A DEFENSORIA PÚBLICA E O REQUISITO DA HIPOSSUFICIÊNCIA. O breve estudo que se apresenta aborda o requisito da hipossuficiência

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A DEFENSORIA PÚBLICA E O REQUISITO DA HIPOSSUFICIÊNCIA. O breve estudo que se apresenta aborda o requisito da hipossuficiência"

Transcrição

1 A DEFENSORIA PÚBLICA E O REQUISITO DA HIPOSSUFICIÊNCIA O breve estudo que se apresenta aborda o requisito da hipossuficiência para a prestação do serviço de assistência jurídica pela Defensoria Pública. O inc. LXXIV do art. 5º da CF dispõe: o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos. O art. 134, também da CF, destaca: A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV. O que delimita, portanto, a atuação da Defensoria Pública é a qualidade de necessitado e o requisito insuficiência de recursos. Vale observar que o inc. LXXIV utiliza a expressão insuficiência de recursos e o art. 134 e o art. 1º da LC n. 80/94 utilizam o termo necessitado. Ambos os termos são conceitos legais indeterminados, que Nelson Nery Junior e Rosa Maria de Andrade Nery assim conceituam: São palavras ou expressões indicadas na lei, de conteúdo e extensão altamente vagos, imprecisos e genéricos, e por isso mesmo esse conceito é abstrato e lacunoso. Sempre se relacionam com a hipótese de fato posta em causa. Caberá ao juiz, no momento de fazer a subsunção do fato à norma, preencher os claros e dizer se a norma atua ou não no caso concreto. Preenchido o conceito legal indeterminado ( unbestimmte Gesetzbegriffe), a solução está pré-estabelecida na própria norma legal, competindo ao juiz apenas aplicar a norma, sem exercer nenhuma outra função criadora (...) A lei enuncia o conceito indeterminado e dá as consequências dele advindas 1. 1 NERY JUNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Código civil comentado. 5. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, p Sobre o tema, ler também: ENGLISCH, Karl. Introdução ao pensamento jurídico. 8. ed. Trad. J. Baptista Machado. Lisboa: Fundação Galouste Gulbenkian, 2001, p

2 Preenchido o conteúdo da expressão insuficiência de recursos e do termo necessitado, deve ser prestada a assistência jurídica 2. A primeira legislação brasileira que cuidou do tema da assistência, anteriormente apenas judiciária, foi o Decreto n , de 1897, que previa a assistência para os pobres 3. Também seguindo essa orientação, a Lei n /50 4 prevê a assistência jurídica para necessitado econômico. A hipossuficiência econômica é aquela que diz respeito apenas a questões financeiras 5. Observe-se que os hipossuficientes econômicos além de destinatários da assistência jurídica gratuita e integral, também são destinatários da justiça gratuita 6. O necessitado econômico, segundo o parágrafo único do art. 2º, é aquele cuja situação econômica não lhe permita pagar as custas do processo e os honorários advocatícios sem prejuízo do sustento próprio ou da família 7. A 2 Vale observar que o ato de concessão ou denegação da assistência jurídica é ato vinculado, eis que não há juízo de conveniência e oportunidade, mas meramente subsunção do fato à norma. 3 O art. 2º conceituava: Considera-se pobre, para os fins desta instituição, toda pessoa que, tendo direitos a fazer valer em Juízo, estiver impossibilitada de pagar ou adiantar as custas e despesas do processo sem privar-se de recursos pecuniários indispensáveis para as necessidades ordinárias da própria manutenção ou da família. 4 Esse diploma legal, embora anterior à nova ordem constitucional, foi recepcionado pela Constituição de 1988 (ALVES, Cleber Francisco. Justiça para todos! Assistência jurídica gratuita nos Estados Unidos, na França e no Brasil. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006, p. 266). 5 José Augusto Garcia realiza outra classificação: o necessitado economicamente é a pessoa pobre e o necessitado juridicamente é aquele que não é pobre (não é necessitado economicamente), mas não tem condições de arcar com as custas do processo, como por exemplo, uma pessoa que despende mensalmente o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) com o tratamento de um filho autista, não sobrando numerário para o pagamento de custas processuais e honorários advocatícios (GARCIA, José Auusto. Solidarismo jurídico, acesso á justiça e funções atípicas da Defensoria Pública: a aplicação de um perfil institucional adequado. Revista de Direito da Defensoria Pública, Rio de Janeiro, Defensoria Pública Geral, ano 15, n. 19, p. 241, abr ). Não adotamos essa classificação entendo ser ambas hipossuficiência econômica, uma vez que ambas existem em razão da ausência de possibilidade de arcar financeiramente com o processo. 6 Assim, ao nosso ver, não existe diferença conceitual entre os destinatários dos diferentes institutos. Entretanto, em termos práticos, acreditamos em uma diferença que se dá pela ausência de estruturação efetiva da Defensoria Pública. Portanto, na prática, a gratuidade da justiça é concedida a um universo maior de hipossuficientes econômicos do que a assistência jurídica por meio da Defensoria Pública. 7 Para ser necessitado, não é imprescindível que seja configurado estado de miserabilidade. Nesse sentido: AMERICANO, Jorge. Comentários ao Código de Processo Civil do Brasil, vol. 1, 2

3 legislação infraconstitucional optou por não utilizar critérios fixos. Optou, sim, por uma equação. Assim, para a aferição da hipossuficiência econômica, não basta olhar apenas um dos fatores, como o rendimento mensal, já que, muitas vezes, ainda que este seja elevado, deverá haver a concessão do direito, pois o resultado da equação poderá ser insuficiente para arcar com as despesas próprias de determinado processo. Rogério Nunes de Oliveira afirma que gastos mensais que não se trata apenas dos recursos utilizados para a subsistência fisiológica do postulante e de sua família 8, mas sim recursos utilizados para uma vida digna. Assim, destaca: Por prejuízo ao sustento também se devem entender os gatos atinentes com a locomoção, vestuário em geral, medicamentos, obrigações incidentes sobre imóveis, próprios ou não, e, até em certo grau, o que se gasta com lazer, educação e alguns serviços, contanto que a privação desses bens possa produzir danos significativos à sobrevivência digna do requerente ou dos seus 9. Tendo em vista que se trata de uma equação, é certo que a imposição de critérios rígidos vai de encontro à garantia constitucional da assistência jurídica 10. Algumas Defensorias Públicas, entretanto, estabeleceram critérios fixos quanto ao rendimento particular ou rendimento cit., p. 94; THEODORO JUNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 39. ed. Rio de Janeiro: Forense: v. 1., p. 89. OLIVEIRA, Rogério Nunes de. Assistência jurídica gratuita, Assistência jurídica gratuita. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006, p. 105; SILVA, José Afonso da. Comentário contextual à Constituição, cit., p Em sentido contrário, afirmando a necessidade de miserabilidade, temos: CRETELLA JUNIOR, José. Comentários à Constituição brasileira de Rio de Janeiro: Forense, v. 2, p Tampouco é necessária a configuração do estado de pobreza. Em sentido contrário, entendendo ser configurada a situação de pobre, temos: SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras linhas de direito processual civil. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 1999, p Família, aqui, tendo em vista o princípio da pluralidade da entidade familiar previsto no art. 226 da CF. Sobre o pluralismo das entidades familiares, ler: LÔBO, Paulo, Famílias. São Paulo: Saraiva, 2008, p OLIVEIRA, Rogério Nunes de. Assistência jurídica gratuita, cit., p OLIVEIRA, Rogério Nunes de. Assistência jurídica gratuita, cit., p. 105; ALVES, Cleber Francisco. Justiça para todos!, cit., p

4 familiar para a concessão do serviço 11. A previsão de critério fixo é adequada apenas para a presunção da hipossuficiência econômica, não sendo possível a criação de critério absoluto que afasta a possibilidade de configuração da necessidade. É certo, porém, que a Constituição atual, ao utilizar-se de conceitos tão amplos, não restringiu assistência jurídica somente ao hipossuficiente econômico, como era o paradigma das antigas legislações. Da mesma forma que o conceito de necessitado não pode ser restrito àqueles necessitados economicamente 12. A assistência jurídica integral e gratuita poderá e deverá ser prestada a titulares de outras insuficiências. Ada Pellegrini Grinover afirma o dever de rever o antigo conceito de assistência judiciária aos necessitados, porque, de um lado, assistência judiciária não significa apenas assistência processual, e porque, de outro lado, necessitados não são apenas os economicamente pobres, mas todos aqueles que necessitam de tutela jurídica 13. Neste sentido, o legislador infraconstitucional elegeu algumas situações de hipossuficiência. A primeira diz respeito à pessoa presa em flagrante. 11 Essas Defensorias adotam critérios fixos da seguinte forma: renda familiar até 2 (dois) salários mínimos: Defensorias Públicas do Amapá; renda até 3 (três) salários mínimos: Defensorias Públicas do Amazonas, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Roraima, do Rio Grande do Sul; renda familiar até 3 (três) salários mínimos: Defensoria Pública de Espírito Santo, São Paulo; renda até 4 (quatro) salários mínimos: Defensorias Públicas do Acre, Piauí e do Tocantins; renda familiar até 5 (cinco) salários mínimos: Defensorias Públicas de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e renda familiar até 6 (seis) salários mínimos: Defensorias Públicas do Ceará. Dados do III Diagnóstico da Defensoria Pública, disponível em 20P%c3%bablica%20no%20Brasil.pdf. Acesso em 10 de agosto de Neste sentido: GRINOVER, Ada Pellegrini. Novas tendências do direito processual. Rio de Janeiro: Forense, 1990, p. 246; ASSIS, Araken de. Garantia de acesso à justiça: benefício da gratuidade. In: TUCCI, José Roberto Cruz e (Coord.). Garantias constitucionais do processo civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999, p. 20; MARINONI, Luiz Guilherme. Novas linhas do processo civil: o acesso à justiça e os institutos fundamentais do direito processual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1993, p GRINOVER, Ada Pellegrini. Novas tendências do direito processual, cit., p

5 Dispõe 1 do art. 306 do Código de Processo Penal (CPP), inserido pela Lei n /2007: Dentro em 24h (vinte e quatro horas) depois da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante acompanhado de todas as oitivas colhidas e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. Note-se que em nenhum momento questiona-se a condição econômica do preso, sendo concedido o serviço da assistência jurídica, simplesmente, em razão da situação de evidente hipossuficiência, decorrente da privação da liberdade. Neste sentido, também é função institucional da Defensoria Pública: atuar junto aos estabelecimentos policiais e penitenciários, visando assegurar à pessoa, sob quaisquer circunstâncias, o exercício dos direitos e garantias individuais (inc. VIII do art. 4º da LC 80/94). No caso, toda e qualquer pessoa que se encontra privada de sua liberdade em estabelecimento policial ou prisional é, faticamente, hipossuficiente. A condição de aprisionado impõe uma situação de desigualdade e fragilidade perante o Estado que o vigia 14, de sorte a impor o dever de atuação da Defensoria Pública. Outra situação diz respeito a todo e qualquer processo judicial criminal. Nesse caso, independentemente da situação econômica do acusado, na hipótese de não ter constituído advogado particular, a Defensoria Pública será responsável pela defesa, sendo função institucional assegurar aos seus assistidos, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral, o 14 Nesse sentido, afirmam as regras 22 e 23 do documento 100 Reglas de Brasilia sobre acceso a la justicia de las personas en condición de vulnerabilidad: 22. La privación de la libertad, ordenada por autoridad pública competente, puede generar dificultades para ejercitar con plenitud ante el sistema de justicia el resto de derechos de los que es titular la persona privada de libertad, especialmente cuando concurre alguna causa de vulnerabilidad enumerada en los apartados anteriores. 23. A efectos de estas Reglas, se considera privación de libertad la que ha sido ordenada por autoridad pública, ya sea por motivo de la investigación de un delito, por el cumplimiento de una condena penal, por enfermedad mental o por cualquier otro motivo. 5

6 contraditório e a ampla defesa, com recursos e meios a ela inerentes (inc. IX do art. 4º da LC 80/94). Entende-se que no processo criminal a atuação da Defensoria Pública deve ser ampla e irrestrita, agindo em prol daquele que, independentemente de sua condição econômico-financeira, está em situação de flagrante hipossuficiência, dada a ausência de profissional jurídico capaz para realizar sua defesa técnica, fundamental para o respeito do princípio da ampla defesa e do contraditório 15. Nesse sentido, disserta Ada Pellegrini Grinover: Não pode haver sentença condenatória sem que o juiz tenha aferido o efetivo e concreto exercício da defesa e do contraditório, visto este como paridade de condições, como paridade que não pode satisfazer-se com um contraditório meramente eventual; deve estimular o contraditório para que da tese e da antítese possa ele imparcialmente formular a síntese. E, por isso mesmo, necessita esse juiz de um ofício de defesa tão bem estruturado quanto o da acusação. Agora, não cabe ao Estado indagar se há ricos ou pobres, porque o que existe são acusados que, não dispondo de advogados, ainda que ricos sejam, não poderão ser condenados sem uma defesa efetiva. Surge, assim, mais uma faceta da assistência judiciária, assistência a necessitados, não no sentido econômico, mas no sentido de que o Estado lhes deve as garantias do contraditório e da ampla defesa Os princípios do contraditório e da ampla defesa se aplicam a todos os processos, sejam eles judiciais ou administrativos. Afirma expressamente o art. 5º, inc. LV, da CF: aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. No processo penal, esses princípios assumem uma abrangência ainda maior, já que nele o contraditório deve ser real, efetivo ou substancial (NERY, Nelson Nery. Princípios do processo civil na Constituição Federal. 8. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p. 172). Em razão dessa abrangência, entende-se serem indispensáveis a defesa técnica, exercida por um profissional, bem como a autodefesa, que é aquela exercida diretamente pelo acusado. No caso da defesa técnica, ao contrário da autodefesa, que pode não ser exercida pelo réu, o qual exerce seu direito constitucional de permanecer em silêncio, não é disponível (CINTRA, Antonio Carlos de Araújo; GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria geral do processo. 20. ed. São Paulo: Malheiros, 2004, p. 56). A atuação no processo penal, portanto, não é necessariamente em favor do hipossuficiente econômico, mas em atenção a todo e qualquer acusado que não detenha defesa técnica, independentemente do motivo (ASSIS, Araken de. Garantia de acesso à justiça, cit., p. 20). 16 GRINOVER, Ada Pellegrini. Novas tendências do direito processual, cit., p

7 Também é importante trazer à colação o disposto no art. 141 do Estatuto da Criança e do Adolescente: É garantido o acesso de toda criança ou adolescente à Defensoria Pública, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, por qualquer de seus órgãos. Vale observar que toda criança ou adolescente, independentemente de sua situação econômica, tem direito à assistência jurídica prestada pela Defensoria Pública 17. Tem-se que é a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoa em desenvolvimento que caracteriza a hipossuficiência no caso. Outra hipótese em que se reconhece a hipossuficiência não econômica diz respeito à atuação da Defensoria Pública nos Juizados Especiais. Importante, neste ponto, resgatar que a instalação dos Juizados de Pequenas Causas e, posteriormente, com os Juizados Especiais Cíveis, surgiu com a finalidade de facilitar o acesso à justiça, com a isenção de custas, bem como com a facultatividade da assessoria de advogado 18. O Juizado Especial surgiu em atenção às reformas necessárias para o efetivo acesso à justiça 19. Nesse sentido, vale lembrar que a terceira onda do movimento de acesso à justiça, indicada por Mauro Cappelletti e Bryant Garth, envolve: Alterações nas formas de procedimento, mudanças na estrutura dos tribunais ou a criação de novos tribunais, o uso de pessoas leigas ou paraprofissionais, tanto como juízes quanto como defensores, modificações no direito substantivo destinadas a evitar litígios ou facilitar sua solução (...) 20. A instalação dos Juizados Especiais, portanto, é uma tentativa de 17 ALVES, Cleber Francisco. Justiça para todos!, cit., p WATANABE, Kazuo. Filosofia e características básicas do juizado especial de pequenas causas. In: WATANABE, Kazuo (Coord.). Juizado especial de pequenas causas. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1985, p. 4; MARINONI, Luiz Guilherme. Novas linhas do processo civil, cit., p CUNHA, Luciana Gross. Juizado especial: criação, instalação, funcionamento e a democratização do acesso à justiça. São Paulo: Saraiva, 2008, p CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryant. Acesso à justiça. Trad. Ellen Gracie Northfleet. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1988, p

8 desformalização do próprio processo, utilizando-se a técnica processual em busca de um processo mais simples, rápido, econômico, de acesso fácil e direto, apto a solucionar com eficiência tipos particulares de conflitos de interesses 21. O Juizado Especial visa a abrir as portas do Poder Judiciário ao pequeno litigante, que não tem condições de superar os obstáculos próprios do processo tradicional 22. Tendo em vista estes princípios, a Lei 9.099/05 declara ser facultativa a assistência judiciária a parte caso a outra compareça assistida por advogado ou se o réu for pessoa jurídica ou firma individual (art. 9º, 1º), caracterizando outra hipossuficiência que não a econômica para a atuação da Defensoria Pública 23. Sobre o tema ensina Cândido Rangel Dinamarco que a Lei dos Juizados Especiais adota um critério mais amplo de assistência judiciária, uma vez esta será devida independentemente da condição econômico-financeira da parte. E conclui: A concessão de patrocínio técnico às partes independentemente de sua condição patrimonial é uma das preocupações centrais da legislação referente aos juizados especiais cíveis, no seu empenho em oferecer uma justiça rápida, informal e eficiente. A essa ideia está ligada, inclusive, a exigência de instituição de órgãos assistenciais para prestar serviços especificamente junto 21 GRINOVER, Ada Pellegrini. Novas tendências do direito processual, cit., p MORAES, Silvana Campos. Juizados de pequenas causas. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1991, p Leopoldo Muylaert entende que a disposição do 1º do art. 9º, em razão de a Defensoria Pública apenas atuar em favor de quem comprovadamente demonstrar hipossuficiência econômica, não incide sobre a instituição da Defensoria Pública (MUYLAERT, Leopoldo. Assistência judiciária integral gratuita versus assistência judiciária atuação da defensoria pública junto aos juizados especiais cíveis. Revista de Direito da Defensoria Pública, Rio de Janeiro, v. 9, p. 210, 1996, p. 210). No mesmo sentido: MARTINS, Daniela Calandra. A assistência judiciária junto ao Juizado Especial Cível e a Defensoria Pública. Revista de Direito da Defensoria Pública, Rio de Janeiro, v. 18, p. 89, 2003, PEDROSA, Henrique E. G. Juizados especiais cíveis sem advogado & Comentários às Leis /95 e /01. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005, p

9 aos juizados, como condição prévia e indispensável para a própria instalação de cada um deles (art. 56). 24 No entanto, o autor é genérico ao afirmar a quem caberia a tarefa de realizar tal assistência: Não importa se esses serviços serão prestados pelo próprio Estado, pela Ordem dos Advogados, por entidades filantrópicas, centros acadêmicos etc., desde que estejam convenientemente estruturados 25. Cleber Francisco Alves concorda com a afirmação de que a assistência deve ocorrer independentemente da condição financeira da parte, mas destaca que essa assistência deve ser prestada, necessariamente, pela Defensoria Pública. A esse respeito assevera o autor: A lei determina que o Estado deverá assegurar o funcionamento do serviço de assistência judiciária nos casos do Art. 9º, 1º, independentemente de qualquer ressalva quanto à situação econômico financeira das partes litigantes. Entendemos que, apesar da indicação de que a assistência judiciária será organizada na forma de lei local, o Estado somente pode arcar com o financiamento dessa assistência por intermédio da Defensoria Pública, que é o órgão constitucionalmente encarregado de fazê-lo, embora nada impeça que entidades da sociedade civil atuem em caráter supletivo e voluntário na prestação desses serviços, vedado o recebimento de qualquer verba pública para esse propósito: ou seja, as verbas públicas devem necessariamente ser aplicadas na Defensoria Pública, até que esteja devidamente aparelhada 26. A Defensoria Pública, assim, é instituição fundamental para o funcionamento dos Juizados Especiais 27. Além destas hipossuficiências, a professora Ada Pellegrini Grinover destaca a existência dos carentes organizacionais, próprios de uma sociedade de massa que, segundo a autora, são todos indivíduos 24 DINAMARCO, Cândido Rangel. Manual dos juizados cíveis. 2. ed. São Paulo: Malheiros, 2001, p DINAMARCO, Cândido Rangel. Manual dos juizados cíveis, cit., p ALVES, Cleber Francisco. Justiça para todos!, cit., p Nesse sentido: CINTRA, Antonio Carlos de Araújo; GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria geral do processo, cit., p

10 que apresentam uma particular vulnerabilidade em face das relações sócio-jurídicas existentes na sociedade contemporânea. Assim, por exemplo, o consumidor no plano das relações de consumo: o usuário de serviços públicos; os que submetem necessariamente a uma série de contratos de adesão; os pequenos investidores do mercado mobiliário; os segurados da Previdência Social; o titular de pequenos conflitos de interesses, que via de regra se transforma em um litigante meramente eventual. Todos aqueles, enfim, que no intenso quadro de complexas interações sociais hoje reinante, são isoladamente frágeis perante adversários poderosos do ponto de vista econômico, social e cultural ou organizativo, merecendo, por isso mesmo, mais atenção com relação a seu acesso à ordem jurídica justa e à participação por intermédio do processo 28. Da mesma forma, Luiz Guilherme Marinoni assevera: Se percebermos as dificuldades da sociedade de massa e as incessantes transformações sociais, certamente compreenderemos a necessidade da assistência jurídica deve deixar de ser enfocada apenas da ótica da pobreza e passar a ser visualizada na perspectiva do cidadão envolvido na complexidade e, às vezes, nos conflitos da sociedade urbana em que vive 29. José Augusto Garcia de Souza, neste contexto, identifica atualmente o fenômeno da pluralização de carência 30. Depreende-se daí que essa hipossuficiência organizacional é o fundamento para a atuação da Defensoria Pública nas demandas coletivas. A legitimidade da Defensoria Pública para ações coletivas sem dúvida gera muita discussão e a análise do requisito da hipossuficiência é fundamental para tentar resolver a questão. 28 GRINOVER, Ada Pellegrini. O acesso à justiça no ano In: MARINONI, Luiz Guilherme (Coord.) O processo civil contemporâneo. Curitiba: Juruá, 1994, p MARINONI, Luiz Guilherme. Novas linhas do processo civil:, cit., p SOUZA, José Augusto Garcia de. A nova Lei /07, os escopos extrajudiciais do processo e a velha legitimidade da Defensoria Pública para as ações coletivas. In: SOUSA. José Augusto Garcia de (Coord.). A Defensoria Pública e os processos coletivos: comemorando a Lei Federal , de 15 de janeiro de Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008, p

11 Gregório Assagra de Almeida sustenta a exigência da pertinência temática na legitimidade conferida à Defensoria Pública, de tal sorte que a instituição somente poderia ajuizar ação civil pública para a defesa de direitos e interesses coletivos em geral de pessoas necessitadas, conforme se interpreta da combinação do art. 5, II, da LACP, com o art. 134, caput, da CF/ No mesmo sentido manifesta-se Teori Zavaski, ao afirmar que a Defensoria Pública apenas poderá ajuizar ação civil pública que diga respeito a interesse de pessoas reconhecidamente carentes de recursos financeiros 32. Essa não é, porém, a nossa opinião, especialmente em razão de a hipossuficiência trazida pela CF como requisito para a atuação da Defensoria Pública não dizer respeito só aos hipossuficientes econômicos, mas também aos organizacionais. Assim, embora seja estritamente verdadeiro que a atuação da Defensoria Pública como legitimado ativo para a propositura de ações coletivas deva ter como norte a função institucional da instituição preceituada na CF, o fato é que, conforme abordado no decorrer do presente trabalho, os conceitos indeterminados utilizados pela CF não se restringem ao hipossuficientes econômicos, mas também aos jurídicos, fáticos, organizacionais etc. Tanto é verdade que a Defensoria Pública possui diversas atividades em que a questão da econômica do destinatário do serviço não é questionada. 31 ALMEIDA, Gregório Assagra de. Manual das ações constitucionais. Belo Horizonte: Del Rey, 2007, p. 124; SOUZA, José Augusto Garcia de. A nova Lei /07, os escopos extrajudiciais do processo e a velha legitimidade da Defensoria Pública para as ações coletivas, cit., p ZAVASKI, Teori Albino. Processo coletivo: tutela de direitos coletivos e tutela coletiva de direitos. 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, p. 77. FIGUEIREDO, Guilherme José Purvin. Legitimidade ativa da Defensoria Pública em ações civis públicas, p. 163; PEREIRA, Marialdo de Castro; BOTTINI, Pierpaolo Cruz. A Defensoria Pública perante a tutela dos interesses transindividuais: atuação como parte legitimada ou como assistente judicial. In: A Defensoria Pública e os processos coletivos: comemorando a Lei Federal nº , de 15 de janeiro de Coord. SOUSA. José Augusto Garcia de. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008, p

12 Ademais, ao prever a legitimidade da Defensoria Pública, a legislação não realizou qualquer restrição. Previu a legitimidade de forma ampla e irrestrita 33, tal qual fez com outros legitimados. Nesse sentido afirmam Fredie Didier Junior e Hermes Zaneti Junior: É importante frisar que a Defensoria atua mesmo em favor de quem não é hipossuficiente econômico. Isto por que a Defensoria Pública apresenta funções típicas e atípicas. Função típica é a que pressupõe hipossuficiência econômica, aqui há o necessitado econômico (v.g., defesa em ação civil ou ação civil para investigação de paternidade para pessoas de baixa renda). Função atípica não pressupõe hipossuficiência econômica, seu destinatário não é o necessitado econômico, mas sim o necessitado jurídico, v.g., curador especial no processo civil (CPC art. 9 II) e defensor dativo no processo penal (CPP art. 265) 34. O STJ parece conferir legitimidade ampla à Defensoria Pública 35. Por fim, e talvez a atividade mais importante a ser desempenhada pela Defensoria na persecução do Estado Democrático, diz respeito ao seu papel fundamental em promover a difusão e a conscientização dos direitos humanos, da cidadania e do ordenamento jurídico, visando a sanar o que podemos chamar de hipossuficiência da capacidade jurídica. 33 ORDACGY, André da Silva. Primeiras impressões sobre a Lei nº /07 e a atuação da Defensoria Pública da União na tutela coletiva. In: SOUSA. José Augusto Garcia de (Coord.). A Defensoria Pública e os processos coletivos: comemorando a Lei Federal , de 15 de janeiro de Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008, p DIDIER JUNIOR, Fredie; ZANETI JUNIOR, Hermes. Curso de direito processual civil: processo coletivo. Salvador: Podivm, v. 4, p (...). Este Superior Tribunal de Justiça vem-se posicionando no sentido de que, nos termos do art. 5º, II, da Lei nº 7.347/85 (com a redação dada pela Lei nº /07), a Defensoria Pública tem legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar em ações civis coletivas que buscam auferir responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico e dá outras providências (...) (STJ, 1ª T., REsp /RS, rel. Min. José Delgado, j , DJe , v.u.). 12

13 Vale lembrar que Mauro Capelletti e Bryant Garth indicam que uma das barreiras para o acesso à justiça a capacidade jurídica pessoal, que é a capacidade de reconhecer um direito e, a partir disso, propor uma ação ou exercer uma defesa 36. É necessário que as pessoas sejam informadas acerca de seus direitos, bem como da forma pela qual deve ser ele exercido. Assim, o acesso à justiça pressupõe que as pessoas tenham noção de seus direitos ou, numa fórmula consagrada, percebam que têm direito a ter direitos 37. Sobre a importância dessa conscientização, destaca Silvana Cristina Bonifácio Souza que o acesso ao Direito, portanto, passa pela conscientização dos direitos de cada cidadão, criando nele o espírito de luta por esses direitos 38. Nesse contexto, insere-se a obrigação da Defensoria Pública em atuar na educação de direitos. E, nesta atuação tem a Defensoria Pública a função de orientar e estimular lideranças e agentes comunitários, objetivando multiplicar o conhecimento 39. Quando da promulgação da Lei Complementar n. 80/94 esta silenciou sobre este tema, silêncio este não repetido pela a Lei Complementar paulista n. 988/2006 que afirma ser atribuição institucional da Defensoria Pública do Estado: informar, conscientizar e motivar a população carente, inclusive por intermédio dos diferentes meios de comunicação, a respeito de seus direitos e garantias fundamentais (art 5º, inciso II). Da mesma forma, prevê a função de 36 Acesso à justiça, cit., p WEIS, Carlos. Direitos humanos e Defensoria Pública. Boletim IBCrim, ano 10, n. 115, p. 5, jun. 2002, p SOUZA, Silvana Cristina Bonifácio. Assistência jurídica integral e gratuita. São Paulo: Método, 2003, p Um programa de educação em direitos humanos deve visar, em primeiro lugar, a qualificação dos próprios agentes educadores, tanto instituições ONG s, Igreja, governos, escolas, partidos políticos, sindicatos, movimentos sociais etc. quanto pessoas (FREI BETTO. Educação em direitos humanos. Disponível em: Humanos/direitos-humanos9.htm. Acesso em: 12 mar

14 promover trabalho de orientação jurídica e informação sobre direitos humanos e cidadania em prol das pessoas e comunidades carentes, de maneira integrada e multidisciplinar (art. 5º, inc. VI, alínea j ).Porém, com a reforma promovida pela Lei Complementar n. 132/2009, tal omissão foi corrigida, passando a constar no rol das funções institucionais da Defensoria Pública tal atuação (art. 4º, inciso III). Conclui-se, portanto, que a Defensoria Pública para ser a instituição de expressão e instrumento do regime democrático, tal qual afirma o atual art. 1º da LC n. 80/94, alterado pela LC n. 132, 7 de outubro de 2009, não tem suas atribuições vinculadas ao requisito da hipossuficiência meramente econômica, mas sim em todas aquelas hipossuficiências, com potencial de aniquilar direitos, que uma sociedade tão injusta puder constituir. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, Gregório Assagra de. Manual das ações constitucionais. Belo Horizonte: Del Rey, ALVES, Cleber Francisco. Justiça para todos! Assistência jurídica gratuita nos Estados Unidos, na França e no Brasil. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006 ALVES, José Carlos da Silva. O direito fundamental à assistência jurídica integral e gratuita: alcance e efetividade Dissertação (Mestrado) Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, AMERICANO, Jorge. Comentários ao Código de Processo Civil do Brasil, vol. 1: Artigos 1º a ed. São Paulo: Saraiva, 1958 ASSIS, Araken de. Garantia de acesso à justiça: benefício da gratuidade. In: TUCCI, José Roberto Cruz e (Coord.). Garantias constitucionais do processo civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999 BARBOSA MOREIRA, José Carlos. O direito à assistência jurídica: evolução no ordenamento brasileiro de nosso tempo. São Paulo: Saraiva, 1994 (Temas de direito processual Quinta série). CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryant. Acesso à justiça. Trad. Ellen Gracie Northfleet. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, CINTRA, Antonio Carlos de Araújo; GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria geral do processo. 20. ed. São Paulo: Malheiros, CRETELLA JUNIOR, José. Comentários à Constituição brasileira de 1988, Comentários à Constituição brasileira de Rio de Janeiro: Forense, v. 2. CUNHA, Luciana Gross. Juizado especial: criação, instalação, funcionamento e a democratização do acesso à justiça. São Paulo: Saraiva, DIDIER JUNIOR, Fredie; ZANETI JUNIOR, Hermes. Curso de direito processual civil: processo coletivo. Salvador: Podivm, v

15 DINAMARCO, Cândido Rangel. Manual dos juizados cíveis. 2. ed. São Paulo: Malheiros, 2001 ENGLISCH, Karl. Introdução ao pensamento jurídico. 8. ed. Trad. J. Baptista Machado. Lisboa: Fundação Galouste Gulbenkian, FREI BETTO. Educação em direitos humanos. Disponível em: Acesso em: 12 mar GARCIA, José Augusto. Solidarismo jurídico, acesso á justiça e funções atípicas da Defensoria Pública: a aplicação de um perfil institucional adequado. Revista de Direito da Defensoria Pública, Rio de Janeiro, Defensoria Pública Geral, ano 15, n. 19, p. 241, abr GRINOVER, Ada Pellegrini. Novas tendências do direito processual. Rio de Janeiro: Forense, O acesso à justiça no ano In: MARINONI, Luiz Guilherme (Coord.) O processo civil contemporâneo. Curitiba: Juruá, LÔBO, Paulo, Famílias. São Paulo: Saraiva, MARCACINI, Augusto Tavares Rosa. Assistência jurídica, assistência judiciária e justiça gratuita. Rio de Janeiro: Forense, MARINONI, Luiz Guilherme. Novas linhas do processo civil: o acesso à justiça e os institutos fundamentais do direito processual. São Paulo: Revista dos Tribunais, MARTINS, Daniela Calandra. A assistência judiciária junto ao Juizado Especial Cível e a Defensoria Pública. Revista de Direito da Defensoria Pública, Rio de Janeiro, v. 18, MORAES, Silvana Campos. Juizados de pequenas causas. São Paulo: Revista dos Tribunais, MUYLAERT, Leopoldo. Assistência judiciária integral gratuita versus assistência judiciária atuação da defensoria pública junto aos juizados especiais cíveis. Revista de Direito da Defensoria Pública, Rio de Janeiro, v. 9, p. 210, 1996 NERY, Nelson Nery. Princípios do processo civil na Constituição Federal. 8. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, NERY JUNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Código civil comentado. 5. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, OLIVEIRA, Rogério Nunes de. Assistência jurídica gratuita. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006 ORDACGY, André da Silva. Primeiras impressões sobre a Lei nº /07 e a atuação da Defensoria Pública da União na tutela coletiva. In: SOUSA. José Augusto Garcia de (Coord.). A Defensoria Pública e os processos coletivos: comemorando a Lei Federal , de 15 de janeiro de Rio de Janeiro: Lumen Juris, PEDROSA, Henrique E. G. Juizados especiais cíveis sem advogado & Comentários às Leis /95 e /01. Rio de Janeiro: Lumen Juris, PEREIRA, Marialdo de Castro; BOTTINI, Pierpaolo Cruz. A Defensoria Pública perante a tutela dos interesses transindividuais: atuação como parte legitimada ou como assistente judicial. In: A Defensoria Pública e os processos coletivos: comemorando a Lei Federal nº , de 15 de janeiro de Coord. SOUSA. José Augusto Garcia de. Rio de Janeiro: Lumen Juris, SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras linhas de direito processual civil. 21. ed. São Paulo: Saraiva, SILVA, José Afonso da. Comentário contextual à Constituição, 2. ed. São Paulo: Malheiros, SOUZA, José Augusto Garcia de. A nova Lei /07, os escopos extrajudiciais do processo e a velha legitimidade da Defensoria Pública para as ações coletivas. In: SOUSA. José Augusto Garcia de (Coord.). A Defensoria Pública e os processos coletivos: comemorando a Lei Federal , de 15 de janeiro de Rio de Janeiro: Lumen Juris, SOUZA Silvana Cristina Bonifácio. Assistência jurídica integral e gratuita, São Paulo: Método, 2003 THEODORO JUNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 39. ed. Rio de Janeiro: Forense: v. 1. WATANABE, Kazuo. Filosofia e características básicas do juizado especial de pequenas causas. In: WATANABE, Kazuo (Coord.). Juizado especial de pequenas causas. São Paulo: Revista dos Tribunais, WEIS, Carlos. Direitos humanos e Defensoria Pública. Boletim IBCrim, ano 10, n. 115, p. 5, jun ZAVASKI, Teori Albino. Processo coletivo: tutela de direitos coletivos e tutela coletiva de direitos. 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,

O ACESSO À JUSTIÇA POR MEIO DA DEFENSORIA PÚBLICA

O ACESSO À JUSTIÇA POR MEIO DA DEFENSORIA PÚBLICA ANAIS - I Congresso Norte Mineiro de Direito Constitucional - Outubro de 2015 ISSN 2447-3251- Montes Claros, MG-p. 1 O ACESSO À JUSTIÇA POR MEIO DA DEFENSORIA PÚBLICA BISPO, Bruno Henrique Câmara Acadêmico

Leia mais

Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Direito

Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Direito Escola Paulista de Direito EPD Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Direito O NOVO CONCEIITO DE SENTENÇA Especialização: Direito Civil e Processual Civil Especializandos: Thiago Martinelli de Vergueiro

Leia mais

A PROTEÇÃO E OS DIREITOS HUMANOS DO IDOSO E A SUA DIGNIDADE

A PROTEÇÃO E OS DIREITOS HUMANOS DO IDOSO E A SUA DIGNIDADE A PROTEÇÃO E OS DIREITOS HUMANOS DO IDOSO E A SUA DIGNIDADE Maíra Sgobbi de FARIA 1 Resumo: O respeito e a proteção que devem ser concedidos aos idosos sempre foram um dever da sociedade, uma vez que as

Leia mais

Ressarcimento de danos elétricos em equipamentos

Ressarcimento de danos elétricos em equipamentos AO SENHOR NELSON JOSÉ HUBNER MOREIRA DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL SGAN 603, MÓDULO J, CEP: 70830-030 BRASÍLIA/DF RECOMENDAÇÃO 1. CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição

Leia mais

THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito processual civil. 42. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005. v. 1.

THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito processual civil. 42. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005. v. 1. ÁREA 5 DIREITO PROCESSUAL CIVIL, I, II, III, IV, V e VI DIREITO PROCESSUAL CIVIL I Sujeitos do processo. Litisconsórcio. Intervenção de terceiros. Petição inicial. Causa de pedir. Pedido. Citação. Atos

Leia mais

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO 1) IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA Disciplina Direito Processual Civil

Leia mais

Curso: Direito Carga Horária: 80 Departamento: Direito Processual Civil Área: Público PLANO DE ENSINO

Curso: Direito Carga Horária: 80 Departamento: Direito Processual Civil Área: Público PLANO DE ENSINO Faculdade de Direito Milton Campos Disciplina: Prática Jurídica I Curso: Direito Carga Horária: 80 Departamento: Direito Processual Civil Área: Público PLANO DE ENSINO EMENTA Petição inicial. Requisitos.

Leia mais

Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts 267 e 269 desta Lei.

Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts 267 e 269 desta Lei. SENTENÇA CÍVEL 1. CONCEITO. Art. 162 parágrafo 1º do CPC Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts 267 e 269 desta Lei. Redação anterior...é o ato pelo qual o juiz põe

Leia mais

Licitações de Agências de Publicidade Lei nº 12.232/2010

Licitações de Agências de Publicidade Lei nº 12.232/2010 Licitações de Agências de Publicidade Lei nº 12.232/2010 * Rodrigo Corrêa da Costa Oliveira 1. INTRODUÇÃO A contratação de Agências de Propaganda pela Administração Pública sempre se pautou pela Lei Geral

Leia mais

TESE. Moradia e Meio Ambiente: desmanchando consensos em torno do conflito entre o. Direito à Moradia Digna e o Direito ao Meio Ambiente Sustentável

TESE. Moradia e Meio Ambiente: desmanchando consensos em torno do conflito entre o. Direito à Moradia Digna e o Direito ao Meio Ambiente Sustentável TESE Moradia e Meio Ambiente: desmanchando consensos em torno do conflito entre o Direito à Moradia Digna e o Direito ao Meio Ambiente Sustentável Carlos Henrique A. Loureiro Defensor Público Defensoria

Leia mais

Ação Monitória. Ana Carolina Fucks Anderson Palheiro 1

Ação Monitória. Ana Carolina Fucks Anderson Palheiro 1 16 Série Aperfeiçoamento de Magistrados 10 Curso: Processo Civil - Procedimentos Especiais Ação Monitória Ana Carolina Fucks Anderson Palheiro 1 A ação monitória foi introduzida no CPC no final do título

Leia mais

TRATADOS INTERNACIONAIS E SUA INCORPORAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS E TRATADOS INTERNACIONAIS

TRATADOS INTERNACIONAIS E SUA INCORPORAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS E TRATADOS INTERNACIONAIS Autora: Idinéia Perez Bonafina Escrito em maio/2015 TRATADOS INTERNACIONAIS E SUA INCORPORAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS E TRATADOS INTERNACIONAIS Nas relações internacionais do

Leia mais

PLANO DE ENSINO OBJETIVOS DA DISCIPLINA PROGRAMA DA DISCIPLINA

PLANO DE ENSINO OBJETIVOS DA DISCIPLINA PROGRAMA DA DISCIPLINA 1 PLANO DE ENSINO TEORIA GERAL DO PROCESSO (JUR1060) CARGA HORÁRIA 60h/a (teórica) CRÉDITOS 4 2º semestre/2015-1 Professora Mestra Waleska Mendes Cardoso OBJETIVOS DA DISCIPLINA Compreender que a intervenção

Leia mais

PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL

PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL Fernando Souza OLIVEIRA 1 Pedro Anderson da SILVA 2 RESUMO Princípio do Desenvolvimento Sustentável como um direito e garantia fundamental,

Leia mais

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

CONSTITUIÇÃO FEDERAL CONSTITUIÇÃO FEDERAL Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida,

Leia mais

DECISÃO. Relatório. 2. A decisão impugnada tem o teor seguinte:

DECISÃO. Relatório. 2. A decisão impugnada tem o teor seguinte: DECISÃO RECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL. ALEGADO DESCUMPRIMENTO DA SÚMULA VINCULANTE N. 10 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECLAMAÇÃO PROCEDENTE. Relatório 1. Reclamação, com pedido de antecipação de tutela, ajuizada

Leia mais

DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA NO AMBIENTE DE TRABALHO

DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA NO AMBIENTE DE TRABALHO DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA NO AMBIENTE DE TRABALHO GUSTAVO FAVINI MARIZ MAIA DR. ILTON GARCIA DA COSTA 1. INTRODUÇÃO As relações de trabalho configuram um aspecto de grande relevância na vida em sociedade.

Leia mais

REGULAMENTO DO ESCRITÓRIO DE ASSISTÊNCIA JURÍDICA NÚCLEO DE PRÁTICA JURIDICA

REGULAMENTO DO ESCRITÓRIO DE ASSISTÊNCIA JURÍDICA NÚCLEO DE PRÁTICA JURIDICA REGULAMENTO DO ESCRITÓRIO DE ASSISTÊNCIA JURÍDICA NÚCLEO DE PRÁTICA JURIDICA REITOR Prof. Antonio Roberto Ezau dos Santos PRÓ-REITOR ACADÊMICO Prof. Ms. José Lazaro de Souza PRÓ-REITOR ADMINISTRATIVO E

Leia mais

CONSULTA N.º 07/2013 OBJETO: Guarda de Fato pela Avó Dever dos Pais de Pagar Alimentos Representação Processual INTERESSADO: Maria Gorete Monteiro

CONSULTA N.º 07/2013 OBJETO: Guarda de Fato pela Avó Dever dos Pais de Pagar Alimentos Representação Processual INTERESSADO: Maria Gorete Monteiro CONSULTA N.º 07/2013 OBJETO: Guarda de Fato pela Avó Dever dos Pais de Pagar Alimentos Representação Processual INTERESSADO: Maria Gorete Monteiro CONSULTA N. 07/2013: 1. Cuida-se de consulta encaminhada

Leia mais

AS REGRAS DE DIVISÃO DO ÔNUS DA PROVA DEVEM LI- MITAR OS PODERES INSTRUTÓRIOS DO JUIZ?

AS REGRAS DE DIVISÃO DO ÔNUS DA PROVA DEVEM LI- MITAR OS PODERES INSTRUTÓRIOS DO JUIZ? REVISTA DA ESMESE, Nº 04, 2003 - DOUTRINA - 117 AS REGRAS DE DIVISÃO DO ÔNUS DA PROVA DEVEM LI- MITAR OS PODERES INSTRUTÓRIOS DO JUIZ? Flávia Moreira Pessoa, Juíza do Trabalho Substituta (TRT 20ª Região),

Leia mais

Advocacia pro bono, uma possível proibição.

Advocacia pro bono, uma possível proibição. Página1 Advocacia pro bono, uma possível proibição. Michel Cesar Toffano A advocacia pro bono no Brasil nos parece recente se comparada as outras atividades pro bono existentes exercidas por médicos, enfermeiros,

Leia mais

ASPECTOS DA DESAPROPRIAÇÃO POR NECESSIDADE OU UTILIDADE PÚBLICA E POR INTERESSE SOCIAL.

ASPECTOS DA DESAPROPRIAÇÃO POR NECESSIDADE OU UTILIDADE PÚBLICA E POR INTERESSE SOCIAL. ASPECTOS DA DESAPROPRIAÇÃO POR NECESSIDADE OU UTILIDADE PÚBLICA E POR INTERESSE SOCIAL. Por Osvaldo Feitosa de Lima, Advogado e mail: drfeitosalima@hotmail.com Em razão do princípio da supremacia do interesse

Leia mais

PARAMETROS DO ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL

PARAMETROS DO ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL 1 PARAMETROS DO ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL Prof.Dr.Luís Augusto Sanzo Brodt ( O autor é advogado criminalista, professor adjunto do departamento de Ciências Jurídicas da Fundação Universidade Federal

Leia mais

O COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA, no uso de suas atribuições legais; e

O COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA, no uso de suas atribuições legais; e RESOLUÇÃO Nº 20/2004 - CPJ Cria a CENTRAL DE ACOMPANHAMENTO DE INQUÉRITOS POLICIAIS E CONTROLE EXTERNO DA ATIVIDADE POLICIAL, no âmbito do Ministério Público do Estado de Mato Grosso e dá outras providências.

Leia mais

Concurso de Teses do VII Congresso Nacional dos Defensores Públicos. Samara Wilhelm - DPRS

Concurso de Teses do VII Congresso Nacional dos Defensores Públicos. Samara Wilhelm - DPRS Concurso de Teses do VII Congresso Nacional dos Defensores Públicos Samara Wilhelm - DPRS A Lei Maria da Penha como Novo Paradigma de Acesso Integral à Justiça Categoria Defensores Públicos A Lei Maria

Leia mais

CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE TRABALHO, ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO EMENDA ADITIVA PROJETO DE LEI N.º 2.648, DE 2015

CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE TRABALHO, ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO EMENDA ADITIVA PROJETO DE LEI N.º 2.648, DE 2015 COMISSÃO DE TRABALHO, ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO EMENDA ADITIVA ao PROJETO DE LEI N.º 2.648, DE 2015 Altera dispositivos da Lei n.º 11.416, de 15 de dezembro de 2006, Plano das Carreiras dos Servidores

Leia mais

Conselho da Justiça Federal

Conselho da Justiça Federal RESOLUÇÃO Nº 058, DE 25 DE MAIO DE 2009 Estabelece diretrizes para membros do Poder Judiciário e integrantes da Polícia Federal no que concerne ao tratamento de processos e procedimentos de investigação

Leia mais

Juizados Especiais. Aula 3 (05.03.13) Vinicius Pedrosa Santos (magistrado e professor) e-mail: vinipedrosa@uol.com.br.

Juizados Especiais. Aula 3 (05.03.13) Vinicius Pedrosa Santos (magistrado e professor) e-mail: vinipedrosa@uol.com.br. Juizados Especiais Aula 3 (05.03.13) Vinicius Pedrosa Santos (magistrado e professor) e-mail: vinipedrosa@uol.com.br Ementa da aula Competência em razão do objeto Competência territorial Competência de

Leia mais

Éprincípio basilar da atuação jurisdicional, no caso contenciosa, o

Éprincípio basilar da atuação jurisdicional, no caso contenciosa, o A idoneidade da fiança judicial Ricardo de Oliveira Paes Barreto Éprincípio basilar da atuação jurisdicional, no caso contenciosa, o contraditório. Esse princípio, mais que balizador do direito processual

Leia mais

SEGURIDADE SOCIAL DIREITO PREVIDENCIÁRIO SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL PREVIDÊNCIA SOCIAL. Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO

SEGURIDADE SOCIAL DIREITO PREVIDENCIÁRIO SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL PREVIDÊNCIA SOCIAL. Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO DIREITO PREVIDENCIÁRIO Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO 1 2 Conceituação: A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a

Leia mais

CARTA DA BAHIA 05.07.2008

CARTA DA BAHIA 05.07.2008 CARTA DA BAHIA 05.07.2008 Os Defensores Públicos dos Estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí,

Leia mais

IMPOSTO DE RENDA E O ARTIGO 43 DO CTN

IMPOSTO DE RENDA E O ARTIGO 43 DO CTN IMPOSTO DE RENDA E O ARTIGO 43 DO CTN IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, Professor Emérito das Universidades Mackenzie, Paulista e Escola de Comando e Estado Maior do Exército, Presidente do Conselho de Estudos

Leia mais

PROPOSTA DE LEI N.º 233/XII

PROPOSTA DE LEI N.º 233/XII PROPOSTA DE LEI N.º 233/XII PLANO NACIONAL DE AÇÃO PARA OS DIREITOS DA CRIANÇA As crianças são encaradas como sujeitos de direitos, a partir do momento em que o seu bem-estar é concebido como uma consequência

Leia mais

A Hermenêutica do Artigo 50, 13, Inciso III, do ECA, Frente à Equidade e aos Princípios Constitucionais da Proteção Integral e da Prioridade Absoluta

A Hermenêutica do Artigo 50, 13, Inciso III, do ECA, Frente à Equidade e aos Princípios Constitucionais da Proteção Integral e da Prioridade Absoluta 238 Série Aperfeiçoamento de Magistrados 11 Curso de Constitucional - Normatividade Jurídica A Hermenêutica do Artigo 50, 13, Inciso III, do ECA, Frente à Equidade e aos Princípios Constitucionais da Proteção

Leia mais

Casa do Direito, Abre essa porta!

Casa do Direito, Abre essa porta! Casa do Direito, Abre essa porta! Apresentação do Projecto Organização Actividades Decreto-lei nº62/2005 de 10 de Outubro Garantir a protecção e o exercício dos direitos do cidadão bem como a observância

Leia mais

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA CAPÍTULO I DA FINALIDADE Art. 1º. O Núcleo de Prática Jurídica do Curso de Direito da Faculdade Dom Bosco de Porto Alegre, tem por finalidade promover e coordenar

Leia mais

FGV DIREITO RIO GRADUAÇÃO Coordenação de Ensino

FGV DIREITO RIO GRADUAÇÃO Coordenação de Ensino DISCIPLINA: TÓPICOS EM PROCESSO CIVIL PÚBLICO E PRIVADO PROFESSOR: CLAUDIA RIBEIRO PEREIRA NUNES CARGA HORÁRIA: 60h DISCIPLINA ELETIVA EMENTA Bloco I Fundamentos dos Procedimentos do CPC Bloco II Análise

Leia mais

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil Interpretação do art. 966 do novo Código Civil A TEORIA DA EMPRESA NO NOVO CÓDIGO CIVIL E A INTERPRETAÇÃO DO ART. 966: OS GRANDES ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA DEVERÃO TER REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL? Bruno

Leia mais

USUCAPIÃO FAMILIAR E A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE Amanda Nunes Stefaniak amanda-stefaniak@bol.com.br; Orientadora: Doutora Jeaneth Nunes Stefaniak

USUCAPIÃO FAMILIAR E A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE Amanda Nunes Stefaniak amanda-stefaniak@bol.com.br; Orientadora: Doutora Jeaneth Nunes Stefaniak USUCAPIÃO FAMILIAR E A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE Amanda Nunes Stefaniak amanda-stefaniak@bol.com.br; Orientadora: Doutora Jeaneth Nunes Stefaniak Universidade Estadual de Ponta Grossa Resumo: O objetivo

Leia mais

O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, no uso de suas atribuições legais,

O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, no uso de suas atribuições legais, RESOLUÇÃO N.º102 /97 - P.G.J. Estabelece normas para o exercício do controle externo da atividade de Polícia Judiciária pelo Ministério Público, previsto no artigo 129, inciso VII, da Constituição Federal

Leia mais

DA LEGITIMIDADE ATIVA DA DEFENSORIA PÚBLICA PARA A DEFESA COLETIVA DOS CONSUMIDORES

DA LEGITIMIDADE ATIVA DA DEFENSORIA PÚBLICA PARA A DEFESA COLETIVA DOS CONSUMIDORES DA LEGITIMIDADE ATIVA DA DEFENSORIA PÚBLICA PARA A DEFESA COLETIVA DOS CONSUMIDORES Vitor Vilela Guglinski Assessor de juiz, especialista em Direito do Consumidor em Juiz de Fora (MG). A 2ª Câmara Especial

Leia mais

2006-02-17 - PGT-CCR-67-2006

2006-02-17 - PGT-CCR-67-2006 Processo-PGT-CCR - 67/2006 Interessado 1: Ofícios de Uberlândia e Juiz de Fora(PRT 3ª Região) Interessado 2: PRT 3ª Região Assunto: Conflitos de atribuições entre Ofício e Sede (3ª Região) VOTO I - RELATÓRIO

Leia mais

ESTUDO DIRIGIDO 9 RESPOSTAS. 1. Princípios que Regem a Execução Trabalhista. 2. Ação Rescisória na Justiça do Trabalho.

ESTUDO DIRIGIDO 9 RESPOSTAS. 1. Princípios que Regem a Execução Trabalhista. 2. Ação Rescisória na Justiça do Trabalho. ESTUDO DIRIGIDO 9 RESPOSTAS 1. Princípios que Regem a Execução Trabalhista. 2. Ação Rescisória na Justiça do Trabalho. 1. Princípios que Regem a Execução Trabalhista: 1.1. Quais os princípios que regem

Leia mais

MUNICÍPIO DE CRUZEIRO DO SUL - ACRE GABINETE DO PREFEITO MEDIDA PROVISÓRIA N 002/2013, DE 14 DE MARÇO DE 2013.

MUNICÍPIO DE CRUZEIRO DO SUL - ACRE GABINETE DO PREFEITO MEDIDA PROVISÓRIA N 002/2013, DE 14 DE MARÇO DE 2013. Pág. 1 de 7 MEDIDA PROVISÓRIA N 002/2013, DE 14 DE MARÇO DE 2013. DO: PODER EXECUTIVO AO: PODER LEGISLATIVO DISPÕE SOBRE A POLÍTICA MUNICIPAL DE ATENDIMENTO DOS DIREITOS DO IDOSO, CRIA O FUNDO MUNICIPAL

Leia mais

O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO

O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO José Afonso da Silva 1. A controvérsia 1. A condenação, pelo Supremo Tribunal Federal, na Ação Penal 470, de alguns deputados federais tem suscitado dúvidas relativamente

Leia mais

O CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO E O DIREITO DE AÇÃO EM FACE DE TERCEIROS

O CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO E O DIREITO DE AÇÃO EM FACE DE TERCEIROS O CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO E O DIREITO DE AÇÃO EM FACE DE TERCEIROS Elaborado em 08.2006 Vitor Vilela Guglinski Assessor de juiz, especialista em Direito do Consumidor em Juiz de Fora (MG). A elaboração

Leia mais

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO PROJETO DE LEI N o 2.785, DE 2011 Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente, para assegurar a convivência

Leia mais

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Quarta-feira, 2 de julho de 2014. Série. Número 99

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Quarta-feira, 2 de julho de 2014. Série. Número 99 REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA JORNAL OFICIAL Quarta-feira, 2 de julho de 2014 Série Sumário ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DAMADEIRA Resolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira

Leia mais

PROJETO CONHECENDO ABRIGOS

PROJETO CONHECENDO ABRIGOS Centro de Apoio Op era cional da In fâ ncia, Juven tude e Educaçã o PROJETO CONHECENDO ABRIGOS 1. Introdução O abrigo é uma medida de proteção provisória, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente,

Leia mais

SÚ MÚLA DE RECOMENDAÇO ES AOS RELATORES Nº 1/2016/CE

SÚ MÚLA DE RECOMENDAÇO ES AOS RELATORES Nº 1/2016/CE SÚ MÚLA DE RECOMENDAÇO ES AOS RELATORES Nº 1/2016/CE CONSIDERAÇÕES INICIAIS A presente Súmula de Recomendações aos Relatores da CE tem por objetivo definir parâmetros de referência às decisões da Comissão,

Leia mais

Estado de Mato Grosso Poder Judiciário Comarca de Barra do Bugres 2º Vara

Estado de Mato Grosso Poder Judiciário Comarca de Barra do Bugres 2º Vara Referência: Autos 50595 (1678-63.2011.811.0008) Tratam-se os presentes autos de ação civil pública proposta pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO em desfavor do ESTADO DE MATO GROSSO e do MUNICÍPIO

Leia mais

AS PROFISSÕES DE CONTADOR, ECONOMISTA E ADMINISTRADOR: O QUE FAZEM E ONDE TRABALHAM

AS PROFISSÕES DE CONTADOR, ECONOMISTA E ADMINISTRADOR: O QUE FAZEM E ONDE TRABALHAM 1 AS PROFISSÕES DE CONTADOR, ECONOMISTA E ADMINISTRADOR: O QUE FAZEM E ONDE TRABALHAM De acordo com uma pesquisa realizada em Brasília, conforme consta em reportagem publicada pelo jornalista Luis Bissigo,

Leia mais

A Mitigação do processo civil no Direito de Família

A Mitigação do processo civil no Direito de Família A Mitigação do processo civil no Direito de Família Denise Damo Comel Elaborado em 10/2011. A natureza, a relevância e a especialidade das questões tuteladas autorizam a mitigação dos princípios gerais

Leia mais

CURSO DE DIREITO PLANO DE ENSINO DE DISCIPLINA

CURSO DE DIREITO PLANO DE ENSINO DE DISCIPLINA CURSO DE DIREITO PLANO DE ENSINO DE DISCIPLINA 1) IDENTIFICAÇÃO Código DIR269 Nome DIREITO PROCESSUAL CIVIL I Créditos 04 Carga horária total 68 horas/aula (17 aulas) Semestre letivo 1.º/2012 Professor

Leia mais

ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM RECORTE HORIZONTAL NO ATENDIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS

ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM RECORTE HORIZONTAL NO ATENDIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM RECORTE HORIZONTAL NO ATENDIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS Mônica Abranches 1 No Brasil, no final da década de 70, a reflexão e o debate sobre a Assistência Social reaparecem e surge

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI N o 581, DE 2003 (Apensos: PLs n os 651, de 2003, e 3.206, de 2004) Acrescenta o parágrafo único ao artigo 3º da Lei nº 9.472, de 16 de

Leia mais

Uma conceituação estratégica de "Terceiro Setor"

Uma conceituação estratégica de Terceiro Setor Uma conceituação estratégica de "Terceiro Setor" Antonio Luiz de Paula e Silva Qual é a tarefa das organizações do chamado "Terceiro Setor"? O "Terceiro Setor" está cumprindo seu papel? Que tipo de perguntas

Leia mais

O Novo Regime das Medidas Cautelares no Processo Penal

O Novo Regime das Medidas Cautelares no Processo Penal 202 O Novo Regime das Medidas Cautelares no Processo Penal Juliana Andrade Barichello 1 O objetivo deste trabalho é discorrer sobre os principais pontos das palestras, enfatizando a importância das alterações

Leia mais

15/05/2013 MODELO DE RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE

15/05/2013 MODELO DE RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE Direito Processual Penal 2ª Fase OAB/FGV Professora Beatriz Abraão MODELO DE RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da... Vara Criminal da Comarca... (especificar

Leia mais

Noções Básicas de Direito para Servidores Públicos: Aspectos Práticos

Noções Básicas de Direito para Servidores Públicos: Aspectos Práticos Prefeitura Municipal de Campinas Secretaria de Gestão e Controle 18.09.2012 Noções Básicas de Direito para Servidores Públicos: Aspectos Práticos Gustavo Justino de Oliveira Pós-Doutor em Direito Administrativo

Leia mais

A dignidade da pessoa humana e os valores da liberdade, da igualdade e da solidariedade

A dignidade da pessoa humana e os valores da liberdade, da igualdade e da solidariedade Direitos humanos: considerações gerais Camila Bressanelli * A dignidade da pessoa humana e os valores da liberdade, da igualdade e da solidariedade Análise contextual: Para o estudo dos direitos humanos

Leia mais

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA E DOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES INICIAIS

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA E DOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES INICIAIS CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA Jundiaí/SP REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA E DOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES INICIAIS Art. 1º. O estágio de prática jurídica supervisionado

Leia mais

A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927

A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927 A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927 Marcela Furtado Calixto 1 Resumo: O presente artigo visa discutir a teoria

Leia mais

TERMINOLOGIAS NO PROCESSO JUDICIÁRIO DO TRABALHO PRINCÍPIOS DO PROCESSO JUDICIÁRIO DO TRABALHO TRABALHO PRINCÍPIOS DO PROCESSO JUDICIÁRIO DO TRABALHO

TERMINOLOGIAS NO PROCESSO JUDICIÁRIO DO TRABALHO PRINCÍPIOS DO PROCESSO JUDICIÁRIO DO TRABALHO TRABALHO PRINCÍPIOS DO PROCESSO JUDICIÁRIO DO TRABALHO DO PROCESSO JUDICIÁRIO DO AULA 07.1 - INTRODUÇÃO TERMINOLOGIAS NO No processo do trabalho há um dialeto próprio, que define: -O AUTOR como sendo o RECLAMANTE; -O RÉU como sendo do RECLAMADO. 1 2 DO O direito

Leia mais

Tribunal de Contas do Estado do Pará

Tribunal de Contas do Estado do Pará RESOLUÇÃO Nº 16.769 (Processo nº. 2003/51606-1) Assunto: Consulta formulada pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DO ES- TADO visando esclarecer se os valores correspondentes ao Imposto de Renda Retido na Fonte sobre

Leia mais

PROCESSO PENAL COMNENTÁRIOS RECURSOS PREZADOS, SEGUEM OS COMENTÁRIOS E RAZÕES PARA RECURSOS DAS QUESTÕES DE PROCESSO PENAL.

PROCESSO PENAL COMNENTÁRIOS RECURSOS PREZADOS, SEGUEM OS COMENTÁRIOS E RAZÕES PARA RECURSOS DAS QUESTÕES DE PROCESSO PENAL. PROCESSO PENAL COMNENTÁRIOS RECURSOS PREZADOS, SEGUEM OS COMENTÁRIOS E RAZÕES PARA RECURSOS DAS QUESTÕES DE PROCESSO PENAL. A PROVA FOI MUITO BEM ELABORADA EXIGINDO DO CANDIDATO UM CONHECIMENTO APURADO

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Contratação de advogado - inexigibilidade de licitação Wagner Rodolfo Faria Nogueira * INTRÓITO: Uma das grandes divergências encontradas na Lei nº 8.666/93 diz respeito a contratação

Leia mais

PROVIMENTO CONJUNTO Nº 27/2013 (Alterado pelo Provimento Conjunto nº 38/2014)

PROVIMENTO CONJUNTO Nº 27/2013 (Alterado pelo Provimento Conjunto nº 38/2014) Publicação: 21/10/13 DJE: 18/10/13 PROVIMENTO CONJUNTO Nº 27/2013 (Alterado pelo Provimento Conjunto nº 38/2014) Regulamenta o recolhimento e a destinação dos valores oriundos de prestações pecuniárias

Leia mais

A DEFENSORIA PÚBLICA COMO GARANTIDORA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DOS PRESOS PROVISÓRIOS E CONDENADOS

A DEFENSORIA PÚBLICA COMO GARANTIDORA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DOS PRESOS PROVISÓRIOS E CONDENADOS A COMO GARANTIDORA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DOS PRESOS PROVISÓRIOS E CONDENADOS Maicom Alan Fraga Vendruscolo. Defensor Público do Estado de Mato Grosso, pós-graduado em Ciências Penais e atua na Comarca

Leia mais

RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS

RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS SEGURANÇA DE BARRAGENS DE REJEITOS RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS SIMEXMIN OURO PRETO 18.05.2016 SERGIO JACQUES DE MORAES ADVOGADO DAS PESSOAS DAS PESSOAS NATURAIS A vida é vivida por

Leia mais

TÍTULO DA TESE: POSSIBILIDADE E NECESSIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO ATUAR DIRETAMENTE COMO AGENTE TRANSFORMADOR DA REALIDADE SOCIAL

TÍTULO DA TESE: POSSIBILIDADE E NECESSIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO ATUAR DIRETAMENTE COMO AGENTE TRANSFORMADOR DA REALIDADE SOCIAL TÍTULO DA TESE: POSSIBILIDADE E NECESSIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO ATUAR DIRETAMENTE COMO AGENTE TRANSFORMADOR DA REALIDADE SOCIAL Bruno Cesar Medeiros Jardini Promotor de Justiça Titular da 3ª Promotoria

Leia mais

A ESCOLA DO SERVIÇO PÚBLICO

A ESCOLA DO SERVIÇO PÚBLICO Número 11 fevereiro de 2002 Salvador Bahia Brasil A ESCOLA DO SERVIÇO PÚBLICO Prof. Marcelo Pereira Mestre e Doutor em Direito do Estado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. A) FUNDAMENTO

Leia mais

*Revista Eletrônica do CEAF. Porto Alegre - RS. Ministério Público do Estado do RS. Vol. 1, n. 2, fev./maio 2012*

*Revista Eletrônica do CEAF. Porto Alegre - RS. Ministério Público do Estado do RS. Vol. 1, n. 2, fev./maio 2012* *Revista Eletrônica do CEAF. Porto Alegre - RS. Ministério Público do Estado do RS. Vol. 1, n. 2, fev./maio 2012* CUSTO DO NÃO INVESTIMENTO NA INFÂNCIA E NA JUVENTUDE Mário Luiz Ramidoff Promotor de Justiça

Leia mais

Fundamentação legal para a contratação do INSTITUTO NEGÓCIOS PÚBLICOS CONGRESSO BRASILEIRO DE PREGOEIROS

Fundamentação legal para a contratação do INSTITUTO NEGÓCIOS PÚBLICOS CONGRESSO BRASILEIRO DE PREGOEIROS Fundamentação legal para a contratação do CONGRESSO BRASILEIRO DE PREGOEIROS 1. O objeto do Contrato 8º CONGRESSO BRASILEIRO DE PREGOEIROS, FOZ DO IGUAÇU - 18 A 21 DE MARÇO DE 2013. 2. Os instrutores Profissionais

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO - 4ª REGIÃO RIO GRANDE DO SUL Fl. 1. 22ª Vara do Trabalho de Porto Alegre

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO - 4ª REGIÃO RIO GRANDE DO SUL Fl. 1. 22ª Vara do Trabalho de Porto Alegre Fl. 1 Autor: Ministério Público do Trabalho Réu: Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio Grande do Sul VISTOS, ETC. Ministério Público do Trabalho ajuíza ação trabalhista contra Sindicato

Leia mais

Autores: Bruno Shimizu, Patrick Lemos Cacicedo, Verônica dos Santos Sionti e Bruno Girade Parise

Autores: Bruno Shimizu, Patrick Lemos Cacicedo, Verônica dos Santos Sionti e Bruno Girade Parise TESE: 01/13 (ÁREA CRIMINAL) Autores: Bruno Shimizu, Patrick Lemos Cacicedo, Verônica dos Santos Sionti e Bruno Girade Parise Súmula: A fixação de fiança pelo juízo ou a manutenção da fiança arbitrada pela

Leia mais

EDITAL Nº 001/2015 PROCESSO SELETIVO DE ESTAGIÁRIOS EM NÍVEL SUPERIOR DO CURSO DE DIREITO

EDITAL Nº 001/2015 PROCESSO SELETIVO DE ESTAGIÁRIOS EM NÍVEL SUPERIOR DO CURSO DE DIREITO EDITAL Nº 001/2015 PROCESSO SELETIVO DE ESTAGIÁRIOS EM NÍVEL SUPERIOR DO CURSO DE DIREITO A Comissão de Seleção de Estágio torna público o Processo Seletivo para o preenchimento de 5 (cinco) vagas para

Leia mais

ILANA FINKIELSZTEJN EILBERG

ILANA FINKIELSZTEJN EILBERG ILANA FINKIELSZTEJN EILBERG O DIREITO FUNDAMENTAL À EDUCAÇÃO E AS RELAÇÕES DE CONSUMO Dissertação de Mestrado apresentada como requisito final para obtenção do título de Mestre em Direito, no Programa

Leia mais

PROJETO DE LEI N o, DE 2008

PROJETO DE LEI N o, DE 2008 PROJETO DE LEI N o, DE 2008 (Da Sra. Professora Raquel Teixeira) Dispõe sobre a regulamentação do exercício da atividade de Psicopedagogia. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º É livre, em todo o território

Leia mais

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO Secretaria de Gestão Pública Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais de Pessoal Coordenação-Geral de Aplicação das Normas NOTA TÉCNICA Nº 57/2014/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP

Leia mais

DISCIPLINA: Direito Processual Civil IV. CH total: 72h. SEMESTRE DE ESTUDO: 8º Semestre

DISCIPLINA: Direito Processual Civil IV. CH total: 72h. SEMESTRE DE ESTUDO: 8º Semestre DISCIPLINA: Direito Processual Civil IV CH total: 72h SEMESTRE DE ESTUDO: 8º Semestre TURNO: Matutino / Noturno CÓDIGO: DIR137 1. EMENTA: Aspectos gerais da execução. Liquidação de sentença. Execução de

Leia mais

Acresce Seção I A e altera os artigos 156 e 157 da Lei 8.069, de 1990 Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.

Acresce Seção I A e altera os artigos 156 e 157 da Lei 8.069, de 1990 Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. PL 178/2003 Acresce Seção I A e altera os artigos 156 e 157 da Lei 8.069, de 1990 Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Projeto de Lei nº 178, de 2003 (Do Sr. Reginaldo Lopes)

Leia mais

DA INCONSTITUCIONALIDADE DA PRISÃO DO DEPOSITÁRIO INFIEL

DA INCONSTITUCIONALIDADE DA PRISÃO DO DEPOSITÁRIO INFIEL 1 DA INCONSTITUCIONALIDADE DA PRISÃO DO DEPOSITÁRIO INFIEL Edson Ribeiro De acordo com a Convenção de Viena (1969), os tratados internacionais são acordos internacionais firmados entre Estados, na forma

Leia mais

Criação dos Conselhos Municipais de

Criação dos Conselhos Municipais de Criação dos Conselhos Municipais de Educação Ada Pimentel Gomes Fernandes Vieira Fortaleza 02.08.2009 Por que criar Conselhos de Educação? O Art. 1º da Constituição Federal/1988 traduz a nossa opção por

Leia mais

ACÓRDÃO 0000661-05.2013.5.04.0028 RO Fl. 1. JUIZ CONVOCADO JOE ERNANDO DESZUTA (REDATOR) Órgão Julgador: 4ª Turma

ACÓRDÃO 0000661-05.2013.5.04.0028 RO Fl. 1. JUIZ CONVOCADO JOE ERNANDO DESZUTA (REDATOR) Órgão Julgador: 4ª Turma 0000661-05.2013.5.04.0028 RO Fl. 1 JUIZ CONVOCADO JOE ERNANDO DESZUTA (REDATOR) Órgão Julgador: 4ª Turma Recorrente: ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE BENEFICÊNCIA - Adv. Guilherme Camillo Krugen Recorrido: LIANO

Leia mais

DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.

DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. Fl. 1 Reclamante: Evandra Schau Marques Reclamado: Lojas Renner S.A. VISTOS, ETC. Evandra Schau Marques ajuíza ação trabalhista contra Lojas Renner S.A. em 11/11/2011. Após exposição fática e fundamentação

Leia mais

<CABBCDAAADBCAADACBBCBACCBABCADCABDAAA DDABCAAD>

<CABBCDAAADBCAADACBBCBACCBABCADCABDAAA DDABCAAD> INCIDENTE DE ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE ARTIGOS 3º, INCISO I, ALÍNEA E, E 10, INCISOS II E V, DA LEI COMPLEMENTAR 29/1997 ARTIGOS 1º. E 3º, INCISOS

Leia mais

Ações Coletivas 7ª e 8ª horas extras Banco do Brasil

Ações Coletivas 7ª e 8ª horas extras Banco do Brasil Ações Coletivas 7ª e 8ª horas extras Banco do Brasil I. Introdução Com a implementação do novo Plano de Funções imposto pela diretoria do BB, em janeiro, surgiu uma grande demanda por informações sobre

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br (In)competência da Justiça do Trabalho para execuções fiscais de créditos oriundos de penalidades administrativas impostas aos empregadores pela fiscalização do trabalho Carlos Eduardo

Leia mais

PARECER Nº DE 2015. RELATOR: Senador DOUGLAS CINTRA

PARECER Nº DE 2015. RELATOR: Senador DOUGLAS CINTRA PARECER Nº DE 2015 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, em decisão terminativa, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 356 de 2012, do Senador Paulo Paim, que altera o artigo 53 do Código Civil

Leia mais

MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA ESTÁGIOS

MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA ESTÁGIOS MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA ESTÁGIOS Lei de estágio 11.788/08 O estágio tem por finalidade proporcionar a complementação da formação acadêmica e permite que o estudante tenha acesso ao campo de sua futura

Leia mais

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO PADRÃO DE RESPOSTA - PEÇA PROFISSIONAL A pessoa jurídica A, fabricante de refrigerantes, recolheu em montante superior ao devido o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente nas operações

Leia mais

1. Das disposições acerca da avaliação de desempenho no âmbito do PCCTAE

1. Das disposições acerca da avaliação de desempenho no âmbito do PCCTAE Nota Técnica nº 07/2008 SINASEFE. Servidores técnico-administrativos das Instituições Federais de Ensino. Avaliação de desempenho. Previsão sobre a matéria em legislação específica (Lei 11.091/05 e Decreto

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 (de autoria do Senador Pedro Simon)

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 (de autoria do Senador Pedro Simon) 1 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 (de autoria do Senador Pedro Simon) Acrescenta e altera dispositivos na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para incluir no ensino fundamental e médio, e nos

Leia mais

ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE CASA CIVIL E DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS RELATÓRIO

ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE CASA CIVIL E DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS RELATÓRIO 1 Procedência: Secretaria de Estado de Casa Civil e de Relações Institucionais Interessado: Secretaria de Estado de Casa Civil e de Relações Institucionais Número : 15.116 Data : 22 de setembro de 2011

Leia mais

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OBRIGATORIEDADE

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OBRIGATORIEDADE FUNDAMENTAÇÃO LEGAL Os artigos 578 e 579 da CLT preveem que as contribuições devidas aos sindicatos, pelos que participem das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA (Relator): Trata-se de recurso especial interposto contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo assim ementado: "Exceção

Leia mais

CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO. (Alterada pelas Resoluções nº 65/2011 e 98/2013) RESOLUÇÃO Nº 20, DE 28 DE MAIO DE 2007.

CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO. (Alterada pelas Resoluções nº 65/2011 e 98/2013) RESOLUÇÃO Nº 20, DE 28 DE MAIO DE 2007. CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO (Alterada pelas Resoluções nº 65/2011 e 98/2013) RESOLUÇÃO Nº 20, DE 28 DE MAIO DE 2007. Regulamenta o art. 9º da Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 1993 e

Leia mais

TÍTULO VII DA PROVA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

TÍTULO VII DA PROVA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS TÍTULO VII DA PROVA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 155. No juízo penal, somente quanto ao estado das pessoas, serão observadas as restrições à prova estabelecidas na lei civil. Art. 156. A prova da

Leia mais