AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES ATA DA 144ª REUNIÃO DO CONSELHO CONSULTIVO REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA

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1 AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES ATA DA 144ª REUNIÃO DO CONSELHO CONSULTIVO REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA Aos dez dias do mês de dezembro do ano dois mil e dez, às nove horas, na sede da Agência Nacional de Telecomunicações Anatel, em Brasília, realizou-se a centésima quadragésima quarta Reunião do Conselho Consultivo da Anatel (Reunião Extraordinária), com a presença do Presidente do Conselho Consultivo, Walter José Faiad de Moura, e dos membros Alfredo Horácio Ferrari Martin, Bernardo Felipe Estellita Lins, Israel Fernando de Carvalho Bayma, Roberto Augusto Castellanos Pfeiffer, e Vandenbergue dos Santos Sobreira Machado. Justificaram a ausência à reunião os membros Cláudio Marcelo Siena, Édio Henrique de Almeida José e Azevedo, José Zunga Alves de Lima, Luiz Francisco Tenório Perrone e Roberto Pinto Martins. Além dos membros do Conselho Consultivo, estavam presentes na reunião o Diretor-Executivo do Sinditelebrasil, Eduardo Levy Cardoso Moreira, o representante da TIM, André Gustavo Rosa, o senhor João Braz Borges, o Diretor-Executivo do Sindicato dos Vendedores de Jornais e Revistas em Brasília - DF, Edinaldo Lima Alves, e a Secretária do Conselho Consultivo, Cristina Coutinho Moreira. O Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura deu abertura à reunião e apresentou a seguinte pauta: 1) Abertura pelo Presidente do Conselho Consultivo; 2) Preleções para votação do PGMU III; 3) Votação do Relatório sobre Quorum de Deliberação do Conselho Consultivo; 4) Exposição do Professor João Braz; 5) RIDE Maranhão; e, 6) Outros assuntos. Em seguida, concedeu a palavra ao Israel Fernando de Carvalho Bayma, o qual cumprimentou a todos e passou a fazer um registro acerca da 143ª reunião do Conselho Consultivo, realizada em Belém/PA. Relatou que estiveram presentes nessa reunião representantes da Anatel, do governo do Pará, da Câmara de Vereadores de Belém e do Sinditelebrasil. Destacou que a apresentação dos representantes da Agência mostrou que o desempenho dos sistemas de telefonia na região é preocupante e precisa ser melhorado. Ressaltou que a cidade de São Félix do Xingu/PA ficou cento e cinquenta e oito dias sem atendimento do Serviço Telefônico Fixo Comutado - STFC. Enalteceu o esforço dos s para participarem da referida reunião e realçou a importância do estreitamento do relacionamento da Anatel com a sociedade. Defendeu que aconteçam reuniões do Conselho Consultivo em todas as regiões do País. Logo após, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura informou que foi enviado ofício ao Presidente da Agência solicitando providências quanto às interrupções do STFC na região Norte e quanto aos problemas na prestação de serviços da empresa TIM ao governo do estado do Pará. Salientou que a Presidência da Anatel já editou ofícios solicitando providências para os dois temas supramencionados. Em seqüência, franqueou a palavra ao Diretor-Executivo do Sinditelebrasil, Eduardo Levy Cardoso Moreira, o qual saudou a todos e afirmou que o Sinditelebrasil, que representa as empresas de telefonia fixa e móvel, obtendo acesso aos documentos necessários, poderá trazer na próxima reunião informações sobre a estrutura de atendimento das empresas na região Norte. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura passou a palavra para o representante da TIM, André Gustavo Rosa, o qual declarou que esteve presente na última reunião do Conselho Consultivo, realizada em Belém/PA, e que a TIM ainda não recebeu ofício da Anatel. Enfatizou que a TIM tem priorizado a identificação e a correção de problemas no atendimento aos municípios do 1

2 estado do Pará e que, em breve, disponibilizará uma carta contendo o cronograma das ações corretivas. Logo após, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura concedeu a palavra ao Vandenbergue dos Santos Sobreira Machado, o qual cumprimentou a todos e destacou que, em vários municípios dos estados de Pernambuco, Maranhão, Ceará e Paraíba, o serviço de telefonia da TIM é praticamente inexistente. Observou que a audiência pública proposta por ele ainda não concretizada e perguntou qual eficácia possuem as audiências públicas realizadas pelo Conselho Consultivo. Em sequência, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura franqueou a palavra ao Israel Fernando de Carvalho Bayma, o qual frisou que o Conselho Consultivo já realizou audiências públicas nas cidades de Planaltina de Goiás/GO, Buritis/MG e Vila Boa/GO. Argumentou que as audiências públicas realizadas pelo Conselho Consultivo têm atendido ao clamor da sociedade de ser ouvida pela Agência Reguladora e têm recebido a pronta resposta das prestadoras de serviços. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura asseverou que, no ano passado, houve mais de cinco audiências públicas de grande relevo, que influenciaram o Plano Geral de Outorgas e outras deliberações e incentivaram a retomada das sessões públicas do Conselho Diretor. Esclareceu que ficou sob a responsabilidade do Vandenbergue dos Santos Sobreira Machado a iniciativa de realização da audiência pública por ele proposta. Ressaltou que as audiências públicas já abordaram temas como diminuição tarifária em ligações intermunicipais e interestaduais e cobertura de telefonia móvel. Afirmou que as audiências públicas têm produzido resultados imediatos, como, por exemplo, a edição de um documento pela Anatel que previa a instauração de um PADO caso as empresas não corrigissem os problemas constatados. Logo após, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura passou a palavra para o Vandenbergue dos Santos Sobreira Machado, o qual disse que pretendia realizar uma audiência pública em Juazeiro do Norte/CE, porém entende que seria mais adequado emitir ofícios para as operadoras que prestam serviço na referida cidade. Em sequência, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura concedeu a palavra ao representante da TIM, André Gustavo Rosa, o qual reconheceu que há municípios que se encontram com problemas de cobertura, mas destacou que a TIM verifica a possibilidade de atendê-los. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura franqueou a palavra ao Diretor-Executivo do Sinditelebrasil, Eduardo Levy Cardoso Moreira, o qual informou que funcionam junto ao Sinditelebrasil a Acell, que representa as empresas de telefonia móvel, e a Abrafix, que representa as empresas de telefonia fixa. Registrou o compromisso do Sinditelebrasil de participar das reuniões do Conselho Consultivo e de trazer as informações necessárias. Logo após, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura sugeriu que o tema da cobertura da telefonia seja tratado numa reunião específica. Em sequência, passando ao item 5 da pauta, concedeu a palavra ao Israel Fernando de Carvalho Bayma, que disse ter consultado algumas lideranças do estado do Maranhão, as quais sinalizaram a dificuldade de realização de discussões com a sociedade no final de ano. Ressaltou que essas lideranças propuseram a realização de audiência pública nas cidades de São Luís ou Imperatriz. Afirmou ter conversado com os prefeitos das cidades de São Luís e Paço do Lumiar sobre a importância de se resolver problemas de cobertura e de atendimento dos serviços públicos. Sugeriu que a audiência pública discuta as dificuldades da região Nordeste e seja realizada entre os dias vinte e trinta de janeiro do ano seguinte. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura franqueou a palavra ao Bernardo Felipe Estellita Lins, o qual propôs a realização de uma reunião extraordinária no estado do Maranhão. Logo após, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura observou que talvez, em janeiro do ano seguinte, o Conselho Consultivo não consiga realizar reunião fora de Brasília devido à apreciação do PGMU III. Lembrou ainda que deve haver 2

3 disponibilidade orçamentária para realização de reunião fora da sede da Agência. Em seqüência, transferiu a palavra para o Israel Fernando de Carvalho Bayma, o qual solicitou ao Sinditelebrasil que fornecesse, se possível, informações acerca do atendimento das empresas de telefonia no estado do Maranhão, a fim de serem apresentadas na audiência pública a ser realizada no referido estado. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura passou a palavra para o Diretor-Executivo do Sinditelebrasil, Eduardo Levy Cardoso Moreira, o qual respondeu que, assim que tiver as informações solicitadas, repassá-las-á ao Conselho Consultivo. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura pôs em deliberação a realização da audiência pública no estado de Maranhão, a qual foi aprovada por unanimidade. Passando ao item 3 da pauta, concedeu a palavra ao Roberto Augusto Castellanos Pfeiffer, o qual passou a expor o Relatório sobre Quorum de Deliberação do Conselho Consultivo. Salientou que o artigo 36 do Regulamento da Anatel dispõe que o Conselho Consultivo será integrado por doze conselheiros e decidirá por maioria simples, cabendo ao seu Presidente o voto de desempate. Comentou que o artigo 14 do Regimento Interno do Conselho Consultivo, por sua vez, estabelece que as deliberações do Conselho Consultivo são tomadas por maioria de votos, presente a maioria de seus membros. Explicou que, em ambos os casos, não se faz menção à maioria qualificada, tratando-se, portanto, de maioria simples. Esclareceu que maioria absoluta será sempre a maioria dos membros de qualquer colegiado, sejam estes nomeados ou não. Destacou que, como o Conselho Consultivo possui doze membros, sua maioria absoluta será de sete membros. Ressaltou que a maioria simples será a maioria dos presentes na reunião. Observou que as normas que regem a composição e o quorum de instalação dos trabalhos do Conselho Consultivo observaram o princípio da colegialidade, preservando a manifestação dos membros e a representatividade do colegiado. Realçou que o artigo 11 do Regimento Interno do Conselho Consultivo prevê que os trabalhos do órgão colegiado serão iniciados com a presença de, pelo menos, metade dos seus membros. Explicou que o quorum é indicativo da quantidade de membros indispensáveis à condição legal do colegiado. Acrescentou que o quorum pode ser de maioria simples, absoluta ou qualificada. Concluiu que os trabalhos do Conselho Consultivo poderão ser iniciados com a presença de, pelo menos, seis membros. Acrescentou que as deliberações de matérias de competência do órgão colegiado serão tomadas por maioria de votos, presente o número de, pelo menos, sete membros. Logo após, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura perguntou qual será o quorum do colegiado com o término do mandato de quatro conselheiros no ano seguinte. Indagou também se as matérias de competência do Conselho Consultivo são apenas aquelas previstas na Lei Geral de Telecomunicações. Em seqüência, o Roberto Augusto Castellanos Pfeiffer respondeu que o quorum de instalação do Conselho Consultivo, apesar do término do mandato de quatro conselheiros, continua sendo de seis membros. Argumentou que as matérias de competência do Conselho Consultivo são aquelas previstas na Lei Geral de Telecomunicações, sendo de mero expediente as demais matérias. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura sugeriu que ficasse expressa no relatório a ideia de que todas as matérias de deliberação do Conselho Consultivo estão previstas na Lei Geral de Telecomunicações. Logo após, o Bernardo Felipe Estellita Lins perguntou se pode haver no Conselho Consultivo debate por meio de circuito deliberativo. Em seqüência, o Roberto Augusto Castellanos Pfeiffer respondeu que a legislação não menciona a necessidade de reunião física. Disse entender não haver impedimento para a existência de reunião à distância. Em seguida, o Israel Fernando de Carvalho Bayma lembrou que as reuniões do Conselho Consultivo são públicas e abertas. Frisou que, embora o circuito deliberativo dê agilidade às deliberações, afetará o caráter aberto e participativo das reuniões do Conselho Consultivo. Logo 3

4 após, o Bernardo Felipe Estellita Lins levantou a hipótese de se realizar um chat com horário definido e que pudesse ser acompanhado ao vivo pela internet. Em sequência, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura propôs que fosse incluída no relatório a recomendação de que o quorum do Conselho Consultivo esteja sempre garantido. Em seguida, o Roberto Augusto Castellanos Pfeiffer registrou que, tendo em vista o quorum de sete conselheiros para deliberação das matérias previstas na Lei Geral de Telecomunicações e a renovação anual do Conselho Consultivo em um terço, é imprescindível a presteza nas nomeações dos novos s. Logo após, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura procedeu à votação do Relatório sobre Quorum de Deliberação do Conselho Consultivo, o qual foi aprovado por unanimidade. Passando ao item 4 da pauta, transferiu a palavra ao senhor João Braz Borges, o qual cumprimentou a todos e informou que é radialista, jornalista, consultor de mídia e legislação e advogado especialista na área de radiodifusão, telecomunicação e empresarial. Acrescentou que fez doutorado em cinema e TV digital e atualmente é diretor de relações institucionais da Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão e vice-presidente jurídico de ética da Associação Goiana e Tocantinense de Radiodifusão, Rádio e TV. Destacou que o Conselho Consultivo deve estar atento à radiodifusão, primeiro porque o espectro eletromagnético é finito, segundo por causa da evolução tecnológica. Ressaltou que a televisão digital presente no Brasil utilizou o padrão mais moderno do mundo e possui uma interatividade que só é possível na TV fechada. Lembrou que nem todos os televisores de alta definição vendidos no mercado brasileiro são compatíveis com a interatividade da TV digital. Enfatizou que a televisão tridimensional, cuja definição é duas vezes maior que a da TV digital, já está em funcionamento em alguns países e utiliza fibra óptica para sua transmissão. Acrescentou que a transmissão da televisão tridimensional exige uma capacidade de banda muito maior que a utilizada para a transmissão da TV digital, que é de 6 Mbps. Observou que, conforme lei já em vigor, até o ano de dois mil e quatorze, ocorrerá a migração total para a TV digital e os canais analógicos serão devolvidos para o governo com a única finalidade de manter o serviço de radiodifusão. Frisou que os canais de VHF devem ser preservados para a radiodifusão. Salientou que o rádio hoje é muito mais importante na vida do cidadão do que há cinquenta anos atrás. Argumentou que é prejudicial para a coletividade a proposta de redução de frequências para as rádios AM, pois em muitas comunidades essas rádios são a única fonte de informação local. Destacou a gestão do espectro como uma das funções mais importantes da Anatel. Informou que, em todas as cidades brasileiras com mais de cem mil habitantes, existem canais da televisão aberta que são reservados para a TV Câmara, TV Senado, TV Justiça e TV Assembleia. Avaliou que a venda de aparelhos celulares tem diminuído nos últimos anos devido à falta de investimento na expansão do serviço. Registrou que os responsáveis pela melhoria do serviço de radiodifusão têm sido os usuários finais, por meio dos Procons, e não os gestores de radiodifusão. Recomendou que, na gestão do espectro, a qualidade dos serviços deve ser princípio fundamental dos processos licitatórios e deve ser objeto de fiscalização pela Anatel. Em sequência, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura agradeceu ao senhor João Braz Borges e franqueou a palavra ao Alfredo Horácio Ferrari Martin, o qual ponderou que a destinação de freqüências deve basear-se numa visão global sobre as necessidades dos serviços. Sugeriu que seja solicitado à Anatel o planejamento da distribuição das freqüências para os próximos cinco anos, tendo em vista a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Em sequência, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura passou a palavra para o Bernardo Felipe Estellita Lins, o qual ressaltou que há vários municípios do interior e áreas de fronteira que necessitam de um maior atendimento dos serviços de radiodifusão sonora e de imagens. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura concedeu a palavra ao senhor João Braz Borges, o qual lembrou que o Regulamento da 4

5 Anatel coloca a Agência como órgão fiscalizador. Destacou que, no caso da radiodifusão, a Anatel deve ser acionada pelo Ministério das Comunicações. Comentou que, no caso da telefonia, o Procon tem sido mais ágil que a Anatel na resolução dos problemas apontados pelos consumidores. Abordou que a Agência não tem exercido poder de polícia e deve buscar uma solução para isso. Afirmou que os problemas relacionados à TV digital ocorrem em dois casos: ou porque o transmissor da cidade não faz a cobertura de determinada área; ou porque os televisores vendidos não possuem o conversor. Acrescentou que cabe ao Ministério das Comunicações avaliar tais problemas. Informou que existe um software americano que permite o tráfego do rádio digital e do rádio analógico numa mesma freqüência. Observou, porém, que o referido software custa noventa e seis mil dólares, acrescido dos royalties anuais da ordem de seis mil dólares, e que a maioria das rádios FM do País não têm condições de pagar esses valores. Logo após, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura franqueou a palavra ao Israel Fernando de Carvalho Bayma, o qual perguntou se o ano de dois mil e quatorze é o ano mais adequado para ser realizada a migração da TV analógica para a digital. Pediu a opinião do senhor João Braz Borges acerca do movimento pela formulação de uma nova Lei Geral de Comunicação. Em sequência, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura passou a palavra para o Roberto Augusto Castellanos Pfeiffer, o qual parabenizou o senhor João Braz Borges pela palestra realizada e frisou que a utilização do espectro é um tema relevante a ser discutido pelo Conselho Consultivo. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura concedeu a palavra ao Vandenbergue dos Santos Sobreira Machado, o qual declarou que a apresentação do senhor João Braz Borges foi de grande valia para o Conselho Consultivo. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura perguntou se é possível que a Anatel fiscalize publicidades notoriamente enganosas em matéria de oferta de serviços. Logo após, franqueou a palavra ao senhor João Braz Borges, o qual informou que há cerca de três mil e duzentas freqüências de rádio FM nos Estados Unidos, que transmitem tanto digitalmente quanto analogicamente, e destacou, contudo, que ainda ocorrem muitas interferências entre as rádios. Argumentou que o melhor sistema existente é o Digital Radio Mondiale (DRM), pois é extremamente barato, pode ser instalado em qualquer computador com 250 megabytes de disco rígido e 2 megabytes de memória RAM e possui sinal de boa qualidade. Destacou que a tecnologia Wimax pode ser utilizada nas áreas do interior do Brasil para prestar o serviço de internet e de telefonia. Defendeu que a migração da TV analógica para a TV deve ocorrer de forma progressiva. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura passou a palavra para o Diretor-Executivo do Sinditelebrasil, Eduardo Levy Cardoso Moreira, o qual frisou que a sociedade deve discutir as metas estabelecidas pela Anatel nos editais de licitação para prestação de serviços, pois o cumprimento dessas metas nem sempre vem ao encontro da vontade da população. Asseverou que os investimentos das empresas de telefonia móvel têm sido elevados e crescentes. Enfatizou que os números de reclamações devem ser avaliados de acordo com a base de clientes das empresas. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura concedeu a palavra ao senhor João Braz Borges, o qual agradeceu ao Conselho Consultivo pela oportunidade e se colocou a disposição para colaborar com o órgão colegiado. Logo após, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura afirmou que a sua pergunta para o senhor João Braz Borges referia-se à possibilidade de a Anatel disciplinar melhor a questão da oferta de serviço público prestado em regime público. Defendeu que a publicidade das empresas de telecomunicações deve expor de forma mais fidedigna as informações sobre os serviços que são prestados ao consumidor. Em sequência, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura franqueou a palavra ao Israel Fernando de Carvalho Bayma, o qual realçou que o modelo de negócio da televisão aberta no 5

6 Brasil adota a venda de espaço publicitário. Sugeriu que a publicidade na televisão aberta deve ser objeto de estabelecimento de metas, quando da licitação das freqüências de televisão. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura franqueou a palavra ao senhor João Braz Borges, o qual disse entender que o cerceamento, por menor que seja, caracteriza censura. Destacou, por outro lado, que a Anatel, amparada legalmente, deverá ter um aparato para coibir propagandas enganosas. Em sequência, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura franqueou a palavra ao Roberto Augusto Castellanos Pfeiffer, o qual sustentou que o Plano Geral de Metas de Qualidade (PGMQ) deve tratar sobre comercialização e publicidade. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura, homenageou o Roberto Augusto Castellanos Pfeiffer pela sua nomeação para a comissão que irá revisar o Código de Defesa do Consumidor. Explicou que a data da próxima reunião dependerá do cronograma do PGMU III. Logo após, passou a palavra para o Diretor- Executivo do Sindicato dos Vendedores de Jornais e Revistas em Brasília - DF, Edinaldo Lima Alves, o qual cumprimentou a todos e apresentou ao Conselho Consultivo cópia de requerimento de dois mil e oito encaminhado ao Presidente da Anatel. Ressaltou que, em dois mil e oito, ocorreram vários problemas relacionados à venda de cartões indutivos. Relatou que o cartão de vinte unidades, que deveria custar R$ 2,87, estava sendo vendido para as bancas de jornais e revistas pelo preço de R$ 3,50. Acrescentou que os cartões de vinte unidades só podiam ser adquiridos do revendedor se comprados juntamente com cartões de maiores créditos. Informou que os vendedores que se recusaram a comercializar os cartões de maiores créditos foram prejudicados com a retirada de telefones públicos próximos ao seu estabelecimento comercial. Em seqüência, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura designou a edição de dois ofícios ao Presidente da Agência: um solicitando providências para os fatos relatados pelo Sindicato dos Vendedores de Jornais e Revistas em Brasília DF, e outro requerendo o planejamento da distribuição de freqüências para os próximos cinco anos. Nada mais havendo a tratar, o Presidente do Conselho Consultivo Walter José Faiad de Moura declarou encerrada a reunião, da qual, eu, Cristina Coutinho Moreira, na qualidade de secretária, lavrei a presente Ata, que, após lida e aprovada, vai por todos assinada. WALTER JOSÉ FAIAD DE MOURA Presidente ALFREDO HORÁCIO FERRARI MARTIN BERNARDO FELIPE ESTELLITA LINS ISRAEL FERNANDO DE CARVALHO BAYMA ROBERTO AUGUSTO CASTELLANOS PFEIFFER VANDENBERGUE DOS SANTOS SOBREIRA MACHADO 6