I RELATÓRIO DE GESTÃO

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2 ÍNDICE Mensagem do Presidente do Conselho de Administração e do Presidente da Comissão Executiva 3 I RELATÓRIO DE GESTÃO 5 DESTAQUES 5 INTRODUÇÃO 6 1. O GRUPO SOARES DA COSTA Perfil Estratégia ENQUADRAMENTO DA ATIVIDADE FACTOS RELEVANTES DO ANO ANÁLISE DA ATIVIDADE CONSOLIDADA DESEMPENHO POR ÁREAS DE NEGÓCIO Construção Concessões Imobiliário Energia Própria CONTAS INDIVIDUAIS RECURSOS HUMANOS PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS SOARES DA COSTA NA BOLSA CARTEIRA DE ENCOMENDAS E PERSPETIVAS FACTOS SUBSEQUENTES PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE NOTA FINAL DE RECONHECIMENTO 53 II - ANEXOS AO RELATÓRIO DE GESTÃO Participações e Transações dos Titulares dos Órgãos Sociais e Dirigentes Lista dos Titulares de Participações Qualificadas Relatório de Governo Societário Relatório da Responsabilidade Social Corporativa 84 III DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E NOTAS EXPLICATIVAS 99 IV DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS E NOTAS EXPLICATIVAS 136 V- CERTIFICADOS E PARECERES 237 2

3 Mensagem do Presidente do Conselho de Administração e do Presidente da Comissão Executiva António Gomes Mota Presidente do Conselho de Administração António Castro Henriques Presidente da Comissão Executiva O ano de 2013 representou um marco muito relevante para o Grupo Soares da Costa. A muito difícil situação financeira do Grupo, agudizada em 2012 e 2013 com a drástica redução do mercado doméstico de construção, exigia a urgente definição de um conjunto de ações que pudessem promover o seu relançamento. No último trimestre de 2013 acordou-se com o Grupo António Mosquito (GAM) uma operação de capitalização da área de construção, concretizada em fevereiro de 2014, envolvendo um aumento de capital em 70 milhões de Euros integralmente subscrito pelo GAM que assim passará a deter 2/3 do capital da Soares da Costa Construção. Esta operação de capitalização, que representa uma clara aposta do novo acionista maioritário no futuro da área de construção, injetando um volume significativo de fundos, criou a par com o estabelecimento de um acordo de reestruturação financeira com as principais instituições bancárias credoras da área de construção, envolvendo o reescalonamento da dívida e a definição de condições de financiamento mais favoráveis, um quadro global financeiro que irá decerto promover o relançamento da atividade de construção. Este conjunto de ações assegurou a preservação do know-how acumulado e distintivo da área de construção, a manutenção de mais de postos de trabalho em Portugal e no exterior, a regularização de dívidas em atraso e a retoma de aquisições de materiais e serviços junto de um vasto conjunto de fornecedores, contribuindo para redinamizar o papel da construtora enquanto motor de uma vasta malha de PME. Já no decurso de 2014 alienou-se a operação de construção nos EUA, que havia ficado fora do perímetro do acordo com a GAM, representando tal alienação uma opção do Grupo Soares da Costa de concentrar todos os seus interesses na área de construção exclusivamente na posição minoritária que passou a deter na Soares da Costa Construção, sinalizando de modo claro o fito estratégico e de longo prazo na parceria estabelecida com a GAM. Neste novo contexto, o Grupo Soares da Costa reconfigura-se com uma entidade com gestão direta em duas atividades principais concessões e imobiliário e participação ativa na parceria com a GAM na área de construção. No domínio das concessões, avulta o avanço na renegociação com as Estradas de Portugal das concessões da Scutvias e Auto-Estradas XXI, que deverão estar concluídas durante 2014, antecipando-se um resultado final equilibrado e que acautela os interesses do Grupo. Por outro lado, a clara melhoria da perceção dos mercados internacionais ao risco Portugal, a que se assistiu no final de 2013 e reforçado já em 2014, igualmente contribui para a potenciação do valor do portfolio de concessões em que o Grupo participa. Na área imobiliária que não registou factos muito relevantes em 2013, perspetiva-se alguma recuperação em 2014, fruto da melhoria, apesar de ainda tímida, do mercado imobiliário em Portugal. 3

4 Os resultados consolidados, de menos -46,9 milhões de Euros, refletem resultados negativos não recorrentes de -51,5 milhões de Euros e concretizam, no essencial, o registo de imparidades decorrentes de uma reavaliação, exigente e adequada à realidade, do balanço do grupo, que assume agora acrescida consistência. Durante 2014, o Grupo tem pela frente como desafio mais central a concretização do processo de reestruturação financeira da holding, já em fase de diligências preparatórias e cuja negociação já foi iniciada, que é essencial para a criação de condições que promovam a sustentabilidade financeira, de modo a que a prossecução de uma gestão muito ativa do portfolio de investimentos e participações potencie a criação de valor a médio e longo prazos para todos os stakeholders envolvidos. Como nota final, dar conta do propósito do Conselho de Administração submeter à próxima Assembleia Geral a proposta de uma mudança da designação do Grupo, de modo a, por um lado, concretizar o acordo estabelecido com o GAM no sentido da designação Soares da Costa passar a ficar exclusivamente referenciada à área de construção e, por outro, a melhor abarcar a nova realidade do perímetro do grupo que, cada vez mais, se assumirá como um gestor de investimentos, em particular nas áreas de concessões e imobiliária e, na construção, através da sua parceria estratégica com o GAM. 4

5 I - RELATÓRIO DE GESTÃO DESTAQUES Celebração de acordos acionistas conducentes à operação de aumento de capital da Soares da Costa Construção, SGPS, SA, no montante de 70 milhões de Euros, por parte do investidor GAM Holdings, SA já concretizada em fevereiro de 2014; com esta operação a GAM Holdings tornou-se o acionista maioritário com uma participação de 66,7% do capital, passando o Grupo Soares da Costa a deter 33,3%; Em consequência desta operação a posição na Soares da Costa Construção passou a ser classificada para efeitos de apresentação no balanço como ativo detido para venda e na demonstração de resultados como atividade descontinuada; O volume de negócios consolidado atinge 135,0 milhões de Euros, o que compara com o valor (reexpresso) de 188,1 milhões de Euros do ano anterior, repercutindo, sobretudo, a redução importante do peso da Autoestradas XXI, relacionada com a conclusão da autoestrada Transmontana; EBITDA de 37,2 milhões de Euros aumenta 27,7% (29,2 milhões de Euros em 2012 em base comparável); Resultado operacional das atividades continuadas de -17,4 milhões de Euros (+6,8 milhões de Euros em 2012) é fortemente prejudicado pelo registo de imparidades; Resultado financeiro situa-se em -24,6 milhões de Euros (-31,0 milhões de Euros do valor reexpresso do ano anterior) beneficiando da redução do custo líquido de financiamento e do efeito contabilístico da reexpressão de alguns passivos financeiros; Resultado líquido das atividades descontinuadas de +7,5 milhões de Euros (-28,4 milhões em 2012 em base comparável); Resultado consolidado atribuível ao Grupo de -50,7 milhões de Euros (-46,9 milhões de Euros em 2012). Indicadores Financeiros Consolidados (milhões de Euros) * Variação Volume de Negócios 135,0 187,4-28,0% EBITDA 37,2 29,2 27,7% Resultado operacional das atividades continuadas -17,4 6,8 - Resultado financeiro -24,6-31,0 20,8% Resultado antes de impostos -42,0-24,3-73,1% Resultado líquido das atividades continuadas -58,7-19,1 - Resultado líquido das atividades descontinuadas 7,5-28,4 - Resultado consolidado atribuível ao Grupo -50,7-46,9-8,2% * Valores de 2012 reexpressos 5

6 INTRODUÇÃO O conselho de administração da sociedade Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A., no cumprimento das disposições legais aplicáveis, nomeadamente os artigos 65º e 66º do Código das Sociedades Comerciais, e dos estatutos, apresenta e submete à apreciação da assembleia geral de acionistas, o relatório de gestão e a proposta de aplicação de resultados, as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de É convição deste conselho que estes documentos expõem fielmente a evolução dos negócios, o desempenho e a posição da sociedade Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A. e do respetivo grupo empresarial, bem como os principais riscos e incertezas com que se defronta. As demonstrações financeiras, individuais e consolidadas, foram elaboradas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), tal como adotadas na União Europeia. As participações na sociedade detidas pelos membros dos órgãos sociais e dirigentes, a lista dos acionistas com participações qualificadas, o relatório anual sobre as práticas de governo da sociedade e apoio ao investidor ( Corporate Governance ), elaborado nos termos do Regulamento da CMVM nº 1/2010 e, bem assim, o tema da responsabilidade social corporativa são apresentados como anexos a este relatório de gestão, dele fazendo parte integrante. No Relatório, por simplicidade, são usadas abreviaturas e expressões que têm o seguinte significado: PC&NE: Políticas Contabilísticas e Notas Explicativas que integra as Demonstrações Financeiras Individuais e/ou consolidadas; EBIT: Resultado Operacional; EBITDA: Meios libertos operacionais = Resultado Operacional + Amortizações do Exercício + Provisões e ajustamentos de valor, líquidos de reversões; AN: Área de Negócios; VN: Volume de Negócios, correspondente à soma de Vendas e Serviços Prestados; DPFC: Demonstração da Posição Financeira Consolidada; Net-Debt: Endividamento Líquido Remunerado = Empréstimo obrigacionista + Empréstimos bancários + Empréstimos obtidos + Credores leasing + Letras descontadas - Caixa e seus equivalentes. 1. O GRUPO SOARES DA COSTA 1.1 PERFIL Quem somos O Grupo Soares da Costa é um dos maiores grupos económicos do setor da construção e obras públicas em Portugal. Para além da atividade no mercado nacional, que se estende a todo o território incluindo regiões autónomas, a Soares da Costa tem uma forte componente internacional, mantendo presença permanente em Angola, Moçambique e Estados Unidos da América e pontual noutros países. Atualmente, também a Roménia, Brasil, S. Tomé e Príncipe, Omã, Costa Rica, Venezuela e países do Magrebe Central são mercados de intervenção das participadas da sociedade. Em termos mundiais, em 2013, a Soares da Costa posiciona-se em 108º lugar no ranking The Top 250 Internacional Contractors (volume de negócios fora do país de origem), elaborado pela revista norte-americana ENR - Engineering News Records. A Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A. é a sociedade gestora de participações sociais que lidera o grupo económico Soares da Costa, cuja estrutura empresarial, em finais de 2002, ficou alicerçada em quatro outras sociedades gestoras de participações sociais, encabeçando cada uma das quatro áreas de negócios em que a atividade do Grupo passou a ficar organizada: 6

7 construção, concessões, indústria e imobiliária. A indústria acabou por perder autonomia enquanto segmento específico de atividade, concretizando-se em 2011 a fusão por incorporação da respetiva sociedade gestora de participações sociais na similar da área de construção. Referências Históricas As origens do Grupo remontam a 1918, quando uma pequena empresa que se dedicava à execução de acabamentos de alta qualidade e pinturas a ouro fino foi fundada no Porto. Nas décadas seguintes a empresa expandiu-se fortemente em termos de competências, alcançando a liderança no setor na zona norte do país mas simultaneamente alargando a sua atividade a todo o território. A década de 80 é crucial para o desenvolvimento do Grupo, iniciando-se o seu processo de internacionalização: primeiro entrando na Venezuela e mais tarde Egito, Guiné-Bissau, Angola, Nigéria, Moçambique, Iraque, Argélia, Guiana, Cabo Verde, Macau, Espanha, Alemanha e Estados Unidos da América. Em finais de 1986 a sociedade passa a ter as suas ações admitidas a cotação na Bolsa de Valores de Lisboa (hoje Euronext Lisbon). A década seguinte é marcada pela crescente especialização da empresa em grandes projetos de engenharia e obras públicas e pela consolidação de uma forte estratégia de internacionalização e diversificação da atividade, que são caraterísticas do Grupo ainda hoje. O crescimento da atividade leva, em 2002, a uma reestruturação e reorganização da empresa, sendo constituída uma sociedade gestora de participações sociais, a Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A., com capital social de 160 milhões de Euros, ramificada segundo as diversas áreas de atividade em quatro outras sociedades gestoras de participações sociais: construção, concessões, indústria e imobiliária. A partir de meados de 2006 altera-se a estrutura acionista da sociedade, com a saída da família fundadora e a entrada de um novo acionista maioritário, a Investifino Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A., após a concretização de uma oferta pública de aquisição de ações em janeiro de Já após a mudança acionista, no plano estratégico Ambição Sustentável , apresentado em outubro de 2007, o Grupo seleciona as áreas de construção e concessões/serviços como áreas estratégicas de atuação futura sendo uma das seis linhas de desenvolvimento definidas a adequação consequente do seu portfólio de negócios. Nesse âmbito inseriram-se as operações, ocorridas durante 2008, de aquisição das empresas de construção Contacto (Portugal) e Prince (Estados Unidos) e o reforço da participação na concessionária de autoestradas Scutvias. O plano estratégico Ambições Renováveis 2014, realinhou as orientações estratégicas do Grupo, salientando-se a componente de diversificação de negócios, estratégia em que se inseriu, em finais de 2010, a aquisição de uma participação de controlo no capital da Energia Própria. No decurso do segundo semestre de 2011, a gestão do Grupo, considerando as substanciais alterações do contexto macroeconómico, a escassez de meios de financiamento e a forte contração do mercado de construção doméstico, procedeu ao ajustamento do plano estratégico (vide 1.2. infra). Órgãos Sociais Pela Assembleia Geral de Acionistas de 30 de maio de 2013 foram eleitos para o triénio os seguintes membros dos órgãos sociais: Mesa da Assembleia Geral: Júlio de Lemos Castro Caldas (Presidente) João Pessoa e Costa (Secretário) Conselho de Administração: António Sarmento Gomes Mota (Presidente) Investifino. Ltd., NIPC MT que nomeia para exercer o cargo em nome próprio José Manuel Baptista Fino (Vogal) 7

8 Parinama Participações e Investimentos, S. A., NIPC PT , que nomeia para exercer o cargo em nome próprio Jorge Armindo de Carvalho Teixeira (Vogal) António Manuel Pereira Caldas Castro Henriques (Vogal) Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos (Vogal) Jorge Domingues Grade Mendes (Vogal) Manuel Fernando de Macedo Alves Monteiro (Vogal) Conselho Fiscal: António Pereira da Silva Neves (Presidente) Carlos Pedro Machado de Sousa Góis (Vogal) Jorge Bento Martins Ledo (Vogal) Revisor Oficial de Contas: Deloitte & Associados, SROC, SA, NIPC , nº. 43 da OROC, representada por António Manuel Martins Amaral, ROC nº (Efetivo) Paulo Alexandre Rocha Silva Gaspar, ROC nº (suplente) Comissão de Remunerações: João Vieira de Almeida (Presidente) Martim Salema de Sande e Castro Fino (Vogal) João Pessoa e Costa (Vogal) O Conselho de Administração, reunido após a Assembleia Geral, tomou as seguintes deliberações: 1. Nomear uma Comissão Executiva, com a seguinte composição: António de Castro Henriques (Presidente) Gonçalo Andrade Santos e Jorge Grade Mendes (Vogais) 2. Nomear como Secretário da Sociedade e Secretário Suplente: Jorge Alves (Secretário) Pedro Falcão Queirós (Secretário Suplente) Acionistas À data de 31 de dezembro de 2013 os acionistas com participações qualificadas no capital da sociedade são os seguintes: Manuel Fino, SGPS, S.A. Número de Ações % Capital Social % Direitos de Voto (1) Indiretamente através da ,814% 70,817% Investifino SGPS, Limited Total Imputável ,814% 70,817% 8

9 PARINAMA Participações e Número de Ações % Capital Social % Direitos de Voto (1) Investimentos, SGPS, S.A. Diretamente ,0000% 11,0004% Total Imputável (2) ,0000% 11,0004% (1) Considera o efeito de ações preferenciais sem voto. (2) Imputável a Ana Maria Martins Caetano. Governo da Sociedade Estrutura Organizativa e Organograma do Grupo Os diretores mencionados no organigrama são quadros de participadas da área da construção. 9

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11 Alterações no perímetro de consolidação durante o exercício de 2013 Factos e alterações relevantes Na sequência das negociações e acordos celebrados em 2013 e que culminaram com a operação de aumento de capital ocorrida em fevereiro de 2014 na Soares da Costa Construção, SGPS, S.A., e que determinou a perda de controlo por parte do Grupo naquela sociedade e nas suas subsidiárias e participadas, a participação detida pelo Grupo na Soares da Costa Construção SGPS, S.A. passou a ser expressa na Demonstração da Posição Financeira Consolidada como Ativo detido para Venda e o resultado das atividades desenvolvidas por esta sociedade e pelas suas subsidiárias ou participadas expressas na Demonstração de Resultados como resultado de atividades descontinuadas; Da aposta do Grupo naquela parceria estratégica derivou o estabelecimento de um plano para alienação da Prince subsidiária dos Estados Unidos para a área da Construção - em 2014, o que determinou que, nos termos da IFRS 5, os ativos e passivos relacionados com esta sociedade passassem a ser classificados no balanço como ativos e passivos em descontinuação, sendo o resultado da atividade desta subsidiária expresso na demonstração de resultados, também, como resultado de atividades descontinuadas. Para além destas significativas alterações ocorreram em 2013 as seguintes operações relativamente às participações sociais: Durante o 1º trimestre: Fusão por incorporação da sociedade Construções Metálicas Socometal, S.A. na sociedade Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. ; Aquisição de 51% de ações da Talatona Imobiliária, Lda., sociedade que passou a ser detida a 100% pelo Grupo Soares da Costa; Dissolução da sociedade INR Investimentos Nacionais Rodoviários, SGPS, S.A., que era detida a 100% pela Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A. ; Alienação da totalidade da participação na sociedade Global Azoague, S.L. que era detida pela sociedade Ventos do Horizonte, S.A.. Durante o 2º trimestre: Alienação da totalidade das quotas que o Grupo detinha na sociedade de direito angolano Carta Restauração e Cantinas, Lda.. Fusão por incorporação da sociedade Ventos do Horizonte, S.A. na sociedade Self Energy Engineering & Innovation, S.A. ; Alteração da denominação social da sociedade Linha 3 Cezarina Construções Ltda, detida em 50% pela Soares da Costa Brasil Construções Ltda, que passa a ser denominada Linha 3 Construções Ltda e a fazer constar no seu objeto social a construção, administração, supervisão, estudos, projetos, planejamento, consultoria e a execução de todos e quaisquer serviços pertinentes a obras de engenharia em geral; Constituição da sociedade Self Energy Angola, Lda., sociedade de direito angolano, detida pelo Grupo em 49%, por via da IMOSDC Investimentos Imobiliários, Lda. e cujo objeto social é a prestação de serviços de implementação, desenvolvimento e maximização do uso de energia renovável e de recurso a soluções inovadoras como as designadas energias alternativas, designadamente pela disponibilização de soluções e serviços integrados de gestão de energia que maximizam o valor dos recursos energéticos, pela realização de auditorias energéticas e consultoria em eficiência e pela instalação de equipamentos energéticos; Alienação da totalidade da participação que o Grupo detinha na sociedade MTA - Máquinas e Tractores de Angola, Lda.. 11

12 Durante o 3º trimestre: A Soares da Costa Construção SGPS, S.A. cede à Grupo Soares da Costa SGPS, S.A. a totalidade da participação financeira na SDC América, Inc; A Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A. cede à Intevias - Serviços e Gestão, S.A. a totalidade da participação na MRN - Manutenção de Rodovias Nacionais, S.A.; Constituição da sociedade Clear Moçambique, Instalações Electromecânicas, Lda., sociedade de direito moçambicano, detida pelo Grupo em 100%, tendo por objeto a exploração da indústria de construção civil, obras públicas e particulares, engenharia, e instalações nomeadamente elétricas, eletrónicas, comunicações, climatização, hidráulicas, gás, mecânicas e eletromecânicas; Alienação da totalidade das quotas que o Grupo detinha na sociedade de direito angolano IMOKANDANDU - Promoção Imobiliária, Lda.; Alienação da totalidade das ações que o Grupo detinha na sociedade de direito angolano Hotti - Angola Hotéis, S.A.. Durante o 4º trimestre: Alienação da totalidade da participação social na Soares da Costa Serviços Partilhados, S.A. para a Soares da Costa Construção, SGPS, S.A. ; Dissolução da sociedade SDC Emirates Construction, LLC, empresa que era detida a 49% pela Soares da Costa Construção, SGPS, S.A. ; Alienação da totalidade da participação na sociedade LARVICK Reliable SL pela sociedade Energia Própria, S.A. ; Constituição da sociedade de direito angolano TESC- Produtos Tecnológicos, Lda, sociedade detida a 100% pela Soares da Costa Imobiliária, Lda tendo por objeto social a indústria, projeto, conceção, desenvolvimento, consultoria, e outras atividades relacionadas com produtos tecnológicos; Classificação da Self Energy UK como atividade descontinuada uma vez que está prevista a alienação desta sociedade em ESTRATÉGIA Visão e Objetivos Estratégicos Ser um Grupo económico de construção e serviços/concessões de projeção internacional com níveis de rentabilidade e de criação de valor acionistas em linha com as melhores referências mundiais do setor, constitui a visão e objetivos estratégicos do Grupo Soares da Costa. Missão A missão do Grupo é a de corresponder às exigências do mercado e dos seus clientes através de um modelo de negócio sustentado, recursos qualificados e motivados, geradores de valor económico, social e ambiental, de modo a proporcionar um retorno atrativo aos acionistas. As pessoas, o respeito pelo ambiente e o crescimento económico são os pilares da Soares da Costa. Atuando sempre com sentido ético, responsável e íntegro, o Grupo rege-se pelos seguintes valores: Manter a orientação permanente para o mercado e a satisfação do cliente; Procurar o crescimento pela eficiência e eficácia da gestão; Cultura empresarial assente em princípios de equidade e isenção; 12

13 Conduta socialmente responsável; Criação de relações duradouras com parceiros a nível nacional e internacional; Promoção do respeito pelo ambiente. Alteração da composição acionista na área da Construção Conforme informação anunciada ao mercado em 13 de agosto de 2013 sobre o modelo e estrutura da operação de capitalização da área de negócio da construção e na sequência da aprovação da mesma pela Assembleia Geral Extraordinária de 23 de setembro, veio a ser assinado a 26 de novembro entre a Sociedade e a GAM Holdings, S.A., uma sociedade incorporada no Luxemburgo e controlada pelo Senhor António Mosquito ( Investidor ) 1 : (i) Um acordo de subscrição de um aumento de capital de 70 milhões de Euros, da Soares da Costa Construção, SGPS, S.A., com supressão do direito de preferência, a subscrever integralmente em dinheiro pelo Investidor; (ii) Um acordo acionista entre a Grupo Soares da Costa e o Investidor relativo à Soares da Costa Construção, SGPS, S.A., e que define os termos da parceria estratégica entre os signatários. A operação de aumento de capital concretizou-se em 12 de fevereiro de 2014, data a partir da qual a GAM Holdings, S.A. passou a deter 66,7% do capital da Soares da Costa Construção, SGPS, S.A. e a Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. os restantes 33,3%. 2. ENQUADRAMENTO DA ATIVIDADE Análise Geral À escala mundial, o ano de 2013 confirmou a tendência de um enfraquecimento do crescimento já revelada nos dois anos anteriores com a permanência de fatores de grande incerteza e de exigentes desafios em várias áreas e blocos económicos do globo. O produto mundial, segundo projeções feitas em outubro de 2013 pelo Fundo Monetário Internacional, ter-se-á expandido 2,9% (3,2% em 2012 e 3,9% em 2011) 2 continuando a ter como motor as economias emergentes e em desenvolvimento, com a Ásia na liderança, uma vez que nas economias avançadas a expansão é bem mais suave (1,2%). Este resultado revela, todavia, sinais de abrandamento no ritmo de crescimento da China, Índia e outras economias emergentes e em desenvolvimento que, por razões cíclicas e estruturais, se afastam dos níveis máximos de crescimento obtidos nos anos mais recentes. Para 2014 as perspetivas económicas apontam para uma melhoria do desempenho da economia mundial (+3,6%), impulsionada pela melhoria projetada das economias mais avançadas (+2,0%), com um previsível aumento do crescimento nos Estados Unidos e a saída da recessão da Zona Euro, mantendo-se a prevalência do maior crescimento dos mercados emergentes e em desenvolvimento (+5.1%) em resultado de políticas fiscais que se manterão expetavelmente neutras e beneficiando de taxas de juro relativamente baixas. A economia dos EUA terá tido uma expansão no ano findo de 1,6%, dentro das expectativas formuladas um ano antes, podendo em 2014 registar-se uma robustez no crescimento (+2,6%). O acordo entre os principais partidos sobre a política orçamental para os próximos dois anos, uma melhoria da procura do setor privado e a constatação de um efeito riqueza decorrente da valorização dos mercados acionistas são importantes fatores neste relançamento da economia norte-americana que se traduz na verificação de um perfil decrescente da taxa de desemprego, situada em 6,7% em dezembro. A Zona Euro, durante 2013, viveu ainda afetada pelo legado da crise financeira de 2008 que impôs um processo de desalavancagem e acarretou uma fragmentação dos mercados financeiros e acrescida incerteza. Os países periféricos prosseguem políticas orçamentais severamente restritivas visando controlar os défices orçamentais e gerir os riscos que impendem ainda sobre as suas dívidas soberanas. Assim, num contexto em que os níveis de desemprego se mantiveram elevados a Zona Euro apresentou pelo segundo ano consecutivo uma retração do produto (-0,4% em 2013). Para 2014 prevê-se 1 Vide Comunicado de informação Privilegiada de 26 de novembro de 2013 (CMVM) 2 IMF World Economic Outlook Transitions and Tensions, outubro

14 uma recuperação gradual da economia da área do Euro, devendo o PIB aumentar cerca de 1%, melhoria influenciada pela interrupção da quebra da procura interna e pela aceleração do crescimento das exportações. A Economia Portuguesa A economia portuguesa continua a viver sob os desígnios do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) formalizado em 2011 pelo Estado português junto do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia, conduzindo a uma orientação fortemente contracionista e pró-cíclica da política orçamental num contexto de restrição das condições monetárias e financeiras. Aliando à política orçamental, que determina a queda do investimento público, o processo de desalavancagem financeira no setor privado, o investimento na economia portuguesa vem cedendo de forma evidente. A Formação Bruta de Capital Fixo revela variações de -16,4%, -6,4% e -5,3%, respetivamente, durante os três primeiros trimestres de O bom comportamento das exportações e um desagravamento do perfil de evolução do consumo interno permitiu que desde meados do ano a economia portuguesa tenha dado alguns sinais de estabilização, após dez trimestres consecutivos de contração. Assim, o Banco de Portugal no seu Boletim de Inverno 4 avançou com uma contração do PIB de 1,5% em 2013 mas, englobando um perfil de progressiva recuperação da procura interna, condicionada pela continuação do processo de consolidação orçamental e de desalavancagem do setor privado, projeta crescimentos para a economia portuguesa de 0,8% em 2014 e de 1,3% para Estas projeções assentam ainda num comportamento favorável das exportações, traduzindo um perfil de aceleração da procura externa, a par de ganhos de quota de mercado progressivamente menores ao longo do período de projeção, um ligeiro crescimento do emprego e um aumento da capacidade de financiamento da economia alicerçado pela correção dos desequilíbrios externos que tem sido uma das características mais marcantes do processo de ajustamento da economia portuguesa, com a evolução do saldo da balança de bens e serviços a apresentar previsivelmente excedentes durante o período de projeção. Dados recentemente disponibilizados pelo INE 5 colocam a variação do PIB para o conjunto de 2013 em -1,4%, beneficiando do bom comportamento do 4º trimestre que verificou, em termos homólogos, um aumento de 1,6%, após a redução de 0,9% verificada no trimestre anterior. As perspetivas económicas do país continuam a depender da competitividade e da procura externa de bens e serviços portugueses, enquanto as componentes da procura interna deverão permanecer fracas devido aos esforços de redução de dívida, tanto no setor público como no privado. Em termos de inflação, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) apresentou uma taxa de variação média anual de 0,3% (2,8% em 2012). Excluindo do IPC a energia e os bens alimentares não transformados, a taxa de variação média passou de 1,5% em 2012 para 0,2% em Já a variação média anual do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) diminuiu para 0,4% em 2013 (2,8% em 2012), traduzindo um diferencial de -1,0 pontos percentuais (p.p.) (0,3 p.p. no ano anterior) face à taxa de variação homóloga do IHPC da área Euro. 6 A taxa de desemprego mantém-se num nível preocupante, tendo-se fixado em 2013 em 16,3% (média anual), o que representa um aumento de 0,6 pontos percentuais relativamente a Beneficiou, todavia, de uma evolução menos gravosa no 4º trimestre do ano em que a taxa de desemprego estimada foi de 15,3%, inferior em 1,6 pontos percentuais à do trimestre homólogo de 2012 e em 0,3 pontos percentuais à estimada para o trimestre anterior o que parece indiciar uma tendência de melhoria 7. 3 Boletim Estatístico fevereiro de 2014, Banco de Portugal 4 Boletim Económico - Inverno 2013, Banco de Portugal, dezembro de Contas Nacionais Trimestrais Estimativa Rápida, 4º trimestre de 2013 e Ano 2013, INE, 14 de fevereiro de Índice de Preços no Consumidor, dezembro de 2013, INE 13 de janeiro de Estatísticas do Emprego 4º trimestre de de fevereiro de

15 Mercado Interno: O Setor da Construção Após vários anos de contração continuada, não foi ainda em 2013 que o mercado nacional de construção conseguiu mostrar capacidade para emergir da profunda crise em que se encontra mergulhado. Pelas características próprias do setor, a requererem um desfasamento médio de cerca de 12 meses em relação às decisões de investimento, os reflexos de qualquer recuperação da economia nacional não se manifestaram ao longo do ano que passou. Com base nos dados publicados em fevereiro de 2014 pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), verifica-se que o mercado da construção não consegue fugir desde 2008 a contínuas quedas do seu Índice Total de Produção, apresentando-se no gráfico infra o seu comportamento no último quadriénio. O INE alterou a base das suas séries em outubro de 2013, sendo o valor 100 o correspondente à média de Recorde-se, no entanto, que o Índice de Produção em janeiro de 2010 correspondia a cerca de 75% do índice médio em Significa isto que o valor de cerca de 60% da média de 2010 apresentado no extremo do gráfico corresponde a apenas 45% da média de produção em Fonte: INE Assim, não surpreende que em 2013 os indicadores da produção do setor da construção traduzam invariavelmente a degradação da procura seja pública ou privada, revelando níveis que se vão apresentando sucessivamente como mínimos históricos. A taxa de variação média dos últimos doze meses do Índice de Produção na Construção foi de -16,3% (idêntica à que se havia observado no ano anterior), em resultado da conjugação de uma variação de -16,6% no segmento de construção de edifícios e de -16,0% na engenharia civil 8. O gráfico abaixo apresentado regista por sua vez as variações homólogas, permitindo constatar-se nos períodos mais recentes uma desaceleração do ritmo de decrescimento para ambos os segmentos (Construção de Edifícios e Engenharia Civil) o que pode indiciar melhores augúrios para o futuro. Na verdade, o segmento da Construção de Edifícios registou uma variação homóloga em dezembro de -14,3% (-14,6% em novembro) enquanto o segmento de Engenharia Civil apresentou uma variação de -14,5% (-15,6% no mês anterior), menos acentuada que nos meses imediatamente anteriores. 8 Índices de Produção, Emprego e Remunerações na Construção, dezembro de 2013, INE, 11 de fevereiro de

16 Fonte: INE Esta recessão traduz-se, naturalmente, no nível de emprego do setor que regista uma variação média nos últimos 12 meses de - 15,8%, ou seja ligeiramente menos que proporcional do que a queda da produção e com idêntico reflexo na evolução do índice de remunerações (-15,8%). A forte quebra do consumo de cimento no mercado nacional, que regista uma variação acumulada, desde o início do ano e até outubro, de 25,2%, é outro sinal deste quadro recessivo. Neste enquadramento depressivo do setor, merece nota relevante que o Governo tenha, finalmente, reconhecido que: o esforço de consolidação orçamental e de correção dos desequilíbrios financeiros do Estado Português, no cumprimento dos compromissos assumidos no âmbito do Memorando de Entendimento relativo ao programa de auxílio financeiro externo deve ser acompanhado por uma adequada, criteriosa e consensual definição das prioridades do investimento em infraestruturas que potenciem as capacidades do tecido empresarial português e que contribuam para um processo de ajustamento sustentado e competitivo ; - subsistem relevantes constrangimentos ao nível da capacidade de transporte de pessoas e bens ; e que no horizonte temporal pretende-se que a utilização dos fundos comunitários privilegie o investimento gerador de valor que reduza os custos de contexto da nossa economia e, por essa via, estimule a empregabilidade e a competitividade da atividade económica e do tecido empresarial português 9, ao criar em agosto de 2013 um grupo de trabalho com o objetivo de apresentar ao Governo as recomendações relativamente ao investimento em Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado, e mais relevante ainda que este grupo de trabalho tenha já colocado o seu relatório em discussão pública, com um conjunto de trinta projetos estratégicos, o que traduz um bom sinal para o mercado. É certo que, sendo um plano de médio/ longo prazo, para além do normal efeito de desfasamento já acima referido, os resultados da implementação desta estratégia só se devem começar a sentir ao nível da produção a partir do próximo ano; também por isso, os indicadores de confiança mais recentes publicados pelo INE no âmbito do Inquérito Qualitativo de Conjuntura à Construção e Obras Públicas, revelando uma tendência de recuperação e de saída do pessimismo generalizado, ainda mantêm uma tónica predominantemente negativa, em particular no que se refere às carteiras de encomendas. 9 Despacho nº A/2013 do Gabinete do Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações 16

17 Mercado Externo Fazemos de seguida uma breve referência ao enquadramento macroeconómico nos principais mercados internacionais de intervenção direta da Sociedade e suas subsidiárias: ANGOLA Após a abrupta queda nas taxas de crescimento do produto verificada nos anos de , pós crise financeira mundial, que se seguiram a crescimentos anteriores a taxas de dois dígitos, a economia angolana recupera gradualmente o potencial de crescimento com o FMI a estimar um crescimento real do PIB de 5,6% para 2013 (sucedendo a 5,2% verificado no ano de 2012) e com expectativas de maior crescimento para 2014 (6,3%) 10, em consequência da prossecução de ambiciosos programas públicos de investimento. O processo de diversificação da economia revela-se fundamental para reduzir o peso do setor petrolífero na estrutura produtiva, amenizando os efeitos de potenciais choques externos. Por outro lado, a execução coordenada das políticas fiscal e monetária e a estabilidade da taxa de câmbio têm vindo a constituir fatores determinantes para a estabilidade dos preços na economia angolana, prevendo-se que a taxa de inflação média anual em 2013 se tenha situado próximo dos 8%, o que constitui um novo mínimo histórico. MOÇAMBIQUE A atração do investimento estrangeiro e a exploração de recursos naturais têm sido determinantes para elevar o potencial de crescimento da economia moçambicana que beneficia também de uma política orçamental expansionista. Apesar de a agricultura continuar a deter um peso muito elevado no PIB a descoberta de grandes reservas de carvão e gás natural tem possibilitado um desenvolvimento extraordinário do setor da indústria extractiva baseado na atração de megaprojetos de investimento. Este ritmo de expansão do crescimento da economia moçambicana debate-se, porém, com constrangimentos significativos ao nível das infraestruturas de transporte. O FMI, para este país, ao contrário do verificado para as previsões de crescimento da maioria das economias da região subsariana, reviu em alta o crescimento económico em 2013 para 7,0%, sendo de 8,5% a projeção para Segundo dados oficiais do INE o crescimento real do PIB durante o primeiro semestre foi de 6,6%, afetado que foi pela ocorrência das cheias e inundações do princípio do ano. A taxa de inflação média anual medida pelo índice de preços no consumidor em Maputo, Beira e Nampula, as três principais cidades, situou-se em 4,1% (aferida em novembro de 2013), segundo dados do mesmo organismo. No geral, a tendência da inflação continua a ser explicada pela estabilidade do Metical no mercado cambial doméstico e pela evolução dos agregados monetários em linha com o programa monetário, num contexto em que prevalecem em vigor as medidas sobre preços administrados. BRASIL Durante o ano de 2013 o PIB da economia brasileira terá apresentado um crescimento de 2,4%, com projeção de 2,6% para o próximo ano 12, abaixo do crescimento da região da América Latina e Caraíbas. A inflação, que se tem mantido alta, apontando as últimas projeções para 5,8% (acima do objetivo de 4,5%), tem conduzido à adoção de uma política monetária vigilante e algo restritiva com aumento das taxas de juro de referência. 10 Regional Economic Outlook: Sub-Saharian Africa Keeping the Pace, IMF, outubro Regional Economic Outlook: Sub-Saharian Africa Keeping the Pace, IMF, outubro Balanço Preliminar das Economias da América Latina e Caribe, CEPAL, Nações Unidas 17

18 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE A evolução da economia de São Tomé e Príncipe em 2013 deverá ter apresentado uma taxa de crescimento real de 4,2%. Para 2014 as projeções apontam para um crescimento de 4,8%. Os principais destaques macroeconómicos da conjuntura nacional em 2013 vão para os progressos verificados no sentido da gradual estabilização dos preços tendo a taxa de inflação acumulada atingido 5,6% até final de novembro, um valor comparativamente inferior ao dos últimos anos e também com referência na política cambial a manutenção do objetivo de estabilidade da Dobra relativamente ao Euro o que se traduz numa valorização da moeda nacional face ao dólar de 3,0% no período compreendido entre dezembro de 2012 e novembro de FACTOS RELEVANTES DO ANO Adjudicação de obras em Angola (fevereiro de 2013): à subsidiária da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., foram adjudicadas duas empreitadas de edifícios de escritórios e comércio em Luanda, incluindo fundações, estrutura, acabamentos e instalações especiais. As obras com uma área de construção de cerca de m2, têm o valor de adjudicação de 51,5 milhões de Dólares (39 milhões de Euros); Registo definitivo em 1 de março de 2013 da fusão da Construções Metálicas Socometal, S.A. por incorporação na Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.; Adjudicação de obra em Moçambique: à subsidiária Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. foi adjudicada pela CDN - Corredor de Desenvolvimento do Norte a obra Section 6&7 Bridges. O projeto consiste na reabilitação de um conjunto de obras de arte e construção nova de outras, num total de 30 obras de arte e desenvolve-se, no norte de Moçambique, ao longo de 550 Km entre a fronteira com o Malawi e Nacala. A obra tem um prazo de execução de 24 meses e o seu valor ascende a 33,4 milhões de Dólares (25,5 milhões de Euros); Apresentação dos Resultados de 2012: em 15 de abril de 2013 o Grupo informa sobre os resultados de 2012; Realização da Assembleia Geral de Acionistas em 30 de maio de 2013 com aprovação do relatório e contas individuais e consolidadas, aplicação do resultado líquido individual, eleição dos membros dos órgãos sociais para o triénio e prorrogação do prazo para a realização da operação de capitalização, cujo propósito foi tornado público em 27 de novembro de 2012, no âmbito da Reprogramação do Endividamento Bancário, com assentimento dos bancos envolvidos, até 31 de agosto de 2013; Adjudicação de obras: em comunicado de 25 de julho a Sociedade informa que foram adjudicadas a sociedades suas participadas várias obras em Angola, Moçambique e Brasil. Em Angola foi adjudicada à Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., a empreitada de construção do edifício sede da Empresa Nacional de Electricidade (ENE), em Luanda, no valor de 46,9 milhões de Dólares (35,5 milhões de Euros), um edifício de escritórios, comércio e habitação, também em Luanda, para um promotor privado, no valor de 25 milhões de Dólares (19 milhões de Euros), e o projeto e construção do edifício de call center da Movicel, igualmente em Luanda, no valor de 11,6 milhões de Dólares (8,8 milhões de Euros). Em Moçambique, foi adjudicada à Soares da Costa Moçambique SARL, a construção do edifício sede do Ministério da Justiça, em Maputo, no valor total de 11 milhões de Euros. Finalmente, no Brasil, em Fortaleza no Estado do Ceará, foi adjudicada uma empreitada de 84 milhões de Reais (29 milhões de Euros), que consiste na construção de um conjunto de casas e respetivas infraestruturas; Adjudicação de obras nos Estados Unidos da América e em Moçambique. Nos Estados Unidos, a Prince venceu o concurso "Design-build E71I24 I-75 North of CR 54 Widening" com uma proposta de 71,2 milhões de Dólares (aproximadamente 53,8 milhões de Euros). O concurso consiste num projeto de conceção-construção em Pasco County (na região de Tampa), na Florida. Os trabalhos incluem a construção de uma faixa adicional em cada sentido na Interstate I-75 numa extensão de 6,7 milhas (10,8 km), incluindo a renovação de duas pontes, a construção de duas novas pontes e a reformulação do nó de ligação à estrada estadual SR 52. Em Moçambique foi adjudicada a empreitada de construção de cinquenta habitações na vila do Songo na província de Tete para a Hidroeléctrica de Cahora Bassa. O valor adjudicado ascende a 15,8 milhões de Euros; 13 Boletim Mensal Situação Monetária e Cambial - novembro de Banco Central de São Tomé e Príncipe. 18

19 Acordo da Sociedade com o senhor António Mosquito sobre o modelo e estrutura de uma operação de capitalização da subsidiária Soares da Costa Construção, SGPS, S.A.. No mesmo comunicado onde foi divulgado o acordo alcançado, a Sociedade informa que o seu Conselho de Administração tencionava submeter a aceitação ou rejeição dessa operação a deliberação dos acionistas da Grupo Soares da Costa em Assembleia Geral a convocar, nos termos e para os efeitos do número 3 do artigo 373.º do Código das Sociedades Comerciais. Essa projetada operação consistiu em: a) Um aumento de capital na Soares da Costa Construção, SGPS, S.A., no valor de 70 milhões de Euros, a subscrever e realizar integralmente em dinheiro pelo Investidor, de modo a capitalizar o setor preponderante da atividade do grupo detido pela Grupo Soares da Costa, o qual proporcionará condições para incrementar o valor da participação acionista da Grupo Soares da Costa na Soares da Costa Construção. Em resultado desse aumento de capital, o Investidor passará a deter 66,7% do capital da Soares da Costa Construção e a Grupo Soares da Costa os restantes 33,3%; b) Uma parceria estratégica, cujos principais termos serão definidos num Acordo Acionista a celebrar entre o investidor e a Grupo Soares da Costa, no âmbito da participação na Soares da Costa Construção, prevendo condições que permitam (i) preservar a participação acionista da Grupo Soares da Costa na Soares da Costa Construção, (ii) assegurar mecanismos de liquidez da participação, a exercer em determinadas circunstâncias enunciadas na proposta anexa e (iii) maximizar o fluxo de dividendos. Os objetivos da operação são, designadamente, os seguintes: a) Criar uma parceria e uma plataforma de cooperação empresarial, tendo em vista a sustentabilidade da Soares da Costa Construção, a estabilidade financeira e a criação de valor para a Soares da Costa Construção e para as sociedades participadas por esta; b) Robustecer a presença da Soares da Costa Construção e suas participadas no setor da construção, atingindo uma posição de liderança nos mercados em que desenvolva a sua atividade; c) Gerar sinergias, aproveitando a experiência técnica e o posicionamento no mercado de ambas as Partes, e implementar estratégias de crescimento sustentado do negócio da Soares da Costa Construção e das suas participadas; Aprovação pela Assembleia Geral Extraordinária de Acionistas, realizada em 23 de setembro de 2013, da operação de capitalização na área de negócio da construção, por entrada de um investidor no capital da Soares da Costa Construção SGPS, S.A, conforme proposta divulgada em 19 de agosto de 2013; Obra nos Estados Unidos (outubro 2013): a subsidiária Prince, foi anunciada pelo Florida Department of Transportation (FDOT), como tendo a proposta mais competitiva no concurso T5469 SR50 Dean to Avalon no condado de Orange, Florida (zona de Orlando). A obra, totalizando 68 milhões de Dólares (49 milhões de Euros), consiste na reconstrução e alargamento da SR50 no Condado de Orange, de uma estrada rural de quatro faixas para uma estrada urbana de seis faixas com separador central, entre Dean Road e o leste de Avalon Park Boulevard. A empreitada inclui a construção de valetas, pavimento flexível, drenagem de águas pluviais com substituição de box culverts, sinalização e marcações horizontais; Assinatura, em 26 de novembro de 2013, de acordo de subscrição e de acordo acionista relativos à Soares da Costa Construção, SGPS, S.A.. Na sequência da aprovação, pela Assembleia Geral Extraordinária de Acionistas, do passado dia 23 de setembro, da proposta relativa ao modelo e estrutura da operação de capitalização da área de negócio da construção ( Operação ), foi nesta data celebrado com a sociedade GAM Holdings, sociedade de direito luxemburguês, totalmente detida pelo Senhor António Mosquito ( Investidor ), e por ele designada para o efeito: a) Um acordo de subscrição de um aumento de capital de 70 milhões de Euros, da Soares da Costa Construção, SGPS, S.A., com supressão do direito de preferência, a subscrever integralmente em dinheiro pelo Investidor; b) Um acordo acionista entre a Grupo Soares da Costa e o Investidor relativo à Soares da Costa Construção, SGPS, S.A. e que define os termos da parceria estratégica entre os signatários. 19

20 4. ANÁLISE DA ATIVIDADE: CONTAS CONSOLIDADAS Como ponto prévio, importa salientar os impactos nas demonstrações financeiras consolidadas decorrentes da celebração dos acordos acima destacados e que vieram a culminar na operação de aumento de capital da Soares da Costa Construção, SGPS, SA.. A perda de controlo por parte da Grupo Soares da Costa sobre esta sociedade e as suas subsidiárias e a definição de um plano de venda da Prince, na área de construção implicaram, no enquadramento das normas internacionais de contabilidade aplicáveis, alterações à representação contabilística dos ativos e passivos e dos resultados deste segmento de negócio. As participações financeiras são classificadas como ativos detidos para venda e os resultados destas atividades como de operações descontinuadas, sem prejuízo da evidente importância estratégica assumida para o Grupo pelos ativos e pelas atividades incluídos na parceria estratégica com a GAM. Atendendo à grande importância relativa da dimensão dos ativos e passivos da Construção no antigo perímetro de consolidação do Grupo e para melhor comparação das demonstrações financeiras com as do exercício anterior procedeu-se à reexpressão das demonstrações financeiras de 2012 assumindo o novo perímetro de consolidação. Também ao nível das operações continuadas que abrangem, em geral, os segmentos de negócio das concessões, do imobiliário e da energia, assistiu-se, em 2013, a ocorrências que afetaram significativamente a expressão da rentabilidade dos negócios ao requerer o reconhecimento de perdas relacionadas com imparidades de ativos, provisionamento de créditos e reavaliação de impostos diferidos. Indicadores Financeiros Consolidados (milhões de Euros) * Variação Volume de Negócios 135,0 187,4-28,0% EBITDA 37,2 29,2 27,7% Resultado operacional das atividades continuadas -17,4 6,8 - Resultado financeiro -24,6-31,0 20,8% Resultado antes de impostos -42,0-24,3-73,1% Resultado líquido das atividades continuadas -58,7-19,1 - Resultado líquido das atividades descontinuadas 7,5-28,4 - Resultado consolidado atribuível ao Grupo -50,7-46,9-8,2% * Valores de 2012 reexpressos Volume de Negócios O volume de negócios do Grupo (referente às atividades continuadas ) atingiu o valor de 135,0 milhões de Euros, menos 52,4 milhões de Euros do que o valor reexpresso comparável de Esta redução deve-se fundamentalmente à conclusão, ocorrida a cerca de meio do ano, da construção da infraestrutura da autoestrada Transmontana, objeto de (sub)concessão à Autoestradas XXI, e, consequentemente, do menor reconhecimento de volume de negócios por parte desta. Também as negociações em curso referentes à concessão da Autoestrada da Beira Interior determinaram uma diminuição do volume de negócios reconhecido pela Scutvias. No quadro seguinte apresenta-se a decomposição do volume de negócios por segmentos de atividade. 20

21 Volume de Negócios por Áreas de Negócio (milhões de Euros) 2013 % 2012* % Variação Concessões 98,9 0,7 153,2 81,7% -35,5% Imobiliário 26,9 0,2 22,1 11,8% 21,3% Energia 1,4 0,0 1,6 0,8% -13,8% Grupo e outros 10,3 0,1 12,9 6,9% -19,7% Eliminações intersegmentos -2,5 0,0-2,4-1,3% - Totais 135,0 1,0 187,4 100,0% -28,0% * Valores reexpressos Rentabilidade Para melhor análise transcrevem-se de seguida, agregadas de modo conveniente para facilitar a análise, as principais componentes de formação dos resultados para o exercício findo e para o exercício imediatamente anterior: 2013 % GO 2012* % GO Variação (milhares de Euros) Atividades Continuadas Volume de Negócios ,4% ,9% -28,0% Variação da Produção ,8% ,9% 32,0% Outros Ganhos Operacionais** ,4% ,0% 295,7% Proveitos operacionais (PO) ,0% ,0% -29,0% Custo Merc. Vend. e Mat. Cons ,5% 340 0,2% 92,7% Fornecim. e Serviços Externos ,3% ,1% -34,5% Gastos com Pessoal ,1% ,6% -24,0% Outras Perdas Operacionais ,1% ,9% -76,9% EBITDA ,6% ,5% 27,7% Amortiz., Provis. E Ajustam. (líq. de reversões) ,5% ,7% 144,0% Resultado Operacional (EBIT) ,9% ,8% - Resultado Financeiro ,6% ,5% 20,8% Resultado Antes Impostos ,4% ,7% -73,1% Imposto sobre o Rendimento ,3% ,9% - Resultado Liquido das atividades continuadas ,8% - Resultado Líquido das atividades descontinuadas Resultado consolidado do exercício Resultado Atribuível ao Grupo ,2% * Valores de 2012 reexpressos ** Sem reversões de ajustamentos tratados a jusante Para um volume de negócios inferior em 28,0% adveio um incremento no EBITDA de 27,7%. Este resultado na análise interanual é bastante influenciado pela diferença de expressão das Outras perdas operacionais, que em 2012 estavam influenciados por fatores não recorrentes 14. Ao nível das amortizações, provisões e ajustamentos, é o exercício de 2013 que é particularmente agravado com um valor de 54,6 milhões de Euros registado, face ao valor de 22,4 milhões de Euros do ano anterior. O registo de imparidades em ativos das áreas dos parques de estacionamento, energias e imobiliário e o abate do goodwill da Energia Própria, são os fatores que predominantemente contribuem para esta evolução. 14 Designadamente o impacto dum processo de índole fiscal (8,7 milhões de Euros ) e o write-off de créditos nos Estados Unidos (no valor de 11,1 milhões de Euros ) 21

22 Rentabilidade por Área de Negócio (milhões de Euros) 2013 % Margem 2012 (*) % Margem Variação EBITDA 37,2 100,0% 27,6% 29,2 100,0% 15,6% 27,7% Concessões 31,5 84,8% 31,9% 46,6 160,0% 30,4% -32,4% Imobiliário 6,9 18,5% 25,6% 5,6 19,1% 25,2% 23,3% Energia Própria -1,0-2,6% -69,5% -2,5-8,7% - -62,2% Grupo e Outras -1,2-3,3% -12,0% -22,6-77,5% - -94,5% Eliminações ao nível do Grupo 1,0 2,7% - 2,0 7,0% - - EBIT -17,4 100,0% -12,9% 6,8 100,0% 3,6% - Concessões -1,8 10,3% -1,8% 26,4 391,1% 17,3% - Imobiliário -5,6 32,0% -20,7% 2,8 41,8% 12,8% - Energia Própria -1,8 10,1% - -2,7-40,2% - -35,3% Grupo e Outras -4,5 25,7% -43,2% -21,8-323,0% - -79,5% Eliminações ao nível do Grupo -3,8 22,0% - 2,0 30,3% - - Resultado Financeiro O resultado financeiro situou-se em -24,6 milhões de Euros quando tinha sido de -31,0 milhões de Euros em O custo líquido de financiamento melhorou de -30,9 milhões de Euros para -20,5 milhões de Euros sendo a principal componente a destacar, uma vez que os rendimentos e mais-valias de participações de capital desceram de 8,4 milhões de Euros para 3,4 milhões em Resultados Antes de Impostos e Resultado Líquido A conjugação do resultado operacional e do resultado financeiro acima analisados gerou um resultado antes de impostos de - 42,0 milhões de Euros (-24,3 milhões de Euros em 2012). O imposto sobre o rendimento foi afetado especialmente pelo write-off de ativos por impostos diferidos referentes a reporte de prejuízos fiscais, no valor de 19,1 milhões de Euros 15, cifrando-se num valor de -16,7 milhões de Euros. Deste modo o resultado líquido das atividades continuadas ficou assim expresso pelo valor negativo de -58,7 milhões de Euros bastante influenciado pelos ajustamentos que foram sendo descritos ao longo deste relatório. Importa ainda referirmo-nos ao resultado líquido das atividades descontinuadas que se cifrou no valor de 7,5 milhões de Euros (- 28,4 milhões de Euros em 2012). Este valor corresponde, fundamentalmente, à performance anual do segmento da construção, complementado com o resultado inerente à substituição dos ativos e passivos desta área, pelo justo valor das respetivas participações. Adiante, aquando da análise setorial dos resultados da Construção, encontrar-se-á informação sobre a composição deste resultado. Adicionando os resultados líquidos das atividades continuadas e das atividades descontinuadas chega-se ao resultado consolidado do exercício de -51,2 milhões de Euros (-47,5 milhões de Euros em 2012) dos quais -50,7 milhões são atribuíveis ao Grupo e -0,4 milhões aos interesses não controlados pelo Grupo. 15 Principalmente da atividade nos Estados Unidos. 22

23 Demonstração da Posição Financeira Consolidada Ao nível da demonstração da posição financeira consolidada (DPFC) e numa análise comparativa com o ano anterior destacamse os seguintes aspetos, que estão naturalmente interligados: Uma redução muito substancial dos valores totais do ativo e do passivo, passando o total do balanço para um valor inferior a mil milhões de Euros (face a um valor de 1,8 mil milhões em 2012) resultante, fundamentalmente, da descontinuação do negócio da Construção; As rubricas discriminadas deixam de conter a influência da área de negócios de construção, com exceção da participação da Soares da Costa Construção, SGPS, que passa a figurar no ativo pelo justo valor enquanto os ativos e passivos da Prince são representados em linhas próprias. Tendo presentes estes vetores fundamentais fica decifrada a chave para uma correta interpretação da evolução interanual das diferentes rubricas do balanço cujas notas explicativas integrantes das demonstrações financeiras dão, a nosso ver, suficiente desenvolvimento analítico. Não obstante, detemo-nos aqui pela evolução do CAPITAL PRÓPRIO atribuível ao Grupo que sofreu em 2013 uma redução de 16,7 milhões de Euros (ao passar de 50,9 milhões de Euros para 34,2 milhões de Euros). Os principais fatores explicativos desta variação são os seguintes: A incorporação do resultado líquido do exercício (-50,7 milhões de Euros); A variação líquida de impostos diferidos, no justo valor dos instrumentos financeiros de cobertura (essencialmente swaps de taxa de juro da área de concessões) de +26,7 milhões de Euros; A transferência para resultados de itens de capital próprio da atividade descontinuada da Construção, no valor de 7,1 milhões de Euros. 5. DESEMPENHO POR ÁREA DE NEGÓCIO 5.1 CONSTRUÇÃO A Soares da Costa Construção, SGPS, S.A. é a sociedade que lidera esta área de negócio. Há ainda que considerar com atividade relevante no segmento da Construção a sociedade Prince, LLC que, exercendo a sua atividade nos Estados Unidos, passou a partir do final do 3º trimestre de 2013, a deixar de pertencer ao domínio da Soares da Costa Construção, passando para o domínio direto da Grupo Soares da Costa. Como se fez referência acima, com a perda de controlo do Grupo na Construção, SGPS, S.A., a atividade da Construção é considerada nas demonstrações financeiras que em conjunto se apresentam como atividades descontinuadas. O resultado líquido das atividades descontinuadas do segmento da Construção foi de +7,8 milhões de Euros 16 em 2013, face ao valor reexpresso de 2012 de -28,3 milhões de Euros. Sem prejuízo das notas constantes das Políticas Contabilísticas e Notas Explicativas que fazem parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas, apresenta-se de seguida a sua formação por rubricas de demonstração de resultados, de modo similar ao que se apresentou para as atividades continuadas: 16 A diferença para o valor do resultado líquido das atividades descontinuadas constante da demonstração de resultados consolidada, que é de 7,5 milhões de Euros, respeita ao resultado da descontinuação da Self Energy UK. 23

24 (milhares de Euros) 2013 % GO 2012* % GO Variação Volume de Negócios ,6% ,2% -26,2% Variação da Produção ,1% ,5% -68,3% Outros Ganhos Operacionais ,5% ,3% -14,0% Ganhos e Rendimentos Operacionais* (GO) ,0% ,0% -25,0% Custo Merc. Vend. e Mat. Cons ,3% ,6% -15,4% Fornecimentos e Serviços Externos ,5% ,3% -23,3% Gastos com Pessoal ,5% ,6% -13,4% Outras Perdas Operacionais ,8% ,2% 28,8% EBITDA ,1% ,2% - Amortiz., Provis. e Ajustam. (líq de reversões) ,9% ,2% 32,3% Resultado Operacionais (EBIT) ,0% ,2% - Resultado Financeiro ,0% ,2% - Resultado Antes Impostos ,0% ,0% - Imposto sobre o Rendimento ,6% ,0% - Resultado Líquido do Exercício ,5% ,0% - * Valores de 2012 reexpressos ** Sem reversões de ajustamentos tratados a jusante Neste âmbito, deixamos ainda uma referência para o Resultado Financeiro de 2013 no valor de 74,4 milhões de Euros que, para além da atividade normal, foi influenciado por dois fatores de caráter excecional: A reestruturação do serviço de dívida que originou o registo de ganhos no valor de 58,2 milhões de Euros; A substituição dos valores dos ativos e passivos consolidados pelo justo valor da participação na Soares da Costa Construção originou um ganho de 53,8 milhões de Euros. Sendo o setor tradicional de intervenção e constituindo o mais importante vetor de negócios do Grupo Soares da Costa, interiorizando nas suas competências todas as valências, especialidades e artes na cadeia de valor do negócio, e em que a internacionalização assume um papel preponderante, dá-se conta em seguida dos principais aspetos que envolveram a atividade da Construção durante 2013 nas diferentes geografias de atuação: PORTUGAL Após as fusões verificadas em 2012 da Contacto e da Maxbela e da ocorrida no início do ano de 2013 da Socometal todas incorporadas na Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, as subsidiárias relevantes com intervenção significativa no mercado doméstico são: Sociedade de Construções Soares da Costa, SA e Clear Instalações Electromecânicas, SA. Para além disso, existem em operação vários Agrupamentos Complementares de Empresas (ACEs) consolidados pelo método proporcional, em que a primeira das sociedades acima enunciadas participa; é ainda de acrescentar, consolidadas pelo método proporcional, as participadas do segmento das obras ferroviárias e marítimas: Somafel e OFM. Como se viu em capítulo anterior, o mercado da construção em Portugal encontra-se num estado de profunda depressão. O investimento público, desde meados de 2011, reduziu-se de forma abrupta a uma ínfima expressão. Paralelamente, a confiança dos investidores privados tornou-se negativa e o clima de incerteza em que vivemos conduziu a que também o investimento privado registe níveis historicamente baixos. A queda acentuada e persistente da procura tem vindo a provocar efeitos e implicações negativas severas no lado da oferta com a desarticulação de dezenas de unidades económicas que não sobreviveram e a necessidade de adaptação da dimensão de outras. Este inexorável ajustamento estará em grande parte realizado mas persistem ainda, no plano nacional, sinais de 24

25 sobredimensionamento que se tornam visíveis na exacerbada concorrência aos exíguos projetos concursados e no concomitante aviltamento dos preços. Não obstante a vocação internacional da sua atividade, a Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, seja diretamente seja através dos agrupamentos complementares de empresas em que participa, mantém-se com enfoque no mercado doméstico, tendo realizado em 2013 várias obras relevantes. Entre estas destaca-se, obviamente, a conclusão da empreitada de construção da Autoestrada Transmontana. Para além da referida autoestrada, em cuja construção esteve envolvido o agrupamento complementar de empresas CAET XXI, onde a sociedade tem uma participação de 50%, merece referência, ainda que com peso menor ditado apenas pela grandiosidade daquela, a conclusão em 2013 das seguintes obras: Gasoduto de Mangualde-Celorico-Guarda, para a REN; Pousada da Serra da Estrela, para a ENATUR; Bloco de Aljustrel, para a EDIA; Bloco de Pedrógão, para a EDIA; Construção do alargamento e beneficiação para 2x3 Vias, do sublanço Maia / Santo Tirso, da A3, para a Brisa. De entre outras obras plurianuais que se encontram em execução e são dignas de nota pela sua dimensão, e que terminarão em 2014, podem-se citar as seguintes: Adutora Moura/Safara, para as Águas do Alentejo; ETAR de Paço de Sousa, para a Simdouro; Hotel Sana Evolution, para a Aziparque; Tróia Resort para o Grupo Pestana. A Clear é outra subsidiária da sociedade com atividade no país e também em Angola neste caso através da sua subsidiária Clear Angola. Em Portugal, apesar de se enfrentar uma conjuntura adversa com escassez de projetos, a Clear conseguiu manter um bom nível de utilização da capacidade instalada, participando em vários projetos de relevância nacional, quer em complementaridade da sociedade construtora do grupo, quer autonomamente, salientando-se os seguintes: Pousada da Serra da Estrela, na Covilhã, para a Enatur, integrada na Rede de Pousadas de Portugal. Concluiram-se em 2013 todos os trabalhos das especialidades de climatização, eletricidade, hidráulica, gestão técnica e segurança contra incêndios. Hotel Corinthia Lisboa, contou com a colaboração da empresa na otimização dos consumos energéticos na climatização do edifício. É uma obra emblemática para a Clear, pelo pioneirismo dos trabalhos na área da eficiência energética aí desenvolvidos. Este projeto foi distinguido com o prémio Western Europe Region Energy Project of the Year atribuído pela Association of Energy Engineers (AEE), destinado a projetos que se destaquem pela inovação realizados fora dos Estados Unidos. A empreitada do Hotel Sana Evolution Lisboa foi adjudicada em fevereiro de 2013 pela Aziparque, sendo a Clear responsável pela execução das instalações especiais de climatização, hidráulica, sistemas de segurança contra incêndios, gestão técnica do edifício e instalações elétricas. Groz Beckert Construção do Bloco Industrial, em Valadares, V. N. de Gaia: iniciou-se no último trimestre de 2013 a execução das instalações especiais de eletricidade, telecomunicações, climatização, hidráulica e de gestão de um novo pavilhão industrial destinado à ampliação da produção desta fábrica. Central de Valorização Orgânica do Seixal: concluíram-se as instalações elétricas e mecânicas dos edifícios e dos principais equipamentos e desenvolveram-se e instalaram-se os sistemas de automação e controlo. Deu-se também 25

26 início à fase de ensaios em vazio dos principais equipamentos eletromecânicos, incluindo os respetivos sistemas de automação e controlo. Nas Infraestruturas de Rega e Drenagem do Bloco de Aljustrel e de Pedrogão, para a EDIA, terminaram-se os trabalhos das especialidades da ampliação do Bloco de Rega de Aljustrel e também todos os trabalhos das especialidades de hidráulica, eletricidade e de telegestão da empreitada de construção das infra-estruturas de rega e de drenagem do novo Bloco de Rega de Pedrogão 3. Apesar das carências sentidas pela economia com referência à capacidade de resposta do setor ferroviário segmento da atividade da participada Somafel - prosseguiu a deterioração do setor decorrente da severa limitação orçamental das entidades públicas ferroviárias imposta pela tutela governamental. Assim, no mercado nacional a produção da Somafel ficou praticamente confinada à execução das prestações do contrato de manutenção para a REFER lotes 2 e 5 em curso, que transitou do ano anterior e de outras pequenas intervenções. No relatório do grupo de trabalho para as Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado destacam-se, entre as prioridades definidas para o setor ferroviário a conclusão do plano de modernização da linha do Norte, a modernização da linha da Beira Alta, a intervenção na linha de Cascais e as novas ligações internacionais Sines-Caia e Aveiro-Vilar Formoso. Contudo, o impacto destes projetos na atividade das empresas do segmento ferroviário apenas será expectável que ocorra depois de Na área das obras portuárias, alvo da OFM, regista-se, entre outras obras, a conclusão da empreitada de Fornecimento e Montagem de Dezassete Defensas na Doca 2 Norte, no Porto de Leixões, que consistiu no fornecimento e montagem de defensas, incluindo a remoção de defensas degradadas e da empreitada (em consórcio) de Construção das Infraestruturas Portuárias e Obras de Melhoramento das Condições de Abrigo do Porto da Madalena, Ilha do Pico, para os Portos dos Açores, S.A. Foi igualmente concluída, em consórcio, a empreitada designada de Construção de Rampa para Navios RO-RO e Ferry, e Obras Complementares, no Porto de São Roque do Pico, para os Portos dos Açores, S.A. Esta participada manteve primordialmente em 2013 a atividade internacional em projetos situados na Argélia, Cabo Verde, Moçambique, Venezuela, Brasil e em Angola, destacando-se pelo volume e importância do contributo para o volume de negócios o projeto de intervenção no Porto de La Guaira, na Venezuela, que se concluirá previsivelmente em abril de ANGOLA O mercado de Angola, onde a sociedade tem presença ininterrupta há mais de três décadas, assume-se como um mercado estratégico primacial na atividade da sociedade, tendo esta logrado atingir elevado patamar de prestígio e reputação, nomeadamente no segmento de construção de edifícios, com a construção de projetos de grande importância e significado nos diversos subsegmentos: residencial, comercial e de escritórios. No ano de 2013 depararam-se algumas dificuldades inesperadas de planeamento da produção em consequência de projetos que tendo sido concursados e até contratados acabaram anulados ou suspensos, alguns dos quais sem data prevista para o seu início. Acresce que, conforme já referido em relatórios intercalares, os atrasos verificados no início da execução das obras de requalificação das Encostas da Boavista e Sambizanga, que se iniciou apenas em março e de forma condicionada, do projeto habitacional para a Angola LNG, no Soyo, e das infraestruturas e edifícios administrativos do Polo Industrial da Fútila, em Cabinda, que apenas se iniciou no final do ano, implicaram efeitos nefastos na normal distribuição da atividade produtiva originando descontinuidades e menores ritmos de trabalho cujos impactos se procuraram atenuar mas que acabaram por influenciar de modo importante o volume de negócios, conforme se verificará em capítulo próprio. O mercado angolano, apesar do exposto, manteve em 2013 o seu papel de primeiro mercado com mais de duas dezenas de obras significativas ativas, merecendo especial referência a conclusão dos seguintes projetos: Requalificação da Baía de Luanda, para a Sociedade Baía de Luanda; Novo edifício sede do INE em Luanda; Restauro e construção do Museu das Forças Armadas de Angola. 26

27 Entre as obras de maior relevância na produção e volume de negócios do ano, para além das acima referidas, apontam-se as seguintes: Edifício Sede do BESA, 2ª fase, em Luanda; Museu da Ciência e Tecnologia em Luanda, para o GOE; Luanda Towers, para a Vista Club; Requalificação das Encostas da Boavista e Sambizanga, em Luanda, para o Ministério do Urbanismo e Construção; Novo edifício de escritórios, em Luanda, para a Companhia de Seguros AAA; Edifícios Muxima Plaza em Luanda, para a Prominvest; Torres Dipanda em Luanda, para a Novinvest; Edifício no Lobito, para o BESA; Sedes Provinciais do INE, em Malange, Huambo e Benguela; Diversos trabalhos em Luanda, para a SONILS; Centro Cultural do Huambo, para o Governo Provincial. A Clear Angola tem vindo a afirmar-se como empresa líder no mercado Angolano das instalações especiais de eletricidade, hidráulica, climatização, building management systems e manutenção. A competência técnica dos seus recursos, a robustez financeira e a capacidade em meios humanos tem vindo a permitir que a CLEAR Angola seja a empresa selecionada, com sucesso, para as obras de maior dimensão ou complexidade técnica. Destacam-se em seguida as empreitadas e projetos mais relevantes em que a sociedade Clear Angola esteve envolvida durante o ano de 2013: Edifício Luanda Ex-IPGUL, onde ficou instalada a CACL - Comissão Administrativa da Cidade de Luanda, foi concluída a intervenção da Clear desde o projeto até à execução das especialidades de eletrotecnia, AVAC e hidráulica. Edifício BESA, Lobito na Cidade do Lobito, foi concluída a empreitada nas especialidades de eletrotecnia e de hidráulica. Supermercado Descontão no Camama, Belas, Luanda instalações hidráulicas. Edifício Baía, em Luanda, concluído com intervenção nas especialidades de eletrotecnia e hidráulica. É de salientar o desenvolvimento e implementação nesta obra de um sistema de contagem de consumos de energia elétrica, água e gás, comummente designado por Energy Management. Edifício Fénix, em Luanda, concluído com a atividade nas três especialidades, eletrotecnia, AVAC e hidráulica. Edifício Sede da Imprensa Nacional, em Luanda, angariado em 2013, a Clear contribuiu com as especialidades de eletrotecnia, AVAC e hidráulica. No mix de atividades da Clear Angola a eletricidade passou a representar 60% do output (58% um ano antes), e a climatização manteve-se em 16%. Registou-se um acréscimo na manutenção que gerou proveitos de 13% (5% em 2012) tendo sido a hidráulica a baixar de peso relativo para 11% (21% um ano antes). MOÇAMBIQUE Moçambique é, também, um mercado de intervenção de longa data da Soares da Costa e que nos anos mais recentes tem vindo a assumir uma importância crescente não só pelo significado no volume de negócios e rentabilidade que passou a representar, mas também pela relevância, qualidade e importância das obras/projetos que têm sido desenvolvidas ou tem em desenvolvimento. Para além da atividade diretamente desenvolvida pelo estabelecimento estável da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, mais direcionada para os projetos internacionais, a atividade é desenvolvida através da subsidiária de direito moçambicano, 27

28 Soares da Costa Moçambique, SARL, detida pela Soares da Costa Construção, SGPS, SA em 80%, estando a participação remanescente na titularidade do Estado de Moçambique. Da atividade da Sociedade de Construções Soares da Costa SA, em Moçambique, regista-se que prosseguiram a bom ritmo os trabalhos nas obras anteriormente adjudicadas e transitadas do ano anterior. Assim: Nova ponte de Tete: foi concluído em outubro o tabuleiro em betão, estando igualmente terminadas as obras em betão dos viadutos de aproximação. Decorrem, com algumas limitações, alheias ao construtor, os trabalhos nas estradas de acesso. É expectável a conclusão deste projeto durante 2014; Projeto da aerogare de Pemba: encontra-se em fase final de conclusão, prevendo-se que à data da disponibilização deste relatório já tenha entrado em funcionamento; Lotes 2 e 3 da EN 221: foram concluídas as terraplanagens, a execução do solo-cimento está praticamente concluída e foram iniciados os trabalhos de revestimento superficial duplo. A conclusão deste projeto está prevista para o 2º trimestre de Por outro lado, foram iniciados no presente exercício os seguintes empreendimentos: Execução de trinta pontes ferroviárias no Corredor de Nacala, para a CDN (participada da Companhia mineira Brasileira, Vale); este contrato foi no final de 2013 ampliado com mais doze pontes, constituindo este projeto, nesta altura, o maior desafio que a empresa tem em Moçambique. Execução de nove pontes rodoviárias para a ANE Administração Nacional de Estradas, nas províncias de Manica e Sofala. Este projeto de conceção/construção, e que foi angariado em 2012, tem a execução das tarefas relacionadas com a conceção terminadas, tendo sido montado o estaleiro da obra; a grande maioria do volume de trabalhos será realizado em Com referência à atividade da participada Soares da Costa Moçambique, SARL, assinale-se o incremento assinalável no volume de negócios (+24%), e também na carteira de encomendas o que sugere a sustentabilidade de um patamar elevado dos negócios no horizonte perscrutável futuro. Assinala-se a conclusão das seguintes obras: Construção do Edifício do Solar das Acácias, Maputo; Reabilitação do Museu da Revolução, Maputo; Construção de diversas obras sociais em Caia e Chimuara; Construção de silo-auto anexo ao Edifício do Millennium Developers, Maputo; Reabilitação de laje e cave do edifício Torres Altas, Maputo; Reabilitação do edifício Pombal, para a HCB - Songo, Tete; Expansão do sistema de abastecimento de água à aldeia de Bobole; Construção de 15 habitações do Tipo 3 para a HCB na Vila do Songo, Tete; Reabilitação do edifício da ex-salvador Caetano, Matola; Construção do terminal de contentores de ferro-cromo do MCT, Machava; Construção da 4ª fase do ISDB - Instituto Superior Dom Bosco, Maputo. Por sua vez, outro lote significativo de obras foram iniciadas no exercício, nomeadamente: Construção de maciços para postes de linhas de alta tensão para a Electrotec, Maputo; Ampliação do edifício para os estúdios da agência Golo, Maputo; Remodelação dos últimos andares e fachada do edifício-sede da Petromoc, Maputo; 28

29 Construção da agência do BCI, em Xai-Xai; Remodelação de instalações para a agência do BCI da Av. do Trabalho, Maputo; Remodelação de instalações para a agência do BCI do Alto Maé, Maputo; Construção do bloco administrativo e salas de aula do ISAP no Tchumene, Maputo; Restauro do ex-almoxarifado da Casa do Artista, na Beira; Construção de Complexo Pedagógico na UEM - Universidade Eduardo Mondlane (URBE) Maputo. A simples listagem das obras supra permite verificar a abrangência e amplitude da distribuição geográfica de atuação da empresa já atingida neste país. Aproveitando ainda a capacidade instalada em Moçambique, a empresa tem em execução uma obra de construção de 11 quilómetros de estrada e duas pontes na Suazilândia, projeto angariado em finais de Em abril de 2013 foram iniciados os trabalhos, tendo sido já realizados trabalhos assinaláveis na estrada e os pilares e encontros da ponte principal de Siphofaneni. Em finais de 2013 iniciou-se em Moçambique a atividade da Somafel no setor ferroviário com uma prestação de serviços, de ataque, nivelamento e alinhamento de via com equipamento pesado, para empresa congénere no norte do país. Foi também constituída uma filial da Clear que iniciou a atividade durante o ano tendo em carteira, no âmbito das suas especialidades, a empreitada de reabilitação da nova filial do Banco de Moçambique, na Beira. ESTADOS UNIDOS A atividade do Grupo no mercado dos Estados Unidos da América continuou, no ano de 2013, a ser assegurada pela Prince Contracting, L.L.C.. Baseada em Tampa, Florida, esta empresa tem a sua atividade centrada nos projetos de infraestruturas rodoviárias neste estado, participando ainda em algumas obras semelhantes na Geórgia. Concluíram-se, durante 2013, as seguintes obras: US27 (SR25) x SR50 projeto de conceção-construção (design-build), na zona de Orlando, Flórida, no valor de 21 milhões de Dólares, envolvendo a renovação de um troço de estrada e respetivas pontes; New Tampa Boulevard Bridge ponte sobre a estrada interestadual (interstate) 275, na zona de Tampa, Flórida, no valor de 13 milhões de Dólares; North Cattlement Road terraplenagens, construção de estradas e paisagismo, na envolvente de um complexo para a prática de remo próximo de Sarasota, Flórida, no valor de 22 milhões de Dólares; I-75 from South of Pierce Ave. to North of Arkwright Dr. alargamento de um trecho de 3,65 milhas da interestadual I- 75, incluindo a reconstrução ou renovação de 7 novas pontes, no condado de Macon, Geórgia, no valor de 62 milhões de Dólares. Mantiveram-se durante o ano nove obras ativas, sendo as seguintes as mais relevantes: I-595 Corridor Improvement Segments A and B (Express Toll Lanes) localizado na zona de Fort Lauderdale, Flórida, com o valor de 104 milhões de Dólares, consiste na remodelação e reconstrução de um troço de autoestrada portajada com 4,3 milhas; I-75 Tampa alargamento entre a SR56 e Fowler Road no valor de 96 milhões de Dólares, consiste na reconstrução e alargamento de 11 milhas da autoestrada interestadual I-75 na zona de Tampa, incluindo a construção de 19 pontes; tem o prazo de execução de 1,500 dias, prevendo-se que a conclusão seja antecipada cerca de 600 dias; I-75 SWFIA Airport Access - contrato de conceção-construção (design-build), no valor de 54 milhões de Dólares; consta do projeto e construção de uma nova ligação direta, com 8 milhas, entre a interestadual I-75 e o terminal do Aeroporto Internacional do Sudoeste da Flórida (SWFIA), em Fort Myers. 29

30 BRASIL A atividade no Brasil foi exercida em 2013 essencialmente através da Linha 3 Construções Ltda. uma sociedade em que participam em quotas iguais (50%) as empresas Soares da Costa Brasil Construções Ltda. e a Gutierrez Empreendimentos e Participações Ltda. A Soares da Costa Brasil Construções, Ltda., é detida integralmente (indiretamente) pela Sociedade a que se reporta este relatório. A referida sociedade concluiu em agosto de 2013 o projeto da Linha 3 da Fábrica de Cimentos de Cezarina, em Goiás, linha de toneladas/dia, para a Cimpor Brasil, que fora iniciada em abril de 2012, num valor de 57,8 milhões de Reais. Esta sociedade está também a participar na obra de ampliação da aerogare do Aeroporto Internacional de Viracopos em Campinas, São Paulo, para o consórcio construtor Viracopos (CCP) que, tendo-se iniciado em finais de 2012, tem data prevista de conclusão em finais de março de Existe ainda potencial de contratação de mais obras no âmbito do plano de investimentos da concessão do Aeroporto de Viracopos no ano de Para além da Soares da Costa Brasil Construções Ltda, a Sociedade de Construções Soares da Costa, SA tem registada no Brasil uma sucursal autorizada a funcionar neste país pela Portaria nº 12, de 14 de junho de 2011, do Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior. Continuando a dar passos importantes em termos de resposta às exigências habilitacionais dos editais dos concursos públicos nacionais, quanto à capacitação técnica por via do registo de novos atestados de obras da sociedade junto do CREA, existem legítimas expectativas relativamente à participação em contratos de construção dos programas de investimento estaduais e da união já anunciados e decorrentes das necessidades de infraestruturas no Brasil. O contrato de construção de 1890 casas populares e respetivas urbanizações no Estado do Ceará, num valor de 84 milhões de Reais, angariado pela sucursal, aguarda a homologação por parte do Governo do Estado de Ceará. S. TOMÉ E PRÍNCIPE No ano de 2013, a atividade neste território concentrou-se nos três projetos seguintes: Ampliação do edifício sede do Banco Internacional de São Tomé e Príncipe, consistindo na construção de um edifício de 4 pisos junto ao que já existia. Tratou-se de uma obra no valor de cerca de 3 milhões de Euros, tendo sido concluída em maio. Reabilitação da Estrada Nacional nº 1, 1ª fase, Protecção Costeira. Obra no valor total de 6,6 milhões de Euros, decorre entre os PK e PK da Estrada Nacional nº 1 que liga a cidade de São Tomé à cidade das Neves. Nesta zona junto ao mar, está a ser desenvolvida a construção de novos taludes e aquedutos, assim como a reparação dos já existentes. Serão executados igualmente muros de suporte, antecedendo a movimentação de terras e terraplanagens. Construção do edifício sede do Banco Central de São Tomé e Príncipe: edifício de 4 pisos com área bruta de construção de 4.245,85 m 2, cujo contrato no montante de cerca de 6,5 milhões de Euros, foi assinado em janeiro de Todavia, por motivos a que o empreiteiro esteve alheio só no último trimestre do ano se deu início aos trabalhos de escavação para as fundações que, pondo a nu as características do solo implicaram, tendo em vista a estabilidade do edifício, a revisão do projeto mediante o reforço das estruturas. Assim, espera-se em 2014 o arranque efetivo da construção. OUTROS MERCADOS INTERNACIONAIS A atividade internacional da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA encontrou-se, em 2013, essencialmente centrada nos mercados que, pela sua importância, já foram acima objeto de abordagem específica. No entanto, a busca de novas oportunidades conduziu à execução de outras empreitadas, em mercados não core. Neste caso merece destaque o projeto de conceção-construção dos nós de ligação entre o Aeroporto Internacional de Mascate e a Via Expresso de Mascate, no Sultanato de Omã. Adjudicada em 2012, está em plena execução através de uma unincorparted jointventure (consórcio) da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, com a Oman United Engineering Services L.L.C., tendo o seu fim previsto durante o 1º semestre de Na Roménia, o contrato para a obra Constructia Variantei de Ocolire Tecuci cujo cliente é a autoridade nacional de estradas da Roménia (CNADNR - Compania Nationala de Autostrazi si Drumuri National din Romania S.A.) foi unilateralmente rescindido por este, em outubro de Neste quadro, não existe atividade produtiva em curso sendo propósito da gestão descontinuar a atividade neste mercado que apresentou características e variáveis particularmente difíceis de gerir. 30

31 Na Costa Rica a atividade de construção exercida através da subsidiária Sociedade de Construciones Centro-Americanas, S.A. surgiu em complementaridade com a área das concessões do Grupo Soares da Costa. Com o projeto San José Caldera concluído e tendo sido alienada a participação na outra concessão (San José-San Ramón) a atividade em 2013 foi inexpressiva. 5.2 CONCESSÕES Do contexto económico desenvolvido em capítulo anterior, ressaltam, com especial impacto no segmento das concessões, o programa de reequilíbrio orçamental do Estado português que tem conduzido o Governo a encetar negociações no sentido de ver atenuados os seus encargos com as PPP e ainda a persistência de algumas restrições ao financiamento, o que condiciona de modo significativo o lançamento de novos projetos. Destacam-se em seguida os principais aspetos de atuação do Grupo, nesta área: CONCESSÕES DE TRANSPORTES No âmbito das concessões rodoviárias existem atualmente em desenvolvimento e sob a gestão participada da área de negócios de Concessões do Grupo Km de rede viária em construção, operação e manutenção, correspondendo a um investimento global de milhões de Euros. De destacar as operações da Scutvias (autoestrada da Beira Interior), já em velocidade de cruzeiro e com resultados positivos que logo que terminadas as negociações com o concedente permitirão regressar à distribuição de dividendos e ao pagamento de juros de suprimentos. No projeto da Autoestrada Transmontana concluíram-se em setembro de 2013 os trabalhos de construção, estando em fase de operação. Este projeto conta com um investimento acumulado de 700 milhões de Euros. Com este projeto, a Soares da Costa Concessões, SGPS apresenta, juntamente com a concessão da Scutvias, um total de 371 km de rodovias com perfil de autoestrada em exploração. Por último, e não menos importante, referimo-nos ao projeto das Estradas do Zambeze, em Moçambique, que inclui a construção e exploração da Nova Ponte de Tete e a manutenção de aproximadamente 700 km de estradas. Vejamos em seguida os principais aspetos da atividade das participadas do Grupo deste subsegmento das concessões rodoviárias em 2012: Scutvias Auto-Estradas da Beira Interior, S.A. Esta participada é a sociedade concessionária da SCUT da Beira Interior, que compreende a autoestrada A23 entre Abrantes e Guarda, numa extensão de 177,5 Km, composta por seis lanços: Abrantes - Mouriscas, Mouriscas - Gardete, Gardete - Castelo Branco, Castelo Branco - Alcaria, Alcaria - Belmonte (Teixoso) e Belmonte (Teixoso) - Guarda. Estes 6 lanços são ainda subdivididos em 27 sublanços. A estrutura contempla ainda a existência de três Centros de Assistência e Manutenção, um principal (Lardosa) e dois secundários (Envendos e Caria), para além de cinco áreas de serviço: Abrantes, Vila Velha de Ródão, Castelo Branco, Fundão e Guarda. Na sequência da decisão unilateral do Estado Português em passar a cobrar taxas de portagem na A23, desde o dia 8 de dezembro de 2011 que estão em funcionamento os equipamentos de cobrança em treze pontos de contagem, cujas taxas constituem receita da empresa Estradas de Portugal, SA. Aquela decisão, vertida no Decreto-Lei nº 111/2011 de 28 de novembro, consubstancia uma situação passível de pedido de reequilíbrio por parte da Concessionária, facto já comunicado ao Concedente, o que poderá acarretar alterações significativas no modelo do negócio da Scutvias. 31

32 Durante o exercício de 2013 manteve-se a aplicação do Despacho Conjunto do Ministério das Finanças e da Economia e do Emprego, de 13 de dezembro de 2012, onde o Concedente revalidou o regime de transição para o período que decorre entre o início das cobranças e a conclusão das negociações com o Estado Português, retomadas no final de 2012, com a constituição da Comissão para a renegociação dos contratos referentes às PPP do setor rodoviário. Acrescente-se ainda que a Concessionária não assume qualquer responsabilidade sobre as atividades de cobrança ou sobre o risco que lhe está inerente. Desde a sua entrada em vigor, aquela alteração legislativa teve um efeito bastante acentuado nos níveis de tráfego da Concessão, pelo que, durante o ano de 2013, e conjugado com o cenário de crise económica e financeira que se viveu, o tráfego acabou por ficar aquém do expectável. Por outro lado, em 2013, e em face dos condicionalismos externos, o Governo Português obrigou-se a realizar todas as diligências necessárias à conclusão da renegociação dos contratos de PPP do sector rodoviário, pretendendo atingir uma redução de encargos para o erário público em 2013 de cerca de 30% face ao valor originalmente contratado. Para este efeito, o Governo Português decidiu proceder à racionalização dos níveis de serviço das autoestradas portuguesas, dentro dos limites da legislação comunitária e dos padrões europeus aplicáveis, tendo promovido a revisão do modelo regulatório do sector rodoviário, com vista à redução, de forma sustentável e sem pôr em causa os requisitos de segurança rodoviária, dos encargos públicos emergentes dos contratos celebrados pelo Estado no âmbito deste sector. Desta forma, o Governo Português iniciou formalmente o processo para a renegociação de determinados contratos de PPP do sector rodoviário, tendo para o efeito sido constituída e nomeada uma comissão de negociação. Em face da necessidade de dar sustentabilidade às contas públicas, o Governo Português solicitou à Concessionária um esforço visando a identificação de todas as rúbricas passíveis de redução de encargos, passando pela redução da rentabilidade acionista e pelo ajustamento dos níveis de serviço. Com este enquadramento, as partes desenvolveram um processo negocial, tendo identificado um conjunto de modificações às atuais condições de exploração da Concessão que o Concedente entende viáveis e que, na atual conjuntura, são fatores que podem contribuir para a sustentabilidade do sistema de gestão rodoviária a curto, médio e longo prazo e assim salvaguardar a prossecução do interesse público. Para o efeito, as partes identificaram tais modificações contratuais, bem como o seu impacto na redução dos encargos suportados pelo Concedente, tendo assinado em julho de 2013 o Memorando de Entendimento para o Ajustamento das Condições do Contrato de Concessão da Beira Interior (MdE). No MdE assinado, destaca-se o novo modelo remuneratório da Concessionária, o qual inclui, por um lado, as taxas de portagem da Concessão da A23, e por outro, os pagamentos de compensação do Concedente. De referir que, em ambos os casos, o inicio da aplicação prevista no MdE assinado retroage a 1 de janeiro de Ao longo do exercício de 2013, a Concessionária deu cumprimento às suas obrigações contratuais, tendo assegurado a operação e manutenção da A23 em conformidade com o estipulado no Contrato de Concessão. O volume de tráfego apresentou um decréscimo de 10,2% em 2013 face ao ano anterior. Entre os vários fatores que justificam a diminuição de tráfego na Concessão da A23, destacam-se a introdução de portagens, o final da discriminação positiva que conferia aos utentes dez viagens gratuitas por mês, e ainda a conjuntura económica desfavorável. O VN ascendeu aproximadamente a 101,8 milhões de Euros, o que face a 2012, representa um decréscimo de 24,6%. Para além da redução do tráfego acima assinalado esta receita sofre o ajustamento por forma a refletir o resultado do processo negocial com o Concedente para a renegociação do contrato de concessão. Os gastos operacionais, contudo, situaram-se em 11,9 milhões de Euros, diminuindo 52,2% face ao ano anterior. Esta variação resulta essencialmente da evolução de duas realidades. Por um lado assistiu-se ao aumento dos trabalhos especializados derivado dos custos de cobrança de portagem e, por outro lado, à diminuição dos custos de conservação e reparação para 3,2 milhões de Euros (-84,4%) devido à renegociação com o subempreiteiro do respetivo contrato. Estas duas situações, têm na sua origem o processo negocial com o Concedente para a renegociação do contrato de concessão já mencionado anteriormente. O indicador EBITDA ascendeu a 89,9 milhões de Euros, que compara com o valor de 109,8 milhões de Euros alcançados no ano anterior. 32

33 Em 2013 a Scutvias apresenta um resultado financeiro de -36,5 milhões de Euros, enquanto em 2012 este indicador atingira - 39,0 milhões de Euros. Esta evolução justifica-se essencialmente pela redução verificada ao nível dos juros suportados com financiamentos bancários. Esta rubrica, que corresponde a 45,6% do total de gastos e perdas, apresentou uma variação de - 6,6% face ao período anterior, em linha com a diminuição dos montantes em dívida dos dois financiamentos existentes. O resultado líquido ascendeu a cerca de 15,0 milhões de Euros (24,9 milhões de Euros em 2012), o que consubstancia uma rentabilidade das vendas (resultado líquido / prestações de serviços) de 14,8% e uma rentabilidade dos capitais próprios de 14,3%. As perspetivas para 2014 apontam para a assinatura do novo contrato de concessão, o qual trará um conjunto significativo de novas disposições, embora algumas de natureza retroativa estejam já refletidas no exercício de Em termos das grandes linhas estratégicas que têm vindo a nortear a Scutvias, e sem prejuízo de ajustamentos necessários à nova realidade contratual, manter-se-á a aposta num relacionamento institucional cordial, baseado na defesa intransigente dos seus direitos, e norteada por critérios de equidade, integridade e seriedade, valores que fazem parte da chave do sucesso deste empreendimento e que esta Concessionária continuará de forma decidida e comprometida a manter. Ao nível dos processos críticos manter-se-á a busca pela excelência e rigor, de modo a garantir a eficiência e a rentabilidade. Autoestradas XXI, Subconcessionária Transmontana, S.A. O ano de 2013 destaca-se pela finalização da construção da Autoestrada Transmontana e a entrada em funcionamento da totalidade da rede. O último sublanço foi aberto ao tráfego no dia 6 de setembro de De forma a concluir atempadamente o projeto de construção, e cumprir com o prazo definido com o Concedente a Subconcessionária celebrou com o ACE Construtor o Acordo para Finalização da Autoestrada Transmontana, pelo qual se obrigou ao pagamento adicional no valor de 50,4 milhões de Euros. Os fundos necessários para assegurar este compromisso foram colocados à disposição da Subconcessionária pelos seus acionistas através de um empréstimo subordinado. Este ano fica igualmente marcado pelo término dos desembolsos das Entidades Financiadoras. No período compreendido entre 2009 e 2013, do total das três linhas contratadas banca comercial, BEI e BEI Garantida - foram utilizados 559,6 milhões de Euros dos 575 milhões de Euros inicialmente contratados. Esta diferença ficou a dever-se a uma poupança em termos de encargos financeiros face ao previsto no Caso Base em função dos atrasos verificados no cronograma de desembolsos que, por sua vez, esteve pendente, designadamente, da obtenção do visto do Tribunal de Contas. Tendo em conta a finalização da construção, o volume de negócios em 2013 reduziu-se para 91,7 milhões de Euros (-46,9%). O EBITDA foi de 0,7 milhões de Euros, ou seja ao mesmo nível do exercício anterior. O resultado financeiro foi de -1,4 milhões de Euros em resultado da conjugação de Gastos Financeiros de 37,9 milhões de Euros relativos a juros e gastos financeiros suportados essencialmente com as linhas de financiamento e ganhos financeiros de 36,5 milhões de Euros relativos à margem financeira do ativo financeiro da (sub)concessão. O resultado líquido do exercício situou-se na casa dos 0,5 milhões de Euros que compara com o valor positivo de 1,0 milhões de Euros em O Grupo em 2013 incorpora 50% dos interesses nesta sociedade por via da participação de 46% no capital detido pela Soares da Costa Concessões SGPS, SA e de 4% da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA. No decorrer de 2014 a Subconcessionária continuará as atuais negociações com a Estradas de Portugal por forma a alcançar um acordo relativo a um eventual novo modelo para a subconcessão. Estradas do Zambeze, SA Esta sociedade de direito Moçambicano participada pelo Grupo em 40% foi constituída em 12 de janeiro de 2010, tem sede em Maputo e tem por objeto social a realização das seguintes atividades, em regime de concessão de obra pública: O projeto, construção, financiamento, operação e manutenção periódica e de rotina da Nova Ponte de Tete; A reabilitação, financiamento, operação e manutenção de rotina das estradas nacionais entre Cuchamano e Zóbué (N7 e N8), numa extensão aproximada de duzentos e sessenta quilómetros; 33

34 A manutenção de rotina da estrada entre Cassacatiza e Tete (N9), com uma extensão aproximada de duzentos e sessenta e oito quilómetros; A manutenção de rotina da estrada entre Colomué e Mussacama (N304), com uma extensão aproximada de cento e cinquenta quilómetros; e, A operação e manutenção de rotina da ponte Samora Machel em Tete, bem como o desenvolvimento de todas as atividades subsidiárias, complementares ou conexas e a prestação de todos e quaisquer serviços relacionados com as atividades atrás mencionadas, designadamente, a cobrança de portagens e a eventual exploração de quaisquer áreas de serviço. Para a prossecução do seu objeto social, a Empresa (a Concessionária) celebrou, em 28 de julho de 2010, um contrato de concessão com o Governo da República de Moçambique, representado pelo Ministro das Obras Públicas e da Habitação (o Concedente), mediante o qual assumiu obrigações irrevogáveis, pelo período de 30 anos, no âmbito da concessão que lhe foi atribuída. As obras de construção iniciaram-se em setembro de 2010, após ter sido, em 30 de abril de 2010, celebrado o contrato de projeto e construção com o Consórcio Construtor, composto pelas empresas Mota-Engil, Engenharia e Construção, S.A. (43,5%), Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. (43,5%) e Opway Engenharia, S.A. (13%). A partir de 1 de outubro de 2011, a operação passou a ser assegurada pela empresa Operadora das Estradas do Zambeze, S.A. O ano de 2013 foi o ano em que se atingiu a velocidade de cruzeiro nas atividades que compreendem o projeto da concessionária Estradas de Zambeze. Assim, foram concluídas em 2013, com antecipação de cerca de 4 meses relativamente ao prazo estabelecido, as estruturas do Viaduto de Acesso e da Nova Ponte de Tete, estando em curso os trabalhos de acabamento tais como a colocação de rails de proteção, guarda-corpos, passeios, etc. Para além da antecipação do prazo já referida releva-se o facto de os trabalhos terem sido desenvolvidos sem a ocorrência de acidentes graves. Estão em curso os acessos da nova ponte, embora ainda se verifiquem alguns constrangimentos da responsabilidade do Concedente, relativo às Expropriações e aos Reassentamentos (realojamentos) das populações residentes. O ano de 2013 ficou marcado pela consolidação das atividades de Manutenção de Rotina nos Eixos Secundários, Tete- Cassacatiza (N9) e Mussacama-Calomué (N304) e pela Reabilitação do Eixo Principal, Cuchamano-Tete-Zobué (N7/N8) que, tendo arrancado em dezembro de 2012, conheceu o seu grande avanço e desenvolvimento neste ano de Decorreu com normalidade a cobrança de portagens na Ponte Samora Machel ao longo deste ano, tendo-se conseguido aumentar a boa cobrança desta portagem e, consequentemente, a receita da Concessionária para fazer face aos compromissos que assumiu com o Concedente, os quais, de resto, conseguiu cumprir integralmente em Destaca-se este ano a celebração do Contrato de Subconcessão das Áreas de Serviço com a Petromoc, tendo em conta que estas áreas de serviço representam um impacto positivo no futuro dos utentes, na qualidade e segurança da circulação. Do ponto de vista da análise económico-financeira da concessão, nomeadamente quanto ao seu tratamento contabilístico, tomando em conta nomeadamente o disposto na IFRIC12, importa relevar que os termos do contrato de concessão ao assegurar níveis mínimos de rendimento conduzem ao modelo do ativo financeiro. O volume de negócios reconhecido no exercício de 2013 situou-se em 1,3 mil milhões de meticais praticamente ao nível do ano anterior (-1,2%) a que corresponde o contravalor em Euros de 32,6 milhões (35,9 milhões de Euros em 2012) denotando um efeito da valorização do Euro face ao Metical inerente às respetivas taxas de cambio de conversão. O EBITDA já no contravalor em Euros situou-se num patamar semelhante ao do ano anterior: 0,6 milhões de Euros, para após a consideração do resultado financeiro mais gravoso em 2013 (0,5 milhões de Euros face a 0,2 milhões um ano antes) e dos impostos (sem significado materialmente relevante) permitirem a libertação de um resultado líquido de 0,1 milhões de Euros (0,3 milhões em 2012). Perspetiva-se como objetivos que a sociedade se propõe cumprir em 2014 a conclusão da Nova Ponte de Tete, das novas Praças de Portagem a introduzir no eixo principal e a colocação da Sinalização vertical e horizontal ao longo da estrada reabilitada. Relativamente à Operadora das Estradas do Zambeze, SA - empresa que tem por objeto a Prestação de Serviços de operação e manutenção das vias que constituem o objeto da concessão da Nova Ponte de Tete atribuída à sociedade Estradas do Zambeze, S.A., - realizou um volume de negócios de 2,5 milhões de Euros tendo granjeado um EBITDA de 0,2 milhões de Euros, números 34

35 de patamar idêntico aos obtidos no ano anterior e que permitiram, face à irrelevância dos resultados financeiros em 2013, e após impostos o reconhecimento do resultado líquido de 0,1 milhão de Euros. ELOS Ligações de Alta Velocidade, SA Esta sociedade foi constituída em 2010 no seguimento da adjudicação ao consórcio coliderado pela Soares da Costa do contrato em parceria público-privada para a construção, financiamento, manutenção e disponibilização do troço entre Poceirão e Caia e que faria parte da futura ligação em alta velocidade entre as cidades de Lisboa e Madrid. Dada a participação do Grupo na sociedade (16,3%) esta não é consolidada estando o investimento realizado registado ao custo. Como já é do conhecimento público, o Tribunal de Contas recusou a 21 de março de 2012, o visto prévio ao contrato de concessão, conduzindo ao cancelamento do projeto. Na sequência, a empresa iniciou o processo de desvinculação de colaboradores, de desativação do seu escritório e de revogação de todos os contratos firmados para a prossecução do contrato de concessão. Também na sequência da recusa do visto prévio a empresa iniciou a preparação de um pedido de pagamento do Estado relativo aos custos incorridos com a concessão o qual foi enviado ao Estado em 30 de julho de 2012, reclamando o valor de 159,4 milhões de Euros, à data. Não tendo o Estado Português respondido ao pedido de pagamento apresentado a ELOS iniciou a preparação de uma ação em Tribunal Arbitral. No que concerne aos contratos de financiamento, foi assinado em junho um acordo (Partial Assignement Agreement) entre a Empresa, o Banco Europeu de Investimento (BEI), e o sindicato bancário constituído pela Caixa Geral de Depósitos, Banco Comercial Português e Banco Espirito Santo mediante o qual foram transferidas para os Bancos Comerciais as duas facilidades de crédito contratadas com o BEI, efetuadas através da cessão de posição contratual do BEI para o sindicato bancário. As facilidades cedidas foram a (Part A Loan) no montante de Euros, ainda por utilizar e a facilidade de Euros (Part B Loan), com um valor de utilização, à data, de Euros. Tendo sido expressa pelo Estado Português, através do sindicato bancário, a intenção de aproveitar as condições do pacote financeiro do projeto, incluindo os contratos de swap de taxa de juro, foi efetuada a 22 de janeiro de 2013, a cessão da posição contratual da empresa, em todas as facilidades de crédito e contratos de swap, à Parpública. Tendo o Estado Português cancelado o Projeto ficará a ELOS, a partir de 2013, a gerir a Ação em Tribunal Arbitral, por forma a poder recuperar os custos incorridos durante mais de dois anos com este projeto. A encerrar esta secção uma referência ao projeto: Metro de Telavive - Israel No que respeita à disputa arbitral que visa dirimir o litígio existente entre o concedente (o Estado de Israel) e a Metropolitan Transportation Solutions (MTS), sociedade concessionária em que o Grupo Soares da Costa detém, através da Soares da Costa Concessões, SGPS, SA, uma participação de 20%, relativamente à decisão do primeiro de unilateralmente pôr termo ao contrato referente ao Tel Aviv Light Rail Project, importa referir que, em 2013, o processo de arbitragem teve um normal desenvolvimento. Terminada a fase de produção de prova documental e prestados os depoimentos das testemunhas, o processo está em fase de apresentação pelas partes das alegações finais, sendo expectável que venha a ocorrer uma decisão até ao final do ano de CONCESSÕES DE PARQUES DE ESTACIONAMENTO Na sequência da generalizada perda do poder de compra, decorrente da conjuntura desfavorável e das consequentes medidas de consolidação orçamental implementadas pelo Governo, manteve-se em 2013 uma retração na procura interna com particular quebra da procura do estacionamento tarifado, objeto da nossa atividade e que aqui interessa analisar. 35

36 Apesar desta conjuntura desfavorável a CPE Companhia de Parques de Estacionamento, SA, registou um crescimento orgânico com a entrada em funcionamento de duas novas unidades de negócio (Parque da Gare do Oriente e Estacionamento na Via Pública de Gondomar), passando, assim, a explorar lugares dos quais se referem à exploração da Via Pública ( on-street ) e ao estacionamento de Parques em Estrutura ( off-street ). A empresa conseguiu prosseguir a sua política de redução dos gastos operacionais (aproximadamente 0,1 milhões de Euros), resultante do conjunto de medidas de gestão implementadas. Destacamos ainda a entrada em funcionamento da Sala de Operações, 24 horas por dia, todos os dias do ano, centralizando a gestão de 7 parques de estacionamento e reduzindo a presença humana nos parques e a operacionalização do Portal CPE. O VN cifrou-se em 5,4 milhões de Euros, crescendo 24,8% face ao valor de 4,3 milhões de Euros em 2013 e gerando um EBITDA de 2,1 milhões de Euros (2,4 milhões em 2013). Este facto deve-se ao peso do contrato de concessão da Gare do Oriente que, dada a natureza do contrato, realiza um significativo volume de negócios mas liberta uma margem pequena ainda que segura. Todavia, o resultado operacional foi afetado pesadamente pelo registo de imparidades nos investimentos referentes a seis parques de estacionamento no valor de 10,2 milhões de Euros. O resultado líquido no exercício foi afetado negativamente por um ajustamento de redução do ativo não corrente, em 10,2 milhões de Euros, relativo a investimentos em seis parques de estacionamento. Também o desreconhecimento de ativos por impostos diferidos por reporte de prejuízos afetou o resultado líquido que se cifrou em -12,1 milhões de Euros (-6,8 milhões um ano antes). No âmbito do Grupo Soares da Costa, o segmento dos parques de estacionamento, é complementado pela Costaparques - Estacionamentos, SA, com atividade circunscrita à exploração do parque de estacionamento subterrâneo Gemini e de zona de estacionamento delimitado à superfície, em Oliveira de Azeméis, num total de lugares de estacionamento uma vez que a gestão do parque de estacionamento da Galeria Central, no Campo 24 de agosto, no Porto passou a ser da incumbência da CPE. Também neste caso foi registada uma imparidade de 934 mil Euros em relação ao investimento feito no Parque Gemini, em Oliveira de Azeméis que continua a apresentar um volume de receitas pouco expressivo e muito distante dos parâmetros que conduziram à realização do investimento. Este efeito foi determinante na evolução do resultado líquido que foi negativo em 816 mil Euros. CONCESSÕES DE ÁGUA E ENERGIA Indaqua, S.A. Por via da participação da Soares da Costa Concessões SGPS, o Grupo detém uma participação de 28,57% no capital da Indaqua, consolidando-a por equivalência patrimonial. A Indaqua, S.A. é uma empresa que resulta de uma parceria estratégica para o setor das águas entre alguns grupos económicos nacionais, com competências em diferentes áreas de negócio, atuando no setor do ambiente e na gestão do ciclo de água, integrando o tratamento de água, transporte e distribuição, recolha e tratamento de águas residuais. Durante o ano de 2013, confirmou-se a adjudicação à Indaqua do Concurso Público para a Concessão de Oliveira de Azeméis, após informação do Tribunal de Contas de que o respetivo Contrato de Concessão não estava sujeito a visto. O Grupo Indaqua ficou assim constituído pelas concessões de abastecimento de água dos concelhos de Fafe, Santo Tirso e Trofa, e pelas concessões de abastecimento de água e saneamento dos concelhos de Santa Maria da Feira, Matosinhos, Vila do Conde e Oliveira de Azeméis. Inclui também uma parceria público-privada com o Município de São João da Madeira que engloba água e saneamento. As referidas concessões têm prazos que variam entre os 25 e os 50 anos (a PPP de S. João da Madeira tem uma vida ilimitada), envolvendo a gestão de cerca de 216 mil clientes, uma população servida de 650 mil habitantes, km de redes de abastecimento de água e saneamento e 20,5 milhões de metros cúbicos de águas vendidos. As concessionaram investiram em infraestruturas cerca de 174 milhões de Euros, dos quais 17,9 milhões em Em termos comerciais, as concessões da Indaqua prosseguiram com o seu crescimento, traduzido num aumento de 1,6% no número de clientes de água e de 3% no número de clientes de saneamento. 36

37 Também, contrariamente às expectativas do início do ano, a globalidade das concessões da Indaqua aumentaram a venda de água em 2% e de saneamento em 1%, com uma subida assinalável do saneamento na concessão de Santa Maria da Feira. Por outro lado, a Indaqua reduziu substancialmente as perdas de água em todas as concessões, alcançando no final de 2013 um nível de perdas global de 20%. A este respeito é digno de assinalar a concessão de Santo Tirso/Trofa com 15,8% de perdas. Esta redução global das perdas traduziu-se numa diminuição muito significativa da água comprada em alta, de quase 7%. Estas melhorias operacionais e comerciais, aliadas à revisão anual dos tarifários em vigor, permitiram um crescimento global das vendas das concessões superior a 6% e uma melhoria generalizada da rentabilidade das diversas concessões. Em termos de estrutura de mercado respeitante às empresas privadas concessionárias dos serviços de distribuição de água e saneamento, o ano de 2013 foi marcado pela aquisição pela Beijing Enterprises Water Group à Veolia Environment, do total das ações correspondentes à sua filial CGEP Compagnie Générale des Eaux (Portugal) S.A. e das suas subsidiárias, que, a partir de novembro, passou a adotar a designação de Be Water, S.A.. Perspetiva-se ainda, a curto prazo, a alienação das participações da AGS, ao grupo Japonês Marubeni. Durante o ano de 2013 foram apenas publicitadas a abertura de dois concursos de concessão, um promovido pela Câmara Municipal da Nazaré que foi anulado antes de chegar à fase de entrega de propostas e outro promovido pela Câmara Municipal de Odivelas. Neste último apresentaram propostas seis concorrentes, encontrando-se presentemente em fase de avaliação, aguardando-se ainda a publicitação do respetivo relatório preliminar. Apesar da atividade comercial desenvolvida, atualmente não se conhece nem se perspetiva a abertura de novos concursos no próximo ano, já que a generalidade dos municípios aguarda a clarificação do quadro institucional e de apoios comunitários para tomarem decisões sobre as opções a tomar acerca da gestão dos serviços de abastecimento e água e saneamento. Hidroequador Santomense Exploração de Centrais Hidroeléctricas, Lda. Esta empresa detém uma participação de 60% na sociedade Hidroeléctrica STP, Lda., em S. Tomé e Príncipe, que tem por objeto a conceção, estudo, construção e exploração de centrais geradoras de energia, gestão de recursos energéticos, projetos eletromecânicos, elétricos e civis, sendo que os restantes 40% pertencem à EMAE, a empresa pública de distribuição de energia elétrica e de água em S. Tomé e Príncipe. No decorrer do mês de setembro, foi-lhe comunicada pelo Gabinete do Ministro das Obras Públicas, Infraestruturas, Recursos Naturais e Meio Ambiente de S. Tomé e Príncipe a intenção de revogação do Despacho que em 2006 concedeu à Hidroeléctrica STP o direito de construção e exploração de 14 mini-hídricas e convidando esta sociedade a retomar as negociações para solucionar a situação da central térmica de Bôbo Forro. Paralelamente foi a Empresa informada de que a Direção de Alfândegas de S. Tomé e Príncipe procedeu à venda em hasta pública dos equipamentos (e.g. geradores, turbinas e transformadores, e grande parte da conduta para a Central de Bombaím) ali depositados e que eram propriedade da Hidroeléctrica STP. Face ao evidente incumprimento do Contrato Administrativo de Investimento por parte do Governo de S. Tomé e Príncipe, a Hidroeléctrica STP submeterá a arbitragem da Comissão das Nações Unidas para o Direito Comercial Internacional de 1976 em conformidade com o previsto na cláusula 13ª do referido Contrato, a resolução do litígio instalado a menos que o Governo não consume a revogação do Despacho de A Hidroequador Santomense respondeu ao Ministério das Obras Públicas, Infraestruturas, Recursos Naturais e Meio Ambiente, lembrando que o contrato de fornecimento de energia na Central de Bôbo Forro foi rescindido com justa causa e que, por essa via, lhe é devida a quantia de 1 milhão de Euros nos termos de cláusula 11ª do mesmo contrato. Tendo em consideração o contexto de rutura com o Governo e demais entidades estatais santomenses, a Hidroequador Santomense procedeu a ajustamentos de redução do Ativo Não Corrente, em cerca de 4,1 milhões de Euros e no Ativo Corrente em 0,8 milhões de Euros, relativos aos investimentos no negócio das mini-hídricas em S. Tomé e Príncipe. A situação anterior impactou decisivamente o resultado líquido do exercício que foi negativo de 5,3 milhões de Euros. Soares da Costa Hidroenergia, SA e subsidiárias A Soares da Costa Hidroenergia, S.A. foi constituída em março de 2010, sob controlo maioritário da Soares da Costa Concessões, SGPS, SA e cujo objeto social é a construção e exploração de centrais hidroelétricas. Em dezembro de 2010, celebrou quatro contratos de implementação de aproveitamento hidroelétrico para um prazo de 45 anos, dois no Rio Zêzere, um em Abrantes e 37

38 outro em Castro D Aire, totalizando uma potência a instalar de cerca de 28 MW, para um investimento total de cerca de 44 milhões de Euros, a saber: Lote 1T Rio Zêzere; Lote 4T Cascata do Zêzere (Minas + Carregal); Lote 8T Abrantes; Lote 8C Rio Mel (Castro D Aire). Para a implementação e exploração de cada um dos projetos foi constituída uma sociedade específica. As carências de financiamento para um cabal desenvolvimento dos projetos tem conduzido a que estes estejam a evoluir mais lentamente do que seria desejável. Principais Indicadores Consolidados da área de negócio Concessões (milhões de Euros) * Variação Volume de Negócios (VN) 98,9 153,2-35,5% EBITDA 31,5 46,6-32,4% Resultados Operacionais (EBIT) -1,8 26,4 - Resultados Financeiros -21,4-18,2-17,6% Resultado Consol. Exerc. Atrib. Grupo -22,6 5,5 - *valores de 2012 reexpressos O negócio das concessões assenta, em geral, a sua base na realização de investimentos de grande volume com retornos de longo prazo de moderada segurança a requerer uma forte estrutura financeira e uma dimensão significativa. É reforçado o carácter impulsionador da área das concessões no segmento da construção, constituindo-se, aliás, como áreas complementares e de importantes fatores sinergéticos. Com o portfólio de projetos de concessões do Grupo e respetivo mix de atividades (em que coexistem investimentos em fase de maturação e de extração de rentabilidade com outros que ainda não atingiram o break-even e ainda alguns em fase de implementação), o decurso do tempo revela-se como uma variável favorável em termos de extração de rentabilidade, desde que não haja anormalidades no desenvolvimento regular dos projetos. Depois do exercício de 2012 ter possibilitado a obtenção de um resultado consolidado positivo neste segmento de negócios a performance se 2013 veio muito prejudicada em especial pelo registo significativo das imparidades que acima, na análise das respetivas participadas, foram sendo descritas. Os resultados financeiros que, em condições normais com a evolução dos projetos maduros, tendem a ter uma expressão menos negativa (pela amortização de dívida, como é o caso da Scutvias) também este ano advieram mais desfavoráveis do que em 2012 porque então beneficiaram de mais-valias na alienação da participada na Costa Rica (7,1 milhões de Euros) e agora viram cessadas as condições de capitalização dos juros dos projetos da Hidroenergia. 5.3 IMOBILIÁRIO Além da atividade de promoção imobiliária, esta área de negócios integra, também, a gestão de imóveis próprios, onde estão instalados os serviços de várias empresas do Grupo. 38

39 Principais Indicadores Consolidados da área de negócio Imobiliário (milhões de Euros) Var. Volume de Negócios (VN) 26,9 22,1 21,3% EBITDA 6,9 5,6 23,3% Resultados Operacionais (EBIT) -5,6 2,8 - Resultados Financeiros -0,9-4,8 - Resultado Consolidado Exerc. Atrib. Grupo -6,6-1,9 - O VN consolidado desta área foi de 26,9 milhões de Euros, um valor que supera em 21,3% o verificado no ano anterior na sequência do reconhecimento de vendas do projeto da Talatona Imobiliária, em Angola, sociedade que em 2013 passou a ser consolidada integralmente. Os indicadores consolidados desta área revelam um EBITDA de 6,9 milhões de Euros (+23,3% do que em 2012) mas o resultado operacional vem negativo no valor de -5,6 milhões de Euros (face ao valor positivo de 2,8 milhões em 2012). Este desempenho operacional está impregnado do registo de imparidades em imóveis mas também em contas de terceiros de valor significativo. Com efeito, as amortizações e perdas de imparidade e as provisões e ajustamentos de valor totalizaram 12,4 milhões de Euros em 2013 enquanto em 2012 assumiram o valor de 2,8 milhões de Euros. 5.4 ENERGIA PRÓPRIA O Grupo Self-Energy, detido pelo Grupo na participação de 57,26%, tem negócios na área de eficiência energética, tendo sido a primeira empresa ESCO (Energy Services Company) a operar em Portugal, e na área de Geração com instalações de microgeração solar e grandes centrais PV. O modelo de negócio da Self Energy conjuga o negócio de médio e longo prazo dos contratos ESCO com o curto prazo e o cash flow gerado pela venda de soluções de microgeração e outras soluções de produção de energias renováveis. Foram efetuados esforços relevantes durante 2013 no desenvolvimento da sua internacionalização em África, através da empresa em Moçambique, criada em 2009, e do estabelecimento de uma parceria para o início das atividades em Angola. Concretamente em Moçambique, com o apoio de parceiros locais, tem-se desenvolvido os negócios de eficiência energética e produção descentralizada de energia, tendo em atenção a regulamentação e a necessidade específica do mercado, onde os negócios têm tido um bom desenvolvimento apresentando já uma contribuição positiva para os resultados operacionais do Grupo. Em Angola estão a ser dados os primeiros passos havendo um manancial enorme de potenciais projetos a desenvolver. No mercado interno as áreas de micro e mini-geração e vendas de equipamentos foram duramente afetadas pelas restrições de crédito ocorridas em 2011 que permanecem e pelas consecutivas regulamentações com redução de tarifas de venda de energia à rede. Estes dois fatores negativos conjugados culminaram numa diminuição significativa de volume de negócios, obrigando à reestruturação da empresa e ao redirecionamento da atividade. Nesta perspetiva de redefinição de estratégia decidiu-se abandonar o mercado do Reino Unido por se considerar um mercado num estágio muito maduro e de difícil penetração. Em Portugal a atuação centrou-se na área da consultoria e da eficiência face aos constrangimentos de índole financeira que impossibilitam a iniciativa para grandes e novos negócios, e em simultâneo para o apoio ao desenvolvimento de negócios em África mais centrados na geração. O ajustamento significativo nos custos globais da empresa realizado em 2013 permitiu melhorar os indicadores de rentabilidade relativamente ao ano anterior mas ainda permanecem negativos. 39

40 Principais Indicadores Consolidados da Energia Própria, SGPS, SA (milhões de Euros) * Var. Volume de Negócios (VN) 1,4 1,6-13,8% EBITDA -1,0-2,5 62,2% Resultados Operacionais (EBIT) -1,8-2,7 35,3% Resultados Financeiros -0,5-0,1 - Resultado Consolidado Exerc. Atrib. Grupo -2,3-2,8 18,5% *valores de 2012 reexpressos Verificou-se já, todavia, um contributo positivo do EBITDA da atividade em Moçambique e o desenvolvimento expectável da atividade em Angola durante 2014, onde se espera uma performance operacional positiva, permite perspetivar, conforme previsto orçamentalmente, uma significativa melhoria destes indicadores. Importa ainda referir que o resultado líquido acima relevado foi significativamente influenciado por custos não recorrentes relacionados com a alienação na Larvick Espanha e ao reconhecimento de custos de projetos abandonados nomeadamente o projeto de Inovação Sol 3, que, de momento, não se perspetiva o seu desenvolvimento comercial. 6. CONTAS INDIVIDUAIS As contas individuais da Grupo Soares da Costa, S.G.P.S, S.A., são também elaboradas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), tal como adotadas na União Europeia. Refletem a realização de um volume de negócios de 5,0 milhões de Euros, um valor que se situa em idêntico patamar do ano anterior. Estes proveitos respeitam essencialmente à prestação de serviços técnicos de administração e gestão a outras empresas do Grupo. Os resultados operacionais foram ligeiramente negativos (-0,3 milhões de Euros) enquanto no ano anterior, afetados por facto não recorrente, 17 atingiram o valor de -9,8 milhões de Euros. Os resultados financeiros globalmente situaram-se em -90,7 milhões de Euros (face ao valor de -3,4 milhões de Euros em 2012). Para este valor contribui decisivamente o registo de Perdas por imparidade em investimentos financeiros, no valor de 92,4 milhões de Euros (apenas 2,2 milhões de Euros em 2012). Este elevado montante encontra-se detalhado por participada na PC&NE 20, tendo sido requerido para ajustar o valor contabilístico dos investimentos ao presumível valor de realização. A propósito da demonstração individual da posição financeira os factos a merecerem referência são os seguintes: A redução nos investimentos financeiros de 362,1 para 206,8 milhões de Euros que resulta fundamentalmente de dois fatores: a) o reforço dos ajustamentos de valor referentes às imparidades no valor de 92,4 milhões de Euros; b) o reembolso (parcial), no valor de 63,1 milhões de Euros, do investimento realizado na Soares da Costa Construção, SGPS, S.A. na decorrência da operação de redução de capital desta sociedade; No ativo não corrente ocorreu uma redução do valor dos ativos por impostos diferidos que passaram de 15,1 para 6,1 milhões de Euros, fundamentalmente por redução do reporte de prejuízos do Regime Especial de Tributação de Grupo de Sociedades; Ao nível do ativo corrente verifica-se um aumento em particular das Empresas do Grupo, Associadas e Participadas enquanto no Passivo a rubrica similar regista uma descida pronunciada na sequência da regularização de dívidas por parte da Sociedade a outras empresas do Grupo; 17 Assunção da responsabilidade pelo pagamento do valor de 8,7 milhões de Euros como condição para a suspensão provisória de um inquérito judicial por factos de índole fiscal ocorridos nos exercícios de 2001 a 2005, estando integralmente cumprida essa condição. 40

41 A dívida a entidades externas - Financiamentos Obtidos e que compreende os Empréstimos obrigacionistas e os Empréstimos bancários, mantém expressão quantitativa e distribuição entre passivo não corrente e passivo corrente semelhantes ao do ano anterior; Os capitais próprios alteraram-se fundamentalmente pela acomodação do resultado líquido do exercício (-96,2 milhões de Euros). 7. RECURSOS HUMANOS Na esfera dos Recursos Humanos, assume especial relevância o processo de ajustamento das estruturas predominantemente existentes em Portugal iniciado em finais de 2011 e que, tendo tido o principal desenvolvimento durante o ano de 2012, ultimou-se durante o primeiro semestre do ano. Este processo, desenvolvido de modo cuidadoso e progressivo com respeito pela legislação vigente, foi imbuído das preocupações de responsabilidade social que perpassa transversalmente o exercício de toda a atividade da Sociedade. Com principal incidência na Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, a reestruturação dos meios humanos afetou, ainda que com menor impacto, outras empresas. Tendo sido dada preferência à mobilização de efetivos para projetos internacionais quando tal foi possível, a dimensão necessária da intervenção não pôde deixar de saldar-se por uma redução bastante significativa do número de efetivos. Tendo consciência de que os recursos humanos constituem um dos pilares de competitividade e desenvolvimento das organizações, o Grupo mantém um conjunto de princípios e linhas de orientação estratégica em matéria de desenvolvimento de recursos humanos, tendo vindo a consolidar, progressivamente, um conjunto de metodologias e boas práticas promotoras do incremento do capital humano. RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL Numa perspetiva de valorização do capital humano existente na organização, o recrutamento interno foi a estratégia prioritária para resolução das necessidades de recursos humanos identificadas ao longo de A mobilização de recursos internos registou-se essencialmente para projetos internacionais. Foram desenvolvidos 135 processos de expatriação. Assim, o recurso ao recrutamento externo não teve expressão material. A Direção de Recursos Humanos desenvolveu quatro processos de recrutamento externo (um na Sociedade de Construções Soares da Costa e três na Clear). AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO A avaliação de desempenho é um sistema já integrado na cultura organizacional da Sociedade pelo que, apesar das alterações organizacionais registadas em diversas estruturas, foram desenvolvidas as diversas fases do processo de avaliação. FORMAÇÃO Foram realizadas durante o ano de 2013 diversas ações de formação, das quais se destacam: Inglês - No início do ano de 2013, realizaram-se em Angola duas ações de formação de Inglês. Estas iniciativas envolveram a deslocação de um formador de Portugal até Luanda. O objetivo destas ações foi desenvolver competências de comunicação neste idioma em dois grupos de formandos, um da Clear Angola, e outro da Soares da Costa - Sucursal Angola; Formação Interna - Esta é uma tendência de formação dos últimos anos na organização, e associa-se não só à gestão de recursos financeiros limitados, mas também à valorização do conhecimento interno, pois dispomos de recursos 41

42 tecnicamente habilitados, e com competências pedagógicas desenvolvidas, além do importante conhecimento da nossa realidade de negócio, fundamental para a customização da formação. Em 2013, esta aposta foi mantida, nomeadamente com a organização de ações de formação sobre MS Excel e SAP; Formação sobre nova Legislação/Regulamentação - A adaptação de procedimentos e práticas a desenvolvimentos legislativos é uma prioridade para a organização. Neste âmbito, em 2013, desenvolveram-se iniciativas formativas a propósito do novo Regime de Bens em Circulação; Pós-Graduação em Engenharia da Soldadura - Por forma a adaptar a Sociedade de Construções Soares da Costa à conformidade dos requisitos da Marcação CE, concretizou-se o investimento na especialização de um colaborador na área da soldadura, através da frequência de uma pós-graduação. ESTÁGIOS Concretizando a política de responsabilidade social do Grupo a Sociedade de Construções Soares da Costa, SA acolheu seis estágios curriculares ao longo do ano de Foram proporcionados cinco estágios na Direção Geral Técnica, e um na Direção de Produção. Através destes estágios curriculares, os estudantes tiveram a possibilidade de desenvolver conhecimentos em contexto de trabalho, num processo orientado por profissionais altamente qualificados. Por sua vez, a Clear efetuou o acolhimento de um estágio curricular, na área de Qualidade, Higiene, Segurança e Ambiente. NÚMERO DE TRABALHADORES O número médio de trabalhadores em 2013 ao serviço das empresas consolidadas pelo método integral foi de (4.829 trabalhadores, no ano anterior). A Sociedade de Construções Soares das Costa, SA, continua a ser o principal empregador do Grupo, com colaboradores (2.710 colaboradores um ano antes). Complementando esta análise, refira-se que, por sua vez, o número médio de efetivos das empresas consolidadas pelo método proporcional foi de 740 colaboradores (1013 um ano antes). A sociedade individualmente dispôs durante o ano de 1013 de um efetivo médio de 33 colaboradores (42 no ano anterior), embora a 31 de dezembro de 2013 o número de colaboradores esteja reduzido a PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS O Grupo Soares da Costa, conforme as peças que fazem parte deste Relatório e Contas evidenciam, exerce a sua atividade em vários segmentos de negócio e em vários espaços geográficos. Neste âmbito o Grupo está exposto, naturalmente, a diversos riscos. Do ponto de vista organizativo, funciona, no âmbito do centro corporativo e, por isso, com competência transversal a todo o Grupo, uma unidade de Análise e Gestão do Risco com o objetivo de assegurar a eficiência e a eficácia das operações do Grupo, a salvaguarda dos ativos, a fiabilidade da informação financeira e o cumprimento das leis e normas. A Unidade de Análise e Gestão do Risco tem como missão o apoio à Gestão através da identificação e acompanhamento dos principais riscos a que o Grupo está exposto, com vista a garantir o seu controlo e mitigação, permitindo assim a inclusão da dimensão risco nas decisões estratégicas e operacionais do Grupo. A análise do risco é assegurada pelas diversas unidades corporativas do Grupo. É desenvolvido um trabalho de identificação e priorização prévia dos riscos classificados como sendo mais críticos (determinados através da combinação da probabilidade de ocorrência e potencial impacto), e são definidas estratégias de gestão do risco com vista à implementação de procedimentos de controlo que o diminuam para um nível aceitável. Neste sentido o Grupo tem vindo a proceder à implementação de atividades de controlo que permitem mitigar os riscos. O objetivo é maximizar o trade-off entre os riscos e as margens de negócio de modo a atingir, de forma sustentada, os objetivos estratégicos do Grupo. 42

43 Essa matriz parte das linhas gerais do plano estratégico em vigor, das metas que pretende alcançar, do tipo de atividade que prossegue e dos países que constituem os locais preferenciais de intervenção estável. Depois, e em obediência a essas linhas gerais, define um conjunto de parâmetros que orientam os objetivos estratégicos de assunção de riscos e toda a sua monitorização para conferir a conformidade dos riscos efetivamente incorridos com aqueles objetivos. Para se poder efetuar a apreciação e ulterior monitorização, através da sua organização interna, as diferentes áreas de gestão da empresa (Desenvolvimento de Negócios, Direção de Finanças, Controlo de Gestão, Recursos Humanos, Serviços Jurídicos, etc.) identificam e avaliam os riscos que as suas decisões, nas respetivas áreas de intervenção e competência, envolvem e elencam as medidas que os possam prevenir ou minimizar. Em função desse levantamento, acompanhado criticamente pela unidade central, são tomadas as decisões relativas ao negócio, país ou projeto em causa, designadamente a decisão de contratar ou não contratar ou das condições para a contratação. O sistema de análise e gestão é um processo interativo, que percorre todas as fases de um projeto, desde o seu levantamento potencial, em momento de pura prospeção, e até ao seu epílogo, em que todas as responsabilidades com elas relacionadas se mostram extintas. Naturalmente que, na sua evolução, são erigidos alguns marcos essenciais de tomada de decisão mais alargada, quer para avaliar se os potenciais riscos e a forma de os abordar se encaixam no perfil estratégico definido, quer para averiguar se os mecanismos e procedimentos de controlo estão a ser observados e se se mostram adequados. Para a sua cabal gestão, são criados procedimentos de informação detalhada, com conteúdo adequado a cada fase, que permitirão fazer o acompanhamento atempado das diversas vicissitudes e agir em cima das ocorrências. Todo o processo está aberto aos contributos de revisão e aperfeiçoamento que qualquer estrutura entenda propor e é objeto de reflexão e avaliação periódica envolvendo quer os serviços de apoio, quer as áreas operacionais. Os principais riscos que poderiam adversamente afetar o Grupo no alcance dos objetivos estratégicos definidos são os seguintes: 43

44 Envolvente económica O setor da construção em Portugal tem vindo a apresentar uma quebra acentuada dos níveis de produção e investimento. A degradação da procura (pública e privada) e as dificuldades na obtenção de crédito bancário são os principais constrangimentos do sector. As perspetivas, embora já comecem a surgir alguns sinais de retoma, não apontam para uma recuperação a curto prazo. Potenciais Riscos: Dificuldades em manter uma carteira de obras geograficamente equilibrada. Dificuldades na obtenção de crédito junto de entidades credoras para avançar com novos projetos. Dificuldades de recebimento dos clientes, incluindo entidades públicas cujo prazo médio de recebimentos é cada vez mais dilatado. Atrasos na execução dos projetos, necessidade de procura de alternativas de fornecimento no mercado e/ou imputação de penalidades por incumprimentos contratuais resultantes de falhas nos serviços prestados por fornecedores e subempreiteiros, essencialmente decorrentes de dificuldades financeiras e/ou incumprimento de prazos de pagamentos. Medidas adotadas pelo Grupo: A falta de projetos verificada no mercado nacional é compensada pelo Grupo com a constante procura pelo incremento da atividade nos mercados estratégicos externos, de forma que o efeito negativo seja compensado. O Grupo procura desenvolver a sua atividade em diversos mercados de forma a dispersar o risco e a evitar dependências excessivas de um só mercado. O Grupo procura distinguir-se pela prestação de um serviço de excelência, comprovado pela vasta experiência reconhecida no mercado, procurando por esta via fidelizar os clientes, assegurar um relacionamento que compreenda e dê resposta às suas necessidades, privilegiando a relação custo-benefício das propostas apresentadas, contribuindo para elevados padrões de qualidade no sector da Construção. O Grupo estuda e analisa a capacidade financeira e o historial existente com o cliente no momento em que decide aceitar ou não um projeto, adaptando a estratégia de realização da obra ao perfil do Cliente. Durante a realização dos projetos é realizado um acompanhamento periódico do cumprimento das responsabilidades financeiras do Cliente. O Grupo procura desenvolver um relacionamento duradouro com subempreiteiros com os quais mantém uma relação de qualidade-preço aceitável. O Grupo possui planos de contingência para dar resposta imediata a eventuais incumprimentos. Adicionalmente o Grupo trabalha com garantias e retenções de pagamentos como forma de mitigar o impacto de qualquer incumprimento/insolvência. Leis e Regulamentos O Grupo opera em vários mercados e as suas atividades estão sujeitas a exigências legais e regulamentares diferentes, complexas e exigentes. Potenciais Riscos: Medidas adotadas pelo Grupo: O incumprimento de uma lei ou regulamento pode desencadear processos judiciais contra o Grupo que podem resultar em custos acrescidos para a organização, danos na imagem e/ou reputação e degradação dos negócios. O Grupo acompanha e estuda as novas leis e regulamentos que sejam emanadas para os mercados onde opera, de forma a antecipar os impactos que as mesmas possam provocar na organização e a adotar os mecanismos necessários para assegurar o seu cumprimento. Qualquer decisão tomada pelo Grupo tem em conta o quadro legal e regulamentar aplicável ao mercado em análise. 44

45 Conduta/Ética O Grupo opera em parceria com outras sociedades e relaciona-se com diversas entidades (fornecedores, clientes, subempreiteiros, ). O Grupo está exposto aos riscos que podem resultar da realização de ações e comportamentos menos regulares, discriminatórios ou até antiéticos por parte dos diversos parceiros de negócio. Potenciais Riscos: Medidas adotadas pelo Grupo: Exposição a situações de incumprimentos de códigos de ética e de conduta estipulados pelo Grupo e a comportamentos antiéticos por parte dos parceiros que podem resultar em perdas financeiras, perdas de clientes e danos irreversíveis na imagem e reputação do Grupo. Os Recursos Humanos O Grupo possui um código de ética e de conduta divulgado por toda a organização e partilhado por todos os colaboradores. A Gestão e a Unidade de Auditoria Interna verificam e monitorizam o cumprimento das normas, regras e códigos de ética e conduta. O Grupo estuda e analisa o comportamento e o historial de atuação dos potenciais parceiros antes de estabelecer a parceria. O sucesso do Grupo depende da sua capacidade de reter e/ou recrutar os melhores colaboradores, com as melhores competências e comportamentos. Potenciais Riscos: Medidas adotadas pelo Grupo: A falha no recrutamento/ retenção de talentos dentro da organização pode implicar a redução da capacidade do Grupo para responder da forma mais adequada e mais apropriada às oportunidades de negócio presentes e futuras. O Grupo mantém políticas de remuneração adequadas de forma a atrair e a reter colaboradores chave. Existe na organização um sistema de avaliação de desempenho que permite, em simultâneo, definir os colaboradores certos para os cargos certos e motivar os colaboradores por via do reconhecimento e perspetiva de progressão na carreira. O Grupo assegura que a saída/substituição dos colaboradores é controlada de modo a manter o conhecimento na organização. O Grupo mantém políticas de incentivo à formação contínua, apoiando os seus colaboradores na participação ativa em ações de formação e cursos adequados à função e cargo que ocupam, dotando-os de uma maior capacidade de resposta face a situações imprevistas. 45

46 Propostas/ Execução de Projetos Todos os anos o Grupo apresenta propostas a um vasto número de concursos. O Grupo executa projetos de elevada complexidade em termos de engenharia, arquitetura e construção. O sucesso dos projetos depende da combinação do rigor dos orçamentos, da capacidade de execução, da capacidade de cumprir prazos, da experiência e da gestão contratual. É utilizado o recurso a parcerias sempre que se entenda que a qualidade da proposta a apresentar é por essa via beneficiada em termos de conhecimento e/ou experiência. Potenciais Riscos: Em caso de desacordo, prestação/desempenho negativo ou insolvência do parceiro, o Grupo pode ser exposto a perdas financeiras e a danos de imagem e/ou reputação. A apresentação de propostas/orçamentos desajustados do risco inerente ao projeto podem implicar custos significativos irrecuperáveis para o Grupo. O incumprimento dos requisitos do projeto e/ou dos prazos acordados com o cliente pode resultar em perdas financeiras significativas e em danos na imagem e reputação do Grupo. Segurança e Sustentabilidade Medidas adotadas pelo Grupo: Um dos requisitos de análise de risco a ser cumprido na fase do Go/no Go, Bid/no Bid e Sign/no Sign é a avaliação rigorosa do parceiro em análise, nomeadamente no que respeita ao histórico de incumprimentos, capacidade financeira, reputação no mercado, experiência, recursos e conhecimentos. A parceria é acompanhada e monitorizada durante toda a fase de execução do projeto. O sistema de análise e gestão do risco existente no Grupo é um processo interativo, que percorre todas as fases de um projeto, desde o seu levantamento potencial, em momento de pura prospeção, até ao momento do término da sua execução. O grupo possui procedimentos de informação detalhada, com conteúdo adequado a cada fase, que permitirão fazer o acompanhamento atempado das diversas vicissitudes e agir em cima das ocorrências. Para cada potencial risco o Grupo define um conjunto de medidas de controlo e mitigação por forma a evitar a sua ocorrência e/ou a minimizar os seu impacto. Durante a fase de execução dos projetos os potenciais riscos identificados são, minuciosamente, revistos, acompanhados e monitorizados. O Grupo está envolvido em projetos complexos que requerem uma monitorização constante dos riscos associados ao Ambiente, Segurança e Higiene no trabalho e dos impactos provocados nas populações locais. Potenciais Riscos: Incorrer em riscos desta natureza pode expor o Grupo a responsabilidades decorrentes do incumprimento de obrigações legais, nomeadamente a custos financeiros elevados e a danos de imagem e de reputação. Medidas adotadas pelo Grupo: O Grupo possui políticas e procedimentos detalhados e rigorosos no que respeita a ambiente, segurança e higiene no trabalho que minimizam a probabilidade de ocorrência destes riscos, bem como certificação nestas matérias. O Grupo possui uma política de sustentabilidade que tem como missão corresponder às exigências reais do mercado e dos seus clientes, através de um modelo de negócio sustentado, recursos qualificados e motivados, geradores de valor económico, social e ambiental. O objetivo da gestão do risco do capital no Grupo Soares da Costa é salvaguardar a continuidade das operações do Grupo e assim proporcionar retornos para os acionistas e benefícios para os restantes stakeholders, manter uma estrutura de capital sólida para apoiar o desenvolvimento do negócio. O Grupo tem assim reforçado as suas políticas de análise do risco de forma a estar melhor habilitado a responder às incertezas e vicissitudes que decorrem da adaptação da sua atividade à retração do mercado nacional, com a consequente procura de alternativas que potenciem as suas capacidades. 46

47 9. SOARES DA COSTA NA BOLSA REPRESENTAÇÃO DO CAPITAL Nos termos do disposto no artigo 4, nº 3, dos estatutos, o capital social da sociedade é representado por cento e sessenta milhões de ações escriturais, ao portador, com valor nominal de um Euro cada, encontrando-se dividido em duas categorias de ações, reciprocamente convertíveis mediante deliberação da assembleia geral: a) cento e cinquenta e nove milhões novecentos e noventa e quatro mil quatrocentas e oitenta e duas ( ) ações ordinárias; b) cinco mil quinhentas e dezoito (5.518) ações preferenciais sem voto, cujos direitos atribuídos consistem num direito ao recebimento de um dividendo preferencial e ao reembolso preferencial do respetivo valor nominal na liquidação da sociedade. AÇÕES PRÓPRIAS A a Grupo Soares da Costa, SGPS, SA não detinha nenhuma ação própria, tendo alienado em abril de 2013, e conforme oportunamente comunicado 18, as ações próprias que detinha no final de COMPORTAMENTO EM BOLSA A ação do Grupo Soares da Costa registou em 2013 uma evolução positiva muito significativa, subindo 154% dos 0,13 Euros por ação no final de 2012 para 0,33 Euros a A cotação máxima atingida durante o ano foi de 0,39 Euros por ação. A ação recuperou assim das descidas consecutivas dos três anos anteriores, em que registou quedas de 65% (2012), 31,5% (2011) e 55% (2010). Esta evolução esteve em linha com a evolução do índice PSI20 e do índice que a ação integra, PSI Geral, que subiram 16,0% e 15,6% respetivamente, embora de forma menos acentuada. Em termos de setor de construção, a tendência de melhoria da cotação foi generalizada, tendo as outras duas empresas com ações comparáveis cotadas registado ganhos muito expressivos acima dos 175%. Relativamente à liquidez das transações, registou-se igualmente uma melhoria muito significativa, invertendo a tendência de queda dos últimos dois anos, com o número médio de ações transacionadas por sessão (excluindo portanto o factor de melhoria de cotação) foi de 341 mil ações o que compara com 50 mil ações em O número total de ações transacionadas em 2013 ascendeu a 87 milhões de ações (representando praticamente 3,0x o free float da Sociedade) o que compara com 13 milhões de ações no ano anterior (0,4x do free float). Alguns Indicadores Comportamento da Ação Soares da Costa Cotação início período (Euro) 0,13 0,37 0,54 1,19 Cotação final período (Euro) 0,33 0,13 0,37 0,54 Cotação máxima (Euro) 0,39 0,44 0,59 1,27 Cotação mínima (Euro) 0,13 0,13 0,27 0,49 Total de ações transacionadas (mil ações) Valor transacionado acumulado (milhões de Euros) 21,9 2,6 9,8 50,8 Número de ações transacionadas por sessão (média; mil ações) Valor transacionado por sessão (média; mil Euros) 85,8 10,3 38,1 196,9 Fonte: Euronext 18 Comunicado disponível em: 47

48 Evolução da Cotação da Soares da Costa (Euro) e Número de Ações Transacionadas (mil ações) em 2013 Fonte: Euronext 10. CARTEIRA DE ENCOMENDAS E PERSPETIVAS Julga-se suficientemente retratado nas secções anteriores o panorama depressivo do mercado da construção em Portugal. Tal contexto tem expressão natural na escassez generalizada de concursos, o que vem conduzindo a um aviltamento dos preços, e ainda na reduzida taxa de decisão dos concursos lançados. A exígua dimensão da procura atual do mercado nacional não constitui, pois, suporte da atividade das empresas de construção nacionais que vêm no reforço da aposta internacional a base de sustentabilidade do seu futuro. Na realidade, o mercado em 2013 caraterizou-se por uma enorme escassez de investimento em Portugal, o que conduziu a que as empresas de construção que não tinham cimentada a sua atividade internacional, na luta pela sobrevivência, optassem por uma fuga para a frente que se traduziu na completa degradação dos níveis de rentabilidade. Esta realidade resulta agravada pela ineficácia efetiva do sistema de alvarás no nosso país que não garante a diferenciação qualitativa necessária, e por alguma complacência quanto à efetiva implementação de sistemas de apoio e gestão quando se trata de empreiteiros de menor dimensão. O atual sistema de alvarás implementado leva a que seja aceitável que uma pequena empresa trabalhe praticamente sem estrutura de apoio, mas exige-se a cada uma das grandes empresas que responda com uma eficiência que acarreta necessariamente custos acrescidos, que na conjuntura existente não são suscetíveis de reflexão no preço. Já anteriormente, quando falámos da conjuntura, se manifestou a esperança de que esta situação seja alterada nos próximos anos, pelo restabelecimento de um nível de investimento minimamente adaptado ao mercado. Mas essa alteração só revelará resultados efetivos se for acompanhada por medidas complementares: a tantas vezes falada mas nunca concretizada criação da classe 10 de alvará, com regras exigentes mas garantias de qualidade consentâneas nomeadamente na execução de obras de grande complexidade técnica, terá que ser finalmente conseguida. A atividade comercial das estruturas sediadas em Portugal da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA esteve ao longo de 2013, por isso, inevitavelmente orientada para a atividade internacional. Não obstante, constituindo-se como garantia de futuro da atividade da empresa em Portugal, destacam-se aqui quatro das adjudicações realizadas no mercado nacional: Ampliação do Hotel da Ribeira, no Porto, para o Grupo Pestana; 48

49 Pousada de Lisboa, na Praça do Comércio, para o Grupo Pestana; Construção de Bloco Industrial para a Groz Beckert; ETAR de Beja, para as Águas do Alentejo. Em Angola, o investimento público em 2013 teve uma taxa de execução orçamental reduzida. Também, o mercado privado conheceu expressiva contenção tendo-se verificado que um número significativo de projetos, que haviam sido lançados e concursados vieram, posteriormente, a ser anulados ou suspensos pelas entidades promotoras a aguardar melhores oportunidades para a realização do investimento. Em particular, no mercado de Luanda e no segmento das obras de construção de edifícios, verificou-se uma diminuição acentuada (cerca de 25%) mas também um aumento da concorrência e uma consequente descida dos preços de construção e das margens. Elencam-se seguidamente as obras mais significativas adjudicadas ao longo do ano de 2013: Edifício sede do BESA Fase 2 arquitetura e especialidades; Projeto de escritórios e comércio Rainha Ginga, para a Hightown Real Estate Investments; Obras de instalações industriais para a SONILS; Embasamento e estrutura do edifício B do Empreendimento LUMEJ para a Prominvest; Construção do edifício sede da Empresa Nacional de Electricidade (ENE); Construção do edifício Frederico Welwitsch, para comércio, escritórios e habitação em Luanda; Segundo edifício do Data Center da Movicel em Talatona; Construção do Instituto Superior Politécnico do Huambo, para a Universidade Lusíada. Há também que realçar a angariação de projetos relevantes por parte da participada Clear Angola, que registou um aumento significativo em relação ao ano anterior, nas diversas especialidades da sua competência de que se destacam nomeadamente: IBS (Intelligent Building Systems) referente ao Hotel Intercontinental em Luanda; Hidráulica do edifício Lisampere em Luanda Sul; Eletrotecnia do edifício Masuika Office Plaza em Luanda Sul; Climatização e hidráulica do edifício Kaluanda, em Luanda; Hidráulica, climatização e eletrotecnia do edifício Imprensa Nacional em Luanda; Nova fase da remodelação em hidráulica, climatização e eletrotecnia do Hotel Presidente, em Luanda; Hidráulica, climatização e eletrotecnia edifício Maianga II em Luanda; Hidráulica, climatização e eletrotecnia para os SPINES de Benguela, Malange e Huambo; Eletrotecnia do edifício Centro Cultural do Huambo; Hidráulica, remodelação do Hotel Trópico em Luanda; Hidráulica, climatização e eletrotecnia do edifício Muxima Plaza, em Luanda. Em Moçambique num contexto fortemente dinamizado pelos investimentos externos em áreas como os recursos minerais (carvão) e gás natural, têm surgido diversas oportunidades de negócio, às quais a Soares da Costa tem dedicado a merecida atenção, esforçando-se por penetrar nesses nichos de oportunidade, à custa de investidas comerciais e candidatura a concursos públicos ou por convite, na perspetiva do engrandecimento da atividade e do incremento do volume de negócios neste mercado emergente. 49

50 Durante o ano de 2013 foram adjudicadas importantes obras de construção, a saber: Execução de trinta pontes ferroviárias no Corredor de Nacala para a CDN (participada da Companhia Mineira Brasileira, Vale). Este contrato celebrado em abril de 2013 viria a ser ampliado abrangendo a execução de mais doze pontes; projeto designado Drilling Campaign Civil Works para a Anadarko, na província de Cabo Delgado; consiste num conjunto de estradas rurais e plataformas para instalação de equipamento de perfurações para Gás. Este projeto permite á empresa ter um estaleiro em Cabo Delgado, a partir do qual se espera possam vir a ser desenvolvidos outros projetos; Construção / Conceção do Novo Edifício para o Ministério da Justiça, Maputo; Construção de 50 Casas para a HCB na Vila do Songo, Tete; Construção de Complexo Pedagógico na UEM - Universidade Eduardo Mondlane (URBE), Maputo; Reabilitação do Edifício-Sede do Conselho de Administração dos CFM, Maputo. As melhorias do clima económico nos Estados Unidos tiveram já algum reflexo na angariação de empreitadas pela Prince durante Os contratos adjudicados durante o ano, todos na Flórida e tendo como cliente o Departamento de Transportes (FDOT), foram os seguintes: US27 Barry Road to US192 projeto de conceção-construção (design-build), nos condados de Polk e Lake, no valor 22 milhões de USD e com conclusão em 2015; T7311 US301 projeto de estradas e pontes, no condado de Hillsborough (zona de Tampa), no valor de 21 milhões de USD e com conclusão em 2015; T1541 SR544 Scenic Highway renovação de um troço de estrada, no condado de Polk, no valor de 8 milhões de USD e conclusão em 2014; I-75 (North of CR54) Widening E7124 projeto de conceção-construção (design-build), no condado de Pasco, no valor de 71 milhões de USD e conclusão em 2016; T5469 SR50 Dean to Avalon renovação de um troço de estrada, nos condados de Orange e Brevard, no valor de 68 milhões de USD e conclusão em de No Brasil a atividade comercial foi desenvolvida em duas direções: Pela sucursal, na procura de parcerias em concursos públicos a fazer valer a qualificação técnica com base no acervo técnico e de conhecimento registado no CREA no Brasil, estando a empresa em condições de participação em concursos nacionais (abertos a empresas estrangeiras autorizadas a operar no Brasil,) tendo já sido apresentadas várias propostas no Estado do Ceará; Pela participada Linha 3 Construções Ltda. prioritariamente dirigida a projetos industriais de clientes privados, tendo sido apresentadas várias propostas em resposta a convites provenientes designadamente da ação comercial do parceiro Gutierrez Empreendimentos e Participações, Ltda. Durante o ano de 2013 apenas foram contratados dois importantes projetos adicionais, com o consórcio construtor Viracopos para a construção do Pier B e bem assim o já referido projeto de construção de 1890 casas populares no Estado do Ceará que aguarda a ordem de serviço, não se tendo atingido os objetivos de angariação de carteira de obras pretendidos apesar do elevado número e valor das propostas apresentadas. Também a Somafel e a OFM nos segmentos das obras ferroviárias e marítimas, respetivamente, vêem este mercado como de elevado potencial, com a intensificação de propostas comerciais e o início da atividade que se espera possa ser estendida brevemente à execução de empreitadas de grande porte. 50

51 CARTEIRA DE ENCOMENDAS A carteira de encomendas da Sociedade no final do exercício de 2013 ascende a 833,7 milhões de Euros dos quais 89,4% respeitam a obras a executar no mercado externo, conforme quadro que segue: Carteira de Encomendas (milhões de Euros) Dez.2013 % Dez.2012 % Variação Total ,0% ,0% -20,4% Portugal ,2% ,1% -67,5% Angola ,2% ,6% -11,3% EUA ,4% ,3% 25,3% Moçambique ,4% ,4% 7,2% Costa Rica ,1% Brasil ,2% ,6% 306,1% Roménia ,1% Outros ,6% ,9% -41,1% Pelos motivos já indicados neste relatório a Costa Rica e a Roménia deixaram de contribuir para a carteira à data do final do exercício. Também o projeto do Hospital Oriental de Lisboa que contribuía para o valor da carteira em 2012 foi retirado. Sem a influência destes projetos a descida da carteira apresentaria uma evolução menos importante (-8,0%). A descida significativa no mercado nacional, para além da exclusão da carteira do referido projeto, deve-se fundamentalmente à conclusão em 2013 da obra da autoestrada Transmontana, sem que tivesse havido condições de mercado para a reposição de carteira. PERSPETIVAS E OBJETIVOS PARA 2014 Em 2014 o Grupo apostará fortemente no sucesso e desenvolvimento da Parceria Estratégica estabelecida com a GAM Holdings, perspetivando-se um incremento significativo da atividade, em particular nos países africanos de expressão lusófona, e de melhoria da rentabilidade do segmento da Construção. No âmbito das Concessões rodoviárias nacionais (Scutvias e Autoestrada Transmontana) espera-se que em 2014 sejam ultimadas as negociações em curso com as entidades concedentes relativamente às alterações dos respetivos contratos, num quadro de grande equilíbrio contratual e que assegura uma adequada preservação dos interesses do Grupo. Na área imobiliária manter-se-á a gestão dos imóveis próprios do Grupo e aguarda-se que a esperada progressiva melhoria das condições de mercado seja suscetível de potenciar a rendibilização dos ativos detidos. Importa relevar que a aplicação obrigatória na União Europeia, a partir de 1 de janeiro de 2014, das alterações da IAS 31 - Empreendimentos Conjuntos e que, nomeadamente, deixa de considerar a opção de consolidação proporcional nas entidades conjuntamente controladas, irá determinar uma nova redução, em 2014, na expressão contabilística do Volume de Negócios do Grupo. Na realidade, quer na decorrência da operação de capitalização na área da Construção quer perante estas alterações normativas, o Grupo Soares da Costa apresentar-se-á cada vez mais como um gestor de um portfólio de participações e investimentos. Finalmente, o Conselho de Administração reafirma o seu empenho na restruturação do passivo financeiro do Grupo Soares da Costa para o que decorrem diligências preparatórias. 51

52 11. FACTOS SUBSEQUENTES Como factos relevantes ocorridos posteriormente à data de referência das contas e conforme comunicados de informação privilegiada prestados e disponibilizados ao conhecimento público através do sítio da CMVM, a sociedade informou: Em 12 de fevereiro de 2014, foi concluída a operação de capitalização da área de negócios da construção anunciada ao mercado em 13 de agosto e em 26 de novembro de 2013, nos termos constantes dos comunicados publicados nessas datas. Assim, teve lugar nessa data a Assembleia Geral da Soares da Costa Construção, SGPS, S.A., sociedade até então dominada integralmente pela Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A., tendo sido tomadas as seguintes deliberações: Aumento de capital de ,42 Euros (vinte milhões trezentos e trinta e cinco mil oitocentos e noventa e cinco Euros e quarenta e dois cêntimos) para ,42 Euros (noventa milhões trezentos e trinta e cinco mil oitocentos e noventa e cinco Euros e quarenta e dois cêntimos), mediante a entrada em dinheiro no montante de ,00 Euros (setenta milhões de Euros), subscrito e realizado integralmente pela sociedade de direito luxemburguês GAM Holdings, na sequência do qual esta entidade passou a deter 66,7% do capital da Soares da Costa Construção, SGPS, S.A e a Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. os restantes 33,3%. Aprovação de novos estatutos da Soares da Costa Construção, SGPS, S.A., em conformidade com os termos do Acordo Acionista aludido nos referidos comunicados. A recomposição do conselho de administração da Soares da Costa Construção, SGPS, S.A., que passa, até ao final do mandato em curso ( ), a ter a seguinte composição: António Mosquito, Presidente do Conselho de Administração; António Gomes Mota, Vice-Presidente do Conselho de Administração; António Castro Henriques, Vogal; Jorge Grade Mendes, Vogal; Miguel Raposo Alves, Vogal; Paulo da Conceição Marques, Vogal; e Roberto Pereira Pisoeiro, Vogal António Castro Henriques assumiu ainda as funções de Presidente da Comissão Executiva (CEO), da qual serão também membros os administradores Jorge Grade Mendes (COO) e Miguel Raposo Alves, assumindo este último as funções de CFO. Roberto Pereira Pisoeiro assumirá as funções de CEO da operação em Angola. Nesta data de Conclusão inicia-se a vigência da Parceria Estratégica e do Acordo Acionista entre a Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. e a GAM Holdings, invocados nos mesmos comunicados. 12. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS O Conselho de Administração da sociedade Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A., tendo em conta as presentes demonstrações financeiras, vem nos termos do disposto na alínea f) do artigo 66º. do Código das Sociedades Comerciais, e no respeito pela legislação aplicável quanto à distribuição de bens sociais, nomeadamente os artigos 32º e 33º do mesmo diploma, propor aos Senhores Acionistas que o resultado líquido individual no valor de ,26 Euros, obtido pela sociedade no exercício que terminou em 31 de dezembro de 2013, seja transferido para resultados transitados. 52

53 13. DECLARAÇÃO SOBRE A CONFORMIDADE DA INFORMAÇÃO FINANCEIRA NOS TERMOS DA ALÍNEA C) DO Nº 1 DO ART. 245º do CÓDIGO DOS VALORES MOBILIÁRIOS Os membros do Conselho de Administração, individualmente, declaram que tanto quanto é do seu conhecimento: a) As demonstrações financeiras consolidadas, as demonstrações financeiras individuais e os demais documentos de prestação de contas foram elaboradas em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materialmente relevantes, do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados consolidado e individual da emitente; b) O relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, o desempenho e a posição do emitente e das empresas incluídas no perímetro da consolidação e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam. 14. NOTA FINAL DE RECONHECIMENTO Ao concluir o relatório sobre a atividade desenvolvida durante o exercício de 2013 o Conselho de Administração aproveita a oportunidade para expressar os seus agradecimentos a todas as entidades públicas e privadas que, direta ou indiretamente, têm apoiado e colaborado com a Sociedade e com as diversas empresas do universo Soares da Costa. É gratificante assinalar, perante um contexto difícil, o relacionamento de confiança com que os clientes, fornecedores e outros parceiros de negócio, nomeadamente as instituições financeiras, nos têm honrado. Aos membros dos outros órgãos sociais da sociedade, bem como aos nossos auditores e revisores, manifestamos também o nosso reconhecimento pela forma e rigor com que exerceram as suas funções. Finalmente, é merecedor de reconhecimento o espírito de profissionalismo e sentido de dever dos colaboradores, com cujo esforço e dedicação a Sociedade conta para ultrapassar os exigentes desafios que se lhe deparam e sulcar os caminhos conducentes à indispensável criação de valor. Porto, 29 de abril de 2014 O Conselho de Administração, António Sarmento Gomes Mota, José Manuel Baptista Fino, Jorge Armindo de Carvalho Teixeira, António Manuel Pereira Caldas Castro Henriques, Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos, Jorge Domingues Grade Mendes, Manuel Fernando de Macedo Alves Monteiro 53

54 II - ANEXOS AO RELATÓRIO DE GESTÃO 1. PARTICIPAÇÕES E TRANSAÇÕES DOS TITULARES DE ÓRGÃOS SOCIAIS E DIRIGENTES (de acordo com os artigos 9º. Alínea a) e 14º nº. 7 do Regulamento 5/2008 da CMVM) A o presidente do conselho fiscal (António Pereira da Silva Neves) detinha ações da Sociedade, uma posição inalterada face a Os restantes membros dos órgãos de administração e fiscalização não detinham a ações nem obrigações da Sociedade, não tendo executado qualquer transação envolvendo ações ou obrigações da Sociedade ao longo de LISTA DOS TITULARES DE PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS À data de os acionistas com participações qualificadas no capital da sociedade são os seguintes: Manuel Fino, SGPS, S.A. Número de Ações % Capital Social % Direitos de Voto (1) Indiretamente através da ,814% 70,817% Investifino SGPS. Limited Total Imputável ,814% 70,817% PARINAMA Participações e Investimentos, SGPS, S.A. Número de Ações % Capital Social % Direitos de Voto (1) Diretamente ,0000% 11,0004% Total Imputável (2) ,0000% 11,0004% (1) Considera o efeito de ações preferenciais sem voto. (2) Imputável a Ana Maria Martins Caetano. Já posteriormente à data de fecho de exercício, a Sociedade divulgou 19 que recebeu da Investifino SGPS Limited a informação que esta reduziu a sua participação na Grupo Soares da Costa, SGPS, SA para um nível inferior a 2/3 dos direitos de voto correspondentes ao capital. Assim, a , em resultado da venda em bolsa de ações representativas de 4,16% do capital social a Investifino SGPS Limited passou a deter um total de ações representativas de 66,65% do capital social e direitos de voto da Grupo Soares da Costa, SGPS, SA. Adicionalmente, e também em data posterior ao fecho do exercício, a Sociedade divulgou 20 a informação recebida da Parinama Participações e Investimentos, SGPS, SA relativa à redução da sua participação qualificada na Grupo Soares da Costa, SGPS, SA. Assim, na sequência das alienações mencionadas nessa divulgação, à data de , a Parinama passou a deter uma participação correspondente a ações, representativas de 7,37% do capital social. 19 Comunicado disponível em: 20 Comunicado disponível em: 54

55 3. RELATÓRIO DO GOVERNO SOCIETÁRIO Parte I Informação sobre Estrutura Acionista, Organização e Governo da Sociedade A. ESTRUTURA ACIONISTA I. Estrutura de capital 1. Estrutura de capital (capital social, número de ações, distribuição do capital pelos acionistas, etc.), incluindo indicação das ações não admitidas à negociação, diferentes categorias de ações inerentes às mesmas e percentagem de capital que cada categoria representa (Art. º 245. º-A, n. º1, al. a)). O capital social da Sociedade é representado por ações ao portador com valor nominal de um Euro, tituladas de forma escritural, das quais preferenciais e ordinárias. Em conformidade com o disposto no nº. 3 do artigo 342º do Código das Sociedades Comerciais, as ações preferenciais não gozam atualmente do direito de voto. A totalidade das ações da Sociedade está cotada no Euronext Lisboa. 2. Restrições à transmissibilidade das ações, tais como cláusulas de consentimento para alienação ou limitações à titularidade de ações (Art.º 245.º-A, n.º 1, al. b)). Não existe qualquer restrição ou limitação à transmissibilidade ou à titularidade das ações. Não existem limites ao exercício dos direitos de voto. Não são reconhecidos direitos especiais a qualquer acionista, para além dos que derivam da natureza das ações preferenciais, nos termos da Lei. 3. Número de ações próprias, percentagem de capital social correspondente e percentagem de direitos de voto a que correspondem as ações próprias (Art.º 245.º-A, n.º1, al. a)). A a Sociedade não detinha ações próprias. Tal como comunicado ao mercado a , o Grupo Soares da Costa, SGPS, SA alienou em bolsa, nos dias 22, 23 e 24 de abril de 2013, a totalidade de ações próprias que detinha: ações. Na sequência das transações acima mencionadas, o Grupo Soares da Costa, SGPS, SA deixou de deter qualquer ação própria em carteira. 4. Acordos significativos de que a sociedade seja parte e que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem em caso de mudança de controlo da sociedade na sequência de uma oferta pública de aquisição, bem como os efeitos respetivos, salvo se, pela sua natureza, a divulgação dos mesmos for seriamente prejudicial para a sociedade, exceto se a sociedade for especificamente obrigada a divulgar essas informações por força de outros imperativos legais (Art.º 245.º-A, n.º1, al. j). Não existem acordos de que a Sociedade seja parte e que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem em caso de mudança de controlo da Sociedade. 5. Regime a que se encontre sujeita a renovação ou revogação de medidas defensivas, em particular aquelas que prevejam a limitação do número de votos suscetíveis de detenção ou exercício por um único acionista de forma individual ou em concertação com outros acionistas. Não existe qualquer norma estatuária que preveja a limitação do número de votos suscetíveis de detenção ou de exercício por um único acionista de forma individual ou em concertação com outros acionistas. 55

56 6. Acordos parassociais que sejam do conhecimento da sociedade e possam conduzir a restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto (Art.º 245.º-A, n.º1, al. g). Não se conhece a existência de acordos parassociais. II. Participações Sociais e Obrigações Detidas 7. Identificação das pessoas singulares ou coletivas que, direta ou indiretamente, são titulares de participações qualificadas (Art.º 245.º-A, n.º1, als. c e d)). e art.º 16.º) com indicação detalhada da percentagem de capital e de votos imputável e da fonte e causas de imputação. Participações qualificadas a : Manuel Fino, SGPS, S.A. Número de Ações % Capital Social % Direitos de Voto (1) Indiretamente através da ,814% 70,817% Investifino SGPS. Limited Total Imputável ,814% 70,817% PARINAMA Participações e Investimentos, SGPS, S.A. Número de Ações % Capital Social % Direitos de Voto (1) Diretamente ,0000% 11,0004% Total Imputável (2) ,0000% 11,0004% (1) Considera o efeito de ações preferenciais sem voto. (2) Imputável a Ana Maria Martins Caetano. 8. Identificação sobre o número de ações e obrigações detidas por membros dos órgãos da administração e de fiscalização. A o presidente do conselho fiscal (António Pereira da Silva Neves) detinha ações da Sociedade, uma posição inalterada face a Os restantes membros dos órgãos de administração e fiscalização não detinham a ações nem obrigações da Sociedade, não tendo executado qualquer transação envolvendo ações ou obrigações da Sociedade ao longo de Poderes especiais do órgão de administração, nomeadamente no que respeita a deliberações de aumento do capital (art. 245.º-A, nº 1, al. i), com indicação, quanta a estas, data em que lhe foram atribuídos, prazo até ao qual aquela competência pode ser exercida, limite quantitativo máxima do aumento de capital social, montante já emitido ao abrigo da atribuição de poderes e modo se concretização dos poderes atribuídos. O conselho de administração goza dos poderes conferidos pela lei. Adicionalmente, pelos estatutos da Sociedade, o conselho de administração está autorizado a deliberar aumentos de capital em dinheiro dos atuais ,00 Euros até ,00 Euros. 10. Informação sobre a existência de relações significativas de natureza comercial entre os titulares de participações qualificadas e a sociedade. Não foram no ano de 2013 realizados quaisquer negócios e operações expressivos ou desligados da atividade corrente entre a Sociedade e os membros dos seus órgãos de administração e fiscalização, titulares de participações qualificadas ou sociedades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo. 56

57 B. ÓRGÃOS SOCIAIS E COMISSÕES I. ASSEMBLEIA GERAL a) Composição da mesa de assembleia geral 11. Identificação e cargo dos membros da mesa da assembleia geral e respetivo mandato (início e fim). A mesa da assembleia geral é composta pelos seguintes elementos: Júlio de Lemos de Castro Caldas (Presidente), eleito em terminando o mandato em ; e João Pessoa e Costa (Secretário), eleito em terminando o mandato em b) Exercício do direito de voto 12. Eventuais restrições em matéria de direito de voto, tais como limitações ao exercício do voto dependente da titularidade de um número ou percentagem de ações, prazos impostos para o exercício do direito de voto ou sistemas de destaque de direitos de conteúdo patrimonial (art.º 245.º-A, nº 1, al. f). Não existe qualquer norma estatuária que preveja a limitação do número de votos suscetíveis de detenção ou de exercício por um único acionista de forma individual ou em concertação com outros acionistas. A cada ação corresponde um voto. 13. Indicação da percentagem máxima dos direitos de voto que podem ser exercidos por um único acionista ou por acionistas que com aquele se encontrem em alguma das relações do nº 1 do art.º 20º. Não existe qualquer limite de direitos de voto, quando emitidos por um só acionista ou por acionistas com ele relacionados. 14. Identificação das deliberações acionistas que, por imposição estatuária, só podem ser tomadas com maioria qualificada, para além das legalmente previstas, e indicação dessas maiorias. Não existem deliberações da assembleia geral que exijam maioria qualificada dos votos emitidos para a sua aprovação, para além das legalmente previstas. II. ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO (conselho de administração, conselho de administração executivo e conselho geral e de supervisão) a) Composição 15. Identificação do modelo de governo adotado A Sociedade adotou o modalidade prevista no artigo 278º, nº1 a) e nº3 do Código das Sociedades Comerciais, ou seja, dispõe de conselho de administração, conselho fiscal e revisor oficial de contas. 16. Regras estatuárias sobre requisitos procedimentais e materiais aplicáveis à nomeação e substituição dos membros, consoante aplicável, do Conselho de Administração, do Conselho de Administração Executivo e do Conselho Geral e de Supervisão (art.º 245.º-A, nº 1, al. h); 57

58 Segundo os estatutos da Sociedade, o conselho de administração é composto por um número máximo de doze membros, eleitos pela assembleia geral por períodos de três anos e reconduzíveis uma ou mais vezes, ficando autorizada a eleição de administradores suplentes, nos termos da Lei. Em relação à comissão executiva, segundo regra estatutária, cabe ao conselho de administração designar o presidente da comissão executiva. De acordo com as regras estatutárias, a fiscalização dos negócios sociais será exercida nos termos da Lei por um conselho fiscal composto por três ou cinco membros efetivos e um ou dois suplentes, todos eles eleitos pela assembleia geral por períodos de três anos. A assembleia geral que eleger os membros do conselho fiscal indicará o respetivo presidente. O conselho fiscal será composto por uma maioria de membros independentes, nos termos legais, reconduzíveis por um máximo de dois mandatos, seguidos ou interpolados e dos quais pelo menos um terá licenciatura adequada ao exercício das suas funções e conhecimentos em auditoria ou contabilidade. 17. Composição, consoante aplicável, do conselho de administração, do conselho de administração executivo e do conselho geral e de supervisão, com indicação do número estatuário mínimo e máximo de membros, duração estatuária do mandato, número de membros efetivos, data da primeira designação e data do termo de mandato de cada membro. O conselho de administração é constituído atualmente por sete membros: o presidente, António Sarmento Gomes Mota, e os seguintes vogais: Investifino, Ltd., NIPC MT , que nomeou para exercer o cargo em nome próprio José Manuel Baptista Fino, Parinama Participações e Investimentos, S.A., NIPC , que nomeou para exercer o cargo em nome próprio Jorge Armindo de Carvalho Teixeira, António Manuel Pereira Caldas Castro Henriques, Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos, Jorge Domingues Grade Mendes e Manuel Fernando de Macedo Alves Monteiro. Todos os atuais membros do conselho de administração foram eleitos em e terminarão os seus mandatos a A comissão executiva da Sociedade é constituída pelos seguintes três membros do conselho de administração: António Manuel Pereira Caldas Castro Henriques (presidente), Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos e Jorge Domingues Grade Mendes. O conselho fiscal é constituído por três membros: António Pereira da Silva Neves (presidente), Carlos Pedro Machado de Sousa Góis e Jorge Bento Martins Ledo. O atual conselho fiscal foi eleito em e terminará o seu mandato a Distinção dos membros executivos e não executivos do Conselho de Administração e, relativamente aos membros não executivos, identificação dos membros que podem ser considerados independentes, ou, se aplicável, identificação dos membros independentes do conselho geral e de supervisão. Dos sete membros do conselho de administração da Sociedade, três são executivos (António Manuel Pereira Caldas Castro Henriques, Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos e Jorge Domingues Grade Mendes) e quatro são não executivos (António Sarmento Gomes Mota, Investifino, Ltd., NIPC MT que nomeou para exercer o cargo em nome próprio José Manuel Baptista Fino, Parinama Participações e Investimentos, S.A. NIPC , que nomeou para exercer o cargo em nome próprio Jorge Armindo de Carvalho Teixeira e Manuel Fernando de Macedo Alves Monteiro). De entre os membros não executivos, os membros considerados independentes nos termos do nº 5 do artigo 414º do Código das Sociedades Comerciais são: António Sarmento Gomes Mota e Manuel Fernando de Macedo Alves Monteiro. Relativamente ao conselho fiscal, todos os seus três membros são considerados independentes nos temos do nº 5 do artigo 414º do Código das Sociedades Comerciais. 19. Qualificações profissionais e outros elementos curriculares relevantes de cada um dos membros, consoante aplicável, do conselho de Administração, do Conselho Geral e de Supervisão e do Conselho de Administração Executivo. Breve resumo das qualificações profissionais dos membros do conselho de administração (incluindo os três vogais que constituem a comissão executiva): António Sarmento Gomes Mota (presidente do conselho de administração): Doutorado em Gestão de Empresas pelo ISCTE; agregação em Finanças pelo ISCTE. É atualmente professor catedrático do ISCTE Business School, professor convidado do Full Time Lisbon MBA Nova/ Católica, membro do conselho geral e de supervisão da EDP, presidente do conselho geral do Fundo de Contra garantia Mútua, vogal da comissão de remunerações da Portugal Telecom, e membro 58

59 da direção do Instituto Português de Corporate Governance. É presidente do conselho de administração da Grupo Soares da Costa desde António Manuel Pereira Caldas Castro Henriques (presidente da comissão executiva): Licenciado em Gestão pela Universidade de Paris IX Dauphine; MBA pela Universidade Nova de Lisboa. Foi vogal do conselho de administração do Banco Comercial Português entre junho de 1995 e janeiro de No Grupo Soares da Costa SGPS, S.A. foi designado administrador não executivo, pela primeira vez, em abril de 2008, desempenhando funções executivas desde abril de 2010, tendo assumido a presidência da comissão executiva em Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos (vogal executivo): Licenciado em Gestão na Universidade Católica de Lisboa; Frequência do curso de Pós-Graduação Imobiliária no ESAI. Designado administrador em outubro de Administrador da Sociedade desde outubro de 2006, por cooptação, e membro da comissão executiva desde Jorge Domingues Grade Mendes (vogal executivo): Licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa. Foi diretor de Produção e Técnico Comercial da ENGIL Sociedade de Construção Civil, S.A., administrador da A. Silva & Silva - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A., presidente da Comissão Executiva da Sopol - Sociedade Geral de Construções e Obras Públicas, S.A. (Grupo A. Silva & Silva), administrador da Opca - Obras Públicas e Cimento Armado, S.A. e CEO (Chief Executive Officer) da Opway Engenharia, S.A. entre 2008 e Administrador e membro da comissão executiva desde José Manuel Baptista Fino (vogal): Frequência do Northeast London (Business Studies) em Londres. Ocupa cargos de administrador em várias empresas do Grupo Fino. É administrador da Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. desde abril de Jorge Armindo de Carvalho Teixeira (vogal): Licenciado em Economia pela faculdade de Economia da Universidade do Porto. Entre 1976 e 1992 foi assistente da Faculdade de Economia do Porto; entre 1982 e 1987 foi Diretor Financeiro do agora designado Grupo Amorim, entre 1987 e 2000 foi Vice-Presidente do Grupo Amorim; entre 1998 e 2004 foi Presidente da Portucel Empresa de Celulose e papel de Portugal, SGPS, SA; foi também presidente do conselho de administração da Edifer, SGPS, SA e da Edifer Angola. Atualmente, entre outros cargos, é presidente da Amorim Turismo, SGPS, SA e suas associadas. É administrador da Grupo Soares da Costa, SGPS, SA desde Manuel Fernando de Macedo Alves Monteiro (vogal): Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra. Entre outras funções, foi presidente da BDP Bolsa de Derivados do Porto e da BVL - Bolsa de Valores de Lisboa e da Euronext Lisbon e da Interbolsa, administrador não executivo de Jerónimo Martins, SGPS, SA, da AICEP Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. e da sociedade Douro Azul, SGPS. É atualmente, entre outros cargos, vogal do conselho geral e de supervisão da EDP, vogal do conselho de administração da CIN e da Novabase, vogal do conselho consultivo da Faculdade de Gestão e Economia da Universidade Católica (Porto), presidente da comissão de vencimentos do Grupo Douro Azul, vogal do conselho consultivo da sociedade Porto Vivo Sociedade de Reabilitação Urbana, SA e vogal do conselho geral do Instituto Português de Corporate Governance. É administrador da Grupo Soares da Costa, SGPS, SA desde Breve resumo das qualificações profissionais dos membros do conselho fiscal: António Pereira da Silva Neves: Licenciado em Economia e Finanças pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Oriundo dos quadros da Sociedade, onde ingressou em 1980 como Diretor Financeiro, foi eleito administrador executivo em maio 1998, passando a não executivo em 26 de abril de A deixou as suas funções como administrador não executivo e foi eleito presidente do conselho fiscal, com mandato até Carlos Pedro Machado de Sousa Góis: É desde março de 1988 sócio-gerente da sociedade J.Bastos, C. Sousa Góis & Associados, SROC, Lda., na qualidade de Revisor Oficial de Contas (ROC n.º 597). Desde setembro de 1987 é igualmente administrador judicial. Entre 1986 e 1997 foi docente de Contabilidade Analítica, Introdução à Gestão, Negócio Internacional e Contabilidade Financeira na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa. Jorge Bento Martins Ledo: Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Revisor Oficial de Contas, inscrito na Ordem dos Revisores de Contas desde 1988, com o nº 591. Atividade profissional desenvolvida essencialmente em firmas internacionais de auditoria, tendo sido sócio da Deloitte durante 14 anos (de 1991 a 2005) e da RSM durante 5 anos (de 2006 a 2011). Presentemente, e desde novembro de 2011, sócio-gerente da Grant Thornton & Associados, SROC, Lda. 59

60 20. Relações familiares, profissionais ou comerciais, habituais e significativas dos membros, consoante aplicável, do conselho de administração, do conselho geral e de supervisão e do conselho de administração executivo com acionistas a quem seja imputável participação superior a 2% dos direitos de voto. O administrador não executivo José Manuel Baptista Fino, que foi nomeado pelo Investifino, Ltd., para exercer o cargo em nome próprio, é descendente direto de Manuel Roseta Fino, que é presidente do conselho de administração da Manuel Fino SGPS, SA, que detém, indiretamente, uma participação maioritária na Sociedade. 21. Organogramas ou mapas funcionais relativos à repartição de competências entre os vários órgãos sociais, comissões e/ou departamentos da sociedade, incluindo informação sobre delegações de competências, em particular no que se refere à delegação da administração quotidiana da sociedade. O organograma abaixo ilustra este modelo organizativo, identificando os responsáveis pelas diversas funções. A organização societária do Grupo está igualmente patente no relatório de gestão, com as empresas representadas pelo seu logótipo. Também o mapa que consta no início das demonstrações financeiras consolidadas, ilustra a composição do Grupo, com indicação das participações (em percentagem) e do método de consolidação aplicado. A gestão efetiva da Sociedade é exercida por uma comissão executiva, na qual o conselho de administração delegou todos os poderes de gestão da Sociedade, não tendo sido delegadas as matérias que a lei classifica como indelegáveis - alíneas a) a d), f), l) e m) do artigo 406º do Código das Sociedades Comerciais; também não estão delegadas, mantendo-se na competência do conselho, a definição da estratégia e das políticas gerais da Sociedade, as decisões que, pelo seu montante ou risco, assumam esse cariz e, bem assim, as que representem alterações estruturais. Os restantes membros (não executivos) do conselho de administração são informados das decisões e dos assuntos tratados no seio da comissão executiva, sendo-lhes reportado, nas reuniões e através do envio das atas de reuniões da comissão executiva com a respetiva agenda, o ponto da situação da atividade da Sociedade e, podendo ser submetida ao conselho de administração qualquer matéria tratada na comissão executiva. Sem prejuízo da delegação de competências, os administradores não executivos acompanharam e fiscalizaram a atividade desenvolvida pela comissão executiva, tendo acesso aos assuntos tratados e total abertura para questionar, pedir esclarecimentos e escrutinar as decisões tomadas. Por outro lado, foram chamados a pronunciar-se e a aprovar os documentos mais relevantes para a vida da Sociedade, tendo total acesso às informações que entenderam como necessárias à sua atuação de vigilância, acompanhamento e verificação do seguimento das estratégias delineadas. Não se verificaram em 2013 quaisquer constrangimentos à atuação dos administradores não executivos. 60

61 b) Funcionamento 22. Existência e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento, consoante aplicável, do conselho de administração, do conselho geral e de supervisão e do conselho de administração executivo. O conselho de administração e o conselho fiscal têm o respetivo regulamento, que está disponível no endereço da Sociedade na internet. 23. Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade de cada membro, consoante aplicável, do conselho de administração, do conselho geral e de supervisão e do conselho de administração executivo, às reuniões realizadas. O conselho de administração realizou 14 reuniões em 2013, com uma assiduidade de 98,98%. A comissão executiva reuniu 31 vezes ao longo do passado ano, com uma assiduidade de 100%. O conselho fiscal realizou 5 reuniões em 2013, com uma assiduidade de 100% dos seus membros. 24. Indicação dos órgãos da sociedade competentes para realizar a avaliação de desempenho dos administradores executivos. O órgão competente para realizar a avaliação de desempenho dos administradores executivos para efeito de remuneração é a comissão de remunerações, constituída por: João Vieira de Almeida (presidente), Martim Salema de Sande e Castro Fino e João Pessoa e Costa, como vogais. A comissão de remunerações, na sua composição atual, não integra administradores executivos, nem seus cônjuges, parentes e afins em linha reta até ao terceiro grau inclusive, verificando-se assim a independência preconizada. A política de remunerações preconizada pela comissão de remunerações é aprovada e escrutinada pelos acionistas em assembleia geral, cabendo nas funções do auditor externo a verificação da aplicação do sistema remuneratório instituído. A avaliação do desempenho da comissão executiva é da competência da Comissão de Governo Societário e Sustentabilidade. 25. Critérios pré-determinados para a avaliação de desempenho dos administradores executivos. O desempenho dos administradores executivos para efeitos de remuneração, é aferido pela avaliação livre da comissão de remunerações e da comissão do governo societário e sustentabilidade seguindo os critérios que, em cada momento, entenda adequados. 26. Disponibilidade de cada um dos membros, consoante aplicável, do conselho de administração, do conselho geral e de supervisão e do conselho de administração executivo, com indicação dos cargos exercidos em simultâneo em outras empresas, dentro e fora do grupo, e outras atividades relevantes exercidas pelos membros daqueles órgãos no decurso do exercício. Os cargos exercidos em simultâneo em outras empresas, dentro e fora do grupo, pelos membros do conselho de administração (incluindo os membros da comissão executiva) são os seguintes: António Sarmento Gomes Mota (presidente do conselho de administração): vogal do conselho geral e de supervisão da EDP Energias de Portugal, SA e presidente do conselho fiscal dos CTT Correios de Portugal, SA. António Manuel Pereira Caldas Castro Henriques (presidente da comissão executiva): presidente do conselho de administração da SCSP Soares da Costa, Serviços Partilhados, S.A., presidente do conselho de administração da Soares da Costa Construção SGPS S.A., presidente do conselho de administração da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., presidente do conselho de administração da Soares da Costa América, INC., presidente do conselho de administração da Soares Da Costa Imobiliária SGPS, S.A., presidente do conselho de administração da Soares da Costa - Concessões, SGPS S.A., presidente do conselho de administração da ELOS Ligações de Alta Velocidade, S.A., presidente do conselho de administração da ELOS OM, S.A., presidente do conselho de administração da Movex Produção, Venda e Aluguer Módulos Pré-Fabricados S.A., membro da direção da AEM - Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em Mercado, e vogal do conselho fiscal da Federação Portuguesa de Bancos Alimentares contra a Fome. 61

62 Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos (vogal executivo): presidente do Conselho de Administração da INR Investimentos Nacionais Rodoviários, SGPS, S.A., presidente do conselho de administração da Intevias Serviços e Gestão, S.A., presidente do conselho de administração da Soares da Costa Hidroenergia, S.A., presidente do conselho de administração da MRN Manutenção de Rodovias Nacionais, S.A., presidente do conselho de administração da Scutvias Autoestradas da Beira Interior, S.A., presidente do conselho de administração da Portvias Portagem de Vias, S.A., vice-presidente do conselho de administração da Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A., chairman do board of directors da Soares da Costa Concessions U.S.A., INC., vogal do conselho de administração da SCSP Soares da Costa, Serviços Partilhados, S.A., vogal do conselho de administração da Energia Própria, S.A., vogal do conselho de administração da Self Energy Engineering & Innovation, S.A., vogal do conselho de administração da Soares da Costa Construção, SGPS, S.A., vogal do conselho de administração da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., gerente da Soares da Costa Hidroenergia 1T, Lda., gerente da Soares da Costa Hidroenergia 4T, Lda., gerente da Soares da Costa Hidroenergia 8T, Lda., gerente da Soares da Costa Hidroenergia 8C, Lda., e gerente da Hidroeléctrica STP, Lda. Sociedade Comercial de Responsabilidade, Lda. Jorge Domingues Grade Mendes (vogal executivo): presidente do conselho de administração da Soares da Costa Moçambique, S.A.R.L., presidente do conselho de administração da Clear Instalações Electromecânicas SA, presidente do conselho de administração da Ciagest - Imobiliária e Gestão, SA, presidente do conselho de administração da Soarta - Sociedade Imobiliária Soares da Costa SA, presidente do conselho de administração da Habitop Sociedade Imobiliária SA, presidente do conselho de administração da Cais da Fontinha Investimentos Imobiliários, SA, presidente do conselho de administração da Navegaia - Instalações Industriais, S.A., vice-presidente do conselho de administração da Soares da Costa Construção, SGPS SA, deputy chairman do board of directors da Soares da Costa América, Inc., vicepresidente do conselho de administração da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, vice-presidente do conselho de administração da Soares da Costa Imobiliária, SGPS, SA, e gerente da Mercados Novos - Imóveis Comerciais, Lda.. José Manuel Baptista Fino (vogal): presidente do conselho de administração da Ramada Holdings SGPS SA, presidente do conselho de administração da Ramada Energias Renováveis SA, presidente do conselho de administração da Ethnica SGPS SA, presidente do conselho de administração da Área Infinitas - Design de Interiores SA, presidente do conselho de administração da Dignatis - Investimentos Imobiliários SA, administrador-delegado da Specialty Minerals (Portugal) Especialidades Minerais SA, sócio-gerente da Nova Algodoeira, Lda. e gerente da Dorfino - Imobiliário Lda. Jorge Armindo de Carvalho Teixeira (vogal): membro do conselho de administração das sociedades seguintes: Amorim Entertainment e Gaming Internacional, SGPS, SA, Amorim Turismo Serviços e Gestão, SA, Amorim Turismo, SGPS, SA, CHT Casino Hotel de Tróia, SA, Estoril Sol, SGPS, SA, Fozpatrimónio, SA, Goldtur Hotéis e Turismo, SA, Grano Salis Inv. Turísticos, Jogo e Lazer, SA, Grano Salis II Investimentos Turísticos e de Lazer, SA, Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, Hotel Turismo, SARL, Iberpartners Gestão e Reestruturação de Empresas, SA, Imofoz, SA, Mobis Hotéis de Moçambique, SARL, Notel Empreendimentos Turísticos, SARL, Prifalésia Construção e Gestão de Hotéis, SA, SGGHM Sociedade Geral de Hotéis de Moçambique, SA, Sociedade Figueira Praia, SA, SPIGH Sociedade Portuguesa de Investimentos e Gestão Hoteleira, SA, Tróia Península Investimentos, SGPS, SA, e Turyleader, SGPS, SA. Manuel Fernando de Macedo Alves Monteiro (vogal): vogal do conselho geral e de supervisão da EDP Energias de Portugal, SA, vogal da CMF Comissão para as Matérias Financeiras da EDP Energias de Portugal, SA, presidente da CGSS Comissão de Governo Societário e de Sustentabilidade da EDP Energias de Portugal, SA, vogal do conselho de administração da Novabase, SGPS, SA, vogal da comissão de auditoria da Novabase, SGPS, SA, vogal da comissão de avaliação do governo societário da Novabase, SGPS, SA e vogal do conselho de administração da CIN, SGPS, SA. Os cargos exercidos em simultâneo em outras empresas, dentro e fora do grupo, pelos membros do conselho fiscal são os seguintes: António Pereira da Silva Neves: Não é membro de nenhum órgão social noutras sociedades. Carlos Pedro Machado de Sousa Góis: Exerce a função de fiscal único efetivo em representação da Sociedade J. Bastos, C Sousa Góis & Associado, SROC, Lda. nas seguintes sociedades: Escrita Digital. SA, NCO SGPS, SA, Tavamar Sociedade de Produtos Congelados, SA, Viveiros do Falcão, SA, Infosistema Sistemas de Informáticos, SA, Franquiger Gestão de Franquias, SA, INCG, International Network Communication Group, SGPS, SA, Nova Franquiger International, SA, OKE Tiner - Perfis, Lda., S3 Portugal Des. de Circuitos Microelect. e Software, SA, Sociedade Civil Agrícola Isalema, SA, Vans Madeira Consultadoria e Projectos, SA, Seveneves Investimentos Imobiliários, SA, Legendra Investimentos 62

63 Imobiliários, SA, Projecto Nata Design, SA, Município de Angra do Heroísmo, Serviços Municipalizados de Angra do Heroísmo, Redislogar (Portugal) Artigos Eléctricos, SA, Rádio Renascença, Lda., Intervoz Publicidade, SA, Lizmontagens, Empresa de Montagens Termo Industriais, SA, DBL Aluminium Serviçes, SA, COGECO Consultadoria, Gestão e Contabilidade, SA, COGECO II Contabilidade, SA, CORDIS Gestão de Imóveis e Participações Sociais, SA, M2SN Soluções e Negócios, SA, Promade Construções, SA, Celso & Santos, SA, ESLAM Estruturas Laminares Engenharia, SA, Somercrest Industrial Holdings, SGPS, SA, Nedphyl Com. Prod. Alim., Farm. e Afins, SA, Estoril-Live, SA, Inbright, SGPS SA, LDC Group, SGPS, SA, HPLife Empreendimentos Imobiliários, SA, Pug World, SA, Kay Line Sociedade Imobiliária, SA, Sustentatudo, SA, Geniupgrade, SGPS, SA, Get Estudos Técnicos e Construções, SA, Legenda Viva, SA, Centromar Sociedade de Construções, SA, OURTIME Relógios e Acessórios, Lda., BGB Investimentos Imobiliários, SA, ELO12 Investimentos Imobiliários, SA, IMOCAIRES Sociedade de Mediação Imobiliária, SA, Followmelody, SA, Percheron Investimentos Imobiliários, SA, Francisco Soares da Silva, LTT Lismontagens Thermal Technologies SGPS, SA, ALAFRESCA Gestão de Imóveis, SA, SILVERSLICE Prestação de Serviços de Saúde, SA, MAGNOLHAR Prestação de Serviços de Saúde, SA, e HEALTHSIGN Prestação de Serviços de Saúde, SA. Jorge Bento Martins Ledo: Sócio-gerente da sociedade Grant Thornton & Associados, SROC, Lda. Fiscal Único, em representação da sociedade Grant Thornton & Associados, SROC, Lda., nas seguintes entidades: Advanced Cyclone Systems, SA, Aneia, SA, Bianca Europe Sociedade de Têxteis, Lda, Big Recognition, SA, Castelbel Artigos de Beleza, SA, Chaul Sociedade Imobiliária, SA, Conhecimáximo, SA, Custódio Mendes & Mendes, SA, Descolo, SA, Enotum Capital, SA, Fuso Sociedade Imobiliária, SA, J. Pinto Leitão, SA, Lacticoop SGPS, Unipessoal, Lda, Lacticoop UCRL, Lingote Alumínios, SA, Lingote II SGPS, SA, Marcas de Luar, SA, Martaban Sociedade Imobiliária, SA, Mundotêxtil Indústrias Têxteis, SA, Mundotêxtil II Comércio Têxtil, Lda, Opção Fundamental, SA, P. L. Madeiras e Derivados, SA, Plastaze Plásticos de Azemeis, SA, Quinta de Muroz Produção Agrícola e Animal, SA, Sign, SA, Simoldes Plásticos, SA, Soc. Comercial Santana Comissões e Representações, SA, Terra a Terra, Produtos Agrícolas, Lda., Udaipur Sociedade Imobiliária, SA. c) Comissões no seio do órgão de administração ou supervisão e administradores delegados 27. Identificação das comissões criadas no seio, consoante aplicável, do conselho de administração, do conselho geral e de supervisão e do conselho de administração executivo, e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento. Para além da comissão executiva, existem outras duas comissões: Comissão de Governo Societário e Sustentabilidade e Comissão de Direção. 28. Composição, se aplicável, da comissão executiva e/ou identificação de administrador(es) delegado(s). A comissão executiva é composta pelos seguintes membros: António Manuel Pereira Caldas Castro Henriques (presidente), Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos e Jorge Domingues Grade Mendes (vogais). 29. Indicação das competências de cada uma das comissões criadas e síntese das atividades desenvolvidas no exercício das competências. A comissão executiva tem a gestão efetiva da Sociedade. Esta comissão é composta por três vogais do conselho de administração, na qual o conselho de administração delegou todos os poderes de gestão da Sociedade, não tendo sido delegadas as matérias previstas na lei - alíneas a) a d), f), l) e m) do artigo 406ª do Código das Sociedades Comerciais; também não estão delegadas, mantendo-se na competência do conselho, a definição da estratégia e das políticas gerais da Sociedade, bem como decisões que, pelo seu montante ou risco, assumam esse cariz e alterações estruturais. A comissão executiva, embora atuando de forma colegial, sob a condução do respetivo presidente, acompanha a atividade da Soares da Costa com recurso a uma distribuição pelos seus membros de áreas preferenciais de acompanhamento e reporte dos trabalhos: António Manuel Pereira Caldas Castro Henriques representação institucional e relações com investidores, planeamento e controlo de gestão, recursos humanos, área jurídica, comunicação corporativa, compras, área de negócio imobiliário, e os assuntos relacionados com a concessionária Elos - Ligações de Alta Velocidade, S.A.; 63

64 Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos serviços partilhados, fiscalidade e reporte, área de negócio concessões e área de negócio ambiente e energia., S.A; Jorge Domingues Grade Mendes área de negócio construção. A comissão executiva ou os seus membros não têm qualquer intervenção na escolha dos administradores da Sociedade. A comissão de governo societário e de sustentabilidade, criada em outubro de 2013 pelo conselho de administração da Sociedade, decorre do compromisso da Grupo Soares da Costa em prosseguir a sua atividade de acordo com os mais elevados padrões de sustentabilidade económica e ambiental, de adoção de boas práticas de governo societário, de forte compromisso com elevados padrões de conduta e de ética empresarial e de prossecução de uma política de responsabilidade social corporizada em iniciativas que valorizem a inserção do grupo empresarial e das suas atividades nas diversas comunidades em que se inserem. Esta comissão é constituída por três membros (não executivos) do conselho de administração: Manuel Fernando de Macedo Alves Monteiro (presidente), José Manuel Baptista Fino e Jorge Armindo de Carvalho Teixeira (vogais). Das reuniões da comissão de governo societário e de sustentabilidade são elaboradas atas. O comité de direção foi criado em agosto de 2011 pela comissão executiva, com o objetivo de prestar apoio, de cariz consultivo, às decisões da comissão executiva e coordenar as atividades, criar sinergias e facilitar a fluidez de informação entre as diversas áreas de negócio e funcionais. O comité é constituído pelos três membros da comissão executiva e por treze quadros superiores, todos executivos. Entre outras funções, este comité de caráter consultivo: auxilia a comissão executiva na perceção dos assuntos em curso, propondo medidas para o seu mais correto desenvolvimento; analisa e discute os negócios do Grupo e acompanha o andamento da atividade e dos resultados nas diferentes empresas e áreas de negócio; discute as estratégias comerciais nas diferentes áreas de negócio e as medidas conducentes à concretização dessas estratégias; monitoriza a implementação das mesmas; analisa os recursos do Grupo e propõe as medidas relativas à sua utilização e afetação; discute e opina sobre a eventual participação e respetivas condições em grandes projetos; discute e opina sobre temas financeiros e medidas de otimização do cash flow; estabelece formas de espírito de Grupo e sinergias entre as diferentes áreas de negócio ou empresas do Grupo, de forma a rentabilizar as respetivas atuações; discute e opina sobre a comunicação interna e externa; em geral, tratar de qualquer matéria que lhe seja solicitada pela comissão executiva. Das reuniões do comité de direção são elaboradas atas. III. Fiscalização (Conselho Fiscal, Comissão de Auditoria ou Conselho Geral e de Supervisão) a) Composição 30. Identificação do órgão de fiscalização (Conselho Fiscal, Comissão de Auditoria ou Conselho Geral e de Supervisão) correspondente ao modelo adotado. De acordo com os estatutos da Sociedade, a fiscalização é estruturada na modalidade composta por conselho fiscal e revisor oficial de contas ou sociedade de revisores oficiais de contas. 31. Composição, consoante aplicável, do Conselho Fiscal, Comissão de Auditoria, do Conselho Geral e de Supervisão ou da Comissão para as Matérias Financeiras, com indicação do número, estatuário mínimo e máximo de membros, duração estatuária do mandato, número de membros efetivos, data da primeira designação, e data do termo de mandato de cada membro, podendo remeter-se para ponto do relatório onde já conste essa informação por força do disposto no número 17. O conselho fiscal é constituído por três membros efetivos (um presidente e dois vogais), tal como discriminado no número 17, que, de acordo com disposição estatutária, são mandatados por períodos de três anos. Ainda segundo disposição estatutária, o conselho fiscal deverá ser composto por três ou cinco membros efetivos e um ou dois suplentes. Todos os membros do atual conselho fiscal exercerão o seu mandato até , tendo sido designados pela primeira vez em , com exceção do vogal Carlos Pedro Machado de Sousa Góis, que foi designado pela primeira vez em

65 32. Identificação, consoante aplicável, dos membros do Conselho Fiscal, da Comissão de Auditoria, do Conselho Geral e de Supervisão ou da Comissão para as Matérias Financeiras que se considerem independentes, nos termos do art.º 414.º, nº 5 do CSC, podendo remeter-se para o ponto do relatório onde já conste essa informação por força do disposto no número 19. Ver número Qualificações profissionais, consoante aplicável, de cada um dos membros do Conselho Fiscal, da Comissão de Auditoria, do Conselho Geral e de Supervisão ou de Comissão para as matérias Financeiras e outros elementos curriculares relevantes, podendo remeter-se para o ponto do relatório onde já conste essa informação por força do disposto no número 21. Ver número 19. b) Funcionamento 34. Existência e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento, consoante aplicável, do Conselho Fiscal, Comissão de Auditoria, Conselho Geral e de Supervisão ou da Comissão para as Matérias Financeiras, podendo remeter-se para o ponto do relatório onde já conste essa informação por força do disposto no número 24. Ver número Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade às reuniões realizadas, consoante aplicável, de cada membro do Conselho Fiscal, Comissão de Auditoria, Conselho Geral e de Supervisão e da Comissão para as Matérias Financeiras, podendo remeter-se para o ponto do relatório onde já conste essa informação por força do disposto no número 25. Ver número Disponibilidade de cada um dos membros, consoante aplicável, do Conselho Fiscal, da Comissão de Auditoria, do Conselho geral e de supervisão ou da Comissão para as matérias financeiras, com indicação dos cargos exercidos em simultâneo em outras empresas, dentro e fora do grupo, e outras actividades relevantes exercidas pelos membros daqueles órgãos no decurso do exercício, podendo remeter-se para o ponto do relatório onde já conste essa informação por força do disposto no número 26. Ver número 26. c) Competências e funções 37. Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos de contratação de serviços adicionais ao auditor externo. Na contratação de serviços adicionais ao auditor externo é obtido prévio parecer do conselho fiscal. 38. Outras funções dos órgãos de fiscalização e, se aplicável, da comissão para as Matérias Financeiras. Não aplicável. 39. Identificação do revisor oficial de contas e do sócio revisor oficial de contas que o representa. 65

66 O revisor oficial de contas efectivo é a Deloitte & Associados, SROC, S.A., representada por António Manuel Martins Amaral, ROC nº 1.130, existindo um revisor suplente, Paulo Alexandre Rocha Silva Gaspar, ROC nº Indicação do número de anos em que o revisor oficial de contas exerce funções consecutivamente junto da sociedade e/ou grupo. O atual revisor oficial de contas foi eleito em Descrição de outros serviços prestados pelo ROC à sociedade. A Deloitte & Associados SROC, S.A., auditor externo da Grupo Soares da Costa SGPS, S.A. prestou outros serviços de consultoria fiscal e trabalhos de consultoria financeira na área de análise da reestruturação de sociedades. 42. Identificação do auditor externo designado para os efeitos do art.º 8º e do sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções bem como o respectivo número de registo na CMVM. A Deloitte & Associados SROC, S.A. é o auditor externo designado, sendo representada por António Manuel Martins Amaral, ROC nº 1.130, e existindo um revisor suplente, Paulo Alexandre Rocha Silva Gaspar, ROC nº A sociedade está inscrita na OROC com o número 43 e registada na CMVM com o número Identificação do número de anos em que o auditor externo e o respectivo sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções exercem funções consecutivamente junto da sociedade e/ou do grupo. O auditor externo e o representante da sociedade de revisores oficiais de contas iniciaram funções em Política e periodicidade da rotação do auditor externo e do respectivo sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções. O auditor externo e o respetivo sócio revisor podem exercer essas funções até dois mandatos. 45. Indicação do órgão responsável pela avaliação do auditor externo e periodicidade com que essa avaliação é feita. O conselho fiscal avalia anualmente o auditor externo e tem a possibilidade de apresentar proposta à assembleia geral para a destituição deste com justa causa. 46. Identificação de trabalhos distintos dos de auditoria, realizados pelo auditor externo para a sociedade e/ou para sociedades que com ela se encontrem em relação de domínio, bem como indicação dos procedimentos internos para efeitos de aprovação da contratação de tais serviços e indicação das razões para a sua contratação. Ver número 41. Os trabalhos de auditoria são objeto de parecer do conselho fiscal prévio à sua contratação. 47. Indicação do montante da remuneração anual paga pela sociedade e/ou por pessoas colectivas em relação de domínio ou de grupo ao auditor e a outras pessoas singulares ou colectivas pertencentes à mesma rede e discriminação da percentagem respeitante aos seguintes serviços (para efeitos desta informação, o conceito de rede é o decorrente da Recomendação da Comissão Europeia nº C (2002) 1873, de 16 de maio). 66

67 Pela Sociedade (*) Euros Valor dos serviços de revisão de contas ,9% Valor dos serviços de consultoria fiscal 0 - Valor de outros serviços que não revisão de contas 0 - Por entidades que integrem o Grupo (*) Valor dos serviços de revisão de contas ,8% Valor dos Serviços da garantia de fiabilidade 0 - Valor dos serviços de consultoria fiscal ,8% Valor de outros serviços que não revisão de contas ,4% Total ,0% *Incluindo contas individuais e consolidadas C. ORGANIZAÇÃO INTERNA I. Estatutos 48. Regras aplicáveis à alteração dos estatutos da sociedade (Art.º 245.º-A, n.º 1, al. h). A alteração de Estatutos está sujeita exclusivamente às regras previstas na lei. II. Comunicação de irregularidades 49. Meios e política de comunicação de irregularidades ocorridas na sociedade. Existe uma política de comunicação de irregularidades, divulgada a todos os colaboradores, com indicação a quem devem ser dirigidas as comunicações (comissão executiva), do tratamento que lhes será dado (Serviços Jurídicos que atuam de forma totalmente independente e autónoma e procedem à respetiva averiguação, podendo socorrer-se do apoio de outros serviços e propor as medidas a tomar), garantia de confidencialidade e divulgação estatística geral e anual, das comunicações efectuadas e do seu desfecho. Pode ser facultada a sua consulta por acionistas, mediante pedido dirigido à Direção de Relações com Investidores. É política da Grupo Soares da Costa, nos seus procedimentos internos e externos, atuar de acordo com os padrões éticos e em conformidade com o enquadramento legal e regulamentar. Deve constituir preocupação de todos os colaboradores a observância daqueles padrões e normativos, cabendo às chefias particular responsabilidade na respetiva observância. Assim, as comunicações sobre irregularidades têm o propósito de atempadamente pôr termo e prevenir a consumação de irregularidades no seio da Sociedade, quer elas sejam técnicas, económicas, comportamentais, legais ou outras. Na definição desta política, destaca-se o Código de Ética Empresarial, que se aplica a todos os gestores e colaboradores da Grupo e que está publicado no sítio da Sociedade na internet. III. Controlo interno e gestão de riscos 50. Pessoas, órgãos ou comissões responsáveis pela auditoria interna e/ou pela implementação de sistemas de controlo interno. Do ponto de vista organizativo, em 2011 foi criada a Unidade de Auditoria Interna e de Análise e Gestão do Risco, criada no âmbito do centro corporativo e, por isso, com competência transversal a todo o Grupo. O objetivo desta unidade, cuja atividade foi consolidada em 2012 e 2013 é promover estratégias de controlo de riscos, definir as políticas gerais e os termos de responsabilidade e monitorizar a sua implementação de forma a assegurar a eficiência e a eficácia das operações do Grupo, a salvaguarda dos ativos, a fiabilidade da informação financeira e o cumprimento das leis e normas. Compete-lhe também 67

68 desenvolver as ações de auditoria interna, de acordo com o respetivo plano de atividades ou em resultado de outras solicitações de órgãos de gestão ou de fiscalização. Mas sendo a Sociedade uma holding, as comissões de risco estão também estruturadas nas áreas operativas, designadamente nas que detêm atividades mais significativas (por exemplo, nas áreas de Desenvolvimento de Negócios, Finanças, Controle de Gestão, Recursos Humanos, Serviços Jurídicos). 51. Explicitação, ainda que por inclusão de organograma, das relações de dependência hierárquica e/ou funcional face a outros órgãos ou comissões da sociedade. A unidade de auditoria e análise de risco depende do secretário-geral, tal como expresso no organograma evidenciado no número 21. Os seus trabalhos e plano de atividades são acompanhados pelo conselho fiscal. 52. Existência de outras áreas funcionais com competências no controlo de riscos. Tal como já referido no número 50, para além da Unidade de Análise e Gestão do Risco, cada uma das áreas operativas com atividade mais significativa tem também comissões de risco (nas áreas de Desenvolvimento de Negócios, Finanças, Controle de Gestão, Recursos Humanos, Serviços Jurídicos, etc.) 53. Identificação e descrição dos principais tipos de riscos (económicos, financeiros e jurídicos) a que a sociedade se expõe no exercício da atividade. O Grupo Soares da Costa exerce a sua atividade em vários segmentos de negócios e em vários espaços geográficos. Neste âmbito o Grupo está exposto, naturalmente, a diversos riscos que podem ser classificados em: (i) Riscos de negócio: Riscos operacionais: os que podem afectar a eficácia e a eficiência dos processos operativos e prestação dos serviços do grupo, a satisfação dos clientes e a reputação das empresas; Riscos de integridade: os relacionados com fraude interna e externa a que possam estar sujeitas as empresas do grupo; Riscos de direção e recursos humanos: riscos vinculados entre outros à gestão, direção, liderança, limites de autoridade, deslocalização, inserção local, etc.; Riscos financeiros: designadamente riscos de taxa de câmbio, riscos de taxa de juro, riscos de liquidez e risco de crédito. (ii) Riscos de informação: (iii) Riscos do meio: Informação operativa, financeira e avaliação estratégica. Concorrência; Meio político, económico, legal e fiscal; Regulação e mudanças no setor. 54. Descrição do processo de identificação, avaliação, acompanhamento, controlo e gestão de riscos. A análise do risco é assegurada pelas diversas unidades corporativas do Grupo. É desenvolvido um trabalho de identificação e priorização prévia dos riscos classificados como sendo mais críticos (determinados através da combinação da probabilidade de ocorrência e potencial impacto), e são definidas estratégias de gestão do risco com vista à implementação de procedimentos de controlo que o diminuam para um nível aceitável. Neste sentido o Grupo tem vindo a proceder à implementação de atividades 68

69 de controlo que permitem mitigar os riscos. O objetivo é maximizar o trade-off entre os riscos e as margens de negócio de modo a atingir, de forma sustentada, os objetivos estratégicos do Grupo. Para se poder efetuar a apreciação e ulterior monitorização, através da sua organização interna, as diferentes áreas de gestão da empresa (Desenvolvimento de Negócios, Finanças, Controlo de Gestão, Recursos Humanos, Serviços Jurídicos, etc.) identificam e avaliam os riscos que as suas decisões, nas respetivas áreas de intervenção e competência, envolvem e elencam as medidas que os possam prevenir ou minimizar. Em função desse levantamento, acompanhado criticamente pela Unidade de Auditoria e Análise de Risco, são tomadas as decisões relativas ao negócio, país ou projeto em causa, designadamente a decisão de contratar ou não contratar ou das condições para a contratação. O sistema de análise e gestão é um processo interativo, que percorre todas as fases de um projeto, desde o seu levantamento potencial, em momento de pura prospeção, e até ao seu epílogo, em que todas as responsabilidades com ele relacionadas se mostram extintas. Naturalmente que, na sua evolução, são erigidos alguns marcos essenciais de tomada de decisão mais alargada, quer para avaliar se os potenciais riscos e a forma de os abordar se encaixam no perfil estratégico definido, quer para averiguar se os mecanismos e procedimentos de controlo estão a ser observados e se se mostram adequados. Para a sua cabal gestão são criados procedimentos de informação detalhada, com conteúdo adequado a cada fase, que permitem fazer o acompanhamento atempado das diversas vicissitudes e agir em cima das ocorrências. Todo o processo está aberto aos contributos de revisão e aperfeiçoamento que qualquer estrutura entenda propor e é objeto de reflexão e avaliação periódica envolvendo quer os serviços de apoio, quer as áreas operacionais. 55. Principais elementos dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira (art.º 245º - A, nº 1, al. m). A informação financeira é divulgada internamente a todos os responsáveis, atendendo à respetiva área de atuação a partir dos elementos produzidos pelos serviços e, quando aplicável, revistos pelo auditor externo, pelo revisor oficial de contas e pelo conselho fiscal. IV. Apoio ao Investidor 56. Serviço responsável pelo apoio ao investidor, composição, funções, informação disponibilizada por esses serviços e elementos para contacto. A Sociedade dispõe de um gabinete de apoio ao investidor organizado sob a forma de uma Direção de Relações com Investidores, que, através de vários meios disponíveis, assegura comunicação com investidores, acionistas, analistas de ações e público em geral, refletindo o investimento feito pela comissão executiva numa política de contacto direto e permanente com todos os agentes de mercado, e em particular com os acionistas. A divulgação de informação pertinente para o mercado de capitais é enviada eletronicamente e diretamente para a extranet da CMVM e para o endereço de internet da Euronext Lisbon. Dá-se integral cumprimento ao disposto na lei sobre a publicação de informação (relatório anual e contas, convocatórias, avisos de pagamento de juros, etc.) e disponibilização de documentos necessários à participação na assembleia geral. A página oficial da Sociedade na internet, contém informação dirigida ao investidor (submenu Investidores ), designadamente indicadores económico-financeiros atualizados trimestralmente, convocatórias de assembleias gerais e deliberações destas, emissões de títulos, pagamentos relativos a dividendos, obrigações ou outros títulos, estatutos, relatórios e contas, comunicados de informação privilegiada, etc. Para além destas fontes de informação, a Direção de Relações com Investidores presta informação sobre o comportamento histórico dos títulos da Sociedade, inscrição (direta ou por mandatário) para as assembleias gerais e fornecimento dos respetivos documentos de preparação, pagamentos de dividendos, cupões ou remição de títulos, fornecimento de relatórios anuais e informações semestrais e trimestrais, demonstrações financeiras respetivas e divulgação de factos relevantes. A informação, apesar de disponível no endereço de internet poderá ainda ser transmitida por correio ou por correio eletrónico a quem a solicite. A prestação de informações ou fornecimento de documentos só é prestada mediante identificação do requerente, podendo ser ainda solicitado que justifique o seu interesse na informação e a qualidade em que o 69

70 faz. Toda a informação referida está disponível em português e em inglês. Os contactos da Direção de Relações com Investidores são: Rita Carles, rita.carles@soaresdacosta.pt, telefone ou Representante para as relações com o mercado. Durante 2013 o representante para as relações com o mercado continuou a ser o secretário-geral da sociedade, António Manuel Sousa Barbosa da Frada. O representante para as relações com o mercado pode ser contactado pelo endereço de correio eletrónico: antónio.frada@soaresdacosta.pt Informação sobre a proporção e o prazo de resposta aos pedidos de informação entrados no ano ou pendentes de anos anteriores. Todos os pedidos de informação são respondidos imediatamente ou, quando se torna necessário recolher a informação pretendida, no prazo máximo de dois dias. V. Sítio de Internet 59. Endereço(s). O sítio de internet da Sociedade é o seguinte: estando disponível em português e inglês. 60. Local onde se encontram informação sobre a firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e demais elementos mencionados no artigo 171º do Código das Sociedades Comerciais. Informação sobre a firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e demais elementos mencionados no artigo 171º do Código das Sociedades Comerciais está disponível em: Local onde se encontram os estatutos e os regulamentos de funcionamento dos órgãos e/ou comissões. Os estatutos podem ser consultados em: Os regulamentos de funcionamento do conselho de administração e do conselho fiscal estão disponíveis em: Local onde se disponibiliza informação sobre a identidade dos titulares dos órgãos sociais, do representante para as relações com o mercado, do gabinete de apoio ao investidor ou estrutura equivalente, respectivas funções e meios de acesso. Informação sobre a identidade dos titulares dos órgãos sociais e do representante para as relações com o mercado pode ser consultada em: Adicionalmente, dados sobre a direção de relações com investidores estão disponíveis nos seguintes links: investidores/descricao e Local onde se disponibilizam os documentos de prestação de contas, que devem estar acessíveis pelo menos durante cinco anos, bem como o calendário semestral de eventos societários, divulgado no início de cada semestre, incluindo, entre outros, reuniões da assembleia geral, divulgação de contas anuais, semestrais e, caso aplicável, trimestrais. Os documentos de prestações de contas podem ser consultados em: /PT/investidores/informacaofinanceira/resultados. O calendário de eventos societários está disponível em: 70

71 64. Local onde são divulgados a convocatória para a reunião da assembleia geral e toda a informação preparatória e subsequente com ela relacionada. A convocatória para a reunião da assembleia geral e toda a informação preparatória são disponibilizadas no seguinte link: Local onde se disponibiliza o acervo histórico com as deliberações tomadas nas reuniões das assembleias gerais da sociedade, o capital social representado e os resultados das votações, com referência aos 3 anos antecedentes. O acervo histórico com as deliberações tomadas nas reuniões das assembleias gerais da sociedade, o capital social representado e os resultados das votações podem ser consultados em: /PT/investidores/assembleiasgerais. D. REMUNERAÇÕES I. Competência para a determinação 66. Indicação quanto à competência para a determinação da remuneração dos órgãos sociais, dos membros da comissão executiva ou administrador delegado e dos dirigentes da sociedade. A remuneração dos órgãos sociais e dos membros da comissão executiva é definida pela comissão de remunerações. Foi submetido pela comissão de remunerações da Sociedade à assembleia geral ordinária de 2013 documento explicativo das orientações da política de remunerações e bem assim dos critérios adotados na fixação concreta dos montantes atribuídos aos membros dos órgãos sociais. Dois dos três membros da comissão de remunerações estiveram presentes na última assembleia geral ordinária realizada em II. Comissão de remunerações 67. Composição da comissão de remunerações, incluindo identificação das pessoas singulares ou coletivas contratadas para lhe prestar apoio e declaração sobre a independência de cada um dos membros e assessores. A comissão de remunerações é composta pelos seguintes elementos: João Vieira de Almeida (presidente), Martim Salema de Sande e Castro Fino e João Pessoa e Costa (vogais). Não foi contratada nenhuma entidade (singular ou colectiva) para lhe prestar apoio. Dois dos três membros (João Vieira de Almeida e João Pessoa e Costa) são independentes dos membros do conselho de administração. 68. Conhecimentos e experiência dos membros da comissão de remunerações em matéria de política de remunerações. João Vieira de Almeida (presidente): Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica de Lisboa. Integra a Vieira de Almeida & Associados desde 1985 sendo atualmente presidente da direção da firma e sócio coresponsável da área de fusões e aquisições, corporate finance onde tem trabalhado ativamente em diversas operações, em Portugal e no estrangeiro, particularmente no Brasil; para além do trabalho nesta área, dedica parte do seu tempo a operações de project finance. Martim Salema de Sande e Castro Fino (vogal): Licenciado em Ciências Políticas pela Northeastern University em Boston, EUA. Desde abril de 2007, diretor geral da Workcare Medicina, Higiene e Segurança no Trabalho. João Pessoa e Costa (vogal): Licenciado em Gestão de Empresas, presidente da assembleia geral da APEMIP- Associação Portuguesa das Empresas de Mediação Imobiliária Portuguesas, presidente do Circulo Imobiliário- Portugal e diretor geral do Grupo Imobiliário Fernando Martins. 71

72 III. Estrutura das remunerações 69. Descrição da política de remuneração dos órgãos de administração e de fiscalização a que se refere o artigo 2º da Lei nº 28/2009, de 19 de junho. Foi submetida em 2013 à assembleia geral um documento, que colheu aprovação, contendo as orientações a observar pela comissão de remunerações, as quais estabelecem também os princípios gerais no estabelecimento da remuneração dos administradores executivos, designadamente na parte relacionada com o desempenho e que se sumariam da forma seguinte: Orientações sobre Política de Remunerações do Grupo Soares da Costa 1. As remunerações dos membros do conselho fiscal consistirão numa quantia fixa, tendo em conta o histórico da prática da Sociedade, aferido também pela prática do mercado; 2. A remuneração da sociedade revisora oficial de contas segue as disposições legais sobre a matéria; 3. Na remuneração dos membros do conselho de administração a comissão de remunerações deverá: Seguir os valores de mercado, atendendo à prática de outros grupos e às dimensão e complexidade e do grupo empresarial que encabeça; Atender à existência de administradores não executivos e administradores executivos; Considerar a representatividade do presidente do conselho de administração; Considerar o envolvimento mais ou menos intensivo dos administradores não executivos em tarefas pontuais, comissões, ou outras; Considerar a representatividade do presidente da comissão executiva; Considerar os valores históricos praticados no seio da Sociedade; Caso o entenda, e relativamente aos administradores executivos, atribuir um prémio de desempenho tendo em conta o conjunto de fatores e critérios que entenda densificar e objetivar, tais como, volume de negócios, valorização das ações/capitalização bolsista, resultados, consecução de negócios extraordinários, ou outros, sendo que o valor desse prémio não poderá ser superior a 6 % do resultado líquido consolidado. 70. Informação sobre o modo como a remuneração é estruturada de forma a permitir o alinhamento dos interesses dos membros do órgão de administração com os interesses de longo prazo da sociedade, bem como sobre o modo como é baseada na avaliação do desempenho e desincentiva a assunção excessiva de riscos. A comissão de remunerações estruturou a remuneração tendo em conta a prática histórica da Sociedade, o grau de responsabilidade e de representatividade dos diversos membros, a prática do mercado e a opinião de stakeholders. Atendendo às condições económico-financeiras do país, do setor da construção e da Sociedade, não foi prevista, em 2013, na conjuntura, componente variável de remuneração aos administradores executivos. 71. Referência, se aplicável, à existência de uma componente variável da remuneração e informação sobre eventual impacto da avaliação de desempenho nesta componente. Ver ponto 70 anterior. 72. Diferimento do pagamento da componente variável da remuneração, com menção do período de diferimento. Não tendo sido atribuída, pelas razões já expostas, remuneração variável aos administradores executivos, esta indicação não se aplica. 72

73 73. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em ações bem como sobre a manutenção, pelos administradores executivos, dessas ações, sobre eventual celebração de contratos relativos a essas ações, designadamente contratos de cobertura (hedging) ou de transferência de risco, respetivo limite, e sua relação face ao valor da remuneração total anual. Não está prevista a atribuição de remuneração variável em ações. 74. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em opções e indicação do período de diferimento e do preço de exercício. Não está prevista a atribuição de remuneração variável em opções. 75. Principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniários. Não estão previstos outros prémios ou benefícios não pecuniários. 76. Principais características dos regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os administradores e data em que foram aprovados em assembleia geral, em termos individuais. Não existe qualquer regime complementar de pensões ou de reforma antecipada para os administradores. IV. Divulgação das remunerações 77. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros dos órgãos de administração da sociedade, proveniente da sociedade, incluindo remuneração fixa e variável e, relativamente a esta, menção às diferentes componentes que lhe deram origem. Montante de remuneração auferida pelos membros do conselho de administração (incluindo comissão executiva): 73

74 Nome Cargo Remunerações Variáveis Composição Atual: Subs. Alimentação Remunerações Fixas Total 2013 António Sarmento Gomes Mota Presidente, Não Executivo , ,33 António Manuel Pereira Caldas Vogal, Executivo 1.386, , ,00 Castro Henriques Pedro Gonçalo de Andrade Vogal, Executivo 1.386, , ,75 Santos Jorge Domingues Grade Vogal, Executivo 1.386, , ,50 Mendes Investifino Vogal, Não Executivo , ,00 Parinama Vogal, Não Executivo , ,02 Manuel Fernando de Macedo Alves Monteiro Membros Cessantes: Vogal, Não Executivo , ,33 Manuel Roseta Fino Presidente , ,00 António Formigal de Arriaga Vogal, Não Executivo , ,16 António Pereira Silva Neves Vogal, Não Executivo , ,88 Carlos Moreira Garcia Vogal, Não Executivo , ,16 Martim de Sande e Castro Fino Vogal, Não Executivo , ,16 Total 4.158, ,29 As remunerações dos membros do conselho de administração durante o exercício de 2013 totalizaram ,29 Euros. Daquele montante, ,25 Euros foram remunerações dos membros executivos e ,04 Euros dos membros não executivos. Atendendo à presente conjuntura económica, os membros da comissão executiva não usufruíram de remunerações variáveis, pelo que os valores indicados respeitam integralmente a remunerações fixas. 78. Montantes a qualquer título pagos por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo ou que se encontrem sujeitas a um domínio comum. Não foi pago por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo qualquer montante a administradores executivos, com excepção do administrador executivo Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos que auferiu, em 2013, da acionista maioritária Manuel Fino SGPS Limited o montante total de 9.800,00 Euros. 79. Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e/ou de pagamentos de prémios e os motivos por que tais prémios e ou participações nos lucros forma concedidos. Não está prevista qualquer remuneração sob forma de participação nos lucros ou equivalente. 80. Indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores executivos relativamente à cessação das suas funções durante o exercício. Não foram pagas, nem são devidas, a qualquer ex-administrador executivo, quaisquer indemnizações relativamente à cessação das funções durante o exercício. 74

75 81. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros dos órgãos de fiscalização da sociedade, para efeitos da lei nº 28/2009, de 19 de junho. As remunerações dos membros do conselho fiscal no ano de 2013 foram as seguintes: Nome Cargo Remunerações Variáveis Composição Atual: Subs. Alimentação Remunerações Fixas Total 2013 António Pereira da Silva Neves Presidente , ,83 Carlos Pedro Machado de Sousa Góis Vogal , ,00 Jorge Bento Martins Ledo Vogal , ,92 Membros Cessantes: Júlio Lemos Castro Caldas Presidente , ,34 Joaquim Augusto Soares Silva Vogal 7.026, ,05 Total , , Indicação da remuneração no ano de referência do presidente da mesa da assembleia geral. Em 2013, foram atribuídas aos presidentes da mesa da assembleia geral remunerações de ,00 Euros. V. Acordos com implicações remuneratórias 83. Limitações contratuais previstas para a compensação a pagar por destituição sem justa causa de administrador e sua relação com a componente variável da remuneração. Não existe qualquer obrigação contratual relativa à compensação por destituição sem justa causa. 84. Referência à existência e descrição, com indicação dos montantes envolvidos, de acordos entre a sociedade e os titulares do órgão de administração e dirigentes, na aceção do nº 3 do artigo 248.º -B do Código dos Valores Mobiliários, que prevejam indemnizações em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da sociedade. (art. 245.º-A, nº 1, al. I) Não existem acordos entre a sociedade e os titulares do órgão de administração ou dirigentes que prevejam indemnizações em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da sociedade. VI. Planos de atribuição de ações ou opções sobre ações ( stock options ) 85. Identificação do plano e dos respetivos destinatários. Não vigoraram, durante o exercício, qualquer plano de atribuição de ações ou opção de aquisição de ações. 86. Caracterização do plano (condições de atribuição, cláusulas de inalienabilidade de ações, critérios relativos ao preço das ações e o preço de exercício das opções, período durante o qual as opções podem ser exercidas, caraterísticas das ações ou opções a atribuir, existência de incentivos para a aquisição e ou o exercício de opções). 75

76 Não aplicável. 87. Direitos de opção atribuídos para a aquisição de ações ( stock options ) de que sejam beneficiários os trabalhadores e colaboradores da empresa. Não aplicável. 88. Mecanismo de controlo previstos num eventual sistema de participação dos trabalhadores no capital na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos diretamente por estes (art.º 245º -A, nº 1, al. e )). Não aplicável. E. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS I. Mecanismos e procedimentos de controlo 89. Mecanismos implementados pela sociedade para efeitos de controlo de transações com partes relacionadas (para o efeito remete-se para o conceito resultante da IAS 24). As eventuais transações com partes relacionadas são objeto de apreciação e aprovação do conselho de administração (sem o voto dos administradores que possam ter relação com a transação) e após parecer prévio positivo do conselho fiscal. Uma das condições apreciadas é o facto dessas transações deverem ser realizados em condições normais de mercado. 90. Indicação das transações que foram sujeitos a controlo no ano de referência. Foram registadas três transações com partes relacionadas: com influencia na rubrica de fornecimentos e serviços externos uma transação com a Predifino no valor de Euros. Com impacto na mesma rubrica a Parinama transaccionou Euros e a Investifino (em outros gastos e perdas operacionais) o valor de Euros. 91. Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos da avaliação prévia dos negócios a realizar entre a sociedade e titulares de participação qualificada ou entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do artigo 20.º do Código dos Valores Mobiliários. Ver ponto 89. II. Elementos relativos aos negócios 92. Indicação do local dos documentos de prestação de constas onde está disponível informação sobre os negócios com partes relacionadas, de acordo com a IAS 24, ou, alternativamente, reprodução dessa informação. Está disponível informação sobre os negócios com partes relacionadas nas notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas da Sociedade. 76

77 Parte II Avaliação do Governo Societário 1. Identificação do Código de Governo das Sociedades Adotado A Sociedade encontra-se subordinada ao Código do Governo das Sociedades, emitido pela CMVM e disponível em 2. Análise de Cumprimento do Código de Governo das Sociedades Adotado Recomendação I. VOTAÇÃO E CONTROLO DA SOCIEDADE Grau de Cumprimento Detalhe I.1 As sociedades devem incentivar os seus acionistas a participar e a votar nas assembleias gerais, designadamente não fixando um número excessivamente elevado de ações necessárias para ter direito a um voto e implementando os meios indispensáveis ao exercício do direito de voto por correspondência e por via eletrónica. I.2. As sociedades não devem adotar mecanismos que dificultem a tomada de deliberações pelos seus acionistas, designadamente fixando um quórum deliberativo superior ao previsto por lei. I.3. As sociedades não devem estabelecer mecanismos que tenham por efeito provocar o desfasamento entre o direito ao recebimento de dividendos ou à subscrição de novos valores mobiliários e o direito de voto de cada ação ordinária, salvo se devidamente fundamentados em função dos interesses de longo prazo dos acionistas. I.4. Os estatutos das sociedades que prevejam a limitação do número de votos que podem ser detidos ou exercidos por um único acionista, de forma individual ou em concertação com outros acionistas, devem prever igualmente que, pelo menos de cinco em cinco anos, será sujeita a deliberação pela assembleia geral a alteração ou a manutenção dessa disposição estatutária sem requisitos de quórum agravado relativamente ao legal e que, nessa deliberação, se contam todos os votos emitidos sem que aquela limitação funcione. I.5. Não devem ser adotadas medidas que tenham por efeito exigir pagamentos ou a assunção de encargos pela sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do órgão de administração e que se afigurem suscetíveis de prejudicar a livre transmissibilidade das ações e a livre apreciação pelos acionistas do desempenho dos titulares do órgão de administração. Recomendação adotada Recomendação adotada Recomendação adotada Ponto 2 e 5 da Parte I Ponto 14 da Parte I Ponto 2, 5 e 12 da Parte I Não aplicável - Recomendação adotada Ponto 4 da Parte I- II. SUPERVISÃO, ADMINISTRAÇÃOE FISCALIZAÇÃO II.1. SUPERVISÃO E ADMINISTRAÇÃO II.1.1. Dentro dos limites estabelecidos por lei, e salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o conselho de administração deve delegar a administração quotidiana da sociedade, devendo as competências delegadas ser identificadas no relatório anual sobre o Governo da Sociedade. Recomendação adotada Pontos 21, 28 e 29 da Parte I 77

78 Recomendação Grau de Cumprimento Detalhe II.1.2. O Conselho de Administração deve assegurar que a sociedade atua de forma consentânea com os seus objetivos, não devendo delegar a sua competência, designadamente, no que respeita a: i) definir a estratégia e as políticas gerais da sociedade; ii) definir a estrutura empresarial do grupo; iii) decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas caraterísticas especiais. II.1.3. O Conselho Geral e de Supervisão, além do exercício das competências de fiscalização que lhes estão cometidas, deve assumir plenas responsabilidades ao nível do governo da sociedade, pelo que, através de previsão estatutária ou mediante via equivalente, deve ser consagrada a obrigatoriedade de este órgão se pronunciar sobre a estratégia e as principais políticas da sociedade, a definição da estrutura empresarial do grupo e as decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante ou risco. Este órgão deverá ainda avaliar o cumprimento do plano estratégico e a execução das principais políticas da sociedade. II.1.4. Salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o Conselho de Administração e o Conselho Geral e de Supervisão, consoante o modelo adotado, devem criar as comissões que se mostrem necessárias para: a) Assegurar uma competente e independente avaliação do desempenho dos administradores executivos e do seu próprio desempenho global, bem assim como das diversas comissões existentes; b) Refletir sobre sistema estrutura e as práticas de governo adotado, verificar a sua eficácia e propor aos órgãos competentes as medidas a executar tendo em vista a sua melhoria. II.1.5. O Conselho de Administração ou o Conselho Geral e de Supervisão, consoante o modelo aplicável, devem fixar objetivos em matéria de assunção de riscos e criar sistemas para o seu controlo, com vista a garantir que os riscos efetivamente incorridos são consistentes com aqueles objetivos. II.1.6. O Conselho de Administração deve incluir um número de membros não executivos que garanta efetiva capacidade de acompanhamento, supervisão e avaliação da atividade dos restantes membros do órgão de administração. Recomendação adotada Ponto 29 da Parte I Não aplicável - Recomendação adotada Recomendação adotada Recomendação adotada Ponto 24, 27, 29 da Parte I Ponto 50, 51 e 54 da Parte I Ponto 18 da Parte I 78

79 Recomendação Grau de Cumprimento Detalhe II.1.7. Entre os administradores não executivos deve contar-se uma proporção adequada de independentes, tendo em conta o modelo de governação adotado, a dimensão da sociedade e a sua estrutura acionista e o respetivo free float. A independência dos membros do Conselho Geral e de Supervisão e dos membros da Comissão de Auditoria afere-se nos termos da legislação vigente, e quanto aos demais membros do Conselho de Administração considera-se independente a pessoa que não esteja associada a qualquer grupo de interesses específicos na sociedade nem se encontre em alguma circunstância suscetível de afetar a sua isenção de análise ou de decisão, nomeadamente em virtude de: a. Ter sido colaborador da sociedade ou de sociedade que com ela se encontre em relação de domínio ou de grupo nos últimos três anos; b. Ter, nos últimos três anos, prestado serviços ou estabelecido relação comercial significativa com a sociedade ou com sociedade que com esta se encontre em relação de domínio ou de grupo, seja de forma direta ou enquanto sócio, administrador, gerente ou dirigente de pessoa coletiva; c. Ser beneficiário de remuneração paga pela sociedade ou por sociedade que com ela se encontre em relação de domínio ou de grupo além da remuneração decorrente do exercício das funções de administrador; d. Viver em união de facto ou ser cônjuge, parente ou afim na linha reta e até ao 3.º grau, inclusive, na linha colateral, de administradores ou de pessoas singulares titulares direta ou indiretamente de participação qualificada; e. Ser titular de participação qualificada ou representante de um acionista titular de participações qualificadas. II.1.8. Os administradores que exerçam funções executivas, quando solicitados por outros membros dos órgãos sociais, devem prestar, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, as informações por aqueles requeridas. II.1.9. O presidente do órgão de administração executivo ou da comissão executiva deve remeter, conforme aplicável, ao Presidente do Conselho de Administração, ao Presidente do Conselho Fiscal, ao Presidente da Comissão de Auditoria, ao Presidente do Conselho Geral e de Supervisão e ao Presidente da Comissão para as Matérias Financeiras, as convocatórias e as atas das respetivas reuniões. II Caso o presidente do órgão de administração exerça funções executivas, este órgão deverá indicar, de entre os seus membros, um administrador independente que assegure a coordenação dos trabalhos dos demais membros não executivos e as condições para que estes possam decidir de forma independente e informada ou encontrar outro mecanismo equivalente que assegure aquela coordenação. Recomendação adotada Recomendação adotada Recomendação adotada Ponto 18 e 20 da Parte I Ponto 21 da Parte I Ponto 21 da Parte I Não aplicável - II.2. FISCALIZAÇÃO II.2.1. Consoante o modelo aplicável, o presidente do Conselho Fiscal, da Comissão de Auditoria ou da Comissão para as Matérias Financeiras deve ser independente, de acordo com o critério legal aplicável, e possuir as competências adequadas ao exercício das respetivas funções. Recomendação adotada Pontos 18 e 19 da Parte I 79

80 Recomendação II.2.2. O órgão de fiscalização deve ser o interlocutor principal do auditor externo e o primeiro destinatário dos respetivos relatórios, competindo-lhe, designadamente, propor a respetiva remuneração e zelar para que sejam asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços. II.2.3. O órgão de fiscalização deve avaliar anualmente o auditor externo e propor ao órgão competente a sua destituição ou a resolução do contrato de prestação dos seus serviços sempre que se verifique justa causa para o efeito. II.2.4. O órgão de fiscalização deve avaliar o funcionamento dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos e propor os ajustamentos que se mostrem necessários. II.2.5. A Comissão de Auditoria, o Conselho Geral e de Supervisão e o Conselho Fiscal devem pronunciar-se sobre os planos de trabalho e os recursos afetos aos serviços de auditoria interna e aos serviços que velem pelo cumprimento das normas aplicadas à sociedade (serviços de compliance), e devem ser destinatários dos relatórios realizados por estes serviços pelo menos quando estejam em causa matérias relacionadas com a prestação de contas a identificação ou a resolução de conflitos de interesses e a deteção de potenciais ilegalidades. Grau de Cumprimento Recomendação adotada Recomendação adotada Recomendação adotada Recomendação adotada Detalhe Parte 3.2 do Relatório Ponto 45 da Parte I Ponto 51 da Parte I Ponto 51 da Parte I II.3. FIXAÇÃO DE REMUNERAÇÕES II.3.1. Todos os membros da Comissão de Remunerações ou equivalente devem ser independentes relativamente aos membros executivos do órgão de administração e incluir pelo menos um membro com conhecimentos e experiência em matérias de política de remuneração. II.3.2. Não deve ser contratada para apoiar a Comissão de Remunerações no desempenho das suas funções qualquer pessoa singular ou coletiva que preste ou tenha prestado, nos últimos três anos, serviços a qualquer estrutura na dependência do órgão de administração, ao próprio órgão de administração da sociedade ou que tenha relação atual com a sociedade ou com consultora da sociedade. Esta recomendação é aplicável igualmente a qualquer pessoa singular ou coletiva que com aquelas se encontre relacionada por contrato de trabalho ou prestação de serviços. II.3.3. A declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização a que se refere o artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de junho, deverá conter, adicionalmente: a) Identificação e explicitação dos critérios para a determinação da remuneração a atribuir aos membros dos órgãos sociais; b) Informação quanto ao montante máximo potencial, em termos individuais, e ao montante máximo potencial, em termos agregados, a pagar aos membros dos órgãos sociais, e identificação das circunstâncias em que esses montantes máximos podem ser devidos; c) Informação quanto à exigibilidade ou inexigibilidade de pagamentos relativos à destituição ou cessação de funções de administradores. Recomendação adotada Recomendaçao adotada Recomendação adotada Ponto 67 e 68 da Parte I Ponto 67 da Parte I Pontos 69 e 70 da Parte I 80

81 Recomendação Grau de Cumprimento Detalhe II.3.4. Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de planos de atribuição de ações, e/ou de opções de aquisição de ações ou com base nas variações do preço das ações, a membros dos órgãos sociais. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correta do plano. II.3.5. Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de qualquer sistema de benefícios de reforma estabelecidos a favor dos membros dos órgãos sociais. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correta do sistema. Não aplicável - Não aplicável - III. REMUNERAÇÕES III.1. A remuneração dos membros executivos do órgão de administração deve basear-se no desempenho efetivo e desincentivar a assunção excessiva de riscos. III.2. A remuneração dos membros não executivos do órgão de administração e a remuneração dos membros do órgão de fiscalização não deve incluir nenhuma componente cujo valor dependa do desempenho da sociedade ou do seu valor. III.3. A componente variável da remuneração deve ser globalmente razoável em relação à componente fixa da remuneração, e devem ser fixados limites máximos para todas as componentes. III.4. Uma parte significativa da remuneração variável deve ser diferida por um período não inferior a três anos, e o direito ao seu recebimento deve ficar dependente da continuação do desempenho positivo da sociedade ao longo desse período. III.5. Os membros do órgão de administração não devem celebrar contratos, quer com a sociedade, quer com terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que lhes for fixada pela sociedade. III.6. Até ao termo do seu mandato devem os administradores executivos manter as ações da sociedade a que tenham acedido por força de esquemas de remuneração variável, até ao limite de duas vezes o valor da remuneração total anual, com exceção daquelas que necessitem ser alienadas com vista ao pagamento de impostos resultantes do benefício dessas mesmas ações. III.7. Quando a remuneração variável compreender a atribuição de opções, o início do período de exercício deve ser diferido por um prazo não inferior a três anos. Recomendação adotada Recomendação adotada Recomendação não adotada Ponto 69, 70 e 79 da Parte I Ponto 69 e 79 da Parte I Não aplicável - Não aplicável - Não aplicável - Não aplicável

82 Recomendação III.8. Quando a destituição de administrador não decorra de violação grave dos seus deveres nem da sua inaptidão para o exercício normal das respetivas funções mas, ainda assim, seja reconduzível a um inadequado desempenho, deverá a sociedade encontrar-se dotada dos instrumentos jurídicos adequados e necessários para que qualquer indemnização ou compensação, além da legalmente devida, não seja exigível. Grau de Cumprimento Recomendação adotada Detalhe Ponto 84 da Parte I IV. AUDITORIA IV.1. O auditor externo deve, no âmbito das suas competências, verificar a aplicação das políticas e sistemas de remunerações dos órgãos sociais, a eficácia e o funcionamento dos mecanismos de controlo interno e reportar quaisquer deficiências ao órgão de fiscalização da sociedade. IV.2. A sociedade ou quaisquer entidades que com ela mantenham uma relação de domínio não devem contratar ao auditor externo, nem a quaisquer entidades que com ele se encontrem em relação de grupo ou que integrem a mesma rede, serviços diversos dos serviços de auditoria. Havendo razões para a contratação de tais serviços que devem ser aprovados pelo órgão de fiscalização e explicitadas no seu Relatório Anual sobre o Governo da Sociedade eles não devem assumir um relevo superior a 30% do valor total dos serviços prestados à sociedade. IV.3. As sociedades devem promover a rotação do auditor ao fim de dois ou três mandatos, conforme sejam respetivamente de quatro ou três anos. A sua manutenção além deste período deverá ser fundamentada num parecer específico do órgão de fiscalização que pondere expressamente as condições de independência do auditor e as vantagens e os custos da sua substituição. Recomendação adotada Recomendação adotada Recomendação adotada Parte 3.2 do Relatório - Pontos 46 e 47 da Parte I Pontos 43 e 44 da Parte I V. CONFLITOS DE INTERESSES E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS V.1. Os negócios da sociedade com acionistas titulares de participação qualificada, ou com entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20.º do Código dos Valores Mobiliários, devem ser realizados em condições normais de mercado. V.2. O órgão de supervisão ou de fiscalização deve estabelecer os procedimentos e critérios necessários para a definição do nível relevante de significância dos negócios com acionistas titulares de participação qualificada ou com entidades que com eles estejam em qualquer uma das relações previstas no n.º 1 do art. 20.º do Código dos Valores Mobiliários, ficando a realização de negócios de relevância significativa dependente de parecer prévio daquele órgão. Recomendação adotada Recomendação adotada Ponto 89 da Parte I Ponto 89 da Parte I 82

83 VI. INFORMAÇÃO VI.1. As sociedades devem proporcionar, através do seu sítio na Internet, em português e inglês, acesso a informações que permitam o conhecimento sobre a sua evolução e a sua realidade atual em termos económicos, financeiros e de governo. VI.2. As sociedades devem assegurar a existência de um gabinete de apoio ao investidor e de contacto permanente com o mercado, que responda às solicitações dos investidores em tempo útil, devendo ser mantido um registo dos pedidos apresentados e do tratamento que lhe foi dado. Recomendação adotada Recomendação adotada Pontos 59 a 65 da Parte I Ponto 56, 57 e 58 da Parte I 3. Outras Informações 3.1 Avaliação global sobre o grau de adoção de grupos de recomendações entre si relacionadas pelo seu tema Genericamente as recomendações são cumpridas. 3.2 Explicação das divergências entre as recomendações da CMVM e as recomendações que a Sociedade não cumpre ou que entende não serem aplicáveis A matéria sobre a qual se expressa não adoção e que se repercute em inaplicável em algumas recomendações tem a ver com a consideração de remuneração variável para os administradores executivos. Essa não consideração não decorre, no entanto, de divergência sobre a bondade da recomendação mas releva tão só de, nas atuais circunstâncias do país, do setor onde a atividade do Grupo se enquadra e da situação específica do Grupo, se entender que a atribuição de remuneração variável seria inadequada, conforme se explicita na parte I deste relatório. Relativamente à recomendação I.5, não existem quaisquer acordos ou medidas relacionadas com a alteração do controlo acionista ou da composição do órgão de administração, pelo que não existe também qualquer limite à transmissibilidade das ações ou à livre apreciação do desempenho dos administradores pelos acionistas. Relativamente à recomendação II.2.2 esclarecemos que o conselho fiscal tem relacionamento direto com os serviços da empresa e com o auditor externo e intervém ativamente na contratação deste. Entende-se, todavia, que, havendo dupla fiscalização, a do conselho fiscal e R.O.C. e a do auditor, é mais adequado que sejam independentes entre si. O conselho fiscal pode, no entanto, avaliar o auditor externo e, se o entender, propor a sua destituição. Refira-se, por fim, que a fiscalização é submetida à apreciação da assembleia geral. Cumpre ainda acrescentar que o auditor externo não tem limitação de âmbito, competindo-lhe, entre o mais, a verificação do cumprimento dos procedimentos instituídos, propor a sua alteração ou revogação ou a criação de novos procedimentos, bem como a observância do cumprimento das políticas remuneratórias. 83

84 4. RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA Introdução O relatório de Responsabilidade Social Corporativa do Grupo Soares da Costa é um anexo ao seu relatório e contas anual. A quase totalidade da informação reportada diz respeito à área de negócios da construção, que é a principal atividade do Grupo, englobando a maioria dos colaboradores. É também nesta área de negócios que a informação disponível se encontra numa fase de maturidade que permite o seu reporte e enquadramento. Para uma melhor compreensão da informação apresentada, nomeadamente a que respeita aos indicadores quantitativos, esta deve ser analisada em coerência com o âmbito descrito junto a cada um dos capítulos. As iniciativas de responsabilidade social são uma parte importante da cultura do Grupo Soares da Costa, nomeadamente no que respeita à vertente da responsabilidade social interna (iniciativas direcionadas para colaboradores e familiares) sem, no entanto, descurar as ações de responsabilidade social externa direcionadas para as várias comunidades nas geografias onde atuamos, bem como a gestão sustentável dos impactes ambientais decorrentes das nossas atividades. Assim, ao longo deste relatório, apresentamos os principais dados de desempenho quantitativo e qualitativo em matéria de responsabilidade social. Num primeiro capítulo é apresentado o desempenho social, com destaque para a caraterização do capital humano que compõe a organização, as iniciativas de formação realizadas, os principais indicadores de saúde e segurança no trabalho e o envolvimento social da Soares da Costa com os seus colaboradores, comunidade académica e comunidades envolventes. No capítulo de desempenho ambiental apresentamos os indicadores de desempenho referentes ao consumo de energia, emissões atmosféricas, consumo de recursos hídricos e materiais, produção de resíduos e investimentos na preservação/ proteção ambiental. Por fim, no capítulo sobre ética e responsabilidade social, damos conta das linhas de orientação para uma atuação responsável que fazem parte das políticas de responsabilidade social da empresa e apresentamos alguns dos principais impactes da nossa atividade. 1. Desempenho Social A Soares da Costa continua a ser um empregador relevante no mercado de emprego, contribuindo ativamente para o emprego direto e indireto, tanto em Portugal como nas outras geografias onde tem atividades 21. Este capital humano representa o principal ativo da Empresa, para o qual são desenvolvidas várias iniciativas no âmbito da responsabilidade social interna e que procuram envolver e valorizar os colaboradores. Também no que respeita à responsabilidade social externa, direcionada para o envolvimento com as comunidades onde desenvolvemos a nossa atividade, foram promovidas algumas iniciativas ao longo do ano. Estas iniciativas inserem-se na Política de Responsabilidade Social Corporativa do Grupo de envolver ativamente a empresa e os seus colaboradores com as comunidades locais, reconhecendo a importância de o fazer de forma sustentada pelos objetivos empresariais da Soares da Costa. 1.1 CAPITAL HUMANO Referente à área de negócio da construção, a empresa terminou o ano de 2013 com colaboradores, representando uma descida de 4% face ao ano anterior. A diminuição gradual do número de colaboradores ao longo dos últimos anos (mais acentuada em 2012) está relacionada com a diminuição do volume de trabalho no setor da construção, principalmente no 21 Âmbito: No que diz respeito ao desempenho social reportado neste relatório foram considerados dados de colaboradores, formação e saúde e segurança relativos à área de negócio da construção e às diferentes geografias onde operamos. 84

85 mercado doméstico, implicando inevitavelmente uma adaptação da estrutura operacional, dotando-a de maior flexibilidade e eficiência. Em consequência desta adaptação, tem vindo a crescer o número de colaboradores que atuam no mercado internacional, sendo já cerca de 78% do total (quando em 2012 este número representava cerca de 72%), entre quadros contratados localmente e quadros mobilizados de Portugal para as geografias onde operamos. No que diz respeito à percentagem de colaboradores do género feminino, mantem-se o desequilíbrio verificado ao longo dos anos (a percentagem de mulheres mantem-se na ordem dos 9%). 22 O gráfico anterior ilustra a evolução do capital humano da empresa em função do volume de negócios, no mercado doméstico e internacional. Constata-se que em 2013 o mercado nacional representou apenas 15% do volume de negócios mas tendo afetos 22% dos recursos humanos da empresa, enquanto o mercado internacional representou 85% do volume de negócios que realizou com 78% dos recursos humanos totais. 22 Âmbito: Área de negócio da construção. 85

86 1.2 FORMAÇÃO A formação profissional é uma técnica de desenvolvimento de recursos humanos que contribui ativamente para o desenvolvimento organizacional e para a criação de valor do negócio. Em 2013 registou-se um total de horas de formação. Deste total, 57% dizem respeito a formação na área de Gestão e Engenharia, áreas de extrema relevância para o core business da Empresa. É precisamente nesta área que se enquadram as Jornadas Técnicas da Construção, uma iniciativa interna, organizada anualmente, de promoção e partilha do conhecimento técnico e de experiências profissionais entre colaboradores. Em 2013 (o quarto ano de edição das jornadas em Portugal e o segundo ano da sua edição em Angola), vários quadros técnicos apresentaram temas atuais e discutiram questões técnicas ligadas à atividade de construção. No conjunto das duas iniciativas estiveram presentes cerca de 500 colaboradores. Em Portugal deu-se especial destaque ao momento de internacionalização com dois temas centrais: Soares da Costa no Mundo (apresentações sobre a consolidação da posição da Empresa em Angola; o crescimento do mercado moçambicano e os primeiros passos da atividade da empresa no Brasil) e o potencial de exportação do Grupo (com apresentações sobre a valorização de resíduos, a gestão do risco na Soares da Costa e a capacidade técnica aplicada à resolução de problemas). Já em Angola, as apresentações recaíram sobre muitos casos práticos da gestão da atividade neste país (segurança, responsabilidade e boas práticas, construir nas províncias, regimes de empreitada, sistemas de gestão técnica centralizada e supervisão) e apresentação de projetos em execução pela empresa (Encostas Sambizanga, tecnologias de execução de obra: edifício AAA e Total TTA2 Office Building). À tendência de recurso a formadores internos na formação na organização, associa-se a valorização do conhecimento interno, uma vez que a empresa dispõe de recursos tecnicamente habilitados e com competências pedagógicas desenvolvidas, além do importante conhecimento da nossa realidade de negócio, fundamental para a customização da formação. Em 2013, esta aposta foi mantida, nomeadamente com a organização de ações de formação sobre MS Excel e SAP. 86

87 Não obstante o decréscimo verificado nas horas totais de formação de 2013 (menos horas que em 2012), a análise comparativa com o volume de negócios da área de negócio da construção permite aferir o esforço desenvolvido para a manutenção deste indicador, não existindo uma alteração significativa entre 2012 e Destacam-se também as iniciativas formativas a propósito do novo Regime de Bens em Circulação, decorridas ao longo do ano. A adaptação de procedimentos e práticas a desenvolvimentos legislativos continua a ser uma prioridade para a organização. Outro exemplo passou pela especialização de um colaborador na área da soldadura, através da frequência de uma Pós- Graduação em Engenharia da Soldadura, com o objetivo de adaptar a empresa à conformidade dos requisitos da Marcação CE (norma de qualidade que será obrigatória em Portugal, já a partir de julho de 2014). No início de 2013, realizaram-se em Angola duas ações de formação de Inglês. Estas iniciativas, tiveram como objetivo desenvolver competências de comunicação neste idioma em dois grupos de formandos, um da CLEAR Angola, e outro dos colaboradores da Soares da Costa em Angola. 1.3 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO A gestão da saúde e segurança está implementada no universo das empresas que integram a Soares da Costa. Embora existam diferentes sistemas de gestão, e consequentemente diferentes políticas de atuação em cada empresa no que respeita a este tema, os princípios subjacentes a estas políticas são partilhados e têm em vista uma atuação cuidada e tendo como objetivo principal a redução dos índices de sinistralidade. Nas áreas de prevenção e segurança, as principais atividades são a identificação e implementação de medidas preventivas e de proteção da vida humana no exercício da atividade profissional, garantindo condições de segurança, higiene e saúde no trabalho. Para além disso, todos os colaboradores têm acesso aos serviços de saúde da Empresa (nomeadamente de medicina do trabalho disponível na própria empresa). Em 2013 verificaram-se 90 acidentes de trabalho, no universo de atuação da área de negócio da construção, menos 2% que no ano anterior, não se registando qualquer acidente mortal. Com a redução das atividades desenvolvidas, o número de horas trabalhadas diminuiu bastante (cerca de 24% face ao ano anterior), razão pela qual, mesmo diminuindo o número total de acidentes de trabalho, o índice de frequência aumentou ligeiramente em Os restantes indicadores de saúde e segurança, apresentados na tabela seguinte, ilustram a melhoria do desempenho nesta matéria Nota: Em 2012 verificou-se a ocorrência de um acidente mortal em obra, justificando o aumento expressivo do índice de gravidade desse ano. 87

88 Indicadores de Saúde e Segurança Índice de Frequência de Acidentes de Trabalho (número de acidentes de trabalho por milhão de horas trabalhadas) Índice Frequência de Doenças Profissionais (número de doenças profissionais por milhão de horas trabalhadas) Taxa de Absentismo (número de horas perdidas totais por número de horas trabalháveis) x 100% Índice de Gravidade (número de dias perdidos por sinistralidade por milhão de horas trabalhadas) 26,9 25,3 32,4 1,8 2,5 0,4 4,3 3,8 3,4 361, ,0 307,9 No âmbito da Saúde e Segurança no Trabalho é de destacar que foi atribuído à Sociedade de Construções Soares da Costa em 2013 uma menção honrosa no Prémio MAPFRE Prevenir Melhor 2012, uma iniciativa conjunta organizada pela Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) e pela MAPFRE Seguros. 1.4 ENVOLVIMENTO SOCIAL Através da sua política de responsabilidade social corporativa a Empresa procura gerir o seu envolvimento com a comunidade, comprometida em desenvolver, implementar e monitorizar as suas ações em todos os níveis da organização. A Comunicação Interna é um instrumento essencial para que haja envolvimento e participação de todos os colaboradores nas iniciativas, projetos e ações desenvolvidos. Procuramos dar a conhecer e partilhar a mais diversa informação, tendo em consideração as diferentes áreas de negócio e os mercados onde atuamos, de forma atual, rápida e clara para todos. A Educação e as iniciativas de Apoio Familiar continuam a ser pilares fundamentais da atuação da Empresa em matéria de responsabilidade social corporativa, destacando-se também outras iniciativas desenvolvidas em 2013 nesta área: Encontro de Quadros: como habitualmente, os quadros da empresa reuniram-se numa iniciativa de partilha de informação e alinhamento de estratégia, com apresentações dos membros da comissão executiva e de um convidado externo Os encontros de quadros de 2013 reuniram colaboradores no Porto, Luanda e Maputo (pela primeira vez). Newsletter: com o objetivo de fazer chegar informação relevante e atualizada sobre a atividade da Empresa a todos os colaboradores nas diversas geografias onde atuamos, manteve-se a distribuição mensal da Newsletter Colaboradores. Esta informação é distribuída por via digital ( ) a todos os colaboradores e em papel a todos os colaboradores em obra, existindo ainda uma edição adaptada para o mercado angolano. Atividades de Natal: Uma vez mais a época natalícia foi assinalada com a realização de vários lanches em vários locais da Empresa, permitindo o convívio entre os trabalhadores e contando com a presença dos membros da comissão executiva, designadamente no estaleiro central (Parque Industrial da Rechousa), na delegação de Lisboa e na sede do Grupo, no Porto. Também por muitas das obras e estaleiros espalhados pelas diversas geografias foram realizados cários convívios alusivos a esta quadra. Ainda durante a época natalícia, a Soares da Costa levou a cabo outras iniciativas de responsabilidade social interna, distribuindo 261 cabazes de Natal contendo bens alimentares a alguns colaboradores e oferecendo presentes de Natal aos filhos dos colaboradores com vínculo laboral a Portugal, até aos 10 anos de idade, inclusive (em 2013 ano foram entregues 372 brinquedos); Galardoados: A Soares da Costa homenageou, como é habitual, os seus colaboradores que celebraram, ao longo deste ano, 25 ou 35 anos de trabalho no Grupo. Durante os vários lanches de Natal, realizados em Portugal, foram distinguidos 121 colaboradores que apesar de colaborarem em diversas geografias, têm vínculo contratual em Portugal. Em 2013, também foram homenageados (pelo segundo ano consecutivo) os 12 colaboradores angolanos que ao longo de 2012 celebraram 25 anos de colaboração com a Empresa, numa cerimónia realizada em Angola; Bolsas de Estudo: O programa de Bolsas de Estudo 2012/2013 atribuiu 71 bolsas a filhos de colaboradores com vínculo laboral a Portugal, das quais 69 bolsas de apoio social e 2 bolsas de ensino especial. 88

89 Protocolos: é uma área em contínuo desenvolvimento que tem como objetivo estabelecer protocolos que visam atribuir benefícios/ condições especiais aos colaboradores e seus familiares no acesso a vários produtos e serviços. São também muitas as iniciativas de responsabilidade social desenvolvidas em Angola e Moçambique, países onde a Soares da Costa está presente há largos anos, procurando atuar nas vertentes interna e externa, por meio de apoio aos nossos colaboradores ou através do envolvimento com as comunidades locais. Ao longo de 2013, destacaram-se as seguintes iniciativas: Atividades de promoção da saúde em Moçambique (no âmbito da obra de construção da nova ponte de Tete): realização (bimestral) de palestras, exibição de filmes temáticos sobre vários temas, como o VIH, tuberculose, higiene pessoal, malária, entre outros, com a presença da população local que trabalha nesta empreitada. Estas palestras são realizadas por médicos e ativistas da área de saúde (através de contrato com uma clínica local) e contaram em 2013 com um total de participantes. Também é de referir a celebração de um acordo com a Direção de Saúde de Tete (Moçambique), para a distribuição, de forma gratuita, pela população da obra de preservativos, uma ação que conjuntamente com as atividades de promoção da saúde pretende ajudar a diminuir a incidência de doenças sexualmente transmissíveis. Durante o ano de 2013 foram distribuídas unidades. Apoio logístico e doação de em materiais para a realização de um convívio-fraterno em Maputo, com a participação de vários jovens, com a duração de três dias, que remeteram para a reflexão de temas como a ação cívica, social e solidária; Transformação de dois contentores metálicos marítimos em bibliotecas, pela Soares da Costa Moçambique, SARL, instaladas nos centros cívicos das vilas de Mapai e Chicualacuala, promovendo a melhoraria das condições de acesso à leitura, no seu aspeto didático e de formação e como forma de lazer; Apoio material e logístico pontual à Casa do Gaiato de Moçambique em Boane; Apoio material e logístico pontual à Fundação Gonçalo Silveira, ajudando na construção da ESIL - Escola Secundária Inácio da Loyola ; Oferta de uma máquina fotocopiadora à Escola Secundária da Ponta Gêa na cidade da Beira e, em colaboração com a Fundação Vale, apoio à reabilitação dos edifícios existentes e à ampliação de um outro edifício; Apoio a várias iniciativas de sensibilização/ alerta por altura da comemoração do Dia Mundial do VIH/SIDA, na Suazilândia; Donativos na ordem dos USD (cerca de Euros) e apoio em géneros a várias iniciativas realizadas em Angola, como: apoio às comemorações do mês da mulher (Sindicato Provincial da Mulher Sindicalizada); comemoração do 10 junho (pela embaixada de Portugal) e comemoração do 1º de maio (apoio à Comissão Sindical); comemorações do 11º aniversário da Paz e 39º aniversário da Cidade do Soyo; 5ª Edição do Jazz Mulher JazzBello; Fundação Lwini; Baile da Amizade; Associação de Escuteiros de Angola - Agrupamento 188; Programa do Dia do Mineiro e Conselho Consultivo do MGM; Instituto Médio Politécnico do Sambizanga; Centro Acolhimento S. José (Soyo); Administração Comunal da Barra do Kwanza; 89

90 Governo Nacional de Proteção Civil e Bombeiros - Comando Provincial de Luanda; Movimento Nacional Espontâneo - Secretariado Municipal do Cacuaco; Associação dos Descendentes e Amigos do 4 de fevereiro e Orfanato Mama Muxima; Instalação e disponibilização de um posto de vacinação junto ao estaleiro da empresa para a população da comunidade de Huije (em colaboração com a Direção Provincial de Luanda), prestando também apoio de enfermagem; Apoio médico e de enfermagem aos conjugues e filhos de colaboradores angolanos, no posto de saúde do Estaleiro Central. 1.5 LIGAÇÃO À ACADEMIA No âmbito das relações com a comunidade académica, a Soares da Costa realiza anualmente várias iniciativas que visam dar o contributo da empresa para a formação, em meio laboral, de jovens estudantes e/ ou recém-licenciados. Ao longo do ano, acolhemos em Portugal oito estágios curriculares, ligados a áreas técnicas da atividade da empresa (Engenharia Civil, Topografia, Desenho de Projetos, Saúde e Segurança no Trabalho, Arquitetura, Condução de Obra e Qualidade e Ambiente). Já em Angola, inseridos no Programa de Estágios, foram acolhidos seis estagiários (quatro de Engenharia Civil, um da área de Recursos Humanos e um da área de Gestão de Empresas), todos integrados nos quadros da Empresa no final do período de estágio. À semelhança do programa desenvolvido em Portugal, o tempo dos estágios foi distribuído por várias áreas da empresa, para que os jovens estagiários tivessem oportunidade de conhecer os vários departamentos que dão suporte à área de produção. Com este programa, a Soares da Costa abre as portas à comunidade académica angolana e aposta na formação de jovens quadros locais. Por outro lado, numa parceria com o programa BEST/Inside View, do Instituto Superior Técnico, recebemos nas nossas unidades de trabalho (obras e escritórios) alunos finalistas dos cursos de engenharia civil, engenharia do ambiente e arquitetura, que acompanharam os profissionais da empresa ao longo de uma jornada de trabalho, com o objetivo de receberem uma formação prática complementar à sua formação académica. 1.6 SOU CAPAZ O Sou Capaz é o programa de voluntariado corporativo da Soares da Costa, estando inserido na sua estratégia de Responsabilidade Social Corporativa, e tem como vetores de atuação a Educação, a Saúde e Segurança e o Ambiente. A missão deste projeto (de âmbito nacional e transversal a todos os colaboradores) é a promoção do bem-estar social dos segmentos mais desfavorecidos da população, pelo que o seu maior objetivo é o de promover as condições necessárias para que qualquer colaborador possa participar em ações de solidariedade social (voluntariado), inclusive durante o horário normal de trabalho e sem prejuízo da sua remuneração ou atividade: Legião da Boa Vontade: colaborando, uma vez mais, com a Legião da Boa Vontade do Porto, realizaram-se este ano mais duas Rondas da Caridade onde os voluntários da Soares da Costa participaram na preparação e distribuição de refeições aos sem-abrigo da região; Parte de Nós Saúde: Intervenção, em parceria com o projeto Parte de Nós (promovido pela Fundação EDP), na reabilitação das instalações do serviço de Hematologia do Hospital de Dia de Oncologia, integrado no Hospital de Santo António no Porto. O projeto Parte de Nós tem como principais objetivos humanizar as áreas oncológicas de vários hospitais do país, através da realização de obras, oferta de mobiliário, equipamento audiovisual e, ainda doar equipamentos de vanguarda, que permitam a criação de centros de excelência no tratamento oncológico, com vista, a aumentar a qualidade e o conforto destes espaços. A Soares da Costa participou com este projeto disponibilizando uma equipa especializada de colaboradores, que garantiram todos os trabalhos de reparação/ regularização, emassamento e pintura das paredes e tetos das várias salas do espaço, para além dos trabalhos de raspagem, reparação e envernizamento dos apainelados, aros e guarnições de madeira existentes (portas e janelas). Esta colaboração contou com cerca de 480 horas de trabalho e a doação de alguns materiais necessários à realização dos trabalhos. Ecoponto Solidário: no âmbito deste projeto de doação voluntária de vários bens pelos nossos colaboradores, foram entregues em 2013 os seguintes materiais a instituições de solidariedade social, em Portugal e Angola: Recolha de sapatos novos ou usados, em colaboração com a empresa Botaminuto, que distribuiu os sapatos angariados numa campanha nacional a várias instituições de solidariedade; 90

91 Recolha de tampinhas de plástico para entrega ao Centro Social de Gião (sediado em Santa Maria da Feira) para posterior entrega para valorização; o valor obtido pela instituição através da valorização das tampinhas foi investido em equipamentos didáticos; Participação na campanha Papel por Alimentos, promovida continuamente pelo Banco Alimentar contra a Fome, que após a recolha do papel nas nossas instalações o entregou a entidades gestoras de resíduos devidamente certificadas; o valor obtido pela entrega do papel é convertido em alimentos pelo Banco Alimentar; Recolha de livros infantis não escolares em Portugal e posterior expedição e entrega por colaboradores voluntários da Soares da Costa aos Orfanatos Mama Muxima e Betânia, localizados em Angola; Recolha de telemóveis usados e respetivos acessórios com vista à sua reparação e reintrodução em mercados menos desenvolvidos a preços reduzidos campanha em colaboração com a empresa EMC-recycling; o valor obtido reverteu a favor da Fundação do Gil; Recolha de bens alimentares a favor da associação de solidariedade social de apoio a crianças OlharFuturo; Recolha de brinquedos novos ou usados em bom estado, que foram doados às crianças apoiadas pela Associação Nomeiodonada, em conjunto com vários brinquedos adquiridos pela empresa para oferta aos filhos de colaboradores no ano anterior e não reclamados; Recolha de pilhas e baterias usadas, a favor do Instituto Português de Oncologia, em parceria com a Ecopilhas, entidade gestora destes resíduos. Além das campanhas desenvolvidas internamente, a Soares da Costa colaborou também, através do apoio em transporte e entrega, com a iniciativa desenvolvida Um livro, uma criança, muitos hospitais que promove a recolha de livros por particulares e empresas em Portugal para posterior distribuição em Angola. Em 2013 garantimos o transporte de mais de livros. Ainda no âmbito da responsabilidade social corporativa, a CLEAR Instalações Electromecânicas efetuou ainda a doação de sete televisores usados à instituição Aldeias de Crianças SOS de Gulpilhares (Vila Nova de Gaia). 2. Desempenho Ambiental A gestão dos aspetos ambientais na Soares da Costa tem como objetivo constante a minimização dos potenciais impactes negativos decorrentes das atividades de construção e da operação corrente das unidades fixas das suas empresas. Os princípios de atuação de uma gestão ambientalmente sustentável passam pela proteção e preservação ambiental e centramse em quatro grandes linhas de orientação: (i) otimização do consumo de materiais, (ii) redução dos consumos de energia e água, (iii) proteção da biodiversidade envolvente e (iv) minimização dos impactes de emissões, efluentes e resíduos produzidos. Além do cumprimento dos requisitos legais e operacionais em vigor, a Empresa tem implementadas medidas de minimização do risco ambiental dessas atividades, com vista à otimização do desempenho ambiental ENERGIA E CLIMA O decréscimo das atividades de construção em Portugal, as diferentes fases em que se encontram as obras em curso, a sua tipologia e as iniciativas de sensibilização e gestão sustentável da energia resultaram nos últimos dois anos num decréscimo do consumo energético, independentemente da fonte de energia considerada ou local de consumo. 24 Âmbito: O estágio de desenvolvimento/ implementação do Sistema de Gestão Ambiental apenas permite aferir, de forma fidedigna, os indicadores ambientais decorrentes das atividades realizadas em Portugal. Desta forma, neste capítulo, apenas são apresentados dados relativos a Portugal, incluindo todas as unidades fixas de trabalho (escritórios e estaleiros), projetos em curso (excluindo ACE s) e frota automóvel. 91

92 A maior parte deste consumo provém do abastecimento da frota ao serviço da empresa (automóveis e equipamentos), que representa cerca de 40% do consumo total de 2013 ( GJ), e que implica que a fonte de energia mais utilizada seja o gasóleo (57% do consumo total). Em 2013, a redução do consumo energético total foi de 32%, em virtude do decréscimo da atividade em Portugal e também da sensibilização para os consumos desta natureza. Embora não significativo, verificou-se um ligeiro aumento (inferior a 1%) entre 2013 e 2012 no rácio do consumo total de energia comparativamente ao volume de negócios. Como já referido, este tipo de indicadores é fortemente influenciado pelo tipo de atividades desenvolvidas em obra e pelos estágios/ fases de desenvolvimento das obras/ atividades em cada momento. Em 2013 o total de CO 2 emitido foi de toneladas de, uma redução de cerca de 53% em relação ao ano anterior; a maior parte destas emissões estão normalmente associadas ao consumo de eletricidade e às viagens de colaboradores (avião e comboio). 92

93 É de referir, no entanto, que este decréscimo não deverá traduzir uma efetiva redução das emissões atmosféricas da Empresa ao longo do ano. De facto, apenas é possível apurar os dados referentes a viagens de avião adquiridas em Portugal, quando em 2013 a grande maioria das viagens realizadas, em resultado da crescente mobilidade dos quadros da Empresa, foram adquiridas pela sucursal de Angola e não monitorizadas pelo Sistema de Gestão Ambiental). Caso fosse possível apurar os dados de forma consolidada, seria expetável a manutenção das emissões atmosféricas ou, possivelmente, um aumento das emissões decorrentes dessas viagens. É possível efetuar a mesma análise no gráfico seguinte, onde a comparação das emissões atmosféricas totais com o volume de negócios traduz uma redução significativa. No âmbito da proteção e preservação ambiental, a Soares da Costa desenvolveu várias iniciativas, com vista à minimização de consumos energéticos, consumo de materiais, produção de resíduos e envolvimento com os colaboradores e comunidades envolventes, destacando-se: Dia Mundial do Ambiente: realização de uma Campanha Ambiental 2013, realizada ao longo de todo o mês de junho e focando quatro temas distintos: consumo de eletricidade, produção de resíduos, consumo de água e consumo de combustível associado à frota automóvel; Movimento ECO: a empresa associou-se uma vez mais ao Movimento ECO Empresas contra os fogos, uma iniciativa de proteção do património florestal nacional, à qual nos associamos desde 2008, divulgando através dos meios de comunicação internos e externos várias formas de sensibilização para este tema; Gestão Documental de Obras: o software de gestão documental de obras implementado em 2012 pela Clear funciona a partir de uma base de dados ligada um servidor de uma determinada organização, disponibilizando, desta forma, essa informação a todos os utilizadores da rede. Com esta ferramenta possibilita-se o desenvolvimento de uma base de dados digital sobre cada obra, facilitando a circulação da informação e reduzindo os impactes associados ao consumo de papel e tintas; 93

94 Energy Project of the Year: um dos projetos desenvolvidos pela Clear (projeto de eficiência energética, implementado pela Galp Soluções de Energia em parceria com o ISQ) foi reconhecido com o título de Western Europe Region - Energy Project of the Year de 2013 (?) atribuído pela Association of Energy Engineers (AEE), na qualidade de melhor projeto de eficiência energética, da Europa Ocidental. 2.2 RECURSOS HÍDRICOS Nos últimos anos verificou-se um decréscimo generalizado no consumo de água, fruto do decréscimo das atividades em Portugal, como anteriormente referido. Porém, em 2013, verificou-se um consumo total de metros cúbicos, superior em cerca de 28% ao ano anterior. Este aumento está diretamente relacionado com um dos projetos em curso (empreitada de construção do Gasoduto Mangualde-Celorico-Guarda), que exigiu a realização de ensaios hidráulicos com largos consumos (da ordem dos metros cúbicos). Os recursos hídricos utilizados para este fim acabaram por ser devolvidos ao meio recetor no final dos ensaios realizados, pelo que se não o considerássemos como consumo efetivo, o consumo total anual seria de metros cúbicos, cerca de 1,2% inferior ao ano anterior. Como decorre dos consumos apresentados, não consideramos que as atividades desenvolvidas tiveram um impacto significativo no consumo de recursos hídricos, nem afetaram o meio ambiente envolvente, seja em abaixamento dos níveis de lençóis freáticos, ou em alteração da capacidade dos ecossistemas vizinhos. Apesar disso, o esforço de minimização é contínuo, passando por uma adequada gestão das atividades em obra, com procedimentos estipulados pelos Sistemas de Gestão Ambiental implementados. Por outro lado, apenas são utilizados recursos provenientes de fontes devidamente licenciadas, o que garante uma adequada monitorização e controlo. Tal como se verifica o aumento total do consumo de água, a análise comparativa com o volume de negócios também reflete esse aumento, como expetável pelas razões acima descritas. 94

95 2.3 MATERIAIS E RESÍDUOS Na gestão do consumo de materiais, a Empresa procura agir tendo em vista dois princípios de atuação: a minimização sustentada dos consumos de materiais utilizados na execução das obras e a redução do consumo de materiais administrativos ou de suporte às atividades de escritório. O planeamento da aquisição de materiais é feito tendo em conta dois critérios, a defesa do meio ambiente e razões económicas, procurando a utilização mínima (e eficiente dos mesmos) e a garantia da qualidade da execução da obra. É ainda de referir a reutilização de diversos materiais em obra, originários das próprias atividades e, sempre que seja viável do ponto de vista da execução das mesmas. Estas práticas ambientalmente responsáveis permitem diminuir o consumo de materiais virgens e de resíduos encaminhados para outros destinos. No que respeita aos resíduos produzidos, a sua elevada produção e diversidade de tipologias requer uma gestão cuidada, quer no sentido da sua minimização, quer da separação adequada e promoção de um destino final que respeite os princípios da valorização, sempre que possível. Na gestão dos resíduos produzidos, são seguidos vários procedimentos de separação e armazenamento temporário, de acordo com as suas caraterísticas (e em concordância com o estipulado pelos Sistemas de Gestão Ambiental), sendo depois encaminhados para um destino final adequado, através de empresas externas, licenciadas e contratadas para efetuar a gestão de resíduos, procedendo à sua recolha e transporte. A tabela seguinte apresenta a produção de resíduos, catalogada de acordo com a designação da Lista Europeia de Resíduos (LER), expressa em toneladas, entre os anos 2011 e A diversidade de resíduos produzidos pelas atividades de construção, conduz a que aqui sejam apresentados apenas os principais tipos de resíduos. Código LER Designação Mistura de embalagens 0,64 0,00 0, Betão 878,27 257,86 582, Mistura de betão, tijolos, ladrilhos, telhas e materiais cerâmicos 3.657, ,12 983, Plástico 44,66 19,17 16, Misturas betuminosas não abrangidas em ,04 60,50 628, Ferro e Aço 294,06 202,39 63, Mistura de metais 19,27 5,36 52, Solos e rochas não abrangidos em ,48 11,12 230, Mistura de Resíduos de Construção e Demolição (RCD) 314,02 183,73 56, Mistura de resíduos urbanos equiparados 53,67 5,13 37,22 Outros (incluindo RCD reutilizados) , , ,72 Total (em toneladas)

96 Em 2013 consolidou-se a tendência decrescente da produção de resíduos, que neste ano se reduziu em cerca de 50% relativamente a À semelhança de outros indicadores ambientais já referidos, estes também são muito influenciados pelo decréscimo das atividades de construção em Portugal, pelas diferentes fases em que se encontram as obras em curso, pela sua tipologia e pelas iniciativas de sensibilização e gestão sustentável implementadas, o que não permite fazer uma comparação linear desta evolução. Os resíduos produzidos são enviados, quase na totalidade (99% em 2013), para destinos de reciclagem e valorização. Em 2013 regista-se um aumento notável do destino de reciclagem, que decorre do código R4, utilizado no caso de resíduos de metal. Os resíduos de metais, distribuídos por diferentes códigos LER, assumem um valor significativo no total da produção de resíduos, cerca de 44%, decorrente da venda de máquinas e equipamentos da empresa. A quantidade de resíduos perigosos produzidos mantém-se pouco significativa face ao total de resíduos produzidos, representando menos de 1%. Ao nível dos efluentes produzidos, há o registo dos efluentes industriais produzidos no estaleiro de São Félix da Marinha, que em 2013 representou a emissão de metros cúbicos. Todavia, devido à tipologia destes efluentes e, sobretudo, devido ao seu tratamento e monitorização, não se considera que afetem significativamente quaisquer habitats, recursos hídricos e respetiva biodiversidade. Produção de Efluentes caudal da ETAR (metros cúbicos) INVESTIMENTOS AMBIENTAIS A maioria dos custos associados ao desempenho ambiental da empresa decorrem do acompanhamento ambiental em obra e da adoção de medidas de proteção ambiental inerentes à implementação dos próprios sistemas de gestão que privilegiam a proteção e preservação de meio ambiente, pelo que na cultura da Soares da Costa estes são entendidos como investimentos na preservação ambiental, e não como custos. 96

97 Em 2013, foram investidos cerca de 372 mil Euros em ações e equipamentos de proteção e preservação ambiental, dos quais cerca de 31% estão relacionados com a gestão de resíduos e efluentes e 48% com o acompanhamento ambiental em obra. 3. Conduta Ética e Responsabilidade Social Além da Visão, Missão e Valores pelos quais se rege, a Soares da Costa dispõe ainda de outros instrumentos de orientação para uma atividade responsável e sustentável, do ponto de vista ambiental, social e ético. O Código de Conduta Empresarial estabelece um conjunto de normas éticas e princípios basilares que devem nortear a atividade da Empresa, princípios esses que são complementados com os Princípios de Negócio direcionados para a área da construção. Para além disso, a Empresa dispõe ainda das Política de Sustentabilidade, Política de Responsabilidade Social Corporativa, Políticas de Igualdade de Oportunidades e Respeito pela Diversidade, Política Ambiental, Política da Qualidade e Política de Prevenção, Segurança, Higiene e Saúde, cada uma estabelecendo orientações específicas em determinado âmbito de atuação. A atuação da Soares da Costa em diferentes economias é um contributo positivo para o desenvolvimento económico, ambiental e social das mesmas, quer pelos fluxos económicos diretos que decorrem dessas atividades, quer pelos impactes económicos indiretos que origina. 97

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