EXCELENTÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DA VARA DAS FAZENDAS PÚBLICAS DA COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA-GO
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- Rayssa Osório Castelo
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1 EXCELENTÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DA VARA DAS FAZENDAS PÚBLICAS DA COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA-GO O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS, através da 4ª Promotoria de Justiça, no uso de suas atribuições legais, nos termos dos arts. 129, III e 225, caput, da Constituição Federal e com fundamento na lei federal n.º 7347/85, vem, diante desse juízo propor a presente AÇÃO CIVIL PÚBLICA AMBIENTAL, em desfavor do Município de Aparecida de Goiânia, pessoa jurídica de Direito Público, com sede na rua João Batista de Toledo, n.º 16, Centro, Aparecida de Goiânia-GO, pelos fatos e fundamentos de Direito a seguir expostos: 1
2 DOS FATOS Em 6 de junho de 2003, foi aberto o inquérito civil público n. 02/03, para verificar a denúncia do Sr. Ricardo Zardini Rocha, de agressões à área de nascentes do Córrego Saltador. Segundo nos foi informado há uma erosão na Av. Americano do Brasil, que atinge a área de nascentes do Córrego Saltador. Essa erosão teria sido originada pelo asfaltamento de ruas do Setor Vilage Garavelo, setor vizinho, sem o devido planejamento ambiental. As águas pluviais escoam para o local de maior declividade e com mais força, para o fundo de vale, que é justamente a área de nascentes do Córrego Saltador, causando a referida erosão. A Agência Ambiental esteve no local, e respondendo às perguntas do Ministério Público, apresentou o seguinte relatório, elaborado pelo técnico industrial em saneamento (gestor sanitário e ambiental), CREA 4141 TD/GO, Néri Caetano Barbosa, e encaminhado ao Ministério Público, em 19 de agosto de 2004: Em levantamento em uma das nascentes do Córrego Saltado no encontro das ruas Americano do Brasil e Arminda Prades, cujas coordenadas são (...), no parque Atalaia em Aparecida de Goiânia, observamos que a referida nascente vem sofrendo degradação como erosão, assoreamento, queda de barrancos e todo um processo de alteração de suas características naturais em função do asfaltamento dos setores localizados a montante da nascente, sem que fosse implantado qualquer tipo de infra estrutura, como redes de galerias pluviais com dissipador de energia, para evitar formação de processos erosivos. Devido a essa falta de cuidados, o local já contabiliza danos ambientais irreversíveis, como os acima mencionados. Passamos a seguir as respostas aos quesitos do Ministério Público: 1. há uma erosão na cabeceira do Córrego? Resposta: Sim. 2. Qual é a origem dessa erosão? Essa está ligada ao asfaltamento de ruas do Setor Vilage Garavelo, sem o devido estudo de plano de drenagem urbana? 2
3 Resposta: o dano ambiental observado no local está diretamente ligado à falta de planejamento urbano na hora de implantar obras nos setores próximos. 3. Quais as dimensões da erosão? Resposta: Fora outras danos mencionados, a erosão tem uma forma circular e alcança uma área de 1000 metros quadrados. 4. O município tem adotado medidas para o controle dessa erosão? Resposta: Até agora nenhuma medida foi adotada pelo Poder Público Municipal. 5. Tem sido jogado entulho e lixo, nas nascentes do córrego Saltador, pelo município, para conter a erosão? Resposta: Sim, ate mesmo a comunidade vem descartando o lixo domestico no local. 6. Quais as medidas corretas a serem tomadas para a recuperação da área degradada pela erosão? Resposta: devido à magnitude do dano, somente um estudo mais especifico poderia apresentar a solução para o caso. 7. Como está a área de preservação permanente nas nascentes? Resposta: essas áreas estão sendo degradadas tanto pelo Poder Público Municipal, como pela população que ocupa esses locais. 8. Os proprietários das chácaras onde se localizam as nascentes estão respeitando o limite de 30 metros de APP? Resposta: Não. 9. Existem nascentes somente nas chácaras 13 e 14 ou em outra é verificada a existência de nascentes? Resposta: as margens desse curso d água são formadas por diversas nascentes e todas elas estão sofrendo agressão tanto pelo Poder Público como pela comunidade. 10. Fazer fotos do local se possível. Resposta: não foi possível fotografar o local. Esse relatório retro transcrito demonstra a denúncia de dano ambiental trazido ao Ministério Público, motivo pelo qual, agora cabe ao Judiciário a devida atuação, para fins de se evitar que seja corrigido o dano ambiental provocado pelo município às nascentes do córrego Saltador. 3
4 DO DIREITO O direito ambiental se ocupa da defesa jurídica da vida. O direito à vida em todas as suas formas, estabelecido pelo art. 225, da Constituição Federal, deve ser ecologicamente equilibrado, ou seja, restou assegurado o direito à vida relacionado com o meio, com o recinto, com o espaço em que se vive. O meio ambiente ecologicamente equilibrado envolve para a pessoa humana principal destinatário do direito constitucional. Assim, a definição jurídica, no plano constitucional, de meio ambiente ecologicamente equilibrado diz respeito à tutela da pessoa humana, assim como de outras formas de organismos, com o local onde se vive. A falta de implementação e, portanto, de cumprimento das normas ambientais põe em risco a pessoa humana, todas as outras formas de vida (flora e fauna) e o lugar onde essas vivem. Daí a importância do cumprimento de tais normais, devendo ser identificadas as causas do problema para buscar as soluções para esse problema, pois o objeto que se tutela é a própria vida. O art. 225, caput, da Constituição Federal estatui: Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. (...) 3º. As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. A Lei Federal, avançado diploma jurídico de 1981, que instituiu a Política Nacional de Meio Ambiental, n /81, traz definições sobre meio ambiente, poluição e poluidor: Art. 3 º. Para os fins previstos neta lei, entende-se por: 4
5 I meio ambiente: o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; II degradação da qualidade ambiental: a alteração adversa das características do meio ambiente; III poluição: a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente. grifo nosso. IV poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental. V recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora. Tendo em vista esses conceitos legais, pode-se afirmar que o município é causador de dano ambiental, pois provocou a degradação da área de nascentes do córrego Saltador. As obras de asfaltamento nos bairros vizinhos com o devido planejamento ambiental provocou uma erosão nessa área de preservação permanente. Essa conduta trata-se de ilícito civil e penal. Área de Preservação Permanente é a área coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade e a fertilidade do solo, a biodiversidade, assim como, de proteger a fauna e a flora e assegurar o bem-estar das populações humanas. A área de preservação permanente é intocável e a supressão parcial ou total da sua vegetação só será autorizada em caso de utilidade pública ou de interesse social. Quando tratar-se de área de preservação permanente em propriedade rural, a sua supressão dependerá de autorização do órgão ambiental competente. Nos termos da Lei Complementar Municipal n. 05, de 30 de janeiro de 2002, artigo 50, parágrafo único, inciso I, considera-se como Área de Preservação Permanente, 5
6 I - as faixas bilaterais contíguas aos cursos d água permanentes e temporários, com largura mínima de 50 (cinqüenta) metros, a partir das margens ou cota de inundação para todos os córregos; de 100 (cem) metros para o rio meia ponte e os ribeirões das lajes e dourados, desde que tais dimensões propiciem a preservação de suas planícies de inundação ou várzeas. II as áreas circundantes das nascentes permanente e temporárias, de córrego, ribeirão e rio, com um raio de mínimo 100 (cem) metros podendo o órgão municipal competente ampliar esses limites, visando proteger a faixa de afloramento do lençol freático. O Código Florestal Federal, lei 4771/65, diz que constitui Área de Preservação Permanente a área situada: I - em faixa marginal, medida a partir do nível mais alto, em projeção horizontal, com largura mínima, de: a) trinta metros, para o curso d`água com menos de dez metros de largura; (...) c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água", qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinquenta) metros de largura (Redação dada pela Lei nº de ). O Código Florestal Estadual, lei , de 14 de março de 1995, dispõe sobre o que vem a ser área de preservação permanente, em seu artigo 5º: Art. 5º - Consideram-se de preservação permanente, em todo o território do Estado de Goiás, as florestas e demais formas de vegetação natural situadas: (...) II - ao longo dos rios ou qualquer curso d'água, desde seu nível mais alto, cuja largura mínima, em cada margem, seja de: a) 30m (trinta metros), para curso d'água com menos de 10m (dez metros) de largura; b) 50m (cinqüenta metros), para o curso d'agua de 10m a 50m (dez a cinqüenta Metros) de largura; (...) 6
7 IV - nas nascentes, ainda que intermitentes, e nos chamados "olhos d'água", qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50m (cinqüenta metros) de largura; O ESTADO POLUIDOR (possibilidade de pedido em ACP com determinação de obrigação de fazer contra o poder público, na defesa do ambiente art. 225, da Constituição Federal) Existe uma corrente jurisprudencial que não admite possa ser obtida, junto ao Judiciário, a imposição à Administração do cumprimento de obrigação de fazer consistente na adoção de medidas positivas de proteção do meio ambiente. Invoca-se o princípio da separação dos poderes e do poder discricionário. Nessa visão ultrapassada, não cabe ao Judiciário determinar as obras que o município deve realizar, mesmo que seja para proteger o meio ambiente. A respeito do argumento da separação dos Poderes, é essencial destacar que o antigo princípio tem sua origem na defesa dos Direitos Humanos contra o Estado autoritário, sendo equivocada a sua invocação para sustentar que o Poder Público possa atentar ou se omitir na realização dos direitos fundamentais ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e à saúde. As ações administrativas, nesse caso, não podem ser postergadas por razões de oportunidade e conveniência, nem sob alegação de contingências financeiras. E, embora as atividades concretas da administração dependam de dotações orçamentárias previas e do programa de prioridades estabelecidas pelo governante, o argumento da reserva do possível não é capaz de obstruir a efetivação judicial de normas constitucionais. O Superior Tribunal de Justiça tem se destacado no cumprimento das leis federais ambientais e em julgados seguidos, e tem condenado o Poder Público a cumprir a sua obrigação de preservar o meio ambiente ecologicamente equilibrado. Destacamos os seguintes julgados: RESP / GO; RECURSO ESPECIAL 2002/ Relator(a) Ministra: ELIANA CALMON (1114) Órgão Julgador: T2 - SEGUNDA TURMA 7
8 Data do Julgamento: 11/11/2003 Data da Publicação/Fonte: DJ p Ementa ADMINISTRATIVO E PROCESSO CIVIL AÇÃO CIVIL PÚBLICA OBRAS DE RECUPERAÇÃO EM PROL DO MEIO AMBIENTE ATO ADMINISTRATIVO DISCRICIONÁRIO. 1. Na atualidade, a Administração pública está submetida ao império da lei, inclusive quanto à conveniência e oportunidade do ato administrativo. 2. Comprovado tecnicamente ser imprescindível, para o meio ambiente, a realização de obras de recuperação do solo, tem o Ministério Público legitimidade para exigi-la. 3. O Poder Judiciário não mais se limita a examinar os aspectos extrínsecos da administração, pois pode analisar, ainda, as razões de conveniência e oportunidade, uma vez que essas razões devem observar critérios de moralidade e razoabilidade. 4. Outorga de tutela específica para que a Administração destine do orçamento verba própria para cumpri-la. 5. Recurso especial provido. Acórdão Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da SEGUNDA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, por maioria, vencido o Sr. Ministro Francisco Peçanha Martins, conhecer do recurso e lhe dar provimento, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Os Srs. Ministros João Otávio de Noronha e Castro Meira votaram com a Sra. Ministra Relatora. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Franciulli Netto. Recurso Especial n.º Goiás. PROCESSO CIVIL AÇÃO CIVIL PÚBLICA DANOS AO MEIO AMBIENTE CAUSADO PELO ESTADO. Se o Estado edifica obra pública no caso, um presídio sem dotá-la de um sistema de esgoto sanitário adequado, causando prejuízos ao meio ambiente, a ação civil pública é, sim, a via própria para obrigá-lo às construções necessárias à eliminação dos 8
9 danos; sujeito também às leis, o Estado tem, nesse âmbito, as mesmas responsabilidades dos particulares. Recurso especial conhecido e provido. Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da SEGUNDA Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe provimento, nos termos do voto do Sr. Ministro-Relator. Participaram do julgamento os Srs. Ministros Antônio de Pádua Ribeiro, Hélio Mosimann, Peçanha Martins e Adhemar Maciel. Brasília, 19 de maio de DA LIMINAR A fumaça do bom direito cinge-se à legislação municipal, estadual, federal, acrescido da alusão a dispositivos da Constituição Federal e jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça análoga ao caso em tela. O perigo da demora reside na característica de fragilidade do ambiente cabeceira do córrego Saltador, frente às agressões continuadas do Poder Público e da própria comunidade. O município fez as obras publicas que causaram a erosão na área de nascentes do Córrego. Não tomou nenhuma medida até o momento para recuperá-la e ainda joga entulhos na erosão, que na verdade se confunde hoje com a área de preservação permanente desse curso hídrico. Jogar entulho nessa erosão é estar aterrando as nascentes. Jogar lixo nessa erosão, o que a comunidade vem fazendo, seguindo o exemplo do município, é estar jogando lixo nas nascentes de um rio. A situação é bastante grave e providências urgentes devem ser tomadas para paralisar essa agressão continuada às nascentes do córrego Saltador. O Ministério Público requer como medida liminar que se determine ao município: I apresentar projeto de recuperação da erosão nas nascentes do Córrego Saltador, de acordo com a legislação ambiental competente, a ser feito por profissional habilitado, devidamente licenciado pela Agência Ambiental do Estado, no prazo de 60 (sessenta) dias; 9
10 II relacionar os proprietários (qualificação completa e endereço) de imóveis da área da cabeceira e de toda a extensão do Córrego Saltador, no limite do município, que estejam utilizando indevidamente a área de preservação permanente desse córrego, nos termos da legislação municipal, identificando em sucinto relatório, qual seja esse uso indevido da APP e ainda do uso indevido das águas do Córrego Saltador, em desacordo com a Lei 9.433/97, no prazo de 90 (noventa dias); III aplicar as medidas necessárias e sanções administrativas cabíveis (notificações, multas etc.), nos termos do decreto regulamentador da lei de crimes ambientais (lei federal 9.605/98) e da Lei 9.433/97, em desfavor do (s) proprietário (s) do (s) imóvel (s) lindeiro (s) ao Córrego Saltador, que esteja desobedecendo a legislação ambiental, uma vez verificada alguma irregularidade de uso das APPs do Córrego Saltador, nos termos da legislação ambiental competente. Relatório sobre essa autuação fiscalizadora do município deverá vir aos autos a cada três meses até o final julgamento do feito. Requer-se ainda seja determinada a cominação de multa pecuniária diária no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), em havendo descumprimento da ordem judicial, ora pleiteada. DO PEDIDO Ante o exposto, o Ministério Público requer: 1. o deferimento initio litis da medida liminar, após a oitiva do réu, nos termos da legislação vigente; 2. a citação pessoal do Prefeito Municipal, no intuito de que havendo provimento favorável ao pedido contido nessa ação, ou mesmo da medida liminar, esse possa ser acionado criminalmente, caso venha a ocorrer o descumprimento da decisão judicial e, bem como do procurador do município, para querendo, responder à presente ação, sob pena de revelia. Ambos deverão ser citados; 3. a procedência, in totum, da presente ação, ora proposta, com a condenação do requerido 3.1 na OBRIGAÇÃO DE FAZER, materializada 10
11 a) Reparar a erosão da cabeceira do Córrego Saltador, situada na confluência da Avenida Americano do Brasil e rua Arminda Prades, no Parque Atalaia, de acordo com projeto de recuperação florestal, elaborado por profissional competente, nos termos da norma ambiental vigente, devidamente licenciado pela Agência Ambiental do Estado, de forma que seja cabalmente recuperada essa área de nascentes e cesse o dano ao ambiente verificado, no prazo de 06 (seis) meses; b) Recuperar dos danos ambientais provocados no curso d água, detectados pela perícia técnica a ser realizada nesse processo, causados pelo processo erosivo retro mencionado, no prazo de 06 (seis) meses; c) relacionar os proprietários (qualificação completa e endereço) de imóveis da área da cabeceira e de toda a extensão do Córrego Saltador, no limite do município, que estejam utilizando indevidamente a área de preservação permanente desse córrego, nos termos da legislação municipal, identificando em sucinto relatório, qual seja esse uso indevido da APP e ainda do uso indevido das águas do Córrego Saltado, em desacordo com a Lei 9.433/97, no prazo de 90 (noventa dias); d) aplicar as medidas necessárias e sanções administrativas cabíveis (notificações, multas etc.), nos termos do decreto regulamentador da lei de crimes ambientais (lei federal 9.605/98) e da Lei 9.433/97, em desfavor do (s) proprietário (s) do (s) imóvel (s) lindeiro (s) ao Córrego Saltador, que esteja desobedecendo a legislação ambiental, uma vez verificada alguma irregularidade de uso das APPs do Córrego Saltador, nos termos da legislação ambiental competente. 3.2 No pagamento de INDENIZAÇÃO, no valor de R$ ,00 (dez mil reais), a serem revertido ao Fundo Municipal do Meio Ambiente, como ressarcimento aos danos de ordem ambiental causados à coletividade e ao meio ambiente até o presente momento. 4. Protesta provar o alegado, por intermédio de toda prova em Direito admitida. Dá-se à causa o valor de R$ ,00 (dez mil reais), para efeitos fiscais e de atendimento à lei. Pede deferimento. 11
12 Aparecida de Goiânia, 13 de setembro de Miryam Belle Moraes da Silva 4ª Promotora de Justiça 12
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