Pobreza e distribuição de renda na América Latina: podemos confiar nas estatísticas do Banco Mundial? Wesley Oliveira Paul Cooney **

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1 Pobreza e distribuição de renda na América Latina: podemos confiar nas estatísticas do Banco Mundial? Wesley Oliveira Paul Cooney ** Este trabalho visa analisar a pobreza e a distribuição de renda na América Latina a partir das estatísticas divulgadas pela CEPAL e pelo Banco Mundial, além de outras fontes e trabalhos de experts no assunto. Uma vez ciente da relevância da elaboração de dados confiáveis, quer dizer, o mais próximo da realidade possível, para que dêem suporte no processo de elaboração de políticas públicas, este trabalho irá tecer comparações entre os dados de diferentes fontes e apontar como cada uma demonstra a situação da pobreza e da distribuição de renda na América Latina. Em outras palavras, qual a influência das diferentes abordagens teóricas nas estatísticas mostradas pelas diferentes fontes. Será realizado um paralelo entre a implantação das políticas neoliberais a partir da década de 1980 e o comportamento das variáveis supracitadas por país e também para a América Latina como um todo. Como exemplo de diferenças nos dados, o Gini (renda) apresentado pela CEPAL para o ano de 1999 para o Brasil foi de 0,64, enquanto que o Banco Mundial apresentou 0,59, para o mesmo ano; uma diferença significativa. Os resultados mostram que as variáveis produzidas principalmente por organizações tipo Banco Mundial apresentam viés no intuito de tentar mostrar que suas propostas de melhoramento de questões sociais (e também econômicas) são apropriadas, de maneira a conseguir maior aceitação de suas proposições ideológicas. Será também realizada uma análise crítica da metodologia adotada pelo Banco Mundial. Palavras-chaves: pobreza, distribuição de renda, políticas neoliberais Graduando em Ciências Econômicas na Universidade Federal do Pará UFPA, Pará, Brasil. Colaborador do Centro de Pesquisa Econômica CEPEC/UFPA. wesleypo@ufpa.br ** Doutor em Economia. Programa de Pós-Graduação em Economia PPGE/UFPA, Pará, Brasil. pcooney@ufpa.br 1

2 I. Introdução A discussão sobre desenvolvimento ganhou força a partir da Segunda Guerra Mundial, uma vez da configuração da nova dinâmica da economia mundial que estava entrando em curso e da consciência de grande parte dos países de que crescimento econômico apenas não era garantia de melhor qualidade de vida da população. Inicia-se, então, uma discussão do que viria a ser desenvolvimento. De lá pra cá muitas discussões foram travadas sobre o assunto, diferentes concepções teóricas foram apresentadas e várias formas de mensurar o desenvolvimento foram propostas por diferentes instituições. Dentre importantes instituições responsáveis pela divulgação de estatísticas internacionais de cunho sócio-econômico tem-se o Banco Mundial e a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe CEPAL. As informações produzidas por essas instituições são utilizadas pelos governos de vários países quando da decisão de alocação de recursos para solver determinado problema, ou mesmo na elaboração de políticas públicas em geral. Diante disso, torna-se imprescindível que os dados divulgados pelas instituições sejam os mais condizentes possíveis com a realidade, em outras palavras, espera-se que sejam isentos de qualquer tipo de viés. Porém, não é isso que se observa. Toda instituição tem por trás de seus dados, sua discussão, uma ideologia própria em maior ou menor grau. E esse é um dos principais problemas por trás dos dados que atualmente estão disponíveis: a ideologia defendida pelas instituições faz com que os dados sejam visivelmente enviesados. Nesse contexto, discutir a qualidade e a importância das estatísticas produzidas por instituições como as supracitadas é de grande relevância no sentido de evidenciar os problemas enraizados por trás de cada dado e a limitação no uso de cada um deles. Como tentativa de avaliar as diferenças existentes nos dados das instituições, procurou-se neste trabalho analisar a pobreza e a distribuição de renda na América Latina a luz das estatísticas disponibilizadas principalmente pela CEPAL e pelo Banco Mundial. A hipótese principal a ser testada é se, uma vez da ciência do viés ideológico fortemente presente nas estatísticas do Banco Mundial, os dados deste tendem a mostrar uma situação subestimada de pobreza e uma distribuição de renda menos desigual do que realmente é, face aos dados apresentados pela CEPAL. Para tanto, escolhemos três países da América Latina: Argentina, Brasil e México. A escolha por tais países é que possuem cerca de 60% da população e representam pouco mais de 74% do PIB (2005) da região, ou seja, a escolha foi baseada na grande representatividade que os mesmos têm na região. Antes de abordar de fato o que está sendo proposto acima, procurou-se realizar uma sucinta análise histórica sobre a pobreza e a distribuição de renda. Conforme argumentado por Angeles (2007), a raiz da desigualdade entre os países está na história colonial; tal proposição será 2

3 apresentada de forma mais detalhada no decorrer do trabalho. Será também realizada uma análise crítica da metodologia adotada pelo Banco Mundial, a partir da contestação de sua linha internacional da pobreza; além de um paralelo entre a implantação das políticas neoliberais a partir da década de 1980 e o comportamento das variáveis supracitadas por país e também para a América Latina como um todo. II. Pobreza e distribuição de renda na América Latina Quando se fala de desenvolvimento na América Latina, é imprescindível lembrar de importantes pensadores como Raúl Prebisch e Celso Furtado, entrou outros grandes personagens. Uma característica presente em Furtado, por exemplo, é a análise baseada na abordagem histórica, ou seja, para se entender o que se passa hoje é muito importante e necessário conhecer o contexto histórico da formação das economias. Angeles (2007) enfatiza que muitas questões de curto prazo são passivas de ser analisadas sem se considerar o contexto histórico, porém, problemas de longo prazo não podem deixar de ser discutidos sem levar em consideração o contexto histórico. A pobreza e a diferença nos níveis de renda entre os países estão neste último. Partindo dessa visão, Angeles (2007) conclui que a história colonial é a principal explicação para a atual desigualdade entre os países. Após revisar as diferenças experiências coloniais vividas por um conjunto de países, o autor classifica os países em três categorias, a saber, New Europes, Settler colonies e Peasant colonies. Os países que se encontram na primeira categoria são: Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Estados Unidos. Nos três primeiros, quando do período de colonização, os colonizadores (europeus) representavam mais de 95% da população, sendo que nos Estados Unidos o percentual foi cerca de 80% de colonizadores (esse percentual é menor que nos outros três países devido a presença do trabalho escravo). Uma vez que os colonizadores representavam quase que a totalidade da população, eles buscaram de certa forma implantar um padrão de vida semelhante ao europeu, principalmente do que diz respeito às instituições. Segundo o autor, essa atitude fez com que tais países conseguissem ao longo de suas histórias se desenvolver de forma mais sólida. E o problema da desigualdade era menor porque os rendimentos eram divididos entre a grande maioria, ou seja, os próprios colonizadores. Já a categoria intitulada Settler colonies é caracteriza por ter uma população constituída por cerca de 10% a 30% de colonizadores. Os países que nela se enquadram são os da América Latina e Caribe, África do Sul, Zimbábue, Zâmbia, Nigéria entre outros. Nesses países, a minoria de colonizadores foi capaz de se apropriar de importante parcela da riqueza. Isso fez com que abrisse margem para uma maior desigualdade. 3

4 As reformas estruturais e seus impactos Nos últimos anos o direcionamento das políticas econômicas foi voltado à redução de barreiras comerciais, maior abertura ao capital estrangeiro, privatização, desregulamentação de um conjunto de ações que influenciam a vida econômica, além de medidas com intuito de implementar forte disciplina fiscal e monetária. Tais medidas tinham como finalidade: la estabilización de los equilibrios macroeconómicos para retornar a la senda de crescimiento sustentable y las medidas de ajuste estructural para hacer las economías más eficientes y competitivas. (BORON, 2003: 23). Na mesma direção, Birdsall & Torre (2001) reforçam que a liberalização financeira foi realizada de forma agressiva; bancos, empresas dos setores energéticos e de telecomunicação, rodoviários, de saúde, muitos foram vendidos para o setor privado, ultrapassando 800 empresas estatais entre 1988 e Ainda segundo os autores, de forma geral, mesmo tendo o processo de implantação variado de país a país, a qualidade e a intensidade das reformas foram mais fortes do que qualquer outro momento da história da América Latina, o que acabou por proporcionar uma maior circulação de capital entre a região, além do aumento no volume das exportações e a expansão dos investimentos em alguns países, porém, em termos de crescimento econômico, redução da pobreza, distribuição de renda e condições sociais, os resultados foram decepcionantes. Ainda sobre os impactos das reformas estruturais sobre a distribuição de renda na América Latina, Stallings & Peres (2002), citando um trabalho de Samuel Morley (2000), afirmam que das cinco tipos de reformas analisadas em seu trabalho, apenas uma foi tida como progressiva, a abertura de conta de capital. Liberalização das importações, reforma tributária, liberalização financeira interna e privatização apresentaram impactos regressivos sobre a distribuição de renda familiar. Ou seja, políticas de cunho neoliberal que não trouxeram os resultados prometidos para o melhoramento das questões sociais tão graves na América Latina. É sabido que na maioria dos países latino-americanos, instituições tipo Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial, praticamente ditam as políticas que devem ser tomadas pelos países da região. E, uma vez procurando defender interesses das grandes potências, o bom resultado prometido por tais instituições geralmente não são alcançados, ou quando são apresentam resultados pífios, principalmente do que concerne aos indicadores sociais. 4

5 III. Diversidade das fontes estatísticas sobre pobreza e distribuição de renda comparação de alguns dados Essa seção do trabalho compara, na medida do possível, as estatísticas sobre pobreza e distribuição de renda divulgadas pela CEPAL e pelo Banco Mundial, visando observar como tais organismos vêem a situação dessas duas questões tão delicadas quando se discute desenvolvimento de um país ou região. Pobreza Partindo pela observação da pobreza, analisa-se como os dois organismos quantificam o percentual de pobres nos países selecionados. A Tabela 2, com dados da CEPAL, apresenta dados de pobreza e indigência. Enquadra-se na situação de pobreza as pessoas cuja renda é inferior ao dobro de uma cesta básica de alimentos em cada país. Já na situação de indigência estão as pessoas cuja renda é inferior ao custo de uma cesta básica de alimentos. Sobre a pobreza, pode-se destacar o caso da Argentina, que apresentou forte aumento percentual a partir de meados da década de 1990, chegando em 2005 a 26% do total da população. No ano seguinte caiu para 21%, porém ainda bem maior do que o observado no início de década anterior. Já sobre a percentual de pessoas na indigência, mesmo apresentando uma redução significativa em 2006 (7,2%) em relação ao valor de 2005 (9,1%), o valor daquele é mais que o dobro do apresentado em 1994 (3,4%). Já no caso do Brasil, os dados mostram que houve uma forte redução de 1990 até, de 48% para 35,8%. O restante da série apresentou apenas pequenas variações, ficando com 33,3% em 2006, isso para dados nacionais. No caso do Brasil, é interessante fazer uma observação sobre a dimensão da pobreza apresentada na área rural, mesmo ainda em 2006, mais de 50% da população rural estava na situação de pobreza. Quanto ao México, o começo da década de 1990 era bem semelhante ao Brasil, porém não houve forte queda percentual ao longo de tal década. O valor de 2006 ficou um pouco abaixo do apresentado pelo Brasil, deixando os dois países em uma situação bem semelhante. Vale também observar que a situação da pobreza rural apresentou resultados melhores que os do Brasil. Já o Banco Mundial utiliza como uma de suas medidas de pobreza a taxa nacional de pobreza. Segundo o Banco, taxa nacional de pobreza é o percentual da população vivendo abaixo da linha nacional da pobreza, onde as estimativas nacionais são baseadas em ponderações da população dos sub-grupos estimados pelas pesquisas domiciliares (WDI, 2005). Os dados sobre pobreza do Banco Mundial aqui utilizados são divulgados no World Development Indicators (WDI). Para os três países aqui estudados, os dados encontrados foram 5

6 bastante limitados 1, conforme se pode observar na Tabela 1. Para Argentina e Brasil, por exemplo, os últimos dados sobre pobreza contidos no WDI são de Os dados do Banco Mundial mostram, por exemplo, que no Brasil o percentual de pessoas abaixo da linha da pobreza aumentou durante a década de 1990, sendo de 17,4% neste ano para cerca de 22% em Ainda no caso do Brasil, a pobreza rural apresentou forte aumento durante a década de 1990, ficando em cerca de 54% em 1998, enquanto os dados da CEPAL mostram uma queda de tal percentual, mas ficando ainda acima de 50% em Para o México, a estimativa apresentada também é inferior a da CEPAL. Segundo o Banco Mundial, apenas 10% da população estava abaixo da linha da pobreza no final de década de 1980, enquanto os dados da CEPAL mostram para um mesmo período que quase 50% dos mexicanos estavam vivendo em situação de pobreza; uma enorme discrepância entre os valores. Já os dados apresentados pelo Banco Mundial para a Argentina são mais escassos do que os disponibilizados para Brasil e México. Os dados do final de década de 1990 mostram um ligeiro aumento da população urbana abaixo da linha da pobreza. Tabela 1 População abaixo da pobreza linha nacional de pobreza País Argentina Brazil Mexico Ano Rural Urbana Nacional % % % , , , , ,6 13,1 17, ,4 23, ,1 13, ,1 52,4 26,5 37, ,8 11,4 20,3 Fonte: Banco Mundial, World Development Indicators (WDI) vários anos. 1 O último relatório do World Development Indicators (WDI) com acesso livre disponível no site do Banco Mundial é de 2007, o de 2008 até a data atual ( ) está disponível apenas para assinantes, porém não há dados para todos os anos anteriores, longe disso. 6

7 Tabela 2 Pessoas em situação de pobreza e indigência (% da população total) País Ano Nacional Área Total metropolitana Resto Rural Nacional Total Área metropolitana Resto Rural Argentina , , ,1 c 13,2 21,2 3,4 2,6 4, ,7 d 19,7 28, ,7 d 4,8 8, ,0 d 22,6 30, ,1 d 7,6 10, ,0 e 19,3 22, ,2 6,7 7,9... Brasil ,0 41, ,6 23,4 16, ,1 35,8 30, ,6 13,9 9, , ,5 32, ,3 12,9 9, , ,3 32, ,2 10,6 8, , ,3 29, ,1 9,0 6, ,5 México ,7 42, ,7 18,7 13, , ,1 36, ,5 16,8 9, , ,9 38, ,5 18,5 9, , ,1 32, ,7 15,2 6, , ,5 28, ,5 11,7 5, , ,7 26, ,1 8,7 4, ,1 América Latina f ,3 41, ,4 22,5 15, , ,7 38, ,1 20,8 13, , ,5 35, ,5 18,1 11, , ,8 34, ,8 15,4 10, , ,1 29, ,6 12,7 8, ,7 (a) Percentual de pessoas cuja renda é inferior ao dobro do custo de uma cesta básica de alimentos. (b) Percentual de pessoas cuja renda é inferior ao custo de uma cesta básica de alimentos. (c) Vinte aglomerações urbanas. (d) Vinte e oito aglomerações urbanas. (e) Trinta e uma aglomerações urbanas. (f) Estimacão baseada em 19 economias: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Haití, Honduras, México, Nicaragua, Panamá, Paraguai, Peru, Venezuela, República Dominicana e Uruguai. Fonte: CEPAL, Pobreza a Indigência b Renda Outro importante indicador a ser avaliado neste trabalho é a renda. A análise da distribuição de renda é de suma importância quando se fala em desenvolvimento eqüitativo da população. Como mostrado anteriormente pela discussão apresentada por Angeles (2007), o tipo de colonização pelos quais os países da América Latina passaram criaram um ambiente favorável para que se criasse uma estrutura que favorecia a concentração de renda, com destaque para o caso do Brasil. Os Gráficos 1 e 2 a seguir apresentam a parcela de renda detida pelos 10% e 20% mais ricos, respectivamente, para Brasil, México e Argentina. Os dados do Banco Mundial revelam a magnitude da concentração de renda no Brasil, mostrando que o percentual detido pelos 10% mais ricos vem sofrendo ligeira queda nos últimos anos. Mas quando se observa o Gráfico 2, percebe-se que a grande parte do que era contido nas mãos dos 10% mais ricos apenas migrou para os 20% 7

8 mais ricos, ou seja, tal queda não significa que as camadas mais pobres estão usufruindo tal distribuição. Os 20% mais ricos continuam tão fortes que ainda detêm mais de 60% de toda a renda, em. Já no México e na Argentina, a distribuição de renda entre os 20% mais ricos é bem semelhante, ficando com cerca de 55% da renda em. Gráfico 1 Parcela da renda apropriada pelos 10% mais ricos Parcela da renda (%) Brasil México Argentina Fonte: Banco Mundial, World Development Indicators (WDI) vários anos. Gráfico 2 Parcela da renda apropriada pelos 20% mais ricos P arcela da renda (% ) B rasil M éxico Argentina Fonte: Banco Mundial, World Development Indicators (WDI) vários anos. Já uma comparação do Índice de Gini (renda) apresentado pela CEPAL e pelo Banco Mundial, conforme Gráficos 3 e 4, revela, mais uma vez, discrepância entre os dados. Na Argentina, por exemplo, os dados da CEPAL demonstram que em nenhum momento o Gini ficou 8

9 abaixo de 0,5, mesmo apresentando decréscimo nos dados disponíveis; já nos dados do Banco Mundial apenas a partir da década atual o índice ultrapassa 0,50. As políticas de combate à desigualdade têm se apresentado tão ineficientes que até mesmo os dados do Banco Mundial revela forte crescimento da concentração de renda na Argentina; apenas no ano de 2003 foi percebido uma ligeira queda em relação ao ano anterior. Já no Brasil, que é um dos países com maior concentração de renda do mundo, os dados também divergem. Os dados da CEPAL revelam, nos dados apresentados a partir da década de 1990 até 2006, que em nenhum momento o índice ficou abaixo de 0,60, sendo o pico em Por outro lado, os dados do Banco Mundial demonstram uma situação bem mais amena, apenas em dois momentos o valor do índice ficou acima de 0,60. Mais uma vez, as políticas adotadas visando reduzir a desigualdade de renda no Brasil mostraram-se incapazes. Para se ter uma idéia, o valor apresentado em foi praticamente o mesmo observado no início da década de 1980, e isso segundo os dados do próprio Banco Mundial. Tal cenário não foi diferente no México. Os dados da CEPAL mostram uma situação mais grave na distribuição de renda. Mais uma vez, os dados do Banco Mundial amenizam a situação. Porém, assim como no Brasil, a situação mais recente é bem parecida com o observado no início da década de Gráfico 3 Índice de Gini Renda 0,7 0,6 0,5 Gini 0,4 0,3 0,2 0, Argentina Brasil México Fonte: CEPAL,

10 Gráfico 4 Índice de Gini - Renda Gini 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0, Argentina* Brasil México (*) Área urbana. Fonte: Banco Mundial, World Development Indicators (WDI) vários anos. IV. Crítica sobre a metodologia do Banco Mundial As estatísticas divulgadas pelo Banco Mundial recebem constantemente críticas sobre a metodologia empregada. Reddy & Pogge (2005), por exemplo, fazem uma forte crítica às estimativas do Banco Mundial no que concerne aos dados sobre o nível, a distribuição e a tendência global da pobreza. As críticas são fundamentadas em três sérios problemas das estimativas do Banco Mundial: a) utiliza uma linha internacional da pobreza arbitrária; b) emprega um conceito de paridade de poder de compra dito equivalente que, segundo os autores, não são nem bem definido nem apropriado para avaliar a pobreza; e, c) as projeções realizadas pelo Banco Mundial são realizadas a partir de dados limitados, o que acaba comprometendo a precisão das informações. Tais críticas são oportunas. A linha internacional da pobreza calculada pelo Banco Mundial não leva em consideração as necessidades básicas de uma pessoa. Afirmar que uma pessoa que recebe mais de US$ 1/dia não está classificada como pobre é altamente arbitrário e acima de tudo inconsciente. Ciente disso, e na tentativa de amenizar as críticas sofridas a respeito de sua posição sobre a questão da pobreza, o Banco Mundial atualizou suas estimativas sobre pobreza global. Agora, a nova linha internacional de pobreza divulgada é US$ 1,25/dia (em 2005), mas continua como algo totalmente arbitrário. Reddy (2008) afirma que essas novas estimativas do Banco Mundial utilizam metodologia semelhante das anteriores, o que acaba levando aos mesmos problemas apresentados nas estimativas antecedentes. O autor lista dois problemas principais: primeiro, o Banco Mundial calcula uma linha internacional da pobreza tão baixa que não dá conta de cobrir os gastos com as necessidades básicas, como já citado anteriormente. Nos Estados Unidos, país base no qual a linha 10

11 internacional da pobreza é definida, é impossível imaginar que uma pessoa possa sobreviver com US$ 1,25/dia, mas para outros países, o Banco Mundial afirma ser esse valor factível. Esse fato, ainda segundo Reddy (2008), abre espaço para o segundo problema, a saber, o Banco utiliza paridades de poder de compra (PPCs) inapropriadas para converter sua linha da pobreza para outros países. Uma vez de sua tentativa de mostrar um melhoramento da questão da pobreza e distribuição de renda, além de outras questões de suma relevância, não é de se esperar que o Banco Mundial leve em consideração as críticas feitas quanto à sua metodologia; afinal o que está em jogo é a ideologia do Banco. Cabe aos estudiosos do assunto continuar discutindo a metodologia do Banco Mundial, além de apresentar novas propostas que visem elaborar estatísticas mais factíveis com a realidade da América Latina, e também de outras regiões abordadas nas estatísticas do Banco. V. Conclusão Os dados aqui apresentados sobre pobreza e distribuição de renda na América Latina pela CEPAL e pelo Banco Mundial revelaram diferentes cenários. Segundo o observado pela análise dos dados da CEPAL, os problemas ainda são críticos nos países analisados, com destaque para a grande concentração de renda ainda persistente no Brasil. Já o Banco Mundial revela uma América Latina em situação bem mais amena, tanto no que diz respeito à pobreza quando a distribuição de renda. O que não é a realidade dos países analisados. É preocupante que os dados divulgados pelo Banco Mundial sejam utilizados pela maioria das instituições e países. Até mesmo os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio são definidos em termos das estatísticas do Banco Mundial. O que se pode esperar é que as políticas que têm as estatísticas do Banco Mundial como referência acabam que por apresentar propostas aquém da real necessidade. A década de 1990 foi decepcionante quanto aos resultados apresentados pelas reformas de cunho neoliberal. A pobreza e a desigualdade de renda nos países analisados, o que em maior ou menor grau vale para a América Latina como um todo, não foram combatidas com a rigidez necessária. A inoperância das políticas que visão melhorar os históricos problemas sociais da América Latina faz com que a região e seu povo fiquem desamparados, fincando a indagação de até quando perdurará a América Latina na condição de periferia do mundo. 11

12 Referências ANGELES, Luis. Income inequality and colonialism. European Economic Review 51, , BASU, Kaushik. Globalization, poverty, and inequality: what is the relationship? What can be done? World Development 34 (8), pp , BIRDSALL, Nancy; TORRE, Augusto de la. Washington Contentious:Economic policies for social equity in Latin America. Washinton: Carnegie Endowment for International Peace and Inter- American Dialogue, BORON, Atilio A. El Estado y las reformas del Estado orientadas al mercado. Los desempeños de la democracia en América Latina. In: KRAWCZK, Nora Rut.; WANDERLEY, Luiz Eduardo. América Latina: Estado e reformas numa perspectiva comparada. São Paulo: Cortez, REDDY, Sanjay G. & POGGE, Thomas W. How not to count the poor. Version 6.2. Disponível em: Acesso em: Set. 05, WADE, Robert Hunter. Is globalization reducing poverty and inequality? World Development 32 (4), pp ,. WORLD BANK. World Development Indicators (vários anos). 12

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