Unimadeiras REFERENCIAL TÉCNICO. Produtos florestais não lenhosos. Grupo Unifloresta

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1 Unimadeiras REFERENCIAL TÉCNICO Produtos florestais não lenhosos Grupo Unifloresta

2 INDICE GERAL Pág. 2 1 Definições e abreviaturas 5 2 Objetivo 6 3 Introdução 7 4 Responsabilidade de gestão 8 5 Planeamento das atividades 9 6 Rastreabilidade 10 7 Meios e recursos de segurança coletiva 11 8 Meios e recursos de segurança individual 12 9 Principais riscos das atividades e respetivas causas Caraterização geral dos produtos florestais não lenhoso Proibição da colheita Regras gerais para colheita de produtos silvestres Plantas aromáticas, medicinais e condimentares Cogumelos Frutos silvestres Resina Cortiça Mel Sementes florestais Produção em viveiro na Unidade de Gestão Florestal Registo das alterações Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 1 de 89

3 1. DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS Alimentação artificial - Administração de alimento pelo apicultor tendo por objetivo reforçar as provisões ou estimular o desenvolvimento da colónia. Apiário - Conjunto de colónias de abelhas nas condições adequadas de produção, incluindo o local de assentamento e respetivas infraestruturas, pertencente ao mesmo apicultor, em que as colónias não distem da primeira à última mais de 100 metros. Apiário comum - local de assentamento de colónias de abelhas que pertencem a vários apicultores que acordaram nessa partilha, com determinação de parte, e que não distem da primeira à última mais de 100 metros. Apicultor - Pessoa singular ou coletiva que possua uma exploração apícola. Atividade apícola - Detenção de exploração apícola, com finalidade de obtenção de produtos apícolas, reprodução e multiplicação de enxames, polinização, didática, científica ou outra. Autoridade sanitária veterinária nacional - Direção-Geral de Veterinária (DGV). Colmeia - Suporte físico em que os quadros de sustentação dos favos são amovíveis, que pode ou não albergar uma colónia e a sua produção. Colónia - Enxame, suporte físico e respetivos materiais biológicos por si produzidos. Cortiço - Suporte físico desprovido de quadros para fixação dos favos, sendo estes inamovíveis, que pode ou não albergar uma colónia e a sua produção. Colheita - Ação levada a cabo pelos membros (ou pelos seus trabalhadores ou prestadores de serviços) que consiste na colheita dos produtos do solo, na propriedade. DGV Direção Geral de Veterinária. Enxame - População de abelhas que corresponde à futura unidade produtiva, com potencialidade de sobrevivência, produção e reprodução autónomas em meio natural, sem qualquer suporte físico. Exploração apícola - Conjunto de um ou mais apiários, incluindo as respetivas infraestruturas de apoio pertencentes ao mesmo apicultor, com exclusão dos locais de extração de mel. Ferida - Conjunto das renovas (abertura de um pequeno corte no tronco da árvore). Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 2 de 89

4 Gema - Resina que foi submetida a um processo de depuração das impurezas. Grupo - Grupo Unifloresta. HMF - Hidroximetilfurfural. Incisão - Processo de abertura de corte no tronco da árvore, realizado com ferramentas específicas. Membro - Membro do Grupo Unifloresta. Núcleo - colmeia de quadros móveis com capacidade superior a três quadros e inferior a seis quadros. Nucléolo - Colmeia de quadros móveis com capacidade máxima até três quadros cujo objetivo é a multiplicação de colónias ou a fecundação; Plantas Apícolas (melíferas) - Plantas que atraem as abelhas que dela recolhem o néctar e o pólen para a alimentação da colmeia e para a produção de mel e de geleia. São exemplo destas plantas a urze, o rosmaninho e o alecrim. Plantas Aromáticas - Plantas que possuem óleos essenciais em estruturas especializadas, tais como o eucalipto, hortelã, alfazema, etc. Plantas Condimentares - Plantas que, pelas suas caraterísticas organolépticas, são utilizadas na confeção de alimentos. Plantas Medicinais - Plantas que, em um ou em mais dos seus órgãos, contenham substâncias que possam ser utilizadas com finalidade terapêutica ou que possam ser percursores para hemissíntese químico-farmacêutica. Plantas Silvestres - Toda a planta nativa, não introduzida pelo homem, que cresce de forma espontânea numa área natural, não cultivada. Unidade de Gestão Florestal - Conjunto de propriedades florestais do Grupo Unifloresta, certificadas pelos sistemas de gestão florestal FSC e PEFC. Quadro - Caixilho que suporta o favo. Resina - Exsudação natural das coníferas, resultante de um corte ou ferida no tronco da árvore e que serve para as proteger contra as agressões exteriores do meio. Resinagem - Extração de um produto de secreção (resina), própria das espécies resinosas. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 3 de 89

5 Resinagem à morte - Modalidade de resinagem que corresponde ao aproveitamento da resina nos últimos anos anteriores ao corte da árvore. Só é permitida realizar-se durante 4 anos e nas árvores que tenham perímetro à altura do peito (PAP), medido a 1.30 cm, superior 63 cm. Resinagem à vida - Modalidade de resinagem que só é permitida a partir de PAP (perímetro à altura do peito) superior a 80 cm. Renova - Após o início da operação de resinagem, que consiste na abertura de um pequeno corte no tronco da árvore, e tratamento com pasta, seguem-se, ao longo da campanha, sucessivos cortes - as incisões, até atingir o tamanho máximo permitido para cada ferida. Resineiros Trabalhadores/ Membros que executam os trabalhos de exploração da resina, a montagem dos equipamentos (como exemplo, bicas, púcaros, etc.) as renovas e respetivos tratamentos e, no final, fazem a desmontagem e limpeza. Transumância - Metodologia de atividade apícola com recurso a transporte para aproveitamento de produções específicas ou melhores florações. UGF - Unidade de gestão florestal do grupo Unifloresta. Zona controlada - Área geográfica reconhecida pela autoridade sanitária veterinária nacional e que cumpre os requisitos previstos na lei. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 4 de 89

6 2. OBJETIVO O objetivo do presente documento é definir as regras gerais de gestão das atividades relacionadas com a produção, propagação e colheita de produtos florestais não lenhosos na unidade de gestão florestal do Grupo Unifloresta, nomeadamente: cogumelos e frutos silvestres plantas aromáticas, medicinais e condimentares silvestres, resina, cortiça, mel, sementes, plantas e partes de plantas produzidas em viveiro, na Unidade de Gestão Florestal, de acordo com a legislação vigente, o Guia de Boas Práticas Florestais, a Lista de Produtos Proibidos e Permitidos do FSC, assim como a restantes documentação interna desenvolvida e os seguintes referenciais aplicáveis ao Grupo Unifloresta: Princípios e Critérios do FSC - Forest Stewardship Council. FSC-STD a_V2-1_EN-FSC Product Classification. NP 4406:2014 Norma Portuguesa para a Gestão Florestal Sustentável. Encontram-se excluídas do âmbito deste Referencial Técnico os aspetos relacionados com as atividades de transformação e/ou embalamento e posterior comercialização. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 5 de 89

7 3. INTRODUÇÃO Apesar da produção de rolaria constituir a principal atividade económica do Grupo Unifloresta, a gestão balanceada dos recursos silvestres presentes na unidade de gestão florestal é um valioso contributo para o equilíbrio dos ecossistemas e para a sustentabilidade ambiental, social e económica da Unidade de Gestão Florestal do Grupo. O modelo de gestão dos recursos silvestres assenta, basicamente, numa metodologia de inventariação dos recursos representativos, monitorização, acompanhamento das atividades, verificação do cumprimento da legislação, das boas práticas florestais e das as regras internas do Grupo, assim como dos impactes causados na unidade de gestão florestal. A unidade de gestão florestal abrange regiões de todo o país, reunindo uma variedade de ecossistemas com uma elevada biodiversidade de plantas, frutos e fungos, alguns com valor comercial significativo. Neste âmbito, e numa base de gestão multifuncional da floresta, o Grupo Unifloresta pode explorar um conjunto de recursos florestais autóctones não lenhosos, que apresentam um elevado potencial de qualidade e de valor estratégico, numa perspetiva de aproveitamento sustentável dos recursos florestais. Porque a floresta é um património coletivo, a multiplicidade dos seus recursos deve ser visto à luz do bem comum, da sustentabilidade do meio-ambiente e da certeza de assegurar resultados positivos nos dois lados do binómio intervenção/conservação. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 6 de 89

8 4. RESPONSABILIDADE DE GESTÃO O membro do Grupo é responsável pela gestão, metodologia de trabalho selecionada, ações desenvolvidas pelos seus trabalhadores e/ou prestadores de serviços, assim como pelo controlo das atividades. Verificado o incumprimento das regras aplicáveis, poderá o Técnico da Unimadeiras, ou alguém por ela designado, solicitar a suspensão dos trabalhos em curso, definir ações corretivas ou de correção da não conformidade verificada, suspender a entrega de guias para a comercialização do produto certificado, entre outras ações eventualmente aplicáveis. Caso se verifique o não cumprimento reiterado e doloso das regras ou a não implementação das ações corretivas ou de correção definidas, são aplicadas as ações previstas no Manual de Gestão do Grupo Unifloresta. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 7 de 89

9 5. PLANEAMENTO DAS ATIVIDADES Os trabalhos desenvolvidos na unidade de gestão florestal exigem uma planificação rigorosa, de forma a atingir níveis adequados de proteção do meio-ambiente, de produtividade, qualidade e segurança no trabalho. Para o cumprimento dos requisitos, devem ser cumpridos os seguintes passos: 1. Identificação dos trabalhos a executar. 2. Informação à Administração do grupo dos seguintes dados (se e quando aplicáveis): Identificação da propriedade/ parcela intervencionada/ tipo de trabalho a realizar. Data de início e de fim previsto dos trabalhos. Tipo de produto. Tipo de produto, origem, custo e quantidades a plantar/intervencionar. Produtividade obtida. 3. Verificação dos limites de parcelas. 4. Preparação dos locais de trabalho. 5. Preparação do local de transferência dos produtos, de acordo com as caraterísticas do terreno. 6. Verificação dos acessos e eventuais trabalhos necessários para melhoria dos mesmos. 7. Verificação da adequabilidade de equipamentos, máquinas, ferramentas e produtos. 8. Identificação dos trabalhadores, de acordo com a experiência e formação necessárias para a realização dos trabalhos. 9. Definição dos métodos de trabalho e verificação da adequabilidade das técnicas e metodologias de trabalho a aplicar. 10. Identificação dos principais riscos e medidas de prevenção relacionadas com os trabalhos a executar. 11. Identificação dos equipamentos de proteção individual necessários à tarefa a desenvolver. 12. Verificação de potenciais impactes económicos, ambientais, sociais, entre outros, e definição/ implementação de medidas preventivas adequadas. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 8 de 89

10 6. RASTREABILIDADE A rastreabilidade dos produtos florestais não lenhosos produzidos na unidade de gestão florestal do Grupo Unifloresta é uma questão que deve ser assegurada em todas as etapas e por todas as partes envolvidas. Os trabalhadores ou prestadores de serviços envolvidos devem estar informados acerca das regras do Grupo, nomeadamente da proibição da mistura de produtos certificados com produtos não certificados, durante qualquer uma das fases do processo. As sementes, filamentos (micélios) de fungo, plantas, partes de plantas ou outras utilizadas no cultivo devem possuir registos da origem. Estes registos devem manter-se arquivados e disponíveis para consulta por parte de vistoriadores ou auditores. Quando recolhidos, os produtos devem permanecer devidamente separados de outros provenientes de outras áreas certificadas e de áreas não certificadas. As quantidades colhidas em cada produção, os métodos utilizados, os trabalhadores ou prestadores de serviços envolvidos, os custos de produção, as receitas obtidas e o destinatário final devem ser registados. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 9 de 89

11 7. MEIOS E RECURSOS DE SEGURANÇA COLETIVA O Grupo Unifloresta definiu um conjunto de regras de aplicação obrigatória, com o objetivo de minimizar ou eliminar riscos e garantir a segurança das pessoas envolvidas. No local onde decorrem trabalhos relacionados com produtos florestais não lenhosos devem permanecer (em local do conhecimento de todos os envolvidos e em perfeitas condições de uso) os seguintes meios mínimos, sempre que a natureza dos trabalhos assim o justificar: Caixa de primeiros-socorros. Telemóvel ou rádio de comunicações. Nas carrinhas ou veículos: 1 extintor de 2 Kg. Aparadeira de óleos. Vários sacos de plástico resistente. Sinalização de segurança: triângulo e fita de sinalização vermelha e branca. Um machado e uma enxada. Mapa da propriedade intervencionada, com indicação dos caminhos de emergência. Plano de Emergência Florestal. Requisitos Gerais para Prestadores de Serviços Florestais. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 10 de 89

12 8. MEIOS E RECURSOS DE SEGURANÇA INDIVIDUAL Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são de uso obrigatório por lei e destinam-se à proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a saúde dos trabalhadores. São uma ferramenta útil, que deve ser utilizada sempre que a atividade acarrete riscos inerentes ao processo. Devem ser sempre utilizados os Equipamentos de Proteção Individual adequados à especificidade e de acordo com o risco de cada operação. Na tabela seguinte referem-se os principais equipamentos a serem utilizados, de acordo com cada operação. Colheita plantas Produção plantas Colheita cogumelos Produção cogumelos Colheita frutos Extração cortiça Produção/ Colheita mel Extração resina Trabalho em viveiro Aplicação fitofármacos Botas com biqueira de aço e rasto antiderrapante x x x x x x x x x Luvas de proteção x x x x x x x x x Capacete de proteção x x x Arnês de segurança Óculos de proteção visual Fato-macaco x x x x x x Polainas ou calças de entretela de motosserrista Proteção auditiva (abafadores de ruído ou protetores auriculares) Macacão de apicultor, cor clara Botas de cano alto, borracha ou couro, cor clara, lisa e não rugoso Máscara de apicultor, cor clara x x x x x Máscara x x Avental x x Roupa resistente x x x x x x x x x x Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 11 de 89

13 9. PRINCIPAIS RISCOS DAS ATIVIDADES E RESPETIVAS CAUSAS Atividade Principais riscos Causas Colheita e produção de plantas aromáticas, medicinais e condimentares. Colheita e produção de cogumelos Colheita de frutos e bagas silvestres Resinagem Desequilíbrio na vegetação. Queda. Cortes, contusões e morte, em casos extremos. Excesso de esforço físico. Incêndio. Desequilíbrio na vegetação. Queda. Cortes, contusões e morte, em casos extremos. Excesso de esforço físico. Incêndio. Queda do trabalhador. Cortes, contusões e morte, em casos extremos. Stress térmico, por calor. Incêndio. Excesso de esforço físico. Posturas de trabalho inadequadas. Quedas e contusões. Golpes e cortes com ferramenta. Intoxicação causada por produtos químicos. Irritações e queimaduras. Riscos associados ao contacto com animais (cortes, picadelas, transmissão de doenças). Não utilização do equipamento de segurança ou utilização do equipamento em mau estado. Manipulação inadequada da ferramenta Punhos e locais para agarrar das ferramentas em mau estado de conservação. Má postura e forma de trabalho inadequada. Condições climatéricas inadequadas ao desenvolvimento do trabalho. Vestuário inadequado às condições climatéricas. Incêndio florestal nas imediações do local de trabalho. Ferramenta mal arrumada. Não utilização do equipamento de segurança ou em mau estado. Manipulação inadequada da ferramenta Punhos e locais para agarrar das ferramentas em mau estado de conservação. Má postura e forma de trabalho inadequada. Condições climatéricas inadequadas ao desenvolvimento do trabalho. Vestuário inadequado às condições climatéricas. Incêndio florestal nas imediações do local de trabalho. Ferramenta mal arrumada. Desequilíbrio na vegetação e ferramenta mal arrumada. Queda da árvore pela não utilização do equipamento de segurança ou por este se encontrar em mau estado. Vertigens. Manipulação inadequada da ferramenta. Punhos e locais para agarrar das ferramentas em mau estado de conservação. Forma de trabalho inadequada. Altas temperaturas no local de trabalho. Vestuário inadequado às condições climáticas. Incêndio florestal nas imediações do local de trabalho. Manipulação manual de cargas. Irregularidade do terreno. Má orientação do trabalho, ferramenta mal arrumada. Forma de trabalho inadequada. Contacto acidental com substâncias químicas de ph extremo. Ausência ou utilização incorreta dos Equipamentos de Proteção Individual. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 12 de 89

14 Atividade Principais riscos Causas Descortiçamento Produção de mel Desequilíbrio na vegetação. Queda. Cortes, contusões e morte, em casos extremos. Excesso de esforço físico. Incêndio. Posturas de trabalho não adequadas. Ataque de abelhas ao apicultor e a pessoas estranhas Desequilíbrio na vegetação. Quedas e contusões. Intoxicação causada por produtos químicos. Não utilização do equipamento de segurança ou utilização do equipamento em mau estado. Manipulação inadequada da ferramenta Punhos e locais para agarrar das ferramentas em mau estado de conservação. Má postura e forma de trabalho inadequada. Condições climatéricas inadequadas ao desenvolvimento do trabalho. Vestuário inadequado às condições climatéricas. Incêndio florestal nas imediações do local de trabalho. Ferramentas manuais inadequada, em mau estado ou mal arrumada. Não utilização do equipamento de segurança ou utilização do equipamento em mau estado. Topografia muito acidentada. Condições climatéricas (calor, temperatura, humidade, etc.) desfavoráveis às práticas apícolas. Falta de consciencialização e pouca formação. Localização inadequada e/ou má distribuição do apiário. Desconhecimento das normas de segurança. Utilização de substâncias tóxicas que causem irritação para as abelhas e/ou apicultor no fumigador. Má localização das colmeias. Produção em viveiro na UGF Desequilíbrio. Queda e fraturas. Cortes, contusões e, em casos extremos, morte. Excesso de esforço físico. Intoxicação com fitofármacos. Mau posicionamento. Mal-estar e tonturas devido à defumação. Não utilização do equipamento de segurança ou utilização em mau estado. Posição ergonómica correta. Manipulação inadequada das ferramentas. Locais de passagem impedidos ou escorregadios. Local de trabalho desorganizado. Não cumprimento das instruções de segurança dos produtos fitofármacos. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 13 de 89

15 10. CARATERIZAÇÃO GERAL PRODUTOS FLORESTAIS NÃO LENHOSOS A unidade de gestão florestal está associada a um conjunto de produtos florestais não lenhosos e serviços de grande importância, potenciando a criação de emprego no meio rural, a recuperação de ecossistemas degradados, uma maior vigilância dos espaços florestais e a obtenção de um vasto leque de benefícios em termos produtivos, económicos, sociais e de conservação. A tabela seguinte ilustra os variados serviços e produtos florestais não lenhosos presentes ou possíveis de existir na unidade de gestão florestal: Origem Produtos Principais aplicações Estrato arbóreo Estrato arbustivo Produtos lenhosos Biomassa florestal. Cascas. Outros resíduos de exploração florestal. Frutos florestais Pinhas Resina Cortiça Raízes e cascas Frutos silvestres (medronho, amora, etc.) Plantas/partes de aromáticas, medicinais, condimentares Flores silvestres Espargos e outras plantas silvestres comestíveis Ramos Folhas Industria de celulose, aglomerados, MDF, Pellets, Energia. Artesanato. Mobiliário de Interior e Exterior. Carpintaria. Industria de celulose, aglomerados, MDF, Pellets, Energia. Artesanato. Culinária. Produção de sementes e plantas em viveiro. Artesanato. Produção de colas e outros compostos químicos. Artesanato. Industria corticeira. Artesanato. Industria de celulose, aglomerados, MDF, Pellets, Energia. Artesanato. Culinária Culinária. Indústria farmacêutica. Produção de sementes e plantas em viveiro. Arranjos florais Artesanato Culinária Produção de sementes e plantas de viveiro. Culinária. Produção de sementes e plantas em viveiro. Artesanato. Mobiliário diverso. Óleos essenciais e aromáticos. Chás e infusões. Principais objetivos da colheita Consumo próprio. Venda ao consumidor final. Consumo próprio. Venda ao consumidor final. Venda a retalhistas Consumo próprio. Venda ao consumidor final. Venda a retalhistas. Consumo doméstico. Venda ao consumidor final. Venda a retalhistas. Venda ao consumidor final. Venda a retalhistas. Venda a retalhistas. Venda ao consumidor final. Venda a retalhistas. Venda ao consumidor final. Consumo próprio. Venda ao consumidor final. Venda a retalhistas. Consumo próprio. Venda ao consumidor final. Venda a retalhistas. Consumo próprio. Venda ao consumidor final. Consumo próprio. Venda ao consumidor final. Venda a retalhistas. Consumo próprio. Venda ao consumidor final. Venda a retalhistas. Consumo próprio. Venda ao consumidor final. Venda a retalhistas. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 14 de 89

16 Origem Produtos Principais aplicações Fungos Cogumelos silvestres comestíveis Trufas e túberas Cogumelos silvestres para fins não culinários (medicinais, etc.) Culinária. Produção de plantas em viveiro. Culinária. Produção de plantas em viveiro. Industria farmacêutica. Produção de plantas em viveiro. Principais objetivos da colheita Consumo próprio. Venda ao consumidor final. Venda a retalhistas. Consumo próprio. Venda ao consumidor final. Venda a retalhistas. Consumo próprio. Venda ao consumidor final. Venda a retalhistas. Fauna silvestre (caça) Culinária. Consumo próprio. Venda ao consumidor final. Origem Animal Produtos apícolas (mel, geleia real, pólen, própolis, etc.) Silvo-pastorícia/ Pastoreio (carne, lã, queijo, etc.) Culinária. Culinária. Indústria têxtil Consumo próprio. Venda ao consumidor final. Venda a retalhistas. Consumo próprio. Venda ao consumidor final. Venda a retalhistas. Pesca Culinária. Consumo próprio. Venda ao consumidor final. Sequestro de carbono. Proteção do solo, regularização dos recursos hídricos. Serviços do ecossiste ma Paisagem. Proteção recursos hídricos. Turismo e lazer. Atividades lúdico-pedagógicas. Foram definidos metodologias, padrões de gestão e de manutenção, assim como a gama de produtos produzidos na unidade de gestão florestal e abrangidos pelo âmbito da certificação do Grupo Unifloresta, tendo por base o padrão estabelecido para produtos florestais não lenhosos. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 15 de 89

17 11. PROIBIÇÃO DE COLHEITA Não é permitido efetuar colheita de produtos silvestres: Espécies protegidas por lei. Espécies RELAP (Espécies raras, endémicas, localizadas, ameaçadas ou em perigo de extinção). Espécies que não se reproduzem com facilidade ou de crescimento lento e que, pela sua fragilidade, podem ser irreversivelmente danificadas pela atividade de colheita. Quando se encontrem em áreas definidas como de conservação, cuja colheita tenha sido desaconselhada pela Administração do Grupo. Que tenham sido tratados com qualquer químico de síntese (fertilizante, pesticida, reguladores de crescimento ou aditivos). Plantas visivelmente debilitadas ou danificadas. Plantas com sintomas de pragas ou doenças (neste caso, a Administração do Grupo deverá ser informada). Espécies espontâneas que crescem junto a povoamentos, jardins, caminhos, bermas de estradas, zonas industriais ou similares. De acordo com definição do Técnico Florestal da Unimadeiras, ou outros por ela nomeado. Outras situações definidas na legislação em vigor. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 16 de 89

18 12. REGRAS GERAIS PARA A COLHEITA DE PRODUTOS SILVESTRES Por norma, qualquer cidadão pode proceder à colheita de produtos silvestres, desde que possua a idade mínima legal prevista no código do trabalho, assim como formação e conhecimentos suficientes, de forma a assegurar a tarefa de forma sustentável e com a segurança necessária para o consumidor. Para além disto, existe um leque de regras que devem ser cumpridas por todos os envolvidos na atividade, tais como: Ter informado a Administração do Grupo Unifloresta acerca do início da atividade de colheita, com antecedência mínima preferencial de 1 mês. Os métodos de colheita selecionados devem minimizar os impactes causados na área de atuação, devendo proporcionar todas as condições para a satisfatória regeneração das espécies intervencionadas A atividade de colheita de plantas silvestres deve obedecer, entre outras eventuais, à legislação, normas e regras internas definidas para Grupo Unifloresta. A colheita deve ser feita em período do ano específico, de acordo com cada espécie, de forma a assegurar a devida qualidade para a sua utilização. A colheita não deve implicar a diminuição significativa da espécie na área de atuação. Mesmo tratando-se de plantas diferentes, deve evitar-se a colheita no mesmo local e em períodos muito curtos de tempo. Devem permanecer intactas um número satisfatório de espécies, de forma a ser assegurada a sobrevivência e a reprodução das espécies intervencionadas. A colheita deve ser feita em plantas adultas. Deve prevenir-se a possibilidade de danos mecânicos e de compactação do solo e da flora existente. Neste caso, é sempre preferível que a colheita se processe através de um número reduzido de pessoas. A colheita deve ser efetuada apenas nas partes da planta a serem utilizadas. Deve assegurarse que apenas se recolhe a quantidade e a parte específica da planta a ser utilizada. Em cada nova colheita de uma determinada espécie, deve selecionar-se uma nova área de colheita, não incidindo na mesma área mais do que uma vez por época. Na colheita, devem ser evitadas condições de solo húmido, orvalhos, chuva ou elevada humidade relativa do ar. Sempre que verificadas as condições ideais, a colheita deve ser realizada de manhã, sem orvalho e em plantas que não foram sujeitas a precipitação na noite anterior. Todos os instrumentos de corte (tesouras, facas, foices, etc.) devem ser limpos e desinfetados entre colheitas. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 17 de 89

19 A colheita de produtos silvestres deve ser realizada de forma aleatória, devendo recolher-se, por norma, apenas 1/3 das plantas por uma determinada área e por espécie presente. Relativamente aos limites máximos de colheita, foram definidos os seguintes: Parte da planta a recolher Folhas Flores Raízes ou bolbos Sementes ou frutos Percentagem máxima permitida de colheita 30% das folhas de cada planta 70% das flores de cada planta 20% da população, com nova colheita somente após 3 épocas 70 a 80% das existências O membro deve registar e informar a Administração do Grupo acerca dos dados da colheita efetuada, quando significativa, nomeadamente: Identificação da parcela/propriedade intervencionada. Data do fim da atividade de colheita. Quantidade colhida, por espécie. Custos com a atividade/ receita obtida. Nome dos envolvidos na atividade. Sintomas de pragas ou doenças identificados. Eventuais reclamações de Partes Interessadas, durante a realização dos trabalhos. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 18 de 89

20 13. PLANTAS AROMÁTICA, MEDICINAIS E CONDIMENTARES Colheita A colheita de plantas aromáticas, medicinais e condimentares silvestres é uma atividade de grande importância na sociedade atual, com especial relevância: Ao nível da comunidade rural, com uma tradição secular no aproveitamento de plantas para a alimentação e para medicina tradicional. Ao nível da comunidade urbana, que consome as plantas de uma forma direta ou em produtos confecionados com recurso a essas plantas, com crescente apetência para os produtos gourmet. Ao nível das empresas ligadas ao comércio ou à transformação das plantas, principalmente se tivermos em conta o aumento do interesse que as plantas aromática, medicinais e condimentares têm suscitado nos últimos anos nos consumidores finais. As principais plantas aromáticas, medicinais e condimentares silvestres presentes na unidade de gestão florestal são as seguintes: Tipo Nome vulgar Nome cientifico Plantas silvestres Tomilho Thymus spp. condimentares Manjerico e manjericão Ocimum spp. Alecrim Louro Cerefólio Milefólio Estragão Poejo e hortelãs Orégão Carqueja Rosmarinus officinalis Laurus nobilis Anthriscus cerefolium Achillea millefolium Artemisia dracunculus Mentha spp. Origanum vulgare Baccharis trimera Plantas silvestres aromáticas Rosmaninho Lavandula stoechas Lavanda-comum Urzes Lavandula sp. Erica spp. Plantas silvestres medicinais Cidreira Melissa officinalis Poejo e hortelãs Alecrim Pilriteiro Verbena Louro Hipericão Tília Tomilho Erva doce Carqueja Mentha spp. Rosmarinus officinalis Crateagus monogyna Aloysia citrodora; Lippia citrodora Laurus nobilis Hypericum androsaemum e Hypericum perforatum Tilia spp. Thymus spp. Pimpinella anisum Baccharis trimera Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 19 de 89

21 Tipo Nome vulgar Nome cientifico Herbáceas silvestres comestíveis Beldroega Portulaca oleracea L. Umbigo de vénus Gilbardeira* Orelhas-de-lebre Umbilicus rupestres Ruscus aculeatus Stachys byzantina Agrião Nasturtium officinale R. Flores silvestres comestíveis Flor de Lúcia lima Aloysia citrodora Flor de Manjericão Roxo Amor-Perfeito Rosas *Colheita muito condicionada Ocimum basilicum 'Purpurescens Viola tricolor, Viola spp. Rosa spp Principais regras de manuseamento e acondicionamento Todo o processo de manuseamento e acondicionamento de plantas deve processar-se de acordo com as regras de higiene dos recursos envolvidos e de segurança das pessoas. As instalações devem cumprir as regras de higiene e limpeza recomendadas, ao abrigo da legislação vigente. Os recipientes utilizados na colheita devem ser substituídos ou bem limpos e desinfetados, de forma a assegurar a não contaminação. Quando não utilizados, devem ser mantidos secos, afastados e gado, animais domésticos, pragas ou roedores. As plantas colhidas não devem entrar ou permanecer em contacto direto com o solo, ficar expostas à luz solar direta, à chuva, pó, insetos ou animais. Durante este processo, qualquer identificação de pragas ou doenças deve ser comunicada à Administração do grupo. As pessoas envolvidas deverão utilizar os recipientes e os Equipamentos de Proteção Individual adequados, nomeadamente: botas de borracha, luvas, vestiário e recipientes higienizados Produção As plantas aromáticas, condimentares e medicinais constituem recursos naturais com alguma expressão em algumas unidades de gestão florestal do Grupo. A preservação, utilização e a produção destas plantas em espaço florestal (nomeadamente através do adensamento) enquadra-se numa estratégia de preservação da diversidade biológica e de exploração económica, constituindo uma mais-valia socioeconómica para os Membros do Grupo. Existem diversas metodologias de propagação das plantas nos espaços florestais, nomeadamente: Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 20 de 89

22 Por estaca É um dos métodos de propagação de plantas mais utilizado. Muitas plantas, inclusive, só são multiplicadas através deste método, ou porque produzem sementes pouco férteis ou porque raramente produzem sementes. Nas estacas herbáceas o enraizamento tende a ser fácil, exigindo, no entanto, algum controlo ambiental. Estas estacas são preparadas a partir de caules herbáceos, com cerca de 7 a 10 cm, frequentemente com folhas. O enraizamento pode requerer humidade relativa. Sob condições adequadas, o enraizamento é rápido, com elevada percentagem de sucesso. A utilização de promotores do enraizamento não é indispensável, mas melhora a uniformidade da distribuição das raízes. Por raiz É um método muito utilizado para propagação vegetativa de plantas (açafrão, etc.). Esta técnica, também chamada de divisão de rizomas, ou divisão de plantas, como o próprio nome indica, consiste em dividir uma planta matriz em vários pedaços para transformá-la em várias mudas. Requer cuidados adicionais para não danificar nem comprometer o seu sistema radicular. A metodologia a aplicar deve ser a seguinte: Em primeiro lugar deve verificar-se se a planta não apresenta sinais de doenças ou pragas. Com uma enxada ou sacho, deve proceder-se à remoção completa da planta, com especial cuidado para não danificar a própria planta ou plantas vizinhas que se pretendam preservar. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 21 de 89

23 Remover o excesso de terra, de forma a facilitar a visualização do sistema radicular. Observar o local onde deverá ser recortada, de forma que cada parte permaneça com um número de brotação não inferior a três. Na posse de uma tesoura de jardim ou qualquer outro instrumento cortante adequado, proceder à separação da planta, sem danificar demasiadamente os rizomas, além do necessário. Na maioria dos casos, a nova muda já poderá ser transplantada para o local definitivo, no terreno. Caso contrário, deverá colocar-se em vasos ou outros recipientes, num local à sombra, suspenso e não assente no chão. Se necessário, proceder a regas frequentes, sem encharcamentos. Após a emissão de brotos e folhas, as novas plantas poderão ser plantadas no local definitiva. Por sementes A realização da sementeira no terreno é uma etapa crucial, devendo ser feita com cautela e por pessoas com experiência e conhecedoras das técnicas e da propriedade. A semeadura deve ser feita com o solo pouco úmido, mas não muito seco. É preferivel colocar um pouco de sementes em cada espaço, separando-se o solo apenas o suficiente para cobrir as sementes. Para sementes maiores, pode cavar-se uma pequena linha, de acordo com a profundidade recomendada, colocando as sementes com o espaço desejado e cobrindo o local com terra, sem exercer pressão em demasia. Normalmente, nem todas as sementes germinam. Para não ficarem espaços vazios, é recomendado que sejam colocadas várias sementes em cada espaço, de forma a, posteriormente, retirar a que estiver pior. Essa seleção das melhores plantas, chama-se desbaste. A germinação pode demorar entre uma semana e, por vezes alguns meses. Assim, pode ser necessário que, durante esse tempo, se mantenha o solo húmido. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 22 de 89

24 13.4. Regras de plantação Na plantação de plantas que se pretende colher, não deve proceder-se à plantação: Na faixa de proteção às linhas de água. Nas bermas de estradas ou de caminhos. A menos de 500 metros de industrias que efetuem emissões gasosas. Em terrenos onde se exerçam atividade agrícolas em que sejam utilizados químicos, assim como nos terrenos imediatamente adjacentes. Outros locais onde a plantação possa comprometer os valore de conservação já existentes Plantas mais frequentemente utilizadas Tomilho Arbusto perene, família das Labiadas, que chega aos 30 cm e floresce no Verão. Deve ser plantado em solo alcalino, bem drenado e numa área com sol. Propagar por semente ou por estaca no verão e por divisão na primavera. Hortelã Pertence à família das Labiadas, é uma planta herbácea, vivaz, muito rústica com 30 a 90 cm de altura, possuindo rizomas subterrâneos. Prefere áreas com solo leve, rico e húmido, com sol ou sombra parcial e protegido no verão. Semear ou plantar por divisão na primavera. Funcho Herbácea perene, família das umbelíferas. Bem adaptado em solos leves, húmidos e locais quentes e propaga-se por divisão das raízes ou por semente na primavera. Transplantar quando pequena e dar compasso de 50 cm. Cor verde-acinzentado e flores amarelo-acastanhado. Alecrim Prefere solos bem arejados. Exposição ao sol, com proteção dos ventos. Floração no início primavera (abril junho). Propaga-se por estaca ou mergulhia. Plantar com intervalos de cm. Pode atingir os dois metros. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 23 de 89

25 Camomila Pertence à família das Compostas. Matricaria chamomilla, camomila vulgar e Anthemis nobilis, macela ou camomila romana com aroma agradável, semelhante a maçã. Perene vigorosa, rastejante, formando tapete, resistente à seca. Bem adaptada a solos bem arejados e medianamente argilosos, com sol. Realizar a sementeira na primavera. Dividir as variedades vivazes na primavera e no outono e plantar com um compasso de 45 cm como aromáticas, de 10 cm, se utilizada em relvados e plantas com 5 cm. Alfazema Lavandula angustifólia Miller. Lavandula stoechas L., o rosmaninho. É um subarbusto vivaz, da família das Labiadas. Gosta de solos arenosos, secos e bem drenados. Pode crescente entre 0,60 cm a 1 metro de altura. Produz flores azul-violáceo de julho a agosto, em espiga. Propaga-se por estaca com 10 a 20 cm no outono e primavera e por sementeira. Plantar em lugar soalheiro seco e arejado com compasso de 30 x 40 cm. Orégão Planta vivaz herbácea, da família das labiadas, pode alcançar 70 cm de altura. É uma planta rizomatosa, que apresenta um crescimento bastante ramificado na parte superior. As folhas são de cor verdes escuras e as flores rosa-púrpura. A espécie espontânea tem floração branca. A época de floração vai de fins de maio até à primeira quinzena de julho. A colheita é feita no início da floração. Propaga-se por semente, estaca ou por divisão de pés, esta realizada no outono ou início de primavera, para permitir um maior desenvolvimento vegetativo. Lúcia-lima É um arbusto vivaz, pertencente à família das Verbenáceas, muito aromático. Possui folhas ovadas e verticiladas. A floração inicia em maio prologando-se até outubro dependendo dos cortes. Prefere solo bem arejado e alcalino. Solos pobres originam plantas mais fortes, capazes de sobreviver aos invernos frios Por sementeira, na primavera, por estacas, cortadas de ramos no final da primavera, abaixo do nó- A plantação deve ser feita com intervalos de um metro. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 24 de 89

26 Hipericão Cultura vivaz, da família das Gutíferas, com 10 a 90 cm, lenhosa na base, conhecido por Erva de S. João. O hipericão do Gerês (Hypericum androsaemum L.) tem um porte maior 0,30 cm a 1 metro. Aparece em terrenos incultos, bosques meio sombrios, normalmente calcários. A multiplicação, faz-se por sementeira na primavera em tabuleiros, divisão das raízes na primavera, estacas cortadas no verão. Cultivar em solos soalheiros, pouca sombra e bem drenados. Plantar no outono ou primavera e podar no final do inverno. A floração vai de junho a setembro. As partes utilizadas são as folhas e as sumidades floridas. Valeriana Perene vigorosa que atinge por vezes 1,2 metros de altura. É uma planta de porte majestoso, folhagem graciosa e flores pequenas e numerosas. Semear na primavera em local definitivo. Tolera locais com sol ou com sombra. Erva Cidreira Perene e resistente da família das Labiadas. Fragrância a limão. Quando em condições favoráveis, o tamanho varia entre 30 a 80 cm. Prefere solos leves, ricos, húmidos e bem fertilizados. Prefere climas temperados quentes e húmidos, locais semi-sombreados. Cultivada nos climas moderados, floresce na primavera e em condições favoráveis, floresce todo o ano. A luz intensa amarelece as folhas e reduz a intensidade da sua fragrância. Resiste ao frio rigoroso do Inverno, quase desaparecendo. Salvia Também designada de Erva Santa, é um subarbusto vivaz com 30 a 75 cm de altura. Pertence à família das labiadas. Bem adaptada a solos ricos e drenados, leves, secos e alcalinos. Prefere clima temperado, com sol e abrigado dos ventos. Propaga-se na primavera-verão por estaca e por estaca em julho, cada 4-5 anos. Auto propaga-se ou por estaca em junho e julho, por sementeira no início da primavera, em abril e maio. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 25 de 89

27 Coentros Prefere solos ricos e leves, expostos ao sol. Semear no outono e, se em local definitivo, no início da primavera, distante do local onde se encontra o funcho. Cominhos Local abrigado do sol. Prefere solos arejados e ricos. Semear em local definitivo. Semear em local quente no fim da primavera. Salsa Semear na primavera ou no verão. Prefere solos ricos e húmidos. Semear após choque térmico ao sol ou meia sombra. Estragão Prefere solo ricos, leves e secos, abrigados do sol. Propagação por raízes e por semente na primavera, por estaca no verão. Plantar com compasso de 30-45cm. Aneto Anual rústica, da família das Apiáceas. Semear em local definitivo na primavera/verão. Prefere solos ricos, com boa drenagem, ao sol e protegido dos ventos. Compasso de plantação cm, podendo atingir 1,5 metros de altura. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 26 de 89

28 14. COGUMELOS Colheita A apanha de cogumelos silvestres comestíveis é uma tradição bastante enraizada em Portugal, com uma dinâmica comercial relevante e em franca expansão. Na unidade de gestão florestal do Grupo, sobretudo nas áreas de conservação, existe uma grande variedade de fungos que produzem cogumelos, sendo que muitos deles são comestíveis e alguns muito apreciados em culinária. Outros são tóxicos e, alguns destes, até mortais. Os cogumelos são um excelente alimento que, particularmente nos anos mais recentes, tem vindo a ganhar apreciadores, aumentando, assim, a pressão sobre a procura. Devido à inexistência de fiscalização e, não raras vezes, ao desconhecimento das atividades de colheita por parte do proprietário, o desaparecimento de alguns ecossistemas florestais pode pôr em risco a sustentabilidade de algumas espécies de cogumelos silvestres. Para que este recurso seja sustentável, torna-se necessário implementar algumas medidas de grande importância, identificadas no presente documento. Para além das regras gerais definidas para a colheita de outros produtos silvestres, no caso da apanha de cogumelos, trufas e túberas devem ser cumpridos os seguintes preceitos: Devem ser utilizados equipamentos, roupas e calçado adequado às condições da vegetação do local da colheita e que assegurem as condições de higiene do processo. Qualquer pessoa que proceda à colheita de cogumelos silvestres deve ter conhecimentos suficientes e experiência na diferenciação das espécies, de forma a assegurar que não há colheita de espécies toxicas e, eventualmente, mortais. Os cogumelos conhecem-se um a um pelas suas caraterísticas particulares. É preciso avaliá-los individualmente, sempre com a ajuda de quem os conhece bem. Em caso de dúvida na identificação dos cogumelos, não colher nem comer. Quando se pretende colher uma determinada espécie, a colheita deve ser apenas dessa espécie e de nenhuma outra. Ao pretender colher outras espécies, deverá saber-se conhecê-las bem, efetuando a colheita apenas nas quantidades a consumir e em bom estado. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 27 de 89

29 A colheita deve ser realizada à mão, cortando o cogumelo ao nível do solo e evitando a destruição local do micélio, que poderá produzir outros cogumelos no mesmo local e no mesmo ano. O uso de ferramentas ou utensílios que removam e revolvam o solo e/ou a folhada deverão ser excluídos na colheita de todos e quaisquer cogumelos. Deverá tapar-se o espaço aberto com solo provocando uma ligeira compactação. Não devem ser colhidos cogumelos muito jovens, nem em fase avançada de maturação. Por um lado, os cogumelos jovens são mais difíceis de identificar e ainda não libertaram os esporos; por outro lado, os cogumelos comestíveis em estado adiantado de maturação podem ser indigestos, devendo deixar-se no local sem perturbação para que dissemine os seus esporos, garantindo a propagação da espécie no desenvolvimento de novos micélios. Durante o processo de colheita, não devem ser realizadas ações passiveis de destruir outras espécies existentes no terreno, uma vez que todas têm uma importante função ecológica. No caso de cogumelos comestíveis não apreciados, devem deixar-se intactos uma vez que interessarão a outros que os apreciam. Os cogumelos não comestíveis e os venenosos também têm funções ecológicas benéficas para a floresta e para o ambiente, dado que alguns deles participam na remoção de alguns produtos contaminantes. Para o transporte dos cogumelos deverá utilizar-se um cesto de vime. Para além de permitir o arejamento, o cesto também permite a disseminação dos esporos libertos pelos cogumelos colhidos. O uso de latas, baldes e sacos de plástico é proibido. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 28 de 89

30 14.2. Principais espécies de cogumelos silvestres tóxicos e mortais de Portugal Amanita muscaria (Toxico) Amanita verna (Mortal) Paxillus involutus (Toxico) Amanita pantherina (Toxico) Cortinarius mucosus (Toxico) Omphalotus olearius (Toxico) Amanita phalloides (Mortal) Cortinarius orellanus (Mortal) Tricholoma filamentosum (Toxico) Amanita virosa (Mortal) Entoloma lividum (Toxico) Tricholomapardinum (Toxico) Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 29 de 89

31 14.3. Principais espécies de cogumelos silvestres comestíveis de Portugal Agaricus arvenses - Bola de neve Amanita caesarea - Amanita dos césares Amanita lepiotóides - Silarcas Amanita ponderosa - Silarca poderosa Amanita rubescens - Amanita vinosa Auricularia auricula-judae - Orelha de Judas Boletus aereus - Boleto negro Boletus chrysenteron - Boleto de carne amarela Boletus edulis - Cepe de Bordéus Boletus lutens - Boleto Clathrus ruber - Clatus vermelho Clitocybe gibba - Clitocibe Coprinus comatus - Coprino cabeluso Helvella lacunosa - Orelhas de gato Lactarius deliciosus - Sancha Lactarius rugatus - Lactário enrugado Lactarius semisanguifluus - Lactário Leccinum corsicum - Tortulho de esponja amarela Lepista nuda - Pé violeta Leucoagaricus leucothites - Leucoagárico Macrolepiota procera - Frades Morchella esculenta - Pantorras Psalliota arvenis - Tortulho dos cavalos Psalliota campestris - Tortulhos alentejanos Russula cyanoxantha - Russula azul Sarcodom imbricatus - Gigante dos pinhais Tricholoma equestre - Míscaro amarelo Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 30 de 89

32 14.4. Produção em espaço florestal O aproveitamento das potencialidades dos espaços florestais da unidade de gestão florestal do Grupo Unifloresta está particularmente associado aos sistemas multifuncionais da floresta, constituindo um fator relevante para a diversificação das atividades das propriedades, para o aumento da dinâmica económica da atividade e para o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais. A promoção da utilização dos recursos associados aos espaços florestais é, também, um forte indutor da produção de bens e serviços proporcionados pelo ecossistema, maximizando as suas funções protetoras e sociais e perpetuando a memória das tradições das populações. Alguns espaços florestais do Grupo, nomeadamente áreas com plantações de espécies de crescimento lento, oferecem condições ideais ao cultivo e bom desenvolvimento de cogumelos, quer em pequena escala (para consumo próprio), quer de uma forma mais intensiva (para comercialização). Os principais tipos de cogumelos com uma rede de escoamento comercial bem implementada em Portugal são os seguintes: Nome Cogumelo branco (Champignon) Agaricus bisporus Principais caraterísticas O champignon é um cogumelo comestível da família das agaricáceas, género Agaricus, pertencente à espécie Agaricus bisporus ou A. bitorquis, A. campestris, entre outras. Existe na natureza, essencialmente em prados, quando a humidade é elevada e as temperaturas são baixas, geralmente no fim do verão, com as primeira chuvas. Quando maduros, apresentam um chapéu em forma de concha, com uma colcoração entre o beje e o cinzento-escuro. O seu tamanho varia de 5 a 20 cm de diâmetro, com um aroma e textura agradáveis. Cogumelo shiitake (Cogumelo preto do Japão) Lentinula edodes O shiitake, Lentinula edodes é um cogumelo comestível nativo do leste da Ásia. Atualmente é dos cogumelos comestível mais consumidos no mundo, incorporado desde há muito nos hábitos alimentares dos povos asiáticos. Recentemente, foi introduzido para produção e consumo nos países ocidentais. É nutritivo, rico em proteínas, contendo em relação à matéria seca 17,5% de proteínas, com aminoácidos essenciais. Possui substâncias com propriedades medicinais, nomeadamente para o tratamento e controle de pressão arterial, redução do nível de colesterol, fortalecimento do sistema imunológico, e inibição do desenvolvimento de tumores, vírus e bactérias. Cogumelo castanho (Pleorotus Spp) O Cogumelo ostra - Pleorotus Spp - é um dos cogumelos mais difundidos no mundo. O chapéu é pequeno, castanho e esférico. O pé cresce ramificado, é castanho e tem entre 5 e oito centímetros de altura. A carne é doce e de travo amanteigada a noz. É nativo da China e do Japão. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 31 de 89

33 Estes cogumelos podem ser produzidos na propriedade florestal, quer através da produção em tronco de árvores (apenas com recurso a árvores provenientes de propriedade certificada), quer através de adensamento e micorrização artificial na floresta. a) Produção em troncos A produção de cogumelos em troncos de árvores é uma técnica ancestral e é adequada para uma vasta gama de espécies. O período de incubação pode ir de 6 a 18 meses, dependendo da espécie de cogumelo e da madeira utilizada. Em condições normais, a duração da produção pode-se estender até aos 6 anos. Esta técnica é também a que exige menos controlo do substrato os troncos de madeira. Uma das espécies comestíveis mais cultivada em troncos de madeira é o Shiitake (lentinula edodes). A produtividade de outras espécies, tal como o Pleurotus, é geralmente mais baixa do que a produzida através de outros métodos, necessitando, ainda, de um espaço de tempo maior para o processo de incubação. Na produção de cogumelos em tronco deve ter-se em consideração alguns fatores essenciais, tais como: a região do país, a escolha de uma espécie de cogumelo que frutifique a uma temperatura próxima da temperatura atmosférica ao ar livre da região onde vai ser criado, as caraterísticas do terreno, do solo e do espaço envolvente, as espécies e idades de árvores existentes na propriedade certificada, que se pretendem utilizar para a cultura dos cogumelos. Para produção de cogumelos em tronco, apenas poderão ser utilizadas árvores provenientes de uma propriedade certificada. Das espécies de cogumelos mais comuns, as seguintes espécies são as que apresentam uma melhor adaptação à cultura em troncos de árvores na floresta: Shiitake (Lentinus edodes) Cogumelo do Cardo (Pleurotus eryngií) Cogumelo do Choupo (Agrocybe aegerita) Enokitake (Flammulina velutipes) Juba de Leão (Hericium erinaceus) Nameko (Pholiota nameko) Reishi (Garvoderma lucidum) Repolga (Pleurotus ostreatus) Repolga Cor-de-Rosa (Pleurotus djamor) Repolga Setas (Pleurotus pulmonarius) Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 32 de 89

34 A produção em troncos pode ser dividida nas seguintes fases: 1. Seleção das árvores (provenientes da própria propriedade) 2. Furação dos troncos 3. Inoculação dos troncos 4. Fecho dos furos com parafina líquida ou outra substância isolante 5. Incubação dos troncos 6. Frutificação 7. Colheita 8. Fase de descanso dos troncos Seleção das árvores A madeira mais adequada é, nomeadamente, sobreiro, carvalho, castanheiro, eucalipto e choupo. No entanto, dependendo das espécies de cogumelos a utilizar, poderão ser usados troncos de outras árvores, tais como amieiro, bétula, ou outras. Não devem ser utilizados troncos de espécies de resinosas ou fruteiras. Os troncos a inocular devem apresentar-se perfeitamente sãos, sem vestígios de deterioração por fungos, sem partes ressequidas, com casca lisa e grossa e ser cortados cerca de 2 a 3 semanas antes de se realizar a inoculação. A casca deve manter-se completamente intacta, de forma a evitar eventuais infeções e contaminações por bactérias e fungos patogénicos. Até ao momento da sua utilização, os troncos cortados devem permanecer em posição horizontal e num local com sombra, de forma a evitar o contacto com o sol, o que pode provocar o desprendimento da casca. Regra geral, a dimensão dos troncos pode variar entre: Diâmetro: 10 cm - 25 cm. Comprimento: 70 cm - 1 metro. O tamanho ideal dos troncos é de cm de diâmetro e 1 metro de comprimento. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 33 de 89

35 Furação dos troncos e inoculação Deve ser realizada uma série de furos nos troncos, com recurso de uma broca, sem provocar danos na casca adjacente aos furos. Perfurar a 1,5 a 2 cm de profundidade do tronco e com um diâmetro de 8 mm, com distâncias entre 20 a 30 cm no sentido longitudinal e 6 a 12 cm no sentido transversal. O nº de furos a realizar nos troncos pode ser seguida pela seguinte fórmula: N.º de furos = (Diâmetro tronco/3) x (Comprimento tronco/20). A inoculação dos troncos consiste em introduzir o inoculante nos furos realizados com a broca, com recurso ao inoculador. O crescimento do micélio dentro dos troncos acompanha o sentido das fibras da madeira, pelo que o crescimento é mais rápido no sentido do comprimento do tronco e menor no sentido da largura. Deve assegurar-se uma boa higiene das mãos dos trabalhadores e dos utensílios que irão entrar em contacto com o inoculante, sendo aconselhável a lavagem com água e sabão e, posteriormente, com álcool. A inoculação deve ser realizada logo após a furação dos troncos, de forma a evitar que os furos permaneçam expostos aos contaminantes do ar e que ressequem. De forma a diminuir a exposição a más posturas físicas aos trabalhadores que realizam o trabalho, este deverá ser realizado em série, pelo menos com o recurso a três pessoas: uma responsável pela furação dos troncos, outra pela inoculação e a terceira pelo fecho dos furos com parafina líquida ou outra substância isolante, tal como o flinkcoat ou cera. De um modo geral, o consumo aproximado de inoculante é o seguinte: 10 litros para 100 troncos de metros x 10 cm diâmetro. 15 litros para 100 troncos de 1 metros x 15 cm de diâmetro. Preferencialmente, a inoculação deve ser realizada no outono. O fecho dos furos deve ser feito assegurando o completo preenchimento do furo, com o objetivo de impedir a penetração de contaminantes externos, a infiltração de água e a secagem do inoculante. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 34 de 89

36 No caso de utilização de parafina, esta deve encontrar-se a uma temperatura entre 115 ºC e 120 C. Temperaturas mais elevadas podem potenciar a evaporação e a formação de fumos tóxicos, com o perigo de ignição de um foco de incendio na floresta. Deve ser evitado o derrame de parafina no solo. Para recolher o excesso de parafina em excesso ou para evitar o derrame aquando da sua aplicação, deve cobrir o chão do local com uma folha metálica. No caso de derrame no solo, a parafina deve ser recolhida para sacos plástico resistente ou outros recipientes adequados e encaminhados para a entidade competente. Incubação O local de incubação na propriedade deve ser sombrio, com uma temperatura amena e ventilação média. Os troncos devem ficar alinhados na horizontal, uns sobre os outros, nunca ultrapassando 1,5 metros de altura, cobrindo-se, se necessário, com um plástico escuro. A distribuição da humidade numa pilha tende a deixar as partes mais baixas e centrais com maior teor de humidade, pelo que os troncos mais finos devem ser colocados nas partes mais baixas e mais centrais da pilha, pois ressecam mais facilmente. O chão onde assentam os troncos deve ser revestidos com cascalho ou outro produto adequado, de forma a evitar a lama no local. A cada 2 meses, ou noutra frequência inferior se considerado adequado, deve proceder-se à alteração da posição dos troncos na pilha, passando os que se encontrem na parte de baixo para a parte de cima e vice-versa e procedendo à rotação de 180 de todos os troncos. Este procedimento pretende uniformizar a humidade na pilha. Adicionalmente, deve ter-se em especial atenção os pontos de contacto entre os troncos. Não raras vezes o micélio solda as cascas dos dois troncos neste locais, originando o desprendimento de pedaços de casca. Assim, e com o objetivo de evitar a perda de casca, deve manusear-se os troncos com atenção redobrada nestes pontos. A temperatura ótima de incubação situa-se entre 20ºC a 25ºC. A humidade da madeira deve situar-se entre 35% e 55% e a humidade relativa entre 75% e 80%. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 35 de 89

37 Nos períodos mais quentes e secos, como no verão, nunca deixar secar os troncos por completo, enquanto que no inverno, ou em alturas mais frias e chuvosas, deve evitar-se o encharcamento do terreno, se necessário assentando os troncos em tijolos. O período de incubação pode durar de 6 meses a 1 ano. O crescimento de micélio no tronco prossegue com a decomposição da madeira pelo fungo para obter os nutrientes necessários para a fase seguinte, a frutificação. Frutificação Com o amadurecimento do tronco inoculado, a frutificação ocorre de forma espontânea, geralmente após alguns dias chuvosos ou diminuição da temperatura ambiente. Sem intervenção humana, este período corresponde à chegada do outono. A frutificação e visível através do aparecimento de pequenas protuberâncias sob a casca (primórdios do cogumelo). Quando manuseados corretamente, os troncos podem produzir durante 2 a 6 anos, em 8 a 12 ciclos de produção. O rendimento desta técnica situa-se entre os 10 % a 15% do peso da madeira utilizada. À medida que o teor de nutriente decresce, a quantidade de cogumelos produzida também sofre uma redução, até ao ponto em que não se verifica mais nenhuma germinação. Nessa altura, os troncos devem ser retirados do local de produção, uma vez que que favorecem a criação de pragas (fungos e insetos) que podem comprometer a restante produção. Essa madeira pode ser utilizada como matéria orgânica para enriquecimento do solo, permanecendo em locais estratégicos na propriedade. Colheita A colheita deverá ser realizada quando 50% a 60% do chapéu estiver aberto. O cogumelo deve ser colhido apenas com as mãos, segurando pelo pé com uma ligeira torção até que se tenha desprendido, tendo em atenção que não deve ser retirada nenhuma parte da casca do tronco. Durante o processo de colheita, devem tomar-se todos os cuidados para que não ocorram danos ou impactes na vegetação e nos habitats existentes na propriedade onde se encontram os troncos. A data de início dos trabalhos deverá ser comunicada à Administração do Grupo. Os cogumelos colhidos devem ser limpos de restos de casca das árvores, colocados em recipiente plásticos cobertos com filme de PVC aderente e armazenados no frio até ao destino ou utilização final. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 36 de 89

38 Descanso dos troncos Depois de se proceder à colheita, os troncos devem permanecer 40 a 60 dias em descanso, preparandose para um novo processo de indução e colheita. Durante esse período de descanso, o micélio absorve mais nutrientes dos troncos, preparando uma nova produção. Quando o tronco estiver esgotado, a sua casca já terá soltado quase por completo e a madeira ficará apodrecida ao ponto que qualquer batida fará com que se quebre muito facilmente, devendo então ser rejeitado. b) Produção por micorrização artificial As micorrizas As Micorrizas são pseudo-hifas, adaptações de alguns fungos unicelulares que se multiplicam, permanecendo unidos, semelhante a hifas (filamentos que formam o micélio dos fungos e o micobionte dos líquenes) com função de adaptação ao meio submetido. As micorrizas formam-se quando as hifas de um determinado fungo invadem as raízes de uma outra planta. As hifas vão auxiliar as raízes da planta na função de absorção de água e sais minerais do solo, já que aumentam consideravelmente a superfície de absorção. Deste modo as plantas podem absorver mais água e adaptarse a climas mais secos. Os fungos, em troca dos seus serviços, recebem da planta os fotoassimilados (carboidratos) que necessitam para a sua sobrevivência e que não conseguem sintetizar, pois não possuem clorofila As micorrizas podem ser divididas em dois grupos: endomicorrizas, onde o fungo se encontra principalmente no interior das raízes e as ectomicorrizas, onde o fungo se desenvolve à superfície da raiz. Com a exceção de algumas espécies, as plantas agrícolas e hortícolas formam micorrizas arbusculares. Algumas árvores florestais também formam esse tipo de micorriza. No entanto, a grande maioria das espécies florestais formam ectomicorrizas. Existe um vasto leque de cogumelos comestíveis cujo desenvolvimento está associado a determinadas árvores, tais como o pinheiro, o castanheiro, o sobreiro, a aveleira, a azinheira e o carvalho. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 37 de 89

39 Estas são as espécies mais utilizadas na produção de cogumelos por micorrização em Portugal. A micorrização pode ser realizada através da compra de árvores já micorrizadas ou da realização da micorrização num povoamento já instalado. No cultivo de trufas e cogumelos, é importante ter-se em atenção a situação geográfica e clima da propriedade, de forma a decidir qual o cultivo mais adequado. É fundamental também realizar uma análise física e química ao solo de forma a determinar a viabilidade do cultivo. Não deve ser aplicado qualquer inseticida ou pesticida no local da micorrização. As zonas micorrizadas não devem ser aradas nos anos seguintes à micorrização. Se necessário, realizar uma limpeza superficial da vegetação rasteira. Principais espécies de cogumelos comestíveis micorrizadas Sancha (Lactarius deliciosus) Espécie de produção de baixo risco, associada a várias espécies de Pinus sp., nomeadamente pinheiro bravo, pinheiro manso e pinheiro silvestre. Prefere solos francos, sendo de evitar zonas muito declivosas. A produção inicia-se aos 3 anos, apresentando um aumento progressivo de produção ao longo do tempo. Espécie autóctone, muito comum em Portugal, frutificando na primavera e no outono. Apresenta uma produção média de 300Kg/ ha. Nos pinhais selvagens, partilha o seu espaço com muitos outros cogumelos, desde os comestíveis de menor valor aos não comestíveis e venenosos. No cultivo em plantações artificiais, esta espécie é claramente a dominante, podendo, assim, ter controlo sobre a sua produtividade. Prolifera facilmente em solos ácidos, embora possa também ocorrer em solos calcários. Para plantações de Sancha deve colocar-se as plantas de 3m x 3m (1.100 plantas por hectare) até 4m x 4m (625 plantas por hectare). É aconselhável a rega manual nos primeiros anos e o uso de protetores, que podem ser naturais e orgânicos, de forma a abrigar as plantas jovens de fauna selvagem. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 38 de 89

40 Boleto (Boletus edulis) O Boletus é um fungo micorrízico e, por tal, vive associado a raízes de certas árvores adultas, tais como castanheiros, carvalhos, pinheiros, sobreiros, faias, entre outras. Aparece sob o coberto dos soutos, em particular devido à sua folhagem em decomposição e nos terrenos de giestas a Norte do distrito de Viseu. Os campos para o cultivo de Boletus necessitam de estar localizados em zonas que apresentem ph ácido (ph <5,5), de textura variável e com solos pobres. Atinge com facilidade 25 cm de altura. Apresenta um chapéu hemisférico espesso e largo de cor castanha, assente sob um pé grosso de cor branca com estrias acastanhadas junto ao chapéu. A produção está diretamente relacionada com as condições climatéricas e com o sistema agroflorestal implementado sendo muito produtivo em condições ideais. A frutificação inicia-se após o segundo ano, podendo obter-se produções entre 100 e 200 kg/ha/ano em alguns soutos e entre 100 a 400 em pinhais de Pinus sylvestris com precipitação superior a 650mm. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 39 de 89

41 15. FRUTOS SILVESTRES A utilização de frutos e bagas silvestres para consumo humano, na sua forma simples ou para a produção de produtos transformados (aguardente, doces, compotas, etc.) é uma atividade secular e transversal a toda a população rural. A exploração sustentável destes produtos nas Unidade de Gestão Florestal passa por uma gestão adequada dos mesmos e do respeito pelas espécies e habitats envolventes Lista dos principais frutos e bagas silvestres Medronho Alfarroba Maçã brava Noz Avelã Ginginha-de-rei Castanha Pera brava Pinhão Bolota Cereja brava Amora brava Morango silvestre Amendoa Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 40 de 89

42 15.2. Requisitos gerais de segurança na colheita A colheita de frutos florestais silvestres com vista ao seu processamento ou conservação para posterior utilização é uma atividade que, regra geral, realiza-se em árvores em pé e acarreta alguns riscos. Só devem subir às árvores os trabalhadores com experiência na atividade e que tenham um nível de conhecimento considerado adequado das técnicas de escalada a árvores, nomeadamente a utilização do equipamento de trabalho e de proteção individual adequados. Para esta atividades, são requeridos os seguintes cuidados: Os trabalhadores devem utilizar o equipamento de proteção individual necessário e respeitar todas as normas de segurança de escalada e descida de árvores. A colheita de frutos silvestres com subida às árvores não deve ser realizada por uma só pessoa. Devem participar na atividade, pelo menos, duas pessoas, devendo todos ter um conhecimento adequado de técnicas de primeiros socorros. A colheita deverá ser realizada pelo número mínimo de pessoas necessárias para o efeito, de forma a evitar eventuais danos e impactos causado na área. Os trabalhadores que realizam a subida às árvores devem possuir boa resistência física, agilidade, ausência de vertigens e capacidades psicomotoras que permitam operar em altura. Na colheita em árvores em pé, deve fazer-se uma avaliação das condições climáticas, não se devendo colher em condições adversas, tais como nevoeiro, vento, gelo ou chuva, por colocar em risco a segurança dos trabalhadores. Os operadores que sobem às árvores devem conhecer as diferentes caraterísticas das espécies e saber identificar, de imediato, a diferença entre madeira viva e madeira morta. As escadas que se utilizam para subir às árvores devem possuir base antiderrapante. Antes da utilização, deve verificar-se o seu estado. A apanha de frutos apenas deverá ocorrer apenas se os frutos estiverem suficientemente maduros e se a quantidade compensar o esforço e o tempo despendido neste tipo de operação. Quando se trata de frutos grandes, estes deverão ser cortados individualmente, evitando que caiam no chão. No caso de frutos pequenos, deverão ser apanhados individualmente ou em raminhos e colocados em sacolas que os operadores transportam consigo. Durante o trabalho realizado pelo trabalhador que permanece na árvore, nenhum outro trabalhador deve permanecer na área por baixo da copa da árvore. Sempre que o trabalhador que permanece na árvore tiver necessidade de deixar cair um objeto, deverá avisar as pessoas que permanecem no solo. Durante o trabalho, não devem ser causados danos na árvore intervencionada. A descida da árvore deverá ser feita de forma lenta e cuidadosa. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 41 de 89

43 16. RESINA A resina é um líquido viscoso, transparente e pegajoso, de cor amarela acastanhada, produzida por algumas árvores resinosas, tais como os pinheiros, quando sofrem algum dano ou ferida no tronco. Ao sair naturalmente do interior do tronco para o exterior, tapa e cicatriza a ferida, protegendo a árvore, uma vez que, em contacto com o ar, fica dura, quebradiça e forma cristais. Da resina é extraída a aguarrás (terebentina) e pez (colofónia de gema), usados como matéria-prima para fabrico de vários produtos e derivados, entre outros: Solventes e diluentes para tintas e vernizes Aglomerantes Vernizes de óleo Colas e adesivos Produtos de limpeza Sabão Linóleos Perfumes e cremes Incensos Pastilhas A resinagem consiste na realização de cortes no tronco da árvore, o que provoca a produção e libertação de resina, que será recolhida num recipiente preso à árvore. Ao método tradicional de resinagem, ou seja, sem recurso ao uso de estimulantes, denomina-se sistema do púcaro. Este consiste em realizar um corte no pinheiro, encaixando um púcaro nessa cavidade. A goma escorre para o púcaro e, posteriormente, o resineiro recolhe a goma acumulada. Este método pode implicar o enfraquecimento da árvore e uma maior vulnerabilidade ao ataque de doenças e à ação de insetos. O método mais moderno consiste na obtenção da resina através da aplicação de estimulantes no corte realizado no pinheiro, designadamente pasta sulfúrica. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 42 de 89

44 Esta pasta sulfúrica mantém-se eficaz durante cerca de quatro semana, período durante o qual é libertado, de forma contínua, ácido para a árvore. Para além destes, existe o método da extração hermética, com recursos a furos no tronco da árvore, onde são inseridos tubos metálicos e, a estes, são hermeticamente adaptados sacos de plástico de polietileno de alta densidade em substituição dos púcaros. Atualmente, este método não se verifica na Unidade de Gestão Florestal. O método mais utilizado na Unidade de Gestão Florestal é o que recorre ao uso de estimulantes, de acordo com os princípios de exploração racional, em árvores de pinheiro (bravo e manso) aptas para o efeito. No entanto, cabe ao proprietário optar pela utilização, ou não, de reagentes químicos na extração da gema Modalidade de extração da resina A modalidade a utilizar - à vida ou à morte - depende da finalidade a dar à madeira das árvores resinadas. Na Unidade de Gestão foram identificadas as seguintes modalidades: Pode ser praticada à vida, em pinheiros a explorar a longo prazo, com mais de 80 cm de perímetro e a 1,30 metros do solo. Perímetro (1,30 metros do solo) De uma forma mais intensiva, pode ser praticada à morte, apenas nos últimos anos de vida da árvore, a retirar em desbaste ou corte final, durante um período máximo de 4 anos e em árvores com mais de 63 cm de perímetro e a 1,30 metros do solo. Resinagem à vida Número de fiadas de feridas < 0,80 metros Não é permitida a resinagem 0,80 a 1,10 metros > 1,10 metros Uma nova fiada só pode ser iniciada depois de explorada a anterior. Nos primeiros 4 anos. Uma nova fiada só poderá ser iniciada após terminada a exploração das anteriores. Perímetro (1,30 metros do solo) 0,63 metros. Apenas pinheiros a cortar no máximo em 4 anos. Resinagem à morte Número de fiadas de feridas O máximo possível, devendo ser respeitada uma distância entre fiadas. Carece de autorização e deve respeitar todas as disposições estabelecidas na lei. Em média, um pinheiro pode produzir cerca de 2 kg de resina por ferida. Anualmente, e em condições normais, um pinheiro médio atinge uma produção máxima de 4 kg. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 43 de 89

45 16.2. Metodologias de exploração de resina a) Época da resinagem A resinagem é efetuada no período de 1 de março a 30 de novembro, com um pico no verão, altura em que a produção de resina é maior, devido à maior intensidade de calor. O descasque da árvore pode ser iniciado em fevereiro. Anualmente, é realizado um novo corte, sempre acima do anterior. b) Principais ferramentas utilizadas Nome Descascadeira Ferro de renova americano Riscador Mete bicas Raspadeira Pulverizador Púcaro Espátula Bica Pedra de afiar Lata de colha Maço Serapilheira Arranca bicas Machado Função Ferramenta de cabo comprido, com uma espécie de lâmina de dois gumes, que serve para alisar a casca (descarrasque) na zona onde se vai fazer a ferida no tronco da árvore. Ferramenta de cabo comprido com uma lâmina especial na ponta, utilizada para fazer as renovas (feridas). Utilizado para riscar (marcar) no tronco os bordos laterais da ferida, que limitam a zona onde se vai tirar a casca. Ferramenta usada fazer a fenda no tronco da árvore, onde vai ser colocada e enterrada a bica. Pode ser curvo (para bicas curvas) ou direito (para bicas direitas). Ferramenta de cabo longo, com uma lâmina na ponta usada para raspar e retirar, no final da campanha, a resina seca (raspa) que ficou agarrada às feridas. Frasco com tampa tipo borrifador, usado para pulverizar e tratar a ferida com o ácido para provocar a libertação da resina. Vaso de barro ou plástico utilizado para colher a resina que escorre da ferida. É preso ao tronco com um prego. Atualmente, também são utilizados sacos de plástico. Pequena pá plana, usada para ajudar a retirar a resina dos púcaros, durante a operação de colheita da resina (colha). Placa ou lâmina de metal que se crava no tronco, logo abaixo da ferida executada, e que serve para encaminhar a resina que vai escorrendo para o púcaro. Pode ser curva ou direita. Utilizada para afiar as lâminas das ferramentas de corte. Bilha grande utilizada para recolher a resina dos púcaros e transportá-la para os bidões. Martelo de madeira, que serve para bater no cabo do mete bicas quando se faz o entalhe para colocar a bica no tronco da árvore. Esteira que serve para recolher a resina seca (raspa) das árvores Espécie de alicate usado para retirar as bicas das árvores no final de cada campanha ou período de resinagem. Ferramenta que serve para auxiliar ou para fazer o descasque. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 44 de 89

46 c) Etapas do processo de resinagem Atividade Descasque (ou descarrasque) Riscagem Montagem do serviço Execução da ferida (renovas) Aplicação do ácido Colha Raspagem Desmontagem do serviço Descrição Consiste na retirada de uma porção de casca do tronco do pinheiro, onde, posteriormente, será feita a ferida, alisando-a com uma descarrascadeira. Esta atividade pode ser feita em fevereiro. Marcação do local onde vai ser feita a ferida com o auxílio do riscador. O riscador utilizado limita a largura da ferida, que deverá ter entre 10 e 12 centímetros. Com o auxílio do mete-bicas e do maço, é colocada e fixada uma peça de metal (bica) ao tronco, na parte de baixo da zona que se acabou de preparar. Esta peça tem a função de encaminhar corretamente a resina que vai sendo libertada pela árvore, para o recipiente de barro ou de plástico (púcaro) que se pendura logo por baixo. Preparação da ferida com o ferro de renova americano. É realizada uma ferida por ano. Ao longo do período de resinagem anual, vai retirando, aproximadamente quinzenalmente, pequenas porções da casca que fica agarrada ao tronco (renovas), destapando-se a madeira. Cada ferida é composta por várias renovas. Usando um pulverizador, deve untar-se a renova com um ácido específico para o efeito. Este irá provocar e acelerar a produção de resina. Como auxílio de uma espátula, faz-se a colheita da resina que, entretanto foi escorrendo e enchendo os púcaros e recolhe-se para dentro de uma lata (lata de colha). No final junta-se toda a colha em bidões, onde irá ser transportada para o destino final. No final a campanha, é necessário limpar as feridas que ficaram cobertas de resina seca (raspa), de cor esbranquiçada, que solidificou e ficou agarrada. Com a raspadeira, retira-se e colhe-se para dentro de uma serapilheira, par depois ser juntada em bidões, onde irá ser transportada para o destino final. Com o auxílio do arranca-bicas, retira-se todo o material da árvore: bica, púcaro ou outro recipiente de colheita e pregos. O material só deverá ser recolocado na próxima companha, a partir do dia 1 de março. d) Modelos de gestão Regra geral, os modelos de silvicultura do pinheiro-bravo adotados e que preveem como forma de exploração o corte final aos 45/50 anos, não consideram a resinagem à vida, pelo facto de não se atingirem os diâmetros mínimos exigidos legalmente para o processo da resinagem à vida. A distribuição irregular da resina acumulada na base do tronco até, pelo menos, cerca de 1, 30 metros, e a disposição das várias feridas, quer no exterior, quer no interior da secção do tronco, provocam múltiplas dificuldades do aproveitamento das árvores resinadas à vida para serração ou folha, constituindo sempre causa de desperdício, que geralmente passa dos 30% do tronco. A modalidade de resinagem à vida é, por isso mesmo, dificilmente compatível com o aproveitamento da madeira para serração. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 45 de 89

47 De uma maneira geral, quando o objetivo de produção for a obtenção de madeira de qualidade, a modalidade de resinagem deverá ser à morte, constituindo a resina um produto secundário. Quando não for possível evitar a produção de madeira de baixa qualidade, com utilização do lenho para trituração ou biomassa, a opção pela modalidade de resinagem à vida torna-se admissível, uma vez que permite uma antecipação de rendimentos ao proprietário florestal. A adoção da resinagem à vida será viável quando a finalidade da madeira for a trituração, enquanto que a produção de madeira para serração exigirá que apenas se proceda à resinagem à morte. e) Regras gerais As operações de extração de resina só devem ser realizadas por trabalhadores com experiência e/ou qualificados. Utilizar sempre os Equipamentos de Segurança Individual adequados. Os pinheiros de perímetro inferior a 0,80 metros, medido a 1,30 metros do solo, não podem ser resinados. Nos pinheiros de perímetro igual ou inferior a 1,10 metros, somente poderá explorar-se uma fiada de feridas, sendo proibida a realização de uma nova fiada sem que a anterior esteja completamente explorada. Nos pinheiros de perímetro superior a 1,10 metros, poderão ser exploradas, em simultâneo, as duas primeiras fiadas durante o período inicial de exploração de resina (quatro anos), sendo proibida a realização de novas fiadas sem que as anteriores estejam completamente exploradas. As feridas não podem exceder as seguintes dimensões, medidas da origem dos tecidos vermelhos da casca, em linha reta e segundo a sua maior extensão: Altura (cm) Profundidade (cm) Ano Largura (cm) Resinagem com recurso a ácidos ou outros estimulantes Resinagem com renovas (interessando o lenho) e sem aplicação de estimulantes Resinagem com recurso a ácidos ou outros estimulantes Resinagem com renovas (interessando o lenho) e sem aplicação de estimulantes 1º ano º ano º ano º ano Para estes valores há uma tolerância de 2 cm no caso de já terem sido exploradas 3 fiadas completas Nos casos de resinagem à morte é permitida uma tolerância de 3 cm. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 46 de 89

48 As feridas devem iniciar-se na base do tronco, a uma distância do solo não superior a 0,20 metros e prolongadas nas campanhas futuras, formando fiada ou faixa contínua no sentido do eixo da árvores, até completar o 4º ano de exploração de resina. Deverá respeitar-se uma distância mínima de 0,10 metros entre as fiadas, que deverão ser abertas à maior distância possível das anteriores, sem perder de vista o objetivo do melhor aproveitamento da árvore. Não deverá ser iniciada uma nova exploração de fiadas nos mesmos ou noutros pinheiros, com o abandono da exploração de outras ainda não concluídas. Não é permitido reexplorar feridas abertas em campanhas anteriores ou explorar, em simultâneo, mais de uma ferida na mesma linha, no sentido do eixo da árvore. A atividade de exploração de resina não pode causar danos em áreas de conservação ou causar outros impactes negativos significativos nas propriedades. Todas as atividades poderão ser suspensas pela Administração do Grupo, caso se verifique uma não conformidade grave, ou a concomitância de várias não conformidades menores, de acordo com a legislação vigente, as normas aplicáveis ou as regras internas do Grupo Unifloresta, e até que a normalidade seja reposta. O início dos trabalhos deverá ser comunicado à Administração do Grupo, preferencialmente com um mês de antecedência. As propriedades que se pretenderem submeter à ação de resinagem deverão ser devidamente identificadas pelo Membro do Grupo. As propriedades que se pretender resinar árvores deverão cumprir todos os pressupostos legais e normativos, nomeadamente os decorrentes das ações que terão de ser praticadas nos pinheiros a resinar. Durante os trabalhos de resinagem, deve assegurar-se a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual. O trabalho de exploração de resina carece de um planeamento eficaz, devendo considerar-se, nomeadamente: A divisão do pinhal em parcelas relativamente homogéneas, quanto ao declive; A área total da propriedade; O acidentado do terreno; A distância média entre árvores aptas à resinagem; O inventário de cada parcela (número de feridas e de pinheiros); O espaçamento das renovas; O número de renovas por ferida; A distância entre parcelas exploradas. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 47 de 89

49 17. CORTIÇA A cortiça é a casca do sobreiro (Quercus suber L). É uma matéria-prima natural, leve, praticamente impermeável a líquidos e a gases, elástica, compressível, isolante térmico e acústico, e muito resistente ao atrito. Além disso, é 100% biodegradável, renovável e reciclável. O descortiçamento consiste em desprender a cortiça da árvore do sobreiro vivo, sem provocar danos no entrecasco. Pode ser realizada manualmente ou através de meios mecânicos. O primeiro descortiçamento ocorre quando o sobreiro tem 25 anos e desde que o tronco tenha atingido um perímetro de 70 centímetros, medidos a 1,5 metros do solo. Os descortiçamentos posteriores são feitos com um intervalo de, pelo menos, nove anos entre si. Ao longo da sua vida, o sobreiro pode ser descortiçado cerca de 17 vezes, com intervalos de pelo menos nove anos, o que significa que a exploração de cortiça durará, em média, 150 anos. O primeiro descortiçamento chama-se desbóia e dele obtém-se a cortiça virgem, que apresenta uma estrutura muito irregular e uma dureza que a torna difícil de trabalhar. Nove anos depois, aquando do segundo descortiçamento, a cortiça, designada de secundeira, já tem uma estrutura regular, menos dura. A cortiça destas duas primeiras extrações não é apta para o fabrico de rolhas, por exemplo, sendo utilizada noutras aplicações, tais como isolamentos, pavimentos, objetos decorativos, entre outros. A partir do terceiro descortiçamento obtém-se a cortiça amadia ou de reprodução. Esta apresenta uma estrutura regular, com costas e barriga lisas, e com as caraterísticas ideais para todas as aplicações possíveis Descortiçamento O descortiçamento - ou despela do sobreiro - é um processo ancestral que deve ser feito por descorticadores com experiência e formação, com o objetivo de não provocar danos na árvore. É realizado nos meses de Verão, de entre Maio e Agosto, por ser a altura do ano em que o sobreiro dá melhor a cortiça. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 48 de 89

50 Executa-se em cinco etapas: Abrir: Golpeia-se a cortiça no sentido vertical, escolhendo a fenda mais profunda do enguiado (as ranhuras da casca). Ao mesmo tempo, torce-se o gume do machado para separar a prancha do entrecasco. É possível calcular o grau de dificuldade de cada extração pelo "toque" do machado. Ao aplicar-se o gume do machado sobre a prancha, ouve-se um som oco caraterístico do rasgamento. Neste caso, o grau de dificuldade é menor. Separar: De seguida, separa-se a prancha com a introdução do gume do machado entre a barriga da prancha e o entrecasco. Após isto, executa-se um movimento de torção do machado entre o tronco e a cortiça que se pretende separar. Traçar: Com um corte horizontal delimita-se o tamanho da prancha de cortiça a sair e aquela que fica na árvore. Durante a traçagem, são frequentes as sequelas deixadas no entrecasco e, por vezes, estas mutilações acabam por alterar a geometria do tronco. Extrair: A prancha é cuidadosamente retirada da árvore para não partir. Quanto maiores forem as pranchas extraídas, maior será o seu valor comercial. Retirada a primeira prancha, repetemse estas operações para libertar todo o tronco. Descalçar: Após a extração das pranchas, mantém-se aderentes alguns fragmentos de cortiça junto à base do tronco. Para retirar os possíveis parasitas que existam nos calços do sobreiro, o descortiçador dá algumas pancadas com o olho do machado. Por fim, marca-se a árvore, usando o último algarismo do ano em que foi realizada a extração, com tinta branca indelével. Período de repouso. Após o descortiçamento, as pranchas de cortiça são empilhadas no estaleiro ou nas instalações do cliente final. Aí, devem permanecer ao ar livre, ao sol e à chuva. No entanto, todas as pilhas são formadas tendo em conta regras próprias e muito restritas (definidas pelo Código Internacional de Práticas Rolheiras - CIPR), de forma a permitir a estabilização da cortiça. Devem ser empilhadas sobre materiais que não contaminem a cortiça e que evitem o contacto desta com o solo. A madeira, por exemplo, é expressamente proibida por poder transmitir fungos. Durante este período de repouso dá-se a maturação da matéria-prima e a cortiça estabiliza-se. Segundo o Código Internacional de Práticas Rolheiras, o tempo de repouso das pranchas nunca deve ser inferior a seis meses. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 49 de 89

51 17.2. Principais cuidados na atividade de descortiçamento Por forma a não debilitar as árvores, existem leis governamentais que regulam o descortiçamento dos sobreiros, nomeadamente o Decreto Lei N.º 169/2001, que estabelece medidas de proteção ao sobreiro e à azinheira. No entanto, se ele for feito em árvores saudáveis e se o tirador for um trabalhador experiente e com a formação adequada à função, é capaz de descortiçar com os devidos cuidados, deforma a que os sobreiros voltem a criar cortiça para se protegerem e, assim recuperar forças. Os principais cuidados no descortiçamento são os seguintes: Não ferir a parte de dentro dos sobreiros com o machado. Não transportar no machado doenças de outras árvores para árvores que estão boas de saúde. Depois de descortiçar sobreiros com suspeitas de estarem doentes, o tirador deve desinfetar o machado. Não tirar demasiada cortiça de cada sobreiro Planeamento da segurança do trabalho Como na generalidade dos trabalhos em espaço florestal, o descortiçamento deve ser realizado em grupo, nunca por um só trabalhador no terreno. A área e os sobreiros devem ser analisados antes do início da tarefa, de modo a identificar eventuais riscos e implementar as respetivas medidas. As ferramentas e máquinas devem ser as adequadas e estar boas condições de manutenção e os Equipamentos de Proteção Individual devem ser adequados à tarefa e encontrar-se em boas condições. Devem manter-se no terreno, no mínimo: caixa de primeiros socorros, mapa da propriedade, lista de telefones de emergência e telemóvel ou rádio de comunicação Extração manual de cortiça Verificar o estado das máquinas e ferramentas antes de iniciar o trabalho e substituir ou consertar em caso de sinal de desgaste ou mau funcionamento. Utilizar as ferramenta adequadas a cada tarefa. No descortiçamento, não golpear nenhuma superfície com a machada sem ser a cortiça. O transporte da machada na mão deve ser realizado pelo pescoço, com a lâmina dirigida para a frente e, sempre que possível, com o gume protegido. Deve manter-se uma distância de segurança para com os restantes trabalhadores. Os objetos contundentes deverão ser mantidos afastados, a uma distância de segurança do corpo dos operadores e do dos seus colegas de trabalho. Só podem realizar trabalhos de descortiçamento os trabalhadores qualificados e autorizados, não devendo, em situação alguma, os trabalhadores em formação trabalhar sozinhos. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 50 de 89

52 Quando em trabalhos de descortiçamento nos ares e no fuste, devem realizá-lo em locais diferentes da árvore, avisando o de cima dos desprendimentos da cortiça. O trabalhador que sobe à árvore não transporta a machada. Ela deverá ser entregue pelo trabalhador que fica no solo, realizando-se a operação inversa ao descer. Tanto a subir como a descer, deve assegurar-se que a escada encontra-se firmemente posicionada e poderá ser amparada por outro trabalhador sempre que necessário Extração mecânica de cortiça: Manter uma distância de segurança superior a 2 metros do operador que efetua o trabalho. Assegurar a manutenção correta e periódica das máquinas a utilizar. Só podem trabalhar com as máquinas os trabalhadores qualificados e autorizados. Em deslocações entre árvores, manter as serras com o dispositivo de segurança acionado. Não trabalhar em posição de desequilíbrio Requisitos legais gerais: Não é permitida a desbóia de sobreiros cujo perímetro do tronco, medido sobre a cortiça, a 1,3 metros do solo, seja inferior a 70 cm (à exceção de casos devidamente aprovados pelas Entidades Competentes). A altura do descortiçamento nos sobreiros (distância medida ao longo do fuste e das pernadas) em que a despela se limita ao fuste, não pode exceder os seguintes múltiplos do perímetro do tronco, medido sobre a cortiça, a 1,3 metros do solo: a) Duas vezes, no caso de árvores produtoras apenas de cortiça virgem. b) Duas vezes e meia, no caso de árvores já produtoras de secundeira mas ainda não de amadia. c) Três vezes, no caso de árvores já produtoras de amadia. Nos casos em que a altura de descortiçamento, calculada com base no critério definido anteriormente, é superior à altura do fuste, a diferença entre estas duas alturas, dividida pelo número de pernadas, determina o comprimento máximo de descortiçamento em cada pernada. Não é permitida a extração de cortiça em fustes e pernadas cujo perímetro, medido sobre a cortiça no limite superior do descortiçamento, é inferior a 70 cm. Não é permitida a extração de cortiça amadia ou secundeira com menos de nove anos de criação, podendo, excecionalmente e mediante requerimento fundamentado, a entidade competente autorizar a extração de cortiça, nas seguintes condições: a) Com oito anos de criação, para tornar exequível o ordenamento da exploração da cortiça, nomeadamente o afolhamento das tiragens e a supressão de meças, desde que a quantidade a extrair nestas condições não ultrapasse 10% da quantidade total de cortiça a retirar nesse ano no montado em causa. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 51 de 89

53 A extração por meças só é permitida nos sobreiros cujo descortiçamento já era efetuado por este processo em data anterior a Maio de No ato da extração é obrigatória a inscrição, com tinta branca indelével e sobre a superfície explorada dos sobreiros, do algarismo das unidades do ano da tiragem da cortiça. No caso de a extração ocorrer em manchas ou folhas, apenas é obrigatória a marcação dos sobreiros que as delimitam. É obrigatória a declaração (em modelos de impresso a fornecer pelos serviços centrais e regionais) da cortiça virgem, secundeira ou amadia extraída ou comercializada em cru. Para o efeito, existem dois modelos de impresso, a preencher em duplicado: a) Manifesto de produção suberícola», destinado a produtores de cortiça em cru, quer esta se destine a venda quer a autoconsumo, que deve ser preenchido um por cada prédio e concelho e remetido pelo produtor até 31 de Dezembro do ano da extração. b) Manifesto de participação de compra e venda de cortiça», destinado a compradores e vendedores de cortiça em cru, que deverá acompanhar a cortiça ao longo de todo o circuito de comercialização, desde o produtor ao utilizador final, seja este industrial ou exportador, e ser por este remetido de imediato à Entidade Competente. Os legítimos possuidores dos montados de sobro e azinho são responsáveis pela sua manutenção em boas condições vegetativas, através de uma gestão ativa e de uma correta exploração. É proibida qualquer operação que mutile ou danifique exemplares de sobreiro ou azinheira, bem como quaisquer ações que conduzam ao seu perecimento ou evidente depreciação, nomeadamente as ações de descortiçamento que provocam danos no entrecasco Principal equipamento utilizado no descortiçamento Método manual Machada Pedra de afiar Escada Desinfetante Produto de cicatrização Tinta e pincéis Método mecânico Motosserra para extração da cortiça Serra de extração da cortiça Machada Escadas Desinfetante Produto de cicatrização Tinta e pincéis Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 52 de 89

54 18. MEL A apicultura é uma atividade económica que abrange milhares de produtores em Portugal e que representa uma fatia importante na economia nacional e, principalmente, regional. Em Portugal existem as seguintes denominações de origem geográfica de mel reconhecidas, onde este é produzido de acordo com as regras de produção, extração, embalagem e conservação do produto: Serra da Lousã Parque de Montesinho Serra d Aire Albufeira de Castelo do Bode Ribatejo Norte (Bairro e Alto Nabão) Terras Altas do Minho Terra Quente Serra de Monchique Barroso Alentejo Açores No Grupo Unifloresta, a produção de mel é um complemento da produção florestal, sendo praticada por um número ainda limitado de produtores. Os principais tipos de mel produzidos na Unidade de Gestão Florestal são os seguintes: Eucalipto Rosmaninho Urze Multiflora O mel varia em função das caraterísticas e da localização geográfica da flora melífera de onde é extraído o néctar, assim como dos tipos das abelhas produtoras. O mel unifloral provêm de uma espécie vegetal mais visitada pelas abelhas, sendo impossível impedir que ocorram misturas com mel proveniente de floras secundárias. Dado que a origem floral está intimamente associada a aspetos organoléticos, tais como a cor e o sabor, utiliza-se este parâmetro para a tipificação do mel. Os méis de denominação de origem geográfica e os méis florais estão ligados à apicultura não transumante que pode permitir ao produtor obter preços mais elevados no mercado, contribuindo para aumentar a rentabilidade da exploração. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 53 de 89

55 18.1. Principal legislação aplicável Como resposta às exigências do mercado, a apicultura tem evoluído para a profissionalização da atividade, determinando o cumprimento de todo um conjunto de requisitos e da legislação aplicável. É mantida uma lista atualizada de toda a legislação aplicável à atividade de apicultura, disponível a todos os Membros do Grupo Unifloresta. A principal legislação nacional aplicável à apicultura é a seguinte: Decreto-Lei nº 1/2007 de 2 de janeiro Decreto-Lei nº 203/2005 de 25 de novembro Decreto-Lei nº 214/2003 de 18 de setembro Despacho nº 14536/2006 de 10 de julho Portaria nº 349/2004 de 1 de abril Despacho Normativo nº 23/2008 de 18 de abril Portaria nº 699/2008 de 29 de julho Portaria nº 821/2008 de 8 de agosto Despacho Normativo nº 24/2009 de 3 de julho Decreto-Lei nº 148/2008 de 29 de julho Despacho Normativo nº 11/2010 de 20 de abril Regulamento (CE) nº 852/2004 de 29 de abril Regulamento (CE) nº 853/2004 de 29 de abril Principais requisitos da atividade As condições de funcionamento dos locais de extração e processamento de mel destinado ao consumo humano são regulados pela legislação vigente, nomeadamente no que respeitas às condições e às boas práticas de higiene, de forma a assegurar-se o controlo dos riscos na produção primária e operações conexas (transporte, armazenagem e manuseamento de produtos de produção primária produzidos no local de produção). Para efeitos de aprovação da atividade, os locais de extração e processamento de produtos apícolas são classificados como: Unidades de produção primária: (realização de operações conexas - transporte, armazenagem e manuseamento de produtos de produção primária produzidos no local de produção) em mel ou outros produtos apícolas provenientes da sua própria exploração, com destino a: Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 54 de 89

56 . Estabelecimento.. Venda ou cedência, a qualquer título, ao consumidor final ou ao comércio a retalho local, nos limites do distrito de implantação da unidade, ou em representações temporárias de produtos regionais, até uma quantidade máxima a definir por portaria do Ministério da Agricultura. Estabelecimentos: (extração ou processamento de mel ou outros produtos apícolas, com destino à introdução no mercado). As Unidade de Produção primária necessitam de registo na Direcção-Geral de Veterinária (DGV). A estas Unidade é-lhes atribuído um número de registo coincidente com o número de apicultor atribuído nos termos do Decreto-Lei nº 203/2005, de 25 de Novembro. O processo de registo de unidade de produção primária inicia-se com a apresentação de um requerimento nos serviços da Direção Geral de Veterinária. As unidades de produção primária devem cumprir os requisitos de instalação e funcionamento previstos no anexo I do Regulamento (CE) nº 852/2004. O licenciamento dos estabelecimentos de extração e processamento de produtos apícolas deve respeitar os requisitos estabelecidos no anexo I do Regulamento (CE) nº 852/2004 no Decreto-Lei nº 69/2003. A aprovação é concedida no âmbito dos respetivos processos de licenciamento. O mel ou outros restantes produtos apícolas destinados ao consumo humano só podem ser comercializados se forem provenientes de unidades de produção primária ou estabelecimentos, de acordo com a legislação em vigor. A rotulagem dos produtos finais devem conter: O número de registo, quando sejam provenientes de unidades de produção primária; ou A marca de identificação prevista no artigo 5.o do Regulamento (CE) nº 853/2004, quando sejam provenientes de estabelecimentos. O país de origem dos lotes. A fiscalização do cumprimento das normas do presente decreto-lei compete à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE). São requisitos mínimos para a atividade de apicultor Registo de Apicultor O exercício da atividade apícola carece de registo prévio na Direção Geral de Veterinária. O registo é efetuado mediante entrega na Direção Regional de Agricultura de declaração de modelo a aprovar por despacho do Diretor-Geral de Veterinária. O número de registo de Apicultor é atribuído automaticamente pela aplicação informática no ato de registo inicial do apicultor e deve permanecer bem visível, junto aos apiários. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 55 de 89

57 Registo dos apiários - Todos os apicultores registados são obrigados a efetuar a declaração de existência de apiários até ao final do mês de Junho, onde descriminam todo o efetivo de colónias que possuem nos apiários. Declaração Semestral de Existências - o exercício da atividade apícola carece de registo e declaração semestral de existências, de acordo com o Art. 4º do Decreto-Lei n.º 37/2000 de 14 de Março Raças de Abelhas Melíferas As abelhas melíferas não só produzem o mel como também são responsáveis pela polinização de inúmeras espécies. Existem diversas raças com diferentes caraterísticas e adaptadas às mais diversas condições ambientais onde se inserem: Apis mellifera mellifera (abelha real, alemã, comum ou negra) Originárias do Norte da Europa e Centro-oeste da Rússia, estendendo-se até a Península Ibérica. Abelhas grandes e escuras com poucas listas amarelas. Possuem língua curta (5,7 a 6,4 mm), o que dificulta o trabalho em flores profundas. Quando nervosas e irritadas, tornam-se agressivas com facilidade caso a gestão seja inadequada. Produtivas e prolíferas, adaptam-se com facilidade a diferentes ambientes principalmente em regiões húmidas. Apis mellifera ligustica (abelha italiana) Originárias da Itália, apresenta coloração amarela intensa; produtivas e muito mansas, são as abelhas mais populares entre apicultores de todo o mundo. Apesar de serem menores que as A. m. mellifera, têm a língua mais comprida (6,3 a 6,6 mm). Possuem sentido de orientação fraco, razão pela qual entram nas colmeias erradas com frequência. Constroem favos rapidamente e são mais propensas ao saque do que abelhas de outras raças europeias. Apis mellifera caucasica Originárias do Vale do Cáucaso, na Rússia, caraterizam-se pela coloração cinza-escura, com aspeto azulado, pelos curtos e língua comprida (pode chegar a 7 mm). Considerada a raça mais mansa e bastante produtiva. Enxameiam com facilidade e usam muita própolis. Bastante sensíveis à Nosema apis. Apis mellifera carnica (abelha carnica) Originárias do Sudeste dos Alpes da Áustria, Nordeste da Iugoslávia e Vale do Danúbio. Assemelham-se muito com a abelha negra, tendo o abdómen cinza ou acastanhado. Pouco propolisadoras, mansas, tolerantes a doenças e bastante produtivas. Adaptam-se facilmente a diferentes climas e possuem uma tendência maior a enxamearem. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 56 de 89

58 Apis mellifera scutellata (abelha africana) Originárias do Leste da África, são mais produtivas e muito mais agressivas. São menores e constroem alvéolos de operárias menores que as abelhas europeias. Sendo assim, as operárias possuem um ciclo de desenvolvimento menor (18,5 a 19 dias) em relação às europeias (21 dias), o que lhe confere vantagem na produção e na tolerância ao ácaro do gênero Varroa. Possuem visão mais desenvolvida. Os ataques são, geralmente, em massa, persistentes e sucessivos, podendo estimular a agressividade de operárias de colmeias vizinhas. Ao contrário das europeias que armazenam muito alimento, elas convertem o alimento rapidamente em cria, aumentando a população e liberando vários enxames reprodutivos. Migram facilmente se a competição for alta ou se as condições ambientais não forem favoráveis. Outras raças de abelhas Na lista seguinte referem-se outras raças de abelhas Apis melífera, assim como o seu local de ocorrência. Raça Apis mellifera adami Apis mellifera andansonii Apis mellifera anatolica Apis mellifera armenica Apis mellifera capennsis Apis mellifera cecropia Apis mellifera cypria Apis mellifera intermissa Apis mellifera jemenetica Apis mellifera lamarckii Apis mellifera litórea Apis mellifera macedonica Apis mellifera major Apis mellifera meda Apis mellifera nubica Apis mellifera remipes Apis mellifera sahariensis Apis mellifera siciliana Apis mellifera syriaca Apis mellifera unicolor Apis mellifera yementica Apis mellifera litorea Apis mellifera monticola Ocorrência mais frequente Creta Costa Oeste da África Turquia até Oeste do Irão Arménia Sul da África do Sul Sul da Grécia Mediterrâneo central e Sudoeste da Europa Líbia até Marrocos Somália, Uganda, Sudão Egito, Sudão e Vale do Nilo Costa Leste da África Norte da Grécia Marrocos Turquia até o oeste do Irão África Região caucasiana Argélia Sicília Palestina e Síria Madagáscar Yemen e Oman Costa leste da África Tanzânia, em altitude entre 1500 e 3100 m Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 57 de 89

59 18.4. Composição e funcionamento do enxame A raça de abelhas Apis melífera, a espécie utilizada em Portugal para a produção de mel, é uma abelha social, de origem europeia, cujas obreiras medem entre 12 e 13 mm de comprimento e apresentam pelos do tórax mais escuros. A abelha comum ocidental é originária da Ásia e da Europa e foi introduzida na América por ingleses e espanhóis. Vive em colónias permanentes, formadas por uma «rainha» ou «abelha-mestra» (no máximo, e muito excecionalmente, duas), obreiras (entre 10 mil e 15 mil) e entre 500 e zangões, os machos. As fêmeas diferenciam-se dos machos por possuírem ferrão. A abelha rainha A função da abelha rainha é a postura de ovos (1500 a 2000 por dia) e a manutenção da ordem social na colmeia. A rainha adulta possui praticamente o dobro do tamanho de uma operária e é a única fêmea fértil da colmeia, apresentando o aparelho reprodutor bem desenvolvido. Inibe o funcionamento do aparelho reprodutor das obreiras, impedindo-as de fazer postura de ovos, não fecundados. O nascimento da rainha A alimentação das larvas que eclodem de ovos fecundados é idêntica até aos 2 dias de idade, tanto no caso de virem a originar uma rainha como uma obreira. É feita exclusivamente com geleia real e só depois começa a diferenciar-se, sendo as rainhas alimentadas com crescentes quantidades de geleia real, até à operculação do alvéolo (neste caso, real), enquanto que as larvas de obreira começarão a ser alimentadas com uma mistura de geleia real, mel e pólen. A alimentação da rainha virgem é feita essencialmente de mel, passando depois a ser sobretudo à base de geleia real após a fecundação. Alguns dias após o seu nascimento (6 a 14), realiza um ou mais voos nupciais (até 3), durante os quais é fecundada por vários zângãos (entre 7 a 12), armazenando todo o esperma na espermateca, para posteriormente fecundar a maior parte dos ovos que vai pôr ao longo da sua vida. Reprodução São condições ideais para a fecundação: céu limpo, ausência de ventos fortes e temperatura a rondar os 20ºC. Após o último voo de fecundação, leva algum tempo até fazer uma postura correta e viável. Se não for fecundada até aos 20 dias, é provável que seja uma má rainha (pouco vigorosa e duradoura), o que pode suceder devido a mau tempo, deformação nas asas ou patas da rainha que a impedem de fazer voos com sucesso. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 58 de 89

60 Feromonas produzidas pelas rainhas A feromona da glândula mandibular atrai zângãos para o acasalamento, mantém a unidade da colmeia, inibe o desenvolvimento dos ovários das operárias e a produção de rainhas. A feromona das glândulas epidermais contribui para a atração das operárias e age em sinergia com a feromona da glândula mandibular. A feromona de trilha ajuda a evitar a produção de novas rainhas. A obreira Uma operária nasce de um ovo fecundado e vive de um a quatro meses dependendo do esgotamento físico (maior na época da colheita de néctar). São responsáveis por todas as tarefas da colmeia. De acordo com a idade executam tarefas diferentes, cronologicamente divididas; colheita de alimento, organização do enxame, construção de favos de cera, alimentação de larvas e da rainha, defesa, ventilação e limpeza da colmeia e processamento do mel. O zangão O zangão nasce de um ovo não fecundado, não tem ferrão e sua única função é fecundar uma rainha virgem, morrendo logo após A aquisição de enxames O enxame deve ser de origem conhecida e a sua aquisição deve ser realizada em local especializado, devendo guardar-se o comprovativo de compra durante, no mínimo, o período de vigência do certificado de gestão florestal do Grupo Unifloresta. Na aquisição de enxames devem ser cumpridos os seguintes requisitos: Certificar-se do estado sanitário do enxame. Não capturar ou adquirir enxames de origem desconhecida. Manter os enxames adquiridos de quarentena antes de os introduzir no apiário. Certificar-se da vitalidade da rainha. Preferir enxames de núcleos em detrimento dos de cortiços. Adquirir apenas exames num local com qualidade assegurada e consultoria em apicultura A alimentação de enxames Não administrar alimento às colónias em produção/época de colheita de néctar. Não utilizar mel de origem desconhecida ou que possa ser proveniente de colmeias doentes. Na alimentação de outono deve usar-se 2 kg de açúcar e 1l de água por cada kg de mel que se deseja fornecer à colónia. Na alimentação de inverno deve evitar-se alimentos líquidos, pois favorecem um aumento da humidade no interior da colmeia. Recorrer a um alimento pastoso (mel/açúcar) ou sólido (candy). Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 59 de 89

61 Na alimentação de primavera, caso a colónia não possua reservas, deve-se alimentá-la (colónias fracas ou enxames pequenos dos quais não se espere produção). Esta a alimentação pode ainda servir como estimula para a rainha fazer a postura Produtos das abelhas e derivados do mel Mel - As abelhas alimentam-se de pólen e de mel. As obreiras recolhem o néctar das flores para fazer o mel. O néctar é armazenado no estômago que converte a sacarose em glicose e frutose. Na colmeia, este é depositado nos favos e ventilado com as asas para evaporar a água. Quando resta menos de 18% de água, passa a chamar-se mel e a abelha sela o favo. O sabor e a cor do mel variam conforme a planta que predomina na zona das colmeias. De acordo com a origem, mel existe nos tons mais claros (rico em néctar de flor de laranjeira) aos tons mais escuros (mel de urze). Pólen - Quando a abelha obreira visita a flor recolhe-o e acumula-o nas patas traseiras. Na colmeia, regurgita néctar para formar uma massa que armazena em favos de pólen. O apicultor recolhe o pólen no caça-pólen à entrada da colmeia. É usado em produtos dietéticos e como suplemento alimentar dos atletas. Própolis - As obreiras recolhem resina das árvores para fazer o própolis. É usado para envernizar as células e para calafetar o interior da colmeia, contra o vento e a chuva. O Própolis é recolhido colocando uma rede sob a tampa da colmeia. É utilizado na medicina natural como antibiótico e cicatrizante. Cera - Segregada no abdómen das abelhas obreiras, serve para construir e selar os favos do mel, do pólen e onde crescem as larvas. Quando o mel é extraído, recolhe-se a cera. Geleia real - As larvas são alimentadas com mel e pólen. A geleia real é rica em mel e secreções das abelhas jovens, usada para alimentar a rainha durante toda a vida e as outras abelhas nos seus primeiros 3 dias. Para a sua extração, o apicultor simula a perda da rainha, o que estimula a produção de geleia real. É usada em medicina natural. Veneno das abelhas - Para defender a colmeia, as obreiras usam o ferrão, com farpas ligado ao saco de veneno. As obreiras, quando ferram, deixam o ferrão com o saco que pulsa injetando o veneno. O veneno é usado em produtos de medicina natural. A sua colheita faz-se numa rampa de vidro eletrificada. Quando as abelhas aí pousam, levam pequenos choques e libertam o veneno. O ferrão não penetra no vidro e a abelha não morre. Produtos manipulados - A partir dos produtos das abelhas, obtém-se outros derivados, tais como, tintura de própolis, mel com própolis, cápsulas de própolis, unguento com veneno de abelha, hidromel, licor de mel, aguardente de mel, vinagre de mel, sabonete com própolis, mel ou geleia real, velas, entre outros. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 60 de 89

62 18.8. Implantação dos apiários Os apiários devem ser implantados: No mínimo, a 50 metros da via pública (à exceção de caminhos agrícolas ou florestais). No mínimo, a 100 metros de qualquer edificação em utilização (à exceção das edificações destinadas à atividade do apícola). Distantes de centros urbanos, zonas industriais, aterros, incinerados de lixo, etc. Em locais de fácil acesso a veículos e pessoas. Em terreno plano, com frente limpa, evitando-se áreas elevadas (de forma a evitar a ação negativa dos ventos fortes). Fora das faixas de proteção às linhas de água. Outros locais, de acordo com o Técnico Florestal do Grupo ou outro por ela designado Densidade de implantação O número máximo de colmeias por apiário é de 100 (uma colmeia móvel equivale a 1,6 núcleo ou cortiço). As colmeias devem ser instaladas respeitando as seguintes distâncias: Categoria, de acordo com o número de colmeias móveis por apiário Entre 1 e 10 Distância mínima de instalação do apiário mais próximo 100 metros Entre 11 e metros Entre 31 e metros O número de colmeias por apiário e apiário comum tem, como limite máximo, 100 colónias, à exceção dos apiários implantados em culturas instaladas, enquanto durarem as respetivas florações. Relativamente à distância entre apiários de diferentes categorias, deverá considerar-se a menor distância definida para o apiário da categoria de maior dimensão. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 61 de 89

63 Calendarização das principais atividades Mês Principais atividades a desenvolver 1. Época relativamente calma. Manter uma certa vigilância no colmeal (pelo menos 1 vez por semana) e retirar as colónias mortas. Registar a floração. Estinhar os cortiços e limpeza dos apiários Inspeção do fim de inverno: Abertura da colmeia com o auxilio do fumigador e da alavanca, escolhendo um dia calmo e quente. Limpeza da cabeça dos quadros com o auxílio da alavanca. Verificação dos quadros, tendo em especial atenção ao estado das ceras e à criação, sobretudo se é regular, operculada, com ovos e larvas nas diversas idades e sãs. Nesta fase, não é necessário verificar a rainha. Centrar os quadros de criação no ninho. Substituição do estrado por um limpo. Fecho da colmeia, administração de alimento líquido (à razão de 1kg de açúcar x 1L de água) e restantes preventivos das doenças. Registar a floração. Colocação de alças (especialmente se os apiários se encontram no Litoral). 4. Abril é um mês particularmente crítico para a colmeia. A instabilidade das condições climatéricas, por vezes com largos períodos de chuva e algum frio, não permite a saída das abelhas que, entretanto, já aumentaram a sua população, havendo, assim, um maior consumo de reservas, podendo levá-las á morte pela fome, caso se esgotem as reservas. Caso esta situação se verifique, deve alimentar-se as abelhas semanalmente (à razão de 1kg de açúcar x 1L de água). Para além disto, deve: Proceder-se à inspeção da força das colónias, escolhendo dias calmos e quentes, verificando-se o estado da criação. Verificação da existência de alvéolos reais nos quadros do centro, ou se há muitas abelhas. Eventualmente, proceder-se ao desdobramento ou à colocação de alças. Caso não tenha sido já realizado, dever-se-á mudar os quadros que estejam bloqueados, velhos ou bolarentos, tenham cera ressequida. Vigiar colónias doentes, enviando, se necessário amostras para as entidades competentes. Realizar os tratamentos indicados para cada caso. Registar a floração. 5. Observação do estrado das colónias. Colocação de Alças. Substituição dos quadros do ninho, caso se verifique necessário. Prevenção de enxameações. Realização de desdobramentos. Renovação ou estabelecimento de novos apiários. Registar a floração. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 62 de 89

64 6. Colocação de alças nas zonas mais altas. Verificação atenta das colmeias, de forma a detetar doenças ou orfandades. Limpeza das ervas dos colmeais, caso ainda não tenha sido realizado. Nas zonas com floração mais tardia, realização de desdobramentos. Se as condições climatéricas estiveres favoráveis, vigiar a ocorrência de fogos e o excesso de temperatura. Registar a floração 7. Continuação dos trabalhos iniciados em julho, nomeadamente os relacionados, com os fogos, temperatura excessiva, doenças e orfandade. Início da extração do mel, especialmente nas zonas onde tenha terminado a floração. Registar a floração. 8. Época de colheita de mel. cresta e extração. Época de renovação das rainhas das colmeias com fraca produtividade. Realizar os tratamentos indicados contra a varroa, após a cresta. Se as condições climatéricas estiveres favoráveis, vigiar a ocorrência de fogos e o excesso de temperatura. Registar a floração na zona do apiário. 9. Continuação dos trabalhos de colheita de mel. Redução da colmeia até ao ninho. Juntar as colmeias com fraca produtividade às colmeias com boa produtividade, caso não se verifique a existência de doenças. Se as condições climatéricas estiveres favoráveis, vigiar a ocorrência de fogos e o excesso de temperatura. Vigilância em relação a doenças. Registar a floração. 10. Inspeção de fim de verão e preparação da colmeia para o inverno, verificando: a) A presença da rainha (caso não exista, juntar a outra colmeia mais forte). b) A existência de alimentação suficiente (caso não exista, ministrar à razão de 2 kg de açúcar por 1L de água). c) Se a colmeia está doente. Neste caso, é sempre preferível eliminá-la. Proceder ao fecho da colmeia, colocando-a em posição de inverno (inclinada na direção da entrada e com pesas na tampa exterior. 11. Nas regiões do litoral, inicia-se a época de colheita de néctar e pólen. Nas regiões do interior, intensificar a vigilância, principalmente em relação à humidade e acidentes. Reparação dos quadros em mau estado. Balanço dos resultados anuais (custos e proveitos). Apresentação dos dados apurados à Administração do grupo. 12. Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 63 de 89

65 Principais equipamentos/ instrumentos de apicultura Tipo de equipamentos mais utilizado Fumigador com proteção Esporão Caldeira Fole Limpa ranhuras de quadros Soprador de ar Escova de nylon ou pelo natural Levanta quadros Crestadeira com formão em inox Agitador/ Pá Garfo para desopercular Faca desopercular Paleta/ colher Descristalizador Alimentadores de colmeia Colmeias Capta pólen Ninho/ Alça reversível Telhado colmeia reversível Prancheta agasalho Tinas Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 64 de 89

66 Cera moldada Estrado de madeira Extratores Prensa Secador de pólen filtros Quadro Grade excluidora de rainhas Depósito em inox/chapa de ferro Suporte de ferro para bidões Frascos de vidro Bidões de plástico Elaborado por: GC. Aprovado por: AD. Documento sujeito a revisões. Página 65 de 89

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