IDEOLOGIA: UM DOS PILARES DO PENSAMENTO BAKHTINIANO

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1 IDEOLOGIA: UM DOS PILARES DO PENSAMENTO BAKHTINIANO MARTINS, Silvane Aparecida de Freitas * *Professora adjunta da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Unidade Paranaíba. Docente da Graduação e Pós-Graduação. Resumo: Ancorada nas teorias da análise do discurso francesa (AD), sobretudo em Bakhtin (1992), trazemos o termo ideologia para discussão, mencionando sua importância para as teorias do discurso e sua relação com o sujeito e a linguagem. Palavras-chave: ideologia; discurso; sujeito Abstract: Based on the French speech analysis theories, especially in Bakhtin (1992), we bring the word ideology to discussion, mentioning its importance to the speech theories and its relation to the subject and the language. Key words: ideology; speech; subject Introdução Ancorada nas teorias da análise do discurso francesa (AD), temos como objetivo, neste artigo de cunho bibliográfico, tecer considerações acerca do termo ideologia e suas relações com o discurso e o sujeito falante. Tal rediscussão se deve ao fato de que a questão ideológica é um dos pilares mais fortes das teorias do discurso e, especial, do pensamento de Bakhtin. Apesar desse termo ser bastante discutido, tanto na área da Educação, como nos estudos lingüísticos, ainda hoje, é perpassado por noções confusas e controversas. estudos lingüísticos MARTINS, S. A. F. p Discussão teórica Podemos afirmar que as controvérsias sobre o termo ideologia originaram-se a partir das teorias marxistas, já que um dos legados deixados por Marx e Engels em sua obra O Capital foi a definição do termo ideologia. Esses autores ao desenvolverem seus estudos sobre o termo, condenaram a maneira abstrata e ideológica de ver o mundo dos filósofos alemães que, perdidos na sua fraseologia não buscavam a ligação entre a filosofia alemã e a realidade alemã, o laço entre sua crítica e seu próprio meio material.(brandão, 1995, 19). Assim sendo, passaram a identificar ideologia com a separação que se faz entre a produção das idéias e as condições sociais e histó-

2 ricas em que são produzidas. Por isso, eles tomam base para suas formulações apenas dados possíveis de uma verificação puramente empírica: os dados da realidade que são os indivíduos reais, sua ação e suas condições materiais de existência, aquelas que já encontram a sua espera e aquelas que surgem com a sua própria ação. (BRANDÃO, 1995, p. 20). Marilena Chauí, uma das seguidoras das teorias marxistas, evidencia que a ideologia é um instrumento de dominação de classe, porque a classe dominante fez com que suas idéias passassem a ser idéias de todos. (...) a ideologia organiza-se como um sistema lógico e coerente de representações (idéias e valores) e de normas e regras (de conduta) que indicam e prescrevem aos membros da sociedade o que devem pensar, o que devem valorizar, o que devem sentir, o que devem fazer e como devem fazer. (CHAUÍ, 1981, p. 25). A ideologia, nesta perspectiva, além de se referir especificamente à classe dominante, é vista como falsa consciência, como disfarce e ocultamento da realidade social, escurecimento e não percepção da existência de contradições e da existência de classes sociais, promovida pelas forças dominantes, aplicada ao exercício legitimador do poder político e organizador de sua ação de dominar e manter o mundo tal como é. No entanto, Bakhtin e seus companheiros do Círculo de estudo, não concordam inteiramente com essa concepção, colocando ao lado da ideologia oficial, a ideologia do cotidiano. A ideologia oficial é vista como relativamente dominante, procurando implantar uma concepção única de produção de mundo. A ideologia do cotidiano é considerada como a que brota e é construída nos encontros casuais fortuitos, no lugar do nascedouro dos sistemas de referência, na proximidade social com as condições de produção e reprodução da vida. (MIOTELLO, 2005, p ). Colocados, então, estes conjuntos ideológicos antagônicos frente a frente, uma vez que grupos específicos estabelecem sistemas específicos de atribuição de ordem ao mundo, Bakhtin e seu círculo puderam estabelecer, bem a seu gosto, uma relação dialética se dando entre ambos, na concretude. Segundo Miotello (2005, p. 168), de um lado, temos a ideologia oficial, como estrutura ou conteúdo relativamente estável; de outro, temos a ideologia do cotidiano, como acontecimento, relativamente instável; e ambas formando um contexto ideológico completo e único, em relação recíproca, sem perder de R G L, n. 3, set estudos lingüísticos 101

3 vista o processo global de produção e reprodução social. É importante ressaltar que a ideologia do cotidiano constitui o domínio da palavra interior e exterior desordenada e não fixada num sistema, que acompanha cada um dos nossos atos ou gestos e cada um dos nossos estados de consciência. (...) O fator individual-orgânico não é pertinente para a compreensão das forças criadoras e vivas essenciais do conteúdo da consciência. (BAKHTIN, 1992, p.119). Segundo esse autor, os sistemas ideológicos constituídos da moral social, da ciência, da arte e da religião cristalizam-se a partir da ideologia do cotidiano, que exercem por sua vez sobre esta, em retorno, uma forte influência e dão assim normalmente o tom a essa ideologia. Mas, ao mesmo tempo, esses produtos ideológicos constituídos conservam constantemente um elo orgânico vivo com a ideologia do cotidiano; alimentam-se de sua seiva, pois fora dela, morrem, assim como morrem, por exemplo, a obra literária acabada ou a idéia cognitiva se não são submetidas a uma avaliação crítica viva. Ora, essa avaliação crítica, que é a única razão de ser de toda produção ideológica, opera-se na língua da ideologia do cotidiano. (BAKHTIN, 1992, p. 119). No nível mais inferior da ideologia do cotidiano, tem importância o fator biográfico e biológico e as reações do indivíduo ainda não são marcadas ideologicamente, pois as interações são extremamente casuais e superficiais, mas à medida que as interações vão se aprofundando e repetindo padrões, as enunciações se relacionam e se integram no sistema ideológico, que vem se constituindo permanentemente naquele grupo; e nos estratos superiores da ideologia do cotidiano, vão se apresentando os conteúdos sígnicos que já passaram pela prova da expressão externa, e as representações, as palavras, as entonações e as enunciações começam a se revelar completamente integradas no sistema ideológico realizadas pelo sistema social. O meio social envolve, então, por completo, o indivíduo. O sujeito é uma função das forças sociais. O eu individualizado e biográfico é quebrado pela função do outro social. Os índices de valor adequados a cada nova situação social, negociados nas relações interpessoais, preenchem por completo as relações homem x mundo. Logo se vê que não cabe a possibilidade de tratar a ideologia como falsa consciência, ou simplesmente como expressão de uma idéia, mas como expressão de uma tomada de posição determinada. Não dá para aceitar que a desigualdade seja natural, por exemplo, estudos lingüísticos MARTINS, S. A. F. p

4 como defenderia a ideologia na sociedade capitalista, afirmando que uns nasceram mais inteligentes que outros, ou mesmo mais espertos; tal ideologia dominante também defenderia que o capital é fruto do trabalho, e apagaria o fato de que é fruto do trabalho de outros. Até mesmo a ciência seria invocada para afirmar que há raças inferiores e raças superiores. A difusão dessas concepções trouxe grandes prejuízos para a constituição humana do homem. Nessa perspectiva, Cardoso (2005) defende o princípio de que o conjunto complexo de atitudes e representações que constituem uma ideologia pode se relacionar também a posições de grupos. A ideologia pressupõe conflitos, - conflito de classe, de grupo (idade, sexo, raça, cor etc), motivados por relações de poder. (CARDOSO, 2005, p. 45). Se a ideologia pressupõe conflitos motivados por relações de poder, não podemos considerar que apenas os sistemas oficiais, ou apenas a classe dominante veicula produtos ideológicos, a ideologia é veiculada por diversas facções sociais, segundo os interesses e pontos de vista de cada segmento. Corroborando com essa idéia, Fiorin (2004, p. 31) afirma que as visões de mundo não se desvinculam da linguagem, porque a ideologia vista como algo imanente à realidade é indissociável da linguagem. As idéias e, por conseguinte, os discursos são expressões da vida real. A realidade exprime-se pelos discursos. (...) A ideologia é constituída pela realidade e constituinte da realidade. Não é um conjunto de idéias que surge do nada ou da mente privilegiada de alguns pensadores. Por isso, diz-se que ela é determinada, em última instância, pelo nível econômico. (...) Embora haja, numa formação social, tantas visões de mundo quantas forem as classes sociais, a ideologia dominante é a ideologia da classe dominante. No modo de produção capitalista, a ideologia dominante é a ideologia burguesa. - Por isso um dos pontos fortes da Análise de Discurso é re-significar a noção de ideologia a partir da consideração de linguagem. Podemos partir do fato de que não há sentido sem interpretação e, que, diante de qualquer objeto simbólico, o homem é levado a interpretá-lo posicionando-se de acordo com suas convicções, crenças e valores. Isso leva-nos a afirmar que a ideologia não só é veiculada conforme a ideologia de quem o escreveu, como a interpretação dos fatos é ideológica, pois esta se dará conforme as crenças e valores do interpretante. Assim sendo, ressaltamos a questão da linguagem como o (...) elemento de mediação necessária entre o homem e sua realidade e uma forma de engajá-lo na própria realidade, a R G L, n. 3, set estudos lingüísticos 103

5 linguagem é lugar de conflito, de confronto ideológico, não podendo ser estudada fora da sociedade, uma vez que os processos que a constituem são histórico-sociais. (BRANDÃO, 1995, p.12). Segundo Orlandi (1998, p.175) numa sociedade complexa, como é a brasileira, cada fato é objeto de interpretações diversas, não raro antagônicas. Isso vem reforçar a tese de que o signo reveste-se de uma carga semântica conforme a situação. Nesse sentido, Bakhtin (1992, p.32) afirma que Um signo não existe apenas como parte de uma realidade, ele também reflete e refrata uma outra. Ele pode distorcer essa realidade, ser-lhe fiel, ou apreendê-la de um ponto de vista específico. Todo signo está sujeito aos critérios de avaliação ideológica (isto é: se for verdadeiro, falso, correto, justificado, bom etc.). No processo discursivo de leitura, a palavra é tida como seu principal meio de desenvolvimento, pois é o objeto fundamental do estudo da ideologia, ela está presente em todos os atos de interpretação. Qualquer instrumento pode ser convertido em signo ideológico. Assim, os signos, as palavras, os textos, os discursos são utilizados para representar os diversos símbolos ideológicos. Para o referido autor A palavra é o fenômeno ideológico por excelência. A realidade de toda palavra é absorvida por sua função de signo. A palavra não comporta nada que não tenha sido gerado por ela. A palavra é o modo mais puro e sensível de relação social. (BAKHTIN, 1992, p.36). Esse autor ainda ressalta que é precisamente na palavra, no ato da enunciação, que melhor se revelam as formas básicas, as formas ideológicas gerais da comunicação semiótica (BAKHTIN, 1992, p.36). Com isso, pode-se evidenciar que, no ato comunicativo, a palavra preenche qualquer espécie de função ideológica: estética, científica, moral, religiosa, pois para o autor todas as manifestações da criação ideológica todos os signos não verbais - banham-se no discurso e não podem ser nem totalmente isoladas e nem totalmente separadas dele. Em consonância com essas idéias, Pêcheux (1997, p. 160) faz a seguinte afirmação As palavras, expressões, proposições etc, mudam de sentido segundo as posições sustentadas por aqueles que as empregam, o que quer dizer que elas adquirem seu sentido em referência a estudos lingüísticos MARTINS, S. A. F. p

6 essas posições, isto é, em referência às formações ideológicas nas quais essas posições se inscrevem. Isso porque o sujeito, ao produzir um discurso se posiciona social e historicamente e, dessa forma, ele assume uma formação ideológica e fala de dentro desta. Assim, ao se posicionar ideologicamente, o locutor é forçado a limitar e direcionar seu discurso para que não ocorram conflitos e contradições, o que poderia dificultar e impedir a adesão dos interlocutores. Assim, os sentidos são freqüentemente estabelecidos para manter interesses conservadores nas rearticulações da ordem do discurso. Uma manchete de jornal, por exemplo, nunca é gratuita, pois nela pode-se procurar a diferença de sentidos que se instaura num determinado enunciado em comparação a outro. Por isso, Bakhtin (1992) afirma que a palavra é produto da interação social, caracterizada pela plurivalência. É o lugar privilegiado para a manifestação da ideologia; retrata as diferentes formas de significar a realidade, segundo vozes, pontos de vista daqueles que a empregam. Dialógica por natureza, a palavra se transforma em arena de lutas de vozes que, situadas em diferentes posições, querem ser ouvidas por outras vozes. Para esse autor não há discurso individual, pois todo discurso se constrói em função de um outro, todo discurso se constrói no processo de interação real e imaginária. A essa altura, é importante ressaltar que o discurso é fruto do reconhecimento do terceiro elemento da dualidade da linguagem, discutida e analisada fora da dicotomia saussureana (língua/fala), pois se concretiza por meio da interação de sujeitos em situações concretas. O discurso são as combinações de elementos lingüísticos (frases ou conjuntos constituídos de muitas frases), usadas pelos falantes com o propósito de exprimir seus pensamentos, de falar do mundo exterior ou de seu mundo interior, de agir sobre o mundo. (FIORIN, 2004, p.11). Assim sendo, assumimos, juntamente com Cardoso (2005, p.21), que o discurso é o fenômeno temporal da troca, do estabelecimento do diálogo, é a manifestação interindividual da enunciação, e o seu produto é veículo do saber institucional, portanto, gerador de poder. As escolhas de um determinado sujeito não são aleatórias, pois buscam, principalmente instituir um sentido àquilo que diz. Nessa perspectiva, Pêcheux (1997, p.163) afirma que o sujeito é interpelado pela ideologia e que o R G L, n. 3, set estudos lingüísticos 105

7 (...) uncionamento da Ideologia em geral como interpelação dos indivíduos em sujeitos (e, especificamente, em sujeitos de seu discurso) se realiza através do complexo das formações ideológicas (e, especificamente, através do interdiscurso intricado nesse complexo) e fornece a cada sujeito sua realidade, enquanto sistema de evidências e de significações percebidas aceitas experimentadas. Assim, ao produzir um discurso, o sujeito se posiciona social e historicamente, assume uma formação ideológica e direciona seu discurso para que não ocorram conflitos e contradições. Cabe, portanto, aos estudos da linguagem buscar as relações que vinculam a linguagem(discurso) à ideologia, sujeito e ideologia, por isso não pode ser encarada como uma entidade abstrata, mas como o lugar em que a ideologia se manifesta concretamente, já que esta é condição para a constituição do sujeito. Considerações finais A partir das noções de ideologia, discurso e sujeito esboçadas no decorrer deste trabalho, chegamos à conclusão de que a evidência do sentido apaga o seu caráter material, isto é, faz ver como transparente aquilo que se constitui pela remissão a um conjunto de formações discursivas que funcionam como dominante. No entanto, sabemos que as palavras recebem seus sentidos conforme as formações discursivas em suas relações concretas. A ideologia considerada dentro dessa concepção não pode ser ocultação de idéias, como preconiza os princípios marxistas, mas função necessária entre linguagem e mundo, já que estes se refletem no sentido da refração, do efeito imaginário de um sobre o outro. Para pensarmos a ideologia nessa perspectiva, é preciso que a história intervenha pelo equívoco, pela opacidade, pela espessura material do significante e não pela transparência dos sentidos a serem apreendidos. Daí resulta que a interpretação é necessariamente regulada em suas possibilidades, em suas condições (ORLANDI, 2004, p. 47). Ela não é mero gesto de decodificação, de apreensão do sentido. A interpretação não é livre das determinações sociais. Nesse sentido, a ideologia não é vista como um conjunto de representações de apenas uma visão de mundo ou como ocultação da realidade. Não há, pois, realidade sem ideologia. Enquanto prática significante, a ideologia parece como efeito da relação necessária do sujeito com a língua e com a história para que haja sentido. Assim sendo, podemos afirmar que será nas relações concretas estudos lingüísticos MARTINS, S. A. F. p

8 e na situação social e interindividual que a ideologia é veiculada, pois as unidades reais da cadeia verbal são as enunciações, mas para estudar as formas dessas unidades, convém não separá-las de seu curso histórico. Fica-nos, evidente, após essas considerações, que a definição de ideologia na perspectiva marxista precisa ser ampliada, incluindo a ideologia do cotidiano como fonte que brota as possíveis transformações sociais, resultado de interações sociais diversas ininterruptas, em que, a todo momento, se destrói e se reconstrói os significados do mundo e dos sujeitos. Referências Bibliográficas BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da Linguagem. São Paulo: HUCITEC, BRANDÃO, H. H. N. Introdução a Análise do Discurso. Campinas: Editora da UNICAMP, CARDOSO, S. H. B. Discurso e Ensino. 2.ed. 1. reimp. Belo Horizonte: Autêntica / FALE UFMG, FIORIN, J. L. Linguagem e ideologia. São Paulo: Ática, MAINGUENEAU, D. Análise de textos de comunicação. São Paulo: Cortez, MIOTELLO, V. Ideologia. In: BRAIT, B. Bakhtin: Conceitos-chave. São Paulo: Contexto, p ORLANDI, E. P. Análise de Discurso: Princípios e procedimentos. 6. ed. Campinas: Pontes, A linguagem e seu funcionamento. Campinas: Pontes, PECHEUX, M. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas, SP: Editora da Unicamp, R G L, n. 3, set estudos lingüísticos 107

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