Direito Administrativo

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1 AULA 5 Direito Administrativo Profª Tatiana Marcello

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3 Direito Administrativo AULA 05 Olá, queridos alunos! Iniciando mais uma aulinha de Direito Administrativo para vocês gabaritarem a prova do MPU!! Na nossa última aula fizemos uma revisão sobre a nossa Lei n 8.112/90, o Regime Jurídico Único de vocês, além de resolver um monte de questões, correto?! Na aula de hoje, iremos continuar com o tema de Agentes Públicos. Já vimos uma boa parte dos conteúdos do edital de vocês. Todos os itens em verde foram os itens á vistos até agora: concurseiro.vip 3

4 CONCEITOS INTRODUTÓRIOS Inicialmente, vamos relembrar daquela introdução que vimos na primeira aula! Temos a Administração Pública, que é dividida em Administração Direta e Indireta. A nossa constituição federal diz que a administração direta, autárquica e fundacional devem ter um regime jurídico único, que é o REGIME ESTATUTÁRIO. Já as empresas públicas e sociedades de economia mista são regidas pela CLT, possuem o regime celetista. Lembram?! Essa parte é importante para poder darmos seguimento nos conteúdos!! Agora veremos um pouco sobre os princípios. 4 concurseiro.vip

5 MPU VIP Direito Administrativo Profª Tatiana Marcello Princípios Constitucionais aplicáveis à Administração Pública Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Tratam-se dos princípios expressamente trazidos pela CF/88, considerando que há outros princípios aplicáveis. Esses são os princípios básicos, observados pela administração pública direta ou indireta, de qualquer um dos Poderes de todas as esferas (federal, estadual e municipal) Para memorizá-los, usa-se o macete do LIMPE : O Caput do artigo 37 da nossa CF é de extrema importância para resolvermos questões de provas. Normalmente ele vem expresso nos enunciados, por isso precisamos saber ele de cor e salteado, ok?! 1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE A administração pública só pode agir quando houver lei que determine ou autorize sua atuação. Assim, a eficácia da atividade da administração pública está condicionada ao que a lei permite ou determina. A administração pública tem que agir conforme a lei, Existe o princípio da legalidade aplicado a todos nós particulares e existe o princípio aplicável à administração pública (eles têm sentidos diferentes). -> Para o os particulares: significa que podem fazer tudo o que a lei não proíba ; -> Para a administração pública: significa que o administrador só pode fazer o que a lei autorize ou determine. Por exemplo: Eu, Tatiana Marcello, particular, posso dar R$ 100,00 para minha amiga Mariana de livre e espontânea vontade. Sim, pois não há nenhuma lei que proíba eu de fazer isso. Agora eu, Tatiana Marcello, autoridade pública, NÃO POSSO DAR R$ 100,00 dos cofres públicos pois só posso fazer aquilo que a lei me autoriza a fazer. concurseiro.vip 5

6 Esse princípio é o que melhor caracteriza o Estado de Direito, pois o administrador público não pode agir de acordo com sua própria vontade e sim de acordo com o interesse do povo, titular do poder. Como, em última instância, as leis são feitas pelo povo, através de seus representantes, pressupõe-se que estão de acordo com o interesse público. 2. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE O administrador público deve ser impessoal, tendo sempre como finalidade a satisfação do interesse público, não podendo beneficiar nem prejudicar a si ou determinada pessoa. É o princípio que diz que a atuação da administração pública é feita pra nós e nunca pra mim. O administrador público sempre deve agir em busca do interesse público e nunca o pessoal. Esse princípio é visto sob dois aspectos: a) como determinante da finalidade de toda atuação administrativa inevitavelmente, determinados atos podem ter por consequência benefícios ou prejuízos a alguém, porém, a atuação do administrador deve visar ao interesse público, sob pena de tal ato ser considerado nulo por desvio de finalidade; O administrador não pode usar a administração para interesses pessoais. Ao agir, a administração pode beneficiar alguns e prejudicar outros, desde que a intenção seja em prol da sociedade como um todo, ok. Como exemplo, vamos imaginar que a administração quer aumentar a rua na frente da sua casa, seu condomínio. Para isso, o Estado vai precisar desapropriar os condomínios de um lado da calçada, já que precisará aumentar a rua. Nesse caso, o Estado está agindo em prol da sociedade, já que a rua precisa ser aumentada e, com isso, acaba prejudicando os moradores do condomínio que precisa ser desapropriado. Vai ser um bem coletivo, já que vai aumentar a rua, aumentar o fluxo naquela avenida e, ao mesmo tempo, os moradores que irão sair poderão se sentir prejudicados, mesmo recebendo uma indenização para isso. Por outro lado, caso eu, governadora, queira aumentar a rua em benefício pessoal, é vedado. Se eu quiser aumentar a rua para desapropriar meu inimigo que mora do outro lado da calçada ou queira aumentar porque minha mãe tem um mercado do outro lado da rua e, com o aumento do fluxo na avenida, o mercado irá ter mais visitas, eu estarei ferindo o princípio da impessoalidade. b) como vedação a que o agente público valha-se das atividades desenvolvidas pela administração para obter benefício ou promoção pessoal é vedado a promoção pessoal do agente público pela sua atuação como administrador. Ex.: imposição de concurso. O concurso foi criado por causa do princípio da impessoalidade. Se não houvesse concurso público, as pessoas que trabalhariam na administração seriam somente indicações dos governantes, ou seja, seria totalmente pessoa. Da mesma forma que precisa ser feito licitação para as compras no serviço público. 6 concurseiro.vip

7 MPU VIP Direito Administrativo Profª Tatiana Marcello 3. PRINCÍPIO DA MORALIDADE A moral administrativa está ligada à ideia de ética, probidade e de boa-fé. Não basta que a atuação do administrador público seja legal, precisa ser moral também, já que nem tudo que é legal é honesto. Esse é o princípio mais fácil nas questões. Sempre que falar em boa-fé, probidade, ética, é sobre o princípio da moralidade. Ato contrário a moral não é apenas inoportuno ou inconveniente, é considerado nulo, mesmo que não tenha havido intenção do agente. 4. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE Esse princípio também é visto sob dois aspectos: a) exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos atos administrativos gerais que devam produzir efeitos externos ou onerem o patrimônio público enquanto não for publicado, o ato não pode produzir efeitos; os atos que devam produzir efeitos externos ou onerar a administração precisam ser publicados em órgão oficial para que tenham eficácia. O ato só vai ter eficácia quando ele efetivamente publicado. b) exigência de transparência da atuação administrativa finalidade de possibilitar, de forma mais ampla possível, controle da administração pública pelo povo. As coisas precisam ser publicadas para que seja transparente. Esse princípio não é absoluto, pois há de serem respeitadas as informações protegidas por sigilo e que digam respeito fatos ou atos protegidos pelos direitos relacionados à intimidade e a privacidade. 5. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA O princípio da eficiência foi inserido o caput do art. 37 através da EC 19/1998. Visa a atingir os objetivos de boa prestação dos serviços, de modo mais simples, rápido e econômico, melhorando a relação custo/benefício da atividade da administração pública. Esse princípio veio tentar fazer com que a atuação da administração pública seja mais eficiente, seja mais útil, tenha uma relação custo-benefício e que tudo seja bem planejado para que tenhamos eficiência. A administração pública é muito parecida com uma empresa, e é da mesma forma que o servidor é cobrado. O servidor precisa ser eficiente no seu trabalho. O administrador deve ter planejamento, procurando a melhor solução para atingir a finalidade e interesse público do ato. O princípio não constava na nossa Constituição Federal até 1988, quando foi inserido através da EC 19/1988. concurseiro.vip 7

8 Esse princípio, porém, não tem um caráter absoluto, já que não é possível afastar os outros princípios da administração sob o argumento de dar maior eficiência ao ato. Por exemplo, não se pode afastar as etapas legais (princípio da legalidade) de um procedimento licitatório a fim de ter maior eficiência. Agora, vamos analisar algumas questões sobre esses assuntos: (CESPE) A respeito dos princípios administrativos, julgue os próximos itens. O art. 37, caput, da Constituição Federal indica expressamente à administração pública direta e indireta princípios a serem seguidos, a saber: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, entre outros princípios não elencados no referido artigo. (X) CERTO ( ) ERRADO (CESPE) Julgue os itens que se seguem, acerca da administração pública. Em decorrência do princípio da impessoalidade, as realizações administrativo-governamentais são imputadas ao ente público e não ao agente político. (X) CERTO ( ) ERRADO (CESPE) No que concerne aos princípios fundamentais, julgue os itens subsecutivos. A aplicação do princípio da legalidade não distingue o particular do administrador público. ( ) CERTO (x) ERRADO Lembrem-se que o particular pode fazer tudo que a lei não proíbe e o administrador público só pode fazer o que está previsto na Lei. (CESPE/2015) O princípio da eficiência está previsto no texto constitucional de forma explícita. (X) CERTO ( ) ERRADO Até 1988 não estava; depois disso sim! (CESPE/2015/AUDITOR-TCU) O princípio da eficiência, considerado um dos princípios inerentes à administração pública, não consta expressamente na CF. 8 concurseiro.vip

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10 (CESPE/TRE-MA) São servidores públicos, em sentido amplo, as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às entidades da administração indireta, com vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos cofres públicos. Assinale a opção incorreta a respeito aos servidores públicos. a) A noção de servidor público compreende os servidores estatutários, os empregados públicos e os servidores temporários. b) Os servidores estatutários sujeitam-se ao regime estatutário e ocupam cargos públicos. c) Os empregados públicos são contratados sob o regime da legislação trabalhista e ocupam empregos públicos. d) Os empregados públicos não dependem de aprovação prévia em concurso público para investidura no cargo. e) Os servidores temporários são contratados por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. Agentes Públicos na Constituição Federal Cargos, empregos e funções públicas (Como já sabemos as definições principais de cargo e emprego e função pública, vai ficar fácil de entender o resto.) São acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei (não no edital!), assim como aos estrangeiros, na forma da lei. (Obs.: Lei 8.112/90, art. 5º, 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei). Cargo em Comissão e Função de Confiança As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. É importante a leitura da lei pois as vezes o artigo pode nos pregar peças. Lembra quando falei que cargo em comissão pode ser ocupado por qualquer um de fora ou por um servidor efetivo. Função de confiança é apenas para servidor ocupante de cargo efetivo. A leitura do artigo é fundamental, pois é ele que vai aparecer na hora da sua prova. Lembrando o que já vimos antes, o cargo público pode ser EFETIVO ou em COMISSÃO. O cargo EFETIVO se dá mediante concurso público e gera estabilidade para o servidor. Já o cargo em COMISSÃO é de livre nomeação e exoneração e se dá para os cargos de DIREÇÃO, CHEFIA E ASSESSORAMENTO, sem a garantia de estabilidade. Lembre-se que o CARGO EM COMISSÃO não é necessariamente para SERVIDOR EFETIVO. Pode ser por qualquer pessoa física. 10 concurseiro.vip

11 MPU VIP Direito Administrativo Profª Tatiana Marcello Exigência de concurso público A regra é que a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Para ser investido em cargo público efetivo eu preciso passar por um concurso público. Para uma função pública ou servidor temporário eu não tenho essa exigência. A ressalva do concurso público se dá para o CARGO EM COMISSÃO. Esse não precisa. concurseiro.vip 11

12 Relembrando nosso esquema abaixo, que mostra a diferença entre servidor público e empregado público. Vamos ver como a banca pode cobrar esses assuntos: (CESPE MPU 2015) Acerca do regime jurídico dos servidores públicos, julgue os itens subsequentes. O servidor ocupante de cargo em comissão pode ser exonerado a qualquer momento, independentemente de motivação. (X) CERTO ( ) ERRADO (CESPE STJ 2018) A investidura em cargo, emprego ou função pública exige a prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos, na forma prevista em lei. Função não precisa, né?! (CESPE) Tendo em vista que a nacionalidade é um dos requisitos para investidura em cargos públicos, é correto afirmar que estrangeiro não pode exercer qualquer atividade de natureza pública. (CESPE) Julgue os itens subsequentes, relativos a agentes públicos. Os cargos em comissão e as funções de confiança relacionam-se exclusivamente às atribuições de direção, chefia e assessoramento. 12 concurseiro.vip

13 MPU VIP Direito Administrativo Profª Tatiana Marcello (X) CERTO ( ) ERRADO (CESPE) Acerca das disposições referentes à administração pública, às competências constitucionais dos entes federados e ao Poder Judiciário, julgue os itens a seguir. Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis apenas a brasileiros natos e naturalizados que preencham os requisitos estabelecidos em lei. (CESPE) No que concerne ao regime jurídico dos servidores públicos civis, julgue os seguintes itens. É obrigatória a realização de concurso público para provimento de cargo efetivo na administração direta ou indireta. (X) CERTO ( ) ERRADO (CESPE) Acerca da disciplina do funcionalismo público no Brasil, julgue os itens subsequentes no que tange à disciplina constitucional. Apenas por meio de prévia aprovação em concurso de provas ou de provas e títulos, poderá o cidadão brasileiro ter acesso aos cargos e empregos públicos. Prazo de validade do concurso O prazo de validade do concurso público será de até 2 anos, prorrogável 1 vez, por igual período. Atentar para o ATÉ! As bancas costumam não colocar até para ver se engana o pessoal, mas vocês não vão cair nessa, né?! Outro detalhe mais importante é a prorrogação, que é permitida uma única vez, por igual período. Ou seja, se o concurso teve o prazo de validade de UM ANO, ele pode ser prorrogado por mais UM ANO. concurseiro.vip 13

14 Prioridade de nomeação Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira. Obs.: STF Candidato aprovado no concurso público dentro do número de vagas indicado no edital tem direito subjetivo à nomeação, dentro do prazo de validade do concurso. Se eu passar na classificação 50, por exemplo, num concurso com 100 vagas, a administração pública tem obrigação de me chamar. Agora quem passou em 101 não tem esse direito, já que é mera expectativa de direito. Por isso que a maioria dos concursos, hoje, faz somente concurso para cadastro reserva, para não ter essa obrigação de chamar todos os aprovados no número de vagas, já que não terá uma previsão de vagas. Obs.: Lei 8.112/90, art. 12, 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado. A CF não veda a abertura de novo concurso público. Eu posso até abrir um novo, mas os aprovados no concurso anterior tem PRIORIDADE com relação aos aprovados no novo concurso. Vamos ver como as questões podem perguntar isso: (CESPE MPU 2013) Julgue os próximos itens, com base no que dispõe a CF acerca da administração pública e da União. É vedada a realização de novo concurso público para o mesmo cargo ou emprego público durante o período de validade de concurso anteriormente realizado. (CESPE) No que se refere aos princípios e conceitos da administração pública e aos servidores públicos, julgue os próximos itens. O prazo de validade de concurso público é de até dois anos, podendo ele ser prorrogado enquanto houver candidatos aprovados no cadastro de reserva. Direito à livre associação sindical É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical. Os militares NÃO têm associação sindical. Direito de greve O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; porém, ainda não há regulamentação legal, o que fez com que o STF decidisse pela aplicação da lei que regulamenta o direito de greve do empregado na iniciativa privada (Lei nº 7783/89). 14 concurseiro.vip

15 MPU VIP Direito Administrativo Profª Tatiana Marcello Assim, como ainda não temos uma lei específica para regulamentar a greve dos servidores públicos, utiliza-se a lei dos empregados de iniciativa privada. Obs.: Essas duas regras são aplicáveis apenas ao servidores públicos civis, já que a CF veda a aplicação aos militares (art. 142, 3º, IV, CF). (CESPE/2015) A respeito da organização político-administrativa do Estado e da administração pública, julgue os próximos itens. O texto constitucional é silente em relação ao direito de greve dos servidores públicos. (CESPE/2016) Com base no disposto na CF acerca da defesa do Estado e das instituições democráticas e da segurança pública, assinale a opção correta. Incluído na categoria dos servidores públicos, o militar tem o direito de greve assegurado. Reserva de percentual aos portadores de deficiência A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão. Obs.: Segundo o STF, mesmo em concursos como de Polícia, é obrigatória a reserva de vagas para portadores de deficiência, porém, os exames de aptidão indicarão se a deficiência é compatível ou não com as atribuições do cargo. Obs.: Lei 8.112/90, art. 5, 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% das vagas oferecidas no concurso. Todo concurso é obrigado a ter essa % de reserva. (CESGRANRIO/2014) Um dos grandes temas tratados na Constituição Federal é o do acesso facilitado aos cargos públicos. Dentre as inovações constantes da Constituição Federal em vigor, encontra-se a possibilidade de a lei estabelecer percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas A. menores de dezoito anos B. estrangeiras em situação de risco C. consideradas de menor rendimento econômico D. portadoras de deficiência E. moradoras em locais considerados perigosos concurseiro.vip 15

16 Servidor Temporário A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. Trata-se do servidor contratado por tempo determinado, que exercerá uma função pública. Ele não tem cargo nem emprego, somente essa função pública. (CESPE MPU 2013) A respeito dos agentes públicos, julgue os próximos itens. Admite-se a realização, pela administração pública, de processo seletivo simplificado para contratar profissionais por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. (X) CERTO ( ) ERRADO Fixação e revisão geral da remuneração A remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices. No setor público, não adianta o servidor pedir aumento, pois é a LEI que define o valor que o servidor vai ganhar e, para aumentar esse valor, somente através de lei. Subsídio 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. Juiz de Direito, o senador, o ministro da agricultura, secretário da saúde, da segurança, são exemplos de servidores que recebem subsídio. Eles não recebem ACRÉSCIMOS remuneratórios, com exceção das verbas indenizatórias. É permitido o acréscimo de verba indenizatória (diárias, alimentação, transporte, etc). É só para ressarcir o valor que está gastando. 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do 4º. Obs.: art. 144, 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do 4º do art. 39. Os servidores policiais também recebem obrigatoriamente por subsídio. 16 concurseiro.vip

17 MPU VIP Direito Administrativo Profª Tatiana Marcello (CESPE MPU 2013) Julgue o item a seguir, relativo aos servidores públicos. A CF, ao indicar o rol de agentes públicos remunerados por subsídio, veda que a remuneração de servidores organizados em carreira seja fixada por meio dessa espécie remuneratória. (CESPE/2016) Com base no disposto na CF acerca da defesa do Estado e das instituições democráticas e da segurança pública, assinale. A remuneração de servidor policial integrante da polícia civil será fixada por vencimento, sendo permitido o acréscimo de gratificação e adicionais. Teto remuneratório Agentes públicos não podem receber remuneração maior do que o subsídio mensal pago aos Ministros do Supremo Tribunal Federal (é o chamado teto absoluto). Há também o chamado subteto: I II nos Municípios, nenhum servidor poderá ganhar mais do que o prefeito; nos Estados e Distrito Federal, se Poder Executivo, nenhum servidor pode ganhar mais do que o Governador, se Poder Legislativo, nenhum servidor pode ganhar mais do que os Deputados Estaduais ou Distritais, se Poder Judiciário, nenhum servidor pode ganhar mais do que os Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça. Obs.: Não serão computadas, para efeito desses limites remuneratórios, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. Por isso vemos contracheques além do teto, pois as verbas indenizatórias (diárias, auxílio moradia, etc). Abaixo, coloquei um esquema para vocês memorizarem melhor os subtetos. concurseiro.vip 17

18 Agora, vamos para as questões: (INSS 2016) Julgue os itens que se seguem, acerca da administração pública. No cômputo do limite remuneratório (chamado de teto constitucional), devem ser consideradas todas as parcelas percebidas pelo agente público, incluídas as de caráter indenizatório. (CESPE) No que diz respeito aos servidores públicos segundo disposições da CF, julgue os itens subsequentes. Os subsídios e as remunerações dos servidores públicos federais, incluídas as verbas de qualquer natureza, mesmo indenizatórias, não podem exceder o subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). ( ) CERTO ( ) ERRADO Paridade de Vencimentos Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. Essa regra é para cargos equivalentes entre os 3 poderes. Em se tratando dos poderes, existe essa paridade. Quando eu tenho o mesmo cargo para os 3 poderes, a remuneração deles deve ser o mesmo valor. Essa regra foi criada para evitar que o pessoal do Judiciário e do Legislativo ganhem mais do que os do Executivo. Essa regra vale somente para cargos iguais, não posso fazer entre juízes, por exemplo, já que não tenho juiz no legislativo e executivo. Vedação à vinculação e equiparação de remuneração É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; Não confunda com a paridade. Nesse caso, o servidor não pode entrar na justiça, por exemplo, para pedir equiparação salarial com o servidor que tem um CARGO diferente mas exerce praticamente as mesmas funções, pois a remuneração dos servidores é definida por LEI. 18 concurseiro.vip

19 MPU VIP Direito Administrativo Profª Tatiana Marcello Irredutibilidade de vencimentos e subsídios Em regra, o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, respeitando-se o teto. Caso o servidor já receba o teto e receba alguma gratificação remuneratória, eles vão diminuir para caber no teto, ou seja, o servidor não vai receber acima do teto. Acréscimos Pecuniários Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores. Acumulação de cargos públicos Em regra, a Constituição Federal VEDA a acumulação de cargos públicos. O servidor pode exercer atribuições em empresas privadas, com exceção dos casos de dedicação exclusiva; e ele não pode exercer se for incompatível, como por exemplo ser fiscal da Receita Federal e prestar assessoria para uma empresa privada que ele fiscaliza. Ou então ser o responsável pelas questões do concurso do MPU e ministrar aulas para o concurso do MPU. A vedação se dá também quando existe incompatibilidade de horários (trabalho no TJ das 8h às 18h e eu atendo no escritório privado em que trabalho das 12h às 19h). É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, bem como de empregos e funções; porém é permitida a acumulação, excepcionalmente, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI (teto): a) a de 2 cargos de professor (professor estadual + professor municipal, por exemplo); b) a de 1 cargo de professor com 1 técnico ou científico; (técnico é nível superior) c) a de 2 cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. Obs.: é permitida a acumulação também no caso de vereador + 1 cargo, emprego ou função. Dessa acumulação permitida na CF, precisa existir compatibilidade de horários. O servidor precisa conseguir realizar as duas funções. Por isso, a jurisprudência traz o limite de 60 horas semanais para a acumulação de cargos. Mais do que isso, a pessoa até pode conseguir, mas pode prejudicar a eficiência do trabalho. O teto, no caso de acumulação, é individual. Eu tenho que obedecer o teto, mas em cada cargo. A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. concurseiro.vip 19

20 Acumulação lícita: PROFESSOR + PROFESSOR PROFESSOR + CIENTISTA MÉDICO + MÉDICO Para que a acumulação seja LÍCITA, deve haver COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS e obedecer o TETO individual de remuneração. Agora, vamos ver algumas questões: (CESPE MPU 2013) A respeito dos agentes públicos, julgue os próximos itens. É permitida a acumulação remunerada de cargo de professor de universidade pública estadual com o de procurador da República, ainda que não haja compatibilidade de horários. (CESPE STJ 2018) A acumulação remunerada de cargos públicos é vedada, exceto quando houver compatibilidade de horários, caso em que será possível, por exemplo, acumular até três cargos de profissionais de saúde. (CESPE/2015) No que se refere aos princípios e conceitos da administração pública e aos servidores públicos, julgue os próximos itens. A vedação ao acúmulo remunerado de cargos, empregos ou funções públicas não se estende aos empregados das sociedades de economia mista. ( ) CERTO (X ) ERRADO 20 concurseiro.vip

21 MPU VIP Direito Administrativo Profª Tatiana Marcello (CESPE ) Com relação à possibilidade de acumulação de cargos públicos, assinale a opção correta. a) Mesmo havendo compatibilidade de horários, o servidor público da administração direta que passar a exercer mandato de vereador ficará afastado do cargo. b) Não é possível a acumulação remunerada de cargos públicos, sendo a cumulação permitida apenas se o serviço for prestado ao Estado de forma gratuita. c) É possível a acumulação remunerada de um cargo público de professor com cargo técnico ou científico, não havendo limite remuneratório mensal, sob pena de violação do direito à irredutibilidade salarial. d) É possível a acumulação remunerada de dois cargos públicos de professor, independentemente de compatibilidade de horários. e) A proibição de acumular se estende a empregos e funções públicas e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. (CESPE) No que se refere aos princípios e conceitos da administração pública e aos servidores públicos, julgue os próximos itens. A vedação ao acúmulo remunerado de cargos, empregos ou funções públicas não se estende aos empregados das sociedades de economia mista. (CESPE) Julgue os próximos itens, referentes a cargos públicos, empregos públicos e responsabilidade civil do servidor. A proibição de acumular cargos públicos alcança todos os órgãos da administração direta, autárquica e fundacional, não se estendendo apenas aos empregos situados nas empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias, cujo pessoal está submetido a regime jurídico de direito privado. Essa questão é bem polêmica. Acumulação de proventos de aposentadoria + remuneração de cargo É vedada a percepção simultânea dea vedação ao acúmulo remunerado de cargos, empregos ou funções públicas não se estende aos empregados das sociedades de economia mista. (art. 40, art. 42 e 142, CF) com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. A lei proíbe que eu, servidora, me aposente pelo regime próprio do servidor (administração segue me pagando por proventos), e faça um novo concurso para receber cumulativamente a remuneração do novo cargo. Regra: vedada a acumulação concurseiro.vip 21

22 Exceção: a) cargos acumuláveis na atividade (quando já tenho dois cargos acumuláveis e me aposento em um deles, essa acumulação de provento + remuneração é válida); b) cargo em comissão (posso assumir um CC depois de aposentado); c) cargo eletivo (cargos políticos posso receber provento + subsídio). Por enquanto é só! Na próxima aula continuaremos um pouco mais! Não se esqueçam de revisar a matéria e fazer muitas questões na Casa das Questões! Bons estudos!! 22 concurseiro.vip