A GUINADA PARA A HISTÓRIA : AS DEFINIÇÕES DE LIBERDADE E DE INTELECTUAIS DE ACORDO COM JEAN-PAUL SARTRE

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1 A GUINADA PARA A HISTÓRIA : AS DEFINIÇÕES DE LIBERDADE E DE INTELECTUAIS DE ACORDO COM JEAN-PAUL SARTRE RESUMO Rodrigo Davi Almeida 1 O trabalho apresenta as definições de liberdade e de intelectuais, de acordo com o filósofo engagé Jean-Paul Sartre ( ), elaboradas em meio ao processo de radicalização de sua trajetória e posições políticas. A guinada para a História nada mais é, portanto, que a emergência do Terceiro Mundo nas (pre)ocupações políticas de Sartre. A tese central defendida é que Sartre (re)define sua concepção de liberdade no contexto histórico dos movimentos de libertação nacional de meados do século XX, a saber, a Guerra da Argélia ( ), a Revolução Cubana ( ) e a Guerra do Vietnã ( ). Se a liberdade na concepção existencialista tem uma base teórico-filosófica, situada no plano da ontologia, portanto, individual e abstrata, a sua nova concepção de liberdade, tem uma base político-histórica, situada no plano da luta de classes, logo, coletiva e concreta. Assim, Sartre defende a revolução como meio de transformação efetiva da sociedade capitalista em socialista, considera o papel decisivo da juventude e da ideologia na práxis revolucionária, critica a política considerada sob os ângulos da eficácia e propõe a sua inscrição no código da moralidade. Nessa esteira, podemos ensejar reflexões e/ou debates sobre o papel do intelectual na sociedade atual à luz do conhecimento histórico. O referencial teóricometodológico adotado provém do marxismo, particularmente, as suas contribuições acerca das relações entre indivíduo, sociedade e história. Os principais textos utilizados são os de Michael Löwy, Jean Chesneaux, István Mészáros, Eric Hobsbawm e Gérard Chaliand, o que nos permite pensar a trajetória de Sartre como uma unidade contraditória e as suas posições políticas sobre o Terceiro Mundo tendo em vista o seu fundamento histórico-social. Palavras-chave: Sartre, Liberdade, Intelectuais, Terceiro Mundo. RÉSUMÉ Cet article présente les definitions de liberté et des intelectuels selon Jean-Paul Sartre ( ) établies par le milieu du procès de radicalisation de sa trajectoire parcours et sa position politique. Le changement pour l'histoire c'est pourtant l'emergence du Tiers Monde dans ses soucis politiques. La thèse central est que Sartre remettre sa conception de liberté au contexte historique des mouvements de libération national du milieu du XX siècle, c'est-à-dire, la Guerre d'algérie ( ), la Révolution Cubaine ( ) et la Guerre au Vietnam ( ). Si la liberté dans la conception existencialiste a une base théorique-filosophique, localisée sur le plan de l'ontologie, donc, individuel et abstracte, sa nouvelle conception de liberté a une base politique-historique, localisée sur le plan de la lutte de classes, donc, 1. Doutor em História. Professor de História Contemporânea do Departamento de História da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Cuiabá/MT. Líder do Grupo de Pesquisa História Política Contemporânea (CNPq/UFMT). Autor do livro Sartre no Brasil: expectativas e repercussões (Editota UNESP, 2009). rodralvida@yahoo.com.br

2 collectives et concrètes. Ainsi, Sartre défend la révolution comme la façon de transformation de la société capitaliste en socialiste, en considerant le rôle décisif de la jeunesse et de l'idéologie dans la praxis révolutionnaire. Il, critique la politique considerée sur l'angle de l'efficacité et propose son inscription au code de la moralité. De cette façon, nous pouvons suggérer des reflections et/ou débats sur le rôle de l'intelectuel dans la société actuel appuyés dans la connaissance historique. Le référentiel théorique-méthodologique adopté est le marxisme, particulièrement des contribuitions sur les relations entre les individus, la société et l'historie. Les principaux textes utilisés sont ceux de Michael Löwy, Jean Chesneaux, István Mészáros, Eric Hobsbawm et Gérard Chaliand, auquels ce que nous permettent de penser la trajectoire de Sartre comme une unité contradictoire et ses positions politiques sur le Tiers Monde sur l'angle du fondement historique et social. Mots-clé: Jean-Paul Sartre, Liberté, Intelectuels, Tiers Monde. I. Introdução Este texto aborda as definições de liberdade e de intelectual de acordo com Jean-Paul Sartre ( ). Para tanto, estuda o processo de radicalização da trajetória e das posições políticas do filósofo engagé no curso dos acontecimentos do Terceiro Mundo, especialmente, a Guerra da Argélia ( ), a Revolução Cubana ( ) e a Guerra do Vietnã ( ). A guinada para a História nada mais é, portanto, que a emergência do Terceiro Mundo nas (pre)ocupações políticas de Sartre cujos resultados mais importantes são as novas definições de liberdade problema central na obra de Sartre e de intelectual. Nessa esteira, e em última instância, podemos ensejar reflexões e/ou debates sobre o papel do intelectual na sociedade à luz do conhecimento histórico. O texto está organizado em cinco partes: 1. Introdução; 2. A guinada para a História e a emergência do Terceiro Mundo nas (pre)ocupações políticas de Sartre; 3. Da guinada para a História à definição de liberdade; 4. Da guinada para a História à definição de intelectual; 5. Considerações finais. A tese central defendida aqui é que a definição da liberdade de acordo com Sartre, elaborada no curso dos acontecimentos do Terceiro Mundo, contradiz sua concepção existencialista anterior, cuja expressão máxima se dá com a publicação de O ser e o nada, em Se a liberdade na concepção existencialista tem uma base teórico-filosófica, situada no plano da ontologia, portanto, abstrata e individual, a sua nova concepção de liberdade, elaborada no curso dos acontecimentos do Terceiro Mundo, tem uma base político-histórica,

3 situada no plano da coletividade, logo, concreta. Em outras palavras, Sartre (re)define sua concepção de liberdade à luz dos problemas (re)colocados pela emergência do Terceiro Mundo especialmente, a Guerra da Argélia ( ), a Revolução Cubana ( ) e a Guerra do Vietnã ( ) no cenário político mundial: a revolução, o papel da juventude e da ideologia na práxis revolucionária, o socialismo, a política considerada sob os ângulos da eficácia e da moralidade, o engajamento e a função política do intelectual (SARTRE, 1994) face à sua hora histórica. O referencial teórico-metodológico adotado provém do marxismo, particularmente, as contribuições acerca das relações entre indivíduo, sociedade e história. Os principais textos utilizados são os de Michael Löwy, Lucien Goldmann, Jean Chesneaux, Josep i Fontana, István Mészáros, Eric Hobsbawm, Gérard Chaliand e Perry Anderson. Esse referencial nos permite pensar a trajetória de Sartre como uma unidade contraditória (MÉSZÁROS, 1991) e suas posições políticas sobre o Terceiro Mundo tendo em vista o seu fundamento históricosocial. Assim, evitamos reducionismos e simplificações excessivas. De acordo com Sartre o curso dos acontecimentos muda os homens (SARTRE, 1987, p. 137). Quais acontecimentos? Em primeiro lugar, a experiência histórica da Segunda Guerra Mundial ( ), a Ocupação nazista ( ), na qual Sartre foi prisioneiro, a Resistência, da qual participara ativamente, e a Libertação da França. Em segundo lugar, a Guerra da Argélia ( ), a Revolução Cubana ( ) e a Guerra do Vietnã ( ). Nessa esteira, sob o impacto da história, ocorre o encontro de Sartre com o marxismo e os comunistas (o seu diálogo necessário e impossível (SARTRE, 1962b) bem como a radicalização de seu pensamento e de suas posições políticas. II. A guinada para a História e a emergência do Terceiro Mundo nas (pre)ocupações políticas de Sartre Em primeiro lugar, a emergência do Terceiro Mundo nas (pre)ocupações políticas de Sartre deve ser explicada a partir de um duplo movimento: a) pelo malogro da revolução socialista na Europa que ocorre, em parte, pela estratégia stalinista de contenção e consolidação da revolução socialista num só país, com a necessária subsunção dos partidos comunistas europeus a Moscou; b) pelo novo horizonte histórico revolucionário delineado

4 pela emergência do Terceiro Mundo, com a Guerra da Argélia, a Revolução Cubana e a Guerra do Vietnã. Nessa esteira, Sartre expressa que o balanço das forças, no entanto, permanecia favorável provisoriamente ao Ocidente: donde, neste momento histórico, a revolução tornava-se impossível na Europa; nem Churchill, nem Roosevelt, nem finalmente, Stálin a teriam tolerado (...). Hoje, tudo se faz claro: a história era uma só para a terra inteira; advinha daí esta contradição, à época indecifrável, de que a luta de classes cedia lugar a conflitos entre nações portanto, a guerras adiadas. Hoje em dia o Terceiro Mundo nos aclara; em 1945, não podíamos nem compreender a metamorfose nem tampouco admiti-la. Em resumo, estávamos cegos (SARTRE, 1962a). Em segundo lugar, a emergência do Terceiro Mundo nas (pre)ocupações políticas de Sartre deve ser compreendida levando-se em conta o seu diálogo necessário e impossível com os comunistas e pela sua adoção do método dialético na investigação dos problemas coloniais. A análise de Sartre sobre a negritude tal como feita em Orfeu negro (1965) já explicita essa tentativa, ainda que problemática, bem como o seu ensaio O colonialismo é um sistema (1956), exemplo de sucesso do emprego do método dialético. A emergência do Terceiro Mundo concretiza, portanto, para Sartre, a almejada terceira força, tanto em relação ao socialismo soviético como ao capitalismo norteamericano. Logo, isto permite pensar seu posicionamento político de acordo com a luta de libertação do Terceiro Mundo como desdobramento e continuidade do seu conceito de engajamento elaborado no cenário político-intelectual francês no período do pós-guerra. 1 A radicalização das posições políticas de Sartre não é operada da noite para o dia, mas o resultado de um processo (lento talvez) cujas origens remontam à Segunda Guerra Mundial e se aprofundam ao longo dos anos. Assim, é preciso ponderar os termos da asserção de Sartre, segundo a qual foi a guerra que fez explodir os quadros envelhecidos de nosso pensamento (SARTRE, 1966, p. 22). Evidentemente, a experiência histórica proporcionada pela guerra é decisiva para a evolução das posições políticas de Sartre. Contudo, os acontecimentos do Terceiro Mundo, quais sejam, a Guerra da Argélia, a Revolução Cubana e 1 Cf. ALMEIDA, 2009, Capítulo 1.

5 a Guerra do Vietnã a segunda zona da Revolução Mundial 2 contribuem de maneira indelével para esse processo de radicalização. III. Da guinada para a História à definição da liberdade As posições políticas de Sartre têm como eixo fundamental o problema da liberdade em suas mais diversas manifestações e situações econômicas, sociais, políticas e culturais. O filósofo engagé visita vários países europeus, africanos, asiáticos e americanos, dos Estados Unidos ao Brasil, da Itália à Rússia, da China ao Japão, de Israel ao Egito, com o propósito de defender a liberdade. No entanto, a partir do segundo período pós-guerra, o Terceiro Mundo se torna o centro das (pre)ocupações políticas de Sartre que se engaja na condenação das guerras da Argélia e do Vietnã e na defesa da Revolução Cubana contra os imperialismos francês e norte-americano, respectivamente. Em meio à Guerra da Argélia, Sartre define o seu conceito de colonialismo e revela a sub-humanização do argelino pela violência colonial que se concretiza no racismo e na tortura. Suas posições políticas sobre o evento têm grande impacto na França. A originalidade delas não está no fato de que ele tenha sido o primeiro, ou o único, a constatar a subhumanização do argelino, mesmo porque não o foi, mas na sua radicalidade. Sartre intervém contra a guerra, divulga suas atrocidades e propõe uma ação política conjunta e coordenada da esquerda, entre o operariado francês e o campesinato argelino representado pelo exército da Frente de Libertação Nacional (FLN) em torno de uma mesma luta: o fim da exploração e da opressão imperialistas. À época da Revolução Cubana, Sartre já está convencido do peso das circunstâncias sócio-econômicas no condicionamento das ações dos indivíduos. No entanto, e ao mesmo 2 A segunda onda inaugurou-se com o Terceiro Mundo, zona mundial de revolução ( ), sendo toda a esquerda (em sentido lato, que inclui desde liberais humanitários aos social-democratas) favorável a ele. Hobsbawm afirma que o mundo passou por três ondas revolucionárias, que inauguram a era da Revolução Mundial. A primeira grande onda foi deflagrada pela Revolução Russa (1917) e seu fim foi decretado pela desintegração do movimento internacional comunista em Moscou. Movimento este abalado em dois momentos, primeiramente, em 1956, com o massacre da Insurreição da Hungria e o segundo abalo, definitivo, em 1968, com o massacre da Insurreição da Tchecoslováquia. Ambos enterram o internacionalismo operário, de acordo com Hobsbawm. Por fim, o Movimento de Maio de 1968 dá o último suspiro da Revolução Mundial. Cf. HOBSBAWM, 1995, especialmente, as partes 2 e 3, respectivamente, A era de ouro e O desmoronamento.

6 tempo, está convicto da irredutibilidade fundamental das ações dos indivíduos no processo histórico que ele define como liberdade. Para o filósofo engagé, esta irredutibilidade possibilitou a ação revolucionária em Cuba. Mas o huracán sobre el azucar tinha ainda um importante legado para Sartre: mostrava a possibilidade da revolução sem ideologia préestabelecida, o que excluía, portanto, a necessidade de mediação do partido político comunista. A Guerra do Vietnã, descrita e denunciada como guerra suja, portanto, condenável do ponto de vista moral e, em especial, as atividades do Tribunal Russell radicalizam as posições políticas de Sartre. Justamente, no curso da guerra, ele propõe uma nova relação entre política e moral, com base em sua crítica da política considerada exclusivamente sob o ângulo da eficácia, um dos legados stalinistas. Nessa esteira, a guerra e as atividades desenvolvidas pelo tribunal revelam a Sartre a necessidade e a importância da inscrição da política no código da moralidade (MÉSZÁROS, 1991). Eis aí a originalidade das posições políticas de Sartre. De acordo com ele, a partir da inscrição da política no código da moralidade, as massas (proletariado e a pequena burguesia) poderiam avaliar e rejeitar as ações dos governos para além do critério exclusivo da eficácia. Para Sartre, somente a revolução pode romper com os imperialismos colonialista e neocolonialista, assim como apenas o socialismo pode realizar o reino da liberdade entre os homens. Em outras palavras, o problema humano isto é, a liberdade deve resolver-se em termos de produção e de relações de produção socialistas. Em suma, a trajetória de Sartre se caracteriza pela unidade contraditória da sua concepção (e busca) da liberdade, anterior e posterior à Segunda Guerra Mundial. Antes desta, ele procura definir a liberdade do ponto de vista teórico-filosófico, isto é, no plano ontológico, portanto, abstrato e individual. Depois, sua definição de liberdade, a partir de sua guinada para a História, isto é, em meio à Guerra da Argélia, à Revolução Cubana e à Guerra do Vietnã passa a ser definida do ponto de vista político-histórico, isto é, no plano da luta de classes, portanto, coletivo e concreto. Durante a Segunda Guerra Mundial, Sartre começa a pensar o indivíduo humano não mais em termos ontológicos de uma falta original, que o condena a ser livre, mas em termos de sua responsabilidade face à sua sociedade e à história. Esse problema ético colocado à sua filosofia, à época da Ocupação, mas inconcluso, dadas as contradições de sua definição de liberdade, recoloca-se à época da Guerra da Argélia, da Revolução Cubana e da Guerra do

7 Vietnã. Desta vez, sob a ótica do marxismo e do método dialético, Sartre procura defini-la sob os aspectos econômico (como independência, em oposição à dependência), social (como justiça e igualdade, em oposição à desigualdade), político (como soberania, em oposição ao domínio colonial) e cultural (como humanização, em oposição à tortura e ao racismo). As guerras de descolonização também lhe permitem criticar certos aspectos do próprio marxismo, além de superar sua concepção existencialista de liberdade. Sartre não tem dúvida em concluir: a agressão imperialista é imoral, pois impossibilita ao homem desenvolver-se humanamente. Os colonizadores devem ser responsabilizados e sancionados pelos crimes de guerra. Nesse contexto, afirma o homem é possível e, por isso, contradiz sua ideia ontológica de que o homem é uma paixão inútil. Em outras palavras, a liberdade humana é possível, como provam as revoluções do Terceiro Mundo inscritas no socialismo. IV. Da guinada para a História à definição de intelectual No curso da Guerra do Vietnã e em meio aos acontecimentos de Maio de 1968, Sartre apresenta uma nova questão: como o intelectual pode converter-se no povo? De acordo com ele, os intelectuais até podem encontrar seus paraísos, a realização de suas filosofias e de suas expectativas políticas e sociais. No entanto, devem seguir com sua consciência infeliz garantia de sua não alienação, ou seja, do seu compromisso para com a verdade. Qualquer verdade, a verdade absoluta? Não. Para o filósofo engagé, o critério de estabelecimento da verdade histórica consiste em (re)conhecer o lado do mais deserdado, o portador, par excellence, do ponto de vista da universalidade 3. Diante da verdade, há duas escolhas possíveis para Sartre: a resignação ou a revolução, o engajamento ou a irresponsabilidade, a defesa da ordem capitalista ou a luta pela sociedade socialista. Sartre sistematiza sua definição de intelectual em três conferências dadas no Japão, em No entanto, isso é o resultado de anos de reflexão e de radicalização de suas posições políticas. Se a sua definição de intelectual é elaborada em meio à Guerra do Vietnã, suas origens, porém, remontam à Guerra da Argélia. 3 Para uma melhor e mais aprofundada discussão do tema, vide o livro de Michael Löwy, 2009, em particular, a Conclusão (p ).

8 As três conferências foram publicadas no livro Em defesa dos intelectuais (1994). São elas: 1ª Conferência: O que é um intelectual? (a situação do intelectual e o que é um intelectual ), 2ª Conferência: Função dos intelectuais ( contradições, o intelectual e as massas, o papel do intelectual ) e 3ª Conferência: o escritor é um intelectual? (SARTRE, 1994, p. 15). De acordo com Sartre, essencialmente, o intelectual se define pela sua função política pois se mete naquilo que não lhe diz respeito (SARTRE, 1994). Quem é o intelectual? Sartre faz a distinção entre o cientista (o técnico ou o especialista do saber prático) e o intelectual. O físico que constrói uma bomba atômica é um cientista. O físico que contesta a construção da mesma bomba é um intelectual. Os cientistas, os médicos, os engenheiros, os juristas e os professores são técnicos do saber prático, cuja função social consiste no exame crítico do campo dos possíveis, não lhes pertencendo a apreciação dos fins nem a sua realização. Os especialistas do saber prático surgem, historicamente, com o desenvolvimento da burguesia. Os primeiros especialistas do saber prático oriundos dos meios sociais burgueses são os filósofos iluministas: os homens da lei (Montesquieu), os homens de letras (Voltaire, Diderot, Rousseau), os matemáticos (D Alembert) (SARTRE, 1994, p ) e substituem os clérigos no processo de dessacralização da natureza e da sociedade. Esses especialistas do saber prático aplicam a razão e as regras do método científico (que Sartre denomia método analítico ) à crítica da sociedade feudal. O especialista do saber prático do período posterior ao iluminismo é, par excellence, um homem contraditório. Esse especialista do saber prático é um universalista na técnica. Sartre dá o exemplo de um médico que pesquisa a cura do câncer humano. Sua pesquisa se dirige à cura do câncer de todos os homens. No entanto, as descobertas e as pesquisas universalistas desse técnico do saber prático, atendem a fins particularistas, pois, atingem apenas uma minoria da população capaz de pagar pelos produtos científicos por ele elaborados. Sartre assim escreve: em muitos casos, com a cumplicidade do técnico do saber prático, as camadas privilegiadas roubam a utilidade social de suas descobertas e transformam-na em utilidade para a minoria à custa da maioria. Por essa razão, as novas invenções permanecem por muito tempo instrumentos de frustração para a maioria: é o que se chama de pauperização relativa. Assim, o técnico que inventa para todos é, afinal de contas pelo menos por

9 um período raramente previsível, apenas um agente de pauperização para as classes trabalhadoras. Isso fica mais claro quando se trata de uma melhoria notável de um produto industrial: ela só é utilizada pela burguesia quando se faz crescer seu lucro (SARTRE, 1994, p. 27, grifos de Sartre). Para romper com a contradição entre o universalismo de sua técnica e os fins particularistas (burgueses) que eles atendem, tais especialistas precisam, em primeiro lugar, assumir essa contradição e superá-la. De que modo? Metendo-se naquilo que não lhes diz respeito. Em outras palavras, devem se tornar intelectuais: denunciar os fins particularistas (de classe) aos quais sua técnica universalista está vinculada. Porém, para Sartre, não é por simples decisão que um técnico se torna intelectual de fato: depende de sua história pessoal, ter ou não conseguido desfazer nele a tensão que o caracteriza; em última análise, o conjunto dos fatores que realizam a transformação é de ordem social (SARTRE, 1994, p. 29). A decisão de se tornar um intelectual depende, portanto, de um duplo movimento, ao mesmo tempo subjetivo e objetivo. Subjetivamente, o intelectual deve assumir e superar suas as contradições (universalismo da técnica e particularismo dos fins de classe que atende e a qual pertence). Objetivamente, essa operação (a transformação), que se dá no nível social, leva em conta, portanto, o conjunto de fatores que projetam o intelectual no engajamento. Ou seja, a partir de sua guinada para a História isto é, em meio à Guerra da Argélia, à Revolução Cubana e à Guerra do Vietnã Sartre se define como intelectual. Mas sob qual ponto de vista? As posições políticas do intelectual devem, necessariamente, alinhar-se e tomar o ponto de vista da classe social realmente universal. 4 E esta não é a burguesia, e nem a pequena burguesia, mas a classe social mais deserdada, isto é, o proletariado e/ou o campesinato. Na Europa e nos Estados Unidos, o intelectual deve se posicionar do ponto de vista do proletariado e, no Terceiro Mundo, do ponto de vista dos camponeses. O intelectual, para Sartre, não tem missão, nem vocação, quer em sentido religioso ou laico. Deve se posicionar politicamente nas lutas sociais e políticas de seu tempo, assinando 4 Para uma melhor e mais aprofundada discussão do tema, vide o livro de Michael Löwy: As aventuras de Karl Marx contra o Barão de Münchhausen. Marxismo e positivismo na sociologia do conhecimento (2009), em particular, a Conclusão (p ).

10 manifestos, denunciando as atrocidades da guerra, a alienação, etc. Engajar-se para Sartre não significa alistar-se no partido, muito embora Sartre tenha desenvolvido uma atividade às vezes bem próxima, como compagnon de route, do Partido Comunista Francês, às vezes distante, mas sempre no seu diálogo necessário e impossível 5 com os comunistas. Sartre não nega o papel da alienação na sociedade capitalista. Por isso reconhece que nem sempre as massas estão conscientes da sua solidariedade de interesses. É o caso, como mostra, da Guerra da Argélia, em que operariado francês, ao se beneficiar do colonialismo e apoiar a Argélia Francesa, se distancia da luta da FLN pela independência. Eis porque uma das tarefas do intelectual consiste em combater a ressurreição perpétua nas massas das ideologias que a paralisam (SARTRE, 1994, p. 43) e contribuir para a tomada de consciência dos interesses comuns de classe entre o proletariado (SARTRE, 1994, p. 46) europeu, o campesinato e o subproletariado (agrícola e urbano) do Terceiro Mundo. Por quais meios o intelectual pode colaborar com a tomada de consciência das massas? De acordo com Sartre, por meio de uma autocrítica perpétua (pois o intelectual se engana também, ou seja, não é infalível) e pelo reconhecimento de sua condição de pequeno burguês. Não é dizendo não sou mais pequeno burguês, movimento-me livremente no universal (SARTRE, 1994, p. 47), que o intelectual pode se unir aos trabalhadores. Mas ao contrário. Une-se aos trabalhadores ao admitir: sou pequeno burguês, para resolver minha contradição coloquei-me ao lado das classes operárias e camponesas (...) [para assim poder] recusar meus condicionamentos pequeno burgueses (SARTRE, 1994, p. 47); ao associar-se concretamente e sem reservas às ações das classes mais deserdadas; ao radicalizar o seu engajamento e, finalmente, ao fazer-se contra o poder político que se exprime pelos partidos de massa e pelo aparelho da classe operária (SARTRE, 1994, p. 49). Como se vê, o intelectual se define somente no campo da esquerda. Portanto, não é possível, para Sartre, a existência de um intelectual de direita, ou conservador e, em última instância, nem mesmo um intelectual reformista. Em suma, o intelectual se define pela sua função política, necessariamente crítica, e pela assunção e superação da contradição entre a sua técnica universal e o particularismo de classe que atende e ao qual pertence. Isso é o que 5 Eu direi que a colaboração com o PC é uma coisa às vezes necessária e impossível. (...) Eu reitero: impossível colaborar, impossível não colaborar (SARTRE, 1962).

11 lhe faz meter-se naquilo que não lhe diz respeito e associar-se, sem reservas, às lutas políticas das classes sociais mais deserdadas. No entanto, a partir das atividades do Tribunal Russell, no fim dos anos 60 e no contexto histórico dos inícios dos anos 70, paulatinamente, podemos perceber uma nova definição de intelectual para Sartre. As massas deveriam ser as protagonistas de suas próprias reivindicações, o que suprime, portanto, a mediação do intelectual e de suas funções: intervenção, divulgação e proposição. Os jornais maoístas franceses dirigidos por Sartre nos anos 70 La Parole au Peuple, La Cause du Peuple e J'Accuse ilustram perfeitamente a nova práxis de Sartre: trata-se de dar a palavra ao povo. Até o momento da instrução das massas para a sua tomada de consciência, como vimos, o intelectual era requisitado, depois disso, não teria mais razão de sê-lo. Uma vez fundido ao povo, não há também porque definir o conceito de intelectual e o seu papel na sociedade, o que seria uma contradição, justamente, porque o intelectual perdeu os seus estatutos de interventor, de divulgador e de propositor. V. Considerações finais Mas, estudar as posições políticas de Sartre não seria anacrônico se considerarmos seu engajamento e as questões por ele suscitadas ou os acontecimentos aos quais ele se reporta como já datados, portanto, superados? Ora, sua filosofia também não seria datada? Não seria própria de uma época que colocava suas próprias questões e que, hoje, também estariam superadas? Não seria anacrônico tomar suas posições políticas como norte para a reflexão sobre situações que exigiriam a formulação de outros questionamentos e outras respostas, atualmente? Por certo, o ofício do historiador não pode deixar de considerar a historicidade do engajamento de Sartre. Mas igualmente, no mesmo ofício, deve perceber que algumas situações postas ao longo das décadas de 1950, 1960 e 1970, no contexto das lutas de descolonização e da emergência do Terceiro Mundo, ainda repercutem com graves e sérias consequências ao mundo europeu mas sobretudo ao mundo não europeu. Entre os anos de 2011 e 2014 surgiram diversas manifestações sociais e políticas no mundo todo, com destaque à participação dos jovens. Da Primavera Árabe aos

12 Indignados na Espanha, do Occupy Wall Street ao Movimento Passe Livre e os Black Blocs no Brasil, esses movimentos expressaram, dentre outras coisas, o autoritarismo de diversos governos, a crise de representatividade política da democracia liberal, os elevados níveis de desemprego, a miséria, a corrupção e o desperdício da utilização de recursos públicos em setores menos essenciais da vida social. Evidenciou-se, apesar da importância e do grande número de jovens reunidos nas manifestações, a falta de coordenação política dos movimentos que obtiveram resultados concretos limitadíssimos. Do mesmo modo, ficou patente a ausência da participação efetiva das esquerdas partidárias que, inclusive, foram contestadas e impedidas de atuarem junto aos movimentos. Justamente, nesse sentido, determinadas críticas e posições políticas de Sartre podem lançar luz sobre certas questões da ordem do dia. A crítica mais contundente de Sartre às esquerdas partidárias europeias se referia à desunidade dos interesses políticos entre os socialistas e os comunistas acerca do problema colonial. Eis porque a sua proposta mais consistente insistia na necessidade da unidade política das esquerdas na sua luta comum contra o colonialismo. Não seria esse o problema das esquerdas partidárias brasileiras, isto é, a sua desunidade? Não seria esse o momento de refletirem sobre o seu papel junto às massas? Não seria esse o momento de esclarecerem seu projeto político à nação? E quanto a nós, somos apenas técnicos do saber prático ou (deveríamos ser) intelectuais? São questões políticas fundamentais à espera de debates, mas sobretudo, de respostas... Referências Bibliográficas ALMEIDA, Rodrigo Davi. As posições políticas de Jean-Paul Sartre e o Terceiro Mundo ( ). UNESP/Assis/SP, Tese de Doutorado.. Sartre no Brasil: expectativas e repercussões. São Paulo: Editora UNESP, ANDERSON, Perry. Considerações sobre o marxismo ocidental. São Paulo: Brasiliense, CHALIAND, Gérard. Mitos revolucionários do Terceiro Mundo. Rio de Janeiro: Francisco Alves, CHESNEAUX, Jean. Devemos fazer tábula rasa do passado? São Paulo: Ática, 1995.

13 CONTAT, Michel & RYBALKA, Michel. Les écrits de Sartre. Paris: Gallimard, FONTANA, Joseph i. História: análise do passado e projeto social. Bauru/SP: EDUSC, HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX. São Paulo: Companhia das Letras, LÖWY, Michael e NAÏR, Sami. Lucien Goldmann ou a dialética da totalidade. São Paulo: Boitempo, LÖWY, Michael. As aventuras de Karl Marx contra o Barão de Münchhausen. Marxismo e positivismo na sociologia do conhecimento. São Paulo: Cortez, Ideologias e Ciência Social. São Paulo: Cortez, MÉSZÁROS, István. A obra de Sartre: busca da liberdade. São Paulo: Ensaio, SARTRE, Jean-Paul. Em defesa dos intelectuais. São Paulo: Ática, Reflexões sobre o racismo: Reflexões sobre a questão judaica e Orfeu negro. São Paulo: Difel, Interview Jean-Paul Sartre et les problèmes de notre temps. In:. Cahiers Bernard-Lazare. Paris, n. 4, Merleau-Ponty vivo (I). In:. Revista Tempo Brasileiro. Rio de Janeiro, n.2, dezembro de 1962a.. Bilan et perspectives de la lutte antifasciste: entretien avec Jean-Paul Sartre. La Voie Communiste, n. 29, juin. 1962b.

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