TREINO TÉCNICO PARA COMPETIÇÃO. Introdução à Análise. Prof. Francisco Teodorico Pires de Souza

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1 XADREZ - TREINO TÉCNICO PARA COMPETIÇÃO Apostila 1 - Prof. Francisco Teodorico Onde os Reis se encontram Av. Itatiaia, 686 Jardim Sumaré Ribeirão Preto SP (16) academiadexadrez@bol.com.br TREINO TÉCNICO PARA COMPETIÇÃO Introdução à Análise Prof. Francisco Teodorico Pires de Souza CLASSIFICAÇÃO DOS LANCES Lance Descrição Resposta Ataque Aquele que cria uma situação de perigo ao adversário. Defesa ou Contra-ataque Defesa Estabelece uma proteção, uma defesa para o lado que a realiza. Ataque ou preparação de ataque Neutra Por exclusão, não é nem de ataque nem de defesa. Exemplo: lances de desenvolvimento de peças. Ataque ou preparação de ataque Errônea Aquele que propicia ao adversário uma vantagem Aproveitamento do erro imediata ou a médio prazo. 1. Razões dos lances CONDUÇÃO DA PARTIDA Página 1

2 Tenha sempre ao menos um objetivo para o próprio lance. Lances sem objetivo são inúteis e podem ocasionar perdas de tempo ou derrota. O lance do adversário deve ser analisado cuidadosamente, procurando descobrir-lhe as intenções. Não procedendo desta maneira, há o risco de perda de material ou derrota. Procure debilitar a posição inimiga e aproveite-se dela com um ataque direto de mate 2. Desenvolvimento lógico Desenvolva suas peças para casas, onde aumentam sua potencialidade agressiva, sem entorpecer a saída das demais. 3. Lances iniciais Na fase da abertura, os lances devem visar o desenvolvimento lógico das peças e a fiscalização das casas centrais. Tire as peças de suas desfavoráveis posições iniciais, ampliando seu raio de ação, e por conseqüência, a capacidade de luta, ou seja, desenvolva suas peças. Tenha em vista as casas centrais do tabuleiro: e4, e5, d4, d5. Antes de executar seu lance, deve o enxadrista procurar responder afirmativamente às perguntas O lance atende ao desenvolvimento? e O lance tem ação no centro do tabuleiro?. Estes são os objetivos dos lances inicias. 4. Nomes das aberturas De acordo com a posição estabelecida após alguns lances iniciais, são denominadas as aberturas. O importante não é decorar os nomes, nem os lances, mas ter em mente seu plano e deduzir logicamente a seqüência. 5. Lances de Peões Durante a abertura, procure jogar os Peões d e e, para permitir entre outros objetivos, a saída dos Bispos. Além destes, nas aberturas jogue apenas c3 quando sua idéia for apoiar um futuro d4. Afora esses, os outros Peões constituem, via de regra, perda de tempo, e, somente devem ser feitos, após o completo desenvolvimento das peças. Se d4 é fácil para as Brancas, para as Negras,... d5 não o é. Quase sempre o Peão d negro vai a d6, após a saída do Bispo do Rei. Porém, sempre que possível,... d5 é um bom lance, pois elimina, pela troca, o Peão e branco. 6. Casas para os Cavalos inativo. Para as Brancas, c3 e f3; para as Negras, c6 e f6. Normalmente em h3, o Cavalo permanece 7. Casas para os Bispos

3 a) Bispo do Rei: em sua diagonal, o Bispo encontra sua melhor casa em c4 ou b5, neste último caso, quando existe um Cavalo em c6. Nas posições restringidas, quando o avanço d3 antecede a saída do Bispo Rei, ele limita-se a ocupar a casa e2. b) Bispo da Dama: de acordo com a posição, as melhores casas para o Bispo branco são g5, cravando o Cavalo de f6, em b2, a3. Já o Bispo negro, geralmente se posiciona em e6 ou d7, ou quando possível em g4, cravando o Cavalo de f3. 8. Casas para a Dama Freqüentemente atua em sua coluna e nas diagonais d1-h5 e d1-a4. Quando se lança diretamente ao ataque, suas casas boas são g4 e h5. Na casa e2 geralmente tira proveito da coluna e aberta. Pode ser eficaz também em d4 ou em b3. Nas partidas do Peão do Rei, as Negras tem dificuldade de jogar com sua Dama. Suas casas de escolha são as casas da primeira e segunda horizontais pretas, como d8, d7, e7, c7, etc. Não saia prematuramente com a Dama para não se expor a um ataque de peça de menor valor, que a obrigaria a mover-se novamente, perdendo tempo. 9. Casas para o Rei O roque pequeno permite colocar o Rei na casa segura g1, onde se põe a salvo de ataques inimigos. É sua casa ideal, onde goza de ampla segurança. Caso não se efetue o roque, facilitará o ataque inimigo. Se o roque não tiver a proteção de suas peças, pode sofrer um ataque fatal. 10. Casas para as Torres As casas iniciais das colunas abertas. 11. Reforço de um ataque com as Torres Após o desenvolvimento dos Cavalos, dos Bispos e mesmo da Dama, o jogador necessita do reforço das Torres, para prosseguir num ataque, uma vez que essas peças são as últimas a entrar em combate. Um dos meios é avançar o Peão f e abrir esta coluna. A ocupação de colunas abertas são caminhos para a 7ª horizontal, onde se realizam os golpes táticos. 12. Como tirar proveito das Torres? aberta. a) Abrindo colunas para elas; b) Fazendo-as agir nas colunas já abertas; c) Instalando-as na 7ª horizontal e d) Conduzindo-as a importantes colunas de ataque, utilizando como via de acesso, uma coluna 13. A importância do avanço d4 (ou d5 para o Negro) a) Para as Brancas, além de facilitar o desenvolvimento, visa, pela troca, eliminar o Peão e inimigo, resultando uma posição em que apenas as Brancas dispõem de um Peão central, deixando o adversário com inferioridade no centro. b) Para as Negras, é igualmente eficiente por quebrar o centro branco. Sempre que o Negro consegue jogar impunemente... d5, nas partidas do Peão do Rei, conseguem, ao menos, igualdade.

4 14. Roque Rocar o mais cedo possível e de preferência, o roque pequeno. O roque coloca o Rei em segurança e permite jogo à torre companheira. Mas o roque não deve ser enfraquecido, pois seria acessível a ataque. Se mantiver o roque íntegro, não terá preocupações com a segurança de seu Rei. Caso contrário, se permitir a destruição do escudo real, sucumbirá por deixar o monarca desprotegido. Impeça que seu adversário faça o roque. 15. Desenvolvimento e Centro O lado que tem maior mobilidade de peças (conseqüência do melhor desenvolvimento e domínio central) domina o tabuleiro. 16. Desenvolvimento acelerado de peças A vantagem real em xadrez decorre do número de peças ativas. As peças valem pelo que fazem. Desenvolva todas as peças rapidamente, mesmo que à custa de sacrifício de Peões. O tempo gasto pelo adversário, ao capturar com uma peça já desenvolvida, um nosso Peão, será por nós aproveitado no desenvolvimento de mais uma peça. 17. Geral Tenha sempre em mente durante a partida os seguintes ítens: * os ataques diretos e indiretos * defesas diretas e indiretas (contra-ataques) * eficiência dos lances com mais de um objetivo * debilidade da casa f7 * a força de um Cavalo em e6 * a força de dois Bispos no ataque * lances enérgicos, de iniciativa * exploração de peças cravadas * o clima de tensão central das aberturas * etc. EVOLUÇÃO HISTÓRICA ESCOLA ANTIGA O ponto débil que a configuração inicial das peças oferece, é a casa f7, o setor de cada lado, que mais generosamente se oferece aos planos agressivos do adversário. E o Peão que se instala nessa casa, é fraco, pois conta apenas com o magro apoio de seu Rei.

5 A primitiva idéia que ocorreu aos primeiros estudiosos do xadrez (séc. XVI em diante), foi o ataque direto a essa casa, conhecidamente fraca. Todas as combinações, planos, ciladas dos enxadristas antigos, estavam orientados em direção a este ponto, onde procuravam acumular o maior número de peças atacantes. A) MATE PASTOR a) 1 e4 e5 2 Dh5 Ameaçando o Peão e Cc6 3 Bc4 d6 4 Df7++ (1-0). Refutação: 3... g6! 4 Df3 (novamente ameaçando mate com Df7++) Cf6, seguido de... Bg7 e e as Negras tem melhor jogo. b) 1 e4 e5 2 Bc4 Cc6 3 Df3 d6 4 Df7++ (1-0). Refutação: 3... Cf6!, e as Negras estão bem. B) MATE LEGAL O melhor é, após 1 e4 e5 2 Bc4 jogar logo 2... Cf6, evitando as ameaças de mate. 1 e4 e5 2 Bc4 d6? 3 Cf3 g6 4 Cc3 Bg4 5 Ce5! Entregando a Dama Bd1 6 Bf7+ Be7 7 Cd5++ (1-0) Refutação: consiste em jogar de acordo com os princípios gerais de desenvolvimento e domínio do centro, ou seja 2... Cf6. Na variante principal, ao invés de 5... Bd1?, o Negro pode jogar 5... de5, e não existe mais o Mate Legal. C) ATAQUE GRECO 1 e4 e5 2 Cf3 Cc6 3 Bc4 Bc5 4 c3 Cf6 5 d4 ed4 6 cd4 Bb4+ 7 Cc3 Ce Cc3 9 bc3 Bc3 10 Db3 Ba1 11 Bf7+ Rf8 12 Bg5 Ce7 13 Ce5! d5 14 Df3 Bf5 15 Be6! g6 16 Bh6+ Re8 17 Bf7++ (1-0) Refutação: 9... d5! e desaparece o Ataque Greco. D) ATAQUE FEGATELLO 1 e4 e5 2 Cf3 Cc6 3 Bc4 Cf6 Defesa dos 2 Cavalos 4 Cg5 É esta uma abertura típica da escola antiga de xadrez, em que o ataque direto contra o Rei era o objetivo único de todas as idéias estratégicas. As Negras desenvolveram normalmente suas peças e, aparentemente, nenhuma razão assiste às Brancas para pretenderem tirar proveito da abertura. Com 4 Cg5, como que aspiram as Brancas a realizar uma expedição punitiva ao adversário, visando a casa fraca f7, onde já atua o Bispo branco. O lance 4 Cg5 transgride um princípio de desenvolvimento que proíbe jogar a mesma peça duas vezes na abertura, e outro princípio de ordem estratégica, que veda, igualmente, os ataques prematuros, sem o desenvolvimento de peças. Mas, paradoxalmente, 4 Cg5 não pode ser considerada errônea, ao contrário, exige grande atenção.

6 Como as Negras defenderão seu Peão de f7 atacado duplamente? Não existe uma proteção direta de outra peça (exemplo: 4... De7 5 Cf7, e as Negras não podem retomar com a Dama, por causa da defesa que o Cavalo tem de seu Bispo de c4). O único lance que procura obstruir a ação do Bispo branco sobre a casa f7 é 4... d5!, permitindo também o desenvolvimento do Bispo da Dama negro. Após 5 ed4, o lance lógico negro, para que não percam um Peão é 5... Cd5. As Brancas continuam com 6 Cf7!, entregando o Cavalo e especulando a debilidade da posição negra e na força que irá ter, agora, o Bispo f4 branco, cravando o Cd5 negro d5 5 ed5 Cd5 6 Cf7! Inicia-se o famoso Ataque Fegatello. O Cavalo ataca a Dama e a Torre do Rei. A resposta negra é forçada: 6... Rf7 7 Df3+ Atacando também o Cavalo d5 inimigo Re6 Novamente forçada e resulta numa posição muito comprometida para o Rei negro. 8 Cc3 Atacando mais uma vez o Cavalo d5. Um exemplo do que pode acontecer é: 8... Ce7 9 d4 c6 10 Bg5 Rd7 11 de5 Re Be6 13 Cd5 Bd5 14 Td5! cd5 15 Bb5+ (+ -) Refutação: a) O Ataque Fegatello tem dado margem a muita controvérsia. Aparece, como sua refutação, em vez de 8... Ce7, erro que deu grande prestígio ao Ataque, o lance 8... Ccb4! e após 9 De4 c6 10 a3 Ca6 11 d4 Cc7 12 Bf4 Rf7 13 Be5, as Brancas possuem um ataque poderoso, mas as Pretas têm excelentes possibilidades. Teoricamente o Fegatello pode ser contestado, mas, praticamente é jogável, pelas possibilidades de ataque que proporciona, beneficiando, via de regra, as Brancas. b) O melhor é evita-lo, o que se consegue com o lance 5... Ca5! em vez de jogar 5... Cd5. Com este lance, as Negras jogam uma espécie de gambito, entregando um Peão para conseguir rápido desenvolvimento de peças e ataque ao Rei inimigo. Um exemplo é, após 5... Ca5, 6 d3 h6 7 Cf3 e4! 8 De2 Cc4 9 dc4 Bc5, etc. Ao estudar a Defesa dos 2 Cavalos, você pode encontrar outros exemplos de ataque. O Ataque Fegatello é um produto da influência que os mestres italianos de xadrez exerceram na época do Renascimento. O nome Fegatello vem do italiano fégato, que quer dizer fígado. O ataque visaria o ponto mais vital do inimigo (f7), como era o fígado, na época, para o organismo humano. Este ataque e todas as demais continuações, que têm em mira o ataque direto ao Rei inimigo, atacando o Peão f7, são muito interessantes, exigindo do jogador das Negras respostas precisas e arte na defesa. Os jogadores da chamada escola antiga de xadrez confiavam no êxito dos ataques diretos ao Rei. O objetivo da partida seria o ataque frontal ao monarca inimigo, estando, assim, justificados todos os sacrifícios de peças, que tivessem, por finalidade, eliminar o Rei contrário. ESCOLA MODERNA Com a evolução do xadrez, com a experiência e o aperfeiçoamento da técnica defensiva, ficou provado que os meios diretos não são suficientes para ganhar uma partida e que deve-se antes debilitar a posição inimiga, por meio de manobras estratégicas de grande alcance, as quais, minam, solapam todos os setores da luta. Essas idéias foram alardeadas pela escola moderna de xadrez, cujo pioneiro foi o grande mestre Steinitz.

7 Atualmente o ataque frontal é considerado como o complemento lógico de uma estratégia bem definida, que objetiva enfraquecer, num primeiro tempo, a posição adversária. As combinações, os sacrifícios brilhantes de peças, os ataques fulminantes ao Rei inimigo, devem surgir como uma conseqüência lógica de uma conduta inteligente, que conseguiu tornar débil o inimigo. O êxito do ataque final, nessas condições, é assim, absoluto. Antigamente, atirava-se à luta, de frente, sem pensar no resultado, confiando apenas na habilidade do espírito ofensivo e na surpresa do ataque prematuro. As partidas eram orientadas por uma tendência bárbara de luta, primitiva. Na atualidade, os desejos regicidas não são tão fundamentais. Há um trabalho prévio de solapamento. O principiante é, por instinto, um adepto da escola antiga de xadrez. A explicação é fácil, visto que o ataque ao Rei é, em essência, o motivo mesmo da partida. Seus objetivos e suas intenções são quase evidentes, daí os principiantes aprenderem, facilmente, essa parte do jogo. Quem se inicia em xadrez embarca freqüentemente, em combinações de ataque direto ao adversário, sem preparativos necessários, isto é, o desenvolvimento de peças e o real controle do centro. Tais procedimentos, armas de dois gumes, são errôneos e, invariavelmente, conduzem à derrota, quando são empregados contra jogadores experientes. O principiante deve ter em mente esses fatos em suas partidas. Lembrar sempre que, como foi demonstrado por Steinitz, antes de dirigir uma ação direta ao Rei adversário, deve ter obtido alguma vantagem que a justifique. Dita vantagem pode manifestar-se por duas formas fundamentais: a) Superioridade material, isto é, mobilização de maior quantidade de forças, ou b) Superioridade dinâmica, ou seja, melhor colocação das peças. Outra coisa que o principiante deve levar em consideração: quando iniciar um ataque direto contra o Rei adversário, é lembrar que não é necessário ganhar a partida por esse meio. Não há, como diz Max Euwe, necessidade de queimar as naves para este fim. Essas táticas são filhas do desespero. Um ataque bem planejado não é um desespero, mas uma conseqüência lógica na cadeia de idéias estratégicas e, geralmente, produz como saldo uma vantagem duradoura, que se explora com um tranqüilo e paciente jogo de posição. Apostila 1

8 OS CAMPEONATOS DO MUNDO APARECE UM TÍTULO A criação do título de Campeão Mundial foi uma obra pessoal, e muito anterior ao surgimento de um organismo que controlasse as competições. Até surgir Steinitz, ninguém havia tido a idéia de se empregar tão atraente título, apesar de que a superioridade de Stauton, Anderssen e Morphy sobre todos os seus contemporâneos era patenteada em determinados anos. Quando Steinitz surge no palco do xadrez internacional, o norte-americano Morphy já havia deixado as competições sérias, onde então a figura máxima era o prussiano Anderssen, que havia sido derrotado por Morphy convincentemente no ano de 1858, em Paris por +2-7 =2. Assim, quando em 1866, Steinitz venceu em um disputado match a Anderssen por +8-6 =0, em Londres, se autoentitulou como Campeão Mundial, diante do sorriso de todos os aficionados, que não levaram a serio aquele pequeno enxadrista centroeuropeu. Objetivamente falando, a superioridade de Steinitz, naquela época estava longe da clareza, pois no ano seguinte, 1867, Kolisch e Winawer o superaram no Torneio de Paris, e em 1870, Anderssen na revanche, no Torneio de Baden-Baden, derrota-lhe nas duas partidas que jogaram. Mas Steinitz volta com toda a força e vence o grande Torneio de Viena, 1873, com a satisfação de obrigar a Anderssen a render seu Rei nas duas partidas disputadas. Depois desta vitória, esteve bastante tempo sem participar de Torneios, mas em encontros pessoais derrotou, entre outros, Bird, Londres, 1866, +7-5 =5; Blackburne, Londres, 1870, +5-0 =1; Zukertort, Londres, 1872, +7-1 =4 e outra vez Blackburne, Londres, 1876, +7-0 =0. No ano de 1882 reaparece no grande Torneio de Viena e obtém o primeiro posto, mas empatado em pontos com o polonês Simón Winawer, o que indubitavelmente, empalideceu um pouco seu triunfo. Durante o tempo em que Steinitz permaneceu afastado dos torneios, novas figuras começaram a brilhar com luz própria e ameaçavam o trono que o mesmo havia criado. Assim está a situação, quando no ano de 1883, em Londres, organizaram um torneio de dupla volta com os melhores enxadristas da época e que foi ganho brilhantemente por Zukertort, aquele jogador que Steinitz havia derrotado contundentemente em um match, onze anos antes. Aqui começaram as dificuldades de Steinitz, pois se até então, se bem que nada lhe dava o direito de ostentar o Título Mundial, ninguém havia reclamado para si tal galardão, ocorreu neste momento a Zukertort o desejo de o tomar para si, e depois de seu triunfo (impecável diga-se de passagem), definiu-se como Campeão Mundial... Steinitz não consentiu isto, e imediatamente desafiou-o a jogar um match decisivo em que se esclarecesse quem teria o direito de utilizar o título de Campeão Mundial. As conversas foram longas e divergentes, e até 1886 estes dois esplêndidos enxadristas não se encontraram por meio do tabuleiro para disputar a supremacia. Antes de Steinitz criar o Título Mundial, alguns matches (e torneio) podem ser considerados como indicadores de enxadristas que mereceriam ostentar o Título: Mac Donell De La Bourdonnais, Londres, 1834, 21V 13E 44D Saint-Avant Stauton, Paris, 1943, 6V 4E 11D Anderssen, vencedor do Torneio de Londres, 1851 Anderssen Morphy, Paris, 1857, 2V 2E 7D

9 Anderssen Steinitz, Londres, 1866, 6V 0E 8D Steinitz Blackburne, Londres, 1876, 7V 0E 0D A SEGUIR: I Campeonato Mundial de Xadrez Steinitz x Zukertort, 1886 FINAIS I 1. A IMPORTÂNCIA DOS FINAIS A partida de xadrez possui três fases: Abertura, Meio Jogo e Final, cujos limites não podem ser traçados com exatidão. Podemos porém declarar que a partida se encaminha para o Final, quando o material existente no tabuleiro esteja diminuído, escasso, ou seja, com peças apenas suficientes para o mate. Uma das principais características do Final é a função ativa desempenhada pelo Rei, em contraste com o papel inerte que assume na abertura. Na primeira fase, em virtude do maior número de peças inimigas e dos perigos delas decorrentes, este exerce um papel passivo, procurando a proteção de outras peças e, pelo roque, localizar-se em lugar seguro, de defesa, afastando-se assim do campo de luta. Já nos Finais, esta peça faz jus ao título que ostenta, ora escoltando Peões candidatos à promoção, ora colaborando com seu poder no cerco e morte do Rei inimigo. Outra peça de grande importância é o Peão. A disposição destes no tabuleiro (estrutura de Peões), define a estratégia a ser seguida nos Finais. O recurso de sua promoção, aumenta consideravelmente o poderio material de seu lado, o que lhe confere mérito considerável. O Final é considerado a fase mais difícil, pois exige do enxadrista talento, imaginação, e grande conhecimento teórico, atenção contínua e bom cálculo. Uma manobra precipitada ou mal calculada, pode anular um grande esforço desenvolvido na Abertura ou Meio Jogo. Seu bom conhecimento permite ganhar em muitas posições aparentemente empatadas, assim como salvar-se de posições aparentemente perdidas e mesmo desesperadas. Todo enxadrista de destaque é, antes de tudo, um ótimo finalista. 2. MATES ELEMENTARES Estudaremos os casos em que um dos lados possui apenas o Rei sobre o tabuleiro. Fora das casas marginais, o Rei pode ocupar oito casas, em casa marginal, cinco, e, nas angulares, somente três casas. Esta última é sem dúvida a mais desfavorável possível. Ocupando uma casa angular, o Rei levará mate se o adversário dominar as três casas que lhe restam e a própria casa angular em que se encontra. Dessas quatro casas, duas podem ser dominadas pelo Rei. Diagrama: Rb6 x Ra8

10 O Rei negro está em sua casa desfavorável, e das três casas que lhe restam, duas estão dominadas pelo Rei branco. O mate não poderá ser dado com um Bispo ou um Cavalo apenas; essas peças dando xeque, dominarão apenas mais uma das duas casas que deveriam ser dominadas para existir o mate, tendo o Rei negro a casa de fuga b8. Logo não há mate. Diagrama: Rf7, Bf6, Bg6 x Rh8 Com dois Bispos, o mate é possível, um deles dá xeque e o outro impede a fuga do Rei. Diagrama: Rb3, Cc2, Cd2 x Ra1 Com dois Cavalos é possível dar mate. Diagrama: Rg3, Bf3, Ch3 x Rh1 Com Bispo e Cavalo também é possível dar mate de igual maneira. No final com dois Bispos, ou Bispo e Cavalo, o mate é forçado contra os melhores lances adversários, com dois Cavalos é possível chegar a uma posição de mate apenas com a colaboração do adversário. No diagrama correspondente (Rei e 2 Cavalos x Rei), o último lance branco foi Cc2++. Se o Rei negro antes de ir à a1, estava em b1, obviamente, onde recebeu o xeque do Cavalo colocado em d2, tivesse se dirigido à c1, o mate não seria possível. Logo não é um mate forçado. Diagrama: Rb6, Tc8 x Ra8 Diagrama: Rf3, Tb1 x Rf1 Nestes diagrama, as Torres controlam as duas casas que não são dominadas pelo seu Rei. Diagrama: Rg6, De8 x Rg8 A Dama aqui faz o mesmo papel de uma Torre. Observe que as duas casas que devem ser dominadas localizam-se sobre a mesma horizontal, via de mobilidade da Dama (ou Torre). Para se praticar o mate ao Rei situado em casa marginal, devemos dominar as cinco casas que dispõe, além da que ocupa. O Rei atacante domina três e as restantes podem ser dominadas por uma Torre ou Dama, desde que as casas se encontrem sobre a mesma horizontal (ou coluna). Com o Rei inferior no meio do tabuleiro, nove casas devem ser dominadas: oito de movimentos deste e mais uma ocupada por ele. O Rei branco pode dominar três, as seis restantes encontram-se em duas horizontais vizinhas. Por aí se vê que o mate com o Rei colocado no meio do tabuleiro requer mais peças (duas Torres, ou Torre e Dama). O material mínimo para o mate é: a) Uma Dama: mate em qualquer casa marginal. b) Uma Torre: mate em qualquer casa marginal. c) Dois Bispos: mate somente nas casas angulares. d) Bispo e Cavalo: mate somente nas casas angulares. e) Dois Cavalos: mate somente nas casas angulares, somente ajudado Rei e Dama x Rei O mate com a Dama realiza-se com o Rei negro em qualquer casa marginal do tabuleiro. As posições de mate são Rc6, Dc7 x Rc8; Rg6, De8 x Rg8 e análogas.

11 O mate é forçado num máximo de 10 lances. É muito fácil dar mate com a Dama, mas deve-se tomar cuidado com posições de empate como por exemplo Rb5, Dc7 x Ra8; Rf5, Df7 x Rh6; ou posições análogas jogando o Negro. Diagrama: Ra1, Db1 x Re6 1? mate em 9 Forçar o Rei negro a colocar-se em qualquer uma das casas marginais, ficando com o Rei branco diante dele, separado por uma casa, quando então domina três das seis casas que deve dominar. Então infiltrar a Dama numa das casas desta margem efetuando o mate. 1 Rb2 Rd5 2 Rc3 Re5 3 Dg6 Rf4 4 Rd4 Rf3 5 Dg5 O Rei negro vai sendo encaminhado para a margem do tabuleiro Rf2 6 Dg4 Re1 7 Re3 Rf1 8 Dg6 Por que não jogar 8 Dg3? Porque seria empate por afogamento Re1 9 Dg1++ (1-0) A SEGUIR: 2.2. Rei e Torre x Rei TÁTICA I 1. GANHO DE PEÇAS Capturando-se as peças inimigas, paulatinamente se reduz o potencial adversário. A supremacia material origina, na maioria das vezes, superioridade de posição e ambos fatores, obrigarão o adversário, duplamente inferiorizado a render-se sem apelação. partida. Se um dos enxadristas possui mais peças que o outro, salvo as exceções, deve ganhar a Podemos reduzir a seis, os princípios fundamentais de ganho de peças: 1. Princípio do Rei em Perigo 2. Princípio da peça imóvel 3. Princípio da peça sobrecarregada 4. Princípio do ataque simultâneo 5. Princípio da peça sem defesa 6. Princípio da promoção do Peão 1.1. Princípio do Rei em perigo

12 O Rei em perigo sob múltiplas ameaças, escapa, muitas vezes ao mate entregando material, quer seja para abrir caminho para sua fuga, quer seja para distrair peças atacantes, ou destrui-las, embora sacrificando peças de maior valor. Diagrama: Ba8, Tg5, Rh5 x Cf8, g7, Rg8, h7, Th8 1? Brancas ganham material Atrair o Cavalo negro para a diagonal onde encontra-se seu Rei, para que o Bispo possa agir sobre ela. 1 Bd5+ E as Brancas ganham o Cavalo. Para escapar do xeque, o negro deve entregar uma peça Ce6 2 Be6+ Rf8 O Rei negro consegue a casa de fuga à custa de material. Diagrama: Ra6, Tb7, Ce5 x f6, g7, h7, De8, Tg8, Rh8 1? Brancas ganham material Atacar o Rei negro sufocado atraindo a Dama para f7, onde será capturada pela Torre. 1 Cf7+ Df7 2Tf7 As Negras evitam o mate trocando a Dama pelo Cavalo inimigo. A SEGUIR: 1.2. Princípio da peça imóvel OS GRANDES MESTRES DO TABULEIRO 1. ADOLF ANDERSSEN Antes de se praticar o jogo de posição deve-se aprender a combinar. Esta regra, confirmou-se na história do xadrez, e é recomendada aos iniciantes. Não inicie seu jogo com aberturas do Peão da Dama e Abertura Francesa, mas com partidas de jogo aberto, gambitos. Certamente que com o jogo fechado, o principiante perderá menos partidas, mas em troca, com o jogo aberto, aprenderá a jogar xadrez. Antigamente, haviam também os jogadores de posição. O maior deles foi André Danican Philidor, talvez até o maior pensador de todos os tempos. Mas o que, com seu exemplo, auxiliou em maior grau a força da combinação do mundo enxadrístico, amadurecendo-a para a prática do jogo de posição foi Adolf Anderssen.

13 Anderssen nasceu em Breslau no dia 6 de julho de Sua carreira foi muito simples. Estudou Filosofia e Matemática, e até o dia 13 de Março de 1879, época em que faleceu, ocupou o cargo de professor no Instituto de sua cidade natal. Começou a estudar xadrez no início de sua vida estudantil, mas a força de seu jogo desenvolveu-se lentamente. Para seus compatriotas alemães, e até para os internacionais, foi considerado uma revelação quando, no primeiro torneio de mestres celebrado em Londres, 1851, com o qual começou a época moderna do xadrez, obteve o primeiro prêmio. A esta vitória seguiram outras, especialmente no Torneio de Londres, 1862 e no de Baden-Baden, Aquele que quer aprender a jogar o bom xadrez, deve observar as partidas de Anderssen não somente para divertir-se com elas, mas para fortalecer seu jogo de combinação. Não acredite que o jogo de combinação seja somente fruto do talento que não se pode aprender. Os elementos são sempre os mesmos que se apresentam em relações mais ou menos complicadas, tais como ataques duplos, sobrecarga, trocas, etc. Quanto mais combinações você apreciar, mais fáceis serão de executa-las. Nas partidas que estudaremos, analisaremos também as aberturas. Entre elas, a primeira que veremos é o Gambito do Rei. Entende-se por gambito uma abertura na qual se sacrifica um Peão com o objetivo de conseguir vantagem no desenvolvimento, ou outras vantagens. O gambito conhecido como o mais antigo na literatura do xadrez é o do Rei: 1 e4 e5 2 f4. A idéia deste gambito é dupla: abertura da coluna f, através da qual, uma vez efetuado o roque, a Torre do Rei poderá entrar rapidamente em ação e a possibilidade de formar um forte centro de Peões, depois do avanço ou da troca do Peão e inimigo, mediante d4. A força deste centro de Peões, analisaremos mais adiante. As Brancas, após 2... ef4, não podem jogar a seguir 3 d4, mas devem antes fazer algo para evitar a ameaça negra... Dh4+. Tanto o enxadrista experiente quanto o iniciante melhorarão sensivelmente seu jogo se esforçarem em tratar cada abertura conforme sua idéia base, seguindo o plano preconcebido. Por exemplo, se jogar o Gambito do Rei, deve ter em mente que os dois objetivos principais desta abertura são o domínio da coluna f e a formação de um forte centro de Peões. Se, ao contrário, deixa-se levar por desvios e rodeios, o mesmo tira o sentido de seus primeiros lances, e então as conseqüências serão fatais. Como devem então contestar as Negras ao Gambito do Rei? Antigamente era comum aceitar cada sacrifício que o adversário oferecia, e neste caso defender o Peão com... g5. Esta defesa tem dois objetivos: um material e outro posicional. Ao defender o Peão f, obstrui esta coluna, e então as Brancas, para seguir com a idéia da abertura, devem atacar sobre a coluna f, quase sempre sacrificando uma peça para eliminar o Peão f negro. Outra réplica contra o Gambito do Rei, é o contra-ataque no centro: 2... d5 3 ed5 segue quase sempre 3... e4 (seria um grave erro 3 fe5 por causa de 3... Dh5+). Agora são as Negras que jogam gambito, chamado este de Falkbeer, cujo criador foi o mestre austríaco Ernesto Carlos Falkbeer (Brünn, Viena, 1885). O que conseguiram as Negras com este sacrifício de Peão? Antes de mais nada, o fracasso completo do objetivo branco de jogar o gambito. A abertura da coluna f, ou mesmo a intenção de formar um centro de Peões, são impedidas radicalmente. Agora, não se sabe que objetivo tem o Peão de f4 nesta posição. Além disso, o Peão e5 causa certo incômodo à posição branca, e estas encontram-se com dificuldades para o desenvolvimento. Em troca, as Negras, tem certa preponderância no centro. Por esta

14 razão, nos últimos anos, tem se considerado o Gambito Falkbeer quase como que uma refutação ao Gambito do Rei. Outra réplica: as Negras podem ignorar a idéia do gambito branco, continuando seu desenvolvimento, e neste caso, não é necessário jogar imediatamente 2... d6, para defender o Peão, pois restringiriam a ação do Bispo do Rei. O ataque ao Peão e5 é somente aparente, pois 3 fe5 fracassaria por 3... Dh5+. As Negras podem, portanto jogar tranqüilamente 2... Bc5 e defender mais tarde o Peão de e5 com d6 sem enclausurar seu Bispo. Quem compreende o espírito da abertura, pode ter confiança de que mesmo sem o conhecimento de suas variantes, não produzirá uma partida ruim. A SEGUIR: 1.1. Partida n.º 1 Breslau, 1862 Gambito Falkbeer Rosanes x Anderssen EXERCÍCIOS Diagrama 1.1 a2, b2, c3, e4, f2, g2, h2, Ta1, Te1, De2, Cf5, Rg1 x a7, b7, c7, e5, f7, g7, h7, Ta8, Cc6, Dd7, Tf8, Rg8 Composição 1? (1-0) Encontre o plano vitorioso branco. O ponto g7 está atacado pelo Cavalo branco. Se a Dama branca pudesse colocar-se sobre esta coluna, haveria ameaça de mate. A Dama negra encontra-se completamente indefesa. Logo, deve-se procurar um meio de executar estas duas ameaças concomitantemente. 1 Dg4 (1-0) As Negras evitam o mate trocando a Dama pelo Cavalo inimigo. Diagrama 1.2 b4, c4, f3, g2, h2, Td1, Ce1, De3, Bf1, Tf2, Rg1 x b6, d6, e5, g7, h7, Bb7, Cd4, Tf4, Tf8, Dg5, Rg8 Stahlberg x Alekhine Olimpíada ? Aqui Alekhine efetuou um fino lance: 1... h6 Tente descobrir seu objetivo Alekhine imaginou que se não houvessem na coluna f o Peão e a Torre, poderia jogar... Tf1++. O Peão de g está cravado, o Bispo localizado em b7 converge sobre g2 indiretamente, as Torres agem na coluna f semi-aberta, o único empecilho da posição é a Dama negra indefesa, problema este que é resolvido por Alekhine de maneira elegantemente terrível, pois ameaça 2... Tc3! 3 Db5 Tf2, e graças à ameaça de mate com... Tf1, as Brancas não tem tempo de salvar sua Dama.

15 O objetivo do lance de Alekhine portanto foi defender sua Dama, e o lance é tão forte que Stahlberg não tem recursos suficientes para escapar da derrota. Por exemplo, se 2 Dd2, segue 2... Bf3! 3 Cf3 Cf3+ 4 Tf3 Tf3 5 Dg5 Tf1 6 Tf1 Tf1+ 7 Rf1 hg5, e com um Peão de vantagem, as Negras ganhariam facilmente o final. A partida seguiu com: 2 Rh1 Tf3 (0-1) As Brancas abandonaram. Apostila 2 OS CAMPEONATOS DO MUNDO I CAMPEONATO MUNDIAL DE XADREZ Steinitz x Zukertort, 1886 Em 11 de janeiro de 1886, em um local especialmente escolhido pelo Manhattan Chess Club de New York, encontram-se frente a frente Steinitz e Zukertort para dirimir de uma vez por todas a supremacia mundial. Zukertort inicia o match com as Brancas, e sem vacilar, efetua seu primeiro lance 1. d4. A luta que toda a aficção mundial havia esperado durante três longos anos havia começado! Porém, deixemos Steinitz refletindo sua resposta e vejamos quem eram os protagonistas deste apaixonante encontro que acabava de começar. Wilhelm Steinitz havia nascido em 17 de maio de 1836, em Praga, no seio de uma família judia que sonhava em converte-lo em um rabino. Aos 12 anos já mostrava na escola uma boa disposição para a matemática, e aos 22, foi enviado a Viena para seguir um dos estudos que jamais completou, pois, desde os primeiros dias começou a freqüentar os círculos de xadrez, onde começou jogando ao estilo que agradava naquela época, ou seja, a base de brilhantes ataques com sacrifícios. Logo o chamaram de Morphy austríaco, pela veemência e a beleza de suas combinações. Seu estilo de jogo estava muito longe do que ia ser mais adiante, e nada o pressagiava a enorme transformação que aquele homenzinho ia imprimir no mundo do tabuleiro. O caráter independente de Steinitz já se manifestou nesta época, pois se conta que um dia, jogando com um famoso banqueiro chamado Epstein lhe disse: Jovem, tenha cuidado! Não sabe você com quem está falando? e Steinitz rapidamente respondeu: O sei perfeitamente, você é Epstein, porém, na bolsa, aqui Epstein sou eu!. Alguns psicólogos, e com eles o Grande Mestre Ruben Fine, qualificam esta resposta de Steinitz como um delírio de grandeza, mas não há outro remédio que reconhecer que o futuro Campeão Mundial tinha razão, pois estavam jogando xadrez e não discutindo sobre ações. Durante sua estada em Viena já havia se convertido em um jogador profissional, pois as partidas que disputava, eram em geral por meio de uma pequena aposta.

16 Em 1862, partiu para Londres para jogar um torneio internacional, que foi ganho por Anderssen, no qual finalizou em 6º lugar, empatando com Barnes e Dubois em pontuação, mas destacando-se pelas brilhantes combinações. Londres era naquela época, a Meca do xadrez, e não devemos estranhar pois, que ali fixasse Steinitz sua residência, impondo-se pouco a pouco a todos os adversários que lhe opuseram. Em 1874 começou a colaborar com a famosa revista inglesa The Field, analisando conscientemente as partidas de sua época e começando a mostrar sua nova concepção de jogo. Como se entendia xadrez até o advento de Steinitz? Muito simples, se o objetivo nosso era dar mate, o lógico era que todos os esforços se concentrassem sobre o monarca inimigo para abate-lo, mas Steinitz pensava de outra forma: o importante é ganhar a partida, e para isto, temos que adquirir uma série de vantagens, com as quais o mate será uma conseqüência por si só. Em outras palavras, Steinitz descobriu o que atualmente conhecem todos os jogadores do mundo, o jogo de posição. Em que consiste ele? Como todos sabemos hoje, consiste em dominar as colunas abertas, em aproveitar os Peões e as casas débeis e outros mil detalhes que até então permaneciam ignorados. Assim, não é de se estranhar que o enxadrista Adolfo Schwarz tenha se dirigido a Steinitz e lhe dito: Este pequeno homem nos está ensinando, a todos, como jogar xadrez!. Ali estavam os mais famosos da época e não protestaram, pois já haviam adotado, pelo menos em parte, sua doutrina, que anos antes parecia rebuscada e barroca a todos os críticos. Depois do Torneio de Londres de 1883, Steinitz se transfere para os Estados Unidos, onde adquire a nacionalidade norte-americana. O que o levou ao citado país? Talvez a disputa com o editor de The Field, ou talvez o desejo de jogar com Morphy, que permanecia inativo em New Orleans e com quem conseguiu uma entrevista, mas com a condição de não falar sobre xadrez. Seguramente, para um lutador da categoria de Steinitz, não poder enfrentar Morphy foi uma das maiores decepções de sua vida. Retornamos então a 11 de janeiro de A 1 d4 de Zukertort, o pequeno Steinitz, o grande Steinitz, respondeu com 1... d5. Os dois colossos da época estavam frente a frente... Johannes Hermann Zukertort é agora o que medita. Havia nascido a 7 de setembro de 1842 na cidade de Lublin (Polônia), de pai alemão e mãe polonesa. Aos 13 anos sua família mudou-se para Breslau e estudou química em Heidelberg e psicologia em Berlim, doutorando-se em medicina na Universidade de Breslau em Exerceu a medicina no exército prussiano durante as guerras contra a Dinamarca, Áustria e França, sendo condecorado por sua valentia. Tinha uma memória prodigiosa, e era capaz de recordar todas as partidas que havia jogado em sua vida, falava onze idiomas e era um excelente atirador de pistola e esgrimista. Aprendeu a jogar xadrez em Breslau, aos 18 anos, tendo como professor o grande Adolf Anderssen, quem lhe iniciou no jogo de combinação, e com quem jogou dois matches, perdendo em 1868 por +3-8 =1 e ganhando em 1871 por +5-2 =0. Durante os anos 1867/71 foi editor com Anderssen da revista Neue Berliner Schachzeitung. Em 1878, ganhou o grande Torneio de Paris, e este mesmo ano se fez cidadão inglês. Foi um extraordinário jogador às cegas, realizando múltiplas e brilhantes sessões de simultâneas, e em 16 de dezembro de 1876 bateu, em Londres, o recorde mundial, ao jogar 16 partidas de uma vez com o magnífico resultado de =4. Seu estilo de jogo era brilhante ao extremo, as combinações eram sua especialidade e quanto à sua imaginação, ninguém lhe superava em seus melhores tempos, que eram, sem dúvida, o momento que

17 enfrentava Steinitz com o Título Mundial em jogo. Mas tinha vários pontos débeis em sua personalidade: nervoso e impressionável. As negociações para este encontro que agora estavam disputando haviam durado anos, e destaco, ironicamente, que nenhum dos concorrentes aceitava a designação de aspirante. O vencedor seria o primeiro que ganhasse 10 partidas, sem contar os empates. Steinitz se impôs conduzindo as peças negras na 1ª partida, mas Zukertort ganhou as quatro seguintes de forma impressionante, com o que ninguém duvidava que seria Campeão Mundial, sem demasiados problemas. Mas tinha que contar com o formidável poder de recuperação de Steinitz, que na seguinte série de jogos, disputados em São Luis, reagiu com ímpeto, ganhando 3 das 4 partidas ali disputadas, e um empate, com o que o match ficou em 4,5 x 4,5. As partidas seguintes foram disputadas em New Orleans, com um Steinitz cada vez mais moral e um Zukertort já sem confiança em si mesmo. Steinitz se impôs agora contundentemente, ganhando o encontro por =5, com o qual chegou a convencer por fim, toda a aficção mundial de que era o jogador n.º 1. Zukertort, de caráter muito impressionável, jamais se repôs desta derrota, pois, no ano seguinte, perdeu um encontro com Blackburne, a quem havia vencido facilmente em 1881 (+7-2 =5) pelo discrepante placar de +1-5 =8. Também jogou outros torneios, mas já sem êxito, e o 20 de junho de 1888 foi marcado por seu derrame cerebral, que o levou à tumba enquanto se encontrava jogando uma partida. Steinitz x Zukertort New York, São Luís e New Orleans 11Jan - 29Mar Steinitz ½ 1 ½ Zukertort ½ 0 ½ Tot Steinitz ½ ½ 1 ½ ,5 Zukertort ½ ½ 0 ½ ,5 Zukertort começou o match de Brancas. ABERTURAS N.º DAS PARTIDAS TOTAL % Defesa Tarrasch 7, 13, Escocesa Eslava 1, 3, Gambito da Dama 9, 17, Quatro Cavalos Ruy Lopez 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, Vienense A SEGUIR: II Campeonato Mundial de Xadrez Steinitz x Tchigorin, 1889

18 FINAIS I 2.2. Rei e Torre X Rei marginal. Como no caso Rei e Dama x Rei, o mate é praticado com o Rei inferior em qualquer casa Exemplos: Tb1, Rf3 x Rf1; Te8, Rg6 x Rh8; e análogas. O mate ocorre em média com 17 lances. Diagrama: Ra1, Td4 x Re5 1? (1-0) Cercar o Rei na margem do tabuleiro e chegar à posição típica de mate. Obs.: cuidado com o pat. 1 Ta4 Mantendo o Rei inimigo preso do outro lado do tabuleiro, o mais longe possível dele Rd5 2 Rb2 Ao contrário da Dama, que não pode ser atacada pelo Rei inimigo, a Torre necessita da defesa do Rei Rc5 3 Rb3 Rd5 Se 3... Rb5 então Tc4, facilitando o trabalho branco, pois o Rei estaria preso no retângulo a8-c8-c4-a4. 4 Rc3 Re5 Se 4... Rc5 então 5 Ta5+, tirando do Rei inimigo mais uma horizontal. Se 4... Rc6, 4... Rd6 ou 4... Re6 então 5 Ta5, tirando do Rei inimigo a 5ª horizontal. 5 Rd3 Rd5 6 Ta5+ Quando o Rei negro coloca-se diante (ou lateralmente) do Rei branco, separado por uma casa, deve-se dar xeque Rc6 7 Rc4 A Torre cerca o Rei inimigo no quadrado a5-a8-d8-d Rb6 8 Tc5 Diminuindo o espaço do Rei negro Rb7 9 Rd5 Rb6 10 Rd6 Continuando a vigília sob a 5ª horizontal Rb7 11 Tc1 Preparando 12 Tb1+, cercando o Rei inimigo na margem se o adversário responder com Rb Rb6 12 Tb1+ O Rei negro colocou-se ao lado do Rei inimigo, separado por uma casa, então a Torre deu xeque, cercando agora o Rei na margem. A Torre só sairá desta coluna para dar mate Ra5 13 Rc6 Deve-se esperar que o Rei negro coloque-se na mesma horizontal Ra4 Se Ra6 14 Ta Rc5 Ra3 15 Rc4 Ra2 16 Tb8 Continuando a vigiar a coluna b e distanciando-se ao máximo do Rei inimigo Ra3 17 Tb7

19 Perdendo um tempo para que o Rei negro entre na horizontal de seu Rei Ra2 É obvio que se Ra4 18 Ta Rc3 Ra1 19 Rc2 Cuidado: 19 Tb2, pat Ra2 20 Ta7++ (1-0) Posições que se deve evitar: * Tb7, Rc6 x Ra8 1...? (=) * Te7, Rf8 x Rh8 1...? (=) * e posições análogas A SEGUIR: 2.3. Rei e dois Bispos x Rei TÁTICA I 1.2. Princípio da peça imóvel Atuando sobre uma peça inimiga imobilizada (por bloqueio ou pregadura), um número de peças atacantes maior que o número de peças que a defendem, essa peça imobilizada poderá ser capturada. Exemplo: Diagrama: Bb2, Re1, e4, Cf3, Th5 x Cc6, e5, Rf8, Bg7 1? Brancas ganham o Peão inimigo O Peão preto está imobilizado (bloqueado pelo Peão branco). Convergem sobre eles 3 ataques: Cavalo, Bispo e Torre, enquanto suas defesas são apenas duas: Cavalo e Bispo. 1 Ce5 Ce5 2 Be5 Be5 3 Te5 E as Brancas ganham o Peão. Se o Peão e5 estivesse defendido por outro Peão, as Brancas não iriam captura-lo. Estes ganhos de peça são possíveis quando as peças trocadas são do mesmo valor. Nas capturas de peças defendidas há uma regra fácil. a) Para se ganhar uma peça defendida, deve-se ter, no mínimo, uma peça de ataque a mais do que as peças de defesa. b) Para se defender, uma peça atacada, basta ter um número de peças defensivas igual ao número de peças atacantes.

20 No exemplo anterior, se existisse mais uma peça preta de defesa, por exemplo, uma Torre em e7, teríamos 3 peças atacantes x 3 peças defensivas. Insistindo as Brancas nas capturas: 1 Ce5 Ce5 2 Be5 Be5 3 Te5 Te5 e as Pretas ganhariam uma Torre em troca de um Peão. Estas regras dizem respeito apenas aos casos em que as peças trocadas são do mesmo valor. Um Peão defendido somente por um Peão anula diversos ataques de peças contrárias. Exemplo: Diagrama: Bb2, Re1, e4, Cf3, Th5 x Cb7, d6, Td8, e5, Rf8, Bg8 1? Analise esta posição. As Brancas devem capturar o Peão e5? Três peças brancas (Cavalo, Bispo e Torre) convergem sobre o Peão preto, que está defendido por outro Peão. As Brancas não podem captura-lo, pois 1 Ce5 de5 2 Be5, as Brancas ganhariam um Peão, mas perderiam o Cavalo. Diagrama: a2, b2, c2, Ba4, Rd1 x a6, b7, c5, Rd8 1...?, ganham material O Bispo a4 está cercado por seus próprios Peões b5 2 Bb3 c4 Ganhando o Bispo. O Bispo encontra-se defendido por 2 Peões (a2 e c2) e atacado por apenas um Peão inimigo; é um caso interessante de ganho de peça imobilizada. Diagrama: c4, d3, Ra3, Ch5 x c5, d4, Rc6, Bg7 1...? (0-1) O Cavalo encontra-se longe da defesa de seu Rei, e de h5 locomove-se somente para as casas negras, onde corre o Bispo inimigo, que pode imobiliza-lo, dominando suas casas de salto Be5 (0-1) Imobilizando o Cavalo. Agora o Rei negro chega primeiro que o branco e captura o cavalo. Se 2 Rb3 Rd7 3 Rc2 Re6 4 Rd2 Rf5 5 Re2 Rg4, ganhando o Cavalo e a partida. Diagrama: Bb1, Rg6 x Rc8, Dd7 1? ganham material A Dama e o Rei estão na mesma diagonal por onde corre o Bispo branco. Surge a idéia de pregadura.

21 1 Bf5 Ganhando a Dama que não pode mover-se por estar pregada. A SEGUIR: 1.3. Princípio da peça sobrecarregada Breslau, 1862 Gambito Falkbeer Rosanes x Anderssen OS GRANDES MESTRES DO TABULEIRO 1.1. Partida n.º 1 1 e4 e5 2 f4 d5 3 ed5 e4 4 Bb5+ Este lance é característico dos jogadores antigos. Não é lance posicional, tem como objetivo apenas perseguir uma imediata vantagem material ou mate. Hoje em dia, sabe-se que durante a abertura, o domínio do centro é o ponto essencial. Um jogador moderno se esforçará antes de tudo em lutar contra o pressionador Peão negro de e4 e, por conseqüência, jogar 4 d3. O condutor das brancas na presente partida quer, ao contrário, tal como era usual nesta época, assegurar a preponderância numérica de seus Peões, ainda que a custa de seu próprio desenvolvimento, jogando para isto 4 Bb5+ para seguir, após...c6, com a troca de seu Peão d5 que poderia chegar a ser débil mais tarde c6 5 dc6 Cc6 Na maioria das vezes, costuma-se jogar aqui...bc6. 6 Cc3 Cf6 De2 Aqui era melhor para as Brancas jogar o Peão d com o objetivo de recuperar-se no desenvolvimento atrasado. Ao invés disto, as Brancas perseguem mais vantagem material, ou seja, ganhar outro Peão, o do Rei. As Negras, e com razão, não se esforçam em defender este Peão, mas continuam seu desenvolvimento. Quanto mais Peões desaparecem do tabuleiro e quanto mais colunas se abrem, maior será a vantagem do desenvolvimento Bc5 8 Ce Bc6 bc6 10 d3 Te8 11 Bd2 As Brancas querem colocar seu Rei em segurança por meio do roque grande, mas o Negro conseguiu colunas abertas também no flanco da Dama Ce4 12 de4 Bf5 13 e5 Db6 Se Bc2 14 Dc4 e as Negras deveriam trocar um de seus Bispos bons, mas ainda assim seria favorável ao segundo jogador, graças ao atraso branco Bd4 Isto causa uma debilidade no flanco do roque branco. 15 c3 Tab8 16 b3 Ted8! Uma típica jogada preparatória de Anderssen, princípio de uma brilhante combinação da qual seu adversário ignora completamente. 17 Cf3 É claro que se jogam 17 cd4 Dd4 e não teriam mais salvação. Se houvesse percebido o propósito de seu adversário, teriam jogado 17 Rb2, mas o Negro com... Be6 ameaçando... Bb3 teria ganho rapidamente Db3! 18 ab3 Tb3 19 Be1 Be3+! (0-1)

22 Com mate no próximo lance. A SEGUIR: 1.2. Partida n.º 2 Breslau, 1862 Gambito Kieseritzky Rosanes x Anderssen EXERCÍCIOS Diagrama 2.1 a2, b2, c3, f2, g2, h2, Ta1, Te1, Rg1, Cg5, Dh5 x a7, b7, e5, f7, g7, h7, Ta8, Dc7, Bd7, Te8, Rg8 Composição 1...? O que ameaçam as Brancas? O ataque simultâneo a h7 e f7. Mas o Negro pode proteger simultaneamente ambos os Peões, como? 1... Bf5 Observe que isto só é possível graças ao posicionamento das peças negras. Se a Dama negra estivesse em c8 (ao invés de c7), a perda do Peão seria inevitável. Diagrama 2.2 a3, f2, g2, h3, Ta7, Dc5, Tc7, Rh2 x d5, f4, g7, h6, Td3, Td4, Dg6, Rh7 Tartakower x Cohn Varsovia, ? Se neste diagrama jogasse o Negro, o que deveria fazer? Explorar a posição desprotegida do Rei Branco. Se o Negro conseguir dominar a casa g3 (ou obstrui-la), h2, g1 e h1, teria uma posição de mate Dg3+ 2 fg3 fg3+ 3 Rg1 Td1++ (1-0) Mas compete ao Branco o lance, e Tartakower encontra um lance que impede o plano negro e cria uma forte ameaça contra Cohn. Descubra você. Contra-atacar o ponto débil g7.

23 1 Df8! Não somente impede o mate ( 1... Dg3+ 2 fg3 fg3+ 3 Rg1 Td1+ 4 Df1, etc), mas ao mesmo tempo cria uma forte ameaça contra a casa f7, ganhando rapidamente Tg3 2 Tg7+ Dg7 3 Df5+ (1-0) O Negro abandona, pois se 3... Tg6, segue 4 Tg7+ Rg7 5 De5+ (1-0) Apostila 3 OS CAMPEONATOS DO MUNDO II CAMPEONATO MUNDIAL DE XADREZ Steinitz X Tchigorin, 1889 Após sua vitória sobre Zukertort, nenhum jogador no mundo ameaçava seriamente o trono de Steinitz. O Campeão Mundial passou quase 3 anos sem participar de nenhuma luta séria, mas quando visitou Havana (Cuba), onde existia uma enorme simpatia pelo xadrez, foi organizado o match com Tchigorin com o título em jogo ao melhor resultado em vinte partidas. Miguel Ivanovich Tchigorin (Gatschina, 12Nov Lublin, 25Jan1908), fundador da atual escola soviética (russa), foi um dos jogadores mais geniais e irregulares de todos os tempos. Ao longo de sua carreira encontramos produções de grande beleza juntamente com erros grosseiros, indignos de um enxadrista de tão extraordinário talento. Até os 16 anos não havia aprendido a jogar xadrez, mas em 1879 venceu o Torneio de San Petesburgo. Sua 1ª participação internacional foi no Torneio de Berlim, 1881, onde terminou empatado em 3º lugar com Winawer e superado por Blackburne e Zukertort, mas deixando para trás jogadores de reconhecida classe. No ano seguinte participou discretamente do Torneio de Viena, e em 1883 classificou-se em 4º lugar no Torneio de Londres. Estas atuações, assim como seus triunfos em matches contra Alapin, Schiffers e A. de Riviere, lhe deram uma grande reputação, pois seu jogo demonstrava uma grande riqueza de idéias. Tchigorin foi um dos poucos enxadristas que não admitiram os princípios de Steinitz totalmente, afirmando que as melhores normas de jogo estão longe de conhecerem-se. Não é de estranhar que para Tchigorin, a superioridade dos Bispos sobre os Cavalos, como pregava Steinitz, e outras normas, não tiveram valor algum. Para ele a atividade das peças não era o mais importante, e o domínio do centro com Peões, uma utopia, com o que se antecipavam os hipermodernistas, que como Nimzowitch, Reti e Breyer, principalmente, iriam revolucionar o xadrez nos primeiros 25 anos do século XX. Tchigorin gostava do jogo aberto e não admitia nenhum dogma. Assim, contra a Defesa Francesa, empregava o aparente absurdo lance 2 De2, depois de 1 e4 e6; ou defendia-se do Gambito da Dama da seguinte forma: 1 d4 d5 2 c4 Cc6, etc. De qualquer forma, seu aprofundamento na teoria das aberturas foi muito grande, e muitas são hoje linhas surgidas de seu engenho. Sua principal virtude era o constante afã de luta, seu desejo de complicar posições e seu grande poder de combinação. Seus defeitos: as enormes distrações, que também o fizeram famoso, e seu escasso domínio do Gambito da Dama com Negras, assim como seu grande nervosismo e aficção à bebida.

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