* Nascimento: 17/09/1960

Transcrição

1 Egomar Aloísio Genz * Nascimento: 17/09/1960 Falecimento: 15/09/2005 Viver ao lado de pessoas generosas é muito bom. Aumenta não só a sensação de segurança, mas também o sentimento de solidariedade, de amor e de felicidade. Quem teve a sorte de conviver com Egomar - o protagonista da história - viveu sentimentos e momentos maravilhosos ao seu lado. Quem nos conta a historia é a viúva Cristiane da Silva Cardoso. Egomar nasceu no dia 17 de setembro de 1960 em São Martinho, um distrito situado ao norte de Santa Cruz do Sul. Filho de Pedro Paulo Genz e Erica Genz viveu sua infância com dificuldades e batalhas ao lado dos pais. Foi uma pessoa importante na vida de todos que o cercavam. Um homem amigo, companheiro, bom padrinho e sempre disposto a ajudar a quem precisasse. Colorado fanático, não perdia nenhum jogo do time do coração. Quando criança, Egomar perdeu a irmã caçula e por isso nunca falou muitos detalhes da infância. Aos seis anos de idade, foi morar em Porto Alegre com os pais buscando melhores condições de vida. Lá

2 ajudava os pais em serviços gerais na APAMESI (Associação de Pais e Mestres do Colégio Santa Inês). Estudou até a oitava série, era um ótimo aluno e parou de estudar para se dedicar ao exercito. Um dos seus sonhos era seguir carreira como militar, mas não conseguiu e ficou apenas um ano no quartel como soldado. Egomar com os pais. Aos 29 anos Egomar conheceu em Porto Alegre uma jovem de 15 anos através dos irmãos dela. Apaixonaram-se assim que se conheceram. Em abril de 1990 noivaram e em junho do mesmo ano se casaram. Egomar ensinou tudo à Cristiane, já que ela era mais nova e tinha menos experiência de vida do que ele. Ele fazia tudo muito bem, a culinária era uma das suas especialidades, tendo como prato favorito um bom macarrão. Cristiane aprendeu a cozinhar, cuidar da casa e tudo sobre a vida com ele. Sempre foram um casal unido e feliz.

3 Egomar e Cristiane no dia do casamento. Egomar não teve filhos por opção, dizia que queria ter filhos só se eles já nascessem com 18 anos. Mas adorava crianças, era um padrinho muito presente e sempre que podia brincava e participava da vida dos afilhados e do primo mais novo, que também era muito especial para ele. Egomar com o primo.

4 Egomar adorava também animais, tinha vários cachorros e gatos em casa. Mas o seu hobby mesmo era pescar, sempre que podia saía com os primos Luiz e Luciano para pegar alguns peixes, isso lhe trazia muita alegria. Egomar em um de seus dias de pesca. Depois de morar 30 anos em Porto Alegre, Egomar e Cristiane voltaram para Santa Cruz do Sul, onde Egomar começou a trabalhar como fardador de fumo na empresa Alliance One, sempre tendo como objetivo a compra do terreno para construir sua casa própria e foi com muito esforço e dedicação que conseguiu realizar seu sonho. Egomar teve uma vida tranquila, de muitas lutas e conquistas, foi uma ótima pessoa a todos, nunca se envolveu em brigas e sempre que podia estendia a mão para ajudar o próximo. Dois dias antes de seu aniversário, já empolgado com os preparativos de seus 45 anos, Egomar foi surpreendido com um assalto,

5 onde levou um tiro na cabeça. Um dia normal, onde ninguém esperava que uma tragédia acontecesse. Quando alguma pessoa está doente, automaticamente já pensa no dia da morte e no que fazer nos últimos momentos de vida, mas e quando está tudo bem? A pessoa vive sua vida saudável, e surpreende a todos com uma morte repentina... O que fazer? Se você tivesse a oportunidade de saber o dia da sua morte, o que será que iria fazer? O que diria para cada familiar? Qual sentimento expressaria? Será que saberia o que dizer? Gostaria de ter escrito algo? Viveria com mais intensidade? Egomar mostrava seu amor todos os dias para as pessoas que ele amava e quando amamos verdadeiramente e expressamos o que há em nosso coração, não há necessidade de temer a morte, afinal, somente teme a morte aquele que não vive verdadeiramente e intensamente. Por isso, devemos expressar agora nossas emoções, não precisa esperar a morte chegar. Quando tomamos consciência que um dia iremos partir, fazemos o possível para que nossa jornada seja inesquecível. Se há algum conforto na morte de alguém que amamos, é o de saber que a pessoa está indo pra um lugar onde não há tristeza, maldade e dor.