HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA VOLUME I

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1 HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA VOLUME I Índice 02 Introdução à história e cultura africana 03 A África pela diáspora 06 Identidade em contraponto a pirâmide invertida 10 África no plural 22 Como podemos estudar a História da África? 23 Fontes orais 25 Fontes arqueológicas e bens culturais 40 Fontes escritas, manifestações artísticas e iconográficas 41 Filmoteca 43 Sites 44 Paradidáticos e literatura 47Referências Bibliográficas

2 INTRODUÇÃO À HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA Prezado leitor, Neste texto você encontrará discussões sobre os desafios do ensino de história e cultura africana. Ele se estrutura de modo a promover o debate de questões que comparecem ao estudo e ensino-aprendizagem da rica e complexa história do continente. Sendo assim, você poderá saber e pensar um pouco mais a respeito de algumas questões como: O que significa passar de uma África mítica a uma África real? O que seria uma visão negativista do continente? O que seria afrocentrismo ingênuo? E historiografia chamada de pirâmide invertida? Para pensar a hibridização cultural da África... A partir de quais fontes podemos estudar a história africana? Como abordar fontes orais em sala de aula? Podemos falar em reinos africanos? Quais os problemas e possibilidades de análise da história africana a partir de fontes arqueológicas? Os bens culturais nos permitem entender melhor a história e cultura africana? Quais as discussões em torno do uso de fontes artísticas, iconográficas e imagéticas? Veja, ainda: Filmoteca Sites Paradidáticos e literatura Referências bibliográficas Introdução à História e Cultura Africana Com efeito, a história da África, como a de toda a humanidade, é a história de uma tomada de consciência. Nesse sentido, a história da África deve ser reescrita. E isso porque, até o presente momento, ela foi mascarada, camuflada, desfigurada, mutilada (KI-ZERBO, 1982, p. 21).

3 1 - As estimativas sobre o tráfico de pessoas no atlântico são motivo de polêmicas entre os estudiosos. Tomamos como referência os dados apresentados por Eltis, Behrendt e Richardson (2000), que estimam cerca de africanos embarcados no continente africano, dos quais cerca de teriam chegado vivos aos portos americanos. 2 - Carlos Lopes é guineense. Sociólogo, especialista em desenvolvimento e PhD em História pela Sorbonne, atualmente é subsecretário da ONU tendo sob sua direção o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o PNUD. 3 - É instigante e paradoxal o exemplo de africanos que, convertidos ao catolicismo no Rio de Janeiro, tenham criado rituais como os de devoção às almas como maneira de intercederem simbolicamente pela salvação de seus parentes que haviam ficado na África e que passaram a ser considerados pagãos a partir dessa nova inserção e realidade religiosa vivida na diáspora. Para saber mais, veja em SOARES, 2000, p Elikia M Bokolo, congolês, é nascido em Kinshasa, República Democrática do Congo. Historiador mundialmente conhecido, é, diretor de estudos na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (Paris). É produtor da emissão radiofônica Memória de um continente (RFI) e professor de história da Universidade de Kinshasa. Dentre as diversas obras do historiador destacamse: Noirs et blancs en Afrique équatoriale (1981); L Afrique au XXe siècle, le continent convoité (1984), Au coeur de l ethnie, com Jean-Loup Amselle (1999). 5 - Carlos Moore tem dupla nacionalidade, ele é jamaicano e cubano. Etnólogo e cientista político, formou-se na Universidade de Paris-7, na França, como Doutor em Ciências Humanas e Etnologia. É chefe de Pesquisa na Escola de Estudos de Pós-Graduação e Pesquisa da University of the West Indies (UWI), Kingston (Jamaica). A África pela Diáspora O termo diáspora é utilizado para referirmo-nos ao processo de desenraizamento vivenciado por populações deslocadas de seus locais de origem, geralmente de forma violenta e forçada. A diáspora pode ser e efetivamente foi - vivenciada por diferentes populações de formas também distintas. A possibilidade de maior ou menor enraizamento e a multiplicidade de experiências sócio-culturais vivenciadas na nova morada são alguns dos elementos que delimitam essas diferenças, ao longo da história. Entre os séculos XVI e XIX, mais de 11 milhões 1 de africanos foram trazidos à força para as Américas, para trabalharem como escravos. No Brasil, entre 1550 e 1850, aproximadamente, teriam desembarcado entre 3,6 e 5,6 milhões 1 de africanos. Ainda que as estimativas apresentem grandes variações, é inegável que este processo configurou-se como um dos maiores movimentos diaspóricos dos tempos modernos. Essas populações africanas na diáspora vivenciaram não somente a violência da viagem transatlântica no julgo do tráfico negreiro para as Américas, mas toda a rede de usurpações sofridas no processo escravizatório. Podemos considerar populações na diáspora tanto os africanos que aportaram na costa do continente americano, quanto também todos aqueles considerados seus descendentes. Essa população, em geral, possui registros culturais elaborados na ligação simbólica que se estabeleceu em terras americanas com seu território ancestral. Grande parte desses registros culturais passou a ser partilhado por grupos de diferentes origens e referências étnico-culturais, a partir de séculos de convivência, nem sempre harmoniosa. Podemos dizer que as culturas diaspóricas, como de resto todas as culturas, são híbridas, permeáveis. Não é diferente para o caso das culturas afrodescendentes. O pesquisador africano Carlos Lopes 2 defende a importância da compreensão e do estudo das culturas diaspóricas para entendimento do que é, hoje, a África. Segundo ele, não é somente importante que o Brasil compreenda a história da África, mas que a África compreenda a história das populações africanas na diáspora 3 como pressuposto de estudo de sua própria história. Recuperando o historiador Elikia M Bokolo 4, Carlos Lopes afirma, em entrevista à Revista Palmares, que Os africanos do continente têm que aceitar que as diásporas têm a outra metade da memória. Carlos Moore 5 nos convida a compreender as complexas formas de percepção da África na diáspora, sobretudo o desafio da passagem de uma África mítica a uma África real, capaz de subsidiar lutas dos diferentes

4 povos da África em prol de sua emancipação social, política e também cultural. Segundo o autor: Durante muito tempo, as diásporas africanas escravizadas no exterior tiveram de forjar uma visão idílica desse continente para existir, resistir e se manter. Por razões evidentes que têm a ver com a brutalidade com a qual a África viva foi arrancada dos africanos escravizados no exterior da África -, a imagem que se tem desse continente, elaborada carinhosamente pelo imaginário dos deportados, via de regra, foi uma idealização. Para preservar o rico legado ancestral que nos permitiu atravessar o horror de viver em estado de escravidão racial nas Américas por mais de quatro séculos, foi necessário idealizar essa África da qual tínhamos sido arrancados para sempre. A África aparece, nessa visão, como um lugar quase sem tensões internas ou contradições inerentes à sua própria experiência histórica (MOORE, 2008, p ). 6 - De acordo com Lopes, 1995, na busca de fatos produtores de uma projeção da superioridade da África, alguns autores africanos compararam os feitos históricos africanos ao que de melhor se considerava ter sido produzido por outras regiões do mundo: assim se inventaram nobres, heráldica, descobertas; promoveramse a heróis continentais personagens de História local; reivindicou-se o Egito e quase se chegou ao embranquecimento pictorial de fisionomias negras, numa réplica desafiante aos pintores europeus. (Lopes, 1995). A história da chamada sociedade africana pré-colonial foi abordada de maneira idílica e harmoniosa, contrapondo-se à história do período colonial. Os autores mais afeitos à ideia da superioridade africana, segundo Lopes, no afã de afirmação da África e do valor de sua história e cultura reduziram a complexidade africana, mas, evidentemente, tiveram papel importantíssimo para superação do suposto de condenação e inferioridade que marcou a historiografia anterior, preparando terreno para uma historiografia crítica, mais vigorosa e compreendida pela problematização, em finais do século XX e início do XXI. Essa idealização, que Carlos Moore atribui a uma necessidade mesma de sobrevivência física e cultural tem seus desdobramentos, inclusive nos processos educativos que se põe em marcha no Brasil contemporâneo. Isso se torna visível, por exemplo, em práticas pedagógicas que em benefício da legítima e urgente valorização da história e cultura afrobrasileira e africana omitem dados, análises e contribuições reflexivas sobre a sua história e cultura, com vistas a combater a visão negativa perpetuada durante anos nos processos educativos. Assim, em benefício de uma legítima positivação, o que ocorre muitas vezes é a idealização da África e suas heranças. Este texto é um convite a que você, professor/a, procure repensar as percepções ingênuas construídas sobre a África e os africanos (também da diáspora), rompendo tanto com aquelas ideias que informavam um continente e seus povos como símbolos natos de destruição, maldição e ruína o chamado afro-negativismo -, quanto também aquelas percepções que, em benefício da necessária positivação, silenciaram na escola o estudo das contradições e conflitos observados na história do continente e ainda hoje presentes em sua realidade (como a corrupção, a subserviência política, o julgo europeu e asiático com submissão econômica e cultural, a miséria e as guerras, entre outros). Embora tais mazelas não devessem ser generalizadas para todo o continente, ignorá-las - ou até justificá-las - pode conduzir a um afrocentrismo ingênuo, por vezes transformado naquilo que Carlos Lopes chamou de tese da superioridade africana 6. Este

5 texto é também um convite a pensar melhor no valioso cultivo do nosso sentimento de pertença à experiência do continente africano, sentimento que liga a África e os africanos ao Brasil por laços históricos conhecidos, mas ainda não totalmente compreendidos ou valorizados. A recomposição do imaginário sobre a África é também parte importante da implementação de programas educativos que, centrados no ensino de história e cultura africana e afro-brasileira, voltam-se à promoção de uma (re)educação das relações étnico-raciais, em nosso país. Tal perspectiva, no entanto, precisa se pautar pela busca de uma compreensão real da história e da cultura dos povos africanos e afro-descendentes. No nosso caso, é significativa a abordagem da história africana do ponto de vista de suas relações com o Brasil, sem ingenuidades ou supressões, mantendo, evidentemente, a positivação como suposto educativo, mas sem idealizações acerca da África, da rica ancestralidade que nos liga, dos laços contemporâneos, enfim, de sua/nossa história. É a partir da aposta de que é possível e necessário reconstruir imagens estereotipadas qualquer que seja sua perspectiva que este texto se orienta. Esperamos que ele possa representar um efetivo convite à reflexão crítica e à elaboração de propostas pedagógicas inovadoras. Mas para isso, é preciso compreender alguns dos pressupostos e argumentos que estão presentes tanto na tese da inferioridade africana quanto naquela que, visando ultrapassar essa visão, erigiu uma pirâmide invertida, como nos diz Carlos Lopes. Em Sala de aula Se objetivamos desconstruir estereótipos e caminhar em direção a uma visão mais realista do continente, na perspectiva de sua diversidade, é importante, em primeiro lugar, investigar as representações que os alunos carregam acerca do continente. Pode-se, então, iniciar os estudos sobre o continente africano propondo que os alunos descrevam o que pensam sobre a realidade africana, que tipo de imagens vêm à sua memória, o que sabem sobre a história e a geografia desse continente (é comum que identifiquem a África como um país e não se dêem conta de que trata-se de um continente, constituído por mais de 50 países). Outra alternativa consiste em levar para sala de aula um conjunto de imagens do continente (imagens diversas, que mostrem tanto as mazelas econômicas e sociais quanto a riqueza das diferentes formas de organização política, econômica e social, com sua diversidade sóciocultural, sua produção artística, etc; da mesma forma, tanto imagens que evidenciem as belezas naturais, com

6 7 - Um famoso professor da Universidade de Oxford, Sir Trevor-Hoper, afirmou, em 1963, não haver uma história da África subsaariana, mas tão-somente uma história dos europeus no continente, porque o resto era escuridão, e a escuridão não é matéria da história (SILVA, 2003, p.229). Será mesmo que a história da África somente passou a existir com o contato europeu? O que você pensa a respeito? sua grande diversidade de paisagens, quanto aquelas que mostrem a destruição de florestas, queimadas, uso não sustentável das riquezas, etc.), em comparação e similitude a outras partes do mundo (também neste caso, mostrando situações diversas, imagens que enfatizem tanto aspectos positivos quanto negativos). Pode-se propor aos alunos que selecionem aquelas imagens que acreditam referir-se ao continente africano e aquelas que pensem referir-se a outras realidades. A partir do levantamento dessas imagens e representações pode-se começar a discutir em sala de aula a origem de tais representações e as razões do predomínio de equívocos e estereótipos. Enfim, propor que reflitam sobre as representações construídas, como forma de convidá-los a problematizar e rever parte dessas representações. Identidades em Contraponto: Da Tese da Inferioridade à Pirâmide Invertida 8 - O pensamento científico do século XIX, voltado ao estudo das populações humanas e posteriormente identificado como racismo científico, estruturou-se a partir da antropologia criminal, da biometria e da eugenia. Fundamentado no pressuposto da hierarquização das raças pela tipologia física e psicológica, esse pensamento foi superado ao longo do século XX, mas norteou ações médico-políticas contra grupos humanos, com repercussões no pensamento social, na estruturação de políticas de estado e na formulação pedagógica em diferentes países do mundo. 9 - O que existem são diferenças genéticas, culturais e físicas que são expressões de como somos diversos uns dos outros, sendo que cada agrupamento humano e, mesmo, cada indivíduo, pode ser considerado portador de qualidades e capacidades próprias, singulares. Portanto, as diferenças são reais entre os humanos de todos os continentes ou sociedades. Contudo, elas não podem ser parâmetros para hierarquizações, ou seja, para que pensemos que alguns grupos humanos são melhores do que outros por causa de suas características físicas ou suas manifestações culturais. Não é de hoje que vem se forjando a tese da inferioridade africana. Hegel, no século XIX, já postulara que A África não é uma parte histórica do mundo. Não tem movimentos, progressos a mostrar, movimentos históricos próprios (HEGEL, citado por ARNAUT e LOPES, 2005). Essa idéia foi mantida praticamente intocada, inclusive nos meios acadêmicos 7, pelo menos até meados do século XX. E mesmo nos dias atuais ainda é comum (embora não seja aceitável) que os africanos sejam descritos como não civilizados, pouco afeitos ao trabalho intelectual e, nesta tradição, considerados incapazes de pensar a sua própria história. Muitos livros didáticos no Brasil contribuíram para reforçar essa idéia, especialmente porque divulgaram imagens de africanos como sujeitos inteiramente dominados e oprimidos pelo processo de escravização. Essa representação sustentada também por concepções pretensamente científicas 8 do século XIX - contribuiu muito para difusão da idéia de que as sociedades africanas são incapazes de se autogovernar, por serem associadas a atributos como os de ingenuidade ou primitivismo. Felizmente, lutas sociais e políticas e também embates científicos têm permitido a superação destes postulados relativos ao que seria uma inferioridade genética ou inata dos africanos, considerando que não existe inferioridade ou superioridade racial Mas, se não há raças do ponto de vista biológico, há ainda racismo em diferentes partes do planeta, inclusive no Brasil. Assim, se como operadores biológicos que justifiquem hierarquizações, as idéias em torno do conceito de raças humanas perderam validade e credibilidade científica e também social, as classificações raciais são ainda, infelizmente, critérios utilizados no

7 pensamento e vivência social para discriminar, excluir e impedir o acesso a bens e direitos. Mas a idéia de raça não tem sido apropriada apenas numa perspectiva de hierarquização e conseqüente inferiorização de alguns grupos humanos -, nas formas como opera o racismo. Ela também tem sido utilizada - em meio a polêmicas e controvérsias como estratégia de afirmação de identidades negadas e silenciadas por séculos, como é o caso da identidade negra. Assim, mesmo reconhecendo a inexistência de raças, do ponto de vista biológico, muitos grupos reivindicam um pertencimento étnico-racial, afirmando a validade desse conceito do ponto de vista social, enquanto estratégia de mobilização e luta. Esse movimento de afirmação e valorização da identidade negra, a partir da idéia de pertencimento étnico-racial, também tem história, uma história que se liga às lutas travadas por africanos nos processos de emancipação política e por afro-descendentes da diáspora, espalhados por diferentes partes do mundo. Foi no contexto de luta anti-colonialista que se forjou o que chamamos de pan-africanismo, ideologia política criada fora da África que predicava que a Diáspora e a África tinham um destino comum. Dessa forma, a emancipação dos afro-americanos, por exemplo, estava vinculada à emancipação dos povos do continente e vice-versa. De acordo com Carlos Lopes, Os africanos têm muita dificuldade em aceitar a identidade que não seja a pan-africana. Isso tem a ver com a história política do continente. Porque os africanos tiveram que afirmar a sua identidade em contraponto. A práxis identitária africana é o contraponto. Existe toda uma literatura, uma produção de mídia, uma produção artística de inferiorização do africano. Ele sente necessidade de fazer aquilo que chamo de pirâmide invertida. Faz tudo ao contrário e inverte a pirâmide. O que é mau passa a ser bom, o que é bom passa a ser mau. Ele sobrevaloriza as coisas africanas e subvaloriza a influência externa, que também está presente. Os africanos são diversos, embora tenham dificuldades em aceitar isso. Mesmo o africano que não é negro tem de se posicionar para defender sua identidade. Ele quase rejeita as outras características do padrão, para se expressar dos pontos de vista intelectual, artístico e identitário. (...). Esse debate será ultrapassado aos poucos. À medida que vão ocorrendo as discussões sobre a questão das identidades, começa-se a admitir que

8 a África contemporânea é de fato uma mistura, como todos os países e continentes o são. (LOPES, 2004, p. 1). O conceito de pirâmide invertida, como nos diz Carlos Lopes, diz respeito a esse processo de afirmação de uma superioridade africana e, junto a isso, de uma suposta homogeneidade ou de que os africanos teriam, naturalmente, algo em comum. Esse algo passa a ser, muitas vezes, a raça negra, enquanto uma identidade comum. Outro pensador africano crítico aos usos e apropriações do conceito de raça é Kwame Anthony Appiah. Dialogando com o movimento pan-africanista, este filósofo também nos adverte sobre os riscos do apelo ao conceito de raça, mesmo que numa perspectiva social, vir a contribuir para um congelamento, fixação, essencialização e homogeneização de uma identidade negra. A raça nos incapacita porque propõe como base para a ação comum a ilusão de que as pessoas negras (e brancas e amarelas) são fundamentalmente aliadas por natureza e, portanto, sem esforço; ela nos deixa despreparados, por conseguinte, para lidar com os conflitos intraraciais que nascem das situações muito diferentes dos negros (e brancos e amarelos) nas diversas partes da economia e do mundo. (APPIAH, 1997: 245) As situações muito diferentes dos negros (e de quaisquer outros grupos), como nos lembra Appiah, são fruto de processos históricos diversos. Assim, se é fato que a experiência do racismo constitui um elemento de identidade entre grupos que, historicamente, foram discriminados e inferiorizados em função de seu fenótipo ou de sua ancestralidade comum, também não se pode ignorar que as experiências sociais vivenciadas por indivíduos desses grupos são diversas e não se restringem às opressões e discriminações do racismo. E as diferentes experiências históricas, que levaram às tais situações muito diferentes, a que se refere Appiah, precisam ser conhecidas e estudadas, se queremos efetivamente caminhar no sentido de uma compreensão da complexidade e diversidade que caracteriza o continente africano. É preciso considerar que há desdobramentos significativos dessas questões no cenário educativo brasileiro atual, quando vivenciamos o processo de investimentos em uma educação anti-racista ou educação das relações étnico-raciais. É comum encontrarmos professores que optam por estudar a história e cultura africana resgatando a mitologia e a literatura africana,

9 10 - J. D. Fage no livro História Geral de África, volume 1, organizado por Ki-Zerbo, traça interessante panorama sobre a historiografia africana. Apresenta uma análise dos estudos históricos da África, desde as antigas concepções orientalistas européias até a sua reformulação atual e recente depois da ascensão dos movimentos negros e do póscolonialismo, passando pela historiografia arábica e pela chamada produção autóctone. O capítulo está disponível no site Africanidades; História da África e culturas tradicionais africanas. In: historiografia-africana.html 11 - Este depoimento é parte dos dados apresentados na pesquisa de Doutoramento intitulada Saberes e práticas em Redes de Trocas: a temática africana e afro-brasileira em questão, desenvolvida por Lorene dos Santos, junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da UFMG, Carlos Moore alerta para a carência de material didático sobre a África, em língua portuguesa e espanhola. Segundo nos diz, esta questão não será resolvida tão cedo, considerando que a tradução e publicação das obras estão submetidas a considerações de mercado e da política das grandes editoras. Corre-se o grande risco de que se privilegiem para a tradução em língua portuguesa, precisamente, obras preconceituosas ou desatualizadas, situação com a qual haverá que coexistir durante um longo tempo (MOORE, 2008, p ). Chama ainda a atenção para a necessidade de que as obras se estruturem como um painel pluridisciplinar de especialistas com comprovada familiaridade com as realidades africanas e com sólidos conhecimentos da bibliografia sobre o continente. Os especialistas seriam aqueles que conhecem a África a partir de dentro, ou seja, de suas cosmogonias, línguas e estruturas que moldaram aquelas sociedades ao longo da mais extensa história do planeta (idem, p.202), com o necessário rigor crítico em contraponto ao pensamento marcado pela apologia sistemática do passado (idem, p. 204). No campo didático, seria significativo, ainda segundo o mesmo autor, cultivar a empatia para com o com vistas a favorecer uma valorização da herança e produções culturais africanas. Esse movimento, instigante e inovador, sobretudo para os estudantes, pode e deveria - ser acompanhado de análises históricas e sociológicas do continente, o que nem sempre ocorre. Essa exclusão da análise propriamente histórica e sociológica tem, por vezes, contribuído para um retorno ao que seria uma África ancestral, mítica, a-histórica ou compreendida apenas por seus traços considerados valiosos no seio da positivação da auto-estima dos brasileiros afro-descendentes. Da mesma forma que na historiografia 10 há o que se chama de pirâmide invertida, também nas práticas educativas se tem observado movimento semelhante. Se num primeiro momento de positivação das identidades e histórias sub-valorizadas essa estratégia possa ser instigante, por outro lado, ela pode ser capaz de gerar representações equivocadas e idealizadas acerca da África, funcionando, na verdade, para impedir a compreensão crítica e o posicionamento reflexivo dos alunos a respeito da história, da cultura e da relação Brasil-África. Sem a intenção de desqualificar práticas educativas voltadas ao trabalho com história e cultura africana e afro-brasileira, precisamos nos debruçar sobre o que tem sido ensinado aos estudantes, neste momento, para entendermos as implicações disso quanto ao alcance de nossos objetivos. Vale a pena, então, refletirmos sobre o que diz uma professora a respeito da história da África. [...] Eu mostrei isso prá eles, que naquela época, as tribos, os primeiros negros eles eram reis e rainhas, moravam em palácios, eles tinham os escravos deles, mas dentro da tribo deles lá, os egípcios, os escravos não eram pessoas que eram judiados não, era como a organização das abelhas, os trabalhadores, todos tinham a sua hierarquia, todos eram respeitados dentro da sua hierarquia, ninguém sofria nem era maltratado, eles eram chamados de escravos, mas na verdade eles eram servidores, né, dos reis e rainhas [...] 11 É necessário primeiramente compreender os depoimentos dos professores a partir das dificuldades que vários deles têm de acesso a bibliografia 12 atualizada e reflexiva a respeito da História Africana. Mesmo em cursos de formação, muitos estereótipos ou formulações equivocadas são veiculados. Tomamos também os depoimentos como significativas maneiras pelas quais os professores se expressam a respeito do tema, posicionando-se neste contexto de aproximações com a história do continente e de experimentações de abordagem da África. Este depoimento permite que façamos reflexões muito instigantes a

10 continente e sua história, estimulando a sensibilidade em relação aos povos e culturas africanos, numa abordagem também pluridisciplinar. (idem, p.206) Carlos Moore chama a atenção para fatores que devemos considerar para abordagem histórica complexa quanto à África, quais sejam a sua extensão territorial ( km2), o que corresponde a cerca de 22% da superfície terrestre; a topografia variada, com savanas, regiões desérticas, semidesérticas, altiplanos, planícies, regiões montanhosas e imensas florestas, a mais longa ocupação humana de que se tem conhecimento (cerca de 2 a 3 milhões de anos até o presente) e a existência e interação de mais de povos com diferentes modos de organização socioeconômica e de expressão tecnológica (MOORE, 2008, p ) Leia o que nos diz Carlos Lopes Os africanos são diversos, embora tenham dificuldades em aceitar isso. Mesmo o africano que não é negro tem de se posicionar para defender sua identidade. Ele quase rejeita as outras características do padrão, para se expressar dos pontos de vista intelectual, artístico e identitário. Por isso é que escritores como Mia Couto, José Eduardo Agualusa, Pepetela, Ondjaki são muito interessantes: estão na fronteira da discussão identitária. São pessoas que estão muito bem na sua pele. E isso incomoda um bocado, porque não é o padrão. E eles também não se estão a reivindicar como negros puros. Esse debate será ultrapassado aos poucos. À medida que vão ocorrendo as discussões sobre a questão das identidades, começa-se a admitir que a África contemporânea é de fato uma mistura, como todos os países e continentes o são. Entrevista a Deborah Dornelas Correio Brasiliense, 18/12/2004, disponível em org.br/pnud_midia/ visualiza. php?lay=pmiv& id14=157. respeito dos desafios educativos postos neste momento de positivação. O movimento de naturalização das relações sociais é um dos pontos mais importantes a serem superados. A comparação entre as organizações sociais africanas e a organização das abelhas é uma analogia que expressa, em alguma medida, esta armadilha colocada ao professor na tentativa de diferenciação entre o escravismo na África e o escravismo moderno. É evidente que o recurso utilizado não permite expressar esta diferença. Não é transformando as relações sociais africanas em relações naturais que estas particularidades serão melhor compreendidas. O mesmo vale para a afirmação de que o que era praticado na África não era escravismo, outra mostra de que faltam a muitos professores informações e elementos históricos para proceder à positivação, mas sem negar aos alunos o estudo crítico e reflexivo da História e Cultura Africana, também com seus embates e com suas ruínas. Em outras palavras, nunca podemos perder de vista que as sociedades africanas são sociedades humanas: cultural e historicamente estruturadas. Este exemplo pode ser bastante significativo dos problemas que hoje enfrentam os professores em suas tentativas de positivação desta história, mas com pouco acesso a informações e análises mais substantivas. Prevemos, portanto, um movimento educativo que não abra mão de todos os recursos da positivação da história e cultura africana (em que se incluem a apreciação estética e ética dos registros culturais africanos e afro-descendentes), sem prescindir da análise e compreensão empática, e também crítica da trajetória histórica do continente e de sua atual situação. África no Plural Na África vivem em interação cultural mais de povos diferentes 13, que possuem os mais variados modos de organização sócio-econômica, política e cultural, contando também com uma infinidade de fluxos migratórios populacionais e trocas entre povos nas mais diferentes fronteiras e espaços do continente. Podemos compreender as mais variadas dinâmicas culturais que se estabeleceram, se estabelecem e se recriam cotidianamente no continente. É interessante, então, que pensemos na África como um continente complexo e plural, em que a marca mais forte é a diversidade sóciocultural. Várias Áfricas 14, várias culturas! Uma África que chegou ao século XXI tendo vivenciado muitas histórias, algumas cheias de conflitos e opressão... outras, produzidas na vivência cotidiana, em grupos de convívio e em família, uma vida feita por pessoas reais que têm visões de

11 15 - Escritora Nigeriana, nascida em 1977, autora de romances como Meio sol amarelo, Editora Asa, que ganhou o prêmio Orange Prize, 2007; e La flor púrpura, 2005, Editora Debolsillo, Barcelona 16 - Muita gente acha que a África tem uma expressão cultural relativamente homogênea (uniformemente e igualmente verificada em todo o continente), definidora do que seria uma identidade do africano. É comum ouvirmos narrativas acerca do que é ser africano, como se fosse possível esclarecer, em algumas palavras, essa marca de identidade. Essa idéia, largamente difundida ainda hoje, não ajuda a entender a África e suas expressões culturais. Alguns movimentos de afirmação da positividade negra também lançaram mão, sobretudo nos momentos instituintes de luta e por estratégia política, desse pressuposto de um padrão cultural do que seria ser africano Você sabia, por exemplo, que os Dogon, uma etnia africana, muito antes do advento das explicações científicas européias, sabiam que a Terra gira em torno de si e do Sol? (LOPES, 1995, p.23) O conceito de etnocentrismo relaciona-se à estranheza seguida de repulsa que ocorre no encontro entre sujeitos ou entre dois ou mais grupos sociais diferentes, gerando uma polarização entre o eu ou nós e o outro. A perspectiva etnocêntrica configura-se quando o eu ou nós é pensado como verdadeiro, real ou melhor, sinônimo de avanço, modo de vida ou regra superiores, enquanto o outro é visto e pensado como algo exótico, excêntrico, anormal, primitivo, enfim, inferior. Segundo Laraia (1986), O fato de que o homem vê o mundo através de sua cultura tem como conseqüência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural. Para este autor, o etnocentrismo é um fenômeno universal, sendo comum a crença de que a própria sociedade é o centro da humanidade, ou mesmo a sua única expressão. No entanto, em casos extremos, o etnocentrismo é responsável pela ocorrência de numerosos mundo, identidades culturais e relações peculiares com a natureza e com o seu passado histórico. Nenhuma dessas pessoas ou grupos, isoladamente, contudo, explica por si a história do continente. É preciso olhar para as várias histórias para entender a(s) história(s) da África, conforme nos propõe a escritora nigeriana Chimamanda Adichie 15, em O perigo de uma única história. Se entendemos por cultura o conjunto de experiências e manifestações vivenciais expressas por um grupo na sua relação de mediação com o mundo, podemos, então, pensar que a África possui uma variedade bastante grande de culturas. Seu perfil cultural não pode, por isso, ser reduzido a uma identidade única 16, como se existisse uma essência africana. Como já dissemos, a África é um continente portador de muitas expressões culturais, que podem variar conforme a matriz cultural ou origem do grupo, conforme a região, a organização social, política, e, mesmo, de acordo com as relações que os grupos estabelecem com o meio ambiente. As variações são inúmeras e sabemos que a tentativa de construir uma identidade africana levou a minimizar-se e a desprezarse a enorme diversidade cultural desse continente, expressa em sua medicina, filosofia,astronomia 17, matemática e nas manifestações artísticas e arquitetônicas, por exemplo. Enfim, toda identidade humana é construída e histórica (APPIAH, 1997). No entanto, é comumente difundida a idéia de que a África é um continente em permanente guerra, assolado por miséria, fome e terríveis doenças. Da mesma maneira, difunde-se que o continente africano é um cenário de paisagens naturais exóticas e inexploradas: desertos despovoados, savanas cheias de leões e elefantes e paisagens à espera de aventuras e safáris. Não é raro que encontremos pessoas que imaginam um continente envolto em misticismo, com uma população envolvida com crenças primitivas ou amaldiçoadas, ou de pessoas produtoras de uma arte grosseira e primitiva. Difundidas geralmente por documentários, jornais e revistas, e até mesmo na escola, essas representações estereotipadas a respeito do continente e dos africanos orientam-se pela desinformação e pelo etnocentrismo 18 que pautou a relação, sobretudo da Europa com a África, nos últimos séculos. Nessas representações um fato isolado é tido como significativo para compreensão da história e cultura de todo o continente. Assim ocorrem com as guerras civis, as doenças e a fome que, simbolicamente, expressam o que seria a face do continente, a sua marca. Embora problemas sociais, políticos, econômicos e culturais evidentemente existam na África, precisamos evitar tomá-los como a única forma de compreender o continente. Algumas pessoas tentam ver tendências africanas inatas para a guerra civil, o que é incorreto; outras tributam até

12 conflitos sociais e esteve na base de opressões e dominações históricas, como a que ocorreu a partir das expansões ultramarinas européias, e da conseqüente estruturação dos sistemas colonialistas e imperialistas, nos continentes americano, africano e asiático, entre os séculos XV e XX Fato recente que escandalizou o Brasil e exigiu retratação foram os comentários do Cônsul do Haiti no Brasil, George Samuel Antoine, que ao se referir ao terremoto que destruiu o país, em janeiro de 2010, o avaliou como uma tragédia boa para que o Haiti fique conhecido. Na sequência, disse: Acho que de tanto mexer com macumba, não sei o que é aquilo... O africano em si tem maldição. Todo lugar que tem africano lá tá f... ( noticias.terra.com.br/mundo/ noticias/ 0,,OI EI14687,00.html) A declaração foi ao ar pelo SBT em 14 de janeiro logo após a tragédia. Boa parte da população do Haiti pratica o vodu, prática religiosa que reúne traços do catolicismo e de vodu africano. Esta declaração do Cônsul (residente no Brasil há 35 anos), reprovável em todos os sentidos, reproduz ideia muito comum no Brasil de que africano tem maldição. Ela expressa o quão distante estamos de uma compreensão mais alargada das dimensões plurais da cultura e identidade e dos registros de origem africana no mundo, desconhecendo o drama vivido por populações afro-descendentes na diáspora. De forma semelhante, muitos praticantes do candomblé e da umbanda no Brasil vivenciam o preconceito contra suas práticas e crenças religiosas. Este tema é abordado no módulo Culturas afro-brasileiras. mesmo uma maldição 19 a populações de origem africana. Essas idéias absurdas foram e são ainda difundidas, sobretudo desde a intensificação da relação da Europa com o continente, durante o longo processo de colonização da África; expressam uma noção negativa que se tentou passar à história como justificativa para a violência imposta ao continente. Por várias destas razões, há pessoas que supõem que as populações africanas não têm cultura nem história ou, no máximo, teriam desenvolvido apenas formas primitivas de organização social e política e de produção cultural. Diferentemente, podemos entender quase todas as guerras civis que assolaram e ainda assolam o continente como resultantes de um complexo processo de agressão cultural, política e material vivenciado pelas populações africanas durante séculos, sobretudo a partir da colonização. Isso não quer dizer que não existiam guerras e conflitos em África antes da chegada dos europeus. Mas se estudarmos com maior cuidado boa parte dos conflitos mais recentes, veremos não raízes inatas para a guerra, mas sim o resultado das experiências de violência sofridas pelos africanos também a partir do contato com outras culturas e povos. Alguns deles são resultantes do aprofundamento de antigas guerras historicamente travadas entre grupos africanos em disputa por territórios e riquezas, como se vê em outros continentes, mas que em África se perpetuaram ou se acirraram em função dos sistemas de dominação e expropriação sofridos pelo continente. O mesmo exercício de discernimento vale para o caso das expressões culturais africanas, tidas por vezes como inferiores, atrasadas ou primitivas. As culturas africanas, por serem diferentes de culturas como as européias, foram muitas vezes classificadas erroneamente como inferiores ou bárbaras. Elas são diferentes, inclusive entre si, movidas por formas expressivas próprias, que também se transformam ao longo dos tempos. Pense nisso sempre que você se deparar com uma imagem, texto ou representação sobre a África e suas culturas. Em Sala de aula Lembre-se que é importante contextualizar imagens que mostrem a produção cultural africana, procurando saber a época e local em que foram produzidas, o contexto sóciohistórico e o nome do povo ou grupo étnico responsável por sua produção, incluindo, sempre que possível, alguma referência sobre este povo e o contexto em que vive/viveu. Mesmo aquelas imagens que ressaltam a beleza e riqueza

13 cultural de produções africanas, quando apresentadas de forma genérica e sem contextualização, contribuem para reproduzir uma idéia de homogeneidade cultural do continente, o que deve ser sempre evitado. No afã de positivar a história da África, alguns professores apresentam referências culturais produzidas em contextos específicos como representativas do continente, o que, ao invés de favorecer o estudo e análise da história e cultura africanas, reduzem-nas a estereotipias ou modelos únicos para um continente tão complexo e diverso Híbrido vem sendo utilizado, sobretudo pela crítica pós moderna preferentemente ao termo mestiçagem, pois segundo García Canclini, mestiçagem pode camuflar a manutenção de uma identidade fundada na homogeneidade, preocupada em integrar os grupos marginalizados, mas sempre de acordo com as concepções dominantes da identidade nacional ou de um projeto político de nação excludente, mas sob rótulo de mestiça. O conceito de hibridização cultural permite considerar o respeito à alteridade e a valorização do diverso. As identidades são neste arcabouço teórico-conceitual compreendidas em processo de construção e desconstrução, não como suportes estáveis, fixos e avessos aos contatos. Algumas manifestações culturais africanas foram misturadas às manifestações culturais daqueles povos com os quais a África entrou em contato na história como é o caso de expressões européias e islâmicas, por exemplo. Dessa forma, a África pode ser entendida como um mosaico de expressões culturais, em que subsistem, lado a lado, culturas africanas praticamente reservadas do contato com outras manifestações e também e com maior freqüência as chamadas culturas híbridas 20, quer dizer, aquelas que nasceram do contato cultural de povos de diversas origens nesses séculos de história. Veja, a seguir, algumas imagens do continente africano que podem instigar você a pensar a diversidade de elaborações culturais africanas, os inúmeros intercâmbios com povos e grupos diversos que chegaram ao continente, assim como sua diversidade ambiental, caracterizada pela existência de distintas paisagens naturais. Mas atenção: as fotos apenas exemplificam essa diversidade, sem qualquer pretensão de abarcar sua totalidade. O conjunto apresentado pode e deve - ser completado com imagens diversas, que remetam a outras realidades culturais e paisagísticas presentes no continente.

14 A Diversidade Cultural e Paisagística em África 1) Fotos de habitantes do Vale Rift Oriental, Rio OMO, Etiópia, África, feitas pelo fotógrafo alemão Hans Sylvester entre 1960 e As fotos integram o livro Ethiopia: peoples of the Omo Valley. Editora Harry Abrams Inc, volumes. Tal como os descreve Hans Sylvester, nos anos 70, os povos do Omo eram pastores e coletores; viviam numa região vulcânica que fornecia uma imensa gama de pigmentos composta por ocre vermelho, argila branca, verde cobre, amarelo e cinza. Utilizavam-se em suas pinturas as mãos, a ponta das unhas, às vezes uma ponta de madeira, um junco e toda sorte de flores, galhos secos e frutos secos. 2) Os Himba são uma sociedade pastora matriarcal semi-nômade, vivem na Namíbia e em parte do Deserto do Namibe, em Angola. As mulheres himba cobrem geralmente o corpo com um óleo avermelhado, mistura de banha de boi com uma pedra local, uma espécie de argila, que protege a pele do vento e do sol; são comuns os penteados elaborados e os cabelos enfeitados com peças de couro e de metal, também eles untados com a mesma mistura; sua vestimenta é feita de peles curtidas. Em seu grupo, falam a língua Herero. O gado bovino é o principal símbolo de status das famílias himba. A carne bovina é reservada apenas para eventos especiais, como casamentos e funerais. Quando uma pessoa himba morre, mata-se uma parte de seu gado, para proteger o seu espírito. Nas aldeias himba há um curral no meio, vigiado pelo fogo sagrado chamado okuruwo, usado para que os himba se comuniquem com os seus ancestrais. Fotos de Sebastião Salgado, África, 2007.

15 3) Fábrica artesanal de tapetes marroquinos, no interior da Medina de Fez, cidade localizada no Marrocos, norte da África. Na construção se destacam elementos da arquitetura árabe e da tapeçaria marroquina. Medina é o nome que se dá aos limites das antigas cidades árabes, cercadas por muros e no interior dos quais se concentram as atividades religiosas, com a presença de inúmeras mesquitas, e as atividades mercantis com destaque para o souk, famoso mercado árabe. Foto de Lorene Santos, 2009.

16 4) Vista do Vale do Rio Ourika, junto à Cordilheira do Atlas, próximo a Marrakesh, Marrocos. A neve, ao fundo, é evidência do frio inverno vivenciado em muitas regiões do norte da África. O vale do Rio Ourika é povoado por várias comunidades berberes, que já foram nômades, mas hoje vivem em pequenas aldeias espalhadas ao longo do Vale, sobrevivendo do pastoreio, artesanato e pequeno comércio. Foto de Lorene Santos, ) Zebras na Reserva Nacional de Masai Mara, no Quênia, país da África Oriental. O Masai Mara é o ponto mais ao norte do ecossistema do Serengeti. Todos os anos, depois de esgotar as pastagens no norte do Serengeti, na Tanzânia, um grande número de gnus e zebras entra no Masai Mara. Além das belas paisagens, o Quênia é um país onde vivem povos que mantém muitas de suas antigas tradições, tais como os Kikuyu, os Maasai, os Turkana e os Samburu. Foto de Sebastião Salgado, África, 2007.

17 6) Vista panorâmica do Rio Kwanza, no Parque Nacional da Quissama, localizado ao norte de Angola, país da costa ocidental do continente africano. A área do Parque de Quissama é protegida para a preservação de ecossistemas e para o turismo, desde A vegetação é bastante variada, desde as margens do Kwanza até o interior do Parque, com manguezais, mata densa, savana, árvores dispersas, cactos, imbondeiros e grandes zonas de arvoredo, além de uma fauna abundante e bastante variada (Foto: 7)Deserto do Namibe, na Província de Namibe, em Angola, país da costa ocidental do continente africano. A província de Namibe apresenta ecossistemas variados, tais como mar, deserto e savana. O deserto do Namibe ocupa uma extensa área, com cerca de Km2, ao longo do litoral do Oceano Atlântico, e é considerado o mais antigo deserto do mundo. Também possui as mais altas dunas de areia, que chegam a atingir 340 m de altura. (

18 8) Cidade do Cabo, na África do Sul, localizada no extremo sul do continente, próxima ao Cabo da Boa Esperança. Foi a primeira cidade fundada por europeus na região, durante o século XVII, tendo sido colonizada por ingleses, holandeses e franceses (tornou-se possessão britânica, em 1814). A descoberta de diamantes e ouro, em fins do século XIX, desencadeou uma onda migratória para a África do Sul. A presença humana nesta região é muito anterior ao período de colonização, remontando a cerca de anos atrás, conforme mostram estudos arqueológicos. A política do apartheid, instituída no início do século XX, na África do Sul, só terminou em A África do Sul é o país mais rico da África, mas apresenta um alto índice de desigualdade social. A Cidade do Cabo costuma ser chamada de cidade Mãe da África do Sul. ( 9) Porto de Stone Town, centro histórico da capital de Zanzibar, uma região da Tanzânia, país localizado na costa oriental do continente africano. Importante centro comercial, o arquipélago de Zanzibar, ao longo de sua história, esteve sob controle português, árabe e britânico, tendo alcançado sua autonomia política no bojo dos processos de independência da segunda metade do século XX. Reconhecida como Patrimônio Mundial da Humanidade, pela UNESCO, em 2.000, Stone Town preserva as marcas da presença de diferentes povos, em sua arquitetura e nas ruas estreitas e labirínticas, cobertas por lajes de pedra, que a tornaram conhecida como cidade das pedras. A região é também conhecida como Ilhas das Especiarias, sendo, até hoje, uma importante produtora de cravo, noz-moscada, canela e pimenta, entre outros. O intenso movimento no porto de Stone Town é uma evidência do seu dinamismo comercial e turístico. (Foto:

19 10) Mercado de frutas e legumes em Maputo, Moçambique, país da costa oriental africana. As relações entre Brasil e Moçambique remontam ao século XIX, quando o Brasil recebeu um significativo contingente populacional, oriundo da costa oriental africana, no bojo do tráfico intercontinental. Os africanos oriundos dessa região eram genericamente chamados de moçambiques. O país esteve sob domínio colonial português até 1975, quando conquistou sua independência, após um longo período de luta pela libertação nacional, comandada pela Frente de Libertação de Moçambique - FRELIMO. Ao longo da década de 1980, o país vivenciou graves conflitos internos, o que provocou a destruição de parte de sua infra-estrutura e fez milhões de vítimas. Moçambique é um dos oito países integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa CPLP (veja mais informações no site oficial da Comunidade: Além de terem o Português como língua oficial, Brasil e Moçambique partilham inúmeros outros elementos de identidade cultural. A imagem do mercado, bastante familiar para os brasileiros, é mais uma evidência desses traços comuns. (Foto: Maria Aparecida Moura, 2005) 11) Fundo de quintal em Luanda, capital de Angola, país da costa ocidental sul, do continente africano. A região foi uma das principais fornecedoras de mão-de-obra escrava para o Brasil, entre os séculos XVI e XIX. De lá vieram principalmente os povos ambundos e outros do grupo linguístico banto, embarcados pelo porto de Luanda. O país esteve sob domínio colonial português até 1975, quando conquistou sua independência e mergulhou em conflitos internos que perduraram até Angola é um dos oito países integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa CPLP (veja mais informações no site oficial da Comunidade: Além de terem o Português como língua oficial, Brasil e Angola partilham inúmeros outros elementos de identidade cultural. A imagem de fundo de quintal, bastante familiar para os brasileiros, é mais uma evidência desses traços comuns. Foto de Regina Santos, Imagens em Língua Portuguesa. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 2002.

20 13) Barbeiro em uma aldeia, na região de Yirga Cheffe, na Etiópia, país localizado na região centro-oriental da África. A Etiópia é um dos países mais antigos da África, tendo mantido sua independência política desde tempos remotos, inclusive durante a ocupação colonial européia, de fins do século XIX e primeira metade do XX. Alguns dos registros mais antigos da existência humana foram encontrados em sítios neste país, que tem o maior número de Patrimônios Mundiais reconhecidos pela UNESCO, em África. Durante a década de 1980, a Etiópia sofreu uma série de períodos de fome, que resultaram em milhões de mortes. O país foi se recuperando lentamente e, atualmente, sua economia é uma das que mais cresce no continente. Entretanto, este país ainda costuma ser identificado como símbolo de fome e miséria, em imagens que são muitas vezes generalizadas como representativas de todo o continente africano. A fotografia do barbeiro possibilita refletir sobre aspectos da vida cotidiana de uma aldeia etíope, em uma área de plantação de café, podendo contribuir para a desconstrução de alguns dos estereótipos a respeito deste país e de sua população. Foto de Sebastião Salgado, África, ) Mulheres com capulanas e máscara mussiro, em Moçambique, país da costa oriental africana. As capulanas são tecidos estampados, cortados normalmente em forma regular, utilizadas com freqüência em regiões da África Oriental, sobretudo - mas não exclusivamente -, por mulheres. Mais do que uma vestimenta, elas podem representar desde um estado de espírito (alegria ou luto, por exemplo) até marcas de identidade e papéis sociais, sendo, assim códigos de comunicação e formas de expressão. Estudos sobre as capulanas têm contribuído para aprofundar a compreensão sobre diferentes povos africanos. Já o mussiro é um creme tradicional, feito do caule de uma árvore perfumada, usado para refrescar e rejuvenescer a pele, além de combater espinhas. Possui também uma dimensão estética, com o intuito de deixar o rosto branco, conforme depoimento de uma mulher Macúa, das ilhas Angóche, em Moçambique (veja vídeo em Foto 1 de Fernando Faria e foto 2 de Regina Santos. Imagens em Língua Portuguesa. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 2002

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