A POSSIBILIDADE DE MÚLTIPLA FILIAÇÃO REGISTRAL NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO

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1 A POSSIBILIDADE DE MÚLTIPLA FILIAÇÃO REGISTRAL NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO Segundo LÔBO (2008, p.57), a opção do legislador brasileiro pela paternidade socioafetiva está referida nos artigos 1.593, 1.596, 1.597, V; do Código Civil de Assim, atualmente o conceito de filiação abriga os filhos de qualquer origem, em igualdade de direitos, sendo incompatível com o predomínio da realidade biológica, distinguindo, então, a genética e a paternidade. Portanto, o que vem preponderando-se é a razão da proteção à criança, ficando esse à mercê da vontade dos pais. Se já existe o vínculo de filiação, não mais interessando a situação parental, não se deve desconstituir o elo familiar como se o filho fosse um bem que através da manifestação da vontade possa ser adquirido ou descartado. O conceito de filiação abriga os filhos de qualquer origem, em igualdade de direitos, sendo incompatível com o predomínio da realidade biológica, distinguindo, então a genética e a paternidade. Contudo, como demonstrado em estudo anterior, a doutrina somente reconhece a filiação socioafetiva quando estão presentes os requisitos que caracterizam a posse de estado de filho, ou seja, quando demonstrado o trato, nome e fama. A socioafetividade tornou-se, então, uma das maiores características da família atual, em face desses novos valores eleitos pela Magna Carta. Muito embora, na Constituição Federal não há referências expressas entre afetividade e consanguinidade, em seu artigo 227, 6º da Constituição Federal de 1988, deixa clara a igualdade entre filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção. Nesse mesmo sentido, o artigo do Código Civil estabelece que O parentesco é natural ou civil conforme resulte de consanguinidade ou outra origem. A concepção eudemonista altera a percepção jurídica da família, e assim, impõe a construção de um novo conceito de filiação, uma vez que tal concepção reflete na filiação como uma satisfação com o nascimento emocional desse filho, conectando-o à família através do amor, do afeto e, assim, dando-lhe conforto e segurança. Para a psicanálise, a figura dos pais é fundamental para a construção da personalidade e da sexualidade dos filhos. 1 Da mesma maneira, VILELA (1979, p. 401) sustenta que a paternidade e a maternidade se apresentam para a ciência jurídica como conceito de difícil definição. Contudo, o Direito de Família procura analisar a paternidade e a maternidade como uma função a ser desempenhada em prol dos filhos. Pode-se atribuir assim, que a filiação jurídica não depende de religião ou consanguinidade, mas sim de cultura, conforme demonstrado em capítulos anteriores, pois, o desenho familiar se amolda conforme as mudanças e avanços sociais, tornando-se, assim, a família um instrumento de satisfação pessoal, na qual se buscam a proteção, a solidariedade e principalmente a dignidade da pessoa humana. A possibilidade do reconhecimento voluntário da paternidade no registro civil da criança e do adolescente já era possível desde a Lei n /92 que incentivava, através de políticas públicas, mecanismos para reconhecimento de paternidade. Contudo, a filiação plural vai além da simples parentalidade socioafetiva, pois nela coexistem ambas as filiações a biológica e afetiva simultaneamente. A justificativa que ensejou a Lei n /09 ficou por conta da afetividade recíproca entre enteados e padrasto/madrasta e o estado de filho que vivenciam. A questão registral da múltipla filiação e as repercussões da Lei /09 A Lei nº de 17 de abril de 2009, conhecida popularmente como Lei Clodovil Hernandez, foi assim chamada porque se trata de um projeto apresentado à Câmara dos Deputados pelo então Deputado Federal Clodovil Hernandes, autoriza a alteração da Lei de Registros Públicos para permitir ao enteado ou enteada adotar o nome de família do padrasto ou madrasta 2. A lei nº /09 corroborou esses novos paradigmas, ao determinar uma alteração no artigo 57 da Lei 6.015/73. Nesse sentido, trouxe para o ordenamento jurídico brasileiro uma grande inovação para a realidade das famílias contemporâneas, porque é cada vez mais comum encontra famílias recompostas, e nesses casos, tal lei permite ao enteado ou enteada usufruir de um nome que reflete sua realidade e sua posse do estado de filho. A lei, em tese, não trata da retirada do nome de família biológica, mas do simples acréscimo de outro nome do padrasto ou da madrasta. Nessa mesma ótica, RODRIGUES E TEIXEIRA (2010, p.89) lecionam: a multiparentalidade inaugura um novo paradigma do Direito Parental, no ordenamento brasileiro. Para que ela se 1 CHEMANA, Roland. Dicionário de Psicanálise. Tradução Francisco Franke Settineri. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1995, p QUEIROZ, Fabíola Gabriela Pinheiro de. A Lei nº /2009 e seus reflexos na árvore genealógica familiar. Jus Navigandi, Teresina, ano 16, n. 2812, 14 mar Disponível em: < Acesso em: 5 jun

2 operacionalize, contudo, é necessário que seja exteriorizada através de modificações no registro de nascimento. Contudo, mesmo antes do advento da lei, a questão foi apreciada pelo Superior Tribunal de Justiça, que decidiu pela possibilidade do acréscimo do sobrenome do padrasto, embora não se trate de hipótese de multiparentalidade: NOME. Alteração. Patronímico do padrasto. O nome pode ser alterado mesmo depois de esgotado o prazo de um ano, contado da maioridade, desde que presente razão suficiente para excepcionar a regra temporal prevista no artigo 56 da Lei 6.015/73, assim reconhecido em sentença (artigo 57). Caracteriza essa hipótese o fato de a pessoa ter sido criada desde tenra idade pelo padrasto, querendo por isso se apresentar com o mesmo nome usado pela mãe e pelo marido dela. Recurso não conhecido. (STJ, Resp / SP, 2ª Seção, Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar, J. 22/11/2000, DJU 12/2/2001). Segundo os ensinamentos de GUIMARÃES (1999, p. 416), o "nome", em termos gerais, como "a palavra que identifica a pessoa, singular ou coletiva, ou a coisa, para distingui-la de outras" e o "nome civil" como "aquele dado à pessoa desde o nascimento, registrado no Registro Civil das Pessoas Naturais e que, com as exceções da lei, deve acompanha-ia por toda a vida. Em outras palavras, o nome é a identificação no meio familiar e social da pessoa, e nesse sentido GAGLIANO E PAMPLONA FILHO (2013, p. 135) destacam que os direitos da personalidade são aqueles que têm por objeto os atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa em si e em suas projeções sociais. Os artigos 16 a 19 do Código Civil de 2002 trazem a segurança ao nome, sendo ele um dos direitos da personalidade, e assim, possui todas essas características como tal. TARTUCE, em seus ensinamentos, faz a seguinte classificação: Os direitos da personalidade são tidos como intransmissíveis, irrenunciáveis, extrapatrimoniais e vitalícios, eis que comuns à própria existência da pessoa. Tratam-se ainda de direitos subjetivos, inerentes à pessoa (inatos), tidos como absolutos, indisponíveis, imprescritíveis e impenhoráveis. (TARTUCE, 2011, p. 86) Com a Nova Lei, acresce-se a possibilidade de no nome constar o sobrenome apenas da mãe ou pai e do padrasto ou madrasta; ou todos, dos pais biológicos e do padrasto ou madrasta. Contudo, mesmo antes da criação dessa nova Lei, no Superior Tribunal de Justiça já havia o entendimento de que seria permitida a supressão de patronímico paterno em decorrência de abandono, aplicando-se, para tanto, os métodos de interpretação sistemática e teleológica de forma integrada: Ementa: civil. Registro Público. Nome civil. Prenome. Retificação. Possibilidade. Motivação suficiente. Permissão legal. Lei nº 6.015, de 1973, artigo 57. Hermenêutica. Evolução da doutrina e da jurisprudência. Recurso provido. I - o nome pode ser modificado desde que motivadamente justificado. No caso, além do abandono pelo pai, o autor sempre foi conhecido por outro patronímico. II - a jurisprudência, como registrou Benedito Silvério Ribeiro, ao buscar a correta inteligência da lei, afinada com a "lógica do razoável", tem sido sensível ao entendimento de que o que se pretende com o nome civil e a real individualização da pessoa perante a família e a sociedade. REsp nº / SP. Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça. Relator Ministro Sálvio de Figueiredo Teixeira. Julgado em 21 de outubro de Publicado no DJ de 109 de dezembro de O motivo principal da inclusão do nome foi, justamente, proporcionar às novas famílias um meio de demonstrar a posse do estado de filho que vivenciam e o vínculo afetivo estabelecido no seio familiar. Sendo assim, em face dos novos valores eleitos pela Constituição Federal de 1988, por que não acumular a parentalidade socioafetiva e genética? Uma vez que, a multiparentalidade pode dar grande contribuição para que os elos afetivos não sejam desfeitos. Dessa forma, como define FACHIN (apud LÔBO, 2008, p.516), aplicação da Lei deve sempre realizar o princípio, consagrado como critério significativo na decisão e na aplicação da lei, tutelando-se os filhos como seres prioritários. Porém, os problemas acabam surgindo quando da dissolução do casamento ou da relação convivencial, pois nesse momento surgem efeitos jurídicos sob os filhos. Em outras palavras, da dissolução conjugal surgem alguns direitos e deveres para os pais da criança, independentemente se são pais biológicos ou afetivos. Outro dilema que assombra o tema é a possibilidade de anulação do registro civil frente à dissolução da relação conjugal. Assim, questiona-se se teriam os pais afetivos ou seus herdeiros o direito de negar a paternidade ou anular o registro civil? Conforme o caput do artigo do Código Civil, O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável [...]. Sendo assim, a doutrina argumenta, pois, uma vez a filiação socioafetiva sendo alicerçada nos laços de afeto, uma vez inexistindo esse sentimento, mesmo existiria a relação parental. Como se vê, existem ambos os argumentos. De qualquer sorte, com a entrada em vigor do Código Civil e 2002, essa situação, indiscutivelmente, já está pacífica quanto a sua irrevogabilidade. Ou

3 seja, trata-se da chamada adoção à brasileira, por tratar-se de um reconhecimento voluntário de paternidade e, assim, equipara-se à paternidade adotiva. Incidem também outras questões de ordem prática e jurídicas, pois se questiona, assim, como seria a prestação de alimentos, a guarda e a visitação e a questão sucessória? Assim, como lembra CASSETTARI (2014, p. 141), são inúmeros e, quiçá, inesgotáveis, os efeitos da multiparentalidade, haja vista que além destes, muitos outros ainda serão descobertos e debatidos. Direito de visita e guarda A lei cuida da guarda dos filhos em oportunidades distintas: quando do reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento (CÓDIGO CIVIL e 1.612) e quando da separação dos pais (CÓDIGO CIVIL a 1.589). A guarda dos filhos é, implicitamente, conjunta, apenas individualizando-se quando ocorre a separação de fato ou de direito dos pais. Também quando o filho for reconhecido por ambos os pais, não residindo eles sob o mesmo teto e não havendo acordo sobre a guarda, o juiz decidirá atendendo o melhor interesse do menor (CÓDIGO CIVIL 1.612). O critério norteador na definição da guarda é a vontade dos genitores. Mesmo que fique acordada entre os pais a definição da guarda e da visitação, dependerá da homologação judicial, o que só ocorre após a ouvida do Ministério Público. Evidenciado que o acordado entre os pais não atende aos interesses dos filhos, o juiz pode deliberar de forma diversa, tendo a faculdade de não homologar a separação (CÓDIGO CIVIL 1.574, único). Quando não for possível o acordo entre os pais quanto à guarda do filho, será aplicada, sempre que possível, a guarda compartilhada de acordo com a nova Lei /08. Nesse sentido, tal guarda, assegura aos filhos que seus pais tenham maior participação em suas vidas. A participação no processo de desenvolvimento integral dos filhos leva à pluralização das responsabilidades, estabelecendo verdadeira democratização de sentimentos, pois, a finalidade é consagrar o direito da criança e de seus dois genitores, colocando um freio na irresponsabilidade provoca pela guarda individual. Sendo assim, nos dizeres de CASSETTARI (2014. p. 117), deve ser buscado sempre o melhor interesse da criança, não havendo preferência entre parentalidade biológica ou afetiva. Dos Alimentos O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais manifestou-se sobre pedido de alimentos proposto pela enteada contra a madrasta: DIREITO DE FAMÍLIA - ALIMENTOS - PEDIDO FEITO PELA ENTEADA - ARTIGO DO CÓDIGO CIVIL - EXISTÊNCIA DE PARENTESCO - LEGITIMIDADE PASSIVA. O Código Civil atual considera que as pessoas ligadas por vínculo de afinidade são parentes entre si, o que se evidencia pelo uso da expressão "parentesco por afinidade", no parágrafo 1º. de seu artigo O artigo 1.694, que trata da obrigação alimentar em virtude do parentesco, não distingue entre parentes consangüíneos e afins. 3 O acórdão teve como base legal para fixação dos alimentos o fato de a madrasta ser parente por afinidade da criança, ou seja, sua enteada. No entendimento de TEIXEIRA e RODRIGUES (2010): Para a fixação dos alimentos, o Código Civil utiliza-se do termo parente (no artigo 1.694), sem fazer distinção ou restrição quanto às espécies deste; sendo a afinidade um tipo de parentesco, daria ela, também, legitimidade para o pedido de alimentos. Essa fundamentação deve ser vista com reservas, pois em várias situações a lei limitou os efeitos irradiados ao parentesco sem abranger a afinidade, como foi o caso da herança e poderíamos pensar, também, nos alimentos. (TEIXEIRA e RODRIGUES, 2010, p.23) Além disso, acredita-se que a interpretação sistemática das normas que regulamentam o dever alimentar conduz ao entendimento de que essa obrigação, fundada na solidariedade familiar, não se estende aos parentes por afinidade. Ao analisar o conteúdo dos artigos 1696 e 1697, percebe-se que o legislador estabelece uma ordem de preleção entre parentes que devem ser chamados ao dever de alimentar. No artigo 1696, está disposto que o direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, além de recair nos demais ascendentes, segundo o grau de parentesco. O mesmo se aplica ao artigo 1.697, que afirma que na falta dos ascendentes, ou seja, parentes biológicos, civis ou socioafetivos - a obrigação alimentar será transferida aos descendentes - que guardam, obviamente, o mesmo tipo de parentesco que os ascendentes mencionados no artigo TJMG, AC n /001, 4ª CC, Rel. Des. Moreira Diniz, J. 20/10/2005, DJMG 25/10/2005.

4 Em outras palavras, a ausência de parentes na linha reta, a obrigação se volta para os parentes colaterais: irmãos unilaterais e bilaterais, excluídos, dessa forma, os parentes afins, que não constam de tal ordem hierárquica. Nesse caso o legislador se omitiu quanto ao dever/direito aos parentes afins. Entretanto, os parentes afins equiparam-se aos consanguíneos e civis, pois se trata de parentesco afetivo. Conforme artigo do Código Civil, in verbis, O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou outra origem. Assim, reconheceu o Tribunal de Justiça de Minas Gerais que o direito à igualdade formal e material presentes na Constituição Federal deve permear a relação de perfilhação existente nas famílias recompostas, considerando como filhos todos os que efetivamente se portem como pais e filhos. 4 Em síntese, pelo princípio da Supremacia do Interesse da Criança e do Adolescente e a predileção do ordenamento jurídico brasileiro pela verdade socioafetiva, a manutenção da obrigação alimentar dos pais é assegurada não apenas pelo assento constitucional (artigo229), como também expresso no Código Civil em seu artigo e no Estatuto da Criança e do Adolescente em seu artigo 22. Sendo assim, com a dissolução da união conjugal não há possibilidade da renúncia da paternidade socioafetiva. Não se pode falar em distinção entre os filhos biológico e afetivo, sendo então assegurados os mesmos direitos e deveres para com seus ascendentes e descendentes. Direito Sucessório O Código Civil de 1916 reconhecia apenas a filiação baseada na presunção pater is est, resquícios herdados do Direito Romano. E assim, os filhos advindos de relacionamentos extras conjugais não tinham sua filiação declarada, e ainda, era lhes vedados de busca pelo reconhecimento biológico. Com o advento da Constituição Federal de 1988, ficou estabelecida a igualdade entre os filhos, independentemente de sua origem genética, o que fez uma adaptação da legislação infraconstitucional. Dessa forma, o ordenamento jurídico brasileiro tornou-se mais eficiente na resolução das demandas geradas pelo conflito criado entre a paternidade socioafetiva análogas à adoção e à paternidade biológica. Então, conforme as relações de parentesco é que se define a ordem de vocação sucessória, ou seja, a existência de herdeiros necessários estabelecerá como se dará a sucessão legítima, pois conforme traz Zeno Veloso: A morte, a abertura da sucessão e a transmissão da herança aos herdeiros ocorrem num só momento. Os herdeiros, por essa previsão legal, tornam-se donos da herança ainda que não saibam que o autor da sucessão morreu, ou que a herança lhes foi transmitida. [...] o legislador concilia a transmissão automática e por força da lei da herança, no próprio momento da morte do de cujus, com a necessidade de os herdeiros aceitarem a herança e com a possibilidade de eles preferirem repudiá-la. VELOSO (2003, p.1.598) Nesse sentido, em relação aos filhos, independente da forma de filiação (biológica e/ou afetiva), na abertura da sucessão, cria-se uma linha de sucessão para cada pai (ou mãe) que o filho tiver, e isso se dará na condição de herdeiros necessários. Tendo em vista que, a Constituição Federal de 1988 e o Código Civil de 2002, nos artigos 227, 6º da CONSTITUIÇÃO FEDERAL e 1.596, do CÓDIGO CIVIL preveem expressamente: Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. Portanto, o reconhecimento da filiação socioafetiva e da multiparentalidade como nova forma de entidade familiar é de tão importância, pois esses possuem os mesmos direitos, inclusive sucessórios. O acórdão em tela, de setembro de 2012, traz consigo uma tendência na jurisprudência brasileira, em respeito aos princípios do direito de família, sobretudo o da dignidade da pessoa humana e da afetividade, expressamente vislumbrada na preponderância do afeto sobre a consanguinidade. Contudo, não foi sempre assim, somente após a Lei 6.515/1977 que os filhos de qualquer natureza foram equiparados através dos dispositivos que fulminaram a discriminação anteriormente positivada no ordenamento jurídico. Todavia, nem mesmos os filhos adotados tinham direito à sucessão antes da Constituição, e após a sua promulgação o sistema jurídico passou a reconhecer de fato a relação paterno-filial fundada em vínculos afetivos, concebendo-se a noção de paternidade socioafetiva. Com base no princípio da igualdade entre os filhos, respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana, solidariedade e melhor interesse da criança e do adolescente pacificam-se então o artigo do Código Civil, que pontua que O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou outra origem. Portanto, diante do exposto, entende-se que não haverá óbices para o recebimento de heranças para a divisão do pagamento de alimentos e tampouco obstáculos para a cumulação de nomes de família. Direito Previdenciário Os efeitos jurídicos da filiação socioafetiva estendem-se, também, aos direitos previdenciários, uma vez que o estado de filho lhe garante tal direito. Conforme Kertzman (2014, p.34), os tipos de regimes previdenciários existentes no país são três, quais sejam: O Regime Geral da Previdência Social (RGPS), administrado pelo Poder Público; Os Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS), também 4 TJMG, Ap. Cível n /000-2CC, Des.Rel. Brandão Teixeira, pub

5 gerenciado pela Administração Pública; e o Regime de Previdência Complementar, regido por órgão privado. Os beneficiários da Previdência social são os segurados e seus dependentes, conforme prevê a Lei 8.213/91, em seu artigo 10: Os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social classificam-se como segurados e dependentes, nos termos das Seções I e II deste capítulo. Dessa forma, serão beneficiados os filhos que sejam menores de 21 anos e não emancipados, ou, independentemente da idade, os relativa ou absolutamente incapazes, pertencentes à primeira classe de beneficiários. No que tange a multiparentalidade para o direito previdenciário, COHEN e FELIX (2013, p. 34) ensinam que estes podem ser observados, quando do seu reconhecimento, visto que, nesses casos, o filho se torna dependente de, no mínimo três pessoas, por exemplo, dois pais e uma mãe. Nesse estágio, independentemente do regime previdenciário que os pais pertençam, se todos os assegurados da Previdência Social vierem a falecer, o filho terá direito ao recebimento cumulado de, no mínimo, três pensões por morte. Muito embora, a legislação seja omissa quanto à hipótese de cumulação desse benefício no caso de morte dos pais. A ministra relatora concedeu em seu voto a pensão por morte sustentada no princípio constitucional da igualdade entre os filhos, pois em seu voto ela deixa claro que o direito previdenciário estende-se aos filhos de qualquer condição e deve-se entender que será considerado como filho toda pessoa que foi acolhida, criada, mantida e educada, mesmo que não seja filha biológica. Portanto, embora não possuísse vínculos de sangue, fora demonstrado o estado de filho com seus devidos requisitos para tal. Vale ressaltar que os efeitos jurídicos da filiação socioafetiva são recíprocos, ou seja, os ascendentes também gozam dos mesmos direitos. Diante de tais entendimentos jurisprudenciais, percebe-se que embora o ordenamento jurídico brasileiro, muitas vezes, tem sido omisso quanto aos direitos gerados da multiparentalidade amparada constitucionalmente. Os julgadores, ao decidirem, trazem para relação de afetividade o mesmo status da filiação biológica, claro que, se realmente nas relações existam o tratamento comum presente entre pais e filhos, ou seja, se há o vínculo de afetividade recíproco. E assim, ao ser confirmada a existência da relação, sob ela passam a incidir todos os direitos inerentes à filiação. Efeitos Eleitorais A multiparentalidade também tem seus efeitos no direito eleitoral, no que diz respeito à causa de inelegibilidade. O artigo 14, parágrafo 7º da Constituição Federal de 1988, dispõe sobre a inelegibilidade do cônjuge e parentes dos chefes do executivo, in verbis: Ao analisar a redação constitucional disposta acima, percebe-se que a filiação socioafetiva não gera efeitos somente no âmbito do Direito de Família e Sucessões, pois gera efeitos também em outros ramos do Direito, como no caso, no Direito Eleitoral (TEIXEIRA, 2013). Em síntese, ficou demonstrado que os efeitos jurídicos pertinentes ao reconhecimento da paternidade socioafetiva traz consigo importantes consequências, tanto para o mundo jurídico, como também para a sociedade no todo, pois a extensão da família afetiva reflete até no direito público, quando esse alcança o direito eleitoral com a aplicação da inelegibilidade para os filhos socioafetivos. Conclusão As questões familiares devem ser interpretadas antes de tudo à luz dos preceitos supremos do ordenamento jurídico pátrio, os quais reconheceram a pluralidade de configurações da entidade familiar, expressa ou tacitamente, rejeitando a percepção coalha de consideração exclusiva da organização formada por um pai, uma mãe e filhos, estes ligados àqueles apenas biologicamente. Portanto, como se demonstrou, o reconhecimento da posse do estado de filho é de grande valia para configuração da filiação socioafetiva, uma vez que estando presentes os requisitos do tractatus (trato), nomem (nome) e reputatio (fama), não há o que se questionar quanto ao status de paternidade/filiação. Com o advento da Lei nº de 17 de abril de 2009, ficou clara a opção do legislador brasileiro pela paternidade socioafetiva em face da paternidade, puramente, biológica, pois através da referida lei, popularmente conhecida como Lei Clodovil Hernandez, o ordenamento jurídico brasileiro passa a autorizar a alteração da Lei de Registros Públicos para permitir ao enteado ou enteada adotar o nome de família do padrasto ou madrasta. Dessa forma, o nome que é um direito fundamental personalíssimo passa a expressar o que os laços de afeto, carinho e amor já demonstravam que é a relação pai e filho. Acompanhando esses progressos, a filiação socioafetiva, além do direito inovador de ser contemplado pela dupla paternidade registral, poderá, no futuro, vislumbrar a reciprocidade que permeia os alimentos, a guarda, a visita, vocação sucessória, benefícios previdenciários e restrições eleitorais. Diante de todo exposto, conclui-se que a paternidade/maternidade é muito mais que simples laços sanguíneos, pois ser pai ou mãe depende de amor, de entrega e cuidados para com o filho. Não será um papel escrito o nome que mudará os sentimentos recíprocos de pai/mãe e filho. Contudo, para resguardar os direitos e obrigações que ambos possuem, faz-se necessário que o Direito lhes dê respaldo legal e garantias do reconhecimento da filiação socioafetiva.

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