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1 Padrão (template) para submissão de trabalhos ao XXVII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação: Religiões Afro-Maranhenses no Cenário Político-a trajetória de três pais-de-santo na Câmara Municipal de São Luís ¹ Sérgio Figueiredo Ferretti², Prof Dr. em Antropologia, Departamento de Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Maranhão; Gerson Carlos Pereira Lindoso³, estudante de Comunicação Social(Jornalismo) da Universidade Federal do Maranhão A pesquisa teve como meta primordial identificar no contexto político maranhense a participação de três líderes afro-religiosos(pais-desanto-umbanda), analisando o trabalho social e religioso dessas três figuras, dentre eles: José Cupertino de Araújo(MDB/PDS), Sebastião de Jesus Costa(PFL) e Genival Leite(PMDB) Além dessa perspectiva o estudo possibilita observar as relações entre a política e as religiões afro-brasileiras, ou seja, como os políticos se relacionam com esse grupo, construindo-se uma rede de possíveis votantes para suas candidaturas. PALAVRAS-CHAVE: Política e Religiões-Afro, Pais-de-Santo, Umbanda. INTRODUÇÃO Dentro da perspectiva da Folkcomunicação política os líderes afro-religiosos pesquisados se encaixam nos grupos culturalmente marginalizados, que usualmente contestam a cultura e organização social estabelecida(beltrão, 1980) através de políticas ou tipos de filosofias. O trabalho tomou corpo a partir da contextualização da política em si com as religiões afro-brasileiras, foco que atrai a nossa atenção juntamente com a Antropologia da Religião, tendo esse conjunto de atividades uma classificação de estudo etnográfico-midiático. Através do Grupo de Pesquisa Mina, Religião e Cultura Popular, coordenado pelo Prof Dr. Sérgio Figueiredo Ferretti e a Profª Dra. Mundicarmo Ferretti desenvolvemos as mais

2 variadas atividades de iniciação científica relacionadas ao universo da Cultura Popular Maranhense e às religiões afro-brasileiras em geral, mais especificamente o Tambor de Mina do Maranhão Foi feito um levantamento bibliográfico sobre o tema e também foram realizadas entrevistas, visitas a Câmara Municipal de São Luís(gabinete de vereadores e setor de documentação) e coleta de matérias jornalísticas referentes aos vereadores e paisde-santo no Arquivo da Biblioteca Central de São Luís. A Câmara Municipal de São Luís está localizada na rua da Estrela n 257, Centro Histórico da cidade e atualmente conta com um quadro de vinte e um vereadores ativos trabalhando naquela casa. Os objetivos dos vereadores que trabalham nas Câmaras Municipais são organizar o poder político no município, fortalecer as instituições democráticas, promover os valores de uma sociedade fraterna e pluralista e defender a dignidade da pessoa humana e muitos outros, obedecendo o regime interno específico de cada instituição. Um dos mais importantes objetivos das Câmaras Municipais são dispor sobre sua organização e funcionamento e legislar matérias de competência do município, criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções de seus serviços e fixação da respectiva remuneração. Já os vereadores é que vão estar intrinsecamente ligados a todas as funções emitidas pelas Câmaras Municipais, procurando colocar tudo isso em prática. As representações das religiões de matriz africana(umbanda), mais precisamente público afro-religioso(líderes umbandistas) na Câmara Municipal de São Luís são iniciadas, a partir da entrada do primeiro pai-de-santo de Umbanda naquela casa, José Cupertino de Araújo(já falecido) no final da década de 50(1959). Logo depois aparecem na Câmara Sebastião de Jesus Costa, o Sebastião do Coroado e Genival Leite, Astro de Ogum. 1-: Trabalho apresentado ao NP 17 Folkcomunicação, do IV Encontro dos Núcleos de Pesquisa da Intercom 2-3. Prof Dr. em Antropologia pela USP e pesquisador de religiões afro-brasileiras; Concludente do Curso de Jornalismo-UFMA e pesquisador(pibic-cnpq) de religiões afro-brasileiras e cultura popular maranhense. 4- Segundo Mundicarmo Ferretti(1987,p. 37) Tambor de Mina é a designação dada no Maranhão à religião de origem africana desenvolvida nas Casas de Mina e que em outras partes do Brasil vai assumir outros nomes ou classificações. A exemplo do Batuque do Rio Grande do Sul, Candomblé da Bahia, Xangô de Pernambuco, etc.

3 Sem sombra de dúvida que a política pode ser um meio ou alternativa para a sustentação de determinadas comunidades em questão(negros, mulheres, homossexuais,etc.), logo o voto representa a possibilidade de transformação e de melhoria do status quo desses públicos que lutam constantemente pela reivindicação de seus direitos. 1.0 José Cupertino de Araújo- Primeiro Vereador Umbandista do Maranhão José Cupertino nasceu no interior do Maranhão, na cidade de São Bento no dia 18 de setembro de 1941 e quando criança era muito peralta sendo um irmão e filho muito bom. Segundo a sua irmã em entrevista ao Jornal O Imparcial de 26 de Julho de 1984, Como criança, Cupertino foi um menino muito peralta, gostava de brincar, de matar cobra, foi muito safado e um bom filho. A chegada do pai-de-santo José Cupertino a cidade de São Luís foi no início da década de 50(1952), época em que a repressão policial aos terreiros era constante e muito cruel como atesta Santos e Santos Neto(1989, p.117): Sabe-se, ainda que o período mais forte da repressão foram os anos que precederam as grandes guerras mundiais, arrefecendo um pouco entre o período da revolução, de 1930 a Mas com o Estado Novo até 1950, verifica-se o período mais crítico da repressão em São Luís. Acredita-se que a perseguição tornou-se mais intensa em razão da própria situação política do país. O presidente Getúlio Vargas, baixou uma lei obrigando todos os terreiros, juntamente com seus responsáveis a se registrarem (Santos e Santos Neto, 1989, p.117). Nesse tempo também José Cupertino de Araújo fundou a Tenda Espírita Deusa Iara no bairro do João Paulo, bairro popular de São Luís que concentra a grande Festa de São Marçal no dia 30 de junho, ponto de concentração da maioria das brincadeiras de Bumba- Meu-Boi do estado para o encerramento das festividades juninas. As repressões policiais eram direcionadas às religiões afro-brasileiras e também a Cura ou Pajelança², foram

4 prolongadas por muito tempo e até hoje, vez ou outra são registrados casos de perseguições a terreiros no Maranhão. Antes de adotar a Umbanda como religião José Cupertino de Araújo foi um famoso Pajeleiro, em face das suas curas como noticia O Imparcial(26/07/1984) no depoimento de um de seus filhos e novamente por sua irmã, afirmando que ele curava notavelmente as crianças. Uma das crianças curadas por ele estava desenganada pelos médicos, logo ele receitou que ele fosse para São José de Ribamar, cidade litorânea e religiosa próxima a São Luís em que festejam a figura do santo católico São José no mês de setembro, para ser alimentada na base do caldo de sururu e ela ficou boa ou curada. Ferretti e Santos(2001, p.20) traçam um perfil de José Cupertino, enquanto curador e umbandista: Dava passe, receitava defumador e remédios de farmácia e batia conta (tirava conta dele mesmo para introduzir em outra pessoa como fazem os curadores ou pajés maranhenses). Era vidente, mas consultava em transe geralmente com caboclo Itapuitinga. Ensinava os médiuns a se concentrarem para receber seus guias, pensando nos elementos da natureza, nos quatro pontos cardeais do astral, relaxando e fazendo respiração profunda (Ferretti e Santos, 2001, p.20) No ano de 1959 José Cupertino inicia sua vida de político na Câmara Municipal de São Luís como vereador filiado ao partido do MDB, partido da oposição e desde então vai construir uma carreira política exemplar em prol do povo de São Luís, principalmente dos moradores do bairro do João Paulo. Mesmo antes de ingressar na política, Cupertino foi ambulante, comprava no interior e vendia mercadorias na capital de São Luís, sendo também dono de bar. Na ata da sessão de instalação da quarta legislatura em 1959 da Câmara Municipal de São Luís, o então vereador José Cupertino de Araújo fez seu primeiro pronunciamento saudando os novos representantes daquela casa agradecendo ao povo de São Luís, sobretudo de seu bairro pela eleição.

5 Uma das primeiras preocupações de Cupertino naquele momento solene, ao qual ele tomava posse no cargo de vereador foi suscitar a criação de uma comissão de assistência aos subúrbios de São Luís. Ele realmente era uma figura carismática e que estava antenado com os problemas sociais de sua época, vindo a interceder pela solução e melhoria de diversos problemas tanto no bairro do João Paulo quanto na cidade em geral. A maioria dos projetos do vereador e pai-de-santo Cupertino giraram em prol das pessoas pobres e de baixa renda como o auxílio funeral, sustento de uma escolinha no bairro do João Paulo(mais de 300 alunos na época), problemas urbanísticos como o asfaltamento de ruas, distribuição de cestas básicas e outros tipos de ajudas as pessoas mais necessitadas. Seus mandatos como vereador na Câmara Municipal duraram mais de 20 anos, sendo eleito em quatro legislaturas consecutivas e tirando um mandato tampão em dois anos. No campo afro-religioso José Cupertino realmente fez história e até os dias de hoje é lembrado como o Introdutor da Umbanda no Maranhão, depois de morar um tempo no Rio de Janeiro e ter se tornado umbandista voltou para a sua terra trazendo a nova religião para o Maranhão. Tudo isso ocorre na década de 50 na qual Cupertino com a iniciativa de introduzir a Umbanda no estado vai dar mais respaldo legal, pois a Umbanda vai ser encarada como uma religião, diferente da Pajelança que era vista como contravenção penal. Outra ação importante desenvolvida por ele foi a organização da Primeira Festa de Iemanjá na orla marítima de São Luís(Olho D água), mas que anterior a praia Cupertino iniciou os louvores a deusa Iemanjá em um rio desde a década de 50(1954). Foi o idealizador e fundador da Federação de Umbanda e cultos afro do Maranhão na década de 60, órgão responsável em mapear os terreiros de Umbanda e Mina do estado e resolver problemas relacionados às religiões afro-brasileiras no estado. 5-Ferretti(1996, p.303) diz que a Pajelança é um culto afro-ameríndio difundido largamente na Amazônia, cujo instrumento básico é o maracá, e durante o qual o pajé recebe sucessivamente diversas entidades ou encantados, entrando em transe de tipo xamanístico, acompanhado pela assistência com cânticos e palmas. Geralmente os curadores sempre foram muito perseguidos, devido haver um constante embate entre a medicina tradicional e a alternativa, adotada pelo pajeleiros ou curadores como formas de medicamentos para seus clientes.

6 Ele também teve um programa afro-religioso na rádio Gurupy em São Luís, no qual abordava temas relacionados a sua religião(umbanda) e propondo discussões de variados assuntos do cotidiano, obtendo muita audiência. No início da década de 70 foi um dos organizadores das homenagens a Princesa INA, a fim de pedir licença para que o Porto do Itaqui fosse construído, reunindo inúmeros terreiros de Umbanda e Mina da capital e interior do Maranhão. Cupertino veio a falecer em 26 de julho de 1984 com 69 anos. 2.0 Sebastião do Coroado e Astro de Ogum, Vereadores e Pais-de-Santo Sebastião de Jesus Costa, mais conhecido como Sebastião do Coroado, bairro de origem humilde na periferia de São Luís onde está localizada a residência e a Tenda São Sebastião Vale da Natureza. Sua residência fica na rua São Sebastião n 26 Coroado. A religião professada pela tenda de Sebastião do Coroado é a Umbanda. Segundo Costa S. (1985, p.5) a Umbanda não é um credo religioso anti-social e nem tão pouco faz parte dos espíritos endemoniados. Surgindo no primeiro quadriênio do século XX, a Umbanda vai ter a figura de Zélio de Morais com o caboclo da sete encruzilhadas como seu fundador na cidade do Rio de Janeiro e depois chega ao Maranhão com José Cupertino de Araújo. Antes de fundar a sua tenda de Umbanda Sebastião Costa visitou alguns terreiro de São Luís e entre eles o Terreiro de Iemanjá do falecido babalorixá Jorge do bairro da Fé em Deus. A Tenda São Sebastião Vale da natureza concentra um grande número de filhos-desanto tanto na cidade de São Luís quanto no interior do Maranhão O vereador e pai-desanto Sebastião do Coroado desenvolve um trabalho social na sua comunidade(coroado, Coroadinho e Adjacências), que também está inteiramente relacionado a religião afro ou ao próprio terreiro. O terreiro de Umbanda de Sebastião do Coroado é representado pelo seu corpo de médiuns, adeptos e demais seguidores como uma associação religiosa, na qual todos os membros tem que contribuir mensalmente com uma taxa simbólica(de acordo com suas possibilidades econômicas) para a manutenção daquela casa de culto umbandista. Os associados terão como benefício variados tipos de vantagens e Sebastião do Coroado costuma ajudar todos os seus associados e demais pessoas carentes da cidade, a partir da

7 distribuição de cestas básicas, remédios e disponibilizando médicos, dentistas e advogados gratuitos(serviços sociais) para os necessitados, além de consultas espirituais. São variadas as festas afro-religiosas no calendário do terreiro em homenagem aos santos católicos, que são sincretizados ou associados a eles. Entre as principais festas do terreiro podemos citar a grande festa de São Sebastião(20 de janeiro) padroeiro da tenda e Rei Sebastião é um dos guias espirituais de Sebastião do Coroado. Sua trajetória na política vem desde o final da década de 80(1988) na Câmara Municipal de São Luís, particularmente o nome de Sebastião começa a parecer nas atas das sessões da Câmara Municipal da cidade exatamente nesse ano. Sua posse vai acontecer no dia 04 de agosto de 1988 em que o edil vai tomar posse naquela casa. No início de sua vida pública ajudando políticos de São Luís, logo entre os pontos principais que permeiam os seus projetos políticos são saúde, educação e moradia, onde conseguiu abrigar mais de 20 mil famílias pelo sistema de mutirão na cidade. Exemplificando um pouco mais sobre suas ações em quase vinte anos de mandato político como vereador ativo da Câmara de São Luís, citamos a fundação e manutenção de mais de 12 escolas comunitárias e perfuração de vários poços artesianos em bairros carentes como a Vila São Sebastião, Vila Cascavel, etc. Sebastião também vai ter uma expressividade na mídia de São Luís desde a década de 70, a com programa de rádio com temas sobre a Umbanda e que migrou para um programa de televisão o VIVA OXALÁ. A transmissão do programa é feita pelo canal 12, TV Bandeirantes e faz parte da programação local de São Luís, sendo apresentado somente aos domingos das 6:30 às 7:30 ou das 7:30 às 8:30 da manhã(podendo variar o horário). O programa Viva a Oxalá tem uma equipe de 6 pessoas(4 moças, 1 rapaz e o babalorixá), onde as meninas desempenham a função de apresentadoras, juntamente com o babalorixá Sebastião do Coroado. Entre as apresentadoras pode haver uma intercalação na gravação do programa, embora o rapaz, que administra a gravação do programa é fixo(filho de Seu Sebastião ). O aparato técnico ou tecnológico utilizado na produção do programa é comum, sem grandes empreendimentos de grande porte, adequando-se as possibilidades econômicas daquela comunidade-terreiro.

8 É evidente a relação do vereador e pai-de-santo Sebastião do Coroado com a folkmídia. Beltrão(2001, p.242) teoriza sobre os criadores dos símbolos e fetiches das religiões afrobrasileiras como transmissores de comunicação e que na verdade querem dizer algo: Pintores dos painéis dos xangôs e pegis, criadores de fetiches, bandeiras, abebê dos diversos santos africanos, como de Iemanjá, que representa uma estrela dentro de um crescente, figuras de orixás que servem para os despachos, os seus trabalhos são manifestações insofismáveis da opinião popular contra indivíduos ou situações (Beltrão, 2001, p.242) Luiz Beltrão faz um exemplar estudo sobre a Comunicação Popular difundida nos meios populares através de agentes ou líderes de opinião, que na verdade são verdadeiros agentes políticos, a exemplo dos líderes comunitários. Nesse caso ou foco desse estudo os líderes umbandistas, como Sebastião do Coroado que faz parte do PFL. Genival Maximiano Leite ou Astro de Ogum é o mais novo líder umbandista que deu entrada na Câmara Municipal de São Luís e está no final do seu primeiro mandato, que foi iniciado no dia primeiro de janeiro de 2001 e que se estende até 31 de dezembro de O partido que Astro de ogum faz parte é o PMDB, Partido Movimento Democrático Brasileiro, e essa foi a primeira vez que se candidatou a vereador conquistando logo a vitória de ser eleito com 3243 votos na cidade de São Luís. A área de maior atuação do também vereador e pai-de-santo de Umbanda Astro de ogum é o bairro do Barreto, localizado na periferia da cidade tendo como moradores pessoas de baixo poder aquisitivo. No bairro do Barreto também está localizado o terreiro de Umbanda de Astro de Ogum, que tem como uma das festas principais as homenagens aos orixás, que comandam a vida do vereador: Iansã e Ogum. Atualmente, o vereador Astro de Ogum é o Presidente da Federação de Umbanda e cultos afro do Maranhão(mandato no fim), desenvolvendo ainda atividades como empresário e também ligado a movimentos artísticos e culturais na cidade, coordenando o Parque Folclórico da Vila Palmeira. Esse parque é uma espécie de celeiro cultural que aglomera festas da cultura popular maranhense(arraiais, congressos, festivais etc.) e nele foi

9 realizado o I Encontro de Umbandistas e Cultos Afro-Brasileiros do Maranhão no período de 27 a 29 de novembro de 2001, organizado pela federação e por Astro de ogum. 3.0 Religiões Afro-Brasileiras e Política: possíveis relações A história das religiões afro-brasileiras com a política em termos de representação é iniciada com a entrada do primeiro pai-de-santo maranhense na Câmara Municipal de São Luís no final da década de 50(José Cupertino), seguido por Sebastião Costa(1988) e mais recentemente Astro de Ogum(2001). Como vereadores essas figuras costumam abarcar os problemas sociais mais respectivos as suas áreas de atuação como os seus bairros de origem como o João Paulo(José Cupertino), Coroado(Sebastião) e Barreto(Astro de Ogum), lançando projetos e que podem ou não ser aprovados na bancada da Câmara Municipal da cidade. Observando os resultados desse estudo, observamos que um ou dois membros das religiões afro-brasileiras na Câmara de São Luís ainda não conseguem atender o público afro-religioso maranhense de uma forma geral. Há objetivamente fragmentações e as possíveis relações das religiões afro no Maranhão vão acontecer também por outras vias. Maar(1994, p.13) expõe olhares sobre a política e a religião focalizando não somente a política em si, mas as múltiplas políticas contidas na sociedade: De modo análogo, a igreja mesmo não sendo uma instituição política-prerrogativa do Estado secularizado- sempre, sustenta a proposta de fazer política, oferecendo um nível de atuação em que procura traduzir anseios e interesses sociais. Ela não pretende o poder institucional o governo-, mas um poder político. Existem, portanto, em um mesmo, instante, várias políticas, ou ao mesmo várias propostas políticas na sociedade (Maar, 1994, p.13) Logo, percebemos que várias políticas são implementadas focalizando cada grupo em questão para atender as grandes demandas das mazelas sociais da cidade. As religiões afro-brasileiras e seus adeptos são vistas como mais uma fatia do bolo, ou seja, como

10 uma possível massa de pessoas votantes e que necessariamente podem eleger aquele(a) político X. O babalorixá Euclides D Oxalá da Casa fanti-ashanti, terreiro de Mina fundado em São Luís na década de 50, afirma em entrevista(03/02/04) que as relações entre política e religiões afro-brasileiras são complexas, pois os políticos costumam só vir aos terreiros nas época das eleições para pedir votos e depois desaparecem. Santos e Santos Neto(1989, p.125) exemplificam as discriminações sofridas pelo povo-de-santo maranhense no desenrolar de determinados fatos políticos: No ano de 1951, em meio a uma acirrada disputa pelo Governo do Estado, morreu repentinamente o líder da oposição coligada, vice-governador Saturnino Belo. E pela cidade, logo se difundiram rumores de que o Tambor de Mina estaria sendo utilizado pelos governantes contra seus adversários. Nesta época a culpa recaiu sobre Zé Negreiros e Mundica Tainha, dois então famosos chefes de terreiro da capital maranhense (Santos e Santos Neto, 1989, p.125) Compreendemos, aqui que as religiões afro-brasileiras no contexto social vão assumir, além de mais um público votante a função de ferramentas ou meios obscuros de chegar ao poder, passíveis nessa ótica de mais discriminação e preconceito em torno delas. Um dos casos mais conhecidos em todo o país é o do falecido presidente Tancredo Neves no ano de 1985, que morreu segundo boatos do povo a mando da oligarquia Sarney e que também atesta Santos e Santos Neto(Id, Ibid): Mais recentemente, às vésperas de ser empossado como o novo presidente da república, Tancredo Neves sofreu um sério problema de saúde. E, quem assumiu o comando da nação, em 15 de março de 1985, foi o vice-presidente, o senador maranhense José Sarney. Com isso, correram boatos de que teriam sido realizados serviços no Maranhão para que Tancredo Neves não pudesse assumir o cargo para o qual foi eleito, abrindo a vaga para a ascensão do político maranhense. Mãe Delmira, uma conhecida umbandista do Pará, chegou a

11 dizer em entrevista à imprensa, que os trabalhos não foram feitos por ninguém de montanha(minas Gerais), nem do mar(rio de Janeiro), mas que desconfiava muito do pessoal das grandes matas (Maranhão) (Id, Ibid) O pai-de-santo maranhense muito interrogado sobre a morte do falecido Tancredo Neves é o Comendador da República, título dado pelo ex-presidente José Sarney, Wilson Nonato de Souza, mais conhecido como Bita do Barão, chefe da Tenda Espírita de Umbanda Rainha de Iemanjá na cidade de Codó, interior do Maranhão. Bita do Barão ao ser perguntado sobre o assunto sempre nega calmamente e diz que não teve nada haver com isso. Outro aspecto importante a ser destacado nas relações das religiões afro-brasileiras com a política podemos explicitar o papel do Ogãs de Candomblé citado por Landes(2002, p. 116): Pulquéria e mais tarde Menininha tinham atraído distintos baianos como ogãs. O dr. Estácio Lima era ogã da deusa da própria Menininha, Oxum, e ouvi dizer que tanto o dr. Nina como o dr. Arthur ramos eram ogãs. Essas ligações davam prestígio ao templo e refletiam, ao mesmo tempo, a sua importância. Os ogãs formam uma espécie de junta de diretores. Soube também que os templos protegem os ogãs, quando necessário; por exemplo; quando Vargas se fez ditador, os seus adversários políticos tiveram de esconder-se e os templos mostraram-se muito acolhedores (Landes, 2002, p.116). Essa é apenas uma visão da complexa relação entre a política e as religiões afrobrasileiras e que tem muitas vias, dentre elas a da discriminação é muito ainda disseminada, onde as religiões afro-brasileiras vão aparecer como possíveis alternativas para destruição de um adversário político e para aquele candidato Y chegar ao tão sonhado poder. Outro caso peculiar e interessante para ser mencionado é a feitiçaria e as fronteiras políticas em Alagoas, descrito por Yvonnie Maggie(1992) em um dos capítulos de sua tese de doutorado sobre feitiço e relações de poder. Em meados do início do séc.xx, o então governador de Alagoas Euclides Malta, mais conhecido como Legba(exu) mantinha

12 estreitas relações com bruxos, feiticeiros e negros dos Xangôs de Alagoas sendo inclusive acusado no Jornal de Alagoas de que ele utilizava os terreiros para se manter no poder. Segundo Maggie(1992,p.253) ao citar a reportagem do Jornal de Alagoas a religião dos negros teria sido transformada pelo governo da oligarquia em antros de feitiçaria, de prostituição e perdição. Continuando a explicitar a cobertura midiática sobre as relações entre política e religiões afro-brasileiras em Alagoas na casa de Tia Marcelina, bastante freqüentada por Euclides Malta, havia um peji(altar) para os santos e outro para os sacrifícios da carne, onde uma vez por mês uma filha-de-santo muito nova era oferecida ao político. Considerações Finais O estudo da política foi interessante, pois era um tema que não nos interessava tanto, mas a partir do momento que foi feito um casamento entre a folkcomunicação e as religiões afro-brasileiras a situação foi modificada. Bom mesmo os afro-religiosos maranhenses tendo desde o final da década de 50 um líder umbandista na Câmara municipal de São Luís e, atualmente, dois vereadores e pais-de-santo, a classe afro-maranhense não é atendida de forma mais geral por esses representantes. Eles não vão congregar as soluções para todos os problemas desse público específico. Já as relações das religiões afro-brasileiras em si com a política são vistas de forma preconceituosa, pois as religiões afro serão ainda consideradas como alternativas para se chegar ao poder mais facilmente. No caso de Alagoas sobre as possíveis relações entre política e religiões afro-brasileiras(xangôs) percebe-se que a feitiçaria é recorrente no imaginário político concordando com Yvonnie Maggie. Os políticos vão aos terreiros buscar votos, mas além disso procuram pelos trabalhos e pela feitiçaria, logo não podemos incluir todos os terreiros nesse rol da prática da magia e feitiçaria devido os que ainda hoje mantém essas práticas foram aqueles que se modificaram com a presença dos brancos e da elite, onde Bastide(1973) afirma que foram os brancos que deturparam o ritual fazendo com que ele se degenerasse e se erotizasse.

13 As mesmas acusações de charlatanismo e marmotice direcionadas as religiões afrobrasileiras também vão recair sobre o campo político, pontificando o feitiço como um operador lógico para pôr política e os terreiros em relação (Maggie, 1992). Referências Bibliográficas BASTIDE, Roger. O mundo dos Candomblés e Macumba paulista. In: Estudos Afro- Brasileiros, São Paulo, Perspectiva, BELTRÂO, Luiz. Folkcomunicação: um estudo dos agentes e dos meios populares de informação de fatos e idéias. Porto Alegre, EDIPUCRS, Folkcomunicação: a comunicação dos Marginalizados. São Paulo, Cortez, 1980 COSTA, Sebastião de Jesus. Umbanda e Cultura. São Luís, Sioge, 1985 FERRETTI, Mundicarmo. De segunda a domingo, etnografia de um mercado coberto, Mina, uma religião de matriz africana. São Luís, Sioge, 1985, SANTOS, Rosário. José Cupertino na religião afro do Maranhão IN: Boletim de Folclore, n 20, Agosto de 2001 FERRETTI, Sérgio. Querebentan de Zomadônu: etnografia da Casa das Minas. São Luís, Edufma, 1996 LANDES, Ruth. A Cidade das Mulheres. Rio de Janeiro, Editora UFRJ, 2001 MAAR, Woolfgang Leo. O que é Política. São Paulo, Brasiliense, 1994

14 MAGGIE, Yvonnie. Medo do Feitiço: relações entre Magia e Poder no Brasil. Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 1992 SANTOS, Rosário, SANTOS NETO, Manoel. Boboromina: terreiros de São Luís: uma interpretação sócio-cultural. São Luís, Secma/Sioge, 1989

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