3.1. Título: Módulo Mobile e transmissão dos dados no Sistema de Informações SIGAEDES
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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ Curso de Bacharelado em Ciência da Computação UNIOESTE - Campus de Cascavel 1. IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA 1.1. Colegiado: Ciência da Computação 1.2. Nome da disciplina: Trabalho de Conclusão de Curso 1.3. Ano de realização: IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO 2.1. Nome: Émerson Hoffmann 2.2. Nº de matrícula: Professor orientador: Claudia Brandelero Rizzi 3. PROJETO 3.1. Título: Módulo Mobile e transmissão dos dados no Sistema de Informações SIGAEDES 3.2. Introdução: A dengue é a principal doença epidêmica causadora de problemas de saúde pública no mundo [1]. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima-se que 390 milhões de pessoas se infectem anualmente, das quais 96 milhões se manifestam clinicamente (com qualquer gravidade da doença). Estima-se que cerca de 3,9 bilhões de pessoas, em 128 países, estão em risco de infecção por vírus da dengue [2]. As duas espécies de mosquitos que são vetores transmissores dos vírus da Dengue, Chikungunya e Zika são o Aedes albopictus e, principalmente, o Aedes aegypti, um mosquito urbano, de hábito diurno e muito ativo [2]. Seu controle e combate são realizados localmente, pelos municípios, por meio de órgão específico, geralmente vinculado à Secretaria Municipal de Saúde, norteado pelas instruções e recomendações do Ministério da Saúde (MS) e da OMS. Considerando-se os problemas decorrentes da Dengue, Chikungunya e Zika torna-se imprescindível a utilização de mecanismos capazes de auxiliar a tomada de decisões dos gestores de saúde pública de forma rápida, precisa e eficaz. Neste contexto, visando contribuir à gestão e a tomada de decisão às atividades inerentes à prevenção dessas doenças, desde 2010 estão sendo realizadas atividades e ações no âmbito de um projeto na Unioeste em parceria com a Prefeitura Municipal de Cascavel. Dentre elas está contemplado o desenvolvimento de um Sistema de Informações Geográficas (SIG), o Sistema de Informações Geográficas Aedes (SIGAEDES), foi especificamente concebido para o registro, disponibilização, análise de dados e procedimentos relacionados a tais doenças. Um SIG é uma ferramenta ou sistema computacional capaz de capturar, analisar, armazenar e manipular dados referenciados espacialmente. O SIGAEDES é
2 dividido em dois módulos, o interno e o externo. O modulo interno que corresponde ao Sistema de Informação propriamente dito, cujo funcionamento baseia-se na internet, sendo possível fazer a visualização de fatos como a localização de pontos estratégicos, indivíduos com suspeita ou confirmação da doença e ações realizadas pelo pessoal responsável pelo controle e combate ao vetor. Em Cascavel é realizado pelo Controle de Endemias, vinculado à Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura. O módulo externo, mobile, enfatizado neste trabalho, é um aplicativo compatível com dispositivos móveis que utilizam sistema operacional Android, que busca automatizar o trabalho dos agentes que atuam no município em suas visitas a campo. Essas visitas ocorrem ao longo do ano, quando equipes do Setor de Endemias realizam atividades sistemáticas nos imóveis do município, objetivando realizar, dentre outras, o Ciclo, os Pontos Estratégicos (PE), Raio, Bloqueio e o LIRAa. O Ciclo são as visitas aos imóveis, que é feita bimestralmente, nelas são feitas possíveis limpezas de depósitos de água, orientação aos moradores e se necessária a aplicação de larvicidas. Os PE são locais onde possivelmente podem contribuir com a proliferação da dengue, como por exemplo, borracharias, cemitérios, ferros velhos, etc. O Raio é a atividade que consiste em visitar os imóveis dentro de um raio de ação, cerca de 300 metros, onde o suspeito de estar doente mora, trabalha ou frequenta constantemente, buscando identificar possíveis focos do mosquito. O Bloqueio é realizado quando amostras coletadas na atividade de Raio, após análise laboratorial, sejam positivas. Portanto é feita a aplicação de inseticida visando atingir o mosquito adulto na tentativa de impedir a propagação [4]. O LIRAa é o mapeamento rápido dos índices de infestação por Aedes aegypti realizado em alguns municípios específicos, permitindo identificar a situação da infestação no município [5]. Para cada uma dessas atividades há um formulário físico impresso que deve ser preenchido pelo Agente, consolidado e posteriormente digitado no Sistema do Programa Nacional de Controle da Dengue (SISPNCD) [6]. O SISPNCD foi desenvolvido pelo Ministério da Saúde para substituir o Sistema de Informação da Febre Amarela e Dengue (SISFAD). O programa possui dois módulos. O modulo web faz o gerenciamento do sistema. O modulo local é onde os dados das fichas são digitados. No SISPNCD, apenas um resumo de todas as atividades realizadas em campo durante as visitas é digitado, perdendo-se os dados de forma individual, ou seja, as informações coletadas a cada uma das visitas são agrupadas, gerando apenas um resumo geral. Como a digitação pode acontecer num período de até 15 dias após a entrega dos formulários, não há disponibilidade da informação de maneira ágil, não contribuindo para a tomada de decisão. Além disso, pode-se embutir erros na inserção dos dados no SISPNCD, em decorrência das manipulações manuais pelos Agentes, Supervisor e Digitador. O SIGAEDES Mobile busca agilizar e assegurar a integridade do processo de coleta de dados pelos agentes de campo, georreferenciar e integrar todas as informações obtidas de forma individual no SIG, para posteriores visualizações, tomada de decisões e ações decorrentes. Atualmente, há uma versão inicial dos formulários do Ciclo, LIRAa, Bloqueio e Tratamento Especial. No entanto, destes apenas o formulário do Ciclo já está implementado, necessitando apenas de revisões finais. Os demais ainda precisam ser implementados. A partir do presente projeto, implementações e revisões aos formulários estão sendo realizadas e novos testes em campo estão previstos para serem efetuados. Para além da versão final do aplicativo móvel, é necessário realizar o processo de integração dos dados nele obtidos, fazendo seu envio para o servidor onde se
3 encontra a aplicação web. Neste caso, são identificadas duas situações. Na melhor delas, o usuário agente de endemias está conectado à internet e pode fazer o envio dos dados imediatamente após seu preenchimento. A outra situação é aquela em que não há conexão com a internet. Nestes casos, os dados coletados e armazenados no dispositivo devem ali permanecer até que se obtenha conexão, e os dados possam ser enviados. Em ambos os casos é preciso garantir a integridade e a segurança dos dados ao fazer a solicitação de envio ao servidor, para que não se tenha perca de informações ao longo da transmissão e para que os dados sejam nele inseridos adequadamente. É parte deste processo, prever a confirmação do recebimento íntegro dos dados no servidor e sinalizar para que as informações armazenadas no dispositivo móvel possam ser apagadas, evitando futuramente a duplicação das informações Objetivos: O objetivo principal deste Trabalho de Conclusão de Curso é a conclusão do aplicativo denominado SIGAEDES Mobile, para que possa automatizar o trabalho dos agentes de campo do Controle de Endemias, consistindo em uma ferramenta eficiente, útil e confiável. Para que esse objetivo principal possa ser atendido, outros mais específicos deverão ser atendidos: 1. Dar continuidade ao desenvolvimento dos formulários eletrônicos para que possa ser possível fazer a coleta dos dados via dispositivo. 2. Assegurar o envio e atualização dos dados coletados através dos formulários no servidor onde se encontra a aplicação web Metodologia: A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste projeto será uma continuidade da já presente metodologia utilizada anteriormente neste projeto. A arquitetura utilizada para o desenvolvimento é a MVC (Model-View-Controller) [7]. Essa arquitetura possibilita a divisão do projeto em camadas bem definidas, onde cada umas delas executa apenas o que lhe foi definido, reduzindo suas dependências ao máximo, facilitando também a manutenção e reutilização do código em outros projetos. O ambiente de desenvolvimento que está sendo utilizado é o Android Studio [8], ambiente para o desenvolvimento de aplicativos Android e que é baseado no IntelliJ IDEA [9]. Segundo o site da ferramenta, ela foi desenvolvida para que se possa desenvolver aplicativos de alta qualidade, utilizando-se ferramentas e recursos que aumentem e acelerem a produtividade no processo de criação. A linguagem de programação utilizada é o Java [10], a criação dos layouts é feita utilizando XML [11] e o banco interno no dispositivo para o armazenamento das informações é com SQLite [12]. A biblioteca Volley [13] será utilizada para simplificar as conexões Web e deixá-las mais rápidas. O JSON [14] poderá contribuir para que a troca de dados/informações entre os sistemas possivelmente seja mais simples e rápida. Para fazer a verificação da integridade dos dados enviados e recebidos pelo servidor será utilizada a função hash criptográfica MD5 (Message-Digest algorithm 5). O MD5 é um algoritmo de hash utilizado para fazer a verificação da integridade dos
4 dados recebidos, desenvolvido pela RSA Data Security, Inc., que a partir de um trecho de mensagem, calcula uma sequência de bits de tamanho fixo [15]. Os testes serão realizados em conjunto com os usuários (agentes e supervisores) do Controle de Endemias de Cascavel, onde todas as funcionalidades serão testadas e verificadas para identificação de erros, sendo possível assim realizar as correções necessárias. O resultado esperado ao final deste trabalho, é que seja possível disponibilizar ao Controle de Endemias um aplicativo capaz de atender as principais necessidades encontradas nas atividades de campo realizadas pelos agentes, sendo possível realiza-las de forma mais rápida e eficiente. E que esses dados coletados possam ser enviados ao modulo web onde os supervisores poderão consultar, manipular, analisar e realizar ações que visem combater a dengue Cronograma de Atividades: Atividade 1: Revisão bibliográfica. Atividade 2: Implementar e testar os formulários LIRAa, Bloqueio e Tratamento Especial. Atividade 3: Implementar e testar o envio dos formulários ao servidor, considerando a situação do dispositivo móvel estar ou não conectado à internet. Atividade 4: Implementar e testar a integridade dos dados enviados e recebidos pelo servidor, utilizando uma função hash criptográfica (MD5). Atividade 5: Avaliar e analisar os resultados obtidos. Atividade 6: Atividades da Prévia. Atividade 7: Atividades da Final. ETAPAS Atividade 1 Atividade 2 Atividade 3 Atividade 4 Atividade 5 Atividade 6 Ano: 2018 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Atividade 7 Referências [1] Programa Nacional de Controle da Dengue. [S.l.]: Ministério da Saúde FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE, [2] World Health Organization. Dengue and severe dengue. Disponível em: < Acesso em: 22 de março de 2018.
5 [3] RAPER, J. F.; MAGUIRE, D. J. Design Models and Functionality in GIS. Computers and Geosciences, London, v.18, n.4, p , [4] Ministério da Saúde (2001). Dengue instruções para pessoal de combate ao vetor: manual de normas técnicas ed., rev. - Brasília: Ministério da Saúde: Fundação Nacional de Saúde. 84 p. [5] Ministério da Saúde. Levantamento rápido de índices para Aedes aegypti LIRAa para vigilância entomológica do Aedes aegypti no Brasil. 1. Ed., ver. Brasília: Ministério da Saúde. 86 p. [6] Secretaria da Saúde. Dengue (SISPNCD). Disponível em: < Acesso em: 03 de abril de [7] Trygve Reenskaug. MVC Xerox Parc. Disponível em: < Acesso em 05 de abril [8] Android Studio. Disponível em: < Acesso em: 27 de março [9] IntelliJ. JetBrains IntelliJ IDEA. Disponível em: < Acesso em: 05 de abril [10] JAVA. Disponível em: < Acesso em: 27 de março [11] XML. Desenvolvimento de Layouts. Disponível em: < Acesso em: 25 de março [12] SQLITE. About SQLite. Disponivel em: < Acesso em: 25 de março [13] Volley. Transmitting Network Data Using Volley. Disponível em: < Acesso em: 27 de março [14] JSON. Introducin JSON. Disponivel em: < Acesso em: 27 de março [15] Criptografia MD5. Disponivel em: < Acesso em: 27 de março 4. COMPOSIÇÃO DA BANCA Membro 1 (orientador): Claudia Brandelero Rizzi Membro 2: Guilherme Galante Membro 3: Rogério Luis Rizzi
6 5. ASSINATURAS Assinatura do Aluno Assinatura do Orientador 6. PARECER/SUGESTÕES DA BANCA
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