PERFIL DOS PACIENTES EM TERAPIA PARA HABITUAÇÃO DO ZUMBIDO (TRT)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PERFIL DOS PACIENTES EM TERAPIA PARA HABITUAÇÃO DO ZUMBIDO (TRT)"

Transcrição

1 CEFAC-CEDIAU KEILA ALESSANDRA BARALDI KNOBEL PERFIL DOS PACIENTES EM TERAPIA PARA HABITUAÇÃO DO ZUMBIDO (TRT) SÃO PAULO 2000

2 CEFAC - CEDIAU KEILA ALESSANDRA BARALDI KNOBEL PERFIL DOS PACIENTES EM TERAPIA PARA HABITUAÇÃO DO ZUMBIDO (TRT) Monografia apresentada ao CEFAC-CEDIAU para conclusão do Curso de especialização em Audiologia Clínica, sob orientação da Dra. Katia de Almeida. SÃO PAULO 2000

3 Nada hay que temer,... una sabiduría interior las acompaña... porque cada semilla sabe... cómo llegar a ser árbol. (Jorge Bucay)

4 Aos meus pais, Geraldo e Angela, por terem me dado todas as condições concretas, intelectuais e emocionais que me permitiram optar pela fonoaudiologia, atuar na área e continuar estudando sempre, e pelo apoio incondicional. Ao Marcelo, meu marido e meu Norte.

5 AGRADECIMENTO ESPECIAL À Profa. Dra. Katia de Almeida, minha orientadora. "Mesmo nos fins de tarde, cansada e com mil problemas na cabeça, você sempre teve uma palavra de incentivo e de confiança para me oferecer. Acreditou no meu potencial, me ofereceu oportunidades valiosas que contribuíram para o meu crescimento profissional, e esteve sempre disponível para ouvir e responder às minhas dúvidas. Muito obrigada pelo apoio e pela amizade!"

6 AGRADECIMENTOS À Profa. Dra. Iêda Chaves Pacheco Russo, uma educadora que, com suas lições sobre o valor da vida, do respeito e da ética, ensinou muito além da audiologia; À Profa. Dra. Thereza Momenhson dos Santos, por acreditar sempre no potencial de cada profissional; A todos os professores do curso de Especialização do CEFAC-CEDIAU, por terem dividido conhecimentos e experiências que certamente contribuíram para a elaboração deste trabalho; Ao meu marido, Marcelo Knobel, por ter participado ativamente de cada etapa deste trabalho e por ter sido sempre meu maior incentivador para o estudo e para a pesquisa científica; À Fga. Fátima Cristina Alves Branco, amiga com quem divido dúvidas, experiências, idéias, referências bibliográficas... sobre questões relacionadas ao zumbido e à atuação do fonoaudiólogo de maneira geral; Às Fgas. Thaís Helena Teixeira Camargo e Viviane Maria Fachiolli, colegas de turma, amigas e companheiras de viagem, por terem feito do percurso entre Campinas e São Paulo um grande prazer; À Fga. Silvana Mouco, pelo constante incentivo pessoal e profissional e, principalmete, por estar sempre de "portas abertas"; À minha irmã, Karen Fernanda Baraldi, que é um exemplo de dedicação à pesquisa científica na área da saúde; Aos meus sogros, Maurício e Clara Knobel, pelo incentivo e pela amizade; À Roxana Knobel, pelas sugestões no tratamento estatístico; Aos meus pacientes com queixa de zumbido, que me ensinaram muito mais que todos os livros; e A todos que, direta ou indiretamente, tornaram possível a conclusão deste trabalho."muito obrigada!"

7 RESUMO O zumbido é a presença de um ou mais sons nas orelhas ou na cabeça sem que haja um estímulo sonoro externo correspondente. Atinge cerca de 17% da população geral e adquire forma severa em 20% dos casos. Como os tratamentos médicos tradicionais são ineficazes na maioria dos casos, outras alternativas terapêuticas, tal como a Terapia de Habituação do Zumbido (TRT), têm sido pesquisadas e aplicadas no intuito de minimizar a percepção do zumbido e o incômodo causado por ele. Nesta pesquisa foram levantados dados dos prontuários de 21 pacientes com zumbido que iniciavam a TRT, divididos em grupos etários: A, até 50 anos e B, acima de 50 anos. 81,0% dos pacientes eram do sexo masculino, com média de 52,6 anos, a maioria tinha história de vertigem, exposição pregressa ao ruído, ansiedade, depressão, estresse e outros distúrbios psiquiátricos. A maioria dos pacientes apresentou audiometria alterada em pelo menos uma das orelhas, com perdas do tipo neurossensorial, de configuração descendente. O zumbido à esquerda, contínuo e de surgimento gradual foi o mais comum. O grau de severidade e de incômodo atribuído ao zumbido foi alto, as atividades mais afetadas pelo zumbido foram a concentração e o sono, mais percebidas pelo grupo A. Analisando os dois grupos conjuntamente, a porcentagem de sujeitos com alguma queixa de hipersensibilidade auditiva foi 61,9%.

8 ABSTRACT Tinnitus is the presence of one or more sounds in the ears or within the head without a correspondent external sound. It affects about 17% of the general population and it is a severe problem in 20% of the cases. As traditional methods are helpless in the majority of the cases, other alternative methods, like Tinnitus Retraining Therapy (TRT), have been studied and applied with the aim of minimizing the perception and the annoyance of tinnitus. This is a retrospective research made with 21 tinnitus patients who were beginning TRT. They were divided into two groups: A, aged up to 50 years and B, above 50 years. 81.0% of those patients were male, their average age was 52.6 years, most of them had already had vertigo, noise exposure, anxiety, depression, stress, and other psychiatric diseases. Most of them presented hearing loss at least in one ear, and the most frequent audiometric finding was sensorineural and descendent. Continuous tinnitus on the left ear with a gradual onset was the most common one. The severity and the annoyance of tinnitus was considered high and the activities most affected by tinnitus were concentration and sleep, noticed with more intensity by group A. Analyzing both groups together, 61.9% of the patients had hypersensitivity to sound.

9 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO REVISÃO DA LITERATURA NEUROFISIOLOGIA PREVALÊNCIA/INCIDÊNCIA DO ZUMBIDO FATORES ASSOCIADOS AO ZUMBIDO Doenças relacionadas ao zumbido Características Audiológicas Características do zumbido Aspectos psicossociais dos pacientes com zumbido Ruído Drogas, cafeína, nicotina e álcool Zumbido e Hipersensibilidade a Sons TRATAMENTOS MATERIAL E MÉTODOS ANAMNESE ACHADOS AUDIOLÓGICOS Audiometria Tonal Grau da Perda Auditiva Tipo da Perda Auditiva Configuração da Curva Audiométrica CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO RESULTADOS HISTÓRICO GERAL Antecedentes Familiares Exposição à Ruído Antecedentes otológicos Saúde Geral AUDIÇÃO ZUMBIDO E HIPERSENSIBILIDADE A SONS DISCUSSÃO CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO HISTÓRICO GERAL Antecedentes Familiares Exposição à Ruído Antecedentes otológicos Saúde Geral AUDIÇÃO... 48

10 5.4 ZUMBIDO E HIPERSENSIBILIDADE A SONS CONSIDERAÇÕES FINAIS CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXO I... I ANEXO II... II

11 LISTA DE TABELAS Tabela I. Distribuição dos sujeitos de acordo com a idade e o sexo Tabela II. Distribuição dos sujeitos nos Grupos A e B em função da idade Tabela III. Distribuição de indivíduos segundo os antecedentes Tabela IV. Distribuição dos indivíduos dos grupos A e B de acordo com Tabela V. Distribuição dos indivíduos dos grupos A e B de acordo com Antecedentes Otológicos Tabela VI. Distribuição dos indivíduos dos grupos A e B de acordo com as principais alterações da saúde geral Tabela VII. Distribuição dos indivíduos dos grupos A e B de acordo com os hábitos de consumo possivelmente relacionados ao zumbido Tabela VIII. Distribuição de orelhas dos indivíduos dos grupos A e B de acordo com a audição normal ou alterada Tabela IX. Distribuição de orelhas dos indivíduos do Grupo A e B de acordo com o grau da perda auditiva nas freqüências baixas e médias (500, 1000 e 2000 Hz) e nas freqüências altas (3000 e 4000 Hz) Tabela X. Distribuição das orelhas dos indivíduos dos Grupos A e B de acordo com o tipo da perda auditiva por orelha Tabela XI. Distribuição das orelhas dos indivíduos dos Grupos A e B de acordo com a configuração da perda auditiva por orelha Tabela XII. Distribuição dos indivíduos dos grupos A e B de acordo com a lateralização do zumbido Tabela XIII. Distribuição dos indivíduos dos grupos A e B de acordo com o tipo do zumbido Tabela XIV. Distribuição dos indivíduos dos grupos A e B de acordo com o surgimento do zumbido Tabela XV. Distribuição das atividades afetadas ou impossibilitadas pelo zumbido nos Grupos A e B Tabela XVI. Distribuição dos indivíduos dos Grupos A e B com queixa de Hipersensibilidade Auditiva (H.A.) Tabela XVII. Distribuição das atividades afetadas ou impossibilitadas pela hipersensibilidade a sons nos Grupos A e B

12 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Distribuição dos indivíduos dos grupos A e B de acordo com as principais alterações emocionais Figura 2. Distribuição das orelhas dos indivíduos dos Grupos A e B de acordo com o tipo da perda auditiva por orelha Figura 3. Distribuição das orelhas dos indivíduos dos Grupos A e B de acordo com a configuração da perda auditiva por orelha Figura 4. Distribuição dos indivíduos dos grupos A e B de acordo com o tipo do zumbido Figura 5. Média dos valores de 0 a 10 da avaliação subjetiva do zumbido nos Grupos A e B de acordo com o grau da severidade, do incômodo e dos efeitos na vida diária

13 LISTA DE QUADROS Quadro 1. Critérios e procedimentos para classificação do grau da perda auditiva nas freqüências baixas e médias (500, 1000 e 2000 Hz) e nas freqüências altas ( 3000 e 4000 Hz) Quadro 2. Classificação do grau da perda auditiva... 28

14 1. INTRODUÇÃO

15 Introdução O zumbido tem sido tema de inúmeras pesquisas que focalizam aspectos neurofisiológicos, audiológicos, terapêuticos, farmacológicos e psicológicos. Os profissionais da área médica e fonoaudiológica estão cada vez mais envolvidos na busca de uma avaliação precisa do paciente e de alternativas terapêuticas eficientes e definitivas. Caracterizado pela presença de um ou mais sons nas orelhas ou na cabeça e ausência de estímulo sonoro externo correspondente, o zumbido atinge aproximadamente 17% da população geral, e 33% da população de idosos (JASTREBOFF et al. 1996). Adquire forma severa em 20% dos casos, afetando de maneira direta ou indireta o indivíduo em atividades profissionais e de lazer, interferindo em relacionamentos familiares e sociais e pode levar até mesmo ao suicídio, em casos extremos. O zumbido é, na maioria da vezes, uma percepção auditiva fantasma percebida exclusivamente pelo paciente (JASTREBOFF, 1990; SANCHEZ et al., 1997). Por ser uma sensação subjetiva não mensurável objetivamente, com diversos fatores etiológicos que dificilmente podem ser isolados, e que sofrem interferências de flutuações emocionais, as condições para investigação científica da fisiopatologia do zumbido são limitadas. SANCHEZ (1997) levantou os primeiros relatos históricos escritos à respeito do zumbido, iniciando com o papiro de Ebers, do século XVI a.c., que citou e propôs um tratamento com infusão de óleos para o então chamado "ouvido enfeitiçado". Relatou que no ano 700 a.c. crenças de magia relacionavam a presença de fantasmas ao apito nos ouvidos, referiu-se ao capítulo de Itard de 1821, dedicado ao zumbido, chegando finalmente aos dias de hoje em que, graças aos avanços nos estudos da fisiologia da audição, muitas questões à respeito do zumbido já são compreendidas. 2

16 Introdução Apesar de tais progressos, SANCHEZ et al. (1997) apontaram para o despreparo de alguns otorrinolaringologistas que, ao dizerem a pacientes com queixa de zumbido frases do tipo "nada pode ser feito" ou "você vai ter que aprender a conviver com isso", poderiam até mesmo provocar agravamento do caso. Propuseram, então, uma atitude positiva dos profissionais por meio da busca do conhecimento de teorias sobre a origem, a detecção e percepção do zumbido, a fim de proporcionar algum grau de alívio aos pacientes que os procuram com tal queixa. São várias as condições médicas que podem causar ou afetar a presença do zumbido, incluindo doenças otológicas, alterações cardiovasculares, doenças metabólicas, neurológicas, psiquiátricas, fatores odontológicos, efeitos colaterais de medicamentos e possivelmente da ingestão de drogas, cafeína, nicotina e álcool (SCHLEUNING, 1998). Também a associação entre zumbido e perda auditiva é bastante descrita na literatura. Entre os pacientes com zumbido, cerca de 78% a 90% apresentam quadro audiológico alterado (FUKUDA, 1990; MARTINS, 1991; KIRKWOOD, 1995). Além dos aspectos médicos e audiológicos, as reações psicológicas e as conseqüências psicossociais do zumbido têm sido considerados fatores fundamentais para a compreensão desses pacientes. Estudos vêm comprovando o que pode ser facilmente observado na prática clínica: o zumbido pode alterar o desempenho do sujeito em suas atividades profissionais e sociais e de lazer, interferindo até mesmo nas relações familiares. Infelizmente, os tratamentos médicos tradicionais se mostram ineficazes na maioria dos casos, e até hoje não se conhece um tratamento capaz de curar totalmente o zumbido, entendendo-se por cura a eliminação dos seus mecanismos 3

17 Introdução de geração. No entanto, a ausência da possibilidade de cura não quer dizer que nada possa ser feito pelo paciente com tal queixa. Diversas terapias, tais como a Terapia do Mascaramento, a Terapia Cognitiva, a Acupuntura, o Biofeedback, a Tinnitus Retraining Therapy (TRT) entre outras, visam diminuir tanto as reações e o incômodo desencadeamos pelo sintoma, quanto reduzir ao máximo a percepção do zumbido. Este é um trabalho que foi realizado em uma clínica de Campinas, S.P., a partir do levantamento de prontuários de pacientes cuja queixa principal era o zumbido e que haviam procurado a clínica para iniciar a TRT (Tinnitus Retraining Therapy). Com o conhecimento das principais características de cada paciente, desde seus antecedentes familiares, antecedentes mórbidos, quadro audiológico, características auditivas e efeitos não-auditivos do zumbido, temos como principal objetivo entender a dimensão das queixas e o perfil dos pacientes que procuraram por este tratamento. 4

18 2. REVISÃO DA LITERATURA

19 Revisão da Literatura Por questões didáticas a revisão da literatura está dividida em sub-itens que discursam a respeito da neurofisiologia, da ocorrência e dos fatores endógenos (sexo, idade, doenças, características audiológicas, características do zumbido e fatores psicossociais) e exógenos (ruído, álcool, fumo, cafeína) relacionados ao zumbido, sua relação com as hipersensibilidades a sons e as principais linhas de tratamento. O Commitee on Hearing, Bioacoustics and Biomechanics definiu zumbido como "a experiência sonora consciente originária da cabeça de quem o possui" (McFADDEN, 1982). Outros autores o definiram como uma percepção auditiva fantasma (JASTREBOFF, 1990; SANCHEZ et al., 1997). Segundo a American Tinnitus Association (1997), trata-se de uma experiência na qual o indivíduo ouve um som na ausência de um estímulo sonoro correspondente. 2.1 Neurofisiologia O zumbido oferece à neurosciência uma questão desafiadora, que pouco a pouco tem sido respondida. HALLAM et al. (1984) hipotetizaram que a exposição repetida e persistente a altos níveis de estímulo auditivo ou a associação do aumbido a um significado afetivo impediria a habituação a este som "fantasma", denominado zumbido. Os autores sugeriram que os sistemas neurais envolvidos na percepção do zumbido estariam ligados ao hipocampo, uma parte do sistema límbico que é a porta de entrada para os centros mediadores de controle emocional e importante componente do sistema de memória. Afirmaram ainda que a severidade do impacto psicológico do zumbido deveria depender da natureza e extensão das transformações plásticas dentro do sistema auditivo central. 6

20 Revisão da Literatura Dados clínicos mostraram que a descrição psicoacústica do zumbido, tal como freqüência, intensidade e nível mínimo de mascaramento, não tinham nenhum valor prognóstico e estavam vagamente associados ao nível de incômodo provocado pelo zumbido (HAZELL et al., 1985; JASTREBOFF, 1990). Como a severidade do zumbido não apresenta correlação imediata com suas características psicoacústicas, outros fatores deveriam determinar o impacto emocional causado por ele. Movido ainda pelo questionamento de como sinais contínuos e relativamente fracos podem ser discriminados das outras atividades espontâneas sem provocar e não sofrer habituação, JASTREBOFF (1990) realizou uma pesquisa em ratos a partir do paradigma comportamental de Pavlov que se baseia na técnica de supressão e da avaliação eletrofisiológica da atividade espontânea de células do colículo inferior. Seus achados confirmaram a hipótese de que o zumbido seria resultado de uma atividade neural aberrante das vias auditivas internas, que é interpretada pelos centros auditivos superiores como sendo som. Contudo, ressaltou que o zumbido, tal qual fora descrito em seu trabalho, deveria ser totalmente diferenciado do somato-som, que é resultado de fluxo sangüíneo anormal ou de atividade miogênica. Ele propôs, então, que o resultado da interação dinâmica entre os centros auditivos e não-auditivos do sistemas nervoso, especialmente do sistema límbico e do sistema nervoso autônomo, fosse responsável pelo desencadeamento de associações emocionais negativas e reações de incômodo referidas pelos pacientes com zumbido clinicamente significativo. Portanto, o fator diferenciador entre a pessoa que tem zumbido e o ignora totalmente e aquela que tem desconforto significativo com o zumbido seria a habilidade que o indivíduo tem de se habituar a ele. A definição clássica de habituação é "um procresso fisiológico caracterizado pelo declínio progressivo de respostas às estimulações repetitivas (NORRÉ, 1979). A habituação apenas ocorre se o estímulo for neutro, 7

21 Revisão da Literatura ou seja, livre de associações com estados emocionais negativos. Assim sendo, JASTREBOFF (1990) e JASTREBOFF e JASTREBOFF (2000) sugeriram que a associação do zumbido com situações desagradáveis (por ser contínuo, repetitivo e fora do controle da pessoa) ou de perigo (associação com doenças graves, perda de audição e outros) contribuiria para a percepção do zumbido e aumento do incômodo. A presença contínua do estímulo, neste caso, aumentaria ainda mais o incômodo, que por sua vez, reforçaria a ativação dos centros de percepção. LOCKWOOD (1999) estudou a percepção do zumbido usando os avanços recentes na imagem da PET (Positron Emission Tomography), que tornaram possíveis a identificação de regiões do cérebro responsáveis pela produção de sensações subjetivas transientes. Avaliou um pequeno grupo de indivíduos com zumbido de grau leve a severo em freqüências altas, deficiência auditiva neurossensorial de leve a moderada, e com a característica de conseguirem alterar a intensidade do zumbido com movimentos oro-faciais e comparou seus resultados a um grupo-controle. Observou que um tom externo apresentado em uma cóclea produzia ativação bilateral do córtex auditivo no grupo com zumbido e no grupocontrole. Em contrapartida, nos indivíduos com alteração de intensidade do zumbido por movimentos oro-faciais eles observaram uma ativação apenas unilateral oposta ao lado do zumbido. A partir de tais resultados concluiu que (i) uma porção mais central das vias auditivas, e não a cóclea, é responsável pela atividade espontânea neural que provoca o zumbido; (ii) a localização perceptual do zumbido parece estar ligada à atividade do hemisfério cerebral oposto e; (iii) a habilidade de alguns pacientes de modular o zumbido com movimentos oro-faciais evidenciaria a existência de ligações neurais entre os centros auditivo e áreas sensório-motoras do SNC. 8

22 Revisão da Literatura 2.2 Prevalência/Incidência do Zumbido Neste item, buscamos na literatura as características quanto à idade e o sexo de diversas populações com zumbido clinicamente significante. Em um estudo realizado em 50 pacientes atendidos em um ambulatório otorrinolaringológico com queixa principal de zumbido, FUKUDA et al. (1990) encontraram em indivíduos entre 50 e 70 anos a maior proporção de portadores de zumbido, sem diferenças estatisticamente significativas entre os sexos. MARTINS (1991) observou a ocorrência do zumbido em aproximadamente 50% dos 467 pacientes que se submeteram à avaliação audiológica e/ou otoneurológica em um hospital de São Paulo e descreveu suas características. A autora não evidenciou uma relação direta entre a presença do zumbido e a idade ou sexo. SANCHES et al. (1999) estudaram um grupo de 1453 idosos entre 70 e 103 anos, no qual encontraram 17,6% de indivíduos com zumbido e não observaram diferença significativa em função do sexo. Na Alemanha, 24% da população tem ou já teve alguma vez "barulho" na orelha ou na cabeça, 3,6% da população tem ou teve zumbido durante mais de um mês, 53% dos indivíduos com zumbido crônico relatavam também ter perda auditiva, mas somente 7,5% destes usavam prótese auditiva, segundo PILGRAMM et al. (1999). Em uma investigação epidemiológica feita com adultos na Polônia, FABIJANSKA et al. (1999) apontaram para a alta incidência do zumbido no país. Os resultados indicaram a presença de zumbido ocasional (com duração de mais de 5 9

23 Revisão da Literatura minutos) em 20,1% da população, o zumbido constante afetava em 4,8%, e a hiperacusia é percebida por 15,2% da população. No Brasil, SANTOS et al. (1999) investigaram a ocorrência da queixa de zumbido em uma clínica audiológica de São Paulo. Dos 406 pacientes avaliados no período de seis meses, 58% apresentaram queixa de zumbido, sendo que, destes, 68% eram do sexo feminino e 32% eram do sexo masculino. Eles avaliaram pacientes entre idades 5 e 92 anos, e a ocorrência da queixa de zumbido foi mais freqüente em mulheres na faixa etária de 55 a 75 anos (69%). BRANCO (1999) analisou 1405 prontuários dos pacientes adultos atendidos no Setor de Audiologia da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e identificou 20,78% com queixa de zumbido. Destes, 60,28% eram do sexo feminino e 39,72% do sexo masculino. A maioria dos pacientes com zumbido e/ou hiperacusia que procuraram Oregon Tinnitus & Hyperacusis Treatment Center (disponível em 19/11/2000) para Terapia de Habituação do Zumbido (TRT) era do sexo masculino (64%), com idades entre 14 e 89 anos e média etária de 42 anos. 2.3 Fatores associados ao zumbido Menos de 0,5% dos casos de zumbido são resultado de uma lesão que possa ser prontamente identificada e retificada com sucesso (SIMPSON, 1999). Por ser um sintoma, e não uma doença, pode estar associado à inúmeras doenças sistêmicas, otológicas e psiquiátricas, embora tal correlação nem sempre possa ser comprovada. Outros fatores, tais como exposição a ruídos e a agentes químicos e a ingestão de cafeína, álcool e fumo e a relação entre zumbido e hipersensibilidades a sons também são consideradas na literatura, e serão descritas a seguir. 10

24 Revisão da Literatura Doenças relacionadas ao zumbido Dos 50 pacientes avaliados por FUKUDA et al. (1990), 58% relataram tonturas ou vertigens e 50% relataram intolerância à sons intensos, seguidos por queixas de cefaléia (48%), sensação de pressão nos ouvidos (46%), hipertensão arterial sistêmica (16%), diplacusia (16%) e otalgia (12%). Entre as várias condições médicas que podem causar ou afetar a presença do zumbido, SCHLEUNING (1997) descreveu as seguintes: Doenças otológicas: doença de Ménière, otite média crônica, otosclerose, surdez súbita e neuroma do acústico. Alterações cardiovasculares: 37% das pessoas com zumbido têm uma ou mais doenças cardio-vasculares. Tal ocorrência pode estar ligada à idade avançada dos portadores de zumbido. O autor destacou a hipertensão arterial, a anemia, arteriosclerose, e alterações do fluxo sangüíneo venoso. Doenças metabólicas: diabete e doenças da tireóide são as mais comuns, seguidos por níveis elevados de colesterol e hiperlipidemia, embora a ocorrência de tais doenças em indivíduos com zumbido não seja significativamente maior que em outra população de idade semelhante. Doenças neurológicas: traumatismos cranianos estão associados à 10% dos casos de zumbido severo. Meningite e esclerose múltipla também podem ser acompanhadas de zumbido, com ou sem perda auditiva. Fatores odontológicos: desordens da articulação têmporo-mandibular (ATM), bruxismo e dores de dente parecem estar associados à piora do zumbido. 11

25 Revisão da Literatura Segundo SISMANIS (1997), o zumbido pulsátil difere do zumbido contínuo quanto a etiologia e quanto ao tratamento. Ele ressalta a importância da avaliação detalhada de um otorrinolaringologista ou de um cirurgião de cabeça e pescoço. O autor relatou que o zumbido pulsátil geralmente é originário de estruturas vasculares da cabeça e do pescoço, em alguns casos pode ser ouvido por outras pessoas, na maioria das vezes é sincrônico com a pulsação arterial e quase sempre o fator causal pode ser tratado, com abolição do sintoma. As principais causas do zumbido pulsátil são: a síndrome de hipertensão intracraniana benigna, o glomus, a arterosclesores da artéria carótida, a hipertensão arterial, artérias tortuosas (máformação), a displasia fibromuscular, lesões vasculares intra-cranianas e causas não-vasculares (mioclonias). WALDVOGEL et al. (1998) consideraram o zumbido pulsátil um sintoma raro, mas destacaram que este pode ser a primeira ou a única manifestação de uma doença grave. A partir da análise de 84 pacientes, enumeraram as principais desordens responsáveis pelo sintoma. Os problemas vasculares foram responsáveis por 54%, os não-vasculares por 14% dos casos e, em 32% dos indivíduos, não foi possível estabelecer a etilogia do zumbido pulsátil. GANANÇA (1999) citou o zumbido como uma das manifestações clínicas da Doença de Ménière, um quadro clínico composto também por vertigem aguda, hipoacusia, e sensação de plenitude auricular. Um levantamento das possíveis causas de zumbido que mais acometiam os pacientes do Oregon Tinnitus & Hyperacusis Treatment Center (disponível em 19/11/2000) apontou em primeiro lugar para o trauma acústico, seguido dos traumatismos cranianos, das reações a medicamentos e das desordens autoimunes. 12

26 Revisão da Literatura Características Audiológicas Na audiometria tonal liminar de pacientes com zumbido, FUKUDA et al. (1990) encontraram 23% das orelhas com níveis auditivos normais, 65% com perda auditiva neurossensorial, 5% com perda mista, 4% com perda condutiva e 3% com anacusia. MARTINS (1991) notou relação direta entre a presença do zumbido e as características do quadro audiológico. Observou que a localização do zumbido estava diretamente ligada ao quadro audiológico do paciente em função da presença ou não de alterações auditivas e da simetria entre as orelhas sem, contudo, sofrer influência do tipo de perda auditiva. Tendo encontrado a ocorrência de zumbido em indivíduos com audição normal, questionou ainda se o zumbido poderia ser um sintoma indicativo de uma futura perda auditiva ou de uma alteração já existente, porém ainda não detectada pelos métodos convencionais de avaliação auditiva. De acordo com KIRKWOOD (1995), haveria uma forte relação entre o zumbido e a perda auditiva. Em seu levantamento, cerca de 20% dos pacientes com perda auditiva apresentaram queixa de zumbido, enquanto 90% dos pacientes com zumbido intenso tinham perda auditiva. A importância das freqüências altas na classificação do grau da perda auditiva foi descrita por SILMAN e SILVERMAN (1997). Segundo os autores, a sensibilidade auditiva destas freqüências interferiria na audição de pessoas que fazem uso de próteses auditiva tanto no ruído quanto em ambiente silencioso, assim como seriam importantes para o aproveitamento auditivo de pessoas com audição normal na presença de ruído competitivo. 13

27 Revisão da Literatura SCHLEUNING (1998) chamou a atenção à necessidade da avaliação das freqüências altas, entre 3000 e 8000 Hz, pois mais de três quartos dos seus pacientes com zumbido tinham limiares tonais de 30 db ou mais nas freqüências citadas. Segundo SANTOS et al. (1999), o quadro audiológico mais encontrado nos pacientes com queixa de zumbido foi a perda auditiva neurossensorial, em 55% dos casos, e de configuração descendente, em 64,5% dos casos. Contudo, os autores atribuíram tais achados ao fato de grande parte desta população ter acima de 55 anos. Eles enfatizaram, ainda a presença de 27% de indivíduos com queixa de zumbido que apresentavam audição normal. Já SANCHES et al. (1999), estudando um grupo de idosos com zumbido, observaram que estes apresentaram pior desempenho nos testes de audição, em comparação ao grupo de idosos sem queixa de zumbido Características do zumbido Na a população avaliada por FUKUDA et al. (1990), a localização do zumbido em 28% dos casos era unilateral à direita, em 36% era unilateral à esquerda, em 36% era bilateral e em 10% na cabeça. MARTINS (1991) constatou uma estreita relação entre a localização do zumbido e o quadro audiológico. Não observou diferenças significativas entre a ocorrência de zumbido no ouvido direito e no ouvido esquerdo em indivíduos com perdas auditivas simétricas, mas observou uma maior ocorrência de zumbido ipsilateral ao lado de maior perda auditiva quando a perda era bilateral e assimétrica (81,6%), e um maior número de zumbido uni e ipsilateral à perda auditiva (80,0% e 48,4% respectivamente) em perdas unilaterais e bilaterais assimétricas. Identificou também a ocorrência de zumbido bilateral com 14

28 Revisão da Literatura predomínio do lado ipsi-lateral à lesão em perdas auditivas unilaterais (6,0%) e bilaterais assimétricas (29,7%) e a tendência à maior ocorrência de zumbido bilateral e na cabeça nos indivíduos com quadro audiológico normal (55,3%). BRANCO (1998), sugeriu a adoção do termo lateralidade para descrição do lado em que o paciente percebe o zumbido, por se referir à localização de uma percepção na cabeça, ao passo que o termo localização diria respeito à determinação da direção da fonte sonora. No Oregon Tinnitus & Hyperacusis Treatment Center (disponível em 19/11/2000), que recebe pacientes com zumbido e hiperacusia para Terapia de Habituação do Zumbido (TRT), o zumbido de instalação gradual foi a queixa de 68% dos indivíuduos, enquanto o zumbido de instalação repentina acometeu 32% dos pacientes Aspectos psicossociais dos pacientes com zumbido JASTREBOFF (1990) relatou que a análise psicológica de pacientes com zumbido revelou haver correlação entre a incidência de depressão e o zumbido, embora tenha ressaltado que o zumbido seria uma desordem fisiológica do sistema auditivo e não uma desordem psicológica ou psiquiátrica. Em sua casuística, FUKUDA et al. (1990) encontraram entre os sintomas associados ao zumbido a labilidade emocional/irritabilidade em 44% dos casos, a depressão em 38%, e os distúrbios do sono em 46% dos pacientes avaliados. MC KEE e STEPHENS (1992) submeteram um grupo de indivíduos com zumbido e outro sem zumbido a um teste para a mensuração dos traços de tendência neurótica na personalidade (Crown - Crisp Index) e encontraram traços 15

29 Revisão da Literatura neuróticos acentuados nos indivíduos com zumbido, concluindo que tais traços poderiam ser secundários ao zumbido. Estudando indivíduos adultos com audição normal e queixa de zumbido, BRANCO (1998) aplicou um questionário baseado no proposto por Newman et al. (1996) para avaliar o handicap dos pacientes com queixa de zumbido e audição normal. Os resultados refletiram um grau leve de handicap, com valores maiores nos sujeitos que tinham zumbido há menos tempo. Relatou ainda que a sensação de freqüência (pitch) do zumbido não teria relação com o grau de handicap, ao contrário do que ocorreu com e a sensação de intensidade (loudness) do zumbido, pois em sua amostra, quanto mais forte era o zumbido, maior era o handicap observado. O grupo de idosos com zumbido estudado por SANCHES et al. (1999) apresentou pior desempenho nos testes de qualidade de vida, principalmente devido à dificuldade para dormir e depressão mais grave em relação ao grupo de idosos sem queixa de zumbido. LINDBERG e SCOTT (1999) aplicaram testes psicológicos e compararam as respostas de indivíduos adultos com zumbido não-significativo clinicamente às respostas de indivíduos com zumbido clinicamente importante, isto é, de pessoas que procuraram ajuda profissional para lidar com o zumbido. Os testes usados foram: Life Orientation Test (LOT), Spilberger Trait Anger Scale (STATS-T), Negative Mood Scale (NM), State-Trait Anxiety Inventory (STAI-S), Daily Hassles Scale, e Center for Epidemiological Studies' Depression Scale (CES-D). O grupo de indivíduos com zumbido que havia procurado ajuda profissional teve pontuações altas nas medidas psicológicas da depressão, da reação ao estresse e da ansiedade. Eles apresentaram ainda mais problemas somáticos e cognitivos nas áreas da concentração e do sono, por exemplo. Apresentaram, portanto, problemas psicológicos em grau mais severo e outros problemas multifatoriais 16

30 Revisão da Literatura associados ao zumbido. Os autores defenderam que as diferenças de fatores psicológicos individuais, como as respostas psicológicas a problemas específicos ou situações do dia-a-dia, seriam fatores preditores da capacidade individual para lidar e para se adaptar com o zumbido e, portanto, poderiam influenciar o processo terapêutico. FORMER et al. (1999) compararam a sensação de intensidade (loudness) e de severidade do zumbido em 121 pacientes com depressão e em 285 sem história de depressão por meio de um questionário. Embora não tenham encontrado diferenças significantes em relação à intensidade do zumbido, observaram que pacientes com depressão tiveram um pontuação significativamente mais alta nas perguntas sobre a severidade do zumbido, o que os levaram a concluir que a depressão estaria ligada à severidade do zumbido em alguns pacientes. McKENNA e HALLAM (1999) afirmaram que o zumbido estaria associado a dificuldades em funções cognitivas tais como a concentração e as habilidades intelectuais, mas que muitas vezes estes sinais estariam mascarados pelos efeitos das perdas auditivas associadas ao zumbido. SIBELLE e VESTERAGER (1999) mostraram a grande importância da inclusão do contexto psicossocial na compreensão da psicodinâmica dos indivíduos com zumbido por meio da pesquisa realizada com 407 pacientes com zumbido severo. Eles observaram a presença de doenças psicossomáticas, de distúrbios psiquiátricos, suas relações com o status empregatício dos pacientes e compararam os achados com os dados da população geral realizado pela Danish National Board of Health, Entre o grupo de pacientes com zumbido severo, 22% era composto por desempregados, aposentados precoces ou indivíduos sob a ação da Assistência Social, o que foi considerada uma proporção significativamente alta. De todos os pacientes com zumbido severo, 43% apresentavam outras doenças físicas, sendo que destes, 52% eram 17

31 Revisão da Literatura desempregados, aposentados precoces ou indivíduos sob a ação da Assistência Social. Na população geral, estes números variavam de 20% para os homens, à 33% nas mulheres. Os autores encontraram, ainda, distúrbios psiquiátricos em 24% dos pacientes com zumbido severo, enquanto na população geral, este índice era de apenas 2%. A pesquisa revelou que 61% dos pacientes com zumbido severo apresentavam um ou mais distúrbios psicossomáticos. Nesta amostra, 53% dos pacientes empregados sofriam de estresse, 89% dos estudantes tinham problemas com a concentração e o estresse, 32% dos desempregados, aposentados precoces ou indivíduos sob a ação da Assistência Social tinham dores e, 7,33% dos pensionistas aposentados por idade apresentavam problemas para dormir e outros distúrbios psicossomáticos Ruído MARTINS (1991), considerou a perda auditiva induzida por ruído (PAIR) a alteração audiológica mais relacionada com a presença de zumbido. ZIMMERMANN (1998) estudou 200 trabalhadores expostos a ruído, e observou a prevalência do zumbido em 15,5% dos trabalhadores. Relacionando-o com o quadro audiológico, concluiu que 33,3% dos indivíduos com perda auditiva induzida por ruído apresentavam zumbido, enquanto a prevalência nos grupos com outras alterações auditivas e com audição normal foi, respectivamente, 20% e 9,7%. Segundo KALTENBACH e AFMAN (2000), o zumbido decorrente de PAIR (Perda Auditiva Induzida por Ruído) é tipicamente de intensidade fraca, entre 5 e 30 dbna, e de freqüência alta, acima de Hz e freqüentemente acima de Hz. Estudando cobaias em laboratório, os autores mostraram que a principal causa de zumbido crônico seria a exposição prolongada a sons intensos, devido à hiperatividade do núcleo coclear dorsal (NCD). Eles estudaram o efeito da 18

32 Revisão da Literatura exposição a um tom de Hz em forte intensidade (127 db NPS) em cobaias e observaram, através de análises eletrofisiológicas, o aumento da atividade espontânea (hiperatividade) do núcleo coclear dorsal (NCD). Os dados colhidos mostraram que a magnitude da hiperatividade do NCD dos animais expostos ao som era equivalente à atividade evocada normal de NCD respondendo a um estímulo de 20 dbna. Tais resultados sugerem que a alteração do NCD após exposição intensa ao tom de Hz se comporta fisiologicamente, como se estivesse respondendo à presença de um tom de Hz na intensidade de 20 dbna. ALTAHONA et al. (2000) aplicaram em um grupo de jovens um questionário sobre a percepção da intensidade do ruído usado no lazer, a presença de ruído relacionado a essas atividades e outros possíveis sintomas associados à perda auditiva. Todos os indivíduos foram avaliados através de audiometria tonal e emissões oto-acústicas por produto de distorção (EOAPD). Os resultados revelaram uma alta porcentagem de jovens que experenciavam zumbido ocasionalmente, e levaram os pesquisadores a questionar se o zumbido não poderia refletir uma lesão do sistema auditivo que pudesse ser considerada como predisponente ao desenvolvimento de perda auditiva induzida por ruído (PAIR). De acordo com OLSEN (2001), o zumbido seria o primeiro sinal de uma exposição a estímulo sonoro intenso e poderia ser o sintoma de uma perda auditiva temporária (Temporary Threshold Shifts ou TTS). Ele citou também que o número de pessoas com perda auditiva induzida por ruído (PAIR) afetadas por zumbido seria elevado, e aumentaria com o agravamento da perda auditiva Drogas, cafeína, nicotina e álcool Segundo SCHLEUNING (1998), os efeitos colaterais de medicamentos e drogas, tais como: Ácido Acetilsalicílico, mesmo em doses pequenas; anti- 19

33 Revisão da Literatura inflamatórios não-esteróides; antibióticos aminoglicosídeos, principalmente quando administrados concomitantemente a diuréticos; sedativos e anti-depressivos tricíclicos, poderiam causar ou piorar o zumbido. O autor também explicou que, por serem estimulantes e provocarem a constrição dos vasos sangüíneos, a ingestão de cafeína (café, bebidas cafeinadas, chocolates) e nicotina poderiam piorar o quadro do zumbido. Segundo ele, muitos médicos acreditam que 50% dos pacientes com queixa de zumbido melhoram significativamente quando deixam de fumar ou diminuem significativamente a ingestão de cafeína. Os efeitos do consumo de álcool em pacientes com zumbido foi examinado por STEPHENS (1999). Oitenta e quatro por cento dos 51 pacientes analisados relataram piora do nível do zumbido com o consumo de álcool, 73% relatavam ficar mais conscientes do zumbido, 49% disseram que o zumbido piorava no dia seguinte à ingestão de álcool e, 47% percebiam aumento do sono. Não houve diferença nos efeitos do álcool sobre o zumbido em função do tipo de bebida Zumbido e Hipersensibilidade a Sons No Brasil, FUKUDA et al. (1990) encontraram que 50% dos 50 pacientes com zumbido que foram avaliados relataram ter intolerância à sons intensos. O resultado da aplicação de um questionário à população clínica de SANCHES e STEPHENS (1997) mostrou a hipersensibilidade a sons como um sintoma relacionado a 8% dos casos de zumbido. Já a pesquisa realizada pela American Tinnitus Association encontrou que apenas 0,3% dos pacientes com zumbido apresentavam hiperacusia associada. Destes, 53% a classificavam como pior que o zumbido e 25% a classificavam como equivalente (VERNON e PRESS, 1998). 20

34 Revisão da Literatura GOLD et al. (1999) encontraram para uma incidência de hipersensibiliade a sons (hiperacusia e/ou fonofobia) em 40% dos casos de zumbido atendidos no Tinnitus and Hyperacusis Center University of Maryland at Baltimore, E.U.A. FABIJANSKA et al. (1999) afirmaram que 40% da população que referia ter zumbido apresentavam também hiperacusia. Embora não existam dados sobre a prevalência da hipersensibilidade a sons na população geral e ainda sejam poucas as pesquisas sobre sua ocorrência em associação com o zumbido ou a perda auditiva, SANTOS (2000) encontrou, em vasta revisão da literatura, cerca de 50% dos trabalhos científicos publicados na área associaram a hiperacusia ao zumbido, reforçando a idéia de que houvesse estreitas ligações entre os dois sintomas. Achados do Oregon Tinnitus & Hyperacusis Treatment Center (19/11/2000) mostraram a ocorrência concomitante de hiperacusia e zumbido em 45% dos casos atendidos. 2.4 Tratamentos Em 1990, JASTREBOFF era pessimista quanto às perspectivas para uma cura do zumbido. Embora considerasse que o paciente pudesse obter algum alívio com técnicas de mascaramento auditivo e estimulação elétrica, medicamentos e outros métodos, a maioria das abordagens parecia atuar sobre a atitude do paciente em relação ao zumbido, e não nos mecanismos geradores do zumbido. A partir do desenvolvimento do modelo neurofisiológico do zumbido proposto por JASTREBOFF (1990), JASTREBOFF e HAZELL (1993) propuseram um novo conceito na terapia do zumbido, a TRT - Tinnitus Retraining Therapy (Terapia de Habituação do Zumbido), em que o objetivo não seria alterar os mecanismos de 21

35 Revisão da Literatura geração do zumbido, sejam eles cocleares ou centrais, mas induzir e facilitar a habituação do sinal do zumbido. Segundo os autores, o zumbido provocaria uma série de respostas do Sistema Nervoso Autônomo que evidenciariam ou aumentariam os sentimentos de ansiedade, frustração e estresse. A remoção das associações negativas relacionadas ao zumbido, por meio de sessões de orientação em que o paciente compreenderia o funcionamento da audição e os mecanismos de percepção do zumbido, pode ser suficiente para promover a habituação da reação ao zumbido, ou seja, o paciente não deixaria de perceber o zumbido, mas sim de se incomodar com ele. Os autores enfatizaram ainda a necessidade da adoção concomitante da Terapia Sonora, que provê a entrada constante de estímulo auditivo no sistema auditivo, seja por meio de geradores de som pessoais, de próteses auditivas ou de sons ambientais. A escolha do tipo de aparelho usado, ou mesmo o não uso de aparelhos dependerá da categoria do paciente. O tratamento consistiria de uma consulta inicial, em que o paciente passaria por uma avaliação médica e audiológica para que se obtenha o diagnóstico e se faça a opção pela abordagem mais adequada à sua categoria, sessão de orientação e adaptação de aparelhos quando necessário, e uma série de sessões de acompanhamento, que seriam cruciais para o alcance dos objetivos estabelecidos. Segundo os autores, os primeiros resultados da TRT já poderiam ser percebidos pelo paciente nos primeiros meses de tratamento, mas a melhora seria mais perceptível após um ano de tratamento. Para prevenir a ocorrência de recaídas, sugeriram que o tratamento tivesse a duração mínima de 18 meses. Estudos retrospectivos dos pacientes atendidos na University of Maryland Tinnitus and Hyperacusis Center citados pelos pesquisadores apontaram para uma taxa de 80% de sucesso da TRT, tendo esta abordagem demonstrado ser bastante efetiva e sem contra-indicações ou efeitos colaterais. De maneira semelhante à sessão de orientação proposta por JASTREBOFF e HAZELL (1993), GREIMEL et al. (1999) defenderam a adoção de estratégias que interferissem nas crenças e teorias implícitas dos pacientes sobre seu próprio 22

36 Revisão da Literatura zumbido, diminuindo assim os efeitos que este sintoma poderia trazer para o paciente e ajudando-o a modificar seu comportamento frente ao problema. Segundo a American Tinnitus Association (1997), os principais tratamentos do zumbido incluem: uso de amplificação, mascaramento, biofeedback, tratamento medicamentoso, Tinnitus Retraining Therapy (TRT), tratamento dentário, aconselhamento, implantes cocleares e estimulação elétrica. LINDBERG e SCOTT (1999) admitiram que a diferenciação psicológica entre pessoas que sofrem com o zumbido e pessoas que se habituaram a ele espontaneamente ainda não estaria completamente compreendida, mas alertaram para a possibilidade de que uma abordagem terapêutica que privilegie apenas a habituação neurofisiológica e sensorial pudesse ser menos eficiente que outra que incluísse a intervenção psicológica comportamental e cognitiva. Já os tratamentos farmacológicos para o tratamento do zumbido não evoluíram tanto quanto a compreensão do problema (SIMPSON e DAVIES, 1999). Revisando os tratamentos tradicionais mais adotados no controle do zumbido, os autores separaram os remédios mais indicados para o tratamento do zumbido em cinco categorias: Lidocaína; ansiolíticos, sedativos e hipnóticos; anticonvulsivantes; vasodilatadores e; reguladores osmóticos. De todos estes, os mais indicados foram os anti-depressivos e os ansiolíticos, particularmente as benzodiazepinas. Eles consideraram, ainda, que a indicação cirúrgica especificamente para o zumbido seria muito rara, embora tenham admitido que diversos procedimentos cirúrgicos poderiam conferir uma alívio incidental ao sintoma. FORMER et al. (1999) propuseram o uso de medicamentos antidepressivos e psicoterapia para reduzir a severidade do zumbido. 23

37 Revisão da Literatura RADHA-ROSE (2000) elaborou um programa para redução do zumbido e da hiperacusia que incluia a combinação da terapia cognitiva e de exercícios de meditação, respiração e alongamento, chamado Tinnitus Reduction Program (TRP), e relatou ter obtido bons resultados a partir do terceiro mês de terapia. 24

38 3. MATERIAL E MÉTODOS

39 Material e Métodos Foram levantados os prontuários de todos os pacientes com queixa de zumbido atendidos entre maio de 1999 e junho de 2000 que buscaram a Terapia de Habituação do Zumbido (TRT) em uma clínica de Campinas, S.P., de acordo com o consentimento da coordenação da mesma (ANEXO I). audiológicos. Dos prontuários foram coletados os dados da anamnese e dos achados 3.1 Anamnese Todos os dados dos prontuários foram obtidos durante a anamnese clínica para a TRT sugerida por JASTREBOFF et al. (1998), traduzida e adaptada para o português, e compilados para um questionário resumido que foi elaborado para esta pesquisa (ANEXO II). Para inclusão na pesquisa, foram considerados apenas os prontuários que continham todas as informações requeridas pelo referido questionário. Em todos os casos o informante foi o próprio paciente e a entrevistadora foi a pesquisadora. 3.2 Achados Audiológicos Os dados audiológicos provieram das audiometrias trazidas pelos pacientes já na primeira consulta ou de exames audiométricos realizados logo após o encaminhamento a outros serviços Audiometria Tonal Devido à importâncias das freqüências altas na caracterização do quadro audiológico dos pacientes com queixa de zumbido (SCHLEUNING, 1998), as audiometrias tonais por via aérea (V.A.) e via óssea (V.O.) foram classificadas de acordo com os critérios de tipo e grau de perda auditiva propostos por SILMAN e SILVERMAN (1998), que são descritos a seguir. 26

40 Material e Métodos Grau da Perda Auditiva Os critérios e procedimentos para classificação do grau da perda auditiva nas freqüências baixas e médias (500, 1000 e 2000 Hz) e nas freqüências altas (3000 e 4000 Hz) são descritos no Quadro 1. As médias encontradas na região de freqüências baixas-médias e na região de freqüências altas foram utilizadas para classificação do grau de perda, conforme mostra o Quadro 2. Dessa forma, dependendo da configuração audiométrica poderíamos encontrar todas as combinações entre os graus de perda auditiva, como por exemplo: normal/leve, normal/severo, moderado/moderado, severo/moderado, moderado/profundo, etc. 27

41 Material e Métodos Quadro 1. Critérios e procedimentos para classificação do grau da perda auditiva nas freqüências baixas e médias (500, 1000 e 2000 Hz) e nas freqüências altas ( 3000 e 4000 Hz). Critério Procedimento para determinar a média com base em uma, duas ou três freqüências Freqüências baixas e médias 1. Se o limiar de 500 Hz varia até 20 db Média tradicional das três freqüências do limiar de 2000 Hz 2. Se o limiar de 500 Hz varia mais de Média das duas freqüências piores 20 db do limiar de 2000 Hz mas não há diferença maior que 20 db entre as duas piores freqüências 3. Se o limiar de 500 Hz varia mais de Média entre a pior freqüências e a 20 db do limiar de 2000 Hz e há inter-oitava das duas piores freqüências diferença maior que 20 db entre as duas piores freqüências Freqüências altas 1. Se o limiar de 2000 Hz varia até 20 Considerar o limiar de 4000 Hz db do limiar de 4000 Hz 2. Se o limiar de 2000 Hz varia mais de Média dos limiares de 3000 e 4000 Hz 20 db do limiar de 4000 Hz Quadro 2. Classificação do grau da perda auditiva db NA Grau < 26 Audição normal Leve Moderado Severo > 90 Profunda 28

42 Material e Métodos Tipo da Perda Auditiva Condutiva: limiares de V.O. normais (até 15 dbna) e limiares de V.A. rebaixados (abaixo de 25 dbna), com diferencial aéreo-ósseo igual ou superior a 15 db; neurossensorial: limiares de V.O. e V.A. rebaixados (abaixo de 15 dbna e de 25 dbna respectivamente), e sem diferencial aéreo-ósseo significativo (no máximo 10 db); e mista: limiares de V.O. e V.A. rebaixados (abaixo de 15 dbna e de 25 dbna respectivamente), e com presença de diferencial aéreo-ósseo significativo (acima de 15 db) Configuração da Curva Audiométrica Para caracterização da configuração da curva audiométrica, foram usados os critérios propostos por SANTOS e RUSSO (1991), descritos abaixo: perda auditiva horizontal: perda semelhante em todas freqüências; perda auditiva descendente: maior nas freqüências altas; perda auditiva ascendente: maior nas freqüências baixas; perda auditiva em "U": maior nas freqüências médias; perda auditiva irregular: curvas que não se enquadram em nenhuma das anteriores. Os achados foram colocados em tabelas e foram comparados entre si. O cruzamento dos dados, assim como a análise estatística pertinente dos achados foram feitos com o auxílio do programa EPINFO, versão

DOENÇAS DO OUVIDO E DA APÓFISE MASTÓIDE (H60 H95) Justificativa Tipos N máximo de sessões Pedido médico + Laudo médico + Exames complementares

DOENÇAS DO OUVIDO E DA APÓFISE MASTÓIDE (H60 H95) Justificativa Tipos N máximo de sessões Pedido médico + Laudo médico + Exames complementares DOENÇAS DO OUVIDO E DA APÓFISE MASTÓIDE (H60 H95) Guias SP/SADT Protocolo Conduta Indicação Clinica Perda Auditiva Justificativa Tipos N máximo de sessões Pedido médico + Laudo médico + Exames complementares

Leia mais

AVALIAÇÃO AUDITIVA DE BOLSISTAS VINCULADOS A UM PROJETO EXTENSIONISTA SOBRE SAÚDE AUDITIVA DESENVOLVIDO NA CIDADE DE MACAÉ, RIO DE JANEIRO.

AVALIAÇÃO AUDITIVA DE BOLSISTAS VINCULADOS A UM PROJETO EXTENSIONISTA SOBRE SAÚDE AUDITIVA DESENVOLVIDO NA CIDADE DE MACAÉ, RIO DE JANEIRO. AVALIAÇÃO AUDITIVA DE BOLSISTAS VINCULADOS A UM PROJETO EXTENSIONISTA SOBRE SAÚDE AUDITIVA DESENVOLVIDO NA CIDADE DE MACAÉ, RIO DE JANEIRO. VIVIAN DE OLIVEIRA SOUSA 1 IZABELLA MENDES NOGUEIRA1 ARIADNE

Leia mais

PERDA AUDITIVA INDUZIA POR RUIDO - PAIR CENTRO ESTADUAL DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR GVSAST/SUVISA/SES/GO 1

PERDA AUDITIVA INDUZIA POR RUIDO - PAIR CENTRO ESTADUAL DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR GVSAST/SUVISA/SES/GO 1 PERDA AUDITIVA INDUZIA POR RUIDO - PAIR CENTRO ESTADUAL DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR GVSAST/SUVISA/SES/GO 1 Apesar dos diversos benefícios trazidos pelo progresso, os impactos ambientais decorrentes

Leia mais

A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders

A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders REVISÃO META-ANALÍTICA DO USO DE INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS NO TRATAMENTO DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA Publicado: Am J Psychiattry

Leia mais

PERCEPÇÃO DE SINTOMAS AUDITIVOS E NÃO-AUDITIVOS DOS MOTORISTAS DE ÔNIBUS DE TRANSPORTE

PERCEPÇÃO DE SINTOMAS AUDITIVOS E NÃO-AUDITIVOS DOS MOTORISTAS DE ÔNIBUS DE TRANSPORTE PERCEPÇÃO DE SINTOMAS AUDITIVOS E NÃO-AUDITIVOS DOS MOTORISTAS DE ÔNIBUS DE TRANSPORTE Alexandre Ramos NOVAFAPI Rita de Cássia - Orientadora - NOVAFAPI INTRODUÇÃO A saúde do trabalhador constitui uma área

Leia mais

DISLEXIA PERGUNTAS E RESPOSTAS

DISLEXIA PERGUNTAS E RESPOSTAS Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira DISLEXIA PERGUNTAS E RESPOSTAS A avaliação é importante? Muito importante. Ela é fundamental para

Leia mais

PARECER TÉCNICO Nº 16/GEAS/GGRAS/DIPRO/2016 COBERTURA: IMPLANTE COCLEAR

PARECER TÉCNICO Nº 16/GEAS/GGRAS/DIPRO/2016 COBERTURA: IMPLANTE COCLEAR PARECER TÉCNICO Nº 16/GEAS/GGRAS/DIPRO/2016 COBERTURA: IMPLANTE COCLEAR Nos termos do art. 4º, inciso III, da Lei nº 9.961, de 2000, compete à Agência Nacional de Saúde Suplementar ANS elaborar o Rol de

Leia mais

Diretrizes e Parâmetros Mínimos para Avaliação e Acompanhamento da Audição em Trabalhadores Expostos a Níveis de Pressão Sonora Elevados

Diretrizes e Parâmetros Mínimos para Avaliação e Acompanhamento da Audição em Trabalhadores Expostos a Níveis de Pressão Sonora Elevados MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO PORTARIA 3214 - NR 7 - ANEXO I - QUADRO II Diretrizes e Parâmetros Mínimos para Avaliação e Acompanhamento da Audição em Trabalhadores Expostos a Níveis de Pressão Sonora

Leia mais

5 Considerações finais

5 Considerações finais 5 Considerações finais 5.1. Conclusões A presente dissertação teve o objetivo principal de investigar a visão dos alunos que se formam em Administração sobre RSC e o seu ensino. Para alcançar esse objetivo,

Leia mais

3 Metodologia 3.1. Tipo de pesquisa

3 Metodologia 3.1. Tipo de pesquisa 3 Metodologia 3.1. Tipo de pesquisa Escolher o tipo de pesquisa a ser utilizado é um passo fundamental para se chegar a conclusões claras e responder os objetivos do trabalho. Como existem vários tipos

Leia mais

PORTARIA N.º 19, DE 09 DE ABRIL DE 1998

PORTARIA N.º 19, DE 09 DE ABRIL DE 1998 PORTARIA N.º 19, DE 09 DE ABRIL DE 1998 O Secretário de Segurança e Saúde no Trabalho, no uso de suas atribuições legais, considerando o disposto no artigo 168 da Consolidação das Leis do Trabalho, o disposto

Leia mais

DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA

DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA Como é sabido existe um consenso de que é necessário imprimir qualidade nas ações realizadas pela administração pública. Para alcançar esse objetivo, pressupõe-se

Leia mais

A situação do câncer no Brasil 1

A situação do câncer no Brasil 1 A situação do câncer no Brasil 1 Fisiopatologia do câncer 23 Introdução O câncer é responsável por cerca de 13% de todas as causas de óbito no mundo: mais de 7 milhões de pessoas morrem anualmente da

Leia mais

PROJETO DE LEI N /2007

PROJETO DE LEI N /2007 PROJETO DE LEI N /2007 O Congresso Nacional decreta: Art. 1 Fica instituído o Programa de Saúde Auditiva P.S.A., de caráter permanente, com o objetivo de promover ações de prevenção, promoção e desenvolvimento

Leia mais

Quando o entardecer chega... o envelhecimento ainda surpreende muitos. Programa de Preparação para a Aposentadoria

Quando o entardecer chega... o envelhecimento ainda surpreende muitos. Programa de Preparação para a Aposentadoria Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade Física Adaptada e Saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Quando o entardecer chega... o envelhecimento ainda surpreende muitos Programa de Preparação para

Leia mais

Tabela 1. Fatores de Risco para Perda Neurossensorial (Bailey)

Tabela 1. Fatores de Risco para Perda Neurossensorial (Bailey) Triagem Auditiva A deficiência auditiva permanente, de acordo com o Consenso Europeu em Triagem Auditiva Neonatal (DAP), é definida quando a média dos limiares auditivos obtidos nas freqüências 500, 1000

Leia mais

COMO AS CRIANÇAS ENFRENTAM SUAS ALTERAÇÕES DE FALA OU FLUÊNCIA?

COMO AS CRIANÇAS ENFRENTAM SUAS ALTERAÇÕES DE FALA OU FLUÊNCIA? COMO AS CRIANÇAS ENFRENTAM SUAS ALTERAÇÕES DE FALA OU FLUÊNCIA? Autores: ANA BÁRBARA DA CONCEIÇÃO SANTOS, AYSLAN MELO DE OLIVEIRA, SUSANA DE CARVALHO, INTRODUÇÃO No decorrer do desenvolvimento infantil,

Leia mais

INTERPRETANDO A GEOMETRIA DE RODAS DE UM CARRO: UMA EXPERIÊNCIA COM MODELAGEM MATEMÁTICA

INTERPRETANDO A GEOMETRIA DE RODAS DE UM CARRO: UMA EXPERIÊNCIA COM MODELAGEM MATEMÁTICA INTERPRETANDO A GEOMETRIA DE RODAS DE UM CARRO: UMA EXPERIÊNCIA COM MODELAGEM MATEMÁTICA Marcos Leomar Calson Mestrando em Educação em Ciências e Matemática, PUCRS Helena Noronha Cury Doutora em Educação

Leia mais

Portuguese Summary. Resumo

Portuguese Summary. Resumo Portuguese Summary Resumo 176 Resumo Cerca de 1 em 100 indivíduos não podem comer pão, macarrão ou biscoitos, pois eles têm uma condição chamada de doença celíaca (DC). DC é causada por uma das intolerâncias

Leia mais

Hipotireoidismo. O que é Tireóide?

Hipotireoidismo. O que é Tireóide? Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Hipotireoidismo O que é Tireóide? É uma glândula localizada na parte anterior do pescoço, bem abaixo

Leia mais

ECONTEXTO. Auditoria Ambiental e de Regularidade

ECONTEXTO. Auditoria Ambiental e de Regularidade Auditoria Ambiental e de Regularidade Organização Internacional das Entidades Fiscalizadoras Superiores - INTOSAI Grupo de Trabalho sobre Auditoria Ambiental - WGEA ECONTEXTO Este artigo é um resumo do

Leia mais

Organização de serviços. Coordenação: prof. Dr. Ronaldo Laranjeira Apresentação: Dr. Elton P. Rezende UNIAD INPAD Unifesp

Organização de serviços. Coordenação: prof. Dr. Ronaldo Laranjeira Apresentação: Dr. Elton P. Rezende UNIAD INPAD Unifesp Organização de serviços Coordenação: prof. Dr. Ronaldo Laranjeira Apresentação: Dr. Elton P. Rezende UNIAD INPAD Unifesp Declaração Declaro não receber nenhum financiamento público ou particular Qual a

Leia mais

Mercado de Trabalho. O idoso brasileiro no. NOTA TÉCNICA Ana Amélia Camarano* 1- Introdução

Mercado de Trabalho. O idoso brasileiro no. NOTA TÉCNICA Ana Amélia Camarano* 1- Introdução NOTA TÉCNICA Ana Amélia Camarano* O idoso brasileiro no Mercado de Trabalho 30 1- Introdução A análise da participação do idoso nas atividades econômicas tem um caráter diferente das análises tradicionais

Leia mais

Ana Paula Bruner Novembro 2012

Ana Paula Bruner Novembro 2012 Ana Paula Bruner Novembro 2012 Laudo Audiológico Grau de Perda Auditiva Baseado na média aritmética entre os limiares tonais das frequências de 500, 0 e 2000 Hz em cada orelha. Laudo Audiológico Grau de

Leia mais

Estudo Exploratório. I. Introdução. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Pesquisa de Mercado. Paula Rebouças

Estudo Exploratório. I. Introdução. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Pesquisa de Mercado. Paula Rebouças Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Pesquisa de Mercado Paula Rebouças Estudo Exploratório I. Introdução A Dislexia é uma síndrome caracterizada por problemas na leitura: ao ler a pessoa

Leia mais

A NEUROPSICOLOGIA E O MEDO DA DOR

A NEUROPSICOLOGIA E O MEDO DA DOR FACULDADE DA SERRA GAÚCHA PÓS-GRADUAÇÃO PSICOTERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL PSICOTERAPIAS COGNITIVAS E NEUROCIÊNCIAS PROF. MS. DANIELLE IRIGOYEN DA COSTA A NEUROPSICOLOGIA E O MEDO DA DOR CASSIANA MARTINS

Leia mais

ITECH Instituto de Terapia e Ensino do Comportamento Humano. Abuso e dependência de álcool e substâncias psicoativas. Cristina Belotto da Silva

ITECH Instituto de Terapia e Ensino do Comportamento Humano. Abuso e dependência de álcool e substâncias psicoativas. Cristina Belotto da Silva ITECH Instituto de Terapia e Ensino do Comportamento Humano Abuso e dependência de álcool e substâncias psicoativas Cristina Belotto da Silva Tainara Claudio Maciel O abuso e a dependência de álcool e

Leia mais

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: ANÁLISES E PERSPECTIVAS

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: ANÁLISES E PERSPECTIVAS O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: ANÁLISES E PERSPECTIVAS Mirian Vieira Batista Dias Universidade Federal de São Carlos/Secretaria

Leia mais

A ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA NA CIRURGIA BARIÁTRICA

A ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA NA CIRURGIA BARIÁTRICA A ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA NA CIRURGIA BARIÁTRICA 2012 Nara Saade de Andrade Psicóloga graduada pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais Charlisson Mendes Gonçalves Mestrando em Psicologia pela

Leia mais

Diretrizes da OMS para diagnóstico de Dependência

Diretrizes da OMS para diagnóstico de Dependência Diretrizes da OMS para diagnóstico de Dependência 1 - Forte desejo ou compulsão para usar a substância. 2 - Dificuldade em controlar o consumo da substância, em termos de início, término e quantidade.

Leia mais

As principais causas das perdas condutivas são:

As principais causas das perdas condutivas são: Perda auditiva: Existem três partes principais da orelha envolvidas no processo de audição: a orelha externa, a orelha média e a orelha interna. O processo auditivo começa quando as ondas sonoras entram

Leia mais

PAIRO. Carla Marineli

PAIRO. Carla Marineli PAIRO Carla Marineli Fonoaudióloga / Psicopedagogia Especialista em Audiologia Mestranda em Ciências Médicas - UNIFOR Coordenadora e Docente da Especialização em Audiologia da UNIFOR Coordenadora dos Cursos

Leia mais

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DOS PROFESSORES DE MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO DA ESCOLA ORLANDO VENÂNCIO DOS SANTOS DO MUNICÍPIO DE CUITÉ-PB

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DOS PROFESSORES DE MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO DA ESCOLA ORLANDO VENÂNCIO DOS SANTOS DO MUNICÍPIO DE CUITÉ-PB PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DOS PROFESSORES DE MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO DA ESCOLA ORLANDO VENÂNCIO DOS SANTOS DO MUNICÍPIO DE CUITÉ-PB Nelson Leal dos Santos Júnior 1 Universidade Federal de Campina Grande

Leia mais

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS 1. Que entidades conseguiram no Supremo Tribunal Federal

Leia mais

Zumbido: um breve panorama

Zumbido: um breve panorama : um breve panorama Descrição sobre zumbido O zumbido é uma condição em que indivíduo percebe um som sem a existência de uma fonte sonora externa. Este som é geralmente descrito como zunidos, assobios

Leia mais

Como é o Tratamento das Disfunções Sexuais na Terapia Cognitivo- Comportamental?

Como é o Tratamento das Disfunções Sexuais na Terapia Cognitivo- Comportamental? Como é o Tratamento das Disfunções Sexuais na Terapia Cognitivo- Comportamental? Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química Pós-Graduação Pós-Graduação

Leia mais

Diretrizes Assistenciais. Medicina Psicossomática e Psiquiatria

Diretrizes Assistenciais. Medicina Psicossomática e Psiquiatria Diretrizes Assistenciais Medicina Psicossomática e Psiquiatria Versão eletrônica atualizada em fev/2012 TRATAMENTO DE TABAGISMO Indicação: Pacientes tabagistas atendidos na SBIBAE Contraindicação: Não

Leia mais

XXVII CONGRESSO DE SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO

XXVII CONGRESSO DE SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO XXVII CONGRESSO DE SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO NECESSIDADES DAS DIFERENTES POPULAÇÕES E POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS NA CONSTRUÇÃO DA REDE DE CUIDADOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Leia mais

Estatística na vida cotidiana: banco de exemplos em Bioestatística

Estatística na vida cotidiana: banco de exemplos em Bioestatística Estatística na vida cotidiana: banco de exemplos em Bioestatística Ana Júlia Câmara, Ana Paula da Silva Prado, Dário Alves da Silva Costa, Michelle Cristiane Silva e Ilka Afonso Reis Departamento de Estatística

Leia mais

Trabalho realizado por: Diva Rafael 12ºA nº15

Trabalho realizado por: Diva Rafael 12ºA nº15 Trabalho realizado por: Diva Rafael 12ºA nº15 Ano Lectivo: 2007/2008 Índice Introdução O que é a psicologia O que é a psicologia clínica Entrevista Conclusão Bibliografia Pág.3 Pág.4 Pág.5 Pág.7 Pág.9

Leia mais

APOSTILA AULA 2 ENTENDENDO OS SINTOMAS DO DIABETES

APOSTILA AULA 2 ENTENDENDO OS SINTOMAS DO DIABETES APOSTILA AULA 2 ENTENDENDO OS SINTOMAS DO DIABETES 1 Copyright 2014 por Publicado por: Diabetes & Você Autora: Primeira edição: Maio de 2014 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta apostila pode

Leia mais

A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA Edna G. Levy A questão da gravidez na adolescência é muito mais comum do que parece ser, a reação inicial e geral é que este problema só acontece na casa dos outros, na nossa

Leia mais

Transição para a parentalidade após um diagnóstico de anomalia congénita no bebé: Resultados do estudo

Transição para a parentalidade após um diagnóstico de anomalia congénita no bebé: Resultados do estudo 2013 Transição para a parentalidade após um diagnóstico de anomalia congénita no bebé: Resultados do estudo Ana Fonseca, Bárbara Nazaré e Maria Cristina Canavarro Pontos de interesse especiais: Porque

Leia mais

3 Metodologia 3.1. Tipo de pesquisa

3 Metodologia 3.1. Tipo de pesquisa 3 Metodologia 3.1. Tipo de pesquisa Selltiz et al (1967) apud Gil (2007) definem três grupos de pesquisas, sendo estes: estudos exploratórios, estudos descritivos e estudos que verificam hipóteses causais.

Leia mais

Perguntas e respostas sobre a vacinação contra o HPV

Perguntas e respostas sobre a vacinação contra o HPV Perguntas e respostas sobre a vacinação contra o HPV 1) A vacina é mesmo necessária? Atualmente, cerca de 5% de todos os cânceres do homem e 10% dos da mulher são causados pelo HPV, que atinge mais de

Leia mais

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO MANUAL DO AVALIADOR Avaliar é fazer análise e ter a oportunidade de rever, aperfeiçoar, fazer de forma diferente, sempre em busca de eficácia e resultados. Gartner & Sánchez As

Leia mais

DESENVOLVENDO COMPETÊNCIAS MATEMÁTICAS Marineusa Gazzetta *

DESENVOLVENDO COMPETÊNCIAS MATEMÁTICAS Marineusa Gazzetta * DESENVOLVENDO COMPETÊNCIAS MATEMÁTICAS Marineusa Gazzetta * RESUMO: Neste texto apresento algumas considerações sobre as competências e habilidades matemáticas a serem desenvolvidas no Ensino Fundamental,

Leia mais

3º Seminário Internacional de Renda Fixa Andima e Cetip Novos Caminhos Pós-Crise da Regulação e Autorregulação São Paulo 19 de março de 2009

3º Seminário Internacional de Renda Fixa Andima e Cetip Novos Caminhos Pós-Crise da Regulação e Autorregulação São Paulo 19 de março de 2009 3º Seminário Internacional de Renda Fixa Andima e Cetip Novos Caminhos Pós-Crise da Regulação e Autorregulação São Paulo 19 de março de 2009 Alexandre A. Tombini Diretor de Normas e Organização do Sistema

Leia mais

DEPRESSÃO CONHECENDO SEU INIMIGO

DEPRESSÃO CONHECENDO SEU INIMIGO DEPRESSÃO CONHECENDO SEU INIMIGO E- BOOK GRATUITO Olá amigo (a), A depressão é um tema bem complexo, mas que vêm sendo melhor esclarecido à cada dia sobre seu tratamento e alívio. Quase todos os dias novas

Leia mais

AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE

AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE WHOQOL-120 HIV AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE Genebra Versão em Português 1 Departamento de Saúde Mental e Dependência Química Organização Mundial da Saúde CH-1211 Genebra

Leia mais

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de Recomendada Por quê? A coleção apresenta eficiência e adequação metodológica, com os principais temas relacionados a Ciências adequados a cada faixa etária, além de conceitos em geral corretos. Constitui

Leia mais

Deficiência Mental O QUE É A DEMÊNCIA?

Deficiência Mental O QUE É A DEMÊNCIA? Deficiência Mental Nesta publicação trataremos de um tema de grande importância para toda a comunidade que é o Estudo das Demências. Graças à melhora das condições sanitárias e de cuidados com a saúde,

Leia mais

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO PROCESSO SELETIVO 2013 Nome: PARTE 1 BIOESTATÍSTICA, BIOÉTICA E METODOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO PROCESSO SELETIVO 2013 Nome: PARTE 1 BIOESTATÍSTICA, BIOÉTICA E METODOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO PROCESSO SELETIVO 2013 Nome: PARTE 1 BIOESTATÍSTICA, BIOÉTICA E METODOLOGIA 1) Um histograma construído a partir de informações amostrais de uma variável

Leia mais

Planejamento - 7. Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos. Mauricio Lyra, PMP

Planejamento - 7. Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos. Mauricio Lyra, PMP Planejamento - 7 Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos 1 O que é risco? Evento que representa uma ameaça ou uma oportunidade em potencial Plano de gerenciamento do risco Especifica

Leia mais

DISTÚRBIOS ALIMENTARES

DISTÚRBIOS ALIMENTARES DISTÚRBIOS ALIMENTARES Adolescência Período da vida entre a infância e a idade adulta. Fase decisiva na vida do ser humano. Fase de experiências, mudanças físicas, psicológicas e emocionais, que são avaliadas

Leia mais

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição 2012. Fatia 3;

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição 2012. Fatia 3; COMO ESTUDAR SE NÃO TENHO COM QUEM DEIXAR MEUS FILHOS? UM ESTUDO SOBRE AS SALAS DE ACOLHIMENTO DO PROJOVEM URBANO Rosilaine Gonçalves da Fonseca Ferreira UNIRIO Direcionado ao atendimento de parcela significativa

Leia mais

AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG

AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG 1. Introdução 2. Maslow e a Hierarquia das necessidades 3. Teoria dos dois Fatores de Herzberg 1. Introdução Sabemos que considerar as atitudes e valores dos

Leia mais

DataSenado. Secretaria de Transparência DataSenado. Março de 2013

DataSenado. Secretaria de Transparência DataSenado. Março de 2013 Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher DataSenado Março de 2013 Mulheres conhecem a Lei Maria da Penha, mas 700 mil ainda sofrem agressões no Brasil Passados quase 7 desde sua sanção, a Lei 11.340

Leia mais

Este caderno é parte integrante da Revista APM Edição n 561 -Outubro de 2005

Este caderno é parte integrante da Revista APM Edição n 561 -Outubro de 2005 Este caderno é parte integrante da Revista APM Edição n 561 -Outubro de 2005 Cartilha Informativa sobre Drogas (Publicação em fascículos nas edições 557, 558, 559, 560, 561, 562, 563 e 564 da Revista A

Leia mais

7 Conclusões e caminhos futuros

7 Conclusões e caminhos futuros 7 Conclusões e caminhos futuros Esta pesquisa teve como objetivo estudar a interação em um fórum de discussão online de um curso híbrido de formação de professores de inglês, com ensino presencial e a

Leia mais

A CIÊNCIA DOS PEQUENOS JOGOS Fedato Esportes Consultoria em Ciências do Esporte

A CIÊNCIA DOS PEQUENOS JOGOS Fedato Esportes Consultoria em Ciências do Esporte A CIÊNCIA DOS PEQUENOS JOGOS Fedato Esportes Consultoria em Ciências do Esporte Prof. Antonio Carlos Fedato Filho Prof. Guilherme Augusto de Melo Rodrigues Monitorando e conhecendo melhor os trabalhos

Leia mais

Prevenção em saúde mental

Prevenção em saúde mental Prevenção em saúde mental Treinar lideranças comunitárias e equipes de saúde para prevenir, identificar e encaminhar problemas relacionados à saúde mental. Essa é a característica principal do projeto

Leia mais

BRUXISMO EXCÊNTRICO COMO FATOR ETIOLÓGICO DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

BRUXISMO EXCÊNTRICO COMO FATOR ETIOLÓGICO DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR BRUXISMO EXCÊNTRICO COMO FATOR ETIOLÓGICO DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR Gustavo Dias Gomes da Silva(1); Anna Kássia Tavares Alves Chaves Santiago Ana Isabella Arruda Meira Ribeiro (3); Alcione Barbosa

Leia mais

A ÁLGEBRA NO ENSINO FUNDAMENTAL: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE INTERVENÇÃO

A ÁLGEBRA NO ENSINO FUNDAMENTAL: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE INTERVENÇÃO A ÁLGEBRA NO ENSINO FUNDAMENTAL: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE INTERVENÇÃO Vilmara Luiza Almeida Cabral UFPB/Campus IV Resumo: O presente relato aborda o trabalho desenvolvido no projeto de intervenção

Leia mais

Tratamento da dependência do uso de drogas

Tratamento da dependência do uso de drogas Tratamento da dependência do uso de drogas Daniela Bentes de Freitas 1 O consumo de substâncias psicoativas está relacionado a vários problemas sociais, de saúde e de segurança pública, sendo necessário

Leia mais

A PRÁTICA DA CRIAÇÃO E A APRECIAÇÃO MUSICAL COM ADULTOS: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA. Bernadete Zagonel

A PRÁTICA DA CRIAÇÃO E A APRECIAÇÃO MUSICAL COM ADULTOS: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA. Bernadete Zagonel Artigo publicado em: Anais do VI Encontro da ABEM, Recife, 1998. A PRÁTICA DA CRIAÇÃO E A APRECIAÇÃO MUSICAL COM ADULTOS: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA. Bernadete Zagonel Durante alguns anos ministrei as disciplinas

Leia mais

AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA

AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA EM AVC Maria Gabriela Ramos Ferreira CRP12/01510 Especialista em Neuropsicologia Mestre em Saúde e Meio Ambiente Universidade da Região de Joinville UNIVILLE Definição de AVC

Leia mais

INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NO SERVIÇO DE CONTROLE DA DOR OROFACIAL E DEFORMIDADES DENTOFACIAIS DO HULW/UFPB

INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NO SERVIÇO DE CONTROLE DA DOR OROFACIAL E DEFORMIDADES DENTOFACIAIS DO HULW/UFPB INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NO SERVIÇO DE CONTROLE DA DOR OROFACIAL E DEFORMIDADES DENTOFACIAIS DO HULW/UFPB ALVES, Giorvan Ânderson dos santos Alves LOPES SOBRINHO, Paulo Naati LUNA, Anibal Henrique Barbosa

Leia mais

Reconhecida como uma das maiores autoridades no campo da análise infantil na

Reconhecida como uma das maiores autoridades no campo da análise infantil na 48 1.5. Aberastury: o nascimento de um neo-kleinianismo Reconhecida como uma das maiores autoridades no campo da análise infantil na Argentina, Arminda Aberastury fazia parte do grupo de Angel Garma, que

Leia mais

PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO (PAIR). CID 10 (H 83.3) 1 CARACTERÍTICAS GERAIS

PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO (PAIR). CID 10 (H 83.3) 1 CARACTERÍTICAS GERAIS PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO (PAIR). CID 10 (H 83.3) 1 CARACTERÍTICAS GERAIS As doenças otorrinolaringológicas relacionadas ao trabalho são causadas por agentes ou mecanismos irritativos, alérgicos

Leia mais

DECLARAÇÃO DE GUERRA AO RUÍDO

DECLARAÇÃO DE GUERRA AO RUÍDO DECLARAÇÃO DE GUERRA AO RUÍDO Diz-se que a capacidade auditiva deficiente não pode ser curada nem corrigida devido ao fato de que a perda da audição produzida pelo ruído é sempre permanente. O ouvido humano

Leia mais

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE Bruna Cardoso Cruz 1 RESUMO: O presente trabalho procura conhecer o desempenho profissional dos professores da faculdade

Leia mais

O PIPE I LÍNGUAS ESTRANGEIRAS

O PIPE I LÍNGUAS ESTRANGEIRAS O PIPE I LÍNGUAS ESTRANGEIRAS O PIPE I Línguas Estrangeiras foi desenvolvido juntamente com as Disciplinas de Aprendizagem Crítico-Reflexiva das Línguas Inglesa, Francesa e Espanhola. O objetivo desse

Leia mais

APARELHO DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL: ESTUDO DOS FATORES DE ATRASO E DE ADIAMENTO DA ADAPTAÇÃO... 272

APARELHO DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL: ESTUDO DOS FATORES DE ATRASO E DE ADIAMENTO DA ADAPTAÇÃO... 272 APARELHO DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL: ESTUDO DOS FATORES DE ATRASO E DE ADIAMENTO DA ADAPTAÇÃO.... 272 APARELHO DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL: ESTUDO DOS FATORES DE ATRASO E DE ADIAMENTO DA ADAPTAÇÃO.

Leia mais

Enfermagem em Oncologia e Cuidados Paliativos

Enfermagem em Oncologia e Cuidados Paliativos Prof. Rivaldo Assuntos Enfermagem em Oncologia e Cuidados Paliativos Administração e Gerenciamento de Enfermagem Enfermagem na Atenção à Saúde da Mulher e da Criança Enfermagem nas Doenças Transmissíveis

Leia mais

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* Como deve ser estruturada a política social de um país? A resposta a essa pergunta independe do grau de desenvolvimento do país, da porcentagem

Leia mais

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA INTERNA

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA INTERNA 1/8 Sumário 1 Objetivo 2 Aplicação 3 Documentos complementares 4 Definições 5 Procedimento 1 Objetivo Este Procedimento tem como objetivo descrever a rotina aplicável aos procedimentos de auditoria interna

Leia mais

compreensão ampla do texto, o que se faz necessário para o desenvolvimento das habilidades para as quais essa prática apresentou poder explicativo.

compreensão ampla do texto, o que se faz necessário para o desenvolvimento das habilidades para as quais essa prática apresentou poder explicativo. 9 Conclusão Neste estudo, eu me propus a investigar os efeitos de práticas de Língua Portuguesa no aprendizado de leitura e como esses efeitos se diferenciam conforme o ano de escolaridade dos alunos e

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO Atualizado em 11/01/2016 MOTIVAÇÃO Estar motivado é visto como uma condição necessária para que um trabalhador entregue um desempenho superior. Naturalmente, como a motivação

Leia mais

ÍNDICE DE QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR DA INDÚSTRIA - SESI/SC

ÍNDICE DE QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR DA INDÚSTRIA - SESI/SC ÍNDICE DE QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR DA INDÚSTRIA - SESI/SC SUMÁRIO EXECUTIVO 2015 Apresentação Integrando a agenda mundial para a promoção da saúde e produtividade, o SESI Santa Catarina realizou

Leia mais

Segurança e Saúde dos Trabalhadores

Segurança e Saúde dos Trabalhadores Segurança e Saúde dos Trabalhadores [1]CONVENÇÃO N. 155 I Aprovada na 67ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (Genebra 1981), entrou em vigor no plano internacional em 11.8.83. II Dados referentes

Leia mais

Aula 1 Uma visão geral das comorbidades e a necessidade da equipe multidisciplinar

Aula 1 Uma visão geral das comorbidades e a necessidade da equipe multidisciplinar Aula 1 Uma visão geral das comorbidades e a necessidade da equipe multidisciplinar Nesta aula, apresentaremos o panorama geral das comorbidades envolvidas na dependência química que serão estudadas ao

Leia mais

AVALIAÇÃO DO PRIMEIRO ANO DE IMPLANTAÇÃO DA TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL NO HULW-UFPB

AVALIAÇÃO DO PRIMEIRO ANO DE IMPLANTAÇÃO DA TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL NO HULW-UFPB AVALIAÇÃO DO PRIMEIRO ANO DE IMPLANTAÇÃO DA TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL NO HULW-UFPB ANTAS 1, Letícia CARNEIRO 2, Cláudia CAVALVANTI 3, Hannalice LIMA 4, Adriça MALHEIROS 5, Maria Centro de Ciências da Saúde

Leia mais

Processo de Pesquisa Científica

Processo de Pesquisa Científica Processo de Pesquisa Científica Planejamento Execução Divulgação Projeto de Pesquisa Relatório de Pesquisa Exposição Oral Plano de Pesquisa Pontos de referência Conhecimento Científico É a tentativa de

Leia mais

3 Método 3.1. Entrevistas iniciais

3 Método 3.1. Entrevistas iniciais 3 Método 3.1. Entrevistas iniciais Os primeiros passos para elaboração do questionário foram entrevistas semiestruturadas feitas pelo telefone com o objetivo de descobrir o tempo máximo de lembrança das

Leia mais

CASO CLINICO. Sexo: Masculino - Peso : 90 KIlos Altura: 1,90m

CASO CLINICO. Sexo: Masculino - Peso : 90 KIlos Altura: 1,90m CASO CLINICO Cliente : A. G - 21 anos - Empresa familiar - Sexo: Masculino - Peso : 90 KIlos Altura: 1,90m Motivo da avaliação: Baixa auto estima, dificuldade em dormir, acorda várias vezes a noite. Relatou

Leia mais

PERFIL DE IDOSOS USUÁRIOS DE ÁLCOOL ACOMPANHADOS EM UMA UNIDADE DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

PERFIL DE IDOSOS USUÁRIOS DE ÁLCOOL ACOMPANHADOS EM UMA UNIDADE DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA PERFIL DE IDOSOS USUÁRIOS DE ÁLCOOL ACOMPANHADOS EM UMA UNIDADE DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA Iluska Pinto da Costa Universidade Federal de Campina Grande; email: lucosta.ufcg@gmail.com Janaíne Chiara

Leia mais

PREFEITURA DE GOIÂNIA 1 GABINETE DO PREFEITO

PREFEITURA DE GOIÂNIA 1 GABINETE DO PREFEITO PREFEITURA DE GOIÂNIA 1 GABINETE DO PREFEITO DECRETO Nº 2597, DE 22 DE SETEMBRO DE 2003. Regulamenta a Lei n.º 8.160, de 31 de março de 2003, que dispõe sobre a Política Municipal de Atenção às Pessoas

Leia mais

DEPRESSÃO. Tristeza vs Depressão «Será que estou deprimido?» «Depressão?! O que é?»

DEPRESSÃO. Tristeza vs Depressão «Será que estou deprimido?» «Depressão?! O que é?» DEPRESSÃO Tristeza vs Depressão «Será que estou deprimido?» Em determinados momentos da nossa vida é normal experienciar sentimentos de «grande tristeza». Para a maioria das pessoas, tais sentimentos surgem

Leia mais

ESTRESSE OCUPACIONAL SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO

ESTRESSE OCUPACIONAL SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO ESTRESSE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO Página 1 de 9 1. OBJETIVO... 3 2. ESCOPO... 3 3. DEFINIÇÕES... 4 4. ESTRESSE OCUPACIONAL: CARACTERIZAÇÃO... 4 4.1. Conceitos fundamentais... 4 4.2. Conseqüências

Leia mais

Planejamento Financeiro Feminino

Planejamento Financeiro Feminino Planejamento Financeiro Feminino Sophia Mind A Sophia Mind Pesquisa e Inteligência de Mercado é a empresa do grupo de comunicação feminina Bolsa de Mulher voltada para pesquisa e inteligência de mercado.

Leia mais

Contexto. 74,3% dos usuários de drogas ilícitas estão empregados.

Contexto. 74,3% dos usuários de drogas ilícitas estão empregados. Contexto 74,3% dos usuários de drogas ilícitas estão empregados. Empregados sob efeito de droga utilizam, em média, 67% da capacidade de trabalho, tem o triplo de probabilidade de chegar atrasado ou faltar

Leia mais

definido, cujas características são condições para a expressão prática da actividade profissional (GIMENO SACRISTAN, 1995, p. 66).

definido, cujas características são condições para a expressão prática da actividade profissional (GIMENO SACRISTAN, 1995, p. 66). A CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES PROFISSIONAIS DE ESTUDANTES DE PEDAGOGIA Rita de Cássia de Alcântara Braúna UFV/MG - rbrauna@ufv.br Agência Financiadora: FAPEMIG e CNPq Introdução Pesquisas na área da formação

Leia mais

Avaliação dos Efeitos do Ruído sobre o Homem

Avaliação dos Efeitos do Ruído sobre o Homem 71 Capítulo 9 Avaliação dos Efeitos do Ruído sobre o Homem Nos últimos anos, os altos níveis de ruído se transformaram em uma das formas de poluição que atinge maior número de pessoas. A poluição sonora

Leia mais

PERFIL AUDIOLÓGICO EM CRIANÇAS NA FAIXA ETÁRIA DE SETE A DEZ ANOS DA ESCOLA VISCONDE DE MAUÁ ATENDIDAS NA UNIDADE DE SAÚDE DO SESI- DR/AMAPÁ EM 2009.

PERFIL AUDIOLÓGICO EM CRIANÇAS NA FAIXA ETÁRIA DE SETE A DEZ ANOS DA ESCOLA VISCONDE DE MAUÁ ATENDIDAS NA UNIDADE DE SAÚDE DO SESI- DR/AMAPÁ EM 2009. PERFIL AUDIOLÓGICO EM CRIANÇAS NA FAIXA ETÁRIA DE SETE A DEZ ANOS DA ESCOLA VISCONDE DE MAUÁ ATENDIDAS NA UNIDADE DE SAÚDE DO SESI- DR/AMAPÁ EM 2009. INTRODUÇÃO RODRIGO LIMA COIMBRA¹ SHEILA CRISTINA CUNHA

Leia mais

Doença de Parkinson. A atividade física é parte fundamental na preservação das funções motoras dos pacientes parkinsonianos.

Doença de Parkinson. A atividade física é parte fundamental na preservação das funções motoras dos pacientes parkinsonianos. Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Doença de Parkinson Prof. Dr. Luiz Augusto Franco de Andrade 1) Como é feito o tratamento? Como é

Leia mais

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Indicadores CNI ISSN 27-702 Ano 5 Número 24 Agosto de 205 RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Crise econômica I - Mercado de trabalho 24 Crise econômica muda relação de brasileiros com o mercado de trabalho

Leia mais

Lógicas de Supervisão Pedagógica em Contexto de Avaliação de Desempenho Docente. ENTREVISTA - Professor Avaliado - E 5

Lógicas de Supervisão Pedagógica em Contexto de Avaliação de Desempenho Docente. ENTREVISTA - Professor Avaliado - E 5 Sexo Idade Grupo de Anos de Escola docência serviço Feminino 46 Filosofia 22 Distrito do Porto A professora, da disciplina de Filosofia, disponibilizou-se para conversar comigo sobre o processo de avaliação

Leia mais