Julgamento hoje no STF pode redividir fundo dos Estados O Estado de S. Paulo - 24/02/2010 Autor(es): Eugênia Lopes

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1 Julgamento hoje no STF pode redividir fundo dos Estados O Estado de S. Paulo - 24/02/2010 Autor(es): Eugênia Lopes Quatro ações questionam porcentuais de distribuição do FPE definidos há 21 anos Dez Estados mais o Distrito Federal passarão a ganhar mais recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE), caso o Supremo Tribunal Federal (STF) considere inconstitucional a Lei Complementar 62/1989, que trata do rateio da verba do fundo. O Supremo começa a julgar hoje quatro ações diretas de inconstitucionalidade que questionam os porcentuais definidos há 21 anos de distribuição do FPE entre os 26 Estados e o DF. Pelos novos cálculos, que atualizam os índices populacionais, a renda per capita e a área geográfica, Alagoas, Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Rio, São Paulo, além do Distrito Federal, serão beneficiados com o recebimento de uma fatia maior de recursos do fundo. São Paulo, aliás, será o que mais ganhará, se a lei for considerada inconstitucional: passará do atual 1% a que tem direito do FPE para 4,34%. De acordo com simulação feita pelo economista Sérgio Gobetti, do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), Piauí também será um dos maiores beneficiados, passando a receber 5,92% do FPE, contra os atuais 4,32%. Mato Grosso do Sul sairia de 1,33% de recursos do fundo a que tem direito hoje para 2,81%. Em 2009, o fundo teve R$ 36,2 bilhões líquidos. Dezesseis Estados perderão, no entanto, recursos do fundo, caso os porcentuais de distribuição estabelecidos na lei, sejam considerados inconstitucionais pelo Supremo. O mais afetado será Minas, que recebe hoje 4,45% de recursos do fundo destinados à região Sudeste, e passará a ganhar 2,87%. Em seguida vem a Bahia, hoje o Estado com o maior porcentual - recebe 9,4% dos recursos e passará a ter direito a 7,99%. Outro prejudicado é o Tocantins, que cairá dos atuais 4,34% para 3,09%. As quatro ações que questionam a constitucionalidade da lei são relatadas pelo ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo. As ações foram encaminhadas ao tribunal em 1993, 1999, 2002 e 2004, apresentadas pelos governadores de Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Goiás. CRITÉRIO POLÍTICO A Lei 62/1989 definiu os porcentuais de repasses para cada Estado - na ocasião, foram usados critérios políticos para o estabelecimento dos índices de rateio. Ficou acertado, porém, que esses porcentuais seriam provisórios até que fosse elaborada uma nova lei com critérios para repartir a verba. Passados 21 anos, essa lei nunca foi feita e esses porcentuais ficaram "congelados". Os governadores que se sentiram prejudicados foram ao Supremo arguir a constitucionalidade da legislação e alegaram a necessidade de atualizar os valores de repasse.

2 Previsto no artigo 159 da Constituição de 1988, o Fundo de Participação dos Estados corresponde a 21,5% da receita arrecadada com o Imposto sobre Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A Lei Complementar 62 estabelece que 85% dos recursos do FPE vão para os Estados das regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste. Os 15% restantes são destinados às regiões Sul e Sudeste. NÚMEROS R$ 36,2 bilhões Foi o total do fundo em ,87% Será destinado ao Estado de Minas Gerais 4,34% Dos recursos é quanto o Tocantins recebe hoje e passará para 3,09% 9,4% É quanto recebe hoje o Estado da Bahia, que terá direito a 7,99% 2,81% Mato Grosso terá direito, saindo dos atuais 1,33%

3 Congresso terá 2 anos para criar critérios para FPE O Estado de S. Paulo - 24/02/2010 Autor(es): Felipe Recondo - Agencia Estado BRASÍLIA - Por ordem do Supremo Tribunal Federal, o Congresso terá dois anos para votar uma lei complementar que defina critérios para a partilha dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE). O tribunal julgou inconstitucional a omissão do Congresso em aprovar, como obriga a lei complementar 62/1989, um texto que especifique quanto cada Estado deve receber dos recursos. Por unanimidade, os ministros estabeleceram que os critérios de divisão dos recursos previstos na lei vigorarão até A partir daí, novos percentuais deverão ser levados em consideração. O relator do processo, ministro Gilmar Mendes, afirmou que os critérios de rateio dos fundos devem promover o equilíbrio socioeconômico entre Estados e municípios. "É evidente, portanto, que o FPE tem esse caráter nitidamente redistributivo, ou seja, a transferência de um recurso pesa proporcionalmente mais nas regiões e Estados menos desenvolvidos", afirmou o relator. No entendimento do ministro, é preciso promover revisões periódicas dos coeficientes que determinarão a partilha para "se avaliar criticamente se os até então adotados ainda estão em consonância com a realidade econômica dos entes federativos e se a política empregada na distribuição dos recursos produziu o efeito desejado". A lei complementar questionada no STF definia apenas que 85% dos recursos seriam destinados aos Estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e os 15% restantes seriam divididos pelos estados do Sul e Sudeste. Um anexo definia quanto cada Estado receberia desses recursos, percentuais que a lei definiu só valeriam para o ano de A partir de 1992, os novos critérios seriam definidos por uma legislação específica com base no censo populacional de 1990, lei que nunca foi aprovada pelo Congresso. Com a atualização dos índices populacionais, a renda per capita e a área geográfica, dez Estados e o Distrito Federal passarão a receber mais dinheiro do fundo. Alagoas, Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Rio, São Paulo, além do DF, serão os beneficiados. São Paulo será o que mais ganhará com a nova lei: passará do atual 1% a que tem direito do FPE para 4,34%. De acordo com simulação feita pelo economista Sérgio Gobetti, do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), Piauí também será um dos maiores beneficiados, passando a receber 5,92% do FPE, contra os atuais 4,32%. Mato Grosso do Sul sairia de 1,33% de recursos do fundo a que tem direito hoje para 2,81%. Em 2009, o fundo teve R$ 36,2 bilhões líquidos.

4 STF dá prazo para Congresso definir repasse a Estados O Estado de S. Paulo - 25/02/2010 Autor(es): Felipe Recondo, BRASÍLIA DIRETRIZES - Mendes, que relatou quatro ações, diz que critérios devem promover equilíbrio socioeconômico entre Estados e municípios Por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso terá dois anos para votar uma lei complementar que defina critérios para a partilha do Fundo de Participação dos Estados (FPE). O tribunal julgou inconstitucional a omissão do Congresso em aprovar, como obriga a Lei Complementar 62/1989, um texto que especifique quanto cada Estado deve receber dos recursos. Por unanimidade, os ministros estabeleceram que os critérios de divisão dos recursos previstos na lei vigorarão até A partir daí, novos porcentuais deverão ser levados em consideração. O relator do processo, ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo, afirmou que os critérios de rateio devem promover o equilíbrio socioeconômico entre Estados e municípios. "É evidente, portanto, que o FPE tem esse caráter nitidamente redistributivo, ou seja, a transferência de um recurso pesa, proporcionalmente, mais nas regiões e Estados menos desenvolvidos", afirmou. No entendimento do ministro, é preciso promover revisões periódicas dos coeficientes que determinarão a partilha dos recursos para "se avaliar criticamente se os até então adotados ainda estão em consonância com a realidade econômica dos entes federativos e se a política empregada na distribuição dos recursos produziu o efeito desejado". EM XEQUE A lei questionada no STF definia apenas que 85% dos recursos seriam destinados aos Estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e os 15% restantes seriam divididos pelos do Sul e Sudeste. Um anexo definia quanto cada Estado receberia desses recursos - porcentuais que só valeriam para o ano de A partir de 1992, os novos critérios seriam fixados por uma legislação específica com base no censo populacional do ano de 1990, lei que nunca foi aprovada pelo Congresso. Com a atualização dos índices populacionais, a renda per capita e a área geográfica, dez Estados e o Distrito Federal passarão a receber mais dinheiro do fundo. Alagoas,

5 Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Rio, São Paulo, além do DF, serão os beneficiados. São Paulo será o que mais ganhará com a nova lei: passará do atual 1% a que tem direito para 4,34%. De acordo com uma simulação feita pelo economista Sérgio Gobetti, do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), Piauí também será um dos maiores beneficiados, passando a receber 5,92% do FPE, contra os atuais 4,32%. Mato Grosso do Sul sairia de 1,33% para 2,81%. Por outro lado, 16 Estados perderão dinheiro. O maior prejudicado será Minas, que hoje recebe 4,45% de recursos do fundo destinados à região Sudeste e passará a ganhar 2,87%. Em seguida vem a Bahia, hoje o Estado com o maior porcentual - recebe 9,4% dos recursos e passará a ter direito a 7,99%. Outro prejudicado é o Tocantins, que cairá de 4,34% para 3,09%. As quatro ações que questionavam a constitucionalidade da lei foram relatadas pelo presidente do Supremo. A primeira dessas ações aguardava havia á 17 anos o julgamento pelo tribunal e era assinada pelos então governadores de Santa Catarina, Wilson Kelinubing, do Rio Grande do Sul, Alceu Collares, e do Paraná, Roberto Requião - que atualmente governa o Estado. Previsto no artigo 159 da Constituição, o Fundo de Participação dos Estados corresponde a 21,5% da receita arrecadada com o Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). No ano passado, teve R$ 36,2 bilhões líquidos.

6 A omissão condenada O Estado de S. Paulo - 01/03/2010 Autor(es): José Roberto R. Afonso O Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão unânime, no dia 24 de fevereiro, que produzirá efeitos muito relevantes para o federalismo fiscal e mesmo para a economia, sem contar a inovação em torno dos pedidos de inconstitucionalidade. Espantosamente, a maioria das autoridades, dos analistas e da mídia não atentou para tal fato. A decisão envolve a forma como atualmente é distribuído o Fundo de Participação dos Estados (FPE) entre as 27 Unidades federadas. Em poucas e simples palavras, aquela Corte decidiu que no máximo até o final de 2012 poderá continuar sendo adotada uma tabela (anexa à Lei Complementar nº 62 de 1989) que "congelou" o seu rateio em 27 cotas. A citada lei previa que tais coeficientes fixos seriam aplicados em caráter provisório, apenas até Porém, o Congresso Nacional nunca votou a matéria e, passados mais de 20 anos, o STF decidiu que tal situação só poderá prosseguir até o ano de (Também reconheceu que a suspensão imediata deixaria os Estados sem receber o FPE e com danos graves às finanças.) Na prática, o STF mais do que julgou inconstitucional uma parte da lei, condenou a omissão do legislador em deixar de regulamentar um comando fundamental para a Federação. A Constituição determina que o FPE seja repartido entre os Estados (como o Fundo de Participação dos Municípios - FPM - entre os municípios) segundo "critérios de rateio..., objetivando promover o equilíbrio socioeconômico", fixados em lei complementar. Nem é preciso recorrer a análises jurídicas ou fiscais. Basta a gramática para saber que uma tabela, com porcentagens fixas, que nunca muda, não se trata de um critério de rateio. Se esse critério havia, era político na essência. Basta recorrer aos anais parlamentares para ler na justificativa da proposição e nos pronunciamentos da votação do correspondente projeto de lei que tal tabela foi acordada no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Foi arbitrado, dentre outros aspectos, que 85% do fundo caberia aos Estados do Norte, do Nordeste e do Centro- Oeste, enquanto 15% caberiam ao Sul e ao Sudeste, e que a cota-parte de São Paulo seria reduzida para 1%, para elevação da cota de alguns dos outros, relativamente ao que era aplicado até então. As razões para tal arbitragem remontam à Assembleia Constituinte: quando instalada, o FPE recebia 14% da arrecadação do Imposto de Renda (IR) mais Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). No início, uma subcomissão elevou essa fatia para 18,5%, mas limitou o rateio apenas para as Unidades com renda per capita inferior à média nacional. Depois, a comissão temática aumentou de novo a repartição para 21,5% e eliminou qualquer restrição no rateio, e assim ficou até a Carta promulgada.

7 Portanto, a disputa regional determinou uma maior descentralização de recursos (depois atenuada pela política federal de explorar cada vez mais contribuições nãocompartilhadas) e balizou a cota que caberia àquelas três regiões (arredondando 18,5% por 21,5%). Retrocedendo um pouco mais, menciona-se que o FPE foi criado em meados dos anos 60 com verdadeiros critérios de rateio. Era redividido segundo três parâmetros: superfície (5%), população (47,5%) e inverso da renda por habitante (47,5% do total). Algum redirecionamento já aparecia na concepção do fundo para beneficiar as Unidades menos populosas e menos desenvolvidas (por acaso, dos governos mais fiéis à ditadura militar): por exemplo, nenhum Estado contaria como tendo menos de 2% da população nacional - beneficiaria 15 Estados atualmente - e nenhum poderia ter mais do que 10% - penalizaria os dois maiores. Nos anos 70 foi criada uma reserva para ratear 20% do fundo apenas entre os Estados do Norte e do Nordeste. Mas esse passado serve apenas para ilustrar como já tivemos critérios de rateio, mas eles foram revogados em 1989 e não voltarão a ser aplicados depois da decisão do Supremo. Estátua! Como uma brincadeira de criança, o FPE passou mais de duas décadas ignorando que as economias das diferentes regiões, Estados e localidades evoluíram de forma muito diferenciada, como é natural. Por exemplo, segundo o IBGE, em 1985 só duas regiões (Sudeste e Sul) e seis Estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Amazonas e Santa Catarina) tinham PIB per capita acima do nacional. Isso mudou em 2007, incluindo o Centro-Oeste e alterando o conjunto de Estados (caiu Amazonas e subiram Mato Grosso, Paraná e Espírito Santo, sem contar que saltou para a liderança o Distrito Federal, com 2,8 vezes a média brasileira - superou São Paulo, com 1,56 vezes). Expansão da fronteira agrícola e dos serviços, desconcentração da indústria, várias mudanças ocorreram na economia e na sociedade e são ignoradas pelo mecanismo que deveria fechar a equação fiscal, de forma a redistribuir recursos para os governos que podem arrecadar menos que os demais. Novos critérios para o FPE também devem ponderar o potencial e a efetiva arrecadação direta e as necessidades de cada ente. Logo, no início dos mandatos, os futuros governadores precisarão negociar muito entre si e pressionar o Congresso Nacional para aprovar uma nova lei e, se ponderados critérios técnicos, inevitavelmente caberá repensar junto o ICMS. Naquilo que todos sempre temeram tocar o Supremo foi muito corajoso e, ao puxar o FPE para o centro do debate político, também pode trazer junto o fio da meada da reforma tributária, tão embaralhada. Quem antes era supostamente contra mudanças de repente precisará, mais do que todos, aprovar mudanças. Portanto, a inédita decisão do STF pode forçar o avanço da reforma que todos sabem ser necessária, mas muitos preferem se acomodar na omissão do que enfrentar a transformação.

8 *José Roberto R. Afonso, economista, é mestre pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutorando do Instituto de Economia da Unicamp.

9 Equilíbrio federativo O Estado de S. Paulo - 03/03/2010 Autor(es): Clóvis Panzarini O Supremo Tribunal Federal (STF) acaba de julgar inconstitucional a Lei Complementar (LC) nº 62/89, que definiu uma tabela de porcentuais de rateio dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE) às unidades federadas que deveria viger até 1991, mas continua produzindo efeitos até hoje. Determinou ainda o STF que até, no máximo, o fim de 2012, nova LC seja editada para atender ao disposto na Constituição, ou seja, definir um critério de partilha do FPE que promova o equilíbrio socioeconômico entre Estados. Se não o fizer nesse prazo, o fundo deixará de existir. De fato, a Constituição federal estabelece em seu artigo 161 que "cabe à lei complementar (...) estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o artigo 159, especialmente sobre os critérios de rateio dos fundos (...), objetivando promover o equilíbrio socioeconômico entre Estados e entre municípios". O mencionado artigo 159 trata da entrega, pela União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios de parte do produto da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) por meio do FPE e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). De clareza meridiana, esse comando constitucional objetiva promover o equilíbrio federativo via distribuição compensatória de recursos da União para as unidades federadas, cuja base econômica é insuficiente para prover seu orçamento com receita tributária própria. Pressupõe, pois, a adoção de critério que distribua os recursos do fundo na razão inversa do grau de desenvolvimento econômico de cada Estado. A Constituição de 1988 não inovou ao criar esses fundos, que já existiam na Constituição de Apenas aumentou de 14% e 17% para 21,5% e 22,5%, respectivamente, o porcentual de arrecadação daqueles tributos destinado aos Estados e aos municípios. O critério de rateio do FPE, então definido no Código Tributário Nacional, era balizado pelos fatores territorial, populacional e econômico: 5% proporcionalmente à superfície de cada entidade participante e 95% proporcionalmente ao coeficiente individual de participação na população nacional e pelo fator representativo do inverso da renda per capita de cada entidade participante. No último ano de sua vigência (1988), o Estado de São Paulo era aquinhoado com 4,0605% dos recursos do FPE. Com a promulgação da Constituição de 1988, o Congresso Nacional haveria de editar nova LC para redefinir o critério de rateio daqueles recursos federais. Poderia até ratificar o critério anterior, que obedecia ao pressuposto do "equilíbrio socioeconômico" exigido no texto constitucional. Como o tema envolvia interesse financeiro das unidades federadas, os secretários estaduais de Fazenda deliberaram, no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que os estudos técnicos e simulações, necessários ao embasamento de um projeto de lei complementar que definiria a nova partilha do FPE, deveriam ser encaminhados, discutidos e aprovados naquele colegiado. Participante da equipe técnica paulista no Confaz, testemunhei, à época, a autossuficiência, nutrida pelo peso de suas bancadas no Congresso Nacional, das

10 representações dos Estados das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que, em vez de estudo, apresentaram singela tabelinha de 27 linhas e 2 colunas concebida sabe-se lá onde e por quem, que destinava 85% dos recursos do FPE a seus Estados e os restantes 15% aos seis Estados das Regiões Sudeste e Sul. Essa tabela - que acabou virando a tal LC nº 62/89 - destina a São Paulo redondo 1% dos recursos do FPE, enquanto Bahia e Ceará, por exemplo, foram aquinhoados com 9,3962% e 7,3369%, respectivamente. Maranhão levou 7,2182%. Afinal, Sarney era o presidente da República. Ao protesto da representação paulista, porque sem qualquer critério se suprimia 75% da fatia de São Paulo (de 4,0605% para 1%), foi respondido que "FPE não é coisa para Estado rico" e que estavam sendo generosos em não zerar o quinhão paulista. Agora, por imposição do STF, será definido novo critério de partilha do FPE. Haverá, pois, redistribuição horizontal de recursos orçamentários: alguns Estados perderão, outros ganharão. Não é improvável que o "critério socioeconômico" a ser aprovado venha a resultar em aumento daquele quinhão de 85%. Esse conflito remete ao velho problema da representatividade política das unidades federadas no Congresso. Não é por outra razão que alguns governadores temem uma nova reforma tributária.

11 Oportunidade federativa Folha de S. Paulo - 07/03/2010 No final de fevereiro, o Supremo Tribunal Federal decidiu pela inconstitucionalidade do artigo 2º da Lei Complementar 62, de 1989, que define os critérios de rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Distrito Federal. Na prática, o STF estabeleceu que as normas atuais só terão validade até o fim de Trata-se de uma decisão importante, que poderá trazer como consequência um renovado debate sobre o federalismo fiscal no Brasil. Segundo a Constituição, o FPE deve ser repartido de modo a promover o equilíbrio entre as unidades da federação. Para tanto, as métricas de repartição deveriam ser dinâmicas, a fim de refletir as mudanças na estrutura demográfica e socioeconômica do país. A lei previa que as parcelas de rateio fixadas em 1989 (85% do FPE são direcionados aos Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e 15% ao Sul e ao Sudeste) valessem até O Congresso deveria ter adotado novos critérios para vigorar a partir de 1992, o que acabou não acontecendo. Foi nesse contexto que se inscreveu a manifestação do STF. É possível argumentar que a divisão originalmente arbitrada guardava uma correspondência com a realidade socioeconômica do país. Ocorre que o desenvolvimento econômico alterou de forma importante a posição relativa dos Estados e regiões. A diversificação industrial, o avanço do agronegócio e o aumento de renda em regiões menos desenvolvidas são apenas algumas das transformações que deveriam embasar os critérios de repartição dos recursos. A decisão do Supremo obrigará os Estados a negociarem entre si, e o Congresso a considerar uma estrutura de repartição adequada à realidade. E este debate político não deveria se resumir apenas ao FPE. Trata-se de uma oportunidade para considerar alterações na própria estrutura tributária que sejam benéficas ao país.

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