MELHOR DO QUE ARDER : A REPRESENTAÇÃO DA FELICIDADE EM UM CONTO DE CLARICE LISPECTOR
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- Zaira Weber Caires
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1 1 MELHOR DO QUE ARDER : A REPRESENTAÇÃO DA FELICIDADE EM UM CONTO DE CLARICE LISPECTOR Maria da Luz Duarte Leite Silva (UERN/PPGL) 1. INTRODUÇÃO Sabemos que o período de tanto na Literatura e nas demais Artes no Brasil foi marcado essencialmente por uma fase de denúncia social, atingindo elevado grau de tensão nas relações do eu com o mundo. E que só partir de 45, a prosa brasileira investe numa literatura intimista, de sondagem psicológica e introspectiva, com grande destaque para Clarice Lispector que, de forma sempre renovada utiliza a técnica do fluxo de consciência, como marca de sua narrativa. Vale ressaltar, no entanto, que a introspecção psicológica, já era praticada por outros escritores, como James Joyce e Wirginia Wolff, desde o realismo do século XIX. Clarice Lispector, nos anos 40, sugestivamente desnorteou a ficção brasileira, pois desromantizou o romance, além de revolucionar a configuração lógica do tempo, pois o tempo em Lispector é atomizado, o tempo confere o caráter de fluxo e reflexo que permeia as sensações, sintomas e impressões das personagens. O tempo difuso e confuso confere um caráter fragmentado e líquido no discurso narrativo, o que nos faz lembrar Bauman (1998) ao referir-se ao mundo líquido, ou seja, globalizado, em que o romance passa por diferentes processos desde quando era
2 2 feito para a burguesia, passando pelos modelos folhetins, quando aumentou o público leitor, até chegar ao modelo atual. Lispector é apontada como um dos principais nomes da geração de 45, considerada uma das mais importantes, expressões da ficção brasileira de todos os tempos. Um traço característico de sua literatura é a recorrência ao tema sobre a condição da mulher inserida em seu ambiente familiar, patriarcalista, em que a mulher é vista como a rainha do lar. Vemos em suas obras que a escritora extrapola os limites desse universo, uma vez que a autora apresenta a figura feminina como um sujeito de igual direito ao homem, e isso se dá geralmente a partir do processo reflexivo interiorizado pelas suas personagens. É, pois, seguindo esse viés temático que tomamos como objeto de análise o conto Melhor do que Arder, integrante de A Via Crucis do Corpo (1998), por observarmos nesta narrativa que valores como essência e aparência constituem um retrato da constituição da individuação da personagem central da história narrada. Este conto narra a história de uma mulher que é obrigada, por sua família, a ir para um convento de modo que a materializar o poder do sistema patriarcal. Além de toda a narrativa ser perpassada por cunho religioso, como forma, talvez, de apresentar a mulher como vítima dos percalços do dia-a-dia e do sentido do ser mulher. Neste estudo, pretendemos refletir sobre a representação da felicidade em Melhor do que Arder, de Clarice Lispector, destacando traços da felicidade na
3 3 protagonista e a dualidade vivida entre essência e aparência, observada no conteúdo narrado. A produção literária de Lispector nos permite, por meio de suas inovações poéticas, refletir sobre as relações entre o eu e o outro, a falsidade das relações humanas, a condição social da mulher no sistema patriarcalista e feminista, o esvaziamento das relações familiares, e, sobretudo, a própria linguagem, considerada pela autora como única forma de comunicação do mundo. Nesta perspectiva, para uma leitura do conto Melhor do que Arder, tomaremos como norte o conceito de felicidade formulado por Xavier (1998), Sá (1989), bem como os estudos de Macmahon (2006) sobre o patriarcalismo e o imaginário feminino. Tais como a realização de uma leitura teórico analítica do conto em questão, com o intuito de identificar como se apresenta a personagem feminina, protagonista da história narrada. 2. A BUSCA DA FELICIDADE EM MELHOR DO QUE ARDER, DE CLARICE LISPECTOR O conto Melhor do que Arder, de Clarice Lispector, narra a história de uma mulher de nome Clara, que foi obrigada por seus pais a ir para um convento. Só que, com o passar do tempo, essa mulher desperta para o desejo sexual, ou melhor, da carne. A vida de Clara torna-se uma tortura. Então, por conselho de um padre, resolve sair a procura de sua satisfação, que representa a sua felicidade. Esta se
4 4 resumia em casar e ter uma família. Tal como propõe Xavier (1991, p.15). A partir de Clarice, condição feminina, passa a ser problematizada, pondo em questão a ideologia dominante. Ou seja, podemos ver nas narrativas clariceana a mulher vivendo um conflito que faz parte do discurso do sistema patriarcal. Presenciamos, nitidamente, que o sonho de Clara está enrraigado ao modelo de felicidade patriarcalista, visto que ela, para ser feliz, precisava apenas casar e procriar. A personagem mostra-se uma mulher decidida e, sobretudo, uma pessoa que, mesmo ardendo de desejo sexual, teve o cuidado de só realizar-se quando atendido os preceitos da religião, principalmente a católica. Sugestivamente, o nome da protagonista nos remete a ideia de que, por significar pessoa brilhante, ilustre, Clara procura, da melhor forma encontrar a sua felicidade. Ela era uma moça charmosa, amável e expressiva, criativa e um tanto curiosa. Mas não aguentava mais conviver só com mulheres. Mulheres, mulheres, mulheres. (LISPECTOR, 1998, p.71). Nesse fragmento presenciamos a angustia da protagonista. É como se ela estivesse ardendo de verdade, precisava de homem. Uma amiga que escolheu como confidente lhe dera o conselho de mortificar o corpo. Mortifique o corpo. A personnagem seguiu o conselho da amiga, mas não conseguiu suportar tanto desejo. Clara não desistiu de encontrar sua felicidade, por isso resolveu contar tudo que sentia ao padre. Este propôs a ela que continuasse a mortificar o corpo, mas não resolvia. Essa moça continua a arder cada vez mais. O seu fervor sexual era tanto
5 5 que a protagonista não conseguia nem mais se aproximar do padre para receber a hóstia. Essa ideia encontra pertinência nas idéias de Lowen(1983,p.76), O anseio por alguém ou a necessidade de alguém deixa a pessoa vulnerável[...] É o que presenciamos nessa narrativa: Mas na hora em que o padre lhe tocava a boca para dar a hóstia tinha de se controlar para não morder a mão do padre. (LISPECTOR, 1998, p.71). Durante toda a narrativa, o que observamos a busca incessante da protagonista pela felicidade a partir do desejo sexual. Vale lembrar que, mesmo almejando a felicidade a partir do desejo carnal, Clara mostrou que os ensinamentos de seus patriarcas estavam bem enraigados em sua personalidade. É tanto que pedia, nas suas orações, a felicidade. Rezava muito para que alguma coisa boa lhe acontecesse. Em forma de homem. E aconteceu mesmo. (LISPECTOR, 1998, p.72). Nesse momento em que a protagonista está em oração, confirma mais ainda a forte presença dos preceitos religiosos na vida de Clara. Com já dito, toda a história é permeada por cunho religioso e pelos preceitos do sistema patriarcal. É tanto que a sua família não queria aceitar a decisão de Clara. A protagonista, por não encontrar uma saída imediata para sua realização começou a definhar-se. Um dia no almoço, começou a chorar. [...]. Apesar de comer pouco, engordava, mas tinha olheiras arroxeadas. (LISPECTOR, 1998, p.72). Vemos que Clara estava descentrada não sabia mais como proceder para encontrar a sua felicidade, pois existiam muitas barreiras. Sua família, a missão se ser freira, os preceitos da religião e do sistema patriarcalista, dentre outros. Mas a personagem
6 6 não desistiu de saciar sua fome. A felicidade para Clara era tudo, por isso não desistiu de sua busca. Mas madre Clara foi firme; queria sair do convento, queria achar um homem, queria casar-se. (LISPECTOR,1998, p.72). Então, ser feliz para a protagonista, significava como diz Olga de Sá (2004, p.197), Ser feliz é conseguir o quê? Para a protagonista está claro o que traria a felicidade: o desejo carnal. Apesar de Clara assumir os seus desejos e resolver deixar o convento, ela procura se conter na busca de seu homem. Levando-nos a entender que mesmo não estando confinada no convento essa mulher se conteve até o casamento. Casaram-se na igreja e no civil. Na igreja quem casou foi o padre que lhe dissera que era melhor casar do que arder. (LISPECTOR, 1998, p.73). Entendemos que a busca da felicidade por Clara se deu de maneira muito dolorosa, mas soube respeitar os ensinamentos recebidos no convento, por seus pais, seguindo os preceitos da felicidade que, segundo Aristóteles, equivale ao divino. Daí, observamos que a protagonista era uma pessoa, de certa forma, privilegiada, pois, além de servir a Jesus conseguiu realizar-se pessoalmente. Essa moça não é uma deusa, mas uma pessoa privilegiada, pois apesar de sofrer para encontrar o seu desejo foi feliz na sua procura, visto que, o seu amado era um sujeito carinhoso, atencioso e aparentemente abastardo. Sou rico, o botequim dá bastante dinheiro para nós nos casarmos. Queres? (LISPECTOR, 1998, p.73). A religiosidade de Clara está bastante nítida nesse conto, visto que, ao sair do convento, a madre continuou rezando e vivendo de modo simples, vestia-se
7 7 compostamente. Os vestidos de manga comprida, sem decote, abaixa do joelho. (LISPECTOR, 1998, p.72). Se Clara não fosse uma moça de personalidade poderia muito bem procurar, de imediato, ou sem pensar a busca da satisfação sexual de qualquer maneira, mas colocou-se como uma moça de respeito, uma vez que procurou atender aos preceitos religiosos. Acreditamos que as palavras do padre dirigidas a Clara estão norteadas pelas palavras de Paulo, escritas no livro de Coríntios. É melhor não casar. Mas é melhor do que arder. (LISPECTOR, 1998, p.72). Nesse fragmento, percebemos que, para o vigário, é preciso casar para se ter a felicidade (a satisfação sexual). Entendemos que só assim, o sujeito não estará pecando. Mesmo assim, presenciamos que Clara, mesmo atendendo aos conselhos dos mais experientes, vivia, mesmo inconscientemente, no pecado, pois chegou a não conseguir ver a imagem de Cristo nu. Não podia mais ver o corpo quase nu de Cristo. (LISPECTOR, 1998, p.71). A protagonista sofreu bastante até conseguir realizar-se, visto que via a princípio o desejo sexual como sendo algo que se devesse se envergonhar. Clara, assim como muitas pessoas no mundo repleto de preconceitos sofrem na constituição do si mesma, e de sua felicidade, pois não existe fórmula para a felicidade, esta depende de quem a procura. A busca da felicidade, para a personagem, está repleta de obstáculos, pois essa moça vivia em função de escolhas impostas, primeiramente por sua família e, posteriormente, pela religião. Por isso, vemos que a protagonista desse conto soube tomar decisões acertadas, visto que, ao
8 8 se deparar com uma outra realidade (o homem tão almejado), conteve-se e realizou o seu grande sonho, que era casar-se e deixar de arder. Ela voltou grávida, satisfeita, alegre. Tiveram quatro filhos, todos homens, todos cabeludos. ( LISPECTOR,1998, p.73). No nosso dia a dia, pessoas dizerem que são felizes, porque conseguem realizar-se pessoalmente e profissionalmente. Mas vale lembrar que não há receita para tal. Isso é presente nesse conto, pois para constituir-se em uma pessoa feliz, Clara passou por momentos variados de sofrimento. Essa moça ardia tanto de prazer sexual que acabava por ficar desnorteada, descentrada. Todas essas evidências vêm comprovar o poder da carne em relação ao espiritual. Nem a dedicação da protagonista aos preceitos da religião conseguiu fazer Clara deixar de arder. A superiora pediu-lhe que esperasse mais um ano. Respondeu que não podia, teria que ser já. (LISPECTOR, 1998, p.72). Ou seja, a sede de sexo era tanta que a personagem não conseguia mais suportar tanto desejo. O fogo e o calor do desejo que madre Clara sentia era exarcebado, pois fez várias tentativas para abrandá-lo, e não conseguiu, uma vez que foi vencida por ele. Mortificava o corpo. Passou a dormir na laje fria. E fustigava-se com silício. De nada adiantava. (LISPECTOR, 1998, p.71). Esse exemplo evidencia algumas das tentativas de Clara para superar aquela ardência sem tamanho. Vemos que a única saída de madre Clara foi sair do convento e se casar, e, enfim, saciar o seu desejo (o desejo carnal). Talvez, devido essa moça ter sido tão
9 9 religiosa, conheceu um belo homem, além de ter como nome Antônio. No dicionário eletrônico, o nome Antônio é de origem inglesa representa uma pessoa que está sempre pronto a se aventurar, é muito cheio de energia, além de possuir uma personalidade ativa e decidida. Gosta de uma vida de aventura. É considerado um líder por natureza, atrai as pessoas com seu entusiasmo. Hipoteticamente, todas essas características do cônjuge de Clara contribuíram para a aproximação de ambos, visto que essa moça apresentava ser uma pessoa sensata. Prova disso é que não se deixou levar por impulsos do sexo, mas teve a cautela de analisar a melhor saída para saciar o que tanto lhe ardia. Percebemos que Clara passou por momentos em que quase fraquejou, mas talvez tenha percebido que sexo é coisa boa, precisa ser feito com jeito, deve ser visto como algo parafraseando Foucault (1988), que serve de remédio para que se tenha vida longa, livrando-se assim, do aniquilamento do corpo/alma. É a partir do momento que o sujeito se sente feliz e satisfeito, distanciamos da morte. Foi o que percebemos em Clara, ela estava definhando-se, mas quando resolver buscar realizar-se iniciou o processo de constituição da sua identidade. A personagem não era uma madre, mas sim, uma mulher normal, que queria realizar-se, casar, ter filhos, ser dona de casa e, sobretudo, ser feliz. Por resolver procurar a sua felicidade lá fora: Pediu uma audiência com a superiora. A superiora repreendeu-a ferozmente. Mas Madre Clara foi firme; queria casar-se. A superiora pediu que esperasse mais um ano. Respondeu que não podia. Que tinha que ser já. Arrumou a bagagem e deu o fora. Foi morar num pensionato de moças. [...] A família não se conformava. Mas não podia deixá-la morrer de fome. (LISPECTOR,1998,p.72).
10 10 Clara, se não fosse uma moça precipitada, poderia morrer de dois tipos de fome a do sexo e a de falta de alimentação, pois os seus pais só resolveram continuar bancando sua filha sob pena da moça destruir-se por completo. Acreditamos que o dinheiro que seus pais mandavam não era muito, pois além de serem nordestinos, que, em sua grande maioria, são pessoas sofridas, o seu modo de vestir-se com simplicidade pode ser entendido por sua condição desfavorecida. Por outro lado, pode ser visto como costume adquirido no convento. Esse duplo entendimento é proporcionado pelo modo como o narrador desenvolve suas narrativa, visto que, o seu leitor precisa ser crítico, ativo, para poder decifrar o implícito, pois o que interessa na obra lariceana é o que se passa no interior das suas personagens. Daí a tão famosa introspecção psicológica usada na sua escritura. Enfim, a felicidade que Clara procurava estava no outro, no caso, o homem (sexo), levando-nos a entender que o ato sexual se reflete no corpo e na alma do sujeito, possibilitando o indivíduo transitar entre a essência e a aparência. Por isso, a protagonista conseguiu se transformar de uma pessoa infeliz para uma moça realizada, feliz.a personagem tal como propõe Lowen (1983, apud C AVALCANTI, 1992, p. 86), acreditou que o verdadeiro relacionamento requer a ultrapassagem das projeções e idealizações. Dizemos isso, devido a personagem ter buscado se livrar das amarras dos ditames do patriarcalismo.
11 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Anais Eletrônicos do IV Seminário Nacional Literatura e Cultura 11 O conto Melhor do que Arder traz, no próprio título, a essência da narrativa, pois a protagonista, desde o inicio da história, apresenta insatisfação e vontade de ser feliz, uma vez que, por muito tempo, só ardia. O que se observa, na verdade, são características de pessoas que são atreladas aos preceitos do sistema patriarcal, desenvolvendo laços familiares que revelam a desarmonia familiar e, sobretudo, da vida pessoal de algumas pessoas, como é o caso de Clara. Sugestivamente, as inovações trazidas por Lispector são epifânia, o fluxo de consciência, a introspecção psicológica, que, neste conto, são formas que a narradora encontrou para desvendar o universo mental da personagem, linearmente. É por meio do silêncio de Clara, bem como de suas tentativas de busca da felicidade através do outro que compreendemos a dificuldade da protagonista de se livrar das amarras da imposição da família e da igreja. Todos os mandos, ou melhor, ordens que os superiores davam a protagonista, a dificuldade que tem o sujeito moderno de construir sua identidade, uma vez que as pessoas mais velhas, neste conto, estão ainda enrraigadas pela sociedade patriarcal, revelando um imergir no próprio eu. Logo, podemos dizer que uma das principais questões destacadas por Clarice, no dilema apresentado por suas personagens femininas, é a resposta do Quem sou eu? É na resposta a esta pergunta que descobrimos a identidade feminina nas suas narrativas.
12 12 Dessa forma, compreendemos que a busca da felicidade da protagonista de Melhor do que Arder, se dá durante toda a narrativa, através dos discursos de Clara e demais personagens, e, sobretudo, da relação entre o eu e o outro. Assim sendo, percebemos que esta narrativa é construída com base no real, revelando uma ruptura do externo para o interno, possibilitando conhecermos a revelação da aparente vida de uma madre. Pois mesmo sendo considerada uma devota a Deus não se deixou levar pelos os impulsos do sexo, primeiro casou-se para provar do sabor da carne e ser feliz. Forma passar a ardente lua de mel em Lisboa. [...] E voltou grávida, satisfeita, alegre. (LISPECTOR, 1998, p.73). Portanto, o jogo da construção da felicidade, neste conto, se dá durante toda a narrativa, por meio dos recursos utilizados pela narradora, e as inovações de Lispector. 4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAUMAN, Z. Identidade: Entrevista a Benedetto Vecchi / Zigmunt Bauman; tradução, Carlos Alberto Medeiros Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Ed, CAVALCANTI, R. O mito de narciso: o herói da consciência. São Paulo: Cultrix, FACAULT, M. História da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Gaal HALL, S. A. Identidade Cultural na Pós-modernidade. 11 ed. Rio de Janeiro. D P &, LISPECTOR, C. A Via Crucis do Corpo. Rio de Janeiro: Rocco McMAHON, D. M. Felicidade: Uma história. Trad. Fernanda Ravaganani, Maria Silvia Mourão Netto.. São Paulo: Globo, 2006.
13 13 SÁ, O. de. A Marcha da Pantera: Clarice Lispector.Disponível em: Fatea.br/ângulo/ângulo-89/ângulo-/angulo89-artigos09.htm,1989.Acessado em:12/04/2012. XAVIER, E. Tudo no Feminino: a mulher e a narrativa brasileira contemporânea. Rio de Janeiro, Francisco Alves, Declínio do Patriarcado: a família no imaginário feminino. Rio de Janeiro: Rosa dos tempos, 1998.
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