Por que optar por produtos Látex Free?
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- Renata Raminhos Frade
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1 Por que optar por produtos Látex Free? A alergia ao látex tornou-se um problema de grande preocupação médica, sendo no ano de reconhecida como problema médico. Alguns pacientes representam grupo de risco para ocorrência de reações anafiláticas inesperadas principalmente como resultado de sondagem de repetição e múltiplos procedimentos cirúrgicos prévios. Para algumas pessoas qualquer contato com látex pode ser fatal. Nos Estados Unidos o alerta à alergia ao látex se deu depois que os balões de retenção de látex usados em procedimentos do enema foram responsabilizados por diversas fatalidades devido ocorrência de anafilaxia, outro alerta foi à incidência elevada de anafilaxia entre crianças com o espinha bífida reação que foi atribuída igualmente à predominância elevada da alergia do látex entre estas crianças, induzida provavelmente por exposições repetidas. Muitos hospitais adotaram os produtos látex free a fim minimizar o risco de reações alérgicas entre pacientes e equipe de funcionários. Pessoas que trabalham freqüentemente com dispositivos médicos, tais como: enfermeiras, médicos e técnicos de enfermagem, possuem particular risco para a sensibilidade extrema do látex por causa de sua exposição elevada à borracha. Os trabalhadores sensibilizados podem desenvolver alergia ocupacional, ocasionando problemas respiratórios, cardiovasculares, e da pele. Os casos relatados da alergia do látex entre trabalhadores e pacientes começaram a ocorrer significativamente no final dos 80 com o forte aumento do uso de produtos médicos a base de látex, especialmente luvas cirúrgicas, como uma precaução de encontro à propagação
2 do HIV, da hepatite B, e de outros agentes infecciosos, o uso da proteção da barreira foi exigido e a exposição ao látex aumentou. Centros múltiplos de diferentes países usando uma variedade de instrumentos de avaliação verificaram que entre 8 e 17% de trabalhadores hospitalares expostos ao látex apresentam reações alérgicas e entre a população geral, existem taxas da predominância de até 7% ocasionando problemas de pele severos e sintomas respiratórios potencialmente letais. Não havendo cura para hipersensibilizarão ao látex, a única forma de proteção é evitar o contato, sendo assim a A A.S. A (American Society of Anesthesiology), no ano de sugeriu algumas rotinas que visam prevenir contato com o látex, dentre elas citamos: 1. Os cuidados com os pacientes devem ser planejados e coordenados pelas várias equipes: anestesia, cirurgia, enfermagem e fisioterapia; 2. Sempre que possível as cirurgias eletivas devem ser agendadas para o primeiro horário do dia, isto previne níveis muito altos de antígenos de látex na forma aerossóis na sala cirúrgica; 3. Os pacientes devem ser identificados com braceletes ou colares de alerta e os prontuários devem conter avisos de ALERGIA A LÀTEX para os pacientes com o diagnóstico já estabelecido e ALERTA AO LÀTEX para pacientes sob suspeita; 4. Pesquisar e listar todos os produtos padronizados na instituição que contenham látex em sua composição, estes produtos devem ser substituídos ou totalmente afastados
3 Considerando-se a alergia ao látex como um problema médico, todos os integrantes das equipes multidisciplinares devem estar cientes dessa condição evitando assim risco à saúde dos pacientes. Em decorrência desse alerta a Indústria de Produtos Médicos acelerou a produção de materiais não alergênicos alternativos. Opções: O látex é um material altamente elástico, de dureza baixa com resistência de rasgo e alongamento elevados, por isto tem sido usado para manufaturar diversos produtos e componentes médicos. Inúmeras alternativas ao látex foram desenvolvidas e estão sendo usada entre elas: o cloreto de polyvinyl (PVC), poliuretano e silicone. Entretanto, o uso do PVC tem sido muito criticado pois provoca danos ambientais durante seu descarte. Por muitos anos o poliuretano e o silicone tiveram seu uso limitado em virtude do custo elevado das formulações, mas avanços recentes na formulação e no processamento os conduziram a alternativas viáveis. O poliuretano e o silicone estão crescendo em importância como matérias primas para produtos médicos porque suas propriedades podem combinar aquelas do látex, mas sem causar reações alérgicas. Exemplos de produtos médicos em que o látex foi substituído por poliuretano ou silicone são: Drenos, Sondas, Cateteres, Stents e vários outros produtos de barreira. POLIURETANO EM DISPOSITIVOS MÉDICOS Os poliuretanos foram descobertos nos anos 30, mas seu potencial em aplicações biomédicas só foi reconhecido no princípio dos anos 70, desde então, esta família de
4 polímeros foi usada na manufatura de dispositivos farmacológicos inertes para a implantação no corpo e em uma variedade de produtos para procedimentos diagnósticos e terapêuticos. Boa biocompatibilidade, resistência de abrasão e a habilidade de esterilização através do gás óxido de etileno ou da irradiação gama confirmaram a utilização do poliuretano na produção de artigos médicos. SILICONE EM DISPOSITIVOS MÉDICOS Usados primeiramente em aplicações médicas durante os anos 50, os silicones estão entre os materiais sintéticos mais biocompatíveis a análise química demonstra baixos contaminantes e a ausência de plastificante e de aditivos. Os dispositivos médicos produzidos a base de silicone exibem baixa adesão e trombogênese, fazendo se ideal para produção de drenos, tubos, cateteres, sondas e outras aplicações que envolvem o contato prolongado com os tecidos do corpo. A hemólise de contato é mínima quando os dispositivos do silicone são colocados em contacto com a circulação sanguínea. Como poliuretanos, os silicones são excelentes quando se procura resistência e elasticidade sendo mais estáveis que o látex. Sua flexibilidade, elasticidade, e habilidade de ser esterilizado repetidamente fizeram do silicone o material preferido para muitos dispositivos médicos. Dado sua resistência a alta temperatura, a tubulação do silicone é apropriada para instrumentos cirúrgicos e óticos. Tabela de Propriedades:
5 Teste Poliuretano Silicone Látex Resistência UV Boa Boa Pequena Resistência Química Boa Boa Pequena Reação Alérgica Não Não Sim Elasticidade (psi) Alongamento(%) Memória Elástica 2 10% 1 5% N/A A biocompatibilidade, as características físicas, a resistência químicas e a luz UV fazem do silicone e poliuretano alternativas não alérgicas viáveis para produção de produtos médicos. Silicone X Ecônomia!
6 Em decorrência da possibilidade de repetidas esterilizações (1*) os produtos em silicone proporcionam uma economia aproximada (2*) de 194,6% em relação ao látex e 150% em relação ao PVC, isto, sem considerar os custos de armazenamento em almoxarifado pelo maior volume de compras de Látex e PVC e ainda, a redução do lixo hospitalar que cai proporcionalmente em relação ao número de reutilizações. 1*: A repetição de esterilizações não é possível em produtos de USO ÙNICO. 2*: A simulação ocorreu com 20 reutilizações, porém conforme o uso do material o número de reutilizações pode variar. Bibliografia: 1. FDA mandatory reporting data base. October Weiss ME, Hirshman, Latex Allergy. Can J Anesth ;39: Revista Brasileira de Anestesiologia VOL.53 nº 4, Julho Agosto Slater JE Allergic reactions to natural rubber. Emer Med, 1993;25: Holzman RS Latex Allergy: an emerging operating room problem. Anesth analg,1993;76: Holzman RS - Task Force on Latex Sensitivity, Tilak M. Shah - Medical Plastics - Published MDDI April 2001
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