: I. Abastecimento de Água: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a adução até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição. II. III. IV. Esgotamento Sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados de esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o lançamento final no meio ambiente. Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas. Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico, industrial e do lixo originário de varrição e limpeza de logradouros e vias públicas e recuperação da área degradada. Inclusive os Resíduos da construção civil e de saúde. Justificativa: A elaboração do Plano de Saneamento Básico insere-se no contexto da Lei nº /2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a Política Federal de Saneamento Básico. São balizados, também, pelo Decreto nº 7.217/2010, que regulamenta a referida Lei, bem como no Estatuto das Cidades (Lei nº /2001), que define o acesso aos serviços de saneamento básico como um dos componentes do direito à cidade. Mais que uma exigência federal, a adoção de um PMSB é uma necessidade da população do município, visto que a implantação de um projeto de saneamento não pode excluir os diversos sistemas que se completam e o compõem. O planejamento dos serviços de saneamento básico no âmbito do município, de forma articulada constitui condição essencial para potencializar o impacto dos investimentos a serem realizados de forma a proporcionar a universalização do acesso da população (especialmente a de baixa renda) aos serviços públicos essenciais, os quais têm forte 2
3 correlação com a salubridade ambiental e, por consequência, a qualidade de vida. A universalização do acesso ao saneamento básico, com quantidade, igualdade, continuidade e controle social é um desafio que o poder público municipal, como titular destes serviços, deve encarar como um dos mais significativos. Nesse sentido, o Plano Municipal de Saneamento Básico se constitui em importante ferramenta de planejamento e gestão para alcançar a melhoria das condições sanitárias e ambientais do município e, consequentemente, da qualidade de vida da população. Nesse sentido, o PMSB tem por objetivo apresentar o diagnóstico setorial, porém integrado, de cada um dos componentes dos serviços de saneamento básico (abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e águas pluviais) na área territorial do município, assim definida por lei, bem como de definir, de forma articulada, as diretrizes, estratégias, metas e programas de investimentos para o setor. Desenvolvimento Sustentável: O desenvolvimento dos planos municipais e intermunicipais de saneamento básico promove diretamente o uso sustentável dos recursos naturais. Conduzida de forma participativa, desde a elaboração do plano, o estado e a sociedade civil local podem questionar os limites dos processos de produção, consumo e destino final dos produtos e implementar, a partir desse processo, novas práticas que resultem em redução dos resíduos gerados, o seu reuso, a reciclagem e o tratamento final adequado, o tratamento dos esgotos sanitários, instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas. O saneamento básico bem articulado e desenvolvido busca diminuir os impactos sociais e ambientais das populações locais, maximizando os potenciais benefícios para a sociedade advindos das novas práticas. Sustentabilidade econômico-financeira: A promoção da sustentabilidade econômico-financeira dos planos municipais e intermunicipais de saneamento básico é uma das preocupações do projeto. Isso está presente tanto na inclusão de uma etapa de planejamento financeiro para a implementação dos mesmos, indicando custos e fontes de recursos, como da etapa posterior de estudos sobre os custos unitários na fase operacional dos serviços de coleta, transporte e disposição final dos resíduos sólidos, coleta e tratamento dos esgotos, captação, tratamento e distribuição de água potável, para que a sua cobertura via tarifas, taxas ou, eventualmente, subsídios estaduais e federais, tornem a atividade no âmbito municipal totalmente sustentável. É importante ressaltar também que a sustentabilidade financeira dos PMSBs é uma preocupação já presente tanto Política Nacional de Resíduos sólidos (Lei Federal /2010) quanto da Lei Federal /2007 que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, orientadora das ações deste projeto, que fomenta ações de saneamento básico, tais como a adoção de soluções compartilhadas entre os municípios para o desenvolvimento de tais atividades, reduzindo custos e otimizando a gestão; a inclusão de cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nos municípios participantes; e a adoção de mecanismos para a criação de fontes de negócios, emprego e renda, mediante a valorização dos resíduos sólidos. Sustentabilidade sócio-ambiental: Por se tratar de um projeto que visa o planejamento de ações para a implantação plena do Plano Municipal de Saneamento Básico, ela é parte do esforço nacional para a sustentabilidade socioambiental. Deve-se antecipar que, entre os instrumentos de 3
4 monitoramento, deverão estar presentes índices de performance dos serviços (Resíduos sólidos: coleta, triagem, transporte, tratamento e disposição final do RSU; Sistema de esgotamento sanitário: estação de tratamentos de esgotos, tratamento do lodo dos esgotos, disposição final dos lodos, corpos receptores, entre outros; Abastecimento de água: rede de distribuição e tratamentos, reservatórios, captação superficial ou em poços tubulares profundos, entre outros; Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas: infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas) - para a redução das emissões de gases de efeito estufa, bem como para a melhora dos índices de saneamento ambiental. Estratégia de comunicação: O desenvolvimento de estratégias de comunicação é fundamental para o sucesso do projeto, visto que, para a sua execução, dependerá da articulação de agentes dos setores público e privado, organizações da sociedade civil e da população de um modo geral dos quatro municípios selecionados. Considerando que a participação dos diferentes agentes no âmbito municipal é transversal a todas etapas do projeto, a cada etapa deverá ser definido o público para qual se destina a comunicação (gestores públicos, empresas, organizações sociais, instituições, moradores, produtores rurais, etc.) e a estratégia adequada (cartilhas, folders, rádio, site). Neste sentido, estão orçados no projeto recursos para: - elaboração de panfletos, cartilhas, cartazes; - envio de SMS; - Propaganda (chamadas) nas rádios locais. 3) DESCRIÇÃO DAS COMUNIDADES: Por se tratar de um projeto de assessoria técnica às prefeituras dos municípios de Brasil Novo, Medicilândia, Placas e Uruará na elaboração de seus planos municipais e intermunicipais de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos, serão considerados como beneficiários do projeto a população total (urbana e rural) e as instituições, empresas, indústrias e organizações públicas e privadas com sede nestes municípios. Conforme projeção de 2014 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística: Brasil novo habitantes; Medicilândia habitantes; Placas habitantes; Uruará habitantes; Hoje, estes municípios concentram a maior parte de sua população nas zonas rurais, com exceção de Uruará que possui 55% de sua população localizada na zona urbana. 4) POLÍTICAS ENVOLVIDAS A SEREM SEGUIDAS: Por se tratar de um edital específico para Saneamento Básico, as políticas abaixo devem ser conhecidas e seguidas: Política de Saneamento básico LEI Nº , de 5 de janeiro de 2007; Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) - LEI Nº , de 2 DE AGOSTO de 2010; Política Estadual de Saneamento Básico - LEI Nº 7.731,de2013; 4
5 Termo de Referência para Elaboração de Plano Municipal de Saneamento Básico da FUNASA para municípios com menos de habitantes; Constituição Federal, promulgada em 05 de outubro de 1988, Capítulo VI Do Meio Ambiente, Artigo 225; Lei nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997, que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos; Resolução CONAMA nº 274, de 29 de novembro de 2000, que dispõe sobre as condições de balneabilidade; Lei nº , de 10 de julho de 2001, que estabelece diretrizes gerais para a Política Urbana (Estatuto da Cidade); Decreto nº 5.440, de 4 de maio de 2005, que estabelece definições e procedimentos sobre o controle de qualidade da água de sistemas de abastecimento e institui mecanismos e instrumentos para divulgação de informação ao consumidor sobre a qualidade da água para consumo humano; Portaria nº 518, de 25 de março de 2004, que estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária; Resolução CONAMA nº 357, de 17 de março de 2005, que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes; Lei nº , de 06 de abril de 2006, que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos; Lei nº 6.017, de 17 de janeiro de 2007, que regulamenta a Lei nº de 06 de Abril de 2006 que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos; Resoluções do CONAMA pertinentes ao assunto. 5) CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO: Para concorrer, a empresa deve atender os seguintes pré requisitos: Atestado(s) de capacidade técnica, em nome da empresa, devidamente registrado(s) na entidade competente (CREA ou CRBio-Conselho Regional de Biologia), fornecido por pessoa jurídica de direito público ou privado registradas em entidades profissionais competentes, de que executou, satisfatoriamente, serviços de complexidade semelhante ao objeto desta licitação ou CAT Certidão de Acervo Técnico fornecido pelo CREA; Declaração formal de qualificação técnica, que se limitará à: I - registro ou inscrição na entidade profissional competente; II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos; III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os documentos, e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as informações e das condições locais para o cumprimento das obrigações objeto da licitação; 5
6 IV - capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de possuir em seu quadro permanente, na data prevista para entrega da proposta, profissional de nível superior ou outro devidamente reconhecido pela entidade competente, detentor de atestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de características semelhantes, limitadas estas exclusivamente às parcelas de maior relevância e valor significativo do objeto da licitação, vedadas as exigências de quantidades mínimas ou prazos máximos; Possuir equipe técnica com no mínimo 5 pessoas, sendo: o No mínimo um responsável técnico com ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) com experiência comprovada na área de Saneamento Ambiental; Comprovar a execução anterior de pelo menos 5 (cinco) trabalhos relacionados à área, utilizando para isto Certidão de Acervo Técnica (CAT) emitida pelo CREA, acompanhada do Atestado de Execução dos Serviços; Elaboração e envio de um Plano de Trabalho em até 30 dias após assinatura do contrato; 6
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