Angústia e desamparo. De onde vem este sentimento?

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Angústia e desamparo. De onde vem este sentimento?"

Transcrição

1 Angústia e desamparo. De onde vem este sentimento? Daniele Wathier Silveira Resumo: O presente artigo vai trazer a temática da angústia na constituição do sujeito e os reflexos deste sentimento de desamparo no sujeito contemporâneo. Para isso busquei fundamentar a minha reflexão na teoria psicanalítica e utilizei como método de pesquisa a revisão bibliográfica de obras clássicas e contemporâneas do tema em questão. Palavras Chave: angústia, pânico, castração, desamparo, função paterna, função materna. Introdução: Estamos vivendo em tempos de muitas mudanças nos relacionamentos amorosos, onde os casamentos não são mais mantidos pelo juramento: até que a morte os separe. Já podemos perceber que há algumas décadas isso tem se intensificado e os relacionamentos estão sendo cada vez mais descartáveis. Podemos perceber que este estilo de vida tem trazido diversas consequências psíquicas para os filhos que nasceram destes relacionamentos. Através da experiência de estágio clínico pude perceber que muitos pacientes que buscam atendimento psicológico com a queixa de ansiedade, depressão, síndrome do pânico e angústia relatam uma história clínica parecida. Sabemos que a função materna e paterna tem o papel fundamental na constituição e no desenvolvimento do sujeito psíquico, por isso neste artigo pretendo buscar subsídios para entender o que se passa no imaginário destes pacientes que se sentem sozinhos, angustiados e muitas vezes desamparados, mesmo não tendo motivos aparentes para estarem se sentindo assim. Desenvolvimento: Falar sobre este tema me remete a leitura do livro de Zygmunt Bauman, Amor Líquido, Sobre a fragilidade dos laços humanos (2004). O autor realiza em sua obra uma leitura das relações contemporâneas, onde os relacionamentos modernos e pós - modernos se fazem e se desfazem com muita fluidez. Em seu livro, ele constrói uma análise dos laços familiares, onde as pessoas gostam de estar juntas apenas para sentir prazer, e em pouco tempo as relações são facilmente trocadas por outras. O autor considera isso como a liquidez do mundo moderno.

2 Podemos perceber que este estilo de vida tem trazido diversas consequências psíquicas para os envolvidos, um dos claros reflexos que estes relacionamentos têm apresentado são os sentimentos de insegurança, incerteza e vazio devastador, atualmente muito bem representado pelo índice de pessoas com depressão, síndrome do pânico, fobias e diversas outras psicopatologias. Com uma breve análise dos casos clínicos que atendi na experiência de estágio pude avaliar que os pacientes apresentavam um histórico de pais ausentes, pais separados, que muitas vezes abandonaram a família, ou pais que quando presentes, não eram amorosos, mas agressivos e este fato me deixou curiosa ao ponto de tentar entender qual é a relação destes sentimentos com a relação parental. Com poucas palavras e de forma simplificada falarei sobre a constituição do um sujeito neurótico para podermos compreender melhor a angústia e o por que ela nos acompanha. Sabemos que o desenvolvimento da criança neurótica se dá através da castração, o sujeito antes mesmo de nascer é desejado, idealizado e sonhado pelos pais, então quando nasce à mãe vai falando e apostando naquele sujeito, pulsionando-o, é a partir de então que as zonas erógenas vão sendo inscritas, o que faz com que isso vá erotizando e delimitando o corpo da criança. Quando pequeno o bebê sente-se como parte da mãe, ela só tem olhos para ele, aos poucos ela vai sendo seu objeto de gozo. Para ele, ela é completa, pois sempre supre todas as suas necessidades, mas com o tempo o bebê começa a perceber que a mãe não atende todas as suas necessidades então começa a perceber a falta na mãe. Neste momento ele começa a se questionar se ele é, ou não, o falo materno, pois começa a desconfiar que a mãe se interesse por outras coisas e não só em atendê-lo. Mas apesar dele estar percebendo que não é o falo da mãe, em algum momento o pai vai ter que intervir no relacionamento dos dois para que haja um corte neste relacionamento simbiótico, uma castração. A função paterna deve entrar na relação mãe-bebê para fazer isso, ele é quem vai castrar, ser a lei no real e que vai interditar o desejo incestuoso deste bebê de ficar com a mãe, este processo só acontece se a mãe der espaço para que o pai entre como o castrador/ privador desta relação, momento este que a criança se sente desamparada, castrada, momento registrado psiquicamente como muito doloroso e angustiante para criança. Na infância, a criança vivencia uma das suas maiores frustrações, e isso se inscreve no seu psíquico constitutivamente. Quando o sujeito simboliza que é castrado recalca este desejo incestuoso pela mãe, entra na linguagem e inicia

3 o processo de identificação com o pai, bem como passa a se interessar pelo aprendizado e inicia sua inserção na cultura. Sabemos que as funções materna e paterna podem ser desempenhadas por outras pessoas, caso os pais biológicos vierem a não estar presentes na vida da criança ou não desempenharem estas funções. Estes papeis insubstituíveis, muitas vezes são desempenhados por pessoas do convívio do sujeito, como: os avós, a madrasta, uma instituição. No entanto percebemos que a constituição psíquica sendo realizada com êxito, ainda existem movimentos psíquicos que não estão muito bem elaborados nos pacientes quando apresentam os sintomas contemporâneos acima citados. Para melhor compreender o tema busquei saber o que os autores falaram sobre o assunto e ver se isso esclarece a minha dúvida. Em seguida apresento algumas ideias a partir de Freud, Lacan, e Zeferino Rocha, leitor destes autores. Podemos compreender que Freud quando escreveu Neurose de Angustia em 1895, dizia que a crise de angustia é uma manifestação clínica de invasão da excitação de libido corporal, que não encontra representações psíquicas capazes de liga-la e elaborá-la num plano mental. Este transbordamento é um mecanismo fundamental de instalação da situação traumática e constitui um estado no qual o aparelho psíquico encontra-se em total desamparo frente a um aumento de excitações. Quando escreve O Estranho (1919), fala sobre a angústia, quando estuda a impressão de coisas conhecidas, mas incomodamente estranhas. Fala que é como uma manifestação daquilo que deveria permanecer oculto, mas vem à tona. A vivência do Édipo e a angústia de castração, contidos nos complexos infantis recalcados, são despertados abruptamente, sem a devida preparação do psiquismo. Em 1921, em Psicologia de grupo e a análise do eu, ele também fala do termo pânico para o medo sem justificativa para a ocasião e sua irrupção, como pânico, entre os indivíduos de um grupo, quando cessam os laços emocionais que os uniam. E em 1926, no artigo Inibições, Sintoma e Angústia, enfoca a questão do trauma e a teoria da angústia, mas não a neurose de angústia. Freud também ao estudar os fenômenos de massa, em 1921, percebe que as pessoas se identificavam com um líder e quando este se desfazia ou o frustrava, ele entrava em um vazio, em uma sensação de desamparo. É o fato de perceber que não há ninguém onisciente e todopoderoso, entrar em pânico é em outras palavras, se confrontar com a realidade de estar desamparado sem estar preparado para isso. A partir destas informações concluímos que a angústia é um sintoma presente no ser humano e Freud já tentava entender o que se passava no psiquismo humano há muitas décadas.

4 Rocha (2000), no livro Os destinos da angustia na psicanálise Freudiana também buscou estudar o assunto a partir do que Freud falava. Ele expõe que Freud questionou a natureza da angustia, pois na primeira teoria, a angústia pulsional ocupava o primeiro plano e tinha sua explicação metapsicológica na formação da libido recalcada, não significava que ele tinha negado a possibilidade da angústia ser o resultado de uma transformação da libido recalcada, pois é um dos destinos do afeto quando se separa da sua representação. Diz que a nova teoria não negava a importância do registro econômico para explicar o fenômeno, ela continuava sendo um estado afetivo com um elevado nível de tensão, que provocava desprazer e exigia uma descarga e ab-reações adequadas. Revela que esta nova forma de pensar a angustia libertou Freud de pensar que ela tinha origem derivada, pois era uma transformação automática da libido recalcada. Ele retoma outra forma de reflexão anunciada em 1916, nas Vorlesunges, na qual os estados afetivos eram vistos como sedimentos de vivências traumáticas muito antigas e que quando revividas em situações semelhantes eram relembradas como símbolos mnésicos da vivência traumática originária. Na neurose de angustia o estado afetivo da angustia é vivido como um transbordamento energético, que se manifesta diretamente no corpo e através do corpo. Porque se não é elaborada a excitação sexual em vez de proporcionar uma experiência de prazer a que se destina, converte-se em angustia. Quando passou o registro das psiconeuroses atuais para o das psiconeuroses de defesa e a libido física cedeu lugar à libido psíquica, Freud continuou pensado a angustia como transformação da libido psíquica recalcada. Separando a representação do afeto tinha-se a angustia. Freud concluía que no recalque estava à origem da angustia, o que depois foi repensado: O recalque não causa a angustia, é a angustia que causa o recalque. [...] É porque tem medo da angustia que o homem recalca seus desejos inconscientes, quando estes representam uma situação ameaçadora para o ego. Portanto, muito antes da defesa do recalque, a angustia já era uma companheira inseparável do homem, ou para dizêlo com as palavras de Freud: Die Angust ist füher da, ou seja, a angustia esta presente desde o começo, ela é primária e preexiste ao processo do recalque. (ROCHA, 2000, p. 105). A angustia da separação marca todo o percurso da existência humana, ela acompanha o sujeito desde o nascimento até a sua morte. Ela é um registro que se reedita a cada lembrança de angustia. Inicia-se no nascimento com o registro de angustia originária, que Freud considera também a angustia de desamparo. Pois o recém-nascido sente-se inteiramente incapaz de ajudar a si mesmo em suas necessidades vitais, já que dentro do útero materno ele recebia tudo pelo cordão umbilical. A partir de então é lançado ao mundo exposto aos perigos,

5 e isso faz com que o ser humano sinta a necessidade de ser amado e este sentimento vai acompanha-lo por toda a vida deste sujeito. Neste texto de Zeferino Rocha encontramos também fragmentos de Lacan, onde o desamparo está ligado à dependência do Outro conforme segue: O desamparo é essencialmente a dependência do sujeito na ordem da linguagem e, ao mesmo tempo, traduz o desamparo como experiência de uma falta fundamental, que cuidado algum pode suprir. Esta falta fundamental é um manque à être, vale dizer, uma falta a ser. Uma vez que o homem é efeito de linguagem, esta falta a ser é a incapacidade da linguagem de dizer a última palavra sobre a verdade do ser. (ROCHA, 2000, p.113). A falta de ser é quando o sujeito não consegue expor em palavras este sentimento de desamparo, de abandono, quando a mente não consegue nomear, significar o objeto que lhe falta. Conclusão Concluímos a partir de tudo isso que a angústia acompanha o ser humano por toda sua vida, ela é constituinte, claro que nos pacientes depressivos e ansiosos o sentimento de vazio e desamparo é sentido com mais intensidade e com maior sofrimento do que uma pessoa que se encontram bem. Mas o fato de ter os pais ausentes ou não, não justificam a causa dos sintomas contemporâneos, podem ter suas razões e suas justificativas em alguns casos clínicos, mas não podemos resumir a isso o fato de que os sintomas apresentados pelos pacientes decorram do papel paterno ou materno mal desempenhado.

6 Referências: BAUMANN, Zygmund. Amor líquido: Sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed ROCHA, Zeferino. Os destinos da angústia na psicanálise freudiana. São Paulo: Escuta Ed., FREUD, Sigmund. Inibições, sintoma e angústia (1926). ESB. Rio de Janeiro: Imago, 1976, v.xx. FREUD, Sigmund. Psicologia de grupo e a análise do eu (1921). ESB. Rio de Janeiro: Imago, v.xviii. FREUD, Sigmund. O Estranho (1919). ESB. Rio de Janeiro: Imago, 1976, v.xvii. "NOVOS SINTOMAS" E DECLÍNIO DA FUNÇÃO PATERNA: Um exame crítico da questão. Artigo. Disponível em: acesso em 29 de maio de O PÂNICO E OS FINS DA PSICANÁLISE: A noção de desamparo no pensamento de Lacan. Artigo. Disponível em: acesso em 29 de maio de Neurose de angústia e transtorno de pânico. Artigo. Disponível em: acesso em 01 de junho de 2018.

A PULSÃO DE MORTE E AS PSICOPATOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS. sobre o tema ainda não se chegou a um consenso sobre a etiologia e os mecanismos psíquicos

A PULSÃO DE MORTE E AS PSICOPATOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS. sobre o tema ainda não se chegou a um consenso sobre a etiologia e os mecanismos psíquicos A PULSÃO DE MORTE E AS PSICOPATOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS Aldo Ivan Pereira Paiva As "Psicopatologias Contemporâneas, cujas patologias mais conhecidas são os distúrbios alimentares, a síndrome do pânico, os

Leia mais

8. Referências bibliográficas

8. Referências bibliográficas 8. Referências bibliográficas ABRAM, J. (2000). A Linguagem de Winnicott. Revinter, Rio de Janeiro. ANDRADE, V. M. (2003). Um diálogo entre a psicanálise e a neurociência. Casa do Psicólogo, São Paulo.

Leia mais

As Implicações do Co Leito entre Pais e Filhos para a Resolução do Complexo de Édipo. Sandra Freiberger

As Implicações do Co Leito entre Pais e Filhos para a Resolução do Complexo de Édipo. Sandra Freiberger As Implicações do Co Leito entre Pais e Filhos para a Resolução do Complexo de Édipo Sandra Freiberger Porto Alegre, 2017 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE PSICOLOGIA CURSO: INTERVENÇÃO

Leia mais

5 Referências bibliográficas

5 Referências bibliográficas 82 5 Referências bibliográficas BAKER, L. R. Attitudes in Action. Separata de: LECLERC, A.; QUEIROZ, G.; WRIGLEY, M. B. Proceedings of the Third International Colloquium in Philosophy of Mind. Manuscrito

Leia mais

A QUESTÂO DO EU, A ANGÚSTIA E A CONSTITUIÇÃO DA REALIDADE PARA A PSICANÁLISE 1

A QUESTÂO DO EU, A ANGÚSTIA E A CONSTITUIÇÃO DA REALIDADE PARA A PSICANÁLISE 1 A QUESTÂO DO EU, A ANGÚSTIA E A CONSTITUIÇÃO DA REALIDADE PARA A PSICANÁLISE 1 Joana Souza Mestranda do Programa de Pós-graduação em Psicanálise da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Especialização

Leia mais

Curso de Atualização em Psicopatologia 2ª aula Decio Tenenbaum

Curso de Atualização em Psicopatologia 2ª aula Decio Tenenbaum Curso de Atualização em Psicopatologia 2ª aula Decio Tenenbaum Centro de Medicina Psicossomática e Psicologia Médica do Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro 2ª aula Diferenciação

Leia mais

Como a análise pode permitir o encontro com o amor pleno

Como a análise pode permitir o encontro com o amor pleno Centro de Estudos Psicanalíticos - CEP Como a análise pode permitir o encontro com o amor pleno Laura Maria do Val Lanari Ciclo II, terça-feira à noite O presente trabalho tem por objetivo relatar as primeiras

Leia mais

Curso de Atualização em Psicopatologia 7ª aula Decio Tenenbaum

Curso de Atualização em Psicopatologia 7ª aula Decio Tenenbaum Curso de Atualização em Psicopatologia 7ª aula Decio Tenenbaum Centro de Medicina Psicossomática e Psicologia Médica do Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro 6ª aula Psicopatologia

Leia mais

A ANGÚSTIA E A ADOLESCÊNCIA: UMA PERSPECTIVA PSICANALÍTICA 1

A ANGÚSTIA E A ADOLESCÊNCIA: UMA PERSPECTIVA PSICANALÍTICA 1 A ANGÚSTIA E A ADOLESCÊNCIA: UMA PERSPECTIVA PSICANALÍTICA 1 Cherry Fernandes Peterle 2 Hítala Maria Campos Gomes 3 RESUMO: O objetivo deste artigo é traçar um breve histórico sobre como a psicanálise

Leia mais

6 Referências bibliográficas

6 Referências bibliográficas 6 Referências bibliográficas BARROS, R. do R. O Sintoma enquanto contemporâneo. In: Latusa, n. 10. Rio de Janeiro: Escola Brasileira de Psicanálise Seção Rio, 2005, p. 17-28. COTTET, S. Estudos clínicos.

Leia mais

MULHERES MASTECTOMIZADAS: UM OLHAR PSICANALÍTICO. Sara Guimarães Nunes 1

MULHERES MASTECTOMIZADAS: UM OLHAR PSICANALÍTICO. Sara Guimarães Nunes 1 MULHERES MASTECTOMIZADAS: UM OLHAR PSICANALÍTICO Sara Guimarães Nunes 1 1. Aluna Especial do Mestrado em Psicologia 2016.1, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Tipo de Apresentação: Comunicação

Leia mais

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM TEORIA PSICANALÍTICA Deptº de Psicologia / Fafich - UFMG

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM TEORIA PSICANALÍTICA Deptº de Psicologia / Fafich - UFMG 1 CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM TEORIA PSICANALÍTICA Deptº de Psicologia / Fafich - UFMG Disciplina: Conceitos Fundamentais A 1º sem. 2018 Ementa: O curso tem como principal objetivo o estudo de conceitos

Leia mais

O NÃO LUGAR DAS NÃO NEUROSES NA SAÚDE MENTAL

O NÃO LUGAR DAS NÃO NEUROSES NA SAÚDE MENTAL O NÃO LUGAR DAS NÃO NEUROSES NA SAÚDE MENTAL Letícia Tiemi Takuschi RESUMO: Percebe-se que existe nos equipamentos de saúde mental da rede pública uma dificuldade em diagnosticar e, por conseguinte, uma

Leia mais

INTRODUÇÃO À PSICOPATOLOGIA PSICANALÍTICA. Profa. Dra. Laura Carmilo granado

INTRODUÇÃO À PSICOPATOLOGIA PSICANALÍTICA. Profa. Dra. Laura Carmilo granado INTRODUÇÃO À PSICOPATOLOGIA PSICANALÍTICA Profa. Dra. Laura Carmilo granado Pathos Passividade, paixão e padecimento - padecimentos ou paixões próprios à alma (PEREIRA, 2000) Pathos na Grécia antiga Platão

Leia mais

Sofrimento e dor no autismo: quem sente?

Sofrimento e dor no autismo: quem sente? Sofrimento e dor no autismo: quem sente? BORGES, Bianca Stoppa Universidade Veiga de Almeida-RJ biasborges@globo.com Resumo Este trabalho pretende discutir a relação do autista com seu corpo, frente à

Leia mais

INTRODUÇÃO - GENERALIDADES SOBRE AS ADICÇÕES

INTRODUÇÃO - GENERALIDADES SOBRE AS ADICÇÕES SUMÁRIO PREFÁCIO - 11 INTRODUÇÃO - GENERALIDADES SOBRE AS ADICÇÕES DEFINIÇÃO E HISTÓRICO...14 OBSERVAÇÕES SOBRE O CONTEXTO SOCIAL E PSÍQUICO...19 A AMPLIDÃO DO FENÔMENO ADICTIVO...24 A ADICÇÃO VISTA PELOS

Leia mais

AH, O AMOR! IMPLICAÇÕES PSICANALÍTICAS RELATIVAS AO DESENVOLVIMENTO DA RELAÇÃO DE CIÚMES NO GÊNERO FEMININO

AH, O AMOR! IMPLICAÇÕES PSICANALÍTICAS RELATIVAS AO DESENVOLVIMENTO DA RELAÇÃO DE CIÚMES NO GÊNERO FEMININO AH, O AMOR! IMPLICAÇÕES PSICANALÍTICAS RELATIVAS AO DESENVOLVIMENTO DA RELAÇÃO DE CIÚMES NO GÊNERO FEMININO Mariana Widerski* Lucivani Soares Zanella** JUSTIFICATIVA O ciúme pode ser entendido como um

Leia mais

A FUNÇÃO DO DESEJO NA APRENDIZAGEM. Freud nos ensina no texto Três ensaios sobre a sexualidade (1905/2006) que a

A FUNÇÃO DO DESEJO NA APRENDIZAGEM. Freud nos ensina no texto Três ensaios sobre a sexualidade (1905/2006) que a A FUNÇÃO DO DESEJO NA APRENDIZAGEM Mônica Regina Nogueira da Silva Vulej Freud nos ensina no texto Três ensaios sobre a sexualidade (1905/2006) que a pulsão do saber está ligada à necessidade de investigação

Leia mais

FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE

FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO A formação do vínculo entre os pais e o filho pode ser afetada pela internação do recém-nascido em uma Unidade Neonatal. A equipe tem papel importante na facilitação do estabelecimento

Leia mais

O período de latência e a cultura contemporânea

O período de latência e a cultura contemporânea Eixo III O período de latência e a cultura contemporânea José Outeiral Membro Titular, Didata, da SPP Enunciado Sigmund Freud ao estudar (1905) o desenvolvimento da libido definiu o conceito de período

Leia mais

SIGMUND FREUD ( )

SIGMUND FREUD ( ) SIGMUND FREUD (1856-1939) Uma lição clínica em La Salpêtrière André Brouillet (1887) JOSEF BREUER (1842-1925) médico e fisiologista tratamento da histeria com hipnose JOSEF BREUER (1842-1925) método catártico

Leia mais

Psicanálise: as emoções nas organizações

Psicanálise: as emoções nas organizações Psicanálise: as emoções nas organizações Objetivo Apontar a importância das emoções no gerenciamento de pessoas Definir a teoria da psicanálise Descrever os niveis da vida mental Consciente Subconscinete

Leia mais

Profa. Dra. Adriana Cristina Ferreira Caldana

Profa. Dra. Adriana Cristina Ferreira Caldana Profa. Dra. Adriana Cristina Ferreira Caldana PALAVRAS-CHAVE Análise da Psique Humana Sonhos Fantasias Esquecimento Interioridade A obra de Sigmund Freud (1856-1939): BASEADA EM: EXPERIÊNCIAS PESSOAIS

Leia mais

O FRACASSO ESCOLAR E SEUS IMPASSES 1 THE SCHOOL FAILURE AND ITS IMPASSES. Mara Carine Cardoso Lima 2, Tais Cervi 3

O FRACASSO ESCOLAR E SEUS IMPASSES 1 THE SCHOOL FAILURE AND ITS IMPASSES. Mara Carine Cardoso Lima 2, Tais Cervi 3 O FRACASSO ESCOLAR E SEUS IMPASSES 1 THE SCHOOL FAILURE AND ITS IMPASSES Mara Carine Cardoso Lima 2, Tais Cervi 3 1 Projeto de pesquisa realizado no curso de Psicologia da Unijui 2 ALUNA DO CURSO DE PSICOLOGIA

Leia mais

Psicanálise em Psicóticos

Psicanálise em Psicóticos Psicanálise em Psicóticos XIX Congresso Brasileiro de Psicanálise Recife, 2003 Dr. Decio Tenenbaum Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro, Rio 2 End: decio@tenenbaum.com.br Processos Psicanalíticos

Leia mais

8 Referências bibliográficas

8 Referências bibliográficas 8 Referências bibliográficas ANDRÉ, S. A impostura perversa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995. BARANDE, R. Poderemos nós não ser perversos? Psicanalistas, ainda mais um esforço. In: M UZAN, M. et al.

Leia mais

A ETIOLOGIA DAS PSICONEUROSES NOS PRIMÓRDIOS DA PSICANÁLISE: UM ESTUDO SOBRE A CONSTITUIÇÃO DOS QUADROS DE HISTERIA E NEUROSE OBSESSIVA,

A ETIOLOGIA DAS PSICONEUROSES NOS PRIMÓRDIOS DA PSICANÁLISE: UM ESTUDO SOBRE A CONSTITUIÇÃO DOS QUADROS DE HISTERIA E NEUROSE OBSESSIVA, A ETIOLOGIA DAS PSICONEUROSES NOS PRIMÓRDIOS DA PSICANÁLISE: UM ESTUDO SOBRE A CONSTITUIÇÃO DOS QUADROS DE HISTERIA E NEUROSE OBSESSIVA, 1886-1897. Isabelle Maurutto Schoffen (PIC/CNPq-UEM), Helio Honda

Leia mais

Sumário 1. As funções mentais superiores (a Síndrome de Pirandello) 2. Perspectivas teóricas (a eterna busca da realidade)

Sumário 1. As funções mentais superiores (a Síndrome de Pirandello) 2. Perspectivas teóricas (a eterna busca da realidade) Sumário 1. As funções mentais superiores (a Síndrome de Pirandello) 1.1 Corpo, cérebro e mente 1.2 Sensação e percepção 1.2.1 Características das sensações 1.2.2 Fatores que afetam a percepção 1.2.3 Fenômenos

Leia mais

O MASOQUISMO E O PROBLEMA ECONÔMICO EM FREUD. Esse trabalho é parte de uma pesquisa de mestrado, vinculada ao Programa de

O MASOQUISMO E O PROBLEMA ECONÔMICO EM FREUD. Esse trabalho é parte de uma pesquisa de mestrado, vinculada ao Programa de O MASOQUISMO E O PROBLEMA ECONÔMICO EM FREUD Mariana Rocha Lima Sonia Leite Esse trabalho é parte de uma pesquisa de mestrado, vinculada ao Programa de Pós Graduação em Psicanálise da UERJ, cujo objetivo

Leia mais

Freud e a Psicanálise

Freud e a Psicanálise Freud e a Psicanálise Doenças mentais eram originadas de certos fatos passados na infância dos indivíduos; Hipnose (para fazer com que seus pacientes narrassem fatos do seu tempo de criança); Hipnose:

Leia mais

A contribuição winnicottiana à teoria do complexo de Édipo e suas implicações para a

A contribuição winnicottiana à teoria do complexo de Édipo e suas implicações para a A contribuição winnicottiana à teoria do complexo de Édipo e suas implicações para a prática clínica. No interior de sua teoria geral, Winnicott redescreve o complexo de Édipo como uma fase tardia do processo

Leia mais

CENTRO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS

CENTRO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS CENTRO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS CONSIDERAÇÕES SOBRE A HISTERIA Cláudia Sampaio Barral Ciclo VI quarta-feira/manhã São Paulo 2015 A Histeria não é uma doença, mas a doença em estado puro, aquela que não

Leia mais

e correto. O título deste ensaio de Freud, tal como traduzido pela Imago Editora, seria Inibições, sintomas e ansiedade.

e correto. O título deste ensaio de Freud, tal como traduzido pela Imago Editora, seria Inibições, sintomas e ansiedade. Introdução Desde os primeiros momentos de minha incursão pela pesquisa sobre o trauma psíquico, alguns eixos temáticos se mostraram pertinentes. São eles: 1. o trauma e a sexualidade; 2. o trauma e o só

Leia mais

Referências Bibliográficas

Referências Bibliográficas 98 Referências Bibliográficas ALBERTI, S. Esse Sujeito Adolescente. Rio de Janeiro: Rios Ambiciosos, 1999. APOLINÁRIO, C. Acting out e passagem ao ato: entre o ato e a enunciação. In: Revista Marraio.

Leia mais

Estruturas da Personalidade e Funcionamento do Aparelho Psíquico

Estruturas da Personalidade e Funcionamento do Aparelho Psíquico Estruturas da Personalidade e Funcionamento do Aparelho Psíquico Para Freud, a personalidade é centrada no crescimento interno. Dá importância a influência dos medos, dos desejos e das motivações inconscientes

Leia mais

Prof. Me. Renato Borges

Prof. Me. Renato Borges Freud: Fases do desenvolvimento Prof. Me. Renato Borges Sigmund Freud Médico Nasceu em 1856 na República Tcheca e viveu em Viena (Áustria). Morreu em Londres em 1839, onde se refugiava do Nazismo. As três

Leia mais

O OBJETO A E SUA CONSTRUÇÃO

O OBJETO A E SUA CONSTRUÇÃO O OBJETO A E SUA CONSTRUÇÃO 2016 Marcell Felipe Psicólogo clínico graduado pelo Centro Universitário Newont Paiva (MG). Pós graduado em Clínica Psicanalítica pela Pontifícia Católica de Minas Gerais (Brasil).

Leia mais

Latusa Digital ano 1 N 8 agosto de 2004

Latusa Digital ano 1 N 8 agosto de 2004 Latusa Digital ano 1 N 8 agosto de 2004 Sobre o incurável do sinthoma Ângela Batista * "O que não entendi até agora, não entenderei mais. Graciela Brodsky Este trabalho reúne algumas questões discutidas

Leia mais

ANÁLISE DIDÁTICA. ceevix.com. Prof Me. Irisomar Fernandes Psicanalista Clínico Analista Diadata

ANÁLISE DIDÁTICA. ceevix.com. Prof Me. Irisomar Fernandes Psicanalista Clínico Analista Diadata ANÁLISE DIDÁTICA ceevix.com Prof Me. Irisomar Fernandes Psicanalista Clínico Analista Diadata 27 992246450 O QUE É ANÁLISE DIDÁTICA? Todo psicanalista deve passar pelo processo das análise clínicas e didáticas;

Leia mais

O SINTOMA EM FREUD SOB UMA VISÃO PSICANALÍTICA NO HOSPITAL

O SINTOMA EM FREUD SOB UMA VISÃO PSICANALÍTICA NO HOSPITAL O SINTOMA EM FREUD SOB UMA VISÃO PSICANALÍTICA NO Resumo: HOSPITAL Cláudio Roberto Pereira Senos, Paula Land Curi, Paulo Roberto Mattos Para os que convivem no âmbito do hospital geral, o discurso médico

Leia mais

Decio Tenenbaum

Decio Tenenbaum Decio Tenenbaum decio@tenenbaum.com.br Fator biográfico comum: Patologia dos vínculos básicos ou Patologia diádica Papel do vínculo diádico: Estabelecimento do espaço de segurança para o desenvolvimento

Leia mais

Eva Maria Migliavacca

Eva Maria Migliavacca N Eva Maria Migliavacca este trabalho serão abordados alguns aspectos que podem ser observados no decorrer do processo terapêutico psicanalítico e desenvolvidas algumas reflexões a respeito. O trabalho

Leia mais

Sumário. Parte I VISÃO GERAL. Parte II COMUNICAÇÃO E RELAÇÃO. Introdução A medicina da pessoa...31

Sumário. Parte I VISÃO GERAL. Parte II COMUNICAÇÃO E RELAÇÃO. Introdução A medicina da pessoa...31 Sumário Introdução...25 Parte I VISÃO GERAL 1. A medicina da pessoa...31 Um pouco de história saúde-doença: evolução do conceito...31 Período pré-histórico...31 Período histórico primórdios...33 O antigo

Leia mais

Amor x Solidão CONSCIÊNCIA. Sabedoria - Paz. Compreensão. Entendimento. Ego Conhecimento

Amor x Solidão CONSCIÊNCIA. Sabedoria - Paz. Compreensão. Entendimento. Ego Conhecimento Amor x Solidão CONSCIÊNCIA Sabedoria - Paz Compreensão Entendimento Ego Conhecimento Todo o mal, solidão, medo de amar, conflito, nascem do Ego. A consciência é muito maior, transcende o espírito, se vive

Leia mais

INTER-RELAÇÕES ENTRE INCONSCIENTE, AMOR E ÉTICA NA OBRA FREUDIANA

INTER-RELAÇÕES ENTRE INCONSCIENTE, AMOR E ÉTICA NA OBRA FREUDIANA INTER-RELAÇÕES ENTRE INCONSCIENTE, AMOR E ÉTICA NA OBRA FREUDIANA 2015 Lucas Ferreira Pedro dos Santos Psicólogo formado pela UFMG. Mestrando em Psicologia pela PUC-MG (Brasil) E-mail de contato: lucasfpsantos@gmail.com

Leia mais

ABORDAGEM PSICOTERÁPICA ENFERMARIA

ABORDAGEM PSICOTERÁPICA ENFERMARIA I- Pressupostos básicos: 1- Definição: aplicação de técnicas psicológicas com a finalidade de restabelecer o equilíbrio emocional da pessoa pp. fatores envolvidos no desequilibrio emocional conflitos psicológicos

Leia mais

PEDAGOGIA. Aspecto Psicológico Brasileiro. Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Parte 4. Professora: Nathália Bastos

PEDAGOGIA. Aspecto Psicológico Brasileiro. Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Parte 4. Professora: Nathália Bastos PEDAGOGIA Aspecto Psicológico Brasileiro Parte 4 Professora: Nathália Bastos FUNÇÕES PSICOLÓGICAS SUPERIORES Consiste no modo de funcionamento psicológico tipicamente humano. Ex: capacidade de planejamento,

Leia mais

O trauma, a fantasia e o édipo

O trauma, a fantasia e o édipo OUTROS TEMAS O trauma, a fantasia e o édipo Gabriel Câmara* Unitermos: Causalidade; fantasia originária; temporalidade; trauma. Resumo O autor faz uma revisão histórica do conceito de trauma na teoria

Leia mais

ATENDIMENTO AMBULATORIAL DE RETAGUARDA À PACIENTES ADULTOS ONCOLÓGICOS: RELATO TEÓRICO-CLÍNICO DE UMA EXPERIÊNCIA

ATENDIMENTO AMBULATORIAL DE RETAGUARDA À PACIENTES ADULTOS ONCOLÓGICOS: RELATO TEÓRICO-CLÍNICO DE UMA EXPERIÊNCIA 1 ATENDIMENTO AMBULATORIAL DE RETAGUARDA À PACIENTES ADULTOS ONCOLÓGICOS: RELATO TEÓRICO-CLÍNICO DE UMA EXPERIÊNCIA DUVAL, Melissa. R. Hospital Espírita Fabiano de Cristo, Caieiras - SP RESUMO : Partindo

Leia mais

CEP - Centro de Estudos Psicanalíticos. A psicanálise como berço ou por que tratamos apenas crianças em nossos consultórios

CEP - Centro de Estudos Psicanalíticos. A psicanálise como berço ou por que tratamos apenas crianças em nossos consultórios CEP - Centro de Estudos Psicanalíticos Luis Fernando de Souza Santos Trabalho semestral - ciclo II (terças 19h30) A psicanálise como berço ou por que tratamos apenas crianças em nossos consultórios Se

Leia mais

7. Referências Bibliográficas

7. Referências Bibliográficas 102 7. Referências Bibliográficas ANSERMET, François. Clínica da Origem: a criança entre a medicina e a psicanálise. [Opção Lacaniana n 02] Rio de Janeiro: Contra capa livraria, 2003. ARAÚJO, Marlenbe

Leia mais

Evolução genética e o desenvolvimento do psíquismo normal No iníco, o lactente encontra-se em um modo de fusão e de identificação a uma totalidade

Evolução genética e o desenvolvimento do psíquismo normal No iníco, o lactente encontra-se em um modo de fusão e de identificação a uma totalidade Estrutura Neurótica Evolução genética e o desenvolvimento do psíquismo normal No iníco, o lactente encontra-se em um modo de fusão e de identificação a uma totalidade fusional, em que não existe ainda

Leia mais

TÍTULO: CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA DA ANGUSTIA E NARCISISMO PARA PSICANÁLISE. ORIENTADOR(ES): KELE CRISTINA PASQUALINI, PATRICIA SOARES BALTAZAR BODONI

TÍTULO: CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA DA ANGUSTIA E NARCISISMO PARA PSICANÁLISE. ORIENTADOR(ES): KELE CRISTINA PASQUALINI, PATRICIA SOARES BALTAZAR BODONI TÍTULO: CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA DA ANGUSTIA E NARCISISMO PARA PSICANÁLISE. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: PSICOLOGIA INSTITUIÇÃO: FACULDADE ANHANGUERA DE BAURU AUTOR(ES):

Leia mais

Ansiedade de Separação: O que é isso???

Ansiedade de Separação: O que é isso??? Ansiedade de Separação: O que é isso??? Ansiedade de separação: o que é? A ansiedade de separação é um estado emocional desagradável e negativo que ocorre quando a criança se separa das figuras cuja vinculação

Leia mais

Escola Secundária de Carregal do Sal

Escola Secundária de Carregal do Sal Escola Secundária de Carregal do Sal Área de Projecto 2006\2007 Sigmund Freud 1 2 Sigmund Freud 1856-----------------Nasceu em Freiberg 1881-----------------Licenciatura em Medicina 1885-----------------Estuda

Leia mais

ISSN: O SINTOMA FALTA DE DESEJO EM UMA CONCEPÇÃO FREUDIANA

ISSN: O SINTOMA FALTA DE DESEJO EM UMA CONCEPÇÃO FREUDIANA O SINTOMA FALTA DE DESEJO EM UMA CONCEPÇÃO FREUDIANA Carla Cristiane de Oliveira Pinheiro * (UESB) Maria da Conceição Fonseca- Silva ** (UESB) RESUMO O objetivo deste artigo é avaliar a teoria Freudiana

Leia mais

O Psicótico: aspectos da personalidade David Rosenfeld Sob a ótica da Teoria das Relações Objetais da Escola Inglesa de Psicanálise. Expandiu o entend

O Psicótico: aspectos da personalidade David Rosenfeld Sob a ótica da Teoria das Relações Objetais da Escola Inglesa de Psicanálise. Expandiu o entend A CLÍNICA DA PSICOSE Profª Ms Sandra Diamante Dezembro - 2013 1 O Psicótico: aspectos da personalidade David Rosenfeld Sob a ótica da Teoria das Relações Objetais da Escola Inglesa de Psicanálise. Expandiu

Leia mais

3 Psicopatologia Angústia Neurose de Angústia

3 Psicopatologia Angústia Neurose de Angústia 45 3 Psicopatologia 3.1. Angústia 3.1.1. Neurose de Angústia Dentre os afetos estudados por Freud, não há dúvidas de que a angústia é o que se sobressai na sua vasta obra. O interesse de Freud pelo problema

Leia mais

DESAMPARO E IRREPRESENTABILIDADE: CONTRIBUIÇÃO DA TÉCNICA PROJETIVA NA PESQUISA SOBRE O TRAUMA PSÍQUICO

DESAMPARO E IRREPRESENTABILIDADE: CONTRIBUIÇÃO DA TÉCNICA PROJETIVA NA PESQUISA SOBRE O TRAUMA PSÍQUICO DESAMPARO E IRREPRESENTABILIDADE: CONTRIBUIÇÃO DA TÉCNICA PROJETIVA NA PESQUISA SOBRE O TRAUMA PSÍQUICO Ms. Maria Angélica Pereira do Prado¹, Prof. Dr. Avelino Luiz Rodrigues². Laboratório Sujeito e Corpo

Leia mais

PULSÃO DE MORTE, CORPO E MENTALIZAÇÃO. Eixo: O corpo na teoría Palavras chave : psicossomática, pulsão de morte, depressão essencial, psicanálise

PULSÃO DE MORTE, CORPO E MENTALIZAÇÃO. Eixo: O corpo na teoría Palavras chave : psicossomática, pulsão de morte, depressão essencial, psicanálise PULSÃO DE MORTE, CORPO E MENTALIZAÇÃO Patricia Rivoire Menelli Goldfeld Eixo: O corpo na teoría Palavras chave : psicossomática, pulsão de morte, depressão essencial, psicanálise Resumo: A autora revisa

Leia mais

O diagnóstico da criança e a saúde mental de toda a família. Luciana Quintanilha, LCSW Assistente Social e Psicoterapeuta Clínica

O diagnóstico da criança e a saúde mental de toda a família. Luciana Quintanilha, LCSW Assistente Social e Psicoterapeuta Clínica Lidando com o inesperado O diagnóstico da criança e a saúde mental de toda a família Luciana Quintanilha, LCSW Assistente Social e Psicoterapeuta Clínica Para começar bem Olá! Sejam todos muito bem-vindos!

Leia mais

Doença Mental??? Conceitos Fundamentais da Saúde Mental e seus fatores prédisponetes. Ou Saúde Mental???? Saúde Mental é...

Doença Mental??? Conceitos Fundamentais da Saúde Mental e seus fatores prédisponetes. Ou Saúde Mental???? Saúde Mental é... Emergências Psiquiátricas Conceitos Fundamentais da Saúde Mental e seus fatores prédisponetes Doença Mental??? Ou Saúde Mental???? Prof Esp. Enfª Priscila Maria Marcheti Fiorin Saúde Mental é... Usado

Leia mais

Teoria Psicanalítica II - manhã

Teoria Psicanalítica II - manhã Teoria Psicanalítica II - manhã 12-09-05 Narcisismo e auto-erotismo: Texto: Freud, S. (1914). À guisa de introdução ao narcisismo. In. Escritos sobre a psicologia do Inconsciente. Rio de Janeiro: Imago,

Leia mais

CLÍNICA, TRANSFERÊNCIA E O DESEJO DO ANALISTA 1 CLINIC, TRANSFERENCE AND DESIRE OF THE ANALYST. Fernanda Correa 2

CLÍNICA, TRANSFERÊNCIA E O DESEJO DO ANALISTA 1 CLINIC, TRANSFERENCE AND DESIRE OF THE ANALYST. Fernanda Correa 2 CLÍNICA, TRANSFERÊNCIA E O DESEJO DO ANALISTA 1 CLINIC, TRANSFERENCE AND DESIRE OF THE ANALYST Fernanda Correa 2 1 Monografia de Conclusão do Curso de Graduação em Psicologia 2 Aluna do Curso de Graduação

Leia mais

A ANGÚSTIA 1. Ana Lúcia Bastos Falcão 2

A ANGÚSTIA 1. Ana Lúcia Bastos Falcão 2 A ANGÚSTIA 1 Ana Lúcia Bastos Falcão 2 Freud, desde 1894, acentuava que, quando o neurótico se depara com uma representação incompatível, "dispõe-se" a separá-la de seu afeto. O afeto livre liga-se a representações

Leia mais

Semana de Psicologia PUC RJ

Semana de Psicologia PUC RJ Semana de Psicologia PUC RJ O Psicólogo no Hospital Geral Apresentação: Decio Tenenbaum Material didático e concepções: Prof. Abram Eksterman Centro de Medicina Psicossomática e Psicologia Médica do Hospital

Leia mais

FREUD E LACAN NA CLÍNICA DE 2009

FREUD E LACAN NA CLÍNICA DE 2009 FREUD E LACAN NA CLÍNICA DE 2009 APRESENTAÇÃO O Corpo de Formação em Psicanálise do Instituto da Psicanálise Lacaniana- IPLA trabalhará neste ano de 2009 a atualidade clínica dos quatro conceitos fundamentais

Leia mais

O CASO CLÍNICO E A CONSTRUÇÃO DA TEORIA EM PSICANÁLISE: UMA ARTICULAÇÃO NO CAMPO DA SAÚDE MENTAL

O CASO CLÍNICO E A CONSTRUÇÃO DA TEORIA EM PSICANÁLISE: UMA ARTICULAÇÃO NO CAMPO DA SAÚDE MENTAL O CASO CLÍNICO E A CONSTRUÇÃO DA TEORIA EM PSICANÁLISE: UMA ARTICULAÇÃO NO CAMPO DA SAÚDE MENTAL Emilie Fonteles Boesmans Jonas Torres Medeiros Lia Carneiro Silveira Introdução Neste trabalho, apresentaremos

Leia mais

Referências bibliográficas

Referências bibliográficas Referências bibliográficas BARTHES, R. (1980) A Câmera Clara. Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, 1984. BARROS, R. R. (2004 a) O medo, o seu tempo e a sua política. In: A política do medo e o dizer

Leia mais

Palavras-chave: Psicanálise, Educação, Inibição Intelectual.

Palavras-chave: Psicanálise, Educação, Inibição Intelectual. AS CONTRIBUIÇÕES DE FREUD PARA O DEBATE SOBRE EDUCAÇÃO E INIBIÇÃO INTELECTUAL. Autoras: Maira Sampaio Alencar Lima (Psicanalista e Mestre em Psicologia pela Universidade de Fortaleza); Profª. Drª. Maria

Leia mais

CEP CENTRO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS

CEP CENTRO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS CEP CENTRO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS As pulsões e suas repetições. Luiz Augusto Mardegan Ciclo V - 4ª feira manhã São Paulo, maio de 2015. Neste trabalho do ciclo V apresentamos as análises de Freud sobre

Leia mais

2º Semestre de Aluno: Renata de Novaes Rezende. Ciclo IV Quarta-feira (manhã) Título: Uma breve reflexão sobre o filme Divertida Mente

2º Semestre de Aluno: Renata de Novaes Rezende. Ciclo IV Quarta-feira (manhã) Título: Uma breve reflexão sobre o filme Divertida Mente 2º Semestre de 2015 Aluno: Renata de Novaes Rezende Ciclo IV Quarta-feira (manhã) Título: Uma breve reflexão sobre o filme Divertida Mente O filme Divertida Mente, que tem como título original Inside Out,

Leia mais

A CRIANÇA E O DIVÓRCIO

A CRIANÇA E O DIVÓRCIO A CRIANÇA E O DIVÓRCIO Colégio Cosme e Damião Maio 2013 Formadora: Dra. Ana Filipa Mendes A Criança e o divórcio Como explicar o divórcio aos filhos? Quanto tempo dura o sofrimento da criança? Como vai

Leia mais

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social A NOÇÃO DE ESCOLHA EM PSICANÁLISE

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social A NOÇÃO DE ESCOLHA EM PSICANÁLISE A NOÇÃO DE ESCOLHA EM PSICANÁLISE Kelly Cristina Pereira Puertas* (Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Psicologia da UNESP/Assis-SP, Brasil; docente do curso de Psicologia da FAMMA, Maringá PR,

Leia mais

O BRINCAR E A BRINCADEIRA NO ATENDIMENTO INFANTIL

O BRINCAR E A BRINCADEIRA NO ATENDIMENTO INFANTIL O BRINCAR E A BRINCADEIRA NO ATENDIMENTO INFANTIL VIEIRA, Rosângela M 1. Resumo O tema em questão surgiu da experiência do atendimento em grupo, com crianças de três a cinco anos, no ambiente escolar.

Leia mais

A teoria das pulsões e a biologia. A descrição das origens da pulsão em Freud

A teoria das pulsões e a biologia. A descrição das origens da pulsão em Freud www.franklingoldgrub.com Édipo 3 x 4 - franklin goldgrub 6º Capítulo - (texto parcial) A teoria das pulsões e a biologia A descrição das origens da pulsão em Freud Ao empreender sua reflexão sobre a origem

Leia mais

A dor no feminino: reflexões sobre a condição da mulher na contemporaneidade

A dor no feminino: reflexões sobre a condição da mulher na contemporaneidade A dor no feminino: reflexões sobre a condição da mulher na contemporaneidade Alcione Alves Hummel Monteiro 1 Vanusa Balieiro do Rego 2 Roseane Freitas Nicolau 3 Susette Matos da Silva 4 A arte dá ao artista

Leia mais

O falo, o amor ao pai, o silêncio. no real Gresiela Nunes da Rosa

O falo, o amor ao pai, o silêncio. no real Gresiela Nunes da Rosa Opção Lacaniana online nova série Ano 5 Número 15 novembro 2014 ISSN 2177-2673 e o amor no real Gresiela Nunes da Rosa Diante da constatação de que o menino ou o papai possui um órgão fálico um tanto quanto

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS

EMENTAS DAS DISCIPLINAS EMENTAS DAS DISCIPLINAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE PSICOLOGIA Morfofisiologia e Comportamento Humano Estudo anátomo-funcional de estruturas orgânicas na relação com manifestações emocionais. História e Sistemas

Leia mais

Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial Ano: 2º (11º ano Turma B) Disciplina: Psicopatologia Geral Módulo 5 Semiologia Psíquica

Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial Ano: 2º (11º ano Turma B) Disciplina: Psicopatologia Geral Módulo 5 Semiologia Psíquica Agrupamento de Escolas de Mértola Ano Letivo 2012-2013 Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial Ano: 2º (11º ano Turma B) Disciplina: Psicopatologia Geral Módulo 5 Semiologia Psíquica Um teste

Leia mais

ABANDONO PSÍQUICO DOS PAIS NA CONSTITUIÇÃO DO SELF

ABANDONO PSÍQUICO DOS PAIS NA CONSTITUIÇÃO DO SELF 20 ABANDONO PSÍQUICO DOS PAIS NA CONSTITUIÇÃO DO SELF Resumo Denice Bortolin Baseggio IMED O presente trabalho aborda questões referentes aos conceitos de abandono e às origens do indivíduo. Em relação

Leia mais

CEP -CENTRO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS. Curso de Formação em Pasicanálise. Ciclo IV 3ª Noite

CEP -CENTRO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS. Curso de Formação em Pasicanálise. Ciclo IV 3ª Noite CEP -CENTRO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS Curso de Formação em Pasicanálise Ciclo IV 3ª Noite O atravessamento da Psicanálise em meu cotidiano Nathália Miyuki Yamasaki 2014 Chego para análise e me ponho a

Leia mais

APONTAMENTOS SOBRE AS DUAS TEORIAS DA ANGÚSTIA EM FREUD

APONTAMENTOS SOBRE AS DUAS TEORIAS DA ANGÚSTIA EM FREUD APONTAMENTOS SOBRE AS DUAS TEORIAS DA ANGÚSTIA EM FREUD Franciesco Luiz Graffitti 1 - Celer Faculdades Régis Alacir Matiello 2 - Celer Faculdades André Figueiredo Pedrosa 3 - Celer Faculdades Resumo Trata-se

Leia mais

PLANO AFETIVO CONSCIÊNCIA DO EU CONCEITO CONSCIÊNCIA DO EU HUMOR NEXOS AFETIVOS. Consciência da própria valia. Impressão de plenitude presente vivida

PLANO AFETIVO CONSCIÊNCIA DO EU CONCEITO CONSCIÊNCIA DO EU HUMOR NEXOS AFETIVOS. Consciência da própria valia. Impressão de plenitude presente vivida Prof. José Reinaldo do Amaral Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Psicologia GERAL 2013 / 2 PLANO AFETIVO NEXOS AFETIVOS CONCEITO Consciência da própria valia Impressão de plenitude

Leia mais

ANEXO 1- Teste do Desenho da Família

ANEXO 1- Teste do Desenho da Família ANEXOS ANEXO 1- Teste do Desenho da Família 1º MOMENTO DE AVALIAÇÃO 2º MOMENTO DE AVALIAÇÃO ANEXO 2- Carta da paciente à terapeuta APÊNDICES APÊNDICE 1- síntese dos dois momentos da avaliação psicodinâmica

Leia mais

O Fenômeno Psicossomático (FPS) não é o signo do amor 1

O Fenômeno Psicossomático (FPS) não é o signo do amor 1 O Fenômeno Psicossomático (FPS) não é o signo do amor 1 Joseane Garcia de S. Moraes 2 Na abertura do seminário 20, mais ainda, cujo título em francês é encore, que faz homofonia com en corps, em corpo,

Leia mais

Referências bibliográficas

Referências bibliográficas Referências bibliográficas ABRAHAM, K. (1918) Contribution a la psychanalyse des névroses de guerre in Oeuvres Complètes II 1915/1925. Paris: Payot, 2000. ANZIEU, D. O Eu-pele. São Paulo: Casa do Psicólogo,

Leia mais

Trabalhando a ansiedade do paciente

Trabalhando a ansiedade do paciente Trabalhando a ansiedade do paciente Juliana Ono Tonaki Psicóloga Hospitalar Título SOFRIMENTO... principal Sofrimento humano como condição à todos; Cada um sente à sua forma e intensidade; Manifestação

Leia mais

1. Introdução é preciso aproximar-se da verdade e olhar uma criança como ela é. A invenção pode vir antes ou depois, mas não se deve reinventar uma cr

1. Introdução é preciso aproximar-se da verdade e olhar uma criança como ela é. A invenção pode vir antes ou depois, mas não se deve reinventar uma cr 1. Introdução é preciso aproximar-se da verdade e olhar uma criança como ela é. A invenção pode vir antes ou depois, mas não se deve reinventar uma criança o tempo todo: é preciso deixar ser. Celso Gutfreind.

Leia mais

Sinais visíveis de transtornos psicológicos: como identificar e lidar com estes pacientes?

Sinais visíveis de transtornos psicológicos: como identificar e lidar com estes pacientes? Sinais visíveis de transtornos psicológicos: como identificar e lidar com estes pacientes? Sávia M. Emrich Pinto Psicóloga Serviço de Radioterapia Sinais visíveis de transtornos psicológicos: como identificar

Leia mais

Principais correntes psicológicas do Século XX. Profª Bianca Werner Psicologia

Principais correntes psicológicas do Século XX. Profª Bianca Werner Psicologia Principais correntes psicológicas do Século XX Profª Bianca Werner Sigmund Freud Freud, judeu, nasceu em Viena no ano de 1856, onde formou-se em medicina. Ao terminar o curso, tornou-se aluno de neurologia

Leia mais

O ENFRENTAMENTO DA SITUAÇÃO TRAUMÁTICA DO ACIDENTE DE TRABALHO. Freud (1930/1975), no Mal estar na civilização, faz uma consideração do valor

O ENFRENTAMENTO DA SITUAÇÃO TRAUMÁTICA DO ACIDENTE DE TRABALHO. Freud (1930/1975), no Mal estar na civilização, faz uma consideração do valor O ENFRENTAMENTO DA SITUAÇÃO TRAUMÁTICA DO ACIDENTE DE TRABALHO A psicologia e o mundo do trabalho Andréa Januário Rapela Moreira Edilene Freire de Queiroz Freud (1930/1975), no Mal estar na civilização,

Leia mais

Latusa digital N 10 ano 1 outubro de 2004

Latusa digital N 10 ano 1 outubro de 2004 Latusa digital N 10 ano 1 outubro de 2004 Política do medo versus política lacaniana Mirta Zbrun* Há três sentidos possíveis para entender a política lacaniana 1. Em primeiro lugar, o sentido da política

Leia mais

RELAÇÕES AMOROSAS 1. Sabrina Barbosa Sironi

RELAÇÕES AMOROSAS 1. Sabrina Barbosa Sironi RELAÇÕES AMOROSAS 1 Sabrina Barbosa Sironi Este trabalho tem como objetivo observar a construção da relação amorosa do bebê com seu primeiro objeto, que é a mãe ou qualquer outra pessoa que exerça a função

Leia mais

SEQUENCIA EMOCIONAL. Freud

SEQUENCIA EMOCIONAL. Freud SEQUENCIA EMOCIONAL Freud Sequência Emocional - Introdução Dentro da terapia psicanalítica a sequência emocional assume importante papel na análise dos problemas e sintomas trazidos pelo paciente. Ela

Leia mais

ANGÚSTIA, RECALQUE E FORACLUSÃO: algumas notas para a clínica

ANGÚSTIA, RECALQUE E FORACLUSÃO: algumas notas para a clínica ANGÚSTIA, RECALQUE E FORACLUSÃO: algumas notas para a clínica Sonia Leite * RESUMO: O trabalho retoma os estudos freudianos sobre a angústia e destaca os avanços de Lacan sobre o tema. O objetivo é enfatizar

Leia mais

Plano da Intervenção

Plano da Intervenção INTERVENÇÃO Ansiedade Nataly Bicca Duarte Plano da Intervenção CONTEXTUALIZAÇÃO A ansiedade é caracterizada como um mecanismo de defesa, um sistema de alerta perante á situações futuras que nos proporcionam

Leia mais

TRAUMA E PULSÃO EM PSICANÁLISE

TRAUMA E PULSÃO EM PSICANÁLISE TRAUMA E PULSÃO EM PSICANÁLISE Aluno: Bruno Daemon Barbosa Orientador: Monah Winograd Introdução A teoria do trauma de Sándor Ferenczi e suas reformulações técnicas e teóricas na proposta terapêutica da

Leia mais

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social O USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS NA CONTEMPORANEIDADE: UMA VISÃO PSICANALÍTICA

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social O USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS NA CONTEMPORANEIDADE: UMA VISÃO PSICANALÍTICA O USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS NA CONTEMPORANEIDADE: UMA VISÃO PSICANALÍTICA Flávia Angelo Verceze (Discente do Curso de Pós Graduação em Clínica Psicanalítica da UEL, Londrina PR, Brasil; Silvia Nogueira

Leia mais