VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS A AGROTÓXICOS
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- Cássio Aires Vidal
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1 VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS A AGROTÓXICOS Luisa De Sordi Gregório Vigilância em Saúde Ambiental de Populações Expostas a Contaminantes Químicos - VIGIPEQ Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental - CGVAM Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador - DSAST Maio de 2012 Secretaria de Vigilância em Saúde - Ministério da Saúde
2 Definição de agrotóxicos e afins: "produtos e componentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como as substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento". Lei 7.802/1989 e Decreto 4.074/2002
3 Magnitude do problema no Brasil Em 2008 assume o rankingmundial como consumidor de agrotóxicos e em 2011 ultrapassa um milhão de toneladas Seu consumo representa 86% na América Latina IBAMA (2010), princípios ativos mais consumidos (76,5%): - herbicidas: glifosato (76%), 2,4-D ácido e a atrazina; -fungicidas: óleo mineral, enxofre e carbendazin; - inseticidas: cipermetrina(57%), metamidofós e acefato Fonte: IBAMA e SINDAG, 2010
4 Magnitude do problema no Brasil Representa um importante fator de risco para a saúde da população, especialmente para a saúde dos trabalhadores e para o ambiente Capacidade reduzida dos órgãos de saúde nas três esferas de governo para desenvolvimento de serviços de monitoramento e controle das exposições por agrotóxicos 4
5 Uso na Saúde Pública Controle de vetores: agrotóxicos mais utilizados pertencem ao grupo químico dos organofosforados (97%) O custo médio anual do conjunto de agrotóxicos utilizados no controle de endemias, no período de 2002 a 2011, foi de 415 milhões de reais. Fonte: SIES
6 RISCO CICLO DE VIDA Fiscalização Fiscalização: órgãos estaduais responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente Ingredientes/Insumos Fiscalização Exposição humana ANVISA IBAMA MAPA Fiscalização Embalagens Fiscalização Exposição humana Contaminação, acidentes, exposição humana, etc.
7 MAI / ChemChina Nantong Jiangshan Weifang Rainbow Isagro Hubei Sanonda Nippon Soda Qiaochang Changlong Arysta Nisso Dacheng Xinan Fonte: Pelaez e outros (2011) Huayang Shenzhen Noposion Syngenta Bayer Dow Nufarm UPL Sumitomo Monsanto Zhejiang Wnyca Basf DuPont Jiangshan Sanonda FMC AGROTÓXICOS ISK Iharabras Kangmei Redsun Jiangsu Tianrong Suhua Chemtura Cheminova Zhejiang Jinfanda Yangnong Sipcam
8 NuTech Seed Dois macros Pioneer Hybrinvoa S.A Curry Seed Denghai Seed Group Terral Seed Herbicida Isoproturon Dunhuang AgVenture SPIC PHI Seeds Dupont Beijing Kaituo DNA Biotech Farms Technology Verdia, Inc. Griffin LLC Dupont Khimprom Optimum Quality Grains Curry Seed Hoegemeyer Hybrids Seed Consultants Pannar Seed
9 Validade de Registro EUA UE JAPÃO ARGENTINA PARAGUAI URUGUAI BRASIL 15 anos 10 anos 3 anos Indeterminada Indeterminada 4 anos Indeterminada Fonte: Legislações dos países/anvisa
10 Taxas de Registro (US$) AGROTÓXICOS IA/Produto EUA INDIA CHINA ARGENTINA PARAGUAI URUGUAI BRASIL a 630 mil a a Reavaliação 100 a não se aplica Manutenção 150 mil sub judice Fonte: Legislações dos países/anvisa
11 Tempo de Registro (meses) EUA UE INDIA ARGENTINA BRASIL 18 a a a 18 3 a 12 4 Fonte: Legislações dos países/anvisa
12 Organograma da Divisão de Agrotóxicos da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (800 a 900 funcionários)
13 Taxa de Crescimento das Vendas do Mercado, (Mundo x Brasil) Fonte: Pelaez e outros (2012) - ANVISA 13
14 Importações Brasileiras (US$) AGROTÓXICOS Fonte: Aliceweb
15 Taxa de Crescimento das Importações Mundiais (US$) Fonte: Comtrade
16 Participação das Vendas de Herbicidas(PF) por Ingrediente Ativo (kg) - Brasil (2 semestre de 2010 e 1 semestre de 2011) AGROTÓXICOS Fonte: Anvisa (2010/2011)
17 Evolução da produção agrícola, consumo de agrotóxicos e incidência de intoxicações por agrotóxicos, Brasil,
18 Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos Compreende um conjunto de ações integradas de proteção e promoção da saúde, vigilância, prevenção e controle das doenças e agravos à saúde, abrangendo a vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, vigilância em saúde ambiental, vigilância da saúde do trabalhador, vigilância laboratorial, promoção da saúde e vigilância da situação de saúde. Recomenda-se que a coordenação da implementação da Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos seja feita pela área de Vigilância em Saúde Ambiental em conjunto com a área de Saúde do Trabalhador, capacitadas a realizarem a caracterização da exposição ambiental e ocupacional. 18
19 NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Portaria Ministerial nº104, de 26 de janeiro de 2011 Relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional. Inclusão no ANEXO I Lista de Notificação Compulsória LNC: 23. Intoxicações Exógenas (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados). Inclusão no ANEXO II LNCI - II. Surto ou agregação de casos ou óbitos por: 6. Outros eventos de potencial relevância em saúde pública, (...), destacando-se: c) Exposição a contaminantes químicos 19
20 Fonte: SINAN 20
21 Casos de intoxicação por agrotóxicos segundo faixa etária, no período de 2009 a 2012, Brasil Fonte: SINAN 21
22 LINHA DO TEMPO AGROTÓXICOS: Agenda prioritária: SVS META VISÍVEL: MS I Informe Unificado de Informações Sobre Agrotóxicos Existentes no SUS. Elaboração do Plano Integrado de Vigilância de Populações Expostas a Agrotóxicos II Informe Unificado de Informações Sobre Agrotóxicos Existentes no SUS Aprovação na GTVS/CNS/CIT das Diretrizes para Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos -IV Informe Unificado de Informações Sobre Agrotóxicos Existentes no SUS Implantação em 6 UF do Modelo de vigilância em saúde de populações expostas a agrotóxicos VI Informe Unificado Informações Sobre Agrotóxicos Existentes no SUS Oficina de avaliação da implementação do modelo nas 6 UF Portaria 397 GT Permanente de Vigilância de Populações Expostas a Agrotóxicos III Unificado de Informações Sobre Agrotóxicos Existentes no SUS Inclusão na PAVS da Notificação de Intoxicação por agrotóxicos Modelo de vigilância e atenção à saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos Portaria nº104 incluindo as intoxicações na lista de agravos de notificação Revisão do Modelo V Informe Unificado de Informações Sobre Agrotóxicos Existentes no SUS 22
23 INSTÂNCIAS INTERNAS GT Permanente - Agrotóxicos Plano Integrado de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos Reunião da CIT, 27/05/ Aprovação de Documento com as Diretrizes Diretrizes para Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos 23
24 DIRETRIZES POR EIXOS DE INTERVENÇÃO 1:Atenção Integral àsaúde das Populações Expostas a Agrotóxicos 2: Promoção à Saúde 3: Agenda Integrada de Estudos e Pesquisas 4: Participação e Controle Social AGROTÓXICOS 24
25 Modelo de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos 25
26 Promover ações integradas de prevenção e assistência numa perspectiva ampla de atenção integral à saúde das populações expostas a agrotóxicos Fortalecer a implementação da rede de laboratórios de saúde pública voltado para a atenção integral Harmonizar a informação sobre exposição e intoxicação por agrotóxico Apoiar a instalação da rede nacional de armazenamento de insumos críticos para o controle de endemias.
27 Promover o reconhecimento da população sob risco de exposição e intoxicação por agrotóxico promoção à saúde Mobilizar a sociedade e o Estado para a importância da temática e informar sobre a magnitude dos impactos dos agrotóxicos na saúde e no meio ambiente Estimular as ações intersetoriais, buscando parcerias que propiciem o desenvolvimento integral das ações de promoção da saúde Proporcionar a educação e a comunicação para promoção de ambientes saudáveis e práticas que reduzam os riscos para a exposição e intoxicação por agrotóxicos, visando uma melhor qualidade de vida para as populações
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30 MODELO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS A AGROTÓXICOS Reflete o compromisso com o desenvolvimento e acompanhamento de ações de vigilância em saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo ações de proteção e promoção da saúde, prevenção de doenças e agravos, análise de situação e o monitoramento da saúde das populações expostas, ou potencialmente expostas a agrotóxicos Inclui também a qualificação da agenda de educação e pesquisa voltada para a temática dos agrotóxicos e seus impactos na saúde humana 30
31 VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS A CONTAMINANTES QUÍMICOS - VIGIPEQ AGENDA ESTRATÉGICA AGROTÓXICOS 31
32 PRIORIDADES SVS Implantação do Modelo de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos revisão 6 UF 12 UF 19 UF 27 UF UF Oficinas para apresentação das estratégias, avaliação e monitoramento da implementação do modelo nas 27 UF 32
33 ESTRATÉGIAS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS A AGROTÓXICOS A Portaria nº 2.938, de 20 de dezembro de 2012, autoriza o repasse aos Fundos Estaduais de Saúde e do Distrito Federal de recurso financeiro para o fortalecimento da Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos; Com base em suas especificidades locais, cada município, região e estado deve estruturar suas propostas contendo as estratégias de vigilância a serem pactuadas nas Programações Anuais de Saúde, incluindo metas e indicadores para acompanhamento e avaliação.
34 ESTRATÉGIAS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS A AGROTÓXICOS Sugere-se o fortalecimento das relações institucionais, através da constituição de equipes multiprofissionais para a execução de ações interdisciplinares com as demais áreas, em especial a Atenção Primária.
35 2013 (9 UF) RECURSO PARA CADA ESTADO ANO UF R$ Paraná São Paulo Minas Gerais ,00 Mato Grosso 2012 Goiás (9 UF) Rio Grande do Sul Santa Catarina ,00 Bahia Mato Grosso do Sul Ceará Pernambuco ,00 Rio de Janeiro Espírito Santo 2014 (9UF) Maranhão Tocantins ,00 Piauí Sergipe Alagoas ,00 Pará Rondônia Rio Grande do Norte Roraima Paraíba Distrito Federal Amazonas Acre Amapá , ,00
36 ESTRATÉGIAS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS A AGROTÓXICOS Dentre as ações a serem consideradas sugere-se a observação dos seguintes critérios: 1.Conhecer a situação local 2. Priorização das ações 3. Critério epidemiológico 4. Abordagem Territorial 5. Atividade econômica 6. Abordagem por cadeias produtivas
37 IMPLEMENTAÇÃO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS A AGROTÓXICOS Elaborar Proposta Estadual de Ações de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos Pactuar e homologar a proposta na CIB Implementar ações estabelecidas na Proposta elaborada Incorporar no Plano de Saúde e na Programação Anual de Saúde, as ações a serem desenvolvidas Apresentar no Relatório de Gestão as ações executadas, bem como, os resultados alcançados Atender a Portaria GM/MS Nº 2.914, de 12/12/2011
38 CONSTRUÇÃO DO PLANO ESTADUAL AGROTÓXICOS Conhecer como se comporta o problema no seu território a) Realizar o diagnóstico: estrutura e capacidade da vigilância em saúde; situação de saúde da população; consumo nos diferentes usos de agrotóxicos b) Identificar parceiros intra e intersetorial que possam fornecer informações e construir fluxos e ações integradas c) Traçar possíveis soluções para cada nuance do(s) problema(s) identificado(s) d) Traçar objetivos a serem alcançados, metas (curto, médio e longo prazo) para alcançá-los e, indicadores (situação, processo e efeito) para monitorar o cumprimento das metas. e) Avaliação durante todo o processo de implementação com a realização dos ajustes necessários
39 DESAFIOS Fortalecimento das ações de vigilância em saúde 1. Acompanhamento permanente da situação de saúde e ambiente associada à exposição aos agrotóxicos 2. Atuação integrada das vigilâncias por meio da implantação do Modelo de Vigilância em Saúde de Populações expostas a agrotóxicos AGROTÓXICOS 3. A estruturação de programas de formação em vigilância em saúde ambiental, sanitária e de saúde do trabalhador 4. Difusão da informação organizada em um programa comunicação e de interação com a população 39
40 OBRIGADA! 40
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