Jean Bonani Exercício 8:
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- Leonor Barreiro
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1 Jean Bonani Exercício 8: A produção de soja no Brasil é responsável por 49% da área utilizada para o plantio de grãos e, de acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a ferrugem asiática já provocou perdas nas safras estimadas em US$ 20 bilhões, desde A Syngenta anunciou recentemente o lançamento no Brasil do fungicida ELATUS, uma das mais importantes inovações já produzidas para o controle da ferrugem asiática. Diante desse esforço que a Syngenta vem fazendo para trazer produtos cada vez mais eficientes e mais seguros, elabore um planejamento de uma propriedade rural tendo como foco as estratégias de soja da empresa. Fique à vontade para definir o tamanho dessa propriedade. Não esqueça de montar o planejamento envolvendo o plantio de milho (exercício 1), pois normalmente o produtor realiza safrinha com milho para aumentar a lucratividade. Faça a recomendação de dessecação, controle de plantas daninhas, insetos, fungos e nematoides. A meta é que a propriedade seja o mais eficiente possível. O local considerando é o mesmo em relação ao exercício de milho. Visando ter duas safras: semeio na safra de verão um produtor do Centro- Oeste irá plantar 500 ha de milho. Sua lavoura apresenta as seguintes características: a. Localização: Sorriso/MT; Latitude: 12º S; Longitude: 55º O; Altitude 400m. b. Área sem irrigação. c. Safra em período normal. d. Solo de média a baixa fertilidade. e. Baixa disponibilidade de mão-de-obra e máquinas. f. Presença de Nematoides (relato da ocorrência de Pratylenchus brachyurus). g. Plantas daninhas: capim-carrapicho, Brachiaria decumbens, sorgo-dealepo e corda-de-viola. No planejamento para a implementação da lavoura devem ser considerados importantes pontos como: a) calagem e adubação; b) cobertura vegetal do solo; c) processos de cultivo: preparo do solo, época e
2 densidade de semeadura, cultivares adaptadas, qualidade e tratamento de sementes, população de plantas, controle de plantas daninhas, pragas e doenças; d) semeadura direta e por fim, a cultura que virá na sequência. O sistema de cultivo utilizado será o Plantio Direto que foi escolhido principalmente por trata-se de um sistema de produção conservacionista que envolve técnicas de produção que preservam a qualidade ambiental. Fundamenta-se na ausência de preparo do solo e na cobertura permanente do terreno pela realização de rotação de culturas. Entre outras vantagens tem-se efeitos significativos na conservação e na melhoria do solo, da água, no aproveitamento dos recursos e insumos como os fertilizantes, proporcionando redução de custos, estabilidade de produção Em função das condições climáticas da região e visando ter uma otimização do uso da terra, a soja será semeada após a colheita do milho safrinha. Para que ocorra a melhor utilização das chuvas é importante que a semeadura ocorra dentro da janela de semeadura, especialmente considerando que o milho na sequência necessita do máximo aproveitamento das chuvas. Visando a colheita rápida para que o milho tenha o máximo de aproveitamento das chuvas, é essencial a escolha de uma variedade de soja de ciclo precoce. Historicamente a época ideal de semeio em Sorriso ocorre após a segunda quinzena de setembro quando ocorre as primeiras chuvas e tem se o fim do vazio sanitário. Para que ocorra o semeio é importante que o produtor espere a chuva alcançar o acumulado de mm para que o solo tenha um estoque razoável de água para permitir a germinação das sementes, com menos risco de perda de plantio, no caso das chuvas não estabilizarem. Por isso, é importante que o acompanhamento dos serviços de previsão meteorológica e, se possível, contrate um serviço especificamente para a sua região. Uma outra vantagem do semeio mais antecipado da soja é que os primeiros plantios encontram menos esporos do fungo causador da ferrugem asiática no ambiente e, portanto, ficam menos suscetíveis à
3 pressão do inóculo com uma tendência para que a doença ocorra um pouco mais tardia Neste sentido, a data de semeadura deverá ocorrer entre 15/10 e 25/10 quando já ocorreu o encerramento do vazio sanitário e o regime de chuvas já deve permitir uma certa segurança para o estabelecimento da cultura, de forma que a soja será colhida entre o final de janeiro e início de fevereiro para imediato semeio do milho safrinha. A cultivar escolhida foi a Syn 1367CIPRO com Intacta rr2bt que possue controle de lagartas, tolerante a glifosato e tolerante a ferrugem. A população a ser trabalhada será de aproximadamente 300 mil plantas por hectare. O espaçamento adotado será de 0,45 cm, ou seja, deverá ter aproximadamente 14 plantas por metro linear. Esta informação é importante porque dependendo da germinação do material, deve ser corrigida a quantidade de sementes por metro linear. Deve se ter cuidado na semeadura para que a semente fique a aproximadamente 3 cm de profundidade, com boa distribuição e separada do adubo (adubo abaixo ou ao lado). Neste sentido, é imprescindível a regulagem da semeadora. Para a adubação é imprescindível a amostragem do solo. Como está sendo considerado o plantio direto, esta deve ser feita em duas profundidades: de 0-10 e cm, com o objetivo principal de se avaliar a disponibilidade de cálcio, magnésio e a variação da acidez entre as duas profundidades, mas também com o objetivo de avaliar os demais nutrientes. A adubação deve ser feita considerando os níveis nutricionais indicados na análise química e também a expectativa de produção. Entretanto, é importante adotar o sistema de adubação por sistema, onde ao invés de ser considerada a cultura isoladamente, são consideradas todas as culturas que compõem o sistema. Neste planejamento específico, é importante considerar o milho que estava antes e que entrará posteriormente à colheita da soja. Para a calagem está sendo considerada que antes do início do plantio direto foi feito a correção. Contudo sabemos que a acidez ocorre de
4 forma natural e que deve ser corrigida pelo menos uma vez ao ano e preferencialmente após a colheita do milho visando ter mais tempo de reação no solo até a semeadura da soja. Desta forma, identificada a necessidade de correção com base na análise química do solo, pode-se aplicar 1/3 da quantidade indicada a lanço considerando a quantidade média indicada entre as análises de 0-10 e de Como é recomendado que a aplicação ocorra seis meses antes da semeadura, e no plano de rotação de milho e soja não há este tempo disponível, pode se efetuar esta aplicação logo após a colheita do milho safrinha que deve ocorrer em julho. Para adubação nutricional como a propriedade é de médio investimento será considerado que todo o nitrogênio será suprido pela fixação simbiótica que ocorre com bactérias do gênero Bradyrhizobium. Para os demais nutrientes, a adubação deve ser feira com base na análise química. O inoculante utilizado pode ser o líquido que deve ser aplicado uniformemente nas sementes, à sombra e por se tratar de sementes tratadas com fungicidas, deve ser imediatamente utilizada após a secagem que também deve ocorrer à sombra. Apesar do tratamento com Maxim XL e Avicta completo reduzir a inoculação, por se tratar de um solo já com histórico de presença de doenças e nematoides e também por mostrar uma alta taxa de Bradyrhizobium, a inoculação certamente apresentará resultados positivos. Visando aumentar a eficiência da FBN (Fixação Biológica de Nutrientes) é indispensável a aplicação dos micronutrientes Co e Mo que pode ser efetuado nas sementes nas quantidades 2 a 3 g de Co e 12 a 25 g de Mo por hectare. Pelo baixo volume, é extremamente importante a distribuição uniforme. Considerando uma expectativa média de kg ha -1 para milho e kg ha -1 para soja, uma recomendação que pode ser utilizada é descrita abaixo. Contudo, é muito importante atualizar a demanda de nutrientes com base na análise química do solo e a expectativa de colheita que no caso do milho deverá ser atualizada no momento do planejamento
5 da safrinha. Porém, neste manejo fica claro a importância de considerar o sistema todo. Tabela 1. Quantidades de adubo por ha em função da expectativa de colheita, retirada e entrada de nutrientes. (Fonte: Embrapa) Cultura Formulação Dose Entradas P 2 O 5 K 2 O Milho Soja Outro ponto chave é a necessidade de considerar a interação entre os nutrientes como, por exemplo, potássio (K), cálcio (Ca) e Magnésio (Mg). Neste sentido, se houve disponibilidade é importante adotar o sistema DRIS (Sistema integrado de diagnose e recomendação), considerando além da análise de solo a análise foliar. Na escolha da cultivar deve se considerar cultivares portadoras de genes capazes de expressar alta produtividade, ampla adaptação e boa resistência/tolerância a fatores bióticos ou abióticos adversos. Neste sentido, alguns pontos que devem ser considerados na escolha da cultivar é que ela possui tolerância a ferrugem asiática. Ao comprar as sementes é importante fazer a análise da qualidade antes do semeio. Para isto deve ser realizado a avaliação em algum laboratórios oficiais que análise a germinação, as purezas física e varietal e a qualidade sanitária da semente Como nesta área foi relatada a ocorrência de nematoide das lesões radiculares é importante fazer um manejo específico. Como é um nematoide de ocorrência também em milho, um ponto que favorece é que o híbrido de milho escolhido no ciclo anterior foi o Impacto VIP3 que possui baixa taxa de reprodução e para completar o controle de nematoide, foram utilizadas sementes com tratamento industrial com Avicta Completo. Neste sentido, como a cultivares de soja escolhida não apresenta resistência ao nematoide das lesões, deve-se adquirir sementes tratadas com Avicta
6 Completo. Neste sistema, contemplado por cultivar de soja tratada com Avicta completo (tratamento industrial), híbrido de milho com baixo fator de reprodução mas também associado com Avicta completo, provavelmente não terá danos significativos na lavoura. Uma outra etapa importante no planejamento é o controle de plantas daninhas que será realizado considerando os métodos: cultural, preventivo e o químico. É importante ressaltar que o controle de plantas daninhas na soja, o manejo deve começar na cultura do milho e nos períodos de entressafra com objetivo de reduzir a densidade de espécies que poderão infestar as lavouras. O método preventivo utilizado está relacionado especialmente ao uso de sementes certificadas, livres de impurezas e com elevada germinação e vigor, sendo que estas qualidades serão atestadas por análise via laboratório. O cultural será realizado devido a escolha de uma cultivar, com bom espaçamento, densidade de semeadura e adubação que favoreça o fechamento rápido da lavoura em detrimento ao desenvolvimento da planta daninha. O método químico complementará o preventivo e o cultural. No método químico hoje é amplamente adotado a aplicação sequencial. Com 20 a 15 dias antes do semeio deve-se fazer uma aplicação de um herbicida não seletivo sistêmico e no semeio deve-se usar um herbicida de contato. Neste sentido, para dessecação pode se usar o Zapp QI (glifosato) na dosagem de 3 L ha -1 e o Dual Gold (S-Metolacloro) na dosagem de 1,5 L ha -1. Como pós emergente podem ser utilizado o Fusiflex na dosagem de 2 L ha -1 e Zapp QI (glifosato) na dosagem de 3 L ha -1. Para o controle de doenças é importante considerar o Manejo Integrado de Doenças. Neste sentido, além dos fatores vinculados ao manejo, como por exemplo, a escolha da cultivar, o espaçamento (neste caso adotado de 0,45 cm), um importante fator é o tratamento de sementes.
7 A cultura da soja está sujeita, durante todo o seu ciclo, ao ataque de diferentes espécies de insetos. Embora esses insetos tenham suas populações reduzidas por predadores, parasitóides e doenças, em níveis dependentes das condições ambientais e do manejo de pragas que se pratica, quando atingem populações elevadas, capazes de causar perdas significativas no rendimento da cultura, necessitam ser controlados por produtos químicos. O controle das principais pragas da soja deve ser feito com base nos princípios do Manejo Integrado de Pragas. Consiste de tomadas de decisões de controle com base no nível de ataque, no número e tamanho dos insetos-pragas e no estádio de desenvolvimento da soja, informações estas obtidas em inspeções regulares na lavoura com este fim. Em situações adversas, como estresse hídrico e excesso de chuvas, o técnico também deverá considerar, na tomada de decisão para realizar o controle dos insetos-pragas, o porte das plantas, o tamanho da área a ser tratada e a disponibilidade de equipamentos. O sucesso no controle está no monitoramento e tomada de decisão. Para o manejo dos insetos, uma importante etapa é o monitoramento da quantidade das pragas. A observação dos níveis de dano é muito importante para tomada de decisão de controle. Nos casos das lagartas desfolhadoras e dos percevejos, as amostragens devem ser realizadas com um pano-de-batida, de cor branca, preso em duas varas, com 1m de comprimento, o qual deve ser usado em uma fileira de soja. As plantas devem ser sacudidas vigorosamente sobre o mesmo, promovendo a queda dos insetos, que deverão ser contados. Esse procedimento deve ser repetido em vários pontos da lavoura, considerando-se, como resultado, a média de todos os pontos amostrados. Para lagartas desfolhadoras (A. gemmatalis e P. includens) devem ser controladas quando forem encontradas, em média, 20 lagartas grandes (>1,5 cm) por 1m (uma fileira de plantas), ou com menor número se a desfolha atingir 30%, antes da floração, e 15% tão logo apareçam as primeiras flores.
8 Para percevejos o controle deve ser iniciado quando forem encontrados 2 percevejos adultos ou ninfas com mais de 0,5cm por metro. Em campos de produção de sementes, o nível deve ser reduzido para 1 percevejo por metro. Para broca das axilas o controle deve ocorrer quando a lavoura apresentar em torno de 25% a 30% de plantas com ponteiros atacados. Para tamanduá-da-soja, se a lavoura apresentar 1 adulto/m para plantas até o V3 e 2 adultos/m para plantas de V4 a V6, deve-se proceder o controle, da mesma forma que para lagartas-das-vagens onde este é recomendado a partir de 10% de vagens atacadas. Para a lagarta-da-soja Anticarsia gemmatalis, podem ser utilizado os produtos Ampligo (lambda-cialotrina + chlorantraniliprole), Match EC (Lufenurom) e Engeo Pleno (tiametoxam + lambda-cialotrina). - O Ampligo para o controle de Anticarsia deve ser utilizado na dosagem de 15 a 20 ml ha -1 enquanto que para Lagarta-falsa-medideira (Pseudoplusia includens) e Lagarta falsa-medideira (Pseudoplusia includens) a dose deve ser de 50 a 75 ml ha O Match EC no controle de Anticarsia deve ser utilizado na dosagem de 150 ml ha O Engeo para Anticarsia pode ser utilizado na dose de ml ha -1 enquanto que para o percevejo verde (Nezara viridula), percevejo verde pequeno (Piezodorus guildinii), percevejo marrom (Euschistus heros) pode ser utilizado o Engeo Pleno (Tiametoxam) na dose de 150 a 200 ml ha -1, com um número máximo de 2 aplicações. Para mosca branca (Bemisia sp.) a dose recomendada de Engeo Pleno é de 200 ml ha-1 com no máximo 2 aplicações. No manejo de resistência de lagartas na cultura da soja pode ser adotado o Curyon (400ml ha-1) que ainda tem efeito positivo no controle de percevejos. Um cuidado especial deve ser dado para a lagarta falsa-medideira que em especial no último ano aumentou muito a sua freqüência nas lavouras de soja, causando danos significativos às plantas e exigindo ações de controle por parte dos agricultores atingidos.
9 O seu controle é mais difícil do que o da lagarta-da-soja porque ela é menos suscetível aos produtos químicos em geral, demandando doses maiores. Como ela ocorre em soja mais desenvolvida, geralmente durante e após a época de floração, quando a soja já está fechada, obrigando o agricultor a aplicar adequadamente os inseticidas para efetivar o seu controle, adotando tecnologia de aplicação, com volume de calda e bicos (pontas) adequados. No caso de ocorrência de Helicoverpa armigera é imprescindível pensar em manejo integrado, pois o uso inadequado de inseticidas pode agravar o problema. As táticas de manejo de pragas dos sistemas produtivos envolvem vários aspectos e um deles é o controle químico. Tão importante quanto usar os inseticidas, é saber como usá-los e quando usá-los. Os inseticidas devem ser aplicado apenas quando a população de pragas atingir o nível de ação recomendado e usar apenas os inseticidas legalmente recomendados para controle da praga, preferindo utilizar inseticidas seletivos e rotacionando os diferentes modos de ação. Outro ponto essencial é a utilização de uma boa tecnologia de aplicação (boas condições climáticas, pressão, volume, bico adequados etc). Os inseticidas liberados para utilização são o Baculovírus, cujo o ingrediente ativo é o vírus VPN-HzSNPV, é um inseticida biológico recomendado para soja e algodão. A forma de aplicação é via uma prémistura com um pouco de água sendo apresentável como uma suspensão. Outro inseticida biológico é conhecido há décadas no Brasil como Bacillus thuringiensis, e tem a recomendação terrestre e aérea utilizando entre 500 a 750 gramas por hectare. A dosagem em alto volume é de 200 litros de calda por hectare, e em baixo volume um mínimo de 40 litros por hectare. Um outro produto é a base de Clorantraniliprole, contudo este produto não está sendo produzido pela Syngenta. Devido a adoção da tecnologia BtRR2 não deve ser utilizado o inseticida a base de Bacillus thuringiensis por se tratar da mesma tecnologia. Da mesma forma, este inseticida não pode ser utilizado sobre
10 nenhuma hipótese na área de refúgio que deve ser de 10%. Contudo, resultados prévios têm mostrado que a tecnologia Bt tem mostrado um bom controle para a Helicoverpa armigera. No refúgio é indicado que utilize uma cultivar RR1 para facilitar o manejo com glifosato. Apenas lembramos que a rotação de modos de ação deve ser utilizável para o controle de qualquer inseto e também deve ser estendido para o controle de doenças. As principais doenças a serem consideradas são a antracnose, as doenças de Final de Ciclo (DFC), ferrugem, oídio, nematoides e podridões radiculares. Para o controle de doenças fúngicas é importante entender as doenças de ocorrência e efetuar o seu monitoramento. Visando aumentar a eficiência no controle é recomendado a utilização de mistura para ampliar o espectro de ação, visando um bom controle da doença quando a resistência a um determinado ativo esteja presente e também para ter o manejo de resistência. Neste último ponto é necessário que os componentes da mistura tenham eficiência contra o alvo biológico quando utilizados isolados. Atualmente tem sido intensificado o período de Vazio sanitário que consiste no período ao qual é proibido o plantio de soja ou a permanência de soja guaxa na lavoura. Este manejo visa evitar a ocorrência do hospedeiros para as doenças. Este manejo tem sido muito importante para o controle da ferrugem asiática. Há relatos de que a doença está entrando mais tarde nas lavouras e com menos intensidade. O controle das doenças por meio da resistência genética é a forma mais econômica e de melhor aceitação pelo agricultor. Entretanto, para um grande número delas não existem cultivares resistentes (ex. mofo branco, tombamento e podridão radicular de rizoctonia) ou o número de cultivares resistentes é limitado (ex. nematoides de galhas e nematoide de cisto. Portanto, a convivência econômica com as doenças depende da ação de vários fatores de um sistema integrado de manejo da cultura.
11 Para o tratamento de sementes pode ser utilizado o Maxim XL (fludioxonil + metalaxyl M) que apresenta bom controle para as podridões. A dose utilizada pode ser de 100 ml pc/100 kg de semente. Para incrementar o tratamento de sementes contra insetos pode ser utilizado o Cruise 750 WS (tiametoxam) na dose de 100 g/100kg. O manejo da ferrugem asiática consiste na utilização de cultivares de ciclo precoce e semeaduras no início da época recomendada, para evitar a maior carga de esporos do fungo que irá iniciar a multiplicação nas primeiras semeaduras. Fungos causadores de ferrugens são classificados como biotróficos, ou seja, necessitam do hospedeiro vivo para sobreviver e se multiplicar. Portanto a sobrevivência de P. pachyrhizi, na entressafra, pode ocorrer em cultivos de soja pois o fungo infecta 95 espécies de plantas, em mais de 42 gêneros. O Mato Grosso implementou o vazio sanitário (período sem plantas de soja vivas no campo), com o objetivo de reduzir a quantidade de inóculo nos cultivos da safra de verão. O monitoramento da doença e sua identificação nos estádios iniciais são essenciais para a utilização eficiente do controle químico, devendo ser realizada a vistoria frequente da lavoura. A aplicação deve ser feita logo após a detecção dos sintomas iniciais da doença (traços da doença) na lavoura ou preventivamente. A decisão sobre o momento de aplicação (sintomas iniciais ou preventiva) deve ser técnica baseada na presença da ferrugem na região, no estádio fenológico da cultura, nas condições climáticas e na logística de aplicação (disponibilidade de equipamentos e no tamanho da propriedade), na presença de outras doenças e no custo do controle. Após constatação do fungo na região, utilizar produtos com maior eficiência de controle. O atraso na aplicação, após constatados os sintomas iniciais, pode acarretar em redução de produtividade, caso a condição climática favoreça o progresso da doença. Para realizar o monitoramento, deve-se considerar que a doença se inicia pelas folhas inferiores da planta, devendo o monitoramento sempre ser realizado a partir do terço inferior das plantas. O número e a
12 necessidade das re-aplicações vão ser determinados pelo estádio inicial em que for identificada a doença na lavoura, pelo residual dos produtos e pelas condições climáticas. O monitoramento das lavouras é recomendado a partir da emissão das primeiras folhas no estádio vegetativo, uma vez que a doença pode ocorrer em qualquer estádio fenológico da cultura (o monitoramento deve ser intensificado e quase diário, nas semeaduras mais tardias e uma vez detectada a ferrugem na região). Para controle da ferrugem da soja o fungicida Elatus é uma ótima novidade que aparece no mercado para a safra 2014/15. É um fungicida com modo de ação de amplo espectro e um excelente controle sobre a ferrugem. O fungicida tem como base a nova molécula da Syngenta, Solatenol junto com a molécula azoxistrobina e apresenta maior proteção, efeito guardião por proteger a folha de soja por dentro e por fora, efeito residual de até sete dias a mais, duplo bloqueio da respiração do fungo e agilidade na paralização do fungo em apenas 48 segundos. O Elatus pode ser utilizado na dose de 200 ml ml ha -1 e assim como o Priori Extra deve ser aplicado junto com o Nimbus na dosagem de 500 ml ha -1. Para ferrugem asiática, crestamento-foliar, mancha-parda, oídio, mela, mancha alvo e antracnose um produto que pode ser utilizado é o Priori Extra (azoxistrobina + ciproconazol) na dosagem e 300 ml ha -1. Se todo o manejo recomendado for seguido (tirando fatores bióticos, como chuva, seca) a propriedade atingirá a eficiência na produtividade gerando um retorno financeiro compensador ao proprietário. Bibliografia consultada o_competicao_funcidas.pdf
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