SUMÁRIO Informações Gerais... 7 APRESENTAÇÃO...2 INTRODUÇÃO Cuidados no Domicílio DEFINIÇÃO DE CASO...4
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- Larissa Barateiro Molinari
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1 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO...2 INTRODUÇÃO DEFINIÇÃO DE CASO Caso de Síndrome Gripal Caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) Contato próximo de caso suspeito ou confirmado de doença respiratória aguda grave Definição de Surto de Síndrome Gripal TRANSMISSÃO DA INFLUENZA Modo de Transmissão Transmissão em Adultos: Transmissão em Crianças (menores de 12 anos ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O MANEJO CLÍNICO Informações gerais Complicações por Influenza de acordo com Grupos e Fatores de Risco Grupo de risco Fatores de risco: Avaliação simplificada de gravidade em serviços de saúde de atenção primária e secundária Avaliação em adultos Avaliação em crianças MEDIDAS GERAIS DE PREVENÇÃO E CONTROLE Informações Gerais Cuidados no Domicílio Cuidados em Creches Cuidados com gestantes, parturientes e recém-nascidos: Gestante: Puérpera: Recém nascidos: MEDIDAS DE PRECAUÇÃO E CONTROLE A SEREM ADOTADAS NA ASSISTÊNCIA Informações Gerais Medidas Preventivas Quem Deve Adotar as Medidas de Precaução SOBRE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI Máscara Cirúrgica Máscara de Proteção Respiratória (Respirador Particulado) Luvas Protetor Ocular ou Protetor de Face Gorro descartável Capote/Avental Higienização das mãos Higienização das Mãos com Água e Sabão Líquido... 12
2 Técnica Higienização Simples das Mãos com Água e Sabão Líquido...12 APRESENTAÇÃO Higienização das Mãos com Preparação Alcoólica Técnica Fricção Anti-séptica das Mãos com Preparações Alcoólicas MEDIDAS RECOMENDADAS AO ATENDIMENTO AMBULATORIAL MEDIDAS RECOMENDADAS NO TRANSPORTE DE PACIENTES REGISTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE O PACIENTE RECOMENDAÇÕES NO SERVIÇO PÚBLICO TELEFONES ÚTEIS...16 O vírus da Influenza A (H1N1) se espalhou pelo mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS), informou na abertura do Fórum internacional sobre gripe no México, em julho/2009, que a dispersão do vírus H1N1 pelo mundo não poderia ser evitada baseado no fato de que mais de 100 países registram casos da gripe e portanto a pandemia de um vírus começava ali, e sua dispersão internacional não pode ser contida. No Brasil, o vírus está em circulação desde junho desse ano e o maior número de casos era esperado nas regiões com inverno, que facilita por conseqüência, seu contágio. A quantidade de casos graves caiu pela quinta semana seguida, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde. Mas o País tem a 5ª taxa de mortalidade entre os 15 países com maior número absoluto de mortes. As notificações na semana entre os dias 6 e 12 de setembro foi 65 vezes menor que o registrado na semana de 2 e 8 de agosto. Registraram-se 35 casos graves na última semana, enquanto no começo de agosto os registros semanais foram de casos. O Brasil teve 899 mortes pela gripe, até o dia 12 de setembro. A taxa de mortalidade do país é de 0,46 a cada cem mil habitantes. O Ministério da Saúde alerta que o acréscimo no número de mortes não se refere a casos novos de pessoas que morreram no período analisado, mas aos casos que tiveram confirmação laboratorial entre os dias 30 de agosto e 12 de setembro. Os países com as maiores taxas de mortalidade estão no Hemisfério Sul, onde, em decorrência do inverno, a pandemia apresenta maior impacto, segundo o
3 ministério, e os países adotam periodicidade diferente para atualização do número de óbitos. A finalidade deste material é contribuir com a disseminação das condutas para a prevenção, para o manejo clínico de casos e diretrizes unificadas para administração do serviço público estadual. A fase da pandemia merece o esforço dos atores do Governo do Estado do Pará para que juntos com a sociedade em geral, façamo-nos agentes multiplicadores de informações atualizadas para que juntos, possamos adotar medidas de precaução para evitar a infecção no momento que se avizinha o inverno amazônico. Sandra Helena Morais Leite Presidente do IASEP INTRODUÇÃO A influenza humana, também conhecida como gripe, é uma infecção do sistema respiratório, manifestam-se por meio de surtos, epidemias e pandemias periódicas, acometendo de forma diferenciada distintos grupos populacionais cuja principal complicação é as pneumonias, que são responsáveis por um grande número de internações hospitalares no País. Por outro lado, o conhecimento epidemiológico e as tecnologias disponíveis para, prevenção controle e vigilância da virose permite, nos últimos anos, a organização de respostas para limitar a disseminação na população, particularmente em grupos de risco para complicações clinicas e número de óbitos. As medidas de prevenção são complementares ao monitoramento da circulação dos vírus influenza, e permitem incentivar a adoção de medidas de controle mais pertinentes a cada caso e em cada situação em particular.
4 2 - DEFINIÇÃO DE CASO Caso de Síndrome Gripal A fase de doença aguda tem duração máxima de cinco dias e o indivíduo, apresenta febre (ainda que referida) acompanhada de tosse ou dor de garganta, na ausência de outros diagnósticos. A definição de caso abrange as infecções respiratórias agudas classificadas conforme CID 10, e especificadas abaixo: CID10 NOSOLOGIA CID10 NOSOLOGIA J00 Nasofaringite aguda J04.0 Laringite aguda J02.9 Faringite aguda não J04.1 Traqueíte aguda especificada J03.9 Amigdalite aguda não J04.2 Laringotraqueíte especificada aguda J06 Infecção aguda das vias aéreas superiores de localizações múltiplas e não especificadas 2.2 Caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) É todo Indivíduo de qualquer idade com doença respiratória aguda caracterizada por febre superior a 38ºC, tosse E dispnéia, acompanhada ou não de dor de garganta ou manifestações gastrointestinais. Sinais e sintomas que devem ser observados: Aumento da freqüência respiratória (> 25 irpm) Hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente Em crianças além dos itens acima, observar também: batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência. O quadro clínico pode ou não ser acompanhado de alterações laboratoriais e radiológicas listadas abaixo: Alterações laboratoriais: leucocitose com leucopenia ou neutrofilia; Radiografia de tórax: infiltrado intersticial localizado ou difuso ou presença de área de condensação. Alerta: deve ser dada atenção especial a essas alterações quando ocorrerem principalmente em pacientes com fatores de risco para a complicação por influenza, evitando assim piora do quadro ou aumento de letalidade Contato próximo de caso suspeito ou confirmado de doença respiratória aguda grave Para a caracterização de contato, inicialmente toma-se por referência em que momento ocorreu à exposição à fonte de infecção - ou seja, ao caso suspeito ou confirmado. Verificar se houve exposição durante o período de transmissão da doença. Considera-se como contato próximo a pessoa que cuida, convive ou que teve contato direto ou indireto com secreções respiratórias de um caso suspeito ou confirmado.
5 2.4 - Definição de Surto de Síndrome Gripal Considera-se surto de síndrome gripal a ocorrência de, pelo menos, 3 (três) casos de síndrome gripal em ambientes fechados/restritos, com intervalo de até cinco dias entre as datas de início de sintomas de cada indivíduo. 3 TRANSMISSÃO DA INFLUENZA 3.1 Modo de Transmissão Estudos mostram que o vírus da Influenza A (H1N1) é transmitido de forma similar a outras cepas de vírus Influenza. O contágio é de pessoa a pessoa primariamente através de transmissão por gotículas respiratórias (partículas de grande tamanho, quando uma pessoa infectada tosse ou espirra perto de uma pessoa susceptível). Necessitando de contato próximo já que as gotículas não se mantêm suspensas no ar e geralmente viajam por distâncias curtas (inferiores a 1,80m). Outra forma possível de transmissão é o contato com superfícies contaminadas, tipo maçanetas, bancadas, lençóis, toalhas de mão em lavabos ou banheiros, entretanto dados disponíveis em evidencias científicas, até o momento, a transmissão por micropartículas transportadas pelo ar é restrita a situações que podem gerar aerossóis (intubação, broncoscopia, aspiração das vias aéreas, coleta de swab, nebulização, ventilação não invasiva). É importante lembrar que fezes diarréicas e secreções respiratórias devem ser consideradas infectantes. 3.2 Transmissão em Adultos: um dia antes até o 7º dia de início dos sintomas. 3.3 Transmissão em Crianças (menores de 12 anos): um dia antes até o 14º dia de início dos sintomas. 4 ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O MANEJO CLÍNICO Informações gerais O cuidado e ou atendimento de pessoa com quadro clínico de Síndrome Gripal é denominado de manejo clínico, e, portanto no indivíduo com manifestações clínicas compatíveis com doença respiratória aguda grave, deve-se: Orientar o afastamento temporário, de acordo com cada caso, das atividades de rotina (trabalho, escola, etc) avaliando período de transmissibilidade da doença. Utilizar equipamentos de proteção individual conforme orientações Realizar avaliação clínica minuciosa, pelo medico e pela enfermagem Coletar amostra de secreção nasofaringeana e de sangue, até o 7º dia de início dos sintomas; Recomenda-se fortemente internar o paciente, dispensando-lhe todos os cuidados que o caso requer;
6 Todo paciente, uma vez instalado o quadro de síndrome gripal, MESMO EM QUADRO LEVE ONDE NÃO ESTÁ INDICADA A INTERNAÇÃO HOSPITALAR, deve o paciente e a família ser orientados a ficar atentos a sinais e aos sintomas que reflitam agravamento e persistindo ou piorando um sinal ou sintoma nas 24 a 48 horas, consecutivas ao exame clínico, o paciente deve RETORNAR imediatamente a um serviço de saúde para avaliação. Mecanismos adicionais podem ser desenvolvidos em cada unidade de saúde de modo a ajudar nesse monitoramento, no intervalo de 24h à 48h, visando a identificação precoce de sinais de agravamento. Importante: Para menores de 18 anos de idade é contra-indicado o uso de salicilatos em casos suspeitos ou confirmados de infecção por vírus influenza, por causa do risco de desenvolvimento da Síndrome de Reye Complicações por Influenza de acordo com Grupos e Fatores de Risco Grupo de risco Pessoas que apresentam as seguintes condições clínicas abaixo: Imunodepressão: por exemplo, indivíduos transplantados, pacientes com câncer, em tratamento para AIDS ou em uso de medicação imunossupressora; Condições crônicas: por exemplo, hemoglobinopatias, cardiopatias, pneumopatias, doenças renais crônicas, doenças metabólicas (diabetes mellitus e obesidade mórbida (Índice de Massa Corporal > 40)) Fatores de risco: São condições ou características de cada pessoa, e que influenciam no quadro clínico da doença. São fatores de risco importantes a considerar: Idade: inferior a 02 anos ou superior a 60 anos de idade; Gestação: independente da idade gestacional Avaliação simplificada de gravidade em serviços de saúde de atenção primária e secundária Os casos de Doença Respiratória Aguda Grave DRAG deverão ser encaminhados para o Hospital de Referência Hospital João de Barros Barreto, se apresentarem um ou mais dos sinais e sintomas abaixo, especificadas para adultos e crianças Avaliação em adultos Confusão mental Freqüência Respiratória > 30 IRPM PA diastólica < 60 mmhg ou PA sistólica < 90 mmhg Idade > 60 anos de idade
7 Avaliação em crianças Cianose; Batimento de asa de nariz; Taquipnéia: 2 meses a menor de 1 ano (>50 IRPM); 1 a 5 anos (>40 IRPM); Toxemia; Tiragem intercostal; Desidratação/Vômitos/Inapetência; Dificuldade para ingestão de líquidos ou amamentar; Estado geral comprometido; Dificuldades familiares em medicar e observar cuidadosamente; Presença de co-morbidades/imunodepressão; NOTA IMPORTANTE: O exame laboratorial para diagnóstico específico para influenza A (H1N1) somente está indicado para, as condições especificadas abaixo e sob orientação da Secretaria Municipal ou Estadual de Saúde: Casos de doença respiratória aguda grave; Em casos de surtos de síndrome gripal em comunidades fechadas, segundo orientação da vigilância epidemiológica do Município ou Estado, sendo que três amostras são necessárias para a definição de surto. O Ministério da Saúde alerta que as condutas clínicas não dependem do resultado do exame laboratorial específico para influenza A (H1N1). Medidas de atenção e medidas de prevenção devem ser desenvolvidas frente ao caso suspeito e seus contatos, enquanto se aguarda o resultado do laboratório. No Pará o laboratório de referência para o exame específico, para influenza A é o Instituto Evandro Chagas IEC/SVS/MS, situado a Rodovia. BR 316, Km 07, S/N CEP: Ananindeua PA. - MEDIDAS GERAIS DE PREVENÇÃO E CONTROLE 5.1- Informações Gerais As medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas, baseadas em intervenções não farmacológicas, para reduzir o risco de adquirir ou transmitir doenças agudas de transmissão respiratória, incluindo o novo vírus influenza A(H1N1), são: Higienizar as mãos com água e sabonete antes das refeições, antes de tocar os olhos, boca e nariz E após tossir, espirrar ou usar o banheiro; Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies; Proteger com lenços (preferencialmente descartáveis) a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis; Indivíduos com síndrome gripal devem evitar entrar em contato com outras pessoas suscetíveis;
8 Indivíduos com síndrome gripal devem evitar aglomerações e ambientes fechados; Manter os ambientes ventilados; Indivíduos que sejam casos suspeitos ou confirmados devem ficar em repouso, utilizar alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos. Importante: Recomenda-se que o indivíduo doente com Síndrome Gripal, se possível, permaneça em domicilio durante os 7 dias após o início dos sintomas Cuidados no Domicílio Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal; Evitar tocar olhos, nariz ou boca; Lavar as mãos freqüentemente com sabonete e água, especialmente depois de tossir ou espirrar; Manter o ambiente ventilado; Evitar contato próximo com pessoas Cuidados em Creches Encorajar cuidadores e crianças a lavar as mãos e os brinquedos com água e sabonete quando estiverem visivelmente sujas; Encorajar os cuidadores a lavar as mãos após contato com secreções nasais e orais das crianças, principalmente quando a criança está com suspeita de síndrome gripal; Orientar os cuidadores a observar se há crianças com tosse, febre e dor de garganta, principalmente quando há notificação de surto de síndrome gripal na cidade; os cuidadores devem notificar os pais quando a criança apresentar os sintomas citados acima; Evitar o contato da criança doente com as demais. Recomenda-se que a criança doente fique em casa, a fim de evitar a transmissão da doença; Orientar os cuidadores e responsáveis pela creche que notifiquem a secretaria de saúde municipal caso observem um aumento do número de crianças doentes com síndrome gripal ou com absenteísmo pela mesma causa; Cuidados com gestantes, parturientes e recém-nascidos: Gestante: As servidoras ou funcionárias de serviços de saúde ou de qualquer Instituição, que exerçam atividades em linha de frente do serviço de atendimento ao público, principalmente em serviços onde atendem pacientes, por medida de prudência devem ser remanejadas para o exercício de atividades em ambiente interno sem contato com o público;
9 Devem buscar o serviço de saúde caso apresentem sintomas de síndrome gripal; Na internação para o trabalho de parto, priorizar o isolamento se a mesma estiver com diagnóstico de influenza; Puérpera: Após o nascimento do bebê, se a mãe estiver doente, usar máscara e lavar bem as mãos com água e sabonete antes de amamentar e após manipular suas secreções; estas medidas devem ser seguidas até sete dias após o início dos sintomas da mãe; A parturiente deve evitar tossir ou espirrar próximo ao bebê; Recém nascidos: Priorizar o isolamento do bebê junto com a mãe (não utilizar berçários); Os profissionais e mães devem lavar bem as mãos e outros utensílios do bebê (mamadeiras, termômetros); 6 - MEDIDAS DE PRECAUÇÃO E CONTROLE A SEREM ADOTADAS NA ASSISTÊNCIA Informações Gerais Com o aumento do número de casos de influenza A(H1N1), o que gerou um maior conhecimento sobre a epidemiologia viral, observou-se a necessidade de revisão das medidas de precaução e controle a serem instituídas nos serviços de saúde. Atualmente, as evidências sugerem que o vírus da influenza A(H1N1) está apresentando uma dinâmica de transmissão semelhante à da influenza sazonal. Sendo assim, recomenda-se que sejam instituídas medidas de precaução para gotícula e precaução padrão na assistência a casos suspeitos e confirmados de infecção pelo vírus da influenza A (H1N1) nos serviços de saúde. Entretanto, para procedimentos com risco de geração de aerossol, enfatizase que se devem incluir as precauções para aerossóis Medidas Preventivas É importante destacar que a adoção de medidas de precaução deve estar sempre associada a outras medidas preventivas, tais como: Freqüente higienização das mãos. Utilizar lenço descartável para higiene nasal; Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; Higienizar as mãos após tossir ou espirrar; Evitar tocar superfícies com luvas ou outro EPI contaminados ou com mãos contaminadas. As superfícies envolvem aquelas próximas ao paciente (ex. mobiliário e equipamentos para a saúde) e aquelas fora do
10 ambiente próximo ao paciente, porém relacionadas ao cuidado com o paciente (ex. maçaneta, interruptor de luz, chave, caneta, entre outros); Quem Deve Adotar as Medidas de Precaução Todos os profissionais de saúde que prestam assistência direta ao paciente (ex.: médicos, enfermeiros, dentistas, técnicos e auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas, equipe de radiologia, entre outros); Toda a equipe de suporte, que necessite entrar no ambiente onde o paciente esteja, incluindo pessoal de limpeza, nutrição e responsáveis pela retirada de produtos e roupas sujas. Familiares e visitantes que tenham contato com pacientes com infecção por influenza A(H1N1); 7 - SOBRE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI CONSIDERANDO A CARACTERÍSTICA EPIDEMIOLÓGICA PRINCIPALMENTE DE FORMA DE TRANSMISSÃO DA DOENÇA E OS CRITÉRIOS DE USO DE EPI, O MINISTÉRIO DA SAÚDE RECOMENDA RACIONALIDADE NO USO DE EPI NOS SERVIÇOS DE SAÚDE. Os EPI s classificados para proteção específica utilizada no controle da Influenza A H1N1 são: Máscara Cirúrgica Deve ser utilizada para evitar a contaminação do profissional por gotículas respiratórias, quando o mesmo atuar a uma distancia inferior a 1 metro do paciente suspeito ou confirmado de infecção pelo vírus da influenza Máscara de Proteção Respiratória (Respirador Particulado) Quando o profissional atuar em procedimentos com risco de geração de aerossol nos pacientes com infecção por influenza deve utilizar a máscara de proteção respiratória (respirador particulado) com eficácia mínima na filtração de 95% de partículas de até 0,3µ (tipo N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3). São exemplos de procedimentos com risco de geração de aerossóis: a intubação traqueal, a aspiração nasofaríngea e nasotraqueal, broncoscopia, a autópsia envolvendo tecido pulmonar e a coleta de espécime clínico para diagnóstico etiológico da influenza, dentre outros. A máscara de proteção respiratória deverá estar apropriadamente ajustada à face. A forma de uso, manipulação e armazenamento devem seguir as recomendações do fabricante. Deve ser descartada após o uso Luvas As luvas de procedimentos não cirúrgicos devem ser utilizadas quando houver risco de contato das mãos do profissional com sangue, fluidos corporais, secreções, excreções, mucosas, pele não íntegra e artigos ou equipamentos contaminados, de forma a reduzir a possibilidade de
11 transmissão do vírus da influenza para o profissional, assim como, de paciente para paciente por meio das mãos do profissional. Quando o procedimento a ser realizado no paciente exigir técnica asséptica, devem ser utilizadas luvas estéreis (de procedimento cirúrgico). As recomendações quanto ao uso de luvas por profissionais de saúde são: Troque as luvas sempre que entrar em contato com outro paciente; Troque também durante o contato com o paciente se for mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, ou quando esta estiver danificada; Nunca toque desnecessariamente superfícies e materiais (tais como telefones, maçanetas, portas) quando estiver com luvas para evitar a transferência vírus para outros pacientes ou ambientes; Não lavar ou usar novamente o mesmo par de luvas (as luvas não devem ser reutilizadas); O uso de luvas não substitui a higienização das mãos; Proceder à higienização das mãos imediatamente após a retirada das luvas, para evitar a transferência do vírus para outros pacientes ou ambientes; Observe a técnica correta de remoção de luvas para evitar a contaminação das mãos, abaixo descrita: Retire as luvas puxando a primeira pelo lado externo do punho com os dedos da mão oposta; Segure a luva removida com a outra mão enluvada; Toque a parte interna do punho da mão enluvada com o dedo indicador oposto (sem luvas) e retire a outra luva Protetor Ocular ou Protetor de Face Os óculos de proteção (ou protetor de face) devem ser utilizados quando houver risco de exposição do profissional a respingo de sangue, secreções corporais e excreções. Os óculos devem ser exclusivos de cada profissional responsável pela assistência, devendo, após o uso, sofrer processo de limpeza com água e sabão/detergente e desinfecção. Sugere-se para a desinfecção álcool a 70%, hipoclorito de sódio a 1% ou outro desinfetante recomendado pelo fabricante Gorro descartável O gorro deve ser utilizado pelo profissional de saúde apenas em situações de risco de geração de aerossol em pacientes com infecção por influenza A (H1N1).
12 7.6 - Capote/Avental O capote ou avental deve ser usado durante procedimentos onde há risco de respingos de sangue, fluidos corpóreos, secreções e excreções, a fim de evitar a contaminação da pele e roupa do profissional. O capote ou avental deve ser de mangas longas, punho de malha ou elástico e abertura posterior. Além disso, deve ser confeccionado de material de boa qualidade, não alergênico e resistente; proporcionar barreira antimicrobiana efetiva, permitir a execução de atividades com conforto e estar disponível em vários tamanhos. O capote ou avental sujo deve ser removido após a realização do procedimento. Após a remoção do capote deve-se proceder a higienização das mãos para evitar transferência do vírus A (H1N1) para os profissionais, pacientes e ambientes Higienização das mãos As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas utilizando-se: água e sabonete, preparação alcoólica e antiséptica degermante. Os profissionais de saúde, e pacientes devem ser devidamente instruídos e monitorados quanto à importância da higienização das mãos Higienização das Mãos com Água e Sabão Líquido A higienização das mãos com água e sabão líquido é essencial quando as mãos estão visivelmente sujas ou contaminadas com sangue ou outros fluidos corporais. A higienização das mãos com água e sabão líquido deve ser realizada: Antes e após o contato direto com pacientes com influenza, seus pertences e ambiente próximo, bem como na entrada e na saída de áreas com pacientes infectados; Imediatamente após retirar as luvas; Imediatamente após contato com sangue, fluidos corpóreos, secreções, excreções e/ou objetos contaminados, independentemente se o mesmo tiver ocorrido com ou sem o uso de luvas (neste último caso, quando se tratar de um contato inadvertido). Entre procedimentos em um mesmo paciente, para prevenir a transmissão cruzada entre diferentes sítios corporais; Em qualquer outra situação onde seja indicada a higienização das mãos para evitar a transmissão da influenza para outros pacientes ou ambientes Técnica Higienização Simples das Mãos com Água e Sabão Líquido Retirar acessórios (anéis, pulseiras, relógio), uma vez que sob estes objetos acumulam-se microrganismos não removidos com a lavagem das mãos; Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se na pia;
13 Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabão líquido para cobrir todas as superfícies das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante). Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si; Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa; Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais; Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem e viceversa; Esfregar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda, utilizando-se movimento circular e vice-versa; Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha, fazendo movimento circular e vice-versa; Esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando movimento circular e vice-versa; Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabonete. Evitar contato direto das mãos ensaboadas com a torneira; Secar as mãos com papel toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilize papel toalha. Duração do Procedimento: 40 a 60 segundos Higienização das Mãos com Preparação Alcoólica Sabe-se que o vírus da influenza sazonal é rapidamente inativado em 30 segundos após antisepsia das mãos com álcool 70%. Determinados vírus envelopados (ex: herpes simples, HIV, influenza, vírus respiratório sincicial) são susceptíveis ao álcool quando testados in vitro. Deve-se higienizar as mãos com preparação alcoólica (sob as formas gel ou solução) quando estas não estiverem visivelmente sujas. A higienização das mãos com preparação alcoólica (sob a forma gel ou líquida com 1-3% glicerina) deve ser realizada nas situações descritas a seguir: Antes de contato com o paciente; Após contato com o paciente; Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos; Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo cirúrgico; Após risco de exposição a fluidos corporais; Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao paciente; Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente;
14 Antes e após remoção de luvas Técnica Fricção Anti-séptica das Mãos com Preparações Alcoólicas Aplicar na palma da mão quantidade suficiente do produto para cobrir todas as superfícies das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante); Friccionar as palmas das mãos entre si; Friccionar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa; Friccionar a palma das mãos entre si com os dedos entrelaçados; Friccionar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos e vice-versa; Friccionar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda, utilizando-se movimento circular e vice-versa; Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fazendo um movimento circular e vice-versa; Friccionar os punhos com movimentos circulares; Friccionar até secar espontaneamente. Não utilizar papel toalha. Duração do Procedimento: 20 a 30 segundos. 8 - MEDIDAS RECOMENDADAS AO ATENDIMENTO AMBULATORIAL As seguintes medidas devem ser observadas pelos serviços de saúde que prestam atendimento ambulatorial onde poderão ser identificados casos de síndrome gripal ou doença respiratória aguda grave: Estabelecer critérios de triagem para identificação e pronto atendimento dos casos, com o objetivo de reduzir o risco de transmissão na sala de espera para outros pacientes bem como priorizar o atendimento dos pacientes com síndrome gripal que apresentam fatores de risco ou sinais de agravamento; Orientar os profissionais do serviço quanto às medidas de precaução a serem adotadas; Colocar máscara cirúrgica nos pacientes suspeitos de síndrome gripal e doença respiratória aguda grave, desde que a situação clínica do caso permita; A máscara cirúrgica deve ser utilizada desde o momento da triagem até o encaminhamento para o hospital de referência, quando indicado, desde que a situação clínica do caso permita; Orientar os pacientes a adotar as medidas de precaução para gotícula e higienizar as mãos após tossir ou espirrar; Prover lenço descartável para higiene nasal na sala de espera; Prover lixeira, preferencialmente, com acionamento por pedal para o descarte de lenços e lixo;
15 Prover dispensadores com preparações alcoólicas para as mãos (sob as formas gel ou solução) nas salas de espera e estimular a higienização das mãos após contato com secreções respiratórias; Prover condições para higienização simples das mãos: lavatório/pia com dispensador de sabão líquido, suporte para papel toalha, papel toalha, lixeira com tampa e abertura sem contato manual; Manter os ambientes ventilados; Realizar a limpeza e desinfecção das superfícies do consultório e de outros ambientes utilizados pelo paciente suspeito; Realizar a limpeza e desinfecção de equipamentos e produtos para saúde que tenha sido utilizado na atenção ao paciente; Se houver necessidade de encaminhamento do paciente para outro serviço de saúde, notificar previamente o serviço referenciado. 9 - MEDIDAS RECOMENDADAS NO TRANSPORTE DE PACIENTES Os profissionais envolvidos no transporte devem adotar as medidas de precaução para gotícula e precaução padrão. Melhorar a ventilação do veículo para aumentar a troca de ar durante o transporte. As superfícies internas do veículo devem ser limpas e desinfetadas após a realização do transporte. A desinfecção pode ser feita com álcool a 70%, hipoclorito de sódio a 1% ou outro desinfetante indicado para este fim. Notificar previamente o serviço de saúde para onde o paciente será encaminhado. 10 REGISTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE O PACIENTE Tem grande importância o registro de dados do caso suspeito, que devem ser realizados na Ficha de Investigação Influenza Humana por novo subtipo (pandêmico). Anexo A. Além dos dados que constam na ficha de investigação Anexo A, o investigador/profissional de saúde deverá estar atento para: Detalhamento da evolução clínica; Condição sócio-econômica; Medicações em uso; Possível exposição a outros agentes infecciosos; Exposição ocupacional; Exposição a animais (aves e suínos); Situação epidemiológica local (condições ecológicas favoráveis e incidência de outras doenças infecciosas que podem levar a quadros respiratórios agudos: história de visitas a cavernas, presença de roedores, etc.); Verificar se o(s) caso(s) atende(m) à definição de Pneumonia Relacionada a Cuidados de Saúde;
16 Outras informações pertinentes que julgar importante. 11 RECOMENDAÇÕES NO SERVIÇO PÚBLICO As medidas de prevenção para as pessoas que trabalham ou circulam em serviços públicos em busca de atendimento de suas demandas não difere das medidas para a população em geral. Deve os Serviços providenciar esclarecimento maciço para seus servidores, através de palestras, oficinas, cartazes e folders, reforçando as medidas de higiene e cuidados preventivos, bem como providenciar que as servidoras grávidas que estejam exercendo atividades em linha de frente de atendimento ao público, principalmente em unidades de saúde, sejam remanejadas para atividades internas, diminuindo dessa forma o risco de contato com possíveis casos suspeitos de influenza A. Não é recomendado afastamento do ambiente de trabalho para servidores que sejam apenas contato de casos suspeitos, bem como não é recomendado afastamento de servidor que tenha fator de risco como: gravidez, cardiopatias, pneumopatias, visto que afastar do trabalho não garante que a pessoa não tenha contato com o agente de infecção, uma vez que o seu ir e vir permanece normal, principalmente com freqüência a ambientes públicos com maior ou menor número de pessoas circulantes. É importante esclarecer que aqueles que dispõem da assistência do IASEP, em caso de sinais e sintomas compatíveis com quadro de Gripe por influenza A, procure o serviço de saúde credenciado para o atendimento de urgência, mais próximo de sua residência, para passar por avaliação clínica, e receber os cuidados pertinentes. Atenção especial deve ser dada às medidas gerais de higiene, para com o caso suspeito e seus contatos domiciliares não estando indicada, até o momento, restrição de fluxo de ir e vir dos contatos; a rotina das pessoas deve continua a mesma, tanto em relação ao trabalho quanto a escola. É importante esclarecer que a maioria dos casos está sendo tratado em ambiente domiciliar, o que impõe a família, o isolamento restrito do doente em um ambiente do domicilio, que deverá usar máscara cirúrgica por um período de 7 dias se adulto e 14 dias se criança, devendo seus utensílios domésticos de uso pessoal ser descartáveis, para facilitar o controle e evitar a contaminação de outras pessoas. - Protocolo de manejo clínico e vigilância em 05 de agosto de Ministério da Saúde, SVS,Gabinete permanente de emergências de saúde pública, acessível em: - Recomendações para o manejo de paciente com infecção pelo vírus influenza a (h1n1)do hospital das clínicas da faculdade de medicina da universidade de SÃO PAULO caixa postal, 8091 SÃO PAULO BRASIL: %20H1N1%20-%20HCFMUSP%20-% pdf
17 ALERTA IMPORTANTE NÃO TOME MEDICAMENTO SEM INDICAÇÃO MÉDICA. A AUTOMEDICAÇÃO CONFUNDE E MASCARA OS SINTOMAS DE DOENÇAS,RETARDA O DIAGNÓSTICO E O INÍCIO DO TRATAMENTO, PODENDO LEVAR A RESISTENCIA DE VIRUS E BACTÉRIAS.
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