* Nascimento: 22/01/39

Transcrição

1 História de Antônio Vicente Ceretta * Nascimento: 22/01/39 Falecimento: 09/10/11 Antônio Vicente Ceretta, filho de Augusto Ceretta e Paulina Puntel Ceretta, teve seis irmãos, são eles: Maria, Ivo, Celestino, José, Eliseu (In memoriam) e Pio Antônio (In memoriam). Nasceu em Sobradinho em 1939, teve uma infância rígida e pobre, devido a uma época difícil. Suas brincadeiras preferidas com seus irmãos e amigos era deslizar em tábuas nos morros. Na escola sempre foi um bom aluno, se dava bem com os colegas e professores, o pai dele era professor e exigia dos filhos muita dedicação. Antônio tinha muito conhecimento, gostava de ler e aprender sempre mais. Entrou para o seminário onde ficou por algum tempo e aprendeu um pouco de latim, alemão e italiano. Naquela época a exigência e a rigidez das escolas e seminários eram muito grandes. Quando criança Antônio costumava caminhar quatro quilômetros pra ir à missa, e foram nessas caminhadas que ele e Renilda, a qual já conhecia desde criança, começaram a conversar. Ele era quatro anos mais velho que ela. Com o tempo, entre conversas e brincadeiras, eles se apaixonaram e começaram a namorar, fazendo com que Antônio abandonasse o seminário para ficar com ela. Então ele fez o segundo grau e desistiu de se converter e ser padre.

2 Depois de algum tempo, Antônio pediu Renilda em casamento. Depois de casados foram morar em Passa Sete, onde ficaram por algum tempo. Mais tarde foram morar em Campestre/Sobradinho, mas saíram de lá devido ao clima frio e úmido da região, pois a primeira filha do casal não estava se adaptando, e vieram para Santa Cruz do Sul. Antônio e Renilda viveram muitos momentos especiais, como o nascimento das duas filhas, Marli e Enilda, e dos netos: Jéferson e Eduardo. E quase cinquenta anos de um casamento maravilhoso, sempre superando todas as dificuldades e obstáculos.

3 Quando jovem, Antônio quis seguir muitas profissões, desde padre a agricultor, que foi por um tempo; e depois pintor de móveis, esta última foi a profissão que exerceu por mais tempo. Seus sonhos eram ter um orquidário e conhecer a praia, mas nunca conseguiu realiza-los. De qualquer forma cultivar orquídeas e cuidar da horta era seus hobbies. Um dos maiores obstáculos ultrapassados foi quando ainda moravam em Passa Sete e Antônio teve que ir para Candelária pegar um empréstimo, e ficou sem ter como voltar. Era uma noite fria, e ele teve de caminhar de Candelária até Passa Sete. Chegou em casa com muito frio e com muita dor no corpo. Foi depois disso que Antônio começou a sentir uma grande dor nos joelhos. O problema nos joelhos o acompanhou por anos, e foi piorando drasticamente, levando Antônio, alguns anos mais tarde, a fazer uma cirurgia em um dos joelhos. A cirurgia infeccionou, mas os fortes medicamentos que tomou lhe ajudaram. Porém, algum tempo depois teve de operar o outro joelho, e por descuidos médicos e falta de cuidados do hospital, Antônio teve uma nova infecção, mas desta vez os medicamentos fortes não ajudaram. Antônio sofreu muito e a família sofreu com ele, sempre fazendo o possível para ajudalo, lutando contra a infecção e também contra os reumatismos e o mal de Parkinson que assombravam Antônio.

4 Ele era muito religioso, sempre frequentou a igreja. Quando veio para Santa Cruz passou a ajudar nos cuidados com a igreja da comunidade, na qual construiu o sacrário e fazia pinturas sempre que necessário. Também gostava de assistir jogos de futebol na televisão e sair de carro para conhecer novos lugares, além de ser apaixonado pelo trabalho. Fazia de tudo, sempre com vontade de trabalhar, era dedicado à horta e às orquídeas. Mesmo doente ia capinar na lavoura sentado em uma cadeira. Era bem extrovertido e brincalhão, e adorava contar piadas. Também brincava muito com os netos. Antônio era muito carinhoso com a família. Dava o exemplo, pois sabia se desculpar e pedir perdão com muita humildade. Sempre ajudava prontamente quem precisasse. Seus melhores amigos eram sua família, e também se dava muito bem com os vizinhos. Antônio morou em Santa Cruz do Sul por 47 anos. Ensinou tudo à família, principalmente a manter sempre honestidade e integridade de caráter. A viver e a conviver uns com os outros sempre em harmonia, sempre honrando a família, a justiça e a sabedoria. Infelizmente, aos 72 anos de idade Antônio se foi. A cirurgia no joelho levou à septicemia, uma infecção generalizada que o deixou debilitado, levando-o gradativamente ao fim de sua vida. Fica com a família o sentimento de gratidão por todos os ensinamentos e todos os momentos especiais que

5 Antônio lhes proporcionou. Fica a lembrança do homem bom, justo, sábio e íntegro que Antônio foi, e que se mantém imortalizado na memória da esposa, das filhas e dos netos.