RESOLUÇÃO SME Nº. 11/2010
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- Luana Farias
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1 RESOLUÇÃO SME Nº. 11/2010 Homologa Deliberação Nº 02/2010 do Conselho Municipal de Educação. A Secretária Municipal da Educação com fundamento no inciso VI do artigo 11 da Lei nº 8053, de 4 de setembro de 2000, HOMOLOGA a Deliberação Nº 02/2010 do Conselho Municipal de Educação, que dispõe sobre diretrizes para a elaboração dos Regimentos Escolares das instituições escolares do Sistema Municipal de Ensino. São José do Rio Preto, 05 de abril de 2010 Profª. Drª. Telma Antonia Marques Vieira Secretária Municipal de Educação Prefeitura de São José do Rio Preto Rua General Glicério, nº Redentora Fone: (17) Divisão de Ensino pedagogico.smedu@empro.com.br \\ \sme\site\publicacoes\2010\resolucoes\resolucao_11_2010_Homologa a Deliberação CME 02_ Regimento Escolar.doc
2 DELIBERAÇÃO nº 02/2010 Dispõe sobre Diretrizes para a elaboração dos Regimentos Escolares das instituições escolares do Sistema Municipal de Ensino. O Conselho Municipal de Educação, no uso de suas atribuições e com fundamento no artigo 209, incisos I e II da Constituição Federal, da Lei nº9394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, da Lei Orgânica do Município, e da Lei Municipal nº8053/00, que dispõe sobre o Sistema Municipal de Ensino e estabelece normas gerais para a sua adequada implantação, e Considerando: 1. Que a LDB determina, em seus artigos 12, 13, 14, e 15, inaugurando um período de inovação paradigmática na educação ao enfatizar princípios como autonomia, descentralização e gestão democrática como se lê, a seguir: Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;... III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;... V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de: I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;... IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; 2
3 ... Art. 14 Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I. participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II. participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. (...) Art. 15 Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de direito financeiro público; 2. Que cabe ao poder público criar as condições para o fortalecimento das unidades escolares para que implementem plenamente os seus projetos político- pedagógico (PPP) e o seus Regimentos Escolares com a participação de todos os segmentos da comunidade escolar. 3. Que a autonomia é uma atitude emancipatória, fruto de conquista coletiva que se concretiza pela e na realização do Projeto Político Pedagógico. O Regimento Escolar, documento que decorre do PPP, deve ser também a expressão de uma maioridade intelectual que deve ser construída coletivamente pela comunidade escolar. 4. Que a LDBEN ao determinar que cabe aos estabelecimentos escolares elaborarem as suas propostas pedagógicas com ampla participação dos segmentos da comunidade escolar, colocou os profissionais que nela trabalham no centro do processo educacional e elegeu a escola, conferindo-lhe autonomia, como o lugar privilegiado onde acontece a aprendizagem de conhecimentos, habilidades atitudes, valores e o pensamento crítico. Entretanto, a autonomia é relacional e deve ser construída em rede. A escola autônoma está empenhada com a aprendizagem de todos os alunos e assume a responsabilidade pelo resultado do trabalho desenvolvido, consegue elaborar, implementar e avaliar o seu projeto político pedagógico em sintonia com os princípios dos dispositivos legais. 5. Que o Regimento Escolar é entendido como um contrato pedagógico que procura traduzir do ponto de vista pedagógico e legal o que foi pactuado no Projeto Político Pedagógico pela coletividade de forma participativa. Enquanto O PPP define os princípios e as concepções de sociedade, perfil de aluno, de aprendizagem, de conhecimento, de avaliação, de currículo, etc, o Regimento Escolar é a formalização do que foi acordado fundamentado nessas concepções. Se o PPP é o conteúdo, o RE é a forma. Delibera: I - Caberá a cada Unidade Escolar elaborar o seu regimento como um processo de fortalecimento da autonomia escolar e da gestão democrática. Por ser um documento de natureza educativa que orienta as ações dos sujeitos do processo pedagógico, o Regimento 3
4 Escolar, tem por objetivo regulamentar a organização e o funcionamento da Instituição Escolar. Na elaboração e discussão das normas para a resolução de conflitos é preciso ter por princípio a prática do diálogo, evitando recorrer a uma autoridade moralizadora. Faz-se necessário ainda definir o papel de cada profissional para não haver sobreposição de responsabilidades ou mesmo ambigüidades e conflitos de competências e atribuições; II - Para que esse processo seja uma experiência de participação de toda a comunidade escolar, expressar a organização pedagógica, administrativa das escolas, os compromissos éticos dos profissionais da educação com a aprendizagem e a qualidade da educação, devem ser criadas as condições e a motivação necessária de todos os segmentos para que a participação aconteça. É preciso considerar que na história da educação brasileira, até a promulgação da Constituição Federal (1988) e da LDB (1996) os regimentos escolares respondiam apenas à racionalização burocrática padronizada expressão de caráter centralizador e tutelar; III - O regimento é entendido como a constituição da escola e sua legitimidade nasce da participação de todos os segmentos da comunidade escolar. Do ponto de vista legal esse documento orienta as ações da escola e do ponto de vista pedagógico deve garantir, que os sonhos, princípios, os valores e os objetivos traçados no PPP sejam alcançados; IV As mudanças ocorridas nos últimos anos com a implantação do Ensino Fundamental de 9 (nove) anos através da Lei nº11.274/2006; a elaboração da Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil pelo Parecer CEB/CNE nº20/2009; a Indicação CME nº01/2009, seguida da Deliberação CME nº02/2009, exige a elaboração de um novo Projeto Político-Pedagógico próprio, para ser desenvolvido em cada unidade escolar; V - Como já foi afirmado, o exercício da autonomia se faz ao construir, com ampla participação da comunidade escolar o texto regimental próprio, bem como o seu projeto político pedagógico. Entretanto, enquanto a comunidade escolar não elaborou ainda o seu próprio texto individualizado, de acordo com a sua realidade, especificidade local e com os princípios legais, as unidades escolares poderão adotar, com a respectiva aprovação do Conselho de Escola, optando por um modelo de Regimento Escolar Padrão da entidade mantenedora, seja ela pública ou particular; VI - Com relação ao seu formato de apresentação formal poderá ser de acordo com o modelo tradicional com seus títulos, capítulos, seções, artigos, incisos e alíneas, etc ou em itens. Em qualquer forma a redação deve ser clara, direta, concisa, evitando ambigüidades, bem como a transcrição de disposições normativas da legislação; VII As unidades escolares, vinculadas ao Sistema Municipal de Ensino de São José do Rio Preto, em atendimento à LDBEN nº 9394/96, fazendo uso da autonomia prevista no documento legal, como também observando as diretrizes constantes da Indicação nº001/2010 parte integrante desta Deliberação, deverão elaborar seus Regimentos Escolares e protocolálos na Secretaria da Educação até o último dia útil do mês de março, entrando em vigor, de 4
5 forma retroativa, em primeiro de janeiro de O texto final dos novos projetos políticopedagógicos deverá estar à disposição da comunidade em lugar acessível, preferencialmente por meio eletrônico; VIII Esta Deliberação entrará em vigor na data de sua homologação pela Secretaria Municipal da Educação, revogando-se as disposições em contrário. Relator: Eugênio Maria Duarte São José do Rio Preto, 04 de fevereiro de A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade pelos Conselheiros titulares em reunião realizada na data supra. Presentes os Conselheiros: Andréia Gasparino Fernandes, Aparecida de Cássia Franco Fonseca, Cynthia Julia dos Anjos Vilardi, Eugênio Maria Duarte, Maria Carolina Cosenza Araújo, Valdelir Elvira Perez Brognaro, Vera Lucia de Athayde e Vera Lucia Morais Bechuate. Encaminhe-se ao Gabinete da Senhora Secretária, São José do Rio Preto, 04 de fevereiro de Vera Lucia Morais Bechuate Presidente 5
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