UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA"

Transcrição

1 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA Magnitude e impacto econômico dos acidentes de transporte com motocicletas na capital do Estado de Mato Grosso Stefanny Natacha Regis Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso como um dos requisitos para obtenção do título de bacharel em Saúde Coletiva. Orientadora: Profª. Dra. Ligia Regina de Oliveira Cuiabá 2014

2 1 Magnitude e impacto econômico dos acidentes de transporte com motocicletas na capital do Estado de Mato Grosso Stefanny Natacha Regis Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso como um dos requisitos para obtenção do título de bacharel em Saúde Coletiva. Orientadora: Profª. Dra. Ligia Regina de Oliveira Cuiabá 2014

3 2 Dados Internacionais de Catalogação na Fonte. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

4 3 DEDICATÓRIA A Deus, autor da minha vida, pai amado, companhia constante e amigo fiel. Agradeço por me fortalecer e capacitar a cada dia. A Ele toda honra, toda glória e todo louvor para sempre. Até aqui o Senhor me ajudou.

5 4 Agradecimentos Aos meus pais Emerson e Eliane, que me ensinaram a ser uma pessoa honrada, pelos ensinamentos, mas principalmente pelos exemplos. Que se esforçaram para me proporcionar boas escolas. Que me deram muito amor, elogios e incentivo a sempre estudar mais. Ao meu amor e amigo Everton, pelo companheirismo, carinho, cuidado e incentivo a sempre persistir e ser melhor. É uma alegria tê-lo ao meu lado. À minha querida orientadora, Ligia, pela competência, contribuição, apoio e direcionamento em todas as etapas deste trabalho. Foi um privilégio tê-la como orientadora.

6 5 RESUMO REGIS, S. N. Magnitude e impacto econômico dos acidentes de transporte com motocicletas na capital do Estado de Mato Grosso p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Saúde Coletiva) Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá. Nas últimas décadas, devido aos crescentes indicadores de morbimortalidade, os acidentes e violências se revelaram um problema global. Os motociclistas são as principais vítimas dos acidentes de trânsito, e por estarem mais expostos, sofrem consequências mais graves. O aumento alarmante dos acidentes envolvendo motocicletas têm gerado ônus econômico e social. O objetivo deste estudo foi estimar o impacto econômico dos acidentes de trânsito com motocicletas no município de Cuiabá, Mato Grosso, no período de 2002 a Realizou-se estudo transversal, descritivo, a partir de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade e Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde. Foram calculada as taxas de morbimortalidade, custo-dia da internação, anos potenciais de vida perdidos (APVP), taxa de APVP entre residentes de Cuiabá por habitantes (TAPVP) e Razão de TAPVP. Entre 2002 e 2011, ocorreram 340 óbitos e internações, em consequência de acidentes com motocicletas. Nos dez anos de estudo foram gastos com internações decorrentes dessa causa o valor total de R$ ,78, e o número de internações pagas aumentou 689,7%. No ano de 2011 foram perdidos 2.438,7 anos potenciais de vida, perfazendo 46,0 APVP por óbito. A TAPVP geral foi de 636,0 APVP/ habitantes, com 1.015,3 APVP/ homens e 213,6 APVP/ mulheres. O estudo revelou a situação preocupante do município de Cuiabá, através da elevação não apenas de óbitos, taxas de mortalidade por acidentes com motocicletas, mas também de internações, gastos e perda potencial de anos vividos. Os resultados apontam para uma complexidade cada vez maior da realidade de segurança no trânsito na capital do Estado de Mato Grosso exigindo maior atenção dos órgãos governamentais e não governamentais com vistas à redução da ocorrência desse agravo.

7 6 Descritores: Acidentes de Trânsito. Motocicletas. Gastos em Saúde. Hospitalização. Mortalidade. Anos Potenciais de Vida Perdidos.

8 7 ABSTRACT REGIS, S. N. Magnitude and economic impact of traffic motorcycle accidents in the capital of state of Mato Grosso p. Completion of work of course (Graduation in Collective Health) Intitute of Collective Health, University of the State of Mato Grosso, Cuiabá. In recent decades, due to increasing morbidity and mortality indicators, accidents and violence proved a global problem. Motorcyclists are the main victims of traffic accidents, and more exposed, suffer more serious consequences. The alarming increase in accidents involving motorcycles have generated economic and social burden. The aim of this study was to estimate the economic impact of traffic accidents involving motorcycles in the city of Cuiabá, Mato Grosso, in the period A cross-sectional, descriptive study based on data from the Mortality Information System and Hospital Information System of the Unified Health System morbidity and mortality rates, cost per day of hospitalization, and the values of the indicator potential years of life lost were calculated (PYLL), PYLL rate per inhabitants (TAPVP) and ratio TAPVP. Between 2002 and 2011, 340 deaths and hospitalizations in SUS-Cuiabá, as a result of motorcycle accidents occurred in Cuiabá residents. In the ten years of study were spent on admissions that cause the total amount of R$ 2,286,745.78, and the number of paid admissions increased by 689,7%. In 2011, 2.438,7 were lost potential life years, making 46.0 YPLL per death. The general TAPVP was APVP/ inhabitants with 1,015.3 APVP/ men and APVP/ women. The study revealed the worrying situation of Cuiabá, by raising not only of deaths, death rates from accidents with motorcycles, but also hospitalizations, costs and potential loss of years lived. The results point to an increasing complexity of the reality of traffic safety in the state capital of Mato Grosso requiring greater attention from government and non- government agencies with a view to reducing the occurrence of this condition. Descriptors: Traffic Accidents. Motorcycles. Spending on Health. Hospitalization. Mortality. Potential Years of Life Lost.

9 8 ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA OBJETIVOS OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS METODOLOGIA DESENHO DE ESTUDO LOCAL DE ESTUDO POPULAÇÃO DE ESTUDO FONTES E COLETA DE DADOS Dados de Mortalidade Dados de Morbidade Dados populacionais VARÁVEIS DE ESTUDO PROCESSAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS ASPECTOS ÉTICOS RESULTADOS MORTALIDADE POR ACIDENTES COM MOTOCICLETAS MORBIDADE HOSPITALAR POR ACIDENTES COM MOTOCICLETAS GASTOS COM INTERNAÇÃO POR ACIDENTES COM MOTOCICLETAS NO SUS-CUIABÁ ANOS POTENCIAIS DE VIDA PERDIDOS DISCUSSÃO CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 50

10 9 1 INTRODUÇÃO Nas últimas décadas, em que o modo de vida das populações vem se transformando, as causas externas (acidentes e violência) se revelaram, através dos crescentes indicadores de morbidade e mortalidade, um problema global. Contudo, nos países em desenvolvimento, de baixa e média renda, o impacto dessas causas é ainda mais grave, tanto em relação ao quadro vigente, quanto em relação às perspectivas para o futuro. Nesse contexto, os acidentes de trânsito têm gerado preocupação constante. Por ano, estima-se entre 20 e 50 milhões de pessoas feridas e em torno de 1,2 milhão mortas em todo o mundo por essa causa (OMS, 2004). No Brasil, a cada ano, cerca de 400 mil pessoas ficam feridas ou inválidas e mais de 33 mil morrem em ocorrências de trânsito. Os resultados dos indicadores do país são bastante superiores aos dos países desenvolvidos (BRASIL, 2004). Entre as vítimas de acidentes de trânsito predominam os motociclistas, que por estarem mais expostos, sofrem consequências mais graves, resultando em altos gastos com internação, reabilitação, tratamento, entre outros. O aumento alarmante dos acidentes com motociclistas têm gerado proporcionalmente um ônus econômico e social. No Brasil, o Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), através da Autorização de Internação Hospitalar (AIH), possibilita importantes análises quanto aos gastos hospitalares. Além disso, os acidentes com motociclistas representam uma das principais causas de mortes prematuras da população economicamente ativa, afetando, principalmente os homens, o que resulta no indicador Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) bastante elevado, demostrando a importante influência desses óbitos. Apesar da magnitude dos gastos envolvidos com internação das vítimas dos acidentes de trânsito com motociclistas, e dos custos econômicos decorrentes da perda de vida produtiva por morte ou incapacidade, são poucos os estudos no país que avaliam o impacto econômico decorrente dessa causa. Na literatura, de uma forma mundial e em âmbito nacional, grande parte dos estudos concentra-se no perfil

11 10 de morbidade e mortalidade, não mensurando seu impacto econômico, impacto esse que certamente inibe o desenvolvimento de cidades, estados e países em todo o mundo. Diante da magnitude do problema exposto, do contexto de crescimento econômico do município de Cuiabá, do aumento da frota de motocicletas e dos altos coeficientes de morbimortalidade por acidentes com motocicletas, o estudo proposto torna-se extremamente importante, como forma de demostrar a relevância que o impacto econômico decorrente dessa causa significa ao município, e de subsidiar políticas públicas que sejam capazes de modificar esse cenário preocupante.

12 11 2 REVISÃO DE LITERATURA No contexto da transição dos padrões de morbidade e mortalidade, as causas externas, que abrangem uma ampla gama de situações relacionadas aos acidentes e à violência, têm papel de destaque (BARROS et al., 2003). A partir da década de 1980, as causas externas passaram a representar a segunda causa de morte no Brasil e a primeira para aqueles que estão na faixa etária entre 5 e 39 anos. Embora se saiba que esses agravos constituem problemas que atingem a saúde, no Brasil, no decorrer dos anos, eles foram sendo trabalhados como objeto exclusivo da segurança pública, e somente a partir de 1993 o setor saúde os assumiu oficialmente (SANTOS, 2008). MINAYO (2004) ressalta que o perfil de mortalidade e morbidade da população brasileira é marcado muito mais pelas condições, situações e estilos de vida do que pelas enfermidades tradicionais, assim, as violências e os acidentes merecem tanta atenção como a AIDS, o câncer e as enfermidades cardiovasculares. As violências são lesões intencionais, representadas pelas agressões, homicídios, suicídios, privação ou negligência (WHO, 2001). Embora apresente concepção complexa, a Organização Mundial de Saúde (2002) define a violência como o uso de força física ou poder, em ameaça ou na prática, contra si próprio, outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade que resulte ou possa resultar em lesão, morte, dano psicológico, desenvolvimento prejudicado ou privação. Por outro lado, o acidente é definido como evento não intencional e evitável, causador de lesões físicas e emocionais, no âmbito doméstico ou social como trabalho, escola, esporte e lazer (BRASIL, 2001), incluindo nessa categoria os acidentes de transportes, afogamentos, quedas, queimaduras, dentre outros (WHO, 2001). Conforme a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), acidente de transporte (V01-V99) é todo acidente que envolve um veículo destinado, ou usado no momento do acidente, principalmente para o transporte de pessoas ou de mercadorias de um lugar para o outro.

13 12 No Brasil, na década de 1990, mais de um milhão de pessoas morreram por violências e acidentes: cerca de por homicídios, por acidentes de trânsito e por suicídios; o restante, por acidentes em geral (MINAYO et al, 2003). Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS-MS), em 2010 ocorreram mortes violentas no país, destacando-se as agressões (52.260) e os acidentes de transporte terrestre (43.908). A maioria dessas mortes ocorreu entre homens jovens. Já em 2012, ocorreram, na rede hospitalar do SUS, internações, sendo decorrentes de acidentes de transporte (BRASIL, 2013a). Em estudo realizado em serviços de emergência no Estado de Mato Grosso os autores apontam que 34,4% dos atendimentos nesses serviços devem-se a acidentes de trânsito, sendo os homens jovens as vítimas mais frequentes (GALVÃO et al., 2011). A partir de comparações, é possível constatar como os acidentes de trânsito vêm ganhando maiores proporções no grupo das causas externas. No Estado de Mato Grosso, no ano 2000, das internações e mortes por causas externas, os acidentes de trânsito representavam 16,1% e 51,2%, respectivamente, saltando em 2010 para 21,5% e 56,3%, respectivamente. Em relação à capital do estado, em 2000 os acidentes de trânsito correspondiam a 21,3% e 37% das internações e óbitos por causas externas, respectivamente, passando para 25,3% e 51,9%, respectivamente, no ano de 2010 (BRASIL, 2013a). Tendo em vista a morbimortalidade, os custos, os anos potenciais de vida perdidos e o impacto para o indivíduo, sua família e sociedade, os acidentes de trânsito estão entre os problemas de saúde pública (CAIXETA et al., 2010). O Relatório da Situação Mundial da Segurança no Trânsito (WHO, 2013) destaca que nenhum país pode se declarar como tendo alcançado a plena segurança no trânsito. Até nos países de alta renda, onde as taxas de mortalidade nas vias são parcialmente baixas, o trânsito continua a ser uma das principais causas de morte, especialmente entre os jovens. A taxa de mortalidade (por veículos) no ano 2000 do Brasil (6,80) é bem mais elevada que a de países desenvolvidos como Japão (1,32), Alemanha

14 13 (1,46) e Estados Unidos (1,93) evidenciando um quadro preocupante para o Brasil (IPEA, 2003). Já em 2010, de 67 países do mundo, o Brasil ocupou o segundo lugar referente à maior taxa de mortalidade (por habitantes) de motociclistas. Estes, juntamente com os pedestres e ciclistas, se encontram dentro da categoria de vítimas vulneráveis (WAISELFISZ, 2012). Segundo esse mesmo autor, no Brasil, em 2010: 66,6% das vítimas do trânsito foram pedestres, ciclistas e/ou motociclistas. Mas as tendências nacionais da última década estão marcando uma evolução extremamente diferencial: significativas quedas na mortalidade de pedestres; manutenção das taxas de ocupantes de automóveis; leves incrementos nas mortes de ciclistas e violentos aumentos na letalidade de motociclistas. No país, as motocicletas transformaram-se no ponto focal do crescimento da mortalidade nas vias públicas (p. 3). Entre os anos 1998 e 2008, as mortes de condutores e passageiros de motocicletas aumentaram mais de 700% (de para vítimas fatais) no Brasil. Do total das mortes por acidentes de trânsito os motociclistas passaram de 3% para 23% nesse período (BACCHIERI, 2011). Em Mato Grosso e no município de Cuiabá, em relação à mortalidade, mas principalmente quanto à morbidade, os motociclistas também apresentaram crescimento expressivo. Em 2000, nesse estado, as mortes e as internações por acidentes de motocicleta, representavam 9,2% e 19,7% do total dos acidentes de trânsito, respectivamente, subindo para 23,9% e 66,4% em No município de Cuiabá, nesse mesmo período, as mortes e as internações por acidentes de motocicleta subiram de 8,6% e 9,9%, respectivamente, para 20,2% e 57,9%, do total dos acidentes de trânsito (BRASIL, 2013a). Estudo em unidades de emergência da Grande Cuiabá-MT mostrou que entre as vítimas de acidentes de transporte, 55,6% eram motociclista sendo que cerca de 40% estavam em atividade relacionada ao trabalho e 17% referiram o uso de álcool (SOARES et al, 2009). Tais achados corroboram os resultados de OLIVEIRA e MELLO JORGE (2008) que evidenciaram em 2005 que 49% dos atendimentos de vítimas de acidentes de transporte em Cuiabá-MT referem-se a motociclistas. O crescimento do número de motocicletas é um dos fatores que contribui para o aumento da mortalidade e morbidade devido a acidentes de trânsito. Diversos autores explicam algumas das razões para esse expressivo crescimento da frota de

15 14 motocicletas, como o apoio de políticas federais que favoreceram tanto a fabricação, como a aquisição devido ao baixo custo em comparação aos automóveis, a facilidade de acesso a financiamento e consórcios, entre outras (MARÍN-LEÓN et al., 2012; VIEIRA et al., 2011). Em Cuiabá, no ano de 2002, contabilizaram-se 37,5 motocicletas por mil habitantes; em 2006 essa taxa subiu para 66,8 por mil habitantes (MELLO JORGE et al., 2008). ANDRADE e MELLO JORGE (2001) referem que o grande número de atendimentos de motociclistas deve-se também à dificuldade de visualização da motocicleta, maior exposição corpórea dos motociclistas e maior prevalência de comportamento inadequado desses no trânsito. Os acidentes envolvendo motocicletas são um problema emergente decorrente do crescimento do uso deste veículo não somente para lazer, mas principalmente para o trabalho nas atividades de serviços de "motoboy" e "mototaxi". O aumento dos acidentes e da violência, no Brasil, tem repercutido na organização do Sistema Único de Saúde (SUS), o qual, por sua responsabilidade na atenção ao trauma, vem tendo seus gastos elevados com a assistência médica (MELIONE e MELLO-JORGE, 2008). IUNES (1997) ressalta que ainda são incipientes os esforços para se tentar estimar o impacto econômico que essa causa têm significado ao país. Segundo a Pan American Health Organization (PAHO, 2013a), os custos dos acidentes de trânsito já foram estimados em 1 a 2% do Produto Interno Bruto (PIB) dos países, ou ainda, em um custo global de US$ 518 bilhões por ano. O custo econômico introduzido por uma doença ou agravo, de maneira conceitual, pode ser classificado em duas grandes categorias: custos diretos e indiretos. Os primeiros são relativos aos gastos com a atenção médica, que abrange consultas, tratamento, internações, exames, procedimentos, reabilitação e outros. Podem também ser somados a esses gastos, despesas que o paciente tiver com transporte para a realização do tratamento, dieta especial, etc. Já os custos indiretos referem-se à perda de produção devido à falta no trabalho, menor produtividade gerada por limitações físicas e/ou psicológicas, danos materiais que porventura aconteçam, entre outros (SÃO PAULO, 2006; IUNES, 1997).

16 15 A análise do impacto econômico, referente aos custos indiretos dos acidentes com motociclistas pode ser feita através do indicador Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP), que traduz o número de anos que uma pessoa, morta prematuramente, poderia ter vivido (PEREIRA, 2008a). VIEIRA et al. (2003) destaca que os acidentes de trânsito são a segunda causa de APVP no Brasil (10,6%). Diversos estudos (MONTENEGRO et al., 2011; SOARES et al., 2009) a respeito do perfil das vítimas por acidente de moto evidenciam a predominância de adultos jovens do sexo masculino. Uma morte em idade prematura representa um importante ônus para a sociedade, com impacto socioeconômico pela perda de pessoas jovens e produtivas (VIEIRA et al., 2003). CARVALHO et al. (2007), em estudo a respeito do total de anos de vida perdidos por causas externas no Brasil, estimaram 4,96 milhões de anos, sendo 2,15 milhões devido aos homicídios e 1,24 milhão devido aos acidentes de transporte. Em relação aos custos das mortes, estimaram um custo total de perda de produção de aproximadamente R$ 20,1 bilhões (em valores de agosto de 2006), utilizando dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) de Desagregando por categorias de causas externas, os homicídios foram responsáveis por R$ 9,1 bilhões desse custo total. Em segundo lugar vêm os acidentes de transporte com estimativa de custo total para o Brasil em torno de R$ 5,4 bilhões. Em relação à morbidade, o impacto econômico dos acidentes com motociclistas no Brasil, é medido através dos gastos hospitalares com internação. São analisadas internações em hospitais conveniados ao SUS, através da AIH - Autorização de Internação Hospitalar (IUNES, 1997). Segundo SANTOS (2008) das vítimas de acidentes de trânsito, os motociclistas são as que apresentam maior gravidade, o que reflete em maiores gastos pelo SUS para pagamento de diversos procedimentos cirúrgicos, sendo assim um custo significativo para a assistência hospitalar. O gasto contabilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em 2010, com internações por acidentes de trânsito foi de R$ 187 milhões. Em 2007, os gastos com internações de motociclistas eram de R$ 43,9 milhões, subindo em 2010 para R$ 85,5 milhões, ou seja, aproximadamente o dobro (PAHO, 2013b).

17 16 No Brasil, para estudar o impacto dos acidentes com motociclistas e outros problemas de saúde pública, há várias fontes de dados, como o SIM e o Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS). O SIM é consolidado e descentralizado, e permite a todos os municípios o acesso aos bancos de dados e o cálculo das taxas de mortalidade (SOARES et al., 2009). Já o SIH-SUS, para morbidade hospitalar, possibilita obter dados de valores pagos pelo Ministério da Saúde (MS) aos hospitais vinculados a esse sistema, tais valores representam parte dos custos diretos médico-hospitalares (MELIONE e MELLO-JORGE, 2008). Devido ao longo tempo que está disponível para uso dos serviços de saúde e pesquisas, o SIM tem apresentado melhora, seja no aspecto quantitativo ou qualitativo, tornando-se a principal fonte de dados, no país, sobre mortes por causas externas (MELLO JORGE et al., 2003; MELLO JORGE e KOIZUMI, 2004; BRASIL, 2005). Através da AIH do SIH-SUS, é possível recuperar os procedimentos realizados em cada internação e seus respectivos valores, e também o motivo de saída (se alta ou óbito), o local de internação, as características dos pacientes, sendo todas as informações desagregadas por tipo de causa de acordo com a CID-10 (RODRIGUES et al., 2009). Como base, há uma tabela de valores dos procedimentos hospitalares, que possui a limitação de muitos destes estarem defasados em relação aos valores reais que são efetivamente despendidos pelos hospitais. Assim, os valores pagos pelo MS não refletem os custos diretos verdadeiros da assistência hospitalar pública, mas sim, os gastos do Governo Federal com o problema (MELIONE e MELLO-JORGE, 2008). Por outro lado, a maior limitação se dá, provavelmente, devido às informações referirem-se somente às internações pagas pelo SUS que, segundo estimativas, dizem respeito a algo em torno de 80% do total de internações do país (LEVCOVITZ e PEREIRA, 1993), cobrindo cerca de 11 milhões de internações em 2012 (BRASIL, 2013a). Alguns autores ressaltam que, apesar das limitações de seus dados, a importância do SIH/SUS, como fonte de informação, é bastante útil para avaliação dos serviços hospitalares, estudos epidemiológicos e atividades de vigilância em saúde (VERAS e MARTINS, 1994; LEBRÃO et al.,1997).

18 17 Ao longo das últimas décadas, devido à relevância dos acidentes de trânsito, o Brasil tem definido políticas, ações de saúde, projetos, entre outras estratégias, voltadas ao problema. Em 23 de setembro de 1997 a Lei nº instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), com normas importantes, como o artigo 54, que colocou como obrigatoriedade o uso de capacete de segurança para os condutores e passageiros de motocicletas (BRASIL, 1997). O Ministério da Saúde em 2001 promulgou a Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências, que estabeleceu diretrizes e responsabilidades institucionais, contemplando medidas inerentes à promoção da saúde e à prevenção desses eventos, mediante o estabelecimento de processos de articulação com diferentes segmentos sociais (BRASIL, 2001). Com o objetivo de implementar essa política, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) estruturou, em 2004, a Rede Nacional de Prevenção de Acidentes e Violências (MINAYO, 2007). Ainda em 2004, foram aprovadas as diretrizes da Política Nacional de Trânsito, dentre elas, uma determina que o trânsito deve ser tratado, também, como uma questão de saúde pública (BRASIL, 2004). Mais recentemente, em 19 de junho de 2008, a Lei nº (conhecida como lei seca ) veio com a finalidade de impor penalidades mais rígidas para o condutor que dirigir sob o efeito de álcool, e impor aos estabelecimentos comerciais que vendem ou oferecem bebidas alcoólicas que coloquem em evidência, no recinto, aviso de que constitui crime dirigir sob o efeito dessa substância (BRASIL, 2008). Com o propósito de conhecer e aprimorar as informações sobre magnitude e gravidade de acidentes de trânsito, de trabalho, de quedas, afogamentos, intoxicações e de todas as expressões de violência, foi implantada em 2006 pela Secretaria de Vigilância da Saúde do Ministério da Saúde (SVS-MS) a Vigilância de Violências e Acidentes em Serviços Sentinela. Por sua vez, em 2005, foi aprovada a Agenda Nacional de Vigilância, Prevenção e Controle dos Acidentes e Violências (MINAYO, 2007). O Brasil, juntamente com outros nove países (Camboja, China, Egito, Índia, Quênia, México, Rússia, Turquia e Vietnã) foi escolhido, devido às altas taxas de mortalidade por acidentes de transporte terrestre e ao apoio político, para participar

19 18 do projeto mundial sobre prevenção de lesões e mortes no trânsito e segurança viária chamado Road Safety in 10 countries (RS 10) desenvolvido pelas instituições OMS, John Hopkins University (JHU) e Global Road Safety Partnership (GRSP). Esse projeto, que tem como objetivo subsidiar gestores nacionais no fortalecimento de políticas de prevenção de lesões e mortes no trânsito por meio de qualificação, planejamento, monitoramento, acompanhamento e avaliação das ações, terá duração de cinco anos, e no Brasil, recebeu o nome de Projeto Vida no Trânsito (FRANCO, 2012). A OMS declarou o período de 2011 a 2020 como a Década de Ações para a Segurança no Trânsito". No Brasil, os Ministérios da Saúde e das Cidades lançaram em 2011, o Pacto Nacional pela Redução dos Acidentes no Trânsito Pacto pela Vida, como adesão ao Plano de Ação da Década de Segurança no Trânsito (BRASIL, 2013b).

20 19 3 OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL Evidenciar a magnitude e estimar o impacto econômico dos acidentes de transporte com motocicletas no município de Cuiabá, Mato Grosso, no período de 2002 a OBJETIVOS ESPECÍFICOS Determinar a taxa de morbimortalidade por acidentes com motocicletas. Aferir os gastos com internação no SUS gerados pelos acidentes com motocicletas. Estimar os Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) por acidentes com motocicletas para o ano de 2011.

21 20 4 METODOLOGIA 4.1 DESENHO DE ESTUDO Foi realizado um estudo transversal, descritivo, a partir de dados secundários de óbitos e internações de vítimas de acidentes de motocicleta, residentes em Cuiabá no período de 2002 a O estudo transversal é um tipo de investigação em que a relação exposiçãodoença é detectada simultaneamente, fornecendo um retrato da relação existente entre as variáveis, no momento definido pelo investigador. Os estudos descritivos têm como objetivo informar sobre a distribuição de um determinado evento na população, em termos quantitativos (PEREIRA, 2008b). 4.2 LOCAL DE ESTUDO O estudo foi realizado no município de Cuiabá, localizado na Região Centro Oeste do Brasil. Cuiabá é a capital do estado de Mato Grosso (MT) e o primeiro município do estado, criado em 8 de abril de Possui uma extensão territorial de 3.495,424 Km² e uma população de habitantes sendo 98,1% residentes na área urbana (IBGE, 2010). Limita-se com os municípios de Chapada dos Guimarães, Rosário Oeste, Campo Verde, Santo Antônio do Leverger, Várzea Grande e Acorizal. De cinco rodovias federais existentes no estado, o município de Cuiabá é cortado por três (BR 364, BR 163 e BR 070), representando uma significativa malha viária. A frota de veículos do estado, em 2011, era composta por mais de veículos e a da capital por veículos (MATO GROSSO, 2011).

22 21 As principais atividades econômicas desenvolvidas na capital são: comércio (53%), serviços (43,2%) e indústria (3,5%) (PMC, 2010). Cuiabá é o município sede da Região de Saúde da Baixada Cuiabana e um dos treze municípios integrantes do Escritório Regional da Baixada Cuiabana, instância representante da Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso nessa região, e têm sido referência, na área de saúde, para os municípios da região e do interior do estado. O Setor Saúde do município, contava em 2010, com uma rede de serviços organizada hierarquicamente, sendo constituídas de unidades de assistências próprias e contratadas. A Atenção Básica em Saúde é composta de 95 unidades básicas (com 22 Centros de Saúde, 63 Equipes de Saúde da Família e dez Clinicas Odontológicas), a Atenção Especializada e Hospitalar constitui-se de seis Policlínicas, um Centro de Reabilitação, cinco Núcleos de Reabilitação, nove Residenciais Terapêuticas, três Centros de Atenção Psicossocial, um Laboratório Municipal, um Laboratório Estadual, um Laboratório Contratado, um Centro de Especialidades Médicas, um Serviço Ambulatorial Especializado, 32 Serviços de Apoio Diagnóstico/Terapêutico, um Hospital e Pronto Socorro Municipal, três Hospitais Filantrópicos, 18 Hospitais Contratados e um Centro de Controle de Zoonoses (PMC, 2010). O município possuía em 2010, no Cadastro Nacional Estabelecimentos de Saúde (CNES), leitos hospitalares (3,4 leitos/1.000 habitantes) sendo que 62,9% estão vinculados ao SUS. Do total dos leitos cadastrados 32,9% são de Clínica Cirúrgica; 22,0% de Clínica Médica; 7,9% de Obstetrícia; 13,1% de Pediatria e 24,1% demais especialidades. Segundo o Plano de Saúde da SMS Cuiabá, tal quantidade é bastante inferior aos parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde, exceto para Clínica Cirúrgica (PMC, 2010). No SUS Cuiabá, em dezembro de 2011, estavam registradas no CNES 29 unidades de urgência, das quais 13,8% eram unidades móveis de urgência préhospitalar, 34,5% ambulatórios especializados e 20,7% policlínicas (BRASIL, 2013c).

23 POPULAÇÃO DE ESTUDO A população deste estudo foi composta pelo conjunto de óbitos e internações devidos a acidentes com motocicletas, ocorridos no período de 2002 a 2011, em residentes no município de Cuiabá, perfazendo um total de 340 mortes e internações (DATASUS, 2013). Foi determinado esse período devido à indisponibilidade de dados de mortalidade em anos mais recentes e objetivando a análise de uma série histórica de dez anos. Os dados apresentados dos gastos com internações referem-se à internações ocorridas no SUS-Cuiabá, ou seja, de vítimas residentes ou não no município. Para o estudo dos APVP a população constituiu-se dos óbitos por acidentes com motocicletas de residentes em Cuiabá, ocorridos no ano de De acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, em sua 10ª Revisão (CID-10) os acidentes de transporte são classificados nas categorias V01 V99. Neste estudo foi analisado o grupo motociclista traumatizado por acidente de transporte especificado nas categorias de V20 a V29 da CID-10 (OMS,1997). É relevante frisar que a classificação em motociclista engloba tanto quem dirige quanto os passageiros. Os chamados ocupantes dizem respeito aos motoristas e passageiros (MELLO JORGE e KOIZUMI, 2007). 4.4 FONTES E COLETA DE DADOS Este estudo foi conduzido com dados secundários de diferentes bases de dados. Todos os dados foram coletados a partir do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) do Ministério da Saúde, disponibilizados pela internet (

24 Dados de Mortalidade Para o estudo da mortalidade, assim como para o cálculo dos APVP, foi utilizado o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, desenvolvido a partir da Declaração de Óbitos (DO) (BRASIL, 2013d) Dados de Morbidade Para o estudo da morbidade hospitalar, incluindo os gastos hospitalares no SUS, os dados foram obtidos através do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS) também disponibilizados pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2013e) Dados populacionais Foram utilizados os dados populacionais do recenseamento de 2010, e as estimativas populacionais intercensitárias realizadas pelo IBGE, disponíveis no site do DATASUS ( 4.5 VARÁVEIS DE ESTUDO Mortalidade: Ano: 2002 a Faixa etária (anos): 10 a 19; 20 a 29; 30 a 39; 40 a 49; 50 a 59; 60 a 69; 70 a 79. Sexo: feminino e masculino. Raça/cor: branca, preta, parda.

25 24 Estado civil: solteiro (solteiro + separado judicialmente), casado, outros (outros + viúvo). Morbidade hospitalar: Ano: 2002 a Faixa etária (anos): 0 a 9; 10 a 19; 20 a 29; 30 a 39; 40 a 49; 50 a 59; 60 a 69; 70 a 79. Sexo: feminino e masculino. Número de internações pagas. Tempo médio de permanência. Valor total gastos com internação. Custo dia da internação. Valor médio da internação. APVP: Ano: Sexo: feminino e masculino. Faixa etária (anos): 15-19; 20-24; 25-29; 30-34; 35-39; 40-44; 45-49; 50-54; PROCESSAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS Numa primeira etapa, a partir dos dados do SIM e do SIH/SUS, foi realizada a análise exploratória gerando tabelas simples de frequência absoluta para as variáveis selecionadas. Os resultados foram então transportados e armazenados em planilhas de dados, para o cálculo das frequências relativas e coeficientes. Foram construídos coeficientes de mortalidade, através do cálculo que tem como numerador os óbitos por acidentes com motocicletas, de residentes do município de Cuiabá, no período especificado e, como denominador, a população do mesmo município, no mesmo período, sendo o quociente multiplicado por 10 5.

26 25 Para o cálculo da morbidade hospitalar, utilizou-se como numerador o número de internações hospitalares no SUS, por acidentes com motocicletas, de residentes do município de Cuiabá, e, como denominador, a população do mesmo município, no mesmo período, sendo o quociente multiplicado por Alguns dados referentes a gastos, em sua maioria, já estavam disponíveis e, portanto não foram submetidos a cálculos estatísticos. Somente foi calculado o custodia da internação, através da seguinte fórmula: Custo-dia = Valor pago pelas internações/número de dias de permanência. O APVP foi estimado, para o ano de 2011, para cada sexo e na população geral considerando todos os óbitos ocorridos em categorias com amplitude igual a cinco. Óbitos por acidentes com motocicletas ocorreram entre 15 e 59 anos, portanto: 15-19; 20-24; 25-29; 30-34; 35-39; 40-44; 45-49; 50-54; Foi considerada como expectativa de vida ao nascer (EVN) para a população geral 74,08 anos, para o sexo masculino 70,6 anos e para o sexo feminino 77,7 anos, de acordo com a Tábua completa de mortalidade para o Brasil 2011 (IBGE, 2011). Foram calculados: i) o valor total de APVP, ii) a Taxa de APVP (TAPVP) e iii) a Razão de sexo. Para a estimativa do APVP, foi adaptada a técnica proposta por Romeder e McWhinnie (1988), através da seguinte fórmula matemática: APVP = aidi. Onde: ai = número de anos que faltam para completar a EVN, quando a morte ocorre entre as idades de i e i + 1 anos; di = número de óbitos ocorridos entre as idades de i e i + 1 anos. Desta forma, os passos para o cálculo do APVP foram os que se segue: 1. Cálculo do ponto médio de cada grupo etário (anos). O ponto médio de uma classe é a soma dos limites inferior e superior da classe divido por dois. Em expressão matemática: Ponto Médio = (Limite Inferior) + (Limite Superior) / 2 2. Cálculo da diferença entre o ponto médio de cada grupo etário e a idade limite (EVN) para a população geral (74,08), e para o sexo masculino (70,6) e feminino (77,7) (anos remanescentes de vida = anos de vida que seriam vividos caso o motociclista não tivesse falecido); 3. Distribuição dos óbitos por agrupamentos de idade;

27 26 4. Multiplicação do número de óbitos em cada intervalo de idade pelo número de anos que faltavam para alcançar a idade limite (anos remanescentes de vida). Conforme fórmula abaixo: (EVN idade média) x número de óbitos = anos remanescentes x número de óbitos A taxa de APVP (TAPVP) foi obtida dividindo-se o número de APVP pela população referente à faixa etária e sexo, e multiplicando-se o resultado por Foi ainda calculada a razão de sexo da taxa de APVP: TAPVP masculino/ TAPVP feminino. Todos os resultados foram apresentados em tabelas e gráficos. 4.7 ASPECTOS ÉTICOS O estudo foi desenvolvido seguindo os aspectos éticos recomendados pela Resolução 466/12, do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que trata de pesquisa envolvendo seres humanos. No entanto, por manipular apenas dados secundários sem identificação, disponíveis à sociedade via internet, considera-se dispensável para apresentação a comitês de ética em pesquisa.

28 27 5 RESULTADOS 5.1 MORTALIDADE POR ACIDENTES COM MOTOCICLETAS Entre 2002 e 2011, ocorreram óbitos de vítimas de Acidentes de Transporte Terrestre (ATT) no município de Cuiabá, sendo 340 motociclistas (22,7%). O número de óbitos de motociclistas elevou-se de 24, em 2002, para 53, em 2011, enquanto os de ATT foram de 154 para 184 no mesmo período. O crescimento das mortes por acidentes com motocicletas foi de 120,8% e o de ATT apenas 19,5%. No estado de Mato Grosso, no mesmo período, o crescimento foi de 144,8% e 7,7% respectivamente (BRASIL, 2013f). A taxa de mortalidade por acidente de motocicleta quase dobrou, passando de 4,8 óbitos por habitantes no ano de 2002, para 9,5 por habitantes em 2011 (Figura 1). Em todo o período estudado houve clara predominância da taxa de mortalidade no sexo masculino. Entre os anos de 2003 a 2006 a taxa de mortalidade no sexo masculino ficou relativamente estável, havendo somente leves incrementos; porém, eleva-se acentuadamente a partir de 2007, mantendo-se ascendente a partir deste ano, tendo o maior pico em 2010, com 18,6 óbitos/ homens (Figura 1).

29 28 Figura 1 Coeficiente de mortalidade (por habitantes) por acidente com motocicleta segundo sexo. Cuiabá, 2002 a A taxa de mortalidade no sexo feminino também apresentou aumentos expressivos. No início do período a taxa era de apenas 0,4 por mulheres, já nos anos de 2005, 2010 e 2011 as taxas atingiram 2,6 e 2,8, nos dois últimos anos. No ano de 2010 registrou-se a maior taxa de mortalidade para a população geral e para o sexo masculino (Figura 1). A evolução da razão de sexo mostrou diferença relevante: enquanto que no ano de 2002 a razão foi de 24,2, já em 2011 reduziu para 5,9 (Figura 2). Do período de 2002 a 2007 ocorreram grandes flutuações, porém a partir de 2008 houve uma estabilização, deixando evidente a diminuição na diferença entre as taxas de mortalidade do sexo masculino e feminino. Embora permaneça crescente e sempre mais elevada a mortalidade masculina em contraposição à feminina no período estudado, a acentuada queda da razão de sexo coloca também as mulheres num novo patamar de risco. Observando a tabela 1, verifica-se que as vítimas fatais de acidentes com motocicletas são predominantemente jovens, sendo a faixa etária de 20 a 49 anos a de maior risco. A faixa etária de 20 a 29 anos foi a que apresentou a maior taxa em todo o período analisado e a maioria das vítimas era dessa faixa etária (68,5%).

30 29 Figura 2 Razão de sexo entre os coeficientes de mortalidade por acidente com motocicleta. Cuiabá, 2002 a Pode-se ainda constatar neste estudo que as taxas de mortalidade em adolescentes (10 a 19 anos) e adultos jovens (20 a 29 e 30 a 39) estão em ascensão. No grupo de adolescentes e de 30 a 39 anos a taxa dobrou nos dez anos estudados enquanto que no de 20 a 29 anos o crescimento foi de 150%. Tabela 1 Coeficiente de mortalidade (por habitantes) por acidente com motocicleta e variação no período segundo faixa etária. Cuiabá, 2002 a Ano Faixa Etária (anos) 10 a a a a a a a 79 Total ,4 8,1 5,0 6,8-5,8-5, ,8 8,9 8,7 1,7-5,7-4, ,8 9,8 6,1 3, , ,6 11,3 8,2 9, , ,2 10,2 6,9-2,9 5,3-5, ,0 15,9 8,9 4,2 4,3 4,3-7, ,2 19,9 6,6 8,5 2, , ,1 14,5 9,7 9,8 8,1 3,9-8, ,3 21,6 18,0 8,1 5,8-15,8 12, ,6 20,5 11,6 5,4 5, , ,2 155,0 130,1-21,1 99,4* ,3 * Variação no período de 2006 a 2011

31 30 A tabela 2 mostra que mais da metade das vítimas fatais pertencia à cor/raça parda, correspondendo, em média, a 61,4% das mortes no período. Ao adicionar a cor/raça preta à parda, tem-se 65,2% do total das vítimas de 2002 a 2011, apenas no ano de 2003 a cor/raça branca foi superior. O ano de 2007 merece destaque por revelar 77,1% do total das vítimas da cor/raça parda e preta. Observa-se ainda que no decorrer do período, a mortalidade proporcional em pessoas brancas foi diminuindo enquanto que a parda foi aumentando. Tabela 2 Mortalidade proporcional (%)* por acidente com motocicleta segundo cor/raça. Cuiabá, 2002 a Ano Cor/raça (%)* Branca Preta Parda ,5 4,3 52, ,0-40, ,8 5,3 57, ,0-50, ,8-54, ,9 5,7 71, ,5 2,5 70, ,5 7,7 53, ,9 5,2 69, ,3 3,8 67,9 Total 34,8 3,8 61,4 * excluído os ignorados Quanto ao estado civil dessas vítimas, a maior parte era solteira, que, neste estudo, abrange também as pessoas separadas judicialmente e que representaram 80,8% (270) das mortes por acidentes de motocicleta em todo o período (2002 a 2011) estudado, como observado na tabela 3. No ano de 2003, houve uma participação maior de óbitos de pessoas casadas (30%), no entanto os casados representaram em 2002 e 2006 apenas 8,3% dos óbitos.

32 31 Tabela 3 Número de óbitos e mortalidade proporcional (%) por acidente com motocicleta segundo estado civil. Cuiabá, 2002 a Estado civil Ano Solteiro Casado Outros Total N % N % N % N ,2 2 8,3 3 12, ,0 6 30,0 2 10, ,5 2 10, ,4 7 25,9 1 3, ,3 2 8,3 2 8, ,7 5 14, ,6 7 18, ,6 6 15, ,5 8 13,8 1 1, ,0 6 12,0 4 8,0 50 Total , ,3 13 3,9 334 * excluído os ignorados Aproximadamente 80% dos motociclistas mortos em acidentes de trânsito entre 2002 e 2011 tinham entre 4 e 11 anos de escolaridade. Dentro desse estrato de escolaridade, excetuando-se os anos de 2002, 2003 e 2005, nos quais houve predomínio de vítimas com 4 a 7 anos de escolaridade, em todo o restante do período estudado predominaram as vítimas com 8 a 11 anos de escolaridade. No ano de 2009, 59% das vítimas se concentravam nessa categoria de escolaridade, e somente 2,7% tinham entre 12 e mais anos de escolaridade.

33 32 Tabela 4 Número de óbitos e mortalidade proporcional (%)* por acidente com motocicleta segundo escolaridade. Cuiabá, 2002 a Escolaridade (anos)* Ano 1 a 3 4 a 7 8 a e mais Total N % N % N % N % N , ,5 7 29, ,5 8 42,1 6 30,0 3 15, ,3 3 15,8 9 47,4 2 10, , ,0 7 25,0 4 16, ,2 7 29, ,0 3 12, , , ,7 3 9, , , ,5 4 10, ,1 9 24, ,0 1 2, , , , , , , ,3 5 9,6 52 Total 30 9, , , ,2 325 * excluído os ignorados 5.2 MORBIDADE HOSPITALAR POR ACIDENTES COM MOTOCICLETAS Nos dez anos estudados ocorreram internações no SUS-Cuiabá decorrentes de acidentes com motocicletas em residentes nesse município, apresentando um aumento de 1060%, já que em 2002 foram 47 internações e em ; no estado de Mato Grosso, o crescimento foi de 235,0%. A taxa de internação para residentes em Cuiabá passou de 0,9 internações por habitantes no ano de 2002 para 9,8 por habitantes em 2011, mostrando um incremento de 942,8% (Figura 3).

34 33 Em relação à taxa de internação por sexo observou-se no período estudado ( ) que para o sexo masculino houve um aumento de 907,2% e para o sexo feminino de 1136,0%. Esse incremento evidencia que apesar da taxa de internação em mulheres ser menor que a taxa de internação em homens, à semelhança da mortalidade, gradualmente a diferença do risco de internação entre homens e mulheres vem diminuindo. Na figura 3 pode-se observar que o aumento das taxas de internação ocorreu principalmente a partir de 2006, verificando uma taxa de 1,9 por habitantes nesse ano, para 9,8 por habitantes em No sexo feminino este aumento foi de 0,6 para 3,4 por habitantes e no sexo masculino de 3,2 para 16,5 por habitantes no mesmo período. Figura 3 Coeficiente de internação (por habitantes) por acidentes com motocicleta segundo sexo. Cuiabá, 2002 a No que tange às internações no SUS-Cuiabá com relação à faixa etária (Tabela 5) verifica-se a importância crescente de vítimas jovens, sendo representada principalmente pela faixa etária de 20 a 29 anos. No ano de 2002, a taxa de internação nessa faixa etária era de 1,9 para cada habitantes, passando para 18,9 por habitantes em Nas faixas etárias entre 20 a 49 anos, durante todo o período de estudo (2002 a 2011) as taxas de internação foram ascendentes, principalmente a partir do ano de Com exceção do grupo etário de 60 anos ou

35 34 mais, a maior taxa de internação apresentada em todas as demais foi observada no ano de Tabela 5 Coeficiente de internação (por habitantes) por acidente com motocicleta segundo faixa etária. Cuiabá, 2002 a Ano Faixa Etária (anos) 0 a 9 10 a a a a a a a e + Total ,3 0,5 1,9 1,5 0,9 0,6-1,3-0, ,2 0,9 2,6 1,2 1,3 0,9 0,6 1,2-1, ,4 0,8 3,8 1,6 1,7 0,9 0,6 2,4-1, ,4 0,9 3,5 2,0 1,8 0, , ,5 1,1 3,7 2,8 1,6 1,4 1,1 2,3-1, ,3 2,6 6,3 3,7 3,1 1,9 1,7 0,9-3, ,6 2,0 6,3 3,9 3,5 2,1 2,9 0,9-3, ,6 2,8 11,0 8,8 7,5 3,6 2,3 0,8 4,0 5, ,5 4,2 13,7 9,5 5,8 3,3 3,7 1,6-6, ,7 6,4 18,9 12,5 10,7 9,1 2,2 1,6 5,9 9,8 Década 0,6 2,1 7,3 5,0 4,0 2,8 1,7 1,3 1,2 3,6 Na análise da distribuição de dias permanência (Figura 4), pode-se perceber que o tempo médio de permanência hospitalar não variou muito durante o período de estudo, porém, destacaram-se os anos de 2009 e 2010 (10,4 e 10,0 dias respectivamente) com maior tempo médio de permanência e 2005 com menor tempo (6,3 dias).

36 35 Figura 4 Tempo médio de permanência de internações (dias) por acidentes com motocicleta. Cuiabá, 2002 a GASTOS COM INTERNAÇÃO POR ACIDENTES COM MOTOCICLETAS NO SUS-CUIABÁ Na figura 5 pode ser verificado que o número de internações pagas por acidentes com motocicletas no município de Cuiabá no período de estudo aumentou expressivamente, passando de 97 no ano de 2002 para 766 no ano de 2011, o que corresponde a um aumento de 689,7%. Do ano de 2002 a 2005 houve apenas um leve incremento no número de internações, porém, a partir de 2006, a cada ano o número de internações elevou-se progressivamente, principalmente após o ano de 2008.

37 36 Figura 5 Número de internações pagas por acidentes com motocicleta. Cuiabá, 2002 a No período de dez anos foram gastos com internações decorrentes de acidentes com motocicleta no SUS-Cuiabá o valor total de R$ ,78. A figura 6 mostra que de 2002 para 2011 ocorreu um aumento acentuado de R$ ,89 para R$ ,62, acréscimo maior de 1.000% em dez anos. No entanto, este aumento não foi regular para todo o período. Do ano de 2002 até o ano de 2006 o aumento foi mais discreto, estando em torno de 100%, a partir desse ano até o final do período houve grandes variações; período este que acompanha a elevação do quantitativo numérico de internações, como referido anteriormente. Analisando todo o período estudado verifica-se que o valor gasto com internações de motociclistas acidentados apresenta-se ascendente. No mesmo período do estudo, o número de motocicletas passou de em 2002 para em 2011 (238%) (MT, 2013). Em todo o período analisado o crescimento da frota de motocicletas foi constante, apenas no ano de 2009 para 2010 houve uma redução. Esta redução pode ser explicada pelo sistema de busca e apreensão de veículos por falta de pagamento do financiamento ao banco responsável sendo transferido para a sede nacional em São Paulo, até que a situação seja regularizada no município de origem.

38 37 Figura 6 Número de motocicletas e valor total gasto (R$) com internações por acidentes com motocicletas, Cuiabá, 2002 a Analisando o valor gasto com serviços hospitalares e com serviços profissionais devido a internações por acidente com motocicleta (Tabela 6), verificase que durante o período de 2008 a 2011 em média 81% foram gastos com serviços hospitalares e 19% com serviços profissionais. Mesmo sendo maior o valor gasto com serviços hospitalares, observa-se que a participação do valor gasto com serviços profissionais vem aumentando, passando de 17,6% em 2008, para 20,2% em 2010, enquanto que a participação do valor gasto com serviços hospitalares vem diminuindo, de 82,4% para 79,8% no mesmo período. Houve um aumento de R$ ,01 para R$ ,60 (394%) nos gastos com serviços hospitalares e de R$ ,73 para R$ ,02 (483%) nos gastos com serviços profissionais no período estudado. Não foi possível analisar o período anterior de estudo, ou seja, de 2002 a 2007, devido à indisponibilidade de dados.

39 38 Tabela 6 Valor gasto (R$) e gasto proporcional (%) com serviços hospitalares e profissionais referente às internações por acidentes com motocicletas. Cuiabá, 2008 a Ano Valor de serviços hospitalares Valor de serviços profissionais R$ % R$ % ,01 82, ,73 17, ,81 82, ,85 17, ,40 80, ,54 19, ,60 79, ,02 20,2 Total ,82 80, ,14 19,1 Em relação ao custo-dia de internação (R$) houve um aumento de aproximadamente 55% dos gastos no período estudado (Tabela 7), com maior custodia nos anos de 2007 (R$ 120,70), 2005 (R$ 119,60) e 2011 (R$ 100,60). Tabela 7 Custo-dia (R$) e gasto médio (R$) de internações por acidentes com motocicleta. Cuiabá, 2002 a Ano Custo-dia Gasto Médio (R$) (R$) ,1 603, ,9 578, ,6 907, ,6 756, ,8 753, , , ,3 635, , , ,4 795, ,6 904, (%) 54,7 49,8

Os Impactos e Custos dos Acidentes de Trânsito para a Previdência Social ( )

Os Impactos e Custos dos Acidentes de Trânsito para a Previdência Social ( ) Os Impactos e Custos dos Acidentes de Trânsito para a Previdência Social (2003 2012) Estudo desenvolvido por equipe técnica da Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino, Tecnologia e Cultura FAPETEC para a

Leia mais

PEROTTO, Fabiana 2 ; BARROSO,Lidiane Bittencourt 3 ; WOLFF, Delmira Beatriz 4

PEROTTO, Fabiana 2 ; BARROSO,Lidiane Bittencourt 3 ; WOLFF, Delmira Beatriz 4 ACIDENTE DE TRANSPORTE NO RIO GRANDE DO SUL: ESTUDO DE CASO¹ PEROTTO, Fabiana 2 ; BARROSO,Lidiane Bittencourt 3 ; WOLFF, Delmira Beatriz 4 1 Trabalho de Pesquisa_UFSM 2 Curso de Engenharia Ambiental e

Leia mais

A RELAÇÃO DA RAÇA/COR EM VÍTIMAS DE HOMICÍDIO EM SERGIPE NO ANO DE 2015 RESUMO

A RELAÇÃO DA RAÇA/COR EM VÍTIMAS DE HOMICÍDIO EM SERGIPE NO ANO DE 2015 RESUMO A RELAÇÃO DA RAÇA/COR EM VÍTIMAS DE HOMICÍDIO EM SERGIPE NO ANO DE 2015 José Hunaldo de Oliveira Júnior (Discente, Universidade Tiradentes) Ana Caroline Almeida do Nascimento (Discente, Universidade Tiradentes)*

Leia mais

Vigilância de Causas externas

Vigilância de Causas externas Vigilância de Causas externas Acidentes e Quedas Maria Isabel do Nascimento Instituto de Saúde Coletiva _ UFF Metas nacionais para controle DCNT Reduzir TM prematura (< 70 anos) por DCNT em 2% ao ano.

Leia mais

MORTALIDADE POR ACIDENTE DE TRÂNSITO ENTRE JOVENS EM MARINGÁ-PR NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

MORTALIDADE POR ACIDENTE DE TRÂNSITO ENTRE JOVENS EM MARINGÁ-PR NOS ÚLTIMOS 10 ANOS MORTALIDADE POR ACIDENTE DE TRÂNSITO ENTRE JOVENS EM MARINGÁ-PR NOS ÚLTIMOS 10 ANOS Alex Gomes da Silva 1 ; Larissa Laila Cassarotti 2,Jaqueline Benatto Cardoso 3,Josylene Rodrigues de Souza Pinheiro 4,

Leia mais

RIPSA - Causas externas

RIPSA - Causas externas RIPSA - Causas externas MATRIZ DE INDICADORES BÁSICOS DENOMINAÇÃO CONCEITUAÇÃO MÉTODO DE CÁLCULO CATEGORIAS FONTES INDICADORES DE MORTALIDADE 1. Mortalidade proporcional por grupos de causas Distribuição

Leia mais

Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes

Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes Dimensão dos acidentes e violências na saúde pública 969.850 internações e 145.093 mortes em 2011 por causas externas (toda causa não natural, como queimadura,

Leia mais

Boletim Epidemiológico Programa Vida no Trânsito 2018

Boletim Epidemiológico Programa Vida no Trânsito 2018 Introdução O Boletim Epidemiológico do Programa Vida no Trânsito de Cuiabá apresenta informações sobre os acidentes de trânsito com vítimas fatais ocorridos no município de Cuiabá em 2018. Essas informações

Leia mais

Traumatismos decorrentes de acidentes automobilísticos

Traumatismos decorrentes de acidentes automobilísticos IV Seminário Pro teste de Defesa do Consumidor Traumatismos decorrentes de acidentes automobilísticos Milton Steinman Disciplina de Cirurgia do Trauma HCFMUSP Sociedade Brasileira de Atendimento ao Traumatizado

Leia mais

Vigilância de Causas externas

Vigilância de Causas externas Vigilância de Causas externas Acidentes e Quedas Maria Isabel do Nascimento Instituto de Saúde Coletiva _ UFF Objetivos da aula 1) enfatizar a importância da ALTA no fluxo de atendimento do paciente hospitalizado.

Leia mais

Curso Continuado de Cirurgia Geral- CBC SP

Curso Continuado de Cirurgia Geral- CBC SP Curso Continuado de Cirurgia Geral- CBC SP Trauma como doença Milton Steinman Disciplina de Cirurgia do Trauma HCFMUSP Avanços médicos no século XXI Recursos diagnósticos Recursos terapêuticos Qualidade

Leia mais

Memorias Convención Internacional de Salud Pública. Cuba Salud La Habana 3-7 de diciembre de 2012 ISBN

Memorias Convención Internacional de Salud Pública. Cuba Salud La Habana 3-7 de diciembre de 2012 ISBN TENDÊNCIA DA MORTALIDADE POR ACIDENTES DE TRÂNSITO NA BAHIA, BRASIL, ENTRE 1996 E 2007 Polianna Alves Andrade Rios Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié, Bahia, Brasil. E-mail: polianauesb@yahoo.com.br

Leia mais

A face oculta do trauma (Avaliação dos acidentes domésticos na infância na comunidade de Vila Nova de Cajá/PB)

A face oculta do trauma (Avaliação dos acidentes domésticos na infância na comunidade de Vila Nova de Cajá/PB) MÁRCIA ABATH AIRES DE BARROS ROBERTA ABATH TARGINO PROGRAMA DE INTERIORIZAÇÃO EM TRABALHO DE SAÚDE PITS/MS/CNPq NÚCLEO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA NESC/UFPB Introdução Trauma é uma doença ignorada como

Leia mais

TRÂNSITO um problema de saúde pública: avanços, desafios e políticas para seu enfretamento

TRÂNSITO um problema de saúde pública: avanços, desafios e políticas para seu enfretamento Segurança Viária e Gestão de Trânsito TRÂNSITO um problema de saúde pública: avanços, desafios e políticas para seu enfretamento Cheila Marina de Lima CGDANT/DASIS/SVS São Paulo, 10/05/2012 Magnitude e

Leia mais

Vigilância de Causas externas

Vigilância de Causas externas Vigilância de Causas externas Acidentes e Quedas Maria Isabel do Nascimento Instituto de Saúde Coletiva _ UFF Plano de aula 1) Exercícios iniciais DO de causas externas 2)Exercícios finais com prontuário

Leia mais

Acidentes de trânsito e Álcool

Acidentes de trânsito e Álcool O CUSTO DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO CAUSADOS POR ABUSO DO ÁLCOOL NA CIDADE DE PORTO ALEGRE BRASIL Tanara Sousa, Esmeralda Correa, Marianne Stampe, Sabino Pôrto Jr, Flávio Pechansky, Raquel de Boni Acidentes

Leia mais

CAUSAS EXTERNAS DCNT 5 CAUSAS EXTERNAS

CAUSAS EXTERNAS DCNT 5 CAUSAS EXTERNAS CAUSAS EXTERNAS DCNT 5 CAUSAS EXTERNAS Acidentes e Quedas Profa. Maria Isabel do Nascimento Disciplina Profa. Maria de Epidemiologia Isabel do Nascimento IV Disciplina de Epidemiologia IV Causas externas

Leia mais

das vítimas são pedestres e quase a metade (47%) são condutores, incluindo ciclistas e motociclistas. SÍNTESE

das vítimas são pedestres e quase a metade (47%) são condutores, incluindo ciclistas e motociclistas. SÍNTESE !" 00 SÍNTESE O Departamento de Trânsito do Distrito Federal - DETRAN/DF vem promovendo estudos para diminuição das estatísticas de acidentes de trânsito. Este boletim objetiva mostrar o comportamento

Leia mais

Projeto Vida no Trânsito

Projeto Vida no Trânsito Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Análise de Situação de Saúde Coordenação Geral de Doenças e Agravos Não Transmissíveis Projeto Vida no Trânsito Cheila Marina de Lima

Leia mais

MORBIDADE HOSPITALAR POR CAUSAS EXTERNAS

MORBIDADE HOSPITALAR POR CAUSAS EXTERNAS O Boletim de Fevereiro/2018 mostrou dados sobre os acidentes de trânsito na cidade de Ribeirão Preto e o impacto deles no sistema de saúde (SUS), com foco na morbidade hospitalar (número de internações

Leia mais

MORBIDADE E MORTALIDADE POR CÂNCER DE MAMA E PRÓSTATA NO RECIFE

MORBIDADE E MORTALIDADE POR CÂNCER DE MAMA E PRÓSTATA NO RECIFE SECRETARIA DE SAÚDE DO RECIFE SECRETARIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE GERÊNCIA DE EPIDEMIOLOGIA RECIFE DEZEMBRO DE 218 MORBIDADE E MORTALIDADE POR CÂNCER DE MAMA E PRÓSTATA NO RECIFE Secretaria de Saúde

Leia mais

MORBIMORTALIDADE DA POPULAÇÃO IDOSA DE JOÃO PESSOA- PB

MORBIMORTALIDADE DA POPULAÇÃO IDOSA DE JOÃO PESSOA- PB MORBIMORTALIDADE DA POPULAÇÃO IDOSA DE JOÃO PESSOA- PB Silmery da Silva Brito- UFPB- silmery_ce@hotmail.com Regiane Fixina de Lucena UEPB regi.rfl@bol.com.br Joyce Lane Braz Virgolino- UFPB- joyce.lane@hotmail.com

Leia mais

A distribuição etária dos pacientes é muito semelhante à distribuição etária das vítimas de Acidentes de Trânsito no Brasil, publicada pelo

A distribuição etária dos pacientes é muito semelhante à distribuição etária das vítimas de Acidentes de Trânsito no Brasil, publicada pelo Os Acidentes de Trânsito foram responsáveis por um total de 607 internações nos hospitais SARAH-Brasília e SARAH-Salvador no período de 01/02/1999 a 31/01/2000, correspondendo a 38,5% do total de internações

Leia mais

Prevalência de lesões corporais em região oro-facial registrados no Instituto Médico Legal de Pelotas/RS. 1. Introdução

Prevalência de lesões corporais em região oro-facial registrados no Instituto Médico Legal de Pelotas/RS. 1. Introdução Prevalência de lesões corporais em região oro-facial registrados no Instituto Médico Legal de Pelotas/RS NEDEL, Ana Paula 1 ; NEDEL, Fernanda 2 ; CONCEIÇÃO, Luciana 2 ; SILVA Ricardo Henrique Alves da

Leia mais

Nº de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos ocupados,

Nº de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos ocupados, Centro Colaborador em Vigilância aos Agravos à Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde FEVEREIRO/ 2017 Edição nº 10, ano VII Uma publicação para todos! BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO ACIDENTES DE TRABALHO

Leia mais

RELATÓRIO DE DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS E FATORES DE RISCO, PORTO ALEGRE, 1996 A 2009

RELATÓRIO DE DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS E FATORES DE RISCO, PORTO ALEGRE, 1996 A 2009 RELATÓRIO DE DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS E FATORES DE RISCO, PORTO ALEGRE, 1996 A 29 Doenças e Agravos Não Transmissíveis DANT/SMS Porto Alegre Vigilância Epidemiológica

Leia mais

ANÁLISE DESCRITIVA DA MORBIMORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS EM IDOSOS NO BRASIL

ANÁLISE DESCRITIVA DA MORBIMORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS EM IDOSOS NO BRASIL ANÁLISE DESCRITIVA DA MORBIMORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS EM IDOSOS NO BRASIL Introdução Alyne Fernanda Tôrres de Lima fernandalyne@hotmail.com Niedja Maria Coelho Alves nimacoal@hotmail.com Isabelle

Leia mais

63ª Reunião do Fórum Paulista de Secretários e Dirigentes Públicos de Mobilidade Urbana

63ª Reunião do Fórum Paulista de Secretários e Dirigentes Públicos de Mobilidade Urbana 63ª Reunião do Fórum Paulista de Secretários e Dirigentes Públicos de Mobilidade Urbana Apresentação da Metodologia Elaborada pela Prefeitura Municipal de São Paulo sobre acidentes de trânsito, Década

Leia mais

Unidade: Medidas de Frequência de Doenças e Indicadores de Saúde em Epidemiologia. Unidade I:

Unidade: Medidas de Frequência de Doenças e Indicadores de Saúde em Epidemiologia. Unidade I: Unidade: Medidas de Frequência de Doenças e Indicadores de Saúde em Epidemiologia Unidade I: 0 Unidade: Medidas de Frequência de Doenças e Indicadores de Saúde em Epidemiologia Introdução Existem evidências

Leia mais

Resultados do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes VIVA/2013. Porto Alegre, novembro de Organização

Resultados do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes VIVA/2013. Porto Alegre, novembro de Organização Resultados do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes VIVA/2013 Porto Alegre, novembro de 2015 Organização Maria de Fátima Fernandes Géa Sandra Maria Birnfeld Kurtz 1 Este relatório apresenta os

Leia mais

Acidentes com Motocicletas: Um Perfil dos Atendimentos Realizados no Hospital Getúlio Vargas -Recife - PE

Acidentes com Motocicletas: Um Perfil dos Atendimentos Realizados no Hospital Getúlio Vargas -Recife - PE José Roberto Santos Cruz Acidentes com Motocicletas: Um Perfil dos Atendimentos Realizados no Hospital Getúlio Vargas -Recife - PE - 2003 Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial

Leia mais

INDICADORES DE SAÚDE I

INDICADORES DE SAÚDE I Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Ciências da Saúde Faculdade de Medicina / Instituto de Estudos em Saúde Coletiva - IESC Departamento Medicina Preventiva Disciplina de Epidemiologia INDICADORES

Leia mais

ATLAS DA VIOLÊNCIA. Projeto conjunto do HMMD, FDV e HIAE

ATLAS DA VIOLÊNCIA. Projeto conjunto do HMMD, FDV e HIAE ATLAS DA VIOLÊNCIA Projeto conjunto do HMMD, FDV e HIAE Últimas discussões do FDV Segurança Pública Conectividade Territorial Cultura da Paz Convivência e Segurança Cidadã Para mais informações: (UNESCO/BRASIL,

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS VIOLÊNCIAS INTERPESSOAIS E AUTOPROVOCADAS EM IDOSOS. RECIFE, 2010 A 2017

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS VIOLÊNCIAS INTERPESSOAIS E AUTOPROVOCADAS EM IDOSOS. RECIFE, 2010 A 2017 SECRETARIA DE SAÚDE Setor de Doenças e Agravos Não Transmissíveis PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS VIOLÊNCIAS INTERPESSOAIS E AUTOPROVOCADAS EM IDOSOS. RECIFE, 2010 A 2017 Recife, Agosto de 20182017 Prefeito

Leia mais

Informe Epidemiológico- Câncer de Mama

Informe Epidemiológico- Câncer de Mama Informe Epidemiológico- Câncer de Mama Núcleo Hospitalar de Epidemiologia HNSC-HCC Câncer de Mama no Mundo As doenças não transmissíveis são agora responsáveis pela maioria das mortes globais, e espera-se

Leia mais

O extermínio da juventude negra no Maranhão Nota da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH)

O extermínio da juventude negra no Maranhão Nota da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH) O extermínio da juventude negra no Maranhão Nota da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH) São Luís abril de 215 O extermínio da juventude negra no Maranhão A criação da CPI da Morte e Desaparecimento

Leia mais

TÍTULO AUTORES: ÁREA TEMÁTICA Introdução:

TÍTULO AUTORES: ÁREA TEMÁTICA Introdução: TÍTULO: EVOLUÇÃO DOS INDICADORES DE MORTALIDADE NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, NOS ANOS DE 1980, 1991 E 2000. AUTORES: Martha Regina de Oliveira ( jaagb@hotmail.com ) Aline do Nascimento Macedo ( linmacedo@ig.com.br

Leia mais

ANÁLISE DOS DADOS DE MORTALIDADE DE 2001

ANÁLISE DOS DADOS DE MORTALIDADE DE 2001 ANÁLISE DOS DADOS DE MORTALIDADE DE 2001 Coordenação Geral de Informações e Análise Epidemiológica Departamento de Análise da Situação de Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde - Ministério da Saúde Janeiro

Leia mais

Acidentes de Trânsito com Vítimas Fatais no RS. Fonte de dados: Sistema de Consultas Integradas - SSP

Acidentes de Trânsito com Vítimas Fatais no RS. Fonte de dados: Sistema de Consultas Integradas - SSP Acidentes de Trânsito com Vítimas Fatais no RS Fonte de dados: Sistema de Consultas Integradas - SSP INTRODUÇÃO O Brasil mata mais de 40.000 pessoas por ano, segundo o DENATRAN. O DATASUS informa que em

Leia mais

Coordenação de Epidemiologia e Informação

Coordenação de Epidemiologia e Informação Ano 2, Boletim 1 Março de 2011 ACIDENTES DE TRÂNSITO E MOTOCICLETAS NA CIDADE DE SÃO PAULO Introdução Os acidentes de trânsito e transporte terrestres (ATT) representam uma das principais causas de morbimortalidade

Leia mais

Internações hospitalares por lesões decorrentes de acidente de transporte terrestre no Brasil, 2013: permanência e gastos*

Internações hospitalares por lesões decorrentes de acidente de transporte terrestre no Brasil, 2013: permanência e gastos* Artigo original Internações hospitalares por lesões decorrentes de acidente de transporte terrestre no Brasil, 2013: permanência e gastos* doi: 10.5123/S1679-49742017000100004 Hospitalization due to road

Leia mais

Dados, Indicadores e Sistemas de Informações. Graduação em Saúde Pública HEP0173

Dados, Indicadores e Sistemas de Informações. Graduação em Saúde Pública HEP0173 Dados, Indicadores e Sistemas de Informações Graduação em Saúde Pública HEP0173 A informação apoia decisões, desde a mais simples do nosso cotidiano, até as mais complexas. A estrutura demográfica da população

Leia mais

Acidentes de Trânsito

Acidentes de Trânsito Acidentes de Trânsito Veículos Caracterização dos pacientes Considerando o período de Janeiro a Junho de 2013, nos hospitais da Rede SARAH, entre as internações motivadas por Acidente de Trânsito, 37,8%

Leia mais

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO CÂNCER DE MAMA EM MULHERES: Recife, 2006 a 2016

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO CÂNCER DE MAMA EM MULHERES: Recife, 2006 a 2016 Secretaria de Saúde Diretoria Executiva de Vigilância à Saúde Unidade de Vigilância Epidemiológica Setor de Doenças e Agravos Não transmissíveis e Promoção da Saúde SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO CÂNCER DE

Leia mais

PERFIL DA MORTALIDADE POR AGRESSÃO EM IDOSOS*

PERFIL DA MORTALIDADE POR AGRESSÃO EM IDOSOS* PERFIL DA MORTALIDADE POR AGRESSÃO EM IDOSOS* Aíla Marôpo Araújo 1 ; Priscila Borghi Ribeiro do Nascimento 2 ; Maísa Paulino Rodrigues 3 Orientadora: Maria Ângela Fernandes Ferreira 4 1 Universidade Federal

Leia mais

Briefing. Boletim Epidemiológico 2011

Briefing. Boletim Epidemiológico 2011 Briefing Boletim Epidemiológico 2011 1. HIV Estimativa de infectados pelo HIV (2006): 630.000 Prevalência da infecção (15 a 49 anos): 0,61 % Fem. 0,41% Masc. 0,82% 2. Números gerais da aids * Casos acumulados

Leia mais

16/4/2010 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE

16/4/2010 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE EPIDEMIOLOGIA Parte - 03 PROFa. MSc. MARISE RAMOS DE SOUZA SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE Os cinco maiores sistemas : SINAN, SIM, SINASC, SIH, SIA. Sistema de Informação de Mortalidade - SIM Criado pelo

Leia mais

INTERNAÇÕES HOSPITALARES DE IDOSOS POR PROBLEMAS PROSTÁTICOS NO CEARÁ NO PERÍODO

INTERNAÇÕES HOSPITALARES DE IDOSOS POR PROBLEMAS PROSTÁTICOS NO CEARÁ NO PERÍODO INTERNAÇÕES HOSPITALARES DE IDOSOS POR PROBLEMAS PROSTÁTICOS NO CEARÁ NO PERÍODO 2008-2016 Karilane Maria Silvino Rodrigues (1); Fernanda Rochelly do Nascimento Mota (2) (Faculdade Ateneu; Universidade

Leia mais

Perfil das pessoas mortas na cidade de São Paulo em circunstâncias violentas (2011)

Perfil das pessoas mortas na cidade de São Paulo em circunstâncias violentas (2011) Perfil das pessoas mortas na cidade de São Paulo em circunstâncias violentas (0) Sobre o estudo Objetivo: sistematizar conhecimento sobre vitimização por causas violentas na cidade de São Paulo identificando

Leia mais

Perfil epidemiológico de mortalidade por CAUSAS EXTERNAS. Porto Alegre

Perfil epidemiológico de mortalidade por CAUSAS EXTERNAS. Porto Alegre Perfil epidemiológico de mortalidade por CAUSAS EXTERNAS Porto Alegre 2007 Prefeitura Municipal de Porto Alegre Prefeito José Fogaça Secretaria Municipal da Saúde Secretário Eliseu Santos Coordenadoria

Leia mais

Instituição: Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo

Instituição: Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo Aprimoramento das informações de mortalidade por acidentes de trânsito/transporte no Município de São Paulo: coletando informações de outras fontes de dados Instituição: Secretaria Municipal da Saúde de

Leia mais

ESTUDO TÉCNICO N.º 11/2015

ESTUDO TÉCNICO N.º 11/2015 ESTUDO TÉCNICO N.º 11/2015 Principais resultados da PNAD 2014 potencialmente relacionados às ações e programas do MDS MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME SECRETARIA DE AVALIAÇÃO E GESTÃO

Leia mais

Acidentes e violências causam 700 mil internações e gasto de R$ 900 milhões 3

Acidentes e violências causam 700 mil internações e gasto de R$ 900 milhões 3 Publicação Científica do Curso de Bacharelado em Enfermagem do CEUT. Ano 2010 (13). Edição 29 Selonia Patrícia Oliveira Sousa 1 Otacílio Batista de Sousa Nétto 2 Atualmente os acidentes e violências são

Leia mais

INTERNAÇÕES DE CICLISTAS TRAUMATIZADOS EM ACIDENTES POR TRANSPORTE NO ESTADO DO CEARÁ.

INTERNAÇÕES DE CICLISTAS TRAUMATIZADOS EM ACIDENTES POR TRANSPORTE NO ESTADO DO CEARÁ. INTERNAÇÕES DE CICLISTAS TRAUMATIZADOS EM ACIDENTES POR TRANSPORTE NO ESTADO DO CEARÁ. Ana Beatriz Silva Viana; Glaubervania Alves Lima; Deyse Maria Alves Rocha; Idarlana Sousa Silva; Luciano Lima Correia

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO EM CIDADE DO CEARÁ

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO EM CIDADE DO CEARÁ PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO EM CIDADE DO CEARÁ Jacquelinny Lopes de Macêdo 1 Arthur Rafhael Amorim Alves Esmeraldo 2 Renata Leão Couto 3 Mara Cristina Farias de Araujo 4 João Ananias

Leia mais

FATORES ASSOCIADOS A MORTALIDADE EM ADOLESCENTES

FATORES ASSOCIADOS A MORTALIDADE EM ADOLESCENTES FATORES ASSOCIADOS A MORTALIDADE EM ADOLESCENTES Francisco Leal Carvalho¹, Karolyni Lesley Diniz Sant Anna², Maiara Flores Scariot³, Mariana Oliveira Curado⁴, Rafaela Altoé Macorin⁵, Pedro Paulo de Queiroz

Leia mais

UERGS Administração de Sistemas e Serviços de Saúde Introdução ao Método Epidemiológico

UERGS Administração de Sistemas e Serviços de Saúde Introdução ao Método Epidemiológico UERGS Administração de Sistemas e Serviços de Saúde Introdução ao Método Epidemiológico 1. Assunto: Indicadores epidemiológicos, de morbidade: incidência, prevalência, taxa de ataque e taxa de ataque secundária..

Leia mais

1 Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal//SUPLAV

1 Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal//SUPLAV O perfil das mulheres de 10 anos e mais de idade no Distrito Federal e na Periferia Metropolitana de Brasília - PMB segundo a ótica raça/cor 2010 Lucilene Dias Cordeiro 1 1 Secretaria de Estado de Educação

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Epidemiologia Geral HEP 143 Cassia Maria Buchalla 2017 Sistemas de Informação Sistema: conjunto de partes que se articulam para uma finalidade comum Sistema de informações: conjunto

Leia mais

ANÁLISE DA MORTALIDADE E DISTRIBUIÇÃO DE NEOPLASIA CUTÂNEA EM SERGIPE NO PERIODO DE 2010 A 2015 RESUMO

ANÁLISE DA MORTALIDADE E DISTRIBUIÇÃO DE NEOPLASIA CUTÂNEA EM SERGIPE NO PERIODO DE 2010 A 2015 RESUMO ANÁLISE DA MORTALIDADE E DISTRIBUIÇÃO DE NEOPLASIA CUTÂNEA EM SERGIPE NO PERIODO DE 2010 A 2015 Milena Katrine Andrade Santos (Acadêmica de Enfermagem, Universidade Tiradentes) Emily Santos Costa (Acadêmica

Leia mais

Fonte: V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2006.

Fonte: V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2006. O Boletim de Novembro/2018 apresentou dados referentes ao capítulo IV do CID-10 (Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas), no tocante à obesidade por excesso de calorias, na região de saúde de Ribeirão

Leia mais

Ins$tuto Avante Brasil Diretor- Presidente: Luiz Flávio Gomes Coordenadora e Pesquisadora: Flávia Mestriner Botelho Data: Agosto de 2015

Ins$tuto Avante Brasil Diretor- Presidente: Luiz Flávio Gomes Coordenadora e Pesquisadora: Flávia Mestriner Botelho Data: Agosto de 2015 Ins$tuto Avante Brasil Diretor- Presidente: Luiz Flávio Gomes Coordenadora e Pesquisadora: Flávia Mestriner Botelho Data: Agosto de 2015 Mortalidade no Trânsito 33 anos de mortes no Brasil 1980-2013 Mortes

Leia mais

MORBIDADE HOSPITALAR

MORBIDADE HOSPITALAR O Boletim de Julho/2018 apresentou dados referentes ao capítulo I do CID-10 (Algumas doenças infecciosas e parasitárias), no que diz respeito às causas de doenças sexualmente transmissíveis (DST), na região

Leia mais

INDICADORES DE SAÚDE I

INDICADORES DE SAÚDE I Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Ciências da Saúde Faculdade de Medicina / Instituto de Estudos em Saúde Coletiva - IESC Departamento Medicina Preventiva Disciplina de Epidemiologia INDICADORES

Leia mais

O programa de saúde da família: evolução de sua implantação no Brasil. Instituto de Saúde Coletiva - Universidade Federal da Bahia

O programa de saúde da família: evolução de sua implantação no Brasil. Instituto de Saúde Coletiva - Universidade Federal da Bahia Título do Estudo: O programa de saúde da família: evolução de sua implantação no Brasil Instituição executora: Instituto de Saúde Coletiva - Universidade Federal da Bahia Instituição financiadora: Ministério

Leia mais

Ano 8, nº 05, 03 de Abril/2013. Indicadores para Diagnóstico Sintético da Saúde

Ano 8, nº 05, 03 de Abril/2013. Indicadores para Diagnóstico Sintético da Saúde Ano 8, nº 05, 03 de Abril/2013 Indicadores para Diagnóstico Sintético da Saúde Cidade de São Paulo 2004 - Indicadores para Diagnóstico Sintético da Saúde 03 Sumário Apresentação Quadro 1 - Relação de

Leia mais

Boletim Epidemiológico Vigilância dos Acidentes de Trânsito

Boletim Epidemiológico Vigilância dos Acidentes de Trânsito Programa Vida no Cuiabá 1. Apresentação Boletim Epidemiológico Os Acidentes de (AT) são uma das principais causas de morte e lesões na população, constituindo um dos maiores desafios para a sociedade,

Leia mais

ANÁLISE DOS DADOS DE INTERNAÇÕES E ÓBITOS POR AGRESSÃO A HOMENS NO ESTADO DA BAHIA ENTRE OS ANOS DE 2012 A 2016

ANÁLISE DOS DADOS DE INTERNAÇÕES E ÓBITOS POR AGRESSÃO A HOMENS NO ESTADO DA BAHIA ENTRE OS ANOS DE 2012 A 2016 ANÁLISE DOS DADOS DE INTERNAÇÕES E ÓBITOS POR AGRESSÃO A HOMENS NO ESTADO DA BAHIA ENTRE OS ANOS DE 22 A 2 Marcelle Anisia Lima Silva ; Ione Sales de Jesus 2 Faculdade Dom Pedro II, Email:marcellelima.silva@gmail.com.

Leia mais

MORBIDADE HOSPITALAR E MORTALIDADE POR DIABETES MELLITUS: RECIFE, 2016 e 2017

MORBIDADE HOSPITALAR E MORTALIDADE POR DIABETES MELLITUS: RECIFE, 2016 e 2017 Prefeitura do Recife Secretaria de Saúde Diretoria Executiva de Vigilância à Saúde Unidade de Vigilância Epidemiologia MORBIDADE HOSPITALAR E MORTALIDADE POR DIABETES MELLITUS: RECIFE, 2016 e 2017 Recife

Leia mais

DOENÇA DE PARKINSON NA VIDA SENIL PANORAMA DAS TAXAS DE MORBIMORTALIDADE E INCIDÊNCIA ENTRE AS REGIÕES BRASILEIRAS

DOENÇA DE PARKINSON NA VIDA SENIL PANORAMA DAS TAXAS DE MORBIMORTALIDADE E INCIDÊNCIA ENTRE AS REGIÕES BRASILEIRAS DOENÇA DE PARKINSON NA VIDA SENIL PANORAMA DAS TAXAS DE MORBIMORTALIDADE E INCIDÊNCIA ENTRE AS REGIÕES BRASILEIRAS Maykon Wanderley Leite Alves da Silva 1, José Victor de Mendonça Silva 2, Nycolas Emanuel

Leia mais

Perfil epidemiológico de mortalidade por CAUSAS EXTERNAS. Porto Alegre

Perfil epidemiológico de mortalidade por CAUSAS EXTERNAS. Porto Alegre Perfil epidemiológico de mortalidade por CAUSAS EXTERNAS Porto Alegre 2008 Prefeitura Municipal de Porto Alegre Prefeito José Fogaça Secretaria Municipal da Saúde Secretário Eliseu Santos Coordenadoria

Leia mais

Acidentes de Trânsito

Acidentes de Trânsito Acidentes de Trânsito Perfil geral Caracterização dos pacientes Os Acidentes de Trânsito foram responsáveis por um total de 741 internações nos hospitais SARAH-Brasília, SARAH-Salvador, SARAH-Belo Horizonte,

Leia mais

INDICADORES DE MORTALIDADE

INDICADORES DE MORTALIDADE INDICADORES DE MORTALIDADE Usualmente a análise dos dados de mortalidade na população baseia-se na enumeração total de sua ocorrência e na distribuição pelas características demográficas e epidemiológicas

Leia mais

Morre-se mais de doenças do aparelho circulatório, mas os tumores malignos matam mais cedo

Morre-se mais de doenças do aparelho circulatório, mas os tumores malignos matam mais cedo Causas de Morte 23 de maio de 2017 Morre-se mais de doenças do aparelho circulatório, mas os tumores malignos matam mais cedo As doenças do aparelho circulatório continuaram a ser a principal causa de

Leia mais

BOLETIM DOS ACIDENTES DE TRANSPORTES TERRESTRES 001/2018

BOLETIM DOS ACIDENTES DE TRANSPORTES TERRESTRES 001/2018 SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E AMBIENTAL BOLETIM DOS ACIDENTES DE TRANSPORTES TERRESTRES 001/2018 Divisão

Leia mais

Tipologia dos Estabelecimentos de Saúde

Tipologia dos Estabelecimentos de Saúde Tipologia dos Estabelecimentos de Saúde O Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES foi implantado em 29 de dezembro de 2000, através da Portaria SAS n.º 511. O CNES abrange a todos os estabelecimentos

Leia mais

BICICLETAS 2008 BICICLETAS

BICICLETAS 2008 BICICLETAS 008 A topografia quase plana do Distrito Federal favorece trajetos ideais para serem percorridos por ciclistas. O clima da região e o baixo custo de se pedalar são fatores que também contribuem para a

Leia mais

Introdução. Graduada em Serviço Social ESUV/UNIVIÇOSA. 2

Introdução. Graduada em Serviço Social ESUV/UNIVIÇOSA.   2 O ABANDONO DE IDOSOS EM UNIDADE HOSPITALAR: UM ESTUDO SOBRE ESSA REALIDADE NO HOSPITAL SÃO JOÃO BATISTA EM VIÇOSA, MG Gisele Dias de Castro Ribeiro 1, Dayane Citeli Barros 2 Resumo: Ao estudar a população

Leia mais

ATENDIMENTOS POR INTOXICAÇÕES EXÓGENAS NO ESTADO DE SERGIPE

ATENDIMENTOS POR INTOXICAÇÕES EXÓGENAS NO ESTADO DE SERGIPE ATENDIMENTOS POR INTOXICAÇÕES EXÓGENAS NO ESTADO DE SERGIPE Vanessa Oliveira Amorim (DMEL/UFS) Jamylle Souza Rodrigues (DMEL/UFS) Aécio Lindenberg Figueiredo Nascimento (DMEL/UFS) Rayssa Morgana Araújo

Leia mais

1 SUSAN P. Baker et. al. The Injury Fact Book. New York, Oxford University Press, 1992, p. 216.

1 SUSAN P. Baker et. al. The Injury Fact Book. New York, Oxford University Press, 1992, p. 216. Das internações por Acidente de Trânsito investigadas 39,9 referiram-se aos casos em que os pacientes eram ocupantes (condutores ou passageiros) Automóveis, Utilitários ou Caminhonetes, doravante denominados

Leia mais

Informes Epidemiológicos

Informes Epidemiológicos Informes Epidemiológicos Notificação de violências No Brasil, as causas externas (violências e acidentes) representam a terceira causa de morte na população geral e a primeira entre a população entre 1

Leia mais

Diretrizes para elaboração do. Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Análise de Situação de Saúde

Diretrizes para elaboração do. Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Análise de Situação de Saúde Diretrizes para elaboração do Plano de Ação A e Plano da Década D 2011-2020 2020 Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Análise de Situação de Saúde Plano da Década D 2011

Leia mais

Pesquisa Anual de Comércio 2010

Pesquisa Anual de Comércio 2010 Pesquisa Anual de Comércio 2010 28/06/2012 IBGE INFORMA: Pesquisa Anual de Comércio 2010 movimenta cerca de R$ 2 trilhões de receita e ocupa perto de 9,5 milhões de pessoas Pesquisa Anual de Comércio 2010

Leia mais

J. Health Biol Sci. 2016; 4(2):82-87 doi: / jhbs.v4i2.659.p

J. Health Biol Sci. 2016; 4(2):82-87 doi: / jhbs.v4i2.659.p doi:10.12662/2317-3076jhbs.v4i2.659.p82-87.2016 ARTIGO ORIGINAL Análise de tendência da mortalidade por doenças do aparelho circulatório no Rio Grande do Sul, 1998 a 2012 Trend analysis of mortality from

Leia mais

Indicadores de Doença Cardiovascular no Estado do Rio de Janeiro com Relevo para a Insuficiência Cardíaca

Indicadores de Doença Cardiovascular no Estado do Rio de Janeiro com Relevo para a Insuficiência Cardíaca 264 Vol 17 N o 4 6 Artigo de Revisão Indicadores de Doença Cardiovascular no Estado do Rio de Janeiro com Relevo para a Insuficiência Cardíaca Francisco Manes Albanesi Filho Universidade do Estado do Rio

Leia mais

CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DO SUICÍDIO NA MACRORREGIÃO SUL DO ESTADO DE SANTA CATARINA

CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DO SUICÍDIO NA MACRORREGIÃO SUL DO ESTADO DE SANTA CATARINA http://dx.doi.org/10.18616/gcsaude16 CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DO SUICÍDIO NA MACRORREGIÃO SUL DO ESTADO DE SANTA CATARINA Lucas Corrêa Preis Acadêmico do Curso de Enfermagem, Centro Universitário

Leia mais

INTRODUÇÃO FROTA FERIDOS

INTRODUÇÃO FROTA FERIDOS 200 INTRODUÇÃO O ano de 200 foi um ano atípico no que diz respeito ao trânsito. Tanto a frota como o número de acidentes sofreram variações significativas em relação aos demais anos estudados. Com o objetivo

Leia mais

Programa Vida no Trânsito

Programa Vida no Trânsito I Fórum de Medicina de Tráfego do CFM 23/05/209 cheila.lima@saude.gov.br Mortes no tráfego: como reduzir? Programa Vida no Trânsito MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de

Leia mais

A importância do quesito cor na qualificação dos dados epidemiológicos e como instrumento de tomada de decisão em Políticas Públicas de Saúde

A importância do quesito cor na qualificação dos dados epidemiológicos e como instrumento de tomada de decisão em Políticas Públicas de Saúde A importância do quesito cor na qualificação dos dados epidemiológicos e como instrumento de tomada de decisão em Políticas Públicas de Saúde Fernanda Lopes Rio de Janeiro, maio de 2011 O mandato do UNFPA

Leia mais

Por SAÚDE SUPLEMENTAR. Dentro. Edição Setembro/17

Por SAÚDE SUPLEMENTAR. Dentro. Edição Setembro/17 Por Dentro DA SAÚDE SUPLEMENTAR Edição Setembro/17 O mercado de saúde suplementar tinha, em junho/2017, 70 milhões de vínculos: 47,4 milhões de beneficiários nos planos médicos e 22,7 milhões nos planos

Leia mais

Causas de morte em idosos no Brasil *

Causas de morte em idosos no Brasil * Causas de morte em idosos no Brasil * Ana Maria Nogales Vasconcelos Palavras-chave: mortalidade, causas de morte, envelhecimento, transição demográfica e epidemiológica. Resumo Até muito recentemente,

Leia mais

LEVANTAMENTO SOBRE A MORTALIDADE NO TRÂNSITO EM BLUMENAU ( )

LEVANTAMENTO SOBRE A MORTALIDADE NO TRÂNSITO EM BLUMENAU ( ) MOVIMENTO INTERNACIONAL MAIO AMARELO EM BLUMENAU OBSERVATÓRIO MUNICIPAL DE SEGURANÇA VIÁRIA (OMSV) * Licenciado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária 4ª SEMANA MUNDIAL DO PEDESTRE 1ª SEMANA ESTADUAL

Leia mais

Acidentes de trânsito no Brasil: um atlas de sua distribuição

Acidentes de trânsito no Brasil: um atlas de sua distribuição Universidade de São Paulo Biblioteca Digital da Produção Intelectual - BDPI Departamento de Epidemiologia - FSP/HEP Artigos e Materiais de Revistas Científicas - FSP/HEP 2008 Acidentes de trânsito no Brasil:

Leia mais

Adrieli L. Dias dos Santos, Paulo Henrique dos S. Grange, Prof. Renato M. Picoli Prof.ª Gabriela S. Assis, Prof. Dr. André L.

Adrieli L. Dias dos Santos, Paulo Henrique dos S. Grange, Prof. Renato M. Picoli Prof.ª Gabriela S. Assis, Prof. Dr. André L. No boletim anterior (novembro/2017) foi tratado de recursos físicos da Região de Ribeirão Preto, levantando em estudo os números e categorias de leitos existentes, foi observado acesso à saúde suplementar

Leia mais

MEDIDAS DE FREQUÊNCIA DE EVENTOS Aula 6

MEDIDAS DE FREQUÊNCIA DE EVENTOS Aula 6 MEDIDAS DE FREQUÊNCIA DE EVENTOS Aula 6 MEDIDA DA OCORRÊNCIA DE EVENTOS COMO DOENÇAS, AGRAVOS À SAÚDE (ACIDENTES, VIOLÊNCIAS) E MORTES. Exemplo: número de pessoas que apresentaram uma dada doença num certo

Leia mais

Gastos hospitalares com crianças e adolescentes vítimas de violência, no Estado de Pernambuco, Brasil, em 1999

Gastos hospitalares com crianças e adolescentes vítimas de violência, no Estado de Pernambuco, Brasil, em 1999 ARTIGO ARTICLE 1577 Gastos hospitalares com crianças e adolescentes vítimas de violência, no Estado de Pernambuco, Brasil, em 1999 Hospital costs due to violence against children and adolescents in Pernambuco

Leia mais

VITIMIZAÇÃO INFANTO-JUVENIL: ESTUDO DAS INCIDÊNCIAS EM DIFERENTES PERÍODOS.

VITIMIZAÇÃO INFANTO-JUVENIL: ESTUDO DAS INCIDÊNCIAS EM DIFERENTES PERÍODOS. VITIMIZAÇÃO INFANTO-JUVENIL: ESTUDO DAS INCIDÊNCIAS EM DIFERENTES PERÍODOS. Thyana Cordeiro Lopes ; Maria Conceição Oliveira Costa. Bolsista CNPq, Graduanda em Educação Física, Universidade Estadual de

Leia mais

ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DA COMUNIDADE. Etapas. Delimitação 11/4/2012. Diagnóstico de Saúde da Comunidade. Informações Gerais sobre a Área

ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DA COMUNIDADE. Etapas. Delimitação 11/4/2012. Diagnóstico de Saúde da Comunidade. Informações Gerais sobre a Área ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DA COMUNIDADE Diagnóstico de da Comunidade Faculdade de Pública Zilda Pereira da Silva 2012 Delimitação São muitos os aspectos e alternativas a considerar na elaboração de

Leia mais

A idade média ao óbito foi de 73,1 anos para os tumores malignos e 81,1 para as doenças do aparelho circulatório

A idade média ao óbito foi de 73,1 anos para os tumores malignos e 81,1 para as doenças do aparelho circulatório Causas de Morte 2016 22 de maio de 2018 A idade média ao óbito foi de 73,1 anos para os tumores malignos e 81,1 para as doenças do aparelho circulatório Em 2016 registaram-se 110 970 óbitos no país. As

Leia mais

QUANTOS ADOECEM E MORREM?

QUANTOS ADOECEM E MORREM? QUANTOS ADOECEM E MORREM? Medidas de frequência de doenças Razão, proporções, índice. Indicadores epidemiológicos de morbidade: Conceitos e exemplos de incidência e prevalência. O Enfoque epidemiológico

Leia mais