Uma perspectiva bakhtiniana de dialogismo, discurso, enunciado no romance Ensaio sobre a cegueira

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1 Umaperspectivabakhtinianadedialogismo,discurso,enunciado noromanceensaiosobreacegueira SimonedasGraçasVitorino 16 Tudo que pode ser ideologicamente significativo tem sua expressão no discurso interior. Aquele que apreende enunciação de outrem, não é um ser mudo privado da palavra, mas ao contrário, um ser cheio de palavras interiores(mikhailbakhtin). Nainteraçãocomomundodasletras,representadapelapalavrao dialogismoteceainteraçãosocialdossujeitosquesepronunciam atravésdediscursos.eoteóricorussomikhailbakhtin(1979,p.6) afirmava que, a palavra é o signo ideológico por excelência; ela registraasmenoresvariaçõesdasrelaçõessociais.segundobakhtin, todo signo é ideológico; a ideologia é um reflexo das estruturas sociais; assim, toda modificação da ideologia encadeia uma modificaçãodalíngua(1979,p.5). Desde os primórdios os seres vivos, se comunicam e se relacionavam, eles se dividem em sociedade, em bandos, todos estabeleciamentresirelaçõesdialógicas.essarelaçãosedádoeupara ooutroeooutroparamim,segundobakhtinomundoeconstruídos designificadoscomuns,independentementedaposiçãoqueooutro ocupa,poiselessãoreconstruídosatravésdalinguagemaqualse 16 ProgramadePósGraduaçãopelaUniversidadedeRibeirãoPreto Unaerp. GraduadaemLetras(PortuguêsInglês). simonegvitorino@bol.com.br 43

2 comunicam.oestudiosomiotelloconclui;alinguagemeavidasão dialógicas.elaspartemdooutro,meconstituem.emisturados[eueo Outro]nosconstituímos,reconstituímosomundoealinguagem,nas relaçõessociais,nosentreveros,nosacontecimentos,alçadoscomo acontecimentoslinguísticos.(2009,p.8) AteoriaquepermeiaaconcepçãodoteóricoBakhtinéoprincípio dialógico. Ele afirma que a vida é dialógica por natureza. Viver significa participar de um diálogo: interrogar, escutar, responder, concordaretc.(1979,p.10).emestudosrealizadospordianaluzela resume que; Bakhtin concebe o dialogismo como o princípio constitutivo da linguagem e a condição do sentido do discurso. Examinase,emprimeirolugar,odialogismodiscursivo,desdobrado em dois aspectos: o da interação verbal entre o enunciador e o enunciatáriodotexto,odaintertextualidadenointeriordodiscurso (1994,p.2) Pretendendo estabelecer as relações de intertextualidade, e dialogia no romance literário, Ensaio Sobre a Cegueira de José Saramago o estudo será alicerçado em teorias bakhtinianas. Abordandoavisãodemundoeodiscurso,oqualospersonagenseo autorseinteragemdentrodaobra.segundoafirmaoteóricorusso; Aestruturaliterária,comoqualqueroutraestruturaideológica,refrataa realidadesocioeconômicaquegera,masofazaseumodo.aomesmo tempo,emseuconteúdo.(...)masaorefletilas,aliteraturaengendra novas formas, novos signos do intercurso ideológico (apud, MIEDVIÉDIEV&BAKHTIN,1978,p.18). Naintertextualidadecomaliteraturaoromancetrazaconstrução verossímil, que a arte literária expressa originalmente. Essas expressões vão qualificando em cada narrativa, a qual seus personagenspostulamsuasfalasedialogamentresitranspassandoao seuleitor,quevaicriandomúltiplossignificadosaotexto.bakhtin atribui esse processo de interação; a elaboração estilística da enunciaçãoédenaturezasociológicaeaprópriacadeiaverbal,àqual sereduzemúltimaanalisearealidadedalíngua,ésocial.cadaelo dessacadeiaésocial,assimcomotodadinâmicadasuaevolução 44

3 (1979,p.108)Oteóricorussosintetiza:Todapalavraéideológicae todautilizaçãodalínguaestáligadaàevoluçãoideológica.(idem) Considerando o título enunciado Ensaio sobre a Cegueira, analisandoaspalavrasnosentidoconotativo,nodicionáriobrasileiro Aurélio ensaio é treinamento, experiência, dissertar sobre determinadoassunto.oqueestáensaiandonãoestáfinalizado.e cegueiraqueéaausênciadeluz,éoestadodeestarcego,ignorância comoestánoaurélio.nanarrativaérepresentadoporexcessodeluz quefazospersonagensperderavisão. SegundoFiorin,aenunciaçãoéamaneirapelaqualoenunciador impõeaoenunciatárioumpontodevistasobreosacontecimentos narrados(1996,p.40).nasuaperspectivadialógicabakhtinafirma: O enunciado nunca é apenas um reflexo, uma expressão de algo já existenteforadele,dadoeacabado.elesemprecriaalgoporcimatem relaçãocomovalor(comaverdade,com,comabondade,comabeleza, etc.).contudo,algumacoisacriadaésemprecriadaapartirdealgodado (a linguagem, o fenômeno observado da realidade, um sentimento vivenciado,oprópriosujeitofalante,oacabadoemsuavisãodemundo, etc.).todoodadosetransformaemcriado(bakhtin,2006.p.326). AobradeJosédeSaramagodialogacomavisãodomundo.O escritor tem como medida o homem universal, a problemática metaforizadavividapelospersonagensnoromance,poisogrande problemadahumanidadeeoempobrecimentodevalorescoletivose aexaltaçãopessoal. [...]oromanceéarepresentaçãodavidaenunciaçãoedodiscurso.ele pintaodramadodiscursoconfrontandodiscursos[...]paraassimilar, argumentar, parodiar, estilizar, corroborar, condicionar, reportar, enquadrarouignorardeliberadamenteoutrosdiscursos.oromanceéo gênero metalinguístico por excelência. Em suas páginas interagem. línguasediscursos degrupossociaisvariadosoqueocaracterizaé, portanto, a sua discursividade variada. As palavras no romance são, comoaspalavrasnavida,conscientesdopanodefundo(bakhtin, 1997.p.255). 45

4 A abordagem mostra valores que o eu se condiciona em sua posição social, e o autor dialoga sobre essas diferenças sociais colocando em sua obra personagens caracterizados, pela profissão peranteasociedade.segundosaramago,quandofezoensaiosobrea cegueira,aspersonagenspoderiamnãoternome,masnãopoderiam deixar de se posicionarem. O pensamento do autor nos remete a intençãodialógicadeintertextualidadecomgilvicenteemsuaobra O Auto da Barca do Inferno, no qual personagens eram caracterizadosporcognomesusadosnasociedade.fiorindefineque, aintertextualidadeéoprocessodeincorporaçãodeumtexto em outro, seja para reproduzir o sentido incorporado, seja para transformálo(1994,p.30). EmumaentrevistaaFolhadeSãoPauloem2004,Saramagorelata sobreouniversodesemnomes,eaimaterialidadedocenário. A imaterialidadedocenário,limitomeadizer,aimpressãosumiriase aspersonagenseasruastivessemnome,setudopudessesercolocado emcategorias.oleitorcompreenderáqueoquealisepassatemaver diretamentecomele,precisamenteporparecernãoternadaavercom oquequerqueseja ( Omédicodisse,levantandoavoz,Tenhamcalma,nãoseprecipitem,aqui somosseispessoas,vósquantossois,hálugarparatodos.(...)dissea mulherdomédico,omelhorseráquesevãonumerando.(...)um,fez pausa,pareciaqueiaadizeronome,masoquedissefoi,soupolícia,ea mulherdomédicopensou,nãodissecomosechama,tambémsaberáque aqui não tem importância. Já outro homem se apresentava, (...) Sou motoristadetáxi,(...)souajudantedefarmácia,(...)soucriadadehotel (SARAMAGO,2006.p.66). Na Estética da Criação Verbal, Bakhtin defende o acento valorativoideológicoqueonomeestáimbuído; Tudooquemediz respeito, a começar por meu nome, e que penetra em minha consciência,vemmedomundoexterior,dabocadosoutros(damãe, etc.),emeédadocomaentonação,comotomemotivodosvalores deles.tomoconsciênciademim,originalmente,atravésdosoutros. (1997,p.378)Comoemumarespostadialógicacomoromancede Saramagoelesintetizaomundosemnomes,ondesóháapelidose 46

5 alcunhas.onomedascoisasétambémumapelido.nãodacoisaà palavra,masdapalavraàcoisa,apalavradáorigemàcoisa(1997, p.395). Naprocuradecompreenderosobjetosdeestudonaperspectiva bakhtiniana,trazendoasreflexõesparaaobraliterária,oqualpode apresentarváriasvozesdiscursivas,produzindoefeitospolifônicose monológicosnoromance.porémindependentementedasvozesque soam,edadiversidadedosgênerosbakhtinafirma,todoromance,em maior ou menor escala, é um sistema dialógico de imagens das linguagens, de estilos, de concepções concretas e inseparáveis da língua.alínguadoromancenãosórepresenta,maselaprópriaé objetoderepresentação.apalavraromanescaésempreautocrítica (1988,p.371).Esegundoorussoaexpressãodalínguasemanifesta, atravésdoenunciado. (Oromanceemseutodoeumenunciado,damesmaformaquearéplica do diálogo cotidiano ou a carta pessoal são fenômenos da mesma natureza);oquediferenciaoromanceéserenunciado(bakhtin,1997, p.281). O escritor da obra tem como medida o homem universal, as mazelasvividaspelospersonagens,parainstauraracarnavalização emsuaobra,ondeohomemsereduzaanimalizaçãodeatoseações. Ohomemdeixasuaracionalidade,transgrideordemsocial,morale nãocontrolaseusinstintoscarnais.seuspersonagenschegamaseus limitesdesuasobrevivênciaecomoelessecarnavalizam.quandoa sobrevivênciaeasquebrasdeordemdãolugarevozesaomundo fechado.acarnavalizaçãoqueocorrenoensaiosobreacegueira,na perspectivadebakhtinéumnovomododerelaçõeshumanas,oposto às relações sóciohierárquias todopoderosas da vida corrente. A conduta,ogestoeapalavradohomemselibertamdadominaçãodas situaçõeshierarquizadas(camadassociais,graus,idades,fortunas)(...) deslocadasdopontodevistadalógicadavidahabitual(1970,p.170). Seosentidoderesponsabilidadeéaconsequêncianaturaldeumaboa visão,masquandoaafliçãoaperta,quandoocorposedesmandadedore angústia,entãoéquesevêoanimalzinhoquesomos.(...)sealgumpudor 47

6 aindalhesficaradotempoquetinhamvividoemquarentena,erahorade perdêlo.(...)acocoradossobreaservas,entreoscaulesnodososdas couves,comasgalinhasàespreita,ocãodaslagrimaseramaisum. Limparamsecomopuderam,poucoemal,aunspunhadosdeervas,a unscacosdetijolo,aondeobraçoconseguialcançar,emalgumcasofoi pioraemenda(saramago,2006.p.243). Nos conceitos de Bakhtin o romance tenta aprender os relacionamentosideológicosinstauradosentreautordaobraeseus personagens,oqualeledizqueacontecenumprocessomonológicoe polifônico. Os romances monológicos utilizam vários personagens com posições ideológicas únicas para expressarem uma visão de mundosoberana,queéadopróprioautor,independentementede falaremaspersonagensexprimemavozdoautor. Não há em suas obras pluralidade de caracteres e de destinos desenvolvidos dentro de um único mundo, mas, verdadeiramente multiplicidadedeconsciência[...]cadaumadasquaispossuiseupróprio mundoesecombinaaquinaunidadedeumacontecimento,continuando semseconfundir.efetivamente(bakhtin,1970.p.10). No romance polifônico os personagens parecem ter ideologias autônomas,exprimindosuaprópriavisãodomundo,independenteda visão do autor. Porém Bakhtin afirma que não existem posições ideológicasabstratas,foradaspersonalidadesdospersonagenseque semprepermanecesubordinadoopontodevistaabsolutodavozdo autor,comoumavisãounânimeexpressapelavozdetodaasociedade. EparaBakhtinhádoiscasos;asideiasquesãoassumidasporseu conteúdo,eentãosãoverdadeirasoufalsas;ousãotidasporindíciosda psicologiadaspersonagens.aarte dialógica temacessoaumterceiro acimadoverdadeiroedofalso,dobemedomal(1997,p.8). (...)Cadaidéiaéaidéiadealguém,situaseemrelaçãoaumavozque carregaeaumhorizonteaquevisa.nolugarabsolutoencontramosuma multiplicidadedepontosdevista:daspersonagenseoautorquelhesé assimilado;eelesnãoconhecemprivilégiosnemhierarquia(1997,p.8). 48

7 AintertextualidadedialógicadaobradeSaramago Ensaiosobre acegueira,naqualsuaspersonagenstomamvozesemmeioauma incontrolávelcegueira,enessasvozesaparecemavozdoestadoque aparececomaideologiacontroladoraparaaconteceroquenãosesabe aocertooquerepresentaomalbrancoparaohumanidade. No romance a voz dialógica do Governo se manifesta pelo denominado Ministro que pode ser de várias ramificações governamentais.afaladoministroédeumaideologiamantenedora da ordem para o bem de toda humanidade e do controle da desconhecidacegueira.paraogovernoomalbranconãopoderia alastrarse mais para a sociedade, em a voz autoritária forma no discurso. Dooutroladootomfoicortante.Nãoprecisamos.Otelefonemudoude mão,avozquesaiudeleeradiferente.boastardes,falaoministro,em nomedogovernovenhoagradeceroseuzelo,estoucertodequegraçasà prontidão com que agiu vamos poder circunscrever e controlar a situação,entretantofaçanosofavordepermaneceremcasa.aspalavras finaisforampronunciadascomexpressãoformalmentecortês,porémnão deixavamqualquerdúvidasobreofatodeseremumaordem.omédico respondeu, sim senhor ministro, mas a ligação já tinha sido cortada (SARAMAGO,2006.p.42). AanunciaçãoautoritáriaéconfirmadanosestudodeBakhtinele afirmaque,seafalaéomotordastransformaçõeslinguísticas,elanão concerne os indivíduos; com efeito, a palavra é a arena onde se confrontam os valores sociais contraditórios. (...) A comunicação verbal, inseparável das outras formas de comunicação, implica conflitos, relações de dominação e de resistência, adaptação ou resistênciaàhierarquia,utilizaçãodalínguapelaclassedominante parareforçarseupoderetc.(1979,p.4). Saramagodentrodaconstruçãodesuaobranosfazenxergar,nos personagens do romance as relações dialógicas, o processo de constituiçãodossujeitosnarelaçãocomooutroatravésdalinguagem, eatémesmoarelaçãodepoderinconscienteouconscienteexercidas nessaideologia.paracompletaropensamentobakhtinianodianaluz 49

8 PessoadeBarrosdeclaraqueemtododiscursoéempregadoapalavra polifoniaparacaracterizarumcertotipodetexto.aqueleemqueo dialogismosedeixaver,aqueleemquesãopercebidasmuitasvozes, poroposiçãoaostextosmonofônicosqueescondemosdiálogosque constituem(1997,p.35). (...),Eumabatalha,Estamoscomonocasodascomidasedasmãescom criançasaocolo,nãochegaparasaberquempintou,mortoseferidos,é natural,maistardeoumaiscedotodascriançasmorrem,eossoldados também,eumcavalocommedo,(...)omedocega,dissearaparigados óculosescuro.sãopalavrascertas,jáéramoscegosnomomentoemque cegamos,omedonoscega,omedonosfarácontinuarcegos.quemestáa falar,perguntouomédico.umcego,respondeuavoz,sóumcego,éo quetemosaqui.entãoperguntouovelhodavendapreta.quantoscegos serãoprecisosparafazerumacegueira? Ninguémlhesouberesponder(SARAMAGO,p.131). Na construção de um texto, as tendências de pensamentos e acontecimentos, apercebidos pelo autor o qual o condiciona os personagens na sua percepção, que às vezes sua voz fica personalizadaeoutrasvezesdespersonalizada.bakhtinafirmaque,o discursodaspersonagensfazpartedodiálogo,representadodentro daobraemseutodo(1997,p.344).earelaçãodialógicaéumarelação de (sentido) que se estabelece entre enunciados na comunicação verbal(1997,p.345).segundooestudiosofiorinaspersonagensse opõemnocampodiscursivoaolongodoromance. Osdiscursosqueseopõemesedelimitamnoespaçodiscursivocriado peloromance,podemserveiculadospordiferentespersonagens;pela mesma personagem, ao longo do romance, representa dois ou mais discursosdistintos,oupelonarrador(1997,p.234). Aprotagonistaamulherdomédico,éumapersonagemaqual seusvaloresesuavisãoexcedemdoeuultrapassaramparaooutro. Elaassumeohorizonteconcretodooutro,elaviveparaooutro.A mulher do médico consegue compreender que um mundo é construídodesignificadoscomuns,independentedaposiçãoconcreta que um indivíduo ocupa ele sempre refletirá do eu e todos os 50

9 outros.bakhtinteorizacomooexcedentedevisãoquandoohomem contemplaforadesieasuafrentehorizonteconcretosefetivamente vividospordois.pormaispróximoqueelepossaestardooutro,ele sempre verá e saberá algo que o outro não poderá ver. E esse excedentedevisãosedápelolugarúniconomundoqueeleocupa,o condicionaaumacomparaçãoacadaumdosoutros(1997,p.43). Portanto, oexcedentedevisão dateoriadebakhtinéaminha visão(ouumpersonagem)comrelaçãoaooutro,instaurandouma esfera particular da minha atividade, isto é um conjunto de atos internosouexternosquesóeupossopréformararespeitodesse outroequeocompletamjustamenteondeelenãopodecompletarse (1997,p.44). Oexcedentedaminhavisãocontémemgermeaformaacabadado outro,cujodesabrocharrequerqueeulhecompleteohorizontesemlhe tiraraoriginalidade.devoidentificarmecomooutroeveromundo através de seu sistema de valores, tal como ele o vê; completar seu horizontecomtudooquesedescobredolugarqueocupo,foradele; devo emoldurálo, criarlhe um ambiente que o acabe, mediante o excedente de minha visão, de meu saber, de meu desejo e de meu sentimento(bakhtin,p.45). Em relação à protagonista e os outros personagens, a uma cumplicidade dela, de poder olhar para dentro do outro e ter o cuidadodeidentificaroqueopróprionãoidentifica.bakhtindizque assimcomoocorposeformaoriginalmentedentrodoseio(docorpo) maternoaconsciênciadohomemdespertaenvoltadaconsciênciado outroedefinirseenquantohomem,independentementedarelaçãoeu comooutroosquaissedãoostiposderelaçãoedesentimentos vividos.segundoosconceitosdebakhtinasrelaçõesentreossujeitos, quesãoindividualizadas,personalizadas:relaçõesdialógicasentreos enunciados,relaçõeséticas,etc.estasrelaçõesabarcamtodootipode relações personalizadas de sentido (semânticas). Relações entre as consciências,entreasverdades influenciamútua,aprendizagem, amor, ódio, mentira, amizade, respeito, admiração, confiança, desconfiança(1997,p.378). 51

10 Oprimeiromomentodaatividadeestéticaeavivência:eutenhodeviver (vereconhecer)aquiloqueestavivenciandoooutro,tenhodemecolocar noseulugar,comosecoincidissecomele(...).devoassumirohorizonte vitaldessapessoatalcomoelaovive,dentrodessehorizonte,contudo, hálacunasquesósãovisíveisdooutrover(bakhtin,1990,p.89). Pormeiodestetrabalho,podemosperceberqueavidaédialógica e que o universo da literatura, faz uma ponte para unir grandes ideologias.segundobakhtintudoéideológicopossuiumsignificado eremetealgosituadoforadesimesmo(1979,p.17).eaarteliterária desempenhaessacumplicidadedialógica,queanalisamosnoromance desaramagobaseadosnasteoriasbakhtinianas.edentrodasuateoria afirma, o discurso se molda sempre à forma do enunciado que pertenceaumasujeitofalanteenãopodeexistirforadessaforma (1997,p.293). O objetivo proposto no trabalho foi constatar a interação dialógica,quealiteraturaexecutounoromancecomseusdiscursos ideológicos,dentrodaobraensaiosobreacegueira.nelaaliteraturase dirigeanumcontextodiscursivopartindodoautorparaoleitor,onde alínguaésempreumintercâmbiosocialideológico.alicerçadosem estudosdebakhtin,podemoscompreendermelhorqueosignoverbal representa,atravésdalínguaecomoseposicionaosenunciados,não sónalinguísticaesuasramificações,mastambémnaarteliterária, pois o texto literário vem significar o que significa, uma arena dialógicaondeosgladiadoresdaexistênciahumanaseencontram.e segundomiotello,osignoverbalnãopodeterumúnicosentido,mas possui acentos ideológicos que seguem tendências diferentes, pois nuncaconsegueeliminartotalmenteoutrascorrentesideológicasde dentrosi(2008,p.172). Avidaédialógicapornatureza.Viversignificaparticipardeumdiálogo. (...).Elesepõetodonapalavra,eestapalavraentranotecidodialógicoda existênciahumana,nosimpósiouniversal(mikhailbakhtin). 52

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