Secretaria Adjunta de Orçamento Superintendência de Convênios Manual de Captação e Ingresso de Recursos - v.2017

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Secretaria Adjunta de Orçamento Superintendência de Convênios Manual de Captação e Ingresso de Recursos - v.2017"

Transcrição

1 EXPEDIENTE: Governador: Pedro Taques Secretário de Estado de Planejamento: Guilherme Muller Secretária Adjunta de Orçamento: Roberta M. A. C. P. Penna Superintendente de Convênios: Daniela Sampaio Steinle Equipe Técnica: Vanderson Dutra - Coordenador de Captação de Ingresso de Recursos Agno Francisco Sólon Vasconcelos - Gestor Governamental Keila Coimbra - Analista Administrativo

2 SUMÁRIO I - Introdução: 6 II - Conceitos Iniciais: 8 Convênio 8 Contrato de Repasse 8 Termo de Parceria 9 Termo de Colaboração 9 Termo de Fomento 9 Acordo de Cooperação 10 Partícipes 10 Origem dos Recursos 11 O Siconv e o Portal de Convênios do Governo Federal 12 Fases do Convênio 13 Proposição 14 Celebração/Formalização 17 Execução 24 Prestação de Contas 37 Tomada de Contas Especial 40 III - Legislação dos Convênios e Contratos de Repasse 44 Portaria 66 e Portaria 67/2017: 52 Portaria Interministerial nº 277, de 3 de Outubro de IV- Programas, Projetos e Atividades 63

3 Partes Interessadas 71 Problema 75 Diagnóstico 80 Estudo do Ambiente 82 Estudo de Necessidade/Demanda 82 Objetivos Gerais ou de Impacto 83 Objetivos do Produto 85 Indicadores 87 Metas 88 Premissas 90 Avaliação 91 Análise da Eficiência 91 Fluxo de Custos 95 Análise da Eficácia 96 Roteiro para Elaboração do Projeto Itens do Projeto 97 Itens do Projeto 97 V- Captação De Recursos Federais (Via Transferências Da União) 111 Origem dos Recursos 112 Plano Plurianual - PPA 113 PPA Eixos Estratégicos 114 Lei De Diretrizes Orçamentárias - LDO 115 Lei orçamentária anual - LOA 116 Emendas Parlamentares 118

4 Fluxo de elaboração do orçamento: 120 Emendas Parlamentares Individuais ou Coletivas 121 Orçamento Impositivo 123 Emendas quanto aos Beneficiários 124 Legislação Aplicável Ao Processo Orçamentário 125 PPA MODALIDADES DE TRANSFERÊNCIAS DE RECURSOS DA UNIÃO 138 Transferências Constitucionais 138 Transferências Legais 139 Transferências Voluntárias 141 Elaboração, Gestão de Projetos e a Captação de Recursos 142 Captação de Recursos de Fontes Externas 144 Principais Instituições de Crédito Internacionais: 145 Financiamentos Externos 155 Comissão de Financiamentos Externos 155 Composição da COFIEX 156 Secretaria Executiva da COFIEX 157 Grupos Técnicos da COFIEX 158 Requisitos para Escolha dos Projetos Financiados 160 Carta Consulta 161 Pré-Requisitos para a Carta-Consulta 162 Orientações para captação de recursos por meio de emendas Parlamentares 165 Principais datas de tramitação do Orçamento Federal 165

5 Restrições 166 Tipos de Emendas 167 Execução 168 Fluxo das ações 169 A Política Adotada pelo Governo de Minas Gerais para Captação de Recursos Federais por meio de Emendas Parlamentares 172 Referências: 175

6 I - Introdução: O Brasil vive uma das maiores crises econômicas de sua história, conforme se vê, principalmente, na deterioração das contas públicas, demonstrada pelos déficits fiscais primário projetados para os anos de 2017 e 2018 de mais de 160 bilhões de reais/ano. Essa realidade tem como reflexo a baixa capacidade de investimento dos entes federados em um cenário de grandes necessidades sociais, notadamente em áreas como educação, saúde e assistência social. Dessa forma, a crise econômica também reflete na baixa capacidade de investimentos dos estados da federação, uma vez que o baixo crescimento da economia e, a consequente redução dos recursos arrecadados junto ao setor produtivo, provoca a escassez de recursos públicos, aumentando assim, a crise social em que vivemos. Nesse sentido, faz-se necessário que os estados busquem aumentar sua capacidade de fazer frente às necessidades sociais da população, seja melhorando a eficiência administrativa, e reduzindo assim os gastos e os desperdícios, seja através da capacidade de captar recursos de outras fontes, internas ou externas, e assim, viabilizar projetos prioritários. Dessa forma, essa publicação visa contribuir para a melhoria dos processos, da eficiência operacional e da eficácia das secretarias finalísticas

7 em relação à captação de recursos para viabilizar projetos e assim, contribuir para a melhoria da capacidade de investimentos em políticas públicas no Estado de Mato Grosso. Este documento está focado na operacionalização de procedimentos práticos, baseados nas melhores experiências, utilizando o processo de benchmarking, notadamente, em relação aos estados brasileiros que possuem maior know-how em captação de recursos, tais como: Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Ceará e Goiás, por exemplo. Finalizando, espera-se que este Manual seja utilizado sem moderação, evidenciando a praticidade em sua aplicação, facilitando o trabalho dos colaboradores e contribuindo para a eficiência, eficácia e efetividade das políticas públicas viabilizadas por meio da captação de recursos para realização de projetos estruturantes.

8 II - Conceitos Iniciais: Convênio É todo e qualquer instrumento formal que discipline a transferência de recursos financeiros dos orçamentos da União para um órgão ou entidade da administração pública estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, ou ainda entidade filantrópica sem fins lucrativos na área da saúde ( 1º do art. 199 da Constituição Federal/1988). Sua finalidade é a execução de programa de governo envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação. Contrato de Repasse Instrumento administrativo usado na transferência dos recursos financeiros por intermédio de instituição ou agente financeiro público federal, que atua como mandatário da União. A instituição que mais fortemente vem operando essa modalidade de transferência é a Caixa Econômica Federal (

9 Termo de Parceria Instrumento jurídico previsto na Lei 9.790/1999 para transferência de recursos para Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). Termo de Colaboração Instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela administração pública que envolvam a transferência de recursos financeiros. Termo de Fomento Instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pelas organizações da sociedade civil que envolvam a transferência de recursos financeiros.

10 Acordo de Cooperação Instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de recursos financeiros. Partícipes Os instrumentos jurídicos utilizados nas transferências de recursos orçamentários abrangem proponentes, concedentes e convenentes, contratantes e contratados, assim definidos: Proponente: órgão ou entidade pública ou privada sem fins lucrativos que manifeste, por meio de proposta de trabalho, interesse em firmar convênio, contrato de repasse, termo de parceria, termo de colaboração ou termo de fomento. Concedente: órgão ou entidade da administração pública federal, direta ou indireta, responsável pela transferência dos recursos financeiros ou pela descentralização dos créditos orçamentários destinados à execução do objeto do convênio. Convenente: órgão ou entidade da administração pública, direta ou indireta, de qualquer esfera de governo, consórcio público ou entidade privada sem fins lucrativos, com o qual a administração federal pactua a execução de programa, projeto, atividade ou evento mediante convênio. Contratante: órgão ou entidade da administração pública federal, direta ou indireta, que pactua a execução de programa, projeto,

11 atividade ou evento, por intermédio de instituição financeira federal (mandatária) mediante celebração de contrato de repasse. Contratado: órgão ou entidade da administração pública, direta ou indireta, de qualquer esfera de governo, consórcio público ou entidade privada sem fins lucrativos, com a qual a administração federal pactua a execução de contrato de repasse. Origem dos Recursos As dotações orçamentárias destinadas aos convênios são alocadas no Orçamento Geral da União (OGU) de duas maneiras: 1. Contemplação nominal do estado, do município ou da entidade privada sem fins lucrativos por meio da proposta do Executivo ou de emenda ao Orçamento da União por deputado federal ou senador. Ao ser publicada a Lei Orçamentária, já haverá previsão dos recursos para a consecução do objeto proposto na emenda. 2. Não contemplação explícita, mas o programa orçamentário destina recursos para a região onde se localiza o pretendente e prevê sua aplicação por meio de órgão ou entidade estadual, municipal ou não governamental (identificase essa previsão pelas seguintes modalidades de destinação: 30 governo estadual; 40 administração municipal; e 50 entidade privada sem fins lucrativos). O acesso a esses recursos pelo interessado dá-se de duas formas: 1. Proposta ou projeto formulados pelo próprio interessado diretamente ao ministério ou à entidade que disponha de recursos aplicáveis ao objeto pretendido.

12 Após análise da necessidade e da viabilidade do objeto proposto, das informações cadastrais do proponente e da sua regularidade, o ministério ou a entidade poderá aprovar o convênio e liberar os recursos. No caso da execução obrigatória de emendas parlamentares individuais, os proponentes deverão apresentar a proposta e o plano de trabalho por meio do Siconv, no prazo estabelecido pelo governo federal. A programação orçamentária não será executada se o ministério repassador dos recursos verificar impedimento de ordem técnica à celebração dos convênios. 2. O ministério ou a entidade federal detectam as necessidades locais ou desejam implementar programas federais na região. Os municípios são, então, contatados para que efetivem sua participação no programa. O Siconv e o Portal de Convênios do Governo Federal O Siconv é o sistema informatizado do governo federal no qual serão registrados todos os atos relativos ao processo de operacionalização das transferências de recursos por meio de convênios, contratos de repasse, termos de parceria, termos de colaboração e termos de fomento, desde sua proposição e análise, passando pela celebração, liberação de recursos e acompanhamento da execução, até a prestação de contas. As informações registradas no Siconv são abertas à consulta pública na internet, no Portal de Convênios ( Não são registrados no Siconv os termos de execução descentralizada (Decreto 8.180/2013), mediante os quais são ajustadas as transferências de crédito orçamentário entre unidades gestoras de um mesmo órgão ou

13 entidade da administração pública federal. A descentralização do crédito é realizada no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). 1 Fases do Convênio Normalmente, um convênio envolve quatro fases: Proposição; Celebração/formalização; Execução; Prestação de contas. Durante cada fase é importante ficar atento à legislação sobre o assunto para evitar que o convênio ou sua prestação de contas sejam rejeitados. A seguir serão comentadas cada uma dessas fases e seus respectivos procedimentos, buscando a perfeita execução e prestação de contas dos convênios, contratos de repasse e termos de parceria, sem prejuízo de serem citados os dispositivos pertinentes da Portaria Interministerial nº 424/2016, que regulamenta as transferências voluntárias. Os termos de colaboração e os termos de fomento também envolvem essas fases, mas possuem procedimentos próprios criados pelo 1 Brasil, Tribunal de Contas da União. Convênios e outros repasses/ Tribunal de Contas da União. - 5ª Ed. -Brasília: Secretaria-Geral de Controle Externo, 2014.

14 Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC). Proposição De acordo com a definição da Portaria Interministerial nº 424/2016, proponente é o órgão ou entidade pública ou entidade privada sem fins lucrativos que manifeste, por meio de proposta ou plano de trabalho, interesse em celebrar instrumento regulado pela Portaria, que regula os instrumentos de repasse celebrados pelos órgãos e entidades da Administração Pública Federal com órgãos ou entidades públicas ou entidades privadas sem fins lucrativos para a execução de programas, projetos e atividades de interesse recíproco, que envolvam a transferência de recursos financeiros oriundos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União. Já proposta de trabalho, conforme a mesma Portaria é a peça processual inicial utilizada para manifestação formal dos órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, interessadas em celebrar os instrumentos regulamentados por esta Portaria, cujo conteúdo contempla a descrição do objeto; a justificativa; a indicação do público alvo; a estimativa dos recursos do concedente e contrapartida e as informações relativas à capacidade técnica e gerencial do proponente. Antes de submeter a proposta de trabalho, o proponente deve se cadastrar previamente no sistema SICONV - Sistema de Convênios, por

15 meio de qualquer terminal ligado à rede de computadores - Internet, e inserir os dados básicos solicitados, conforme prevê o art. 14 da PI nº 424/2016: Art. 14. Os órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos que pretendam celebrar os instrumentos regulamentados por esta Portaria ou termos de parceria com a Administração Pública Federal deverão realizar cadastramento prévio no SICONV. 1º O cadastramento prévio no SICONV poderá ser realizado em qualquer terminal de acesso à internet e permitirá o acesso ao Sistema e a operacionalização de todas as etapas e fases dos instrumentos regulados por esta Portaria. 2º O cadastramento conterá, no mínimo, as seguintes informações: I - razão social, número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ, endereço, telefone e endereço eletrônico; e II - relação nominal dos dirigentes, com endereço, telefone, endereço eletrônico, número e órgão expedidor da carteira de identidade e Cadastro de Pessoas Físicas - CPF. 3º Os órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos são responsáveis pelas informações inseridas no cadastramento e deverão atualizá-las sempre que houver modificação ou solicitação do próprio Sistema. 4º O cadastro no SICONV dos órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos que não atualizarem ou confirmarem as informações, na forma do 3º deste artigo, ficará com status de pendente e impossibilitará a celebração de novos instrumentos até a regularização do cadastro. Os requisitos para apresentação de propostas e a análise pelo concedente, são descritas nos artigos 15, 16 e 17 da PI nº 424/2016, conforme segue: Art. 15. Para apresentar proposta de trabalho, o interessado deverá estar cadastrado no SICONV.

16 Art. 16. O proponente cadastrado manifestará seu interesse em celebrar os instrumentos regulados por esta Portaria mediante apresentação de proposta de trabalho no SICONV, em conformidade com o programa e com as diretrizes disponíveis no Sistema, que conterá, no mínimo: I - descrição do objeto a ser executado; II - justificativa contendo a caracterização dos interesses recíprocos, a relação entre a proposta apresentada e os objetivos e diretrizes do programa federal, e a indicação do público alvo, do problema a ser resolvido e dos resultados esperados; III - estimativa dos recursos financeiros, discriminando o repasse a ser realizado pelo concedente ou mandatária e a contrapartida prevista para o proponente, especificando o valor de cada parcela e do montante de todos os recursos, na forma estabelecida em lei; IV - previsão de prazo para a execução; e V - informações relativas à capacidade técnica e gerencial do proponente para execução do objeto. Parágrafo único. A descrição do objeto deverá ser realizada de forma concisa, se possível padronizada, e deverá estar em conformidade com os objetivos e diretrizes do programa que irá recepcionar a proposta de trabalho. Art. 17. O concedente analisará a proposta de trabalho e: I - no caso da aceitação: a) realizará o pré-empenho, que será vinculado à proposta e só poderá ser alterado por intermédio do SICONV; e b) solicitará ao proponente a inclusão do plano de trabalho no SICONV. II - no caso de recusa: a) registrará o indeferimento no SICONV; e b) comunicará ao proponente o indeferimento da proposta. Os requisitos do Plano de Trabalho e os critérios de análise pelo concedente estão descritos no art. 19 da PI nº 424/2016:

17 Art. 19. O plano de trabalho, que será avaliado pelo concedente, conterá, no mínimo: I - justificativa para a celebração do instrumento; II - descrição completa do objeto a ser executado; III - descrição das metas a serem atingidas; IV - definição das etapas ou fases da execução; V - compatibilidade de custos com o objeto a ser executado; VI - cronograma de execução do objeto e cronograma de desembolso; e VII - plano de aplicação dos recursos a serem desembolsados pelo concedente e da contrapartida financeira do proponente, se for o caso. Art. 20. O plano de trabalho será analisado quanto à sua viabilidade e adequação aos objetivos do programa e, no caso das entidades privadas sem fins lucrativos, será avaliada sua qualificação técnica e capacidade operacional para gestão do instrumento, de acordo com critérios estabelecidos pelo órgão ou entidade repassador de recursos. 1º Será comunicada ao proponente qualquer irregularidade ou imprecisão constatadas no plano de trabalho, que deverá ser sanada no prazo estabelecido pelo concedente. 2º A ausência da manifestação do proponente no prazo estipulado implicará na desistência no prosseguimento do processo. 3º Os ajustes realizados durante a execução do objeto integrarão o plano de trabalho, desde que submetidos e aprovados previamente pela autoridade competente. Celebração/Formalização Antes da celebração do convênio o proponente (entidade privada sem fins lucrativos) deve possuir no mínimo três anos de atuação na área do objeto do programa. Caso a Proposta e o Plano de Trabalho sejam aprovados, o órgão ou a entidade da Administração Pública Federal,

18 repassador dos recursos financeiros, realizará o pré-empenho, que será vinculado à proposta e só poderá ser alterado por intermédio do Portal dos Convênios SICONV, dando início aos ritos de celebração do convênio. O gestor de convênios, nessa ação, deverá ter especial atenção com alguns procedimentos que serão determinantes para a execução do instrumento, sendo eles: Dar publicidade; Atender às cláusulas suspensivas, se existirem; Ler atentamente o termo de convênio ou contrato; Acompanhar os termos de referência/projeto básico; Promover os ajustes necessários no Plano de Trabalho; e Regularizar a conta bancária. De acordo com a PI nº 424/2016, são condições para celebração a regularidade fiscal, orçamentária e creditícia do convenente (Administração Pública), conforme prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e demais normas aplicáveis. Art. 22. São condições para a celebração de instrumentos, a serem cumpridas pelo convenente, conforme previsto na Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e nas demais normas aplicáveis: (...) Para os convenentes do tipo organização da sociedade civil - OSC, são exigidos, previamente à celebração, os requisitos: (...)

19 III - regularidade quanto a Tributos Federais, a Contribuições Previdenciárias e à Dívida Ativa da União, conforme dados da Certidão Negativa de Débitos relativos a Créditos Tributários Federais e à Dívida Ativa da União de que trata a Portaria PGFN/RFB nº 1.751, de 2 de outubro de 2014, fornecida pelos sistemas da Secretaria da Receita Federal do Brasil -RFB e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional -PGFN, em atendimento ao disposto na alínea "a" do inciso IV do 1º do art. 25 da Lei Complementar nº 101, de 2000, no inciso IV do art. 27, no art. 29 e no art. 116, todos da Lei nº 8.666, de 1993, e no 3º do art. 195 da Constituição Federal, sendo válida a informação no prazo e condições da respectiva certidão; IV - regularidade perante o Poder Público Federal, conforme consulta ao Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados do Setor Público Federal -CADIN, cuja verificação da existência de débitos perante os órgãos e entidades do Poder Público Federal atende o disposto no art. 6º da Lei nº , de 2002, sendo sua comprovação verificada por meio da informação do cadastro mantido no Sistema de Informações do Banco Central do Brasil - SISBACEN, do Banco Central do Brasil -BACEN, e de acordo com os procedimentos da referida Lei; V - regularidade quanto a Contribuições para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, conforme dados do Certificado de Regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - CRF/FGTS, fornecido pelo Sistema de Controle da Caixa Econômica Federal - CAIXA, cuja comprovação de regularidade, quanto ao depósito das parcelas devidas ao Fundo, atende ao disposto nos arts. 29, inciso IV, e 116 da Lei nº 8.666, de 1993, e art. 25, inciso IV da Lei Complementar nº 101, de 2000, sendo válida no prazo e condições do respectivo certificado; VI - regularidade quanto à Prestação de Contas de Recursos Federais recebidos anteriormente, mediante consulta: a) ao Subsistema Transferências do Sistema de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI, da Secretaria do Tesouro Nacional - STN, para os instrumentos firmados sob a égide da Instrução Normativa STN nº 1, de 15 de janeiro de 1997; b) ao SICONV, para aqueles firmados sob a égide da Portaria Interministerial MP/MF/MCT nº 127, de 2008, da Portaria Interministerial nº 507/MP/MF/CGU, de 24 de novembro de 2011, e sob a égide desta Portaria;

20 (...) São exigidos de todos os convenentes, previamente à celebração, as condições elencadas no art. 23 da PI nº 424/2016: Art. 23. Sem prejuízo do disposto no art. 22 desta Portaria, são condições para a celebração de instrumentos: I - cadastro do convenente atualizado no SICONV no momento da celebração, nos termos do art. 14 desta Portaria; II - Plano de Trabalho aprovado; III - licença ambiental prévia, quando o instrumento envolver obras, instalações ou serviços que exijam estudos ambientais, na forma disciplinada pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA; e IV - comprovação do exercício pleno dos poderes inerentes à propriedade do imóvel, mediante certidão emitida pelo cartório de registro de imóveis competente, quando o instrumento tiver por objeto a execução de obras ou benfeitorias no imóvel. A respeito da formalização, a PI nº 424/2016, nos artigos 26 e 27, estabelecem as cláusulas indispensáveis ao instrumento, conforme seguem: Art. 26. O preâmbulo do instrumento conterá a numeração sequencial no SICONV, a qualificação completa dos partícipes e a finalidade. Parágrafo único. Constará também no preâmbulo a qualificação completa do interveniente e da mandatária, quando houver. Art. 27. São cláusulas necessárias nos instrumentos regulados por esta Portaria as que estabeleçam: I - o objeto e seus elementos característicos, em consonância com o plano de trabalho, que integrará o termo celebrado independentemente de transcrição; II - as obrigações de cada um dos partícipes;

21 III - a contrapartida, observados os ditames previstos no art. 18, desta Portaria; IV - as obrigações do interveniente, quando houver, sendo vedada a execução de atividades previstas no plano de trabalho; V - a vigência, fixada de acordo com o prazo previsto para a consecução do objeto e em função das metas estabelecidas; VI - a obrigação do concedente prorrogar "de ofício" a vigência do instrumento antes do seu término, quando der causa a atraso na liberação dos recursos, limitada a prorrogação ao exato período do atraso verificado; VII - a prerrogativa do órgão ou entidade transferidor dos recursos financeiros assumir ou transferir a responsabilidade pela execução do objeto, no caso de paralisação ou da ocorrência de fato relevante, de modo a evitar sua descontinuidade; VIII - a classificação orçamentária da despesa, mencionando-se o número e data da nota de empenho e declaração de que, em termos aditivos ou apostilas, indicar-se-ão os créditos e empenhos para sua cobertura, de cada parcela da despesa a ser transferida em exercício futuro; IX - o cronograma de desembolso conforme o plano de trabalho, incluindo os recursos da contrapartida pactuada, quando houver; X - a obrigatoriedade de o convenente incluir regularmente no SICONV as informações e os documentos exigidos por esta Portaria, mantendo-o atualizado; XI - a obrigatoriedade de restituição de recursos, nos casos previstos nesta Portaria; XII - no caso de órgão ou entidade pública, a informação de que os recursos para atender às despesas em exercícios futuros, no caso de investimento, estão consignados no plano plurianual ou em prévia lei que os autorize; XIII - a obrigação do convenente de manter e movimentar os recursos na conta bancária específica do instrumento em instituição financeira oficial, federal ou estadual, e, no caso de contratos de repasse, exclusivamente em instituição financeira federal; XIV - a indicação da obrigatoriedade de contabilização e guarda dos bens remanescentes pelo convenente e a manifestação de compromisso de utilização dos bens para assegurar a

22 continuidade de programa governamental, devendo estar claras as regras e diretrizes de utilização; XV - a forma pela qual a execução física do objeto será acompanhada pelo concedente ou mandatária, inclusive com a indicação dos recursos humanos e tecnológicos que serão empregados na atividade ou, se for o caso, a indicação da participação de órgãos ou entidades previsto no 3 do art. 55 desta Portaria, devendo ser suficiente para garantir o pleno acompanhamento e a verificação da execução física do objeto pactuado; XVI - o livre acesso dos servidores do órgão ou entidade pública concedente, da mandatária e os do controle interno do Poder Executivo Federal, bem como do Tribunal de Contas da União aos processos, documentos, informações referentes aos instrumentos de transferências regulamentados por esta Portaria, bem como aos locais de execução do objeto, inclusive, nos casos em que a instituição financeira oficial não controlada pela União faça a gestão da conta bancária específica do termo; XVII - a faculdade dos partícipes rescindirem o instrumento, a qualquer tempo; XVIII - a previsão de extinção obrigatória do instrumento em caso de o projeto básico ou termo de referência não terem sido aprovados ou apresentados no prazo estabelecido, quando for o caso; XIX - a indicação do foro para dirimir as dúvidas decorrentes da execução dos instrumentos; XX - a obrigação de o convenente inserir cláusula nos contratos celebrados para execução do instrumento que permitam o livre acesso dos servidores do órgão ou entidade pública concedente, bem como dos órgãos de controle, aos documentos e registros contábeis das empresas contratadas, na forma dos arts. 45 e 49 a 51 desta Portaria; XXI - a sujeição do instrumento e sua execução às normas do Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007, bem como do Decreto nº , de 23 de dezembro de 1986, e a esta Portaria; XXII - a previsão de, na ocorrência de cancelamento de restos a pagar, que o quantitativo possa ser reduzido até a etapa que não prejudique a funcionalidade do objeto pactuado; XXIII - a forma de liberação dos recursos ou desbloqueio, quando se tratar de contrato de repasse;

23 XXIV - a obrigação de prestar contas dos recursos recebidos no SICONV; XXV - o bloqueio de recursos na conta corrente vinculada, quando se tratar de contrato de repasse; XXVI - a responsabilidade solidária dos entes consorciados, nos instrumentos que envolvam consórcio público; XXVII - o prazo para devolução dos saldos remanescentes e a apresentação da prestação de contas; XXVIII - as obrigações da unidade executora, quando houver; XXIX - a autorização do convenente para que o concedente ou mandatária solicitem junto à instituição financeira albergante da conta corrente específica, a transferência dos recursos financeiros por ele repassados, bem como os seus rendimentos, para a conta única da União, caso os recursos não sejam utilizados no objeto da transferência pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias; XXX - a forma e a metodologia de comprovação do cumprimento do objeto; XXXI - a obrigação do concedente de dispor de condições e de estrutura para o acompanhamento e verificação da execução do objeto e o cumprimento dos prazos relativos à prestação de contas; XXXII - vedação ao estabelecimento, por parte do convenente, de instrumentos com entidades impedidas de receber recursos federais; XXXIII - a autorização do convenente para que o concedente solicite, à instituição financeira albergante da conta corrente bancária da transferência, o resgate dos saldos remanescentes, nos casos em que não houver a devolução dos recursos no prazo previsto no art. 60 desta Portaria; XXXIV - a obrigatoriedade do concedente e do convenente de divulgar em sítio eletrônico institucional as informações referentes a valores devolvidos, bem como a causa da devolução, nos casos de não execução total do objeto pactuado, extinção ou rescisão do instrumento; XXXV - a obrigação do concedente em notificar o convenente previamente a inscrição como inadimplente no SICONV, quando detectadas impropriedades ou irregularidades no acompanhamento da execução do objeto do instrumento, devendo ser incluída no aviso a respectiva Secretaria da Fazenda

24 ou secretaria similar, e o Poder Legislativo do órgão responsável pelo instrumento. XXXVI - a ciência sobre a não sujeição ao sigilo bancário, quanto a União e respectivos órgãos de controle, por se tratar de recurso público; e XXXVII - descrição dos parâmetros objetivos que servirão de referência para a avaliação do cumprimento do objeto, nos instrumentos enquadrados nos níveis I e IV. 1º Todas as informações relativas à celebração, execução, acompanhamento, fiscalização e de prestação de contas, inclusive aquelas referentes à movimentação financeira dos instrumentos, serão públicas, exceto nas hipóteses legais de sigilo fiscal e bancário e nas situações classificadas como de acesso restrito, consoante o ordenamento jurídico. 2º Para a realização de transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios, os órgãos e entidades da Administração Pública Federal somente poderão celebrar instrumentos contendo cláusula que obrigue o convenente ao cumprimento das normas do Decreto nº 7.983, de 2013, nas licitações que realizar para a contratação de obras ou serviços de engenharia com os recursos transferidos. Execução A execução de um instrumento é a fase onde o convenente realiza todos os atos e procedimentos para realização do objeto pactuado, conforme as cláusulas previstas, bem como ao conjunto de normas que regem os convênios. Neste sentido, é fundamental conhecer as vedações gerais aplicáveis à execução do convênio e do contrato de repasse. Essa disposição está prevista no artigo 38 e seguintes da Portaria Interministerial nº 424/2016, conforme segue: Art. 38. O instrumento deverá ser executado em estrita observância às cláusulas avençadas e às normas pertinentes, inclusive esta Portaria, sendo vedado:

25 I - realizar despesas a título de taxa de administração, de gerência ou similar; II - pagar, a qualquer título, servidor ou empregado público, integrante de quadro de pessoal do órgão ou entidade pública da Administração direta ou indireta, salvo nas hipóteses previstas em leis federais específicas e na Lei de Diretrizes Orçamentárias; III - utilizar, ainda que em caráter emergencial, os recursos para finalidade diversa da estabelecida no instrumento; IV - realizar despesa em data anterior à vigência do instrumento; V - efetuar pagamento em data posterior à vigência do instrumento, salvo se o fato gerador da despesa tenha ocorrido durante a vigência do instrumento pactuado; VI - realizar despesas com taxas bancárias, multas, juros ou correção monetária, inclusive referentes a pagamentos ou recolhimentos fora dos prazos, exceto, no que se refere às multas e aos juros, se decorrentes de atraso na transferência de recursos pelo concedente ou mandatária, e desde que os prazos para pagamento e os percentuais sejam os mesmos aplicados no mercado; VII - transferir recursos para clubes, associações de servidores ou quaisquer entidades congêneres, exceto para creches e escolas para o atendimento pré-escolar; VIII- realizar despesas com publicidade, salvo a de caráter educativo, informativo ou de orientação social, da qual não constem nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal e desde que previstas no plano de trabalho; e

26 IX - pagamento, a qualquer título, a empresas privadas que tenham em seu quadro societário servidor público da ativa, ou empregado de empresa pública, ou de sociedade de economia mista, do órgão celebrante, por serviços prestados, inclusive consultoria, assistência técnica ou assemelhados. 1º No âmbito de instrumentos firmados com entidades privadas sem fins lucrativos poderão ser realizadas despesas administrativas, com recursos transferidos pela União, até o limite fixado pelo órgão público, desde que: I - estejam previstas no plano de trabalho; II - não ultrapassem 15% (quinze) por cento do valor do objeto; e III - sejam necessárias e proporcionais ao cumprimento do objeto do instrumento. Nos instrumentos firmados com as entidades privadas sem fins lucrativos, é permitida a remuneração com recursos do convênio, conforme previsão no plano de trabalho, conforme art. 39 da PI nº 424/2016: Art. 39. Nos instrumentos firmados com entidades privadas sem fins lucrativos, é permitida a remuneração da equipe dimensionada no plano de trabalho, inclusive de pessoal próprio da entidade, podendo contemplar despesas com pagamentos de tributos, FGTS, férias e décimo terceiro salário proporcionais, verbas rescisórias e demais encargos sociais, desde que tais valores:

27 I - correspondam às atividades previstas e aprovadas no plano de trabalho; II - correspondam à qualificação técnica para a execução da função a ser desempenhada; III - sejam compatíveis com o valor de mercado da região onde atua a entidade privada sem fins lucrativos; IV - observem, em seu valor bruto e individual, 70% (setenta) por cento do limite estabelecido para a remuneração de servidores do poder executivo federal; e V - sejam proporcionais ao tempo de trabalho efetivamente dedicado ao instrumento ou contrato de repasse. A PI nº 424/2016, em relação à transparência ativa, prevê a publicidade de todos os instrumentos firmados, por parte dos convenentes, com o objetivo de aumentar o controle social pertinente à execução dos mesmos, de acordo com o artigo 40 da norma: Art. 40. Os convenentes deverão disponibilizar, em seu sítio oficial na internet ou, na sua falta, em sua sede, em local de fácil visibilidade, consulta ao extrato do instrumento ou outro instrumento utilizado, contendo, pelo menos, o objeto, a finalidade, os valores e as datas de liberação e o detalhamento da aplicação dos recursos, bem como as contratações realizadas para a execução do objeto pactuado. Parágrafo único. Para efeito do disposto no caput, a disponibilização do extrato na internet poderá ser suprida com a

28 inserção de link na página oficial do órgão ou entidade convenente que possibilite acesso direto ao Portal de Convênios. No que concerne à liberação dos recursos, a PI nº 424/2016, estabeleceu critérios para aumentar a gestão orçamentária e financeira dos recursos públicos disponibilizados por meio de convênios e contratos de repasse, previsão constante nos artigos 41 e 42 da PI nº 424/2016: Art. 41. A liberação de recursos deverá ocorrer da seguinte forma: I - exceto nos casos de instrumento com parcela única, o valor do desembolso a ser realizado pelo concedente ou pela mandatária referente à primeira parcela, não poderá exceder a 20% (vinte por cento) do valor global do instrumento; II - a liberação da primeira parcela ou parcela única ficará condicionada ao: a) envio pela mandatária e homologação pelo concedente da Síntese do Projeto Aprovado -SPA quando o objeto do instrumento envolver a execução de obras e serviços e engenharia enquadrados nos incisos II e III do art. 3º desta Portaria; e b) conclusão da análise técnica e aceite do processo licitatório pelo concedente ou mandatária; e III - a liberação das demais parcelas, está condicionada a execução de no mínimo 70% (setenta por cento) das parcelas liberadas anteriormente.

29 (...) 8º Na hipótese de inexistência de execução financeira após 180 (cento e oitenta) dias da liberação da primeira parcela o instrumento deverá ser rescindido. 9º A execução financeira mencionada no 8º será comprovada: I - nos casos de aquisição de bens, pela comprovação da realização da despesa, verificada pela quantidade parcial entregue, atestada e aferida; e II - nos casos de realização de serviços e obras, pela verificação da realização parcial com a medição correspondente atestada e aferida. (...) 12 É vedado o aproveitamento de rendimentos para ampliação ou acréscimo de metas ao plano de trabalho pactuado. 13 As receitas oriundas dos rendimentos de aplicação no mercado financeiro não poderão ser computadas como contrapartida devida pelo convenente. (...) 15 É vedado o início de execução de novos instrumentos e a liberação de recursos para o convenente que tiver instrumentos apoiados com recursos do Governo Federal sem execução financeira por prazo superior a 180 (cento e oitenta) dias. (...)

30 Art. 42. Adicionalmente ao disposto no art. 41 desta Portaria, para o recebimento de cada parcela dos recursos, o convenente deverá: I - comprovar o aporte da contrapartida pactuada que, se financeira, deverá ser depositada na conta bancária específica do instrumento em conformidade com os prazos estabelecidos no cronograma de desembolso; e II - estar em situação regular com a execução do plano de trabalho, com execução de no mínimo 70% (setenta por cento) das parcelas liberadas anteriormente. Parágrafo único. A exigência prevista no inciso II do caput é aplicável ao recebimento das parcelas subsequentes à primeira. A Portaria Interministerial nº 424/2016 trata nos capítulos II e III, da contratação de terceiros (controle; contratação por entidades privadas sem fins lucrativos e por órgãos e entidades da administração pública) e dos pagamentos, tópicos que devem ser consultados pelos convenentes quando do registro da execução no sistema SICONV. Já o capítulo IV da PI nº 424/2016, trata do acompanhamento. Neste tópico a portaria traz inovações no tocante à fiscalização da execução dos convênios e contratos de repasse, estabelecendo procedimentos de controle diretamente relacionados aos valores dos instrumentos pactuados, ou seja, para valores menores a portaria estabelece procedimentos de controle simplificados (focando na realização do objeto

31 pactuado), e para valores maiores estabelece procedimentos mais rígidos (focando no acompanhamento concomitante à execução do objeto), inclusive, estabelecendo a verificação da conformidade técnica e financeira do instrumento, que será realizada de forma concomitante. É o que estabelecem os artigos 53 a 58 da PI 424/2016, conforme segue: Art. 53. A execução será acompanhada e fiscalizada de forma a garantir a regularidade dos atos praticados e a plena execução do objeto, respondendo o convenente pelos danos causados a terceiros, decorrentes de culpa ou dolo na execução do instrumento. 1º Os agentes que fizerem parte do ciclo de transferência de recursos são responsáveis, para todos os efeitos, pelos atos que praticarem no acompanhamento e fiscalização da execução do instrumento, não cabendo a responsabilização do concedente por inconformidades ou irregularidades praticadas pelos convenentes, salvo nos casos em que as falhas decorrerem de omissão de responsabilidade atribuída ao concedente. 2º Os processos, documentos ou informações referentes à execução de instrumento não poderão ser sonegados aos servidores do órgão ou entidade pública concedente e dos órgãos de controle interno do Poder Executivo Federal e externo da União. 3º Aquele que, por ação ou omissão, causar embaraço, constrangimento ou obstáculo à atuação do concedente e dos órgãos de controle interno e externo do Poder Executivo

32 Federal, no desempenho de suas funções institucionais relativas ao acompanhamento e fiscalização dos recursos federais transferidos, ficará sujeito à responsabilização administrativa, civil e penal. Art. 54. O concedente deverá prover as condições necessárias à realização das atividades de acompanhamento do objeto pactuado, conforme o plano de trabalho e a metodologia estabelecida no instrumento, programando visitas ao local da execução, quando couber, observados os seguintes critérios: I - na execução de obras e serviços e engenharia com valores de repasse iguais ou superiores a R$ ,00 (duzentos e cinquenta mil reais) e inferiores a R$ ,00 (setecentos e cinquenta mil reais), o acompanhamento e a conformidade financeira serão realizados por meio da verificação dos documentos inseridos no SICONV, bem como, pelas visitas in loco, realizadas considerando os marcos de execução de 50% (cinquenta por cento) e 100% (cem por cento) do cronograma físico, podendo ocorrer outras visitas quando identificada a necessidade pelo órgão concedente ou pela mandatária; II - na execução de obras e serviços e engenharia com valores de repasse iguais ou superiores a R$ ,00 (setecentos e cinquenta mil reais), e inferiores a R$ ,00 (cinco milhões de reais), o acompanhamento e a conformidade financeira serão realizados por meio da verificação dos documentos inseridos no SICONV, bem como, visitas in loco realizadas considerando os marcos de execução de 30% (trinta por cento), 60% (sessenta por cento) e 100% (cem por cento)

33 do cronograma físico, podendo ocorrer outras visitas quando identificada a necessidade pelo órgão concedente; III - na execução de obras e serviços e engenharia com valores de repasse iguais ou superiores a R$ ,00 (cinco milhões de reais), o acompanhamento e a conformidade financeira se dará por meio da verificação dos documentos inseridos no SICONV, bem como com previsão de no mínimo 5 (cinco) visitas ao local, considerando a especificidade e o andamento da execução do objeto pactuado; IV - na execução de custeio e aquisição de equipamentos com valores de repasse iguais ou superiores a R$ ,00 (cem mil reais) e inferiores a R$ ,00 (setecentos e cinquenta mil reais), o acompanhamento e a conformidade financeira será realizado por meio da verificação dos documentos inseridos no SICONV, podendo haver visitas ao local quando identificada a necessidade pelo órgão concedente; e V - na execução de custeio e aquisição de equipamentos com valores de repasse iguais ou superiores a R$ ,00 (setecentos e cinquenta mil reais), o acompanhamento e a conformidade financeira será realizado por meio da verificação dos documentos inseridos no SICONV, bem como pelas visitas ao local, considerando a especificidade do objeto ajustado. 1º No caso de realização de obras e serviços de engenharia, a execução deverá ocorrer, obrigatoriamente, por meio de contrato de repasse, observadas as exceções do inciso I do art. 9º desta Portaria.

34 2º Para os instrumentos enquadrados nos incisos III e V do caput, é vedada a liberação de duas parcelas consecutivas sem que o acompanhamento tenha sido realizado por meio de visitas in loco. 3º Na execução de obras e serviços de engenharia, a liberação dos recursos fica condicionada à apresentação pelo convenente dos boletins de medição com valor superior a 10% (dez por cento) do piso mínimo dos níveis previstos nos incisos I, II e III do art. 3º desta Portaria. 4º Nos convênios cujo objeto seja voltado exclusivamente para a aquisição de equipamentos, a liberação dos recursos deverá ocorrer, preferencialmente, em parcela única. Art. 55. A execução do instrumento será acompanhada por um representante do concedente ou mandatária, registrado no SICONV, que anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas à consecução do objeto, adotando as medidas necessárias à regularização das falhas observadas. 1º No prazo máximo de 10 (dez) dias contado da assinatura do instrumento, o concedente ou a mandatária deverá designar formalmente os servidores ou empregados responsáveis pelo seu acompanhamento. 2º O concedente ou mandatária deverá registrar no SICONV os atos de acompanhamento da execução do objeto e fiscalização do instrumento, conforme disposto no art. 4º desta Portaria. 3º O concedente ou a mandatária, no exercício das atividades de acompanhamento dos instrumentos, poderão:

35 I - valer-se do apoio técnico de terceiros que, no caso dos empreendimentos enquadrados no inciso III do art. 3º desta Portaria, deve ser acompanhado por funcionário do quadro permanente da mandatária, que participará da equipe e assinará em conjunto os documentos técnicos; II - delegar competência ou firmar parcerias com outros órgãos ou entidades que se situem próximos ao local de aplicação dos recursos, com tal finalidade; e III - reorientar ações e decidir quanto à aceitação de justificativas sobre impropriedades identificadas na execução do instrumento. Art. 56. No acompanhamento da execução do objeto serão verificados: I - a comprovação da boa e regular aplicação dos recursos, na forma da legislação aplicável; II - a compatibilidade entre a execução do objeto, o que foi estabelecido no plano de trabalho, e os desembolsos e pagamentos, conforme os cronogramas apresentados; III - a regularidade das informações registradas pelo convenente no SICONV; e IV - o cumprimento das metas do plano de trabalho nas condições estabelecidas. Parágrafo único. A conformidade financeira deverá ser aferida durante toda a execução do objeto, devendo ser complementada pelo acompanhamento e avaliação do cumprimento da execução física do cumprimento do objeto, quando da análise da prestação de contas final.

36 Art. 57. O concedente ou a mandatária comunicará ao convenente quaisquer irregularidades decorrentes do uso dos recursos ou outras pendências de ordem técnica, apurados durante a execução do instrumento, e suspenderão a liberação dos recursos, fixando prazo de 45 (quarenta e cinco) dias para saneamento ou apresentação de informações e esclarecimentos, podendo ser prorrogado por igual período. 1º Recebidos os esclarecimentos e informações solicitados, o concedente ou mandatária, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, apreciará, decidirá e comunicará quanto à aceitação ou não das justificativas apresentadas e, se for o caso, realizará a apuração do dano ao erário. 2º Caso as justificativas não sejam acatadas, o concedente abrirá prazo de 45 (quarenta e cinco) dias para o convenente regularizar a pendência e, havendo dano ao erário, deverá adotar as medidas necessárias ao respectivo ressarcimento. 3º A utilização dos recursos em desconformidade com o pactuado no instrumento ensejará obrigação do convenente devolvê-los devidamente atualizados, conforme exigido para a quitação de débitos para com a Fazenda Nacional, com base na variação da Taxa Referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC, acumulada mensalmente, até o último dia do mês anterior ao da devolução dos recursos, acrescido esse montante de 1% (um por cento) no mês de efetivação da devolução dos recursos à conta única do Tesouro. 4º Para fins de efetivação da devolução dos recursos à União, a parcela de atualização referente à variação da SELIC será

37 calculada proporcionalmente à quantidade de dias compreendida entre a data da liberação da parcela para o convenente e a data de efetivo crédito, na conta única do Tesouro, do montante devido pelo convenente. 5º A permanência da irregularidade após o prazo estabelecido no 2º deste artigo, ensejará o registro de inadimplência no SICONV e, no caso de dano ao erário, a imediata instauração de tomada de contas especial. 6º As comunicações elencadas no caput e nos 1º e 2º deste artigo serão realizadas por meio de correspondência com aviso de recebimento - AR, devendo a notificação ser registrada no SICONV, e em ambos os casos com cópia para a respectiva Secretaria da Fazenda ou secretaria similar, e para o Poder Legislativo do órgão responsável pelo instrumento. Art. 58. O concedente deverá comunicar os Ministérios Públicos Federal e Estadual e à Advocacia-Geral da União quando detectados indícios de crime ou ato de improbidade administrativa. Prestação de Contas Conforme art. 70, parágrafo único, da Constituição Federal de 1988, deverá prestar contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta,

38 assuma obrigações de natureza pecuniária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998). A Portaria Interministerial nº 424/2016, trata do assunto no artigo 59, estabelecendo que a prestação de contas deve iniciar com a liberação da primeira parcela (I); que a conformidade financeira deverá ser realizada durante todo o período de execução do instrumento (II); e, que o prazo para apresentação da prestação de contas final é de 60 dias, do encerramento da vigência ou a conclusão do objeto(iii); conforme abaixo descrito: Art. 59. O órgão ou entidade que receber recursos na forma estabelecida nesta Portaria estará sujeito a prestar contas da sua boa e regular aplicação, observando-se o seguinte: I - a prestação de contas inicia-se concomitantemente com a liberação da primeira parcela dos recursos financeiros que deverá ser registrada pelo concedente no SICONV; II - o registro e a verificação da conformidade financeira, parte integrante do processo de prestação de contas, deverão ser realizados durante todo o período de execução do instrumento, conforme disposto no art. 56 desta Portaria; III- o prazo para apresentação da prestação de contas final será de até 60 (sessenta) dias após o encerramento da vigência ou a conclusão da execução do objeto, o que ocorrer primeiro; e IV - o prazo mencionado no inciso III constará do instrumento. 1º Quando a prestação de contas não for encaminhada no prazo estabelecido no instrumento, o concedente estabelecerá

39 o prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias para sua apresentação. 2º Para os instrumentos em que não tenha havido qualquer execução física, nem utilização dos recursos, o recolhimento à conta única do Tesouro deverá ocorrer sem a incidência dos juros de mora, sem prejuízo da restituição das receitas obtidas nas aplicações financeiras realizadas. 3º Se, ao término do prazo estabelecido, o convenente não apresentar a prestação de contas nem devolver os recursos nos termos do 2º deste artigo, o concedente registrará a inadimplência no SICONV por omissão do dever de prestar contas e comunicará o fato ao órgão de contabilidade analítica a que estiver vinculado, para fins de instauração de tomada de contas especial sob aquele argumento e adoção de outras medidas para reparação do dano ao erário, sob pena de responsabilização solidária. A prestação de contas será composta, além dos documentos e informações registradas pelo convenente no SICONV, pelo seguinte: I - Relatório de Cumprimento do Objeto; II - declaração de realização dos objetivos a que se propunha o instrumento; III - comprovante de recolhimento do saldo de recursos, quando houver; e

40 IV - termo de compromisso por meio do qual o convenente será obrigado a manter os documentos relacionados ao instrumento, nos termos do 3º do art. 4º desta Portaria. (Art. 62 da PI nº 424/2016). A autoridade competente do concedente ou mandatária terá o prazo de 01 (um) ano, prorrogável por igual período, contado do recebimento, para analisar a prestação de contas do instrumento, fundamentado no parecer técnico expedido pelas áreas competentes. Tomada de Contas Especial A Tomada de Contas Especial - TCE é um processo administrativo, com rito próprio, formalizado com os objetivos de apurar a responsabilidade por danos causados aos cofres públicos e obter o respectivo ressarcimento. (Art. 70, PI nº 424/2016). A Tomada de Contas Especial somente deverá ser instaurada depois de esgotadas as providências administrativas a cargo do concedente pela ocorrência de algum dos seguintes fatos: I - a prestação de contas do instrumento não for apresentada no prazo fixado no inciso III do art. 59, observado o 1º do referido artigo desta Portaria; e

41 II - a prestação de contas do instrumento não for aprovada em decorrência de: a) inexecução total ou parcial do objeto pactuado; b) desvio de finalidade na aplicação dos recursos transferidos; c) impugnação de despesas, se realizadas em desacordo com as disposições do termo celebrado ou desta Portaria; d) não utilização, total ou parcial, da contrapartida pactuada, na hipótese de não haver sido recolhida na forma prevista no 1º do art. 60 desta Portaria ( 1º A devolução prevista no caput será realizada observando-se a proporcionalidade dos recursos transferidos e os da contrapartida previstos na celebração independentemente da época em que foram aportados pelas partes); e) inobservância do prescrito no 4º do art. 41 desta Portaria ( 4º Os recursos dos convênios serão depositados e geridos na conta bancária específica do instrumento, exclusivamente em instituições financeiras oficiais federais ou estaduais, e, no caso de contratos de repasse, exclusivamente por instituição financeira federal); f) não devolução de eventual saldo de recursos federais, apurado na execução do objeto, nos termos do art. 60 desta Portaria; e g) ausência de documentos exigidos na prestação de contas que comprometa o julgamento do cumprimento do objeto pactuado e da boa e regular aplicação dos recursos.

42 A Tomada de Contas Especial- TCE será instaurada, ainda, por determinação dos órgãos de controle interno ou do Tribunal de Contas da União, no caso de omissão da autoridade competente em adotar essa medida. A instauração de Tomada de Contas Especial ensejará: I - a inscrição de inadimplência do respectivo instrumento no SICONV, o que será fator restritivo a novas transferências de recursos financeiros oriundos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União mediante a celebração de instrumentos regulados por esta Portaria, nos termos da alínea "b" do inciso VI do art. 9º desta Portaria; e" (NR) (Alterado pela PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 101, DE 20 DE ABRIL DE 2017). II - o registro daqueles identificados como causadores do dano ao erário na conta "DIVERSOS RESPONSÁVEIS" do SIAFI. Os convenentes deverão ser notificados previamente sobre as irregularidades apontadas, por meio de carta registrada com declaração de conteúdo, com cópia para a respectiva Secretaria da Fazenda ou secretaria similar, e para o Poder Legislativo do órgão responsável pelo instrumento, devendo a notificação ser registrada no SICONV. O registro da inadimplência no SICONV só poderá ser realizado 45 (quarenta e cinco) dias após a notificação prévia.

43 Durante o processamento da TCE no Tribunal de Contas da União- TCU, o responsável (pessoa que geriu os recursos do convênio ou do contrato de repasse) tem direito à ampla defesa e ao contraditório, podendo produzir as provas que julgar necessárias em seu favor. No âmbito do repassador dos recursos, a instauração da TCE ensejará a inscrição de inadimplência do respectivo instrumento no Siconv e no Siafi, o que impedirá novas transferências voluntárias à entidade inadimplente. Os responsáveis que tiverem suas contas julgadas irregulares pelo TCU poderão sofrer várias consequências, como as seguintes: Devolução dos valores, com atualização monetária e juros de mora; Aplicação de multa que pode alcançar 100% do valor atualizado do dano causado ao erário; Inscrição no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin), o que implica impossibilidade de realizar transações bancárias; Envio ao Ministério Público Eleitoral do nome do responsável para fins de inelegibilidade; Inabilitação, por um período de cinco a oito anos, para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança na administração pública federal; Envio dos elementos pertinentes e do julgamento ao Ministério Público Federal para fins de instauração do processo penal.

44 III - Legislação dos Convênios e Contratos de Repasse A legislação atinente aos convênios e contratos de repasses de transferências voluntárias em âmbito federal remonta ao Decreto Lei nº 200/67, que estabelece diretrizes da Reforma Administrativa Federal, e em seu artigo 10, versa sobre as formas de descentralização da administração pública federal, com destaque para o parágrafo 1º, item b, referente à descentralização das ações da administração federal para as unidades federadas, mediante convênio, desde que, estejam devidamente aparelhadas, ou seja, que possuírem capacidade técnica. Art. 10. A execução das atividades da Administração Federal deverá ser amplamente descentralizada. 1º A descentralização será posta em prática em três planos principais: a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindose claramente o nível de direção do de execução; b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando estejam devidamente aparelhadas e mediante convênio; c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões.

45 No mesmo sentido, a Lei nº 8666/93, em seu artigo 116, estabelece as informações mínimas e necessárias dos planos de trabalho, a fim de celebrar convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos da administração pública. Art Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração. 1 o A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou entidades da Administração Pública depende de prévia aprovação de competente plano de trabalho proposto pela organização interessada, o qual deverá conter, no mínimo, as seguintes informações: I - identificação do objeto a ser executado; II - metas a serem atingidas; III - etapas ou fases de execução; IV - plano de aplicação dos recursos financeiros; V - cronograma de desembolso; VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da conclusão das etapas ou fases programadas; VII - se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia, comprovação de que os recursos próprios para complementar a execução do objeto estão devidamente assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair sobre a entidade ou órgão descentralizador. A Lei Complementar nº 101/2000, conhecida por Lei de Responsabilidade Fiscal, conceitua as transferências voluntárias em seu artigo 25, como a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que

46 não decorra de determinação constitucional, legal ou destinado ao Sistema Único de Saúde. Em seu parágrafo primeiro estabelece, ainda, os requisitos financeiros para recebimento de transferências voluntárias, conforme segue: Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde. 1 o São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias: I - existência de dotação específica; II - (VETADO) III - observância do disposto no inciso X do art. 167 da Constituição; IV - comprovação, por parte do beneficiário, de: a) que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto à prestação de contas de recursos anteriormente dele recebidos; b) cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde; c) observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal; d) previsão orçamentária de contrapartida.

47 Para regulamentar as normas acima descritas, foi publicado o Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007, alterado pelos Decretos nº 6.428/2008; nº 6.619/2008; nº 8.180/2013; nº 8244/2014 e nº 8.943/2016. No concernente ao Decreto nº 6.170/2007, destaca-se o artigo 13, que estabelece que a celebração, a liberação de recursos, o acompanhamento da execução e a prestação de contas de convênios serão registrados no SICONV Sistema de Convênios, via internet, na página denominada Portal dos Convênios; e o artigo 18, que versa sobre a edição de ato conjunto dos Ministros de Estado da Fazenda, do Planejamento, do Desenvolvimento e Gestão e da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União CGU, para dispor sobre a execução plena do referido Decreto. Nesse sentido foi publicada a Portaria Interministerial PI nº 507, de 24 de novembro de 2011, que, recentemente foi revogada pela Portaria Interministerial PI nº 424, de 30 de dezembro de A nova portaria regula a celebração, execução e prestação de contas das transferências de recursos da União, mediante convênios e contratos de repasse, celebrados a partir de 02 de janeiro de A PI nº 424/2016, trouxe diversas inovações em relação às transferências de recursos da União, por meio da adoção de medidas que objetivam:

48 outras: Aprimorar a gestão orçamentária e financeira dos recursos operacionalizados por meio de transferências voluntárias da União; Definir limitação de percentagem de adiantamentos de recursos; Limitar o prazo de vigência para os convênios de custeio; Definir a obrigatoriedade para execução de obras e serviços de engenharia exclusivamente por meio de contratos de repasses; Otimizar o processo de acompanhamento e fiscalização por meio da definição de faixas de valores; Estabelecer parâmetros objetivos para verificação do cumprimento do objeto; e Simplificar o processo de prestação de contas dos convênios e contratos de repasse por meio do estabelecimento de prestação de contas física e financeira continuada durante a execução. Nesse contexto, foram implantadas as seguintes alterações, dentre Nova metodologia de cadastramento (art.14): Realizado via internet, no Portal dos Convênios Sistema Siconv; Novas regras para liberação de recursos: a) O valor da 1ª parcela será de até 20% do valor global do instrumento (art.41); b) Nos convênios para aquisição de equipamento, a liberação deverá ser, preferencialmente, em parcela única ( 4º do art. 54);

49 c) A liberação da 1ª parcela deverá ser realizada somente após o aceite da licitação (alínea b, inciso II do art. 41); e d) Não haverá adiantamento para obras com valor acima de R$ 5 milhões. (as liberações serão realizadas após as medições) ( 3º do art. 41). Após o aceite da licitação, o cronograma de desembolsos deverá ser ajustado ( 2º do art. 41). Em regra, fica vedado o uso de rendimentos para ampliação ou acréscimo de metas ( 12º do art. 41). Deve haver cláusula no instrumento pela qual o convenente autoriza o banco a devolver os recursos da União ao Caixa Único do Tesouro, nas seguintes circunstâncias (inciso XXIX do Art. 27, 7º do art. 41): a) Sem início de execução do objeto após 180 dias contados da liberação da 1ª parcela; e b) Execução paralisada a mais de 180 dias. Na ocorrência dos casos acima, o instrumento deverá ser rescindido ( 8º do Art. 41). Instrumentos terão cláusula por meio da qual o convenente abre mão do sigilo bancário (inciso XXXVI do Art. 27). Fica estabelecido valor mínimo para celebração de convênios e contratos de repasse: Valor mínimo obras: R$ 250 mil; Valor mínimo custeio e equipamentos: R$ 100 mil. Fica vedado convênio para custeio continuado (24 meses para os órgãos se adaptarem);

50 Adoção de faixas de valores para celebração de convênios e contratos de repasse: Faixa simplificada -> obras: de R$ 250 mil a R$ 750 mil -> custeio e equipamentos: de R$ 100 mil a R$ 750 mil Faixa intermediária -> só para obras: de R$ 750 mil a R$ 5 milhões Faixa superior -> obras: acima de R$ 5 milhões. -> custeio e equipamentos: acima de R$ 750 mil. Esses valores serão reajustados de 4 em 4 anos. Não será permitido reformulação de projeto básico ( 3º do art. 6º); Ficam vedadas as reprogramações, decorrentes de ajustes ou adequações, nos projetos básicos dos instrumentos enquadrados no inciso I do art. 3º desta Portaria, aprovados pela mandatária ( 4º do art. 6º); O responsável técnico pela fiscalização da obra deve assinar e carregar no Siconv o relatório de fiscalização de cada medição ( 6º do art. 7º). A Portaria Interministerial PI nº 424/2016, foi alterada recentemente, pela PI nº 101, de 20 de abril de 2017, dentre as alterações, revogou seu artigo 7º, inciso XX, parágrafo 7º, que vedava o

51 aproveitamento de licitação, em relação aos instrumentos cujo objeto envolvia a execução de obras e serviços de engenharia; bem como, acrescentou em seu artigo 9º, inciso I, os itens a, b e c, que tratam das exceções às vedações contidas na norma, e no inciso VIII, o parágrafo 8º, vedando o aproveitamento de licitação quando o instrumento envolver a execução de obras e serviços de engenharia, nos termos em que especifica. Acrescentou também, o parágrafo 9º, ao artigo 21, concernente a previsão de transferência de recursos para a elaboração de projeto básico ou termo de referência, cuja liberação se dará após a celebração do instrumento, conforme cronograma definido. Em relação ao Título III, referente à Celebração, a PI nº 101/2017, incluiu os incisos XVII, XVIII, XIX e XX ao art. 22, relativos às Condições para a Celebração, a serem cumpridas pelo convenente, regulamentando o previsto na Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, e na Lei de Diretrizes Orçamentárias, além de outras normas aplicáveis. Já em relação ao artigo 41, referente à liberação dos recursos, a PI nº 101/2017, incluiu o parágrafo 16, que versa que os recursos dos convênios de receita serão depositados e geridos na Conta Única do Tesouro Nacional, e enquanto não empregados em sua finalidade, deverão ser remunerados pela taxa aplicável à mesma, com a exceção prevista no próprio dispositivo.

52 No que concerne aos pagamentos, a PI nº 101/2017 incluiu os incisos III e IV, ao parágrafo 3º, do artigo 52, relativos às inclusões no sistema Siconv, das informações necessárias para realização de cada pagamento. Também, foi incluído pela PI nº 101/2017, em relação ao capítulo referente à Tomada de Contas Especial, o inciso I, ao parágrafo 3º do artigo 70, estabelecendo a inscrição do convenente como inadimplente no sistema Siconv, o que restringe novas transferências de recursos da União, quando for instaurada a Tomada de Contas Especial, nas condições que especifica. Portaria 66 e Portaria 67/2017: Em 31 de março de 2017, foi publicada a Portaria nº 66, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, que dispõe sobre critérios de excelência para a governança e gestão de transferências de recursos da União, operacionalizadas por meio do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv). A referida Portaria visa estabelecer condições para o aprimoramento das práticas e processos de transferências voluntárias para assegurar uniformidade e geração de valor público, a partir do melhor aproveitamento de recursos federais descentralizados pela União, por meio

53 de convênios, contratos de repasse e termos de parceria, de fomento e de colaboração, conforme seu artigo 1º. Os objetivos da Portaria estão elencados em seu Parágrafo único, do artigo 1º, conforme segue: São objetivos específicos desta Portaria: I - contribuir para o aperfeiçoamento da gestão pública; II - aprimorar as competências dos servidores envolvidos; III - promover a transparência na aplicação dos recursos públicos, mediante a divulgação e o compartilhamento de dados e informações; IV - estimular o controle e participação sociais das ações e objetos executados; e V - maximizar os resultados obtidos, em conformidade com as condições e parâmetros formalmente estabelecidos. Todos os órgãos e entidades da administração pública direta e indireta que atuam em processos de transferências de recursos da União, operacionalizadas por meio de convênios, contratos de repasse, termos de parceria, fomento e colaboração, deverão assegurar a adoção das medidas para a sistematização de práticas relacionadas à governança e à gestão de tais processos, aplicando-se as diretrizes estabelecidas na Portaria supra mencionada.

54 Dessa forma, os gestores dos órgãos e entidades concedentes e convenentes deverão estimular a observância de critérios de excelência, em especial: I - zelo pelas condições de governança e integração intersetorial, com vistas a otimizar os recursos aplicados e maximizar os resultados obtidos por meio das transferências realizadas; II - adoção de estratégias e planos de atuação institucional conjunta e compartilhada, para otimização e redução dos gastos comuns de seus projetos e atividades; III - participação do cidadão-usuário no controle social, de maneira a assegurar a convergência dos esforços e recursos públicos ao atendimento das necessidades e oportunidades estimadas; IV - demonstração objetiva, suficiente e tempestiva quanto ao objeto e ao interesse público na ação realizada e ao cumprimento dos preceitos fundamentais de cidadania e sustentabilidade; e V - estímulo à divulgação da informação, conhecimento e transparência. O Departamento de Transferências Voluntárias da Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão publicará no prazo de cento e cinquenta dias, contado da data de entrada em vigor da Portaria nº 66/2017, instrução normativa regulamentando a

55 mesma e estabelecendo, no âmbito do Sistema Siconv: I - detalhamento do programa de excelência de gestão de transferências voluntárias; II - recomendações de práticas de governança e gestão para atendimento dos critérios de excelência; III - mecanismos, procedimentos e critérios de avaliação das práticas de governança e gestão; IV - modelos e procedimentos para capacitação sistêmica dos partícipes; e V - modelo de plano de implantação do projeto de melhoria da gestão e governança a ser executado pelos concedentes e convenentes. No mesmo sentido, foi publicada em 31 de março de 2017, pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, a Portaria nº 67, que dispõe sobre a gestão de integridade, riscos e controles internos no âmbito das transferências de recursos da União, operacionalizadas por meio de convênios, contratos de repasse, termos de parceria, de fomento e de colaboração. Esta Portaria se dirige aos órgãos e entidades da Administração Pública que atuam no processo de transferências de recursos da União, operacionalizados por meio de convênios, contratos de repasse, termos de parceria, fomento e colaboração, que deverão adotar medidas para a

56 sistematização de práticas relacionadas à gestão de integridade, riscos e controles internos da gestão. Dessa forma, a referida Portaria pretende dar cumprimento às normas referentes aos assuntos supracitados, precipuamente as seguintes: I - Lei nº , de 31 de julho de 2014; II - Decreto nº 8.726, de 27 de abril de 2016, III - Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007 e suas alterações; IV - Portaria Interministerial nº 424/MP/MF/CGU, de 30 de dezembro de 2016; e V - Instrução Normativa Conjunta MP/CGU nº 01, de 10 de maio de Nesse passo, a INC MP/CGU nº 01, de 10 de maio de 2016, estabelece que os órgãos e entidades do Poder Executivo federal deverão adotar medidas para a sistematização de práticas relacionadas à gestão de riscos, aos controles internos e à governança. Impende destacar que o artigo 3º da INC MP/CGU nº 01/2016, versa que os órgãos e entidades do Poder Executivo federal deverão implementar, manter, monitorar e revisar os controles internos da gestão, tendo por base a identificação, a avaliação e o gerenciamento de riscos que possam impactar a consecução dos objetivos estabelecidos pelo Poder Público. Dessa forma, tendo em vista os objetivos estabelecidos pelos órgãos e entidades da administração pública, e os riscos decorrentes de

57 eventos internos ou externos que possam obstaculizar o alcance desses objetivos, devem ser posicionados os controles internos mais adequados para mitigar a probabilidade de ocorrência dos riscos, ou o seu impacto sobre os objetivos organizacionais. Voltando à Portaria nº 67/2017 do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, em seu artigo 2º, define os objetivos para a adoção de práticas relacionadas à gestão de riscos, aos controles internos, e à governança, conforme abaixo: I - criar e aprimorar a estrutura de gestão de integridade, riscos e controles internos da gestão; II - estimular o comportamento íntegro na administração pública; III - fomentar a adoção de boas práticas de gestão pública; IV - prevenir possíveis desvios no uso dos recursos públicos; V - prevenir possíveis desvios na execução da política pública; e VI - estabelecer mecanismos de monitoramento e comunicação. A Portaria nº 67/2017, também definiu as diretrizes gerais para a adoção de práticas relacionadas à gestão de integridade, riscos e controles internos da gestão das transferências, conforme descrição abaixo: I - comprometimento do corpo diretivo da entidade; II - valores éticos;

58 III - processos organizacionais íntegros; IV - disseminação de informações necessárias ao fortalecimento da cultura e da valorização da gestão de integridade, riscos e controles internos da gestão; V - acompanhamento mediante avaliações periódicas para melhoria dos processos organizacionais; VI - comunicação dos resultados ao corpo diretivo e a unidade de controle interno; e VII - utilização dos resultados para apoiar a tomada de decisão. Os convênios, contratos de repasse, termos de parceria, de fomento e de colaboração deverão conter cláusula que obrigue a observância das regras previstas na Portaria nº 67/2017. Será publicada instrução normativa da Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, no prazo de 180 dias da entrada em vigor da Portaria em comento, disporá sobre as diretrizes específicas que irão auxiliar na implantação da política de integridade, riscos e controles internos da gestão, bem como sobre os principais tipos de riscos a serem gerenciados e estabelecerá regras de transição. Por fim, as transferências voluntárias e instrumentos congêneres, serão diretamente impactados pela adoção de procedimentos e instrumentos de integridade, e, dessa forma, exigirão dos proponentes

59 conhecimentos técnicos adequados para instrumentalizar os mesmos no âmbito local. Portaria Interministerial nº 277, de 3 de Outubro de 2017 Em 03 de Outubro de 2017 foi publicada no Diário Oficial da União - DOU, a Portaria Interministerial nº 277, que altera a Portaria Interministerial nº 424 e estabelece normas para execução do Decreto nº 6.170, nos seguintes termos: Art. 1º A Portaria Interministerial nº 424, de 30 de dezembro de 2016, passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 2º Não se aplicam as exigências desta Portaria: III - às transferências obrigatórias para execução de ações no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC, regulamentadas pela Lei nº , de 26 de novembro de 2007, exceto o disposto no Capítulo I do Título I, desta Portaria, no que couber; e (Alterado pela PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 277, DE 3 DE OUTUBRO DE 2017). (...) Art. 9º É vedada a celebração de: I - convênios para a execução de obras e serviços de engenharia, exceto nos seguintes casos: c) instrumentos celebrados por órgãos e entidades da administração pública federal, que tenham por finalidade legal o desenvolvimento regional nos termos do art. 43 da Constituição Federal, observado o disposto no art. 8º do Decreto nº 6.170, de

60 25 de julho de (Alterado pela PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 277, DE 3 DE OUTUBRO DE 2017). (...) Decreto Art. 8º A execução de programa de trabalho que objetive a realização de obra será feita por meio de contrato de repasse, salvo quando o concedente dispuser de estrutura para acompanhar a execução do convênio. Parágrafo único. Caso a instituição ou agente financeiro público federal não detenha capacidade técnica necessária ao regular acompanhamento da aplicação dos recursos transferidos, figurará, no contrato de repasse, na qualidade de interveniente, outra instituição pública ou privada a quem caberá o mencionado acompanhamento. 9º Quando da celebração de convênios para a execução de obras e serviços de engenharia os órgãos e entidades da administração pública federal, deverão observar as seguintes condições: (NR) (incluído pela PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 277, DE 3 DE OUTUBRO DE 2017). I - garantir a disponibilidade de equipe técnica para a avaliação de projetos básicos das obras, seus dimensionamentos, o cálculo dos quantitativos dos serviços e análises da adequação dos orçamentos das metas descritas no plano de trabalho; II - garantir disponibilidade de equipe técnica para que seja realizado, de forma regular, o acompanhamento e a fiscalização das obras e serviços de engenharia, inclusive com visitas ao local; e III - dispor de estrutura física e de pessoal adequada para a realização da conformidade financeira e da análise das prestações de contas final no prazo estabelecido por esta Portaria.

61 (...) Art. 41. A liberação de recursos deverá ocorrer da seguinte forma: 17. No caso de paralisação da execução pelo prazo disposto no 7º deste artigo, a conta corrente específica do instrumento deverá ser bloqueada pelo prazo de até 180 (cento e oitenta) dias. (NR) (incluído pela PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 277, DE 3 DE OUTUBRO DE 2017). 7º O órgão ou entidade concedente deverá solicitar junto à instituição financeira albergante da conta corrente específica, a transferência dos recursos financeiros por ele repassados, bem como os seus rendimentos, para a conta única da União, caso os recursos não sejam utilizados no objeto da transferência pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias. 18. Após o fim do prazo mencionado no 17 deste artigo, não havendo comprovação da retomada da execução, o instrumento deverá ser rescindido, cabendo ao concedente: (NR) (incluído pela PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 277, DE 3 DE OUTUBRO DE 2017). I - solicitar junto à instituição financeira albergante da conta corrente específica, a transferência dos recursos financeiros por ele repassados, bem como os seus rendimentos, para a conta única da União; e II - analisar a prestação de contas, em atenção ao disposto no Capítulo V (DA PRESTAÇÃO DE CONTAS) desta Portaria. CAPÍTULO V DA PRESTAÇÃO DE CONTAS Art. 59. O órgão ou entidade que receber recursos na forma estabelecida nesta Portaria estará sujeito a prestar contas da sua boa e regular aplicação, observando-se o seguinte: I - a prestação de contas inicia-se concomitantemente com a liberação da primeira parcela dos recursos financeiros que deverá ser registrada pelo concedente no SICONV;

62 II - o registro e a verificação da conformidade financeira, parte integrante do processo de prestação de contas, deverão ser realizados durante todo o período de execução do instrumento, conforme disposto no art. 56 desta Portaria; III- o prazo para apresentação da prestação de contas final será de até 60 (sessenta) dias após o encerramento da vigência ou a conclusão da execução do objeto, o que ocorrer primeiro; e IV - o prazo mencionado no inciso III constará do instrumento. A principal novidade desta portaria é a determinação de alongamento do prazo para rescisão em relação aos instrumentos paralisados por mais de 180 (cento e oitenta dias), o que, a partir de agora, com o bloqueio da conta do convênio, terão mais 180 dias para comprovar a retomada da execução do instrumento.

63 IV- Programas, Projetos e Atividades Foi adotado, no Brasil, a partir da Constituição Federal de 88, um modelo que busca integrar planejamento, orçamento e gestão da ação pública. O instrumento principal a ser utilizado com essa finalidade é o 2 Plano Plurianual (PPA). A intenção do legislador constituinte [com a adoção do PPA] foi a de reconhecer o planejamento como uma função indispensável ao Estado, e não uma opção do governante (PAULO, 2010, p ). Ao PPA cabe definir o Planejamento de Médio Prazo daquele nível de governo (seja federal, estadual, distrital ou municipal) e às suas disposições devem se submeter os demais instrumentos de planejamento (como os planos de desenvolvimento regional) e as outras leis orçamentárias (Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO e Lei Orçamentária Anual LOA). O Plano Plurianual, portanto, deve estabelecer a ligação entre objetivos de Estado, presentes em um planejamento de longo prazo; políticas de governo, de médio prazo, e finalmente, realização dos gastos, previstos no orçamento anual. (PAULO, 2010, p. 173). 2 Caderno Elaboração de Projetos - Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão/MG

64 Foi com o PPA , o terceiro da história pós-88, que se adotou o programa como unidade fundamental de organização da ação pública. Esse modelo, adotado até hoje, prevê a integração entre planejamento (onde pretende-se chegar e como chegar lá), orçamento (quais os recursos de que se dispõe) e gestão (manejo dos recursos à disposição para efetivamente alcançar o objetivo almejado execução do planejamento). A construção do PPA - em seu formato ideal - está exposta nas figuras 1 e 2. Ambas demonstram como o planejamento estratégico deve ser desdobrado até a construção de um plano de ação palpável, organizado por meio dos programas e ações do PPA. Os programas vão representar as políticas públicas escolhidas por aquele governo para alcançar os objetivos de longo prazo, mediante o enfrentamento de questões identificadas como problemas, demandas ou potencialidades.

65

66 O modelo adotado pelo PPA, o qual toma o programa como unidade fundamental de planejamento, está baseado em correntes metodológicas tais quais o Planejamento Estratégico Situacional (PES) e o Quadro Lógico (PAULO, 2010). Por isso, um programa no PPA é (deve ser) planejado para lidar com problemas, demandas ou potencialidades politicamente eleitas como relevantes e merecedoras da atenção pública. Ao se construir um programa, o planejador governamental deve ter em mente quais são as causas responsáveis pelo problema identificado e, a partir de uma análise de quais causas podem e devem ser atacadas, construir uma abordagem para enfrentar esse problema. Assim, o programa será desdobrado em ações, cada uma devendo: 1. mirar em uma das causas a serem atacadas e 2. entregar um bem, produto ou serviço (Figura 3).

67 Impende destacar que um programa visa a tratar de um problema, demanda ou potencialidade, sendo dividido em um conjunto de ações, as quais atacarão, cada uma, uma das causas do problema identificado. Essa mudança (agrupamento das ações em um programa em razão da contribuição para um objetivo comum) representou um avanço, pois ao colocar em prática uma gestão voltada para resultados, estabeleceu o compromisso do Estado em alterar a realidade (os problemas), e não apenas em prestar serviços. Nesse sentido, a criação do programa também permitiu a identificação de sobreposição de esforços, bem como a de eventuais parcerias, seja entre instituições públicas, seja com entidades privadas (PAULO, 2010, p. 178). Pensar em problemas e enfrentá-los mediante ações organizadas por programas com objetivos definidos, com a articulação do plano ao

68 orçamento, permite chegar muito mais perto da complexidade do mundo real do que na forma tradicional de fazer planejamento e orçamento (área temática, setores da administração e subprogramas referenciados apenas por metas a alcançar). Conceber ações (projetos, atividades e ações normativas) definindo com rigor seus produtos (um por ação), suas metas, seus custos e prazos é criar possibilidades para a prática de uma administração mais gerencial no setor público (GARCIA, 2000 apud PAULO, 2010, p. 179). Temos também que, cada ação, dentro de um programa, pode ser enquadrada em uma das seguintes categorias de programação orçamentária: 1. projeto; 2. atividade; 3. operação especial. A Portaria nº 42/1999 do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão estabeleceu a obrigação de adoção da estrutura de programas, códigos e identificação nela estipulados pelo Governo Federal, estados e municípios, conceituando cada uma das categorias de ações acima mencionadas assim: a) Projeto, um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto

69 que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo; b) Atividade, um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo; c) Operações Especiais, as despesas que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. Abaixo exemplificamos um Programa e suas Ações constantes do PPA do Estado de Mato Grosso: Eixo: GESTÃO EFICIENTE, TRANSPARENTE E INTEGRADA Diretriz: Elevar o desempenho dos órgãos e entidades do Governo Estadual na prestação de serviços públicos essenciais ao cidadão. (2016) Programa: Gestão de Pessoas para Resultados Ação Órgão Produto Medida Quantidade 3007-Implementação do modelo de Gestão para Resultados SEPLAN Modelo de Gestão para Resultados Implementado Unidade 01

70 3008- Implantação do programa de Eficiência do Gasto Público SEPLAN Modelo de Gestão para resultados implementado Percentual 50 Pelo exposto, podemos perceber que existe uma diferença conceitual entre programas e projetos que se reflete, imediatamente, na prática do planejamento público. Os projetos estão dentro de um programa, eventualmente juntos com atividades e operações especiais. Como programas e projetos são diferentes entre si, decorre que a elaboração de programas é diferente da de projetos. O objetivo de um programa é alterar uma situação identificada como um problema público, enquanto que o objetivo de um projeto é cumprir com uma entrega que contribuirá, mas, na maior parte das vezes não será o bastante para solucionar o problema diagnosticado. O escopo de um programa, visto por esse ângulo, é maior do que o de um projeto. O programa tem um objetivo amplo, para o qual concorre a realização de diferentes ações (projetos e atividades), cada uma delas promovendo uma entrega específica que contribuirá para o alcance do objetivo do programa. Nesse sentido, pode-se afirmar que um programa é

71 maior que um projeto e que o programa tem uma relação mais próxima com uma política pública. Por exemplo, o Programa Gestão de Pessoas para Resultados representa (talvez em conjunto com outros programas) a política pública estadual para lidar com o baixo desempenho dos órgãos e entidades do Governo Estadual na prestação de serviços públicos essenciais ao cidadão. Partes Interessadas O ponto de partida para a elaboração de uma intervenção (projeto ou programa público) deve ser um relatório compreendendo os problemas relativos ao objeto da mesma. A partir desse relatório, deve-se, também, compilar informações sobre os grupos de interesse da intervenção em questão. Uma causa comum de fracasso das políticas públicas desenvolvidas é a falta de conhecimento dos planejadores acerca das pessoas afetadas pelo mesmo. Portanto, é imprescindível compilar uma análise ampla sobre os grupos de interesse, indivíduos ou instituições envolvidas. O ambiente no qual se desenvolvem os projetos sociais é caracterizado pela presença de diversos atores, isto é, de pessoas, grupos de pessoas ou instituições que têm alguma influência na situação avaliada ou sofrem suas consequências. Os atores são sujeitos ou objetos da realidade considerada e, portanto, apresentam interesses distintos e às

72 vezes concorrentes. Primeiramente, é necessário apurar de forma exaustiva os indivíduos, grupos e instituições afetas a uma política. Cada um tem diferentes interesses e expectativas, as quais devem ser levadas em consideração no momento de elaboração do projeto. A organização de um grupo de trabalho, envolvendo esses atores, pode contribuir para a identificação das diferentes percepções em torno da intervenção. É necessário também identificar o público-alvo da política detalhada (principais necessidades, conflitos de interesses, etc.). Os principais passos da análise de grupos de interesse são: Identificar os principais grupos de interesse (pode ser em nível local, regional ou nacional); Investigar seu papel, interesse, poder relativo e capacidade de interferir no projeto; Identificar pontos de conflitos ou cooperação na relação entre os grupos de interesse, de forma a pensar ações para mitigar eventuais riscos, se contrários, ou para maximizar o apoio dos favoráveis; Interpretar os resultados da análise e definir como eles podem ser incorporados na política pública. Os stakeholders (partes interessadas) podem ser separados em grupos de interesse diferentes, segundo seu posicionamento na sociedade. É necessário colher informações sobre a percepção dos stakeholders sobre

73 a política pública (seja um programa ou um projeto) e, a partir da compreensão de sua realidade, projetar quais são seus interesses a seu respeito. Há exemplos claros, como o da população de um município onde se pretende instalar uma penitenciária, a qual pode se esforçar para colocar obstáculos e condicionar a obra ou protelar o máximo possível. Por outro lado, os fornecedores diretos (as empreiteiras que podem se candidatar à execução da obra) terão grande interesse em sua execução da forma mais célere possível. E mesmo dentre a população da cidade poderão surgir subgrupos de interessados na obra, como prestadores de serviços (hospedagem, alimentação, etc.), que se interessem no aumento da demanda em função do maior fluxo de visitantes (novos prestadores de serviços, familiares de detentos e outros). A participação dos stakeholders pode ser maior ou menor segundo os interesses do planejador público: 1. eles podem ser incorporados como atores significativos desde as fases iniciais do programa ou projeto, tendo maior poder de influência sobre a definição e caracterização da situação problema e posterior desenho da intervenção; ou 2. serem levados em conta de forma minimalista. Nesse último caso, a opção do planejador público pode ser apenas por identificar com um mínimo de precisão os grupos de interesse e seus interesses particulares e, já tendo definido de forma interna

74 (com menor participação popular e maior poder de decisão deixado à burocracia Estatal) as diretrizes da intervenção desejada, adotar pequenos ajustes com vistas a garantir que esse rumo possa ser concretizado. Identificados os grupos de interesse e seus interesses, é necessário avaliar se eles são favoráveis ou desfavoráveis à intervenção e também: 1. Qual a relevância da intervenção sobre o stakeholder; 2. Qual a relevância do stakeholder sobre a intervenção; 3. Qual o impacto do stakeholder sobre a intervenção. Juntos, esses três pontos podem demonstrar quais são aqueles stakeholders cujos interesses devem ser levados em conta, pois, do contrário, haverá séria ameaça à perfeita execução da política (conforme o planejamento inicial). Para os casos em que existir uma parte interessada preponderante, em especial naqueles casos em que o stakeholder é desfavorável à intervenção, devem ser previstas medidas de contenção, que evitem que a intervenção seja frustrada. Caso a caso, avalia-se se a opção mais conveniente e segura será a busca de consenso ou o eventual enfrentamento aos stakeholders desfavoráveis à intervenção. Entretanto, sublinhe-se que, necessariamente, ainda na fase de elaboração da proposta, os principais grupos de interesse devem ser envolvidos, de modo que possam colaborar

75 com a elaboração. A construção da política pode ser tanto melhor quanto mais dialógica for e envolver opiniões diversas, mesmo que contrárias à intervenção. Sempre é bom ter em mente que quanto mais tarde um risco se concretizar, maiores são os seus custos para a intervenção. Além disso, os grupos de interesse são fundamentais na identificação da situaçãoproblema, devendo por isso serem chamados a participar da definição da política pública a ser adotada. Importante destacar que os stakeholders, mesmo quando desfavoráveis ao projeto, não devem ser enxergados como inimigos. Suas opiniões podem ser agregadas ao projeto, tanto na delimitação da situaçãoproblema a ser enfrentada, quanto na definição de um curso de ação para lidar com ela (no desenho do projeto). Problema Em seguida deve-se delimitar o problema (situação-problema ou problema central) a ser tratado. O problema corresponde a uma situação que apresenta consequências negativas e, por isso, requer intervenção. Eles devem ser concretos, ou seja, não podem estar relacionados com juízos de valor ou suposições, e devem ser embasados em dados, estatísticas e/ou argumentos. Além disso, os problemas devem ser redigidos de forma negativa (ausência, carência, insuficiência, etc.), cuidando-se para que não

76 se apresentem os problemas como soluções pré-concebidas redigidas de forma negativa. Pode-se afirmar que a definição da situação-problema passa por um filtro de cunho político : Esse determina quais questões deverão ser tratadas como problema social que merece atenção pública. Assim é que algumas questões serão priorizadas em detrimento de outras: para um governo, a falta de saneamento básico pode ser um problema imediato, enquanto que a discriminação de gênero não o seja, por exemplo. Um erro muito comum é pré-conceber uma solução para o problema e interpretar isso como a real situação-problema com a qual se pretende lidar. Veja o exemplo abaixo: Situação-problema: Falta de escolas de ensino infantil. (INCORRETO) Situação-problema: Altos níveis de analfabetismo infantil. (CORRETO) A dificuldade de acesso ao ensino infantil (que, em última instância pode ser causada pela falta de escolas), nesse caso, seria não a situaçãoproblema, mas uma das causas da situação-problema ou problema-central.

77 A delimitação do problema-central não é algo trivial e que deva ser conduzido de forma intuitiva. Isto é, não se pode confiar exclusivamente na intuição ou na experiência prática de gestores de uma determinada área nesse exercício por outro lado isso não quer dizer que a experiência do dia a dia deva ser desconsiderada. Fontes diversas podem ser utilizadas para a mais precisa definição da situação-problema (essas fontes podem ser ainda utilizadas em outras fases do projeto): Dados de institutos de pesquisa; Avaliação de políticas públicas anteriores; Estudos de caso; Publicações acadêmicas; Outros. Nesta fase deve-se efetuar uma detalhada observação da realidade e obter a maior quantidade possível de dados antecedentes. O ideal é dispor de um estudo de base da população a ser beneficiada, onde cada entrevistado associe uma pontuação segundo a importância que atribui a cada um dos problemas destacados pela mesma população. 3 Um procedimento adequado é realizar uma pesquisa que inclua uma pergunta de qualificação de importância, no qual cada pessoa associe uma pontuação a cada problema tratado, em uma escala, por exemplo, de 1 a 5 3 Curso Elaboração de Projetos Sociais e SICONV (Da proposição à prestação de contas) - Escola de Governo, FDRH, Governo do Estado do Rio Grande do Sul, 2014.

78 pontos. O processo de definição do problema deve responder às seguintes perguntas: Existe um problema? Qual é o problema? Quais são os elementos essenciais do problema? Quem está(ão) afetado(s) pelo problema? Ou seja, quais são os beneficiários? Qual é a magnitude atual do problema e suas consequências? Conta-se com toda a informação relevante acerca do problema para realizar um estudo acabado? Dispõe-se de uma visão clara e definida do meio geográfico, econômico e social do problema? Quais são as principais dificuldades para resolução do problema? Uma das técnicas que permite sistematizar de maneira ágil e ordenada a informação coletada é a Árvore de Problemas (causas e efeitos). Trata-se de uma técnica participativa que apoia o trabalho de gerar ideias criativas na busca do problema, suas causas e consequências. Ainda que seja um esquema simplificado, serve para identificar dificuldades e possibilita chegar a um consenso sobre as causas e efeitos dos mesmos.

79 Exemplo de árvore de problemas: 4 A partir da identificação do problema é possível determinar o objetivo geral. Consiste em colocar o problema em termos de ação positiva com o fim de contar com um guia na definição de objetivos mais específicos e na busca das possíveis alternativas de solução dos mesmos. Um exemplo: 4 Fonte: AusGUIDElines, 1, The Logical Framework Approach

80 Problema: Alta incidência de mortalidade infantil na zona rural da cidade de Várzea Grande. Objetivo Geral: Diminuir a mortalidade infantil da área rural da cidade de Várzea Grande. Problema: Baixo rendimento escolar nas escolas públicas de Cuiabá. Objetivo Geral: Aumentar o rendimento escolar dos alunos das escolas públicas de Cuiabá. Cabe ressaltar que ao definir cada alternativa do projeto, é preciso trabalhar mais profundamente na determinação dos objetivos específicos. Diagnóstico O diagnóstico se realiza uma vez identificado o problema e o objetivo geral do projeto. Tem duas funções básicas: I. A descrição, que caracteriza o problema, sua incidência e distribuição na população beneficiada pelo objetivo do projeto. O objetivo geral resume esta informação. Sem ela não é possível formular adequadamente o projeto e não será viável determinar seus resultados. Portanto, não realizamos projetos sem objetivo geral definido.

81 II. A explicação apresenta a estrutura causal quantitativa das variáveis que determinam o problema. Isto permite estabelecer qual é a quantidade de produto ou serviço que se deve entregar para modificar as variáveis dependentes especificadas nos objetivos. Um projeto entrega produtos e/ou serviços, que devem produzir o efeito buscado. Se não está claro quais são os produtos e/ou serviços e suas quantidades, que permitem modificar a situação-problema, resulta impossível formular adequadamente o projeto. As funções anteriormente expostas se complementam com a identificação dos grupos relevantes para o projeto e o papel que podem cumprir no mesmo. Corresponde identificar a todos os grupos de interessados (pessoas, entidades, etc.) que possam influenciar no problema, favorável ou desfavoravelmente (que apoiem as ações de mudança que formam parte do projeto ou que estejam contra elas). Esta informação serve de orientação para conhecer o apoio ou rejeição que o projeto pode obter. Exemplo: Projeto: Melhoramento da educação primária da Região Rural de Cuiabá, MT. Grupos relevantes: ministério da educação, prefeitura, professores, centro de pais, estudantes e organizações de desenvolvimento educacional.

82 A quantidade de recursos e tempo utilizados para realizar o diagnóstico deve ser compatível com a escala do projeto. O diagnóstico não deve ser maior que o projeto, pois podem perder utilidade para solucionar o problema concreto que o originou desperdiçando recursos. Estudo do Ambiente Após ter sido estabelecido claramente o problema e se dispõe de um diagnóstico adequado, deve-se complementar com uma estimativa do tamanho da necessidade/demanda o ambiente. Estudo de Necessidade/Demanda Essa fase busca conhecer o tamanho da necessidade/demanda existente para solução de um problema, tanto para a situação atual como para o intervalo de tempo de duração do projeto. O estudo responde à pergunta de quantos produtos e/ou serviços deve o projeto entregar para que, somados as soluções já existentes, se satisfaça à necessidade/demanda. Se as alternativas consideram a entrega de diversos produtos e/ou serviços, que podem incidir na necessidade/demanda, temos que revisar estes antecedentes para formular adequadamente o projeto e, eventualmente, retificar seu

83 diagnóstico. Deve-se especificar claramente as carências reais, assim como o custo total que tem os beneficiários para satisfazer suas necessidades. O referido estudo deve abranger todo o horizonte do projeto, o que exige dimensionar a situação atual e estimar seus custos. Quando se analisa a demanda é fundamental a participação da comunidade. O contato direto com os grupos afetados é essencial para interpretar e priorizar os problemas que enfrentam. Objetivos Gerais ou de Impacto Para definir os objetivos gerais ou de impacto deve-se determinar os efeitos que se pretende provocar, isto é, a magnitude da modificação que o projeto pretende produzir no problema que enfrenta os beneficiários, qualquer que seja a alternativa implantada. O objetivo último de um projeto social não é a entrega de bens ou serviços, mas a modificação social que ele produz, eliminando ou diminuindo ou problema. Para definir um ou mais objetivos de impacto deve-se considerar a Árvore de Problemas e o diagnóstico. O objetivo geral deve ser: Preciso: - Quem se beneficiará com o projeto? - Que benefício trarão?

84 - Qual é o impacto que se deseja alcançar? Realista: - Há recursos disponíveis para contemplar os objetivos? - É possível alcançar os objetivos dentro do horizonte do projeto? Mensurável: - Existem instrumentos que permitirão medir o efeito dos objetivos estabelecidos? Complementar: - Trabalhar os objetivos em conjunto permite diminuir custos ou aumentar seu impacto? - A complementaridade deve ser determinada mediante a combinação de modelos teóricos e considerações técnicas: a) Os modelos teóricos resultam de diversas áreas de conhecimento e permitem determinar as relações entre objetivos. b) As considerações técnicas se referem às vantagens derivadas de considerar complementaridades práticas. Por exemplo, com a entrega de alimentos (objetivo nutricional) numa escola (que tem um objetivo educacional) se minimiza o custo do beneficiário para acessar os serviços, se assegura a entrega dos bens e serviços e se aumenta a utilização da capacidade instalada na escola.

85 Objetivos do Produto O produto ou serviço proposto por cada alternativa é o meio através do qual se espera produzir o impacto desejado. Cada alternativa pode entregar um ou mais produtos ou serviços (consultas, subsídios, entre outros) diferentes, porém todos orientados a contemplar os mesmos objetivos de impacto. É preciso especificar com clareza os produtos ou serviços que cada uma das alternativas entregará e aos beneficiários que se beneficiará com eles, para determinar se afetarão de algum modo os resultados dos estudos realizados. Se isto ocorre, devem ser feitas novas análises incluindo os efeitos previstos da alternativa considerada. Os objetivos a seguir descritos se referem ao tipo de produtos e/ou serviços que cada alternativa entrega aos beneficiários. Portanto cada alternativa pode ter seus próprios e diferentes objetivos. A definição destes objetivos é básica para a programação e o monitoramento. Tais objetivos devem ser: Precisos; Quantificáveis; Realistas; Alcançáveis no prazo estabelecido;

86 Exemplos: a) Centro de Pais integrados às atividades extracurriculares das escolas. pais e responsáveis trabalhando nos programas educativos das escolas de Cuiabá/MT. b) Jovens de Várzea Grande/MT capacitados em: carpintaria, encanamento, soldagem. c) Mães da Região rural da cidade de Cuiabá/MT capacitadas em prevenção de desidratação infantil d) Obras de canalização e tratamento de águas em funcionamento. mosquiteiros entregues, tratamentos radicais realizados a pessoas afetadas pela doença. e) Incremento na oferta de alimentos nutritivos nas escolas municipais de Cáceres/MT. selecionar alimentos nutritivos; sensibilizar sobre a importância de uma alimentação nutritiva.

87 Indicadores Os indicadores definem o sentido e o alcance de um projeto e medem o sucesso dos objetivos em cada uma de suas etapas. Tem-se que definir indicadores para cada um dos objetivos geral e específicos. Cada alternativa pode ter diferentes indicadores de produto, porém não variaram o indicador de impacto, já que devem ser iguais para todas as alternativas selecionadas. Os indicadores devem ser: Confiáveis: diferentes avaliadores devem obter os mesmos resultados ao medir um mesmo projeto com os indicadores propostos. Válidos: devem permitir medir realmente o que se deseja medir. Medir mudanças específicas, atribuíveis ao projeto e não outras variáveis. Explicar-se de forma clara e precisa. Apresentar-se em forma independente para cada objetivo e fase do projeto. Por exemplo, não selecionar indicadores operacionais para medir impacto. Exemplo: Objetivo Geral: Elevar a qualidade da educação municipal no município de Cuiabá/MT à média nacional.

88 Indicadores: - Resultados na Prova Nacional de Rendimento Escolar - Taxa de repetência - Taxa de abandono escolar Objetivo específico 1: Uso de técnicas de aprendizado ativoparticipativas. Indicador: - Quantidade de alunos educados com esta técnica. Objetivo específico 2: Nova escola funcionando no município de Cuiabá/MT. Indicador: - Quantidade de alunos formados na escola. Metas As metas são estimativas a respeito do efeito que produz cada alternativa e a quantidade de cada produto que entrega. As metas se definem em termos de quantidade, qualidade e tempo, utilizando como base os indicadores selecionados para medir cada objetivo. Por exemplo, se o objetivo geral é melhorar o nível nutricional de crianças entre 6-14 anos, procede utilizar indicadores antropométricos que permitem quantificar a taxa de desnutrição por tipo (I, II, e III) e estabelecer metas de redução destes tipos em períodos de tempo definidos. As metas devem ser claras, precisas e realistas. As metas devem ser fixadas em relação às

89 necessidades insatisfeitas estabelecidas no estudo do ambiente, mas como nem sempre é possível cobrir o déficit total, as metas podem ser inferiores à demanda insatisfeita. As metas de impacto devem explicitar: Que variável ou fenômeno se modifica? Em que sentido se modifica a variável? Quanto se modifica essa variável? Exemplo de metas de Objetivo Geral: - Diminuir a taxa de desnutrição dos tipos I e II em 50% em 2 anos. - Diminuir em 20% a taxa de mortalidade infantil em 4 anos. - Aumentar em 12% anual o número de jovens de anos que entram ao mercado de trabalho formal. - Diminuir os casos de malária em 80% em 3 anos. As metas dos Objetivos Específicos devem especificar: Que produto ou serviço entrega? Quantos produtos ou serviços entregam? Quem se beneficia com o produto? Exemplo: Metas de resultado: Entregar 800 rações alimentícias ao mês. Aumentar em 25% a quantidade diária de atendimentos de saúde nos consultórios.

90 Capacitar 500 microempresários em 1 ano. Eliminar 50 dos focos de mosquitos em 3 anos. Ao estabelecer as metas de um objetivo que tem mais de um indicador, deve-se ter presente que seu efeito supõe modificar os valores destes indicadores, cuja ponderação está determinada pela magnitude da sua incidência ao contemplar o objetivo. Premissas Ao estabelecer as metas, é preciso explicitar as premissas consideradas. As premissas ou suposições são as condições externas que afetam o projeto, mas que estão fora do seu controle. Exemplo de meta: - Alcançar uma cobertura de 70% dos alunos de escolas pública entre 12 e 17 anos que recebem cursos de educação sexual. Premissas: - A política de educação sexual do Ministério é estável. - A posição das Igrejas não interfere no desenvolvimento do projeto. - Os diretores dos colégios mantêm seu apoio ao projeto.

91 Quando uma premissa é imprescindível para a implantação do projeto, e é improvável que se cumpra, estamos ante um projeto que não é realista e convém mudar de estratégia. Não é necessário explicitar todas as premissas associadas à concretização das metas, só aquelas que são críticas e prováveis. Avaliação Posteriormente à definição e descrição das alternativas, elas devem ser avaliadas para identificar a que tem a melhor relação entre os custos implicados e o resultado que produz. A Análise Custo Resultado (ACI), que permite identificar a alternativa que tem a melhor relação entre eficiência e eficácia, seleciona a opção que apresenta o menor custo por unidade de resultado. A ACI requer dois tipos de análise, a de custos (eficiência) e a de resultado (eficácia), para depois avaliar a relação entre ambas. Análise da Eficiência Para cada uma das alternativas propostas deve-se identificar os custos relevantes que se tem que incorrer durante a vida do projeto. Os custos podem ser divididos em três categorias:

92 Custos de capital: são aqueles destinados a adquirir bens cuja duração para o projeto é superior a um ano. Normalmente, os desembolsos devem ser feitos durante a execução do projeto para que os bens possam ser utilizados na etapa de operação. Mas, durante a operação costuma ser preciso repô-los ou efetuar ampliações. Os custos de reposição ou de ampliação também formam parte dos custos de capital. Os custos de capital mais comuns nos projetos sociais são os de terreno, construção, equipamentos e investimentos complementares. Custos de manutenção: são os relativos a materiais e serviços que se adquirem para o cuidado dos bens de capital, com o fim de manter tanto a quantidade como a qualidade da entrega de produtos e/ou serviços. Por exemplo, manutenção e reparação de equipamentos, de edifícios, etc. Normalmente se calculam como uma proporção fixa dos custos de capital do projeto para cada período. Custos de operação: se derivam da compra de bens e/ou serviços cuja vida útil é inferior a um ano. Neste item se contemplam os necessários para que o projeto funcione e entregue o produto ou serviço desejado. Nos custos de operação se distinguem:

93 a) Diretos - derivados de insumos e pessoal imprescindíveis para a realização do projeto. Exemplo: Num projeto de refeitórios escolares são os alimentos, salários de pessoal e combustível. b) Indiretos - não são imprescindíveis, porém permitem aumentar a eficiência do projeto. Exemplo: Neste mesmo projeto, os custos indiretos seriam administração, supervisão e treinamento. Custos adicionais dos usuários: nos projetos sociais é preciso considerar os custos que deve incorrer aos beneficiários para receber os serviços e/ou os produtos que entrega o projeto, tais como os custos de transporte, o valor do tempo da viagem e de espera (medido em horas homem, dividindo o salário-mínimo mensal por 240 horas de trabalho ao mês), etc. É importante considerar os custos alternativos ou de oportunidade. Estes se referem, por um lado, ao valor que têm as doações e o trabalho voluntário. Se não são incluídos como custo, se assume que os recursos aportados são infinitos. Estes custos alternativos devem ser considerados ou nos custos de capital ou nos de operação, conforme seja o caso. Por outro lado, o capital também tem um custo de oportunidade que deriva do que poderia render se fosse destinado a investimentos alternativos, tais como aplicações financeiras, ações ou outro tipo de projeto. Nestes cálculos se consideram os custos relevantes. Os gastos menores, como materiais de escritório e utensílios, devem ser agrupados

94 como um item genérico. Os custos devem ser considerados em termos de preço de mercado. Isto permite transferir o custo dos insumos e bens ao longo do tempo considerando somente a inflação. Porém, os preços de mercado devem ser ajustados determinando os preços reais que deve pagar a sociedade. Estes ajustes têm duas origens: Impostos: do ponto de vista privado os impostos correspondem a custos, mas para a sociedade não o são e, portanto, não devem considerados. O projeto paga os preços de mercado; porém os impostos incluídos no preço são arrecadados para serem utilizados pelo setor público em fins prioritários, dentre os quais, a realização de projetos sociais. Portanto, para fazer os cálculos da avaliação, devem-se considerar os preços de mercado descontados os impostos. Distorções do mercado: Os preços-sombra são aqueles através dos quais o setor público (Ministério do Planejamento, Fazenda, entre outros) trata de determinar a verdadeira escassez relativa que têm os bens e serviços utilizados pelo projeto. Os custos de oportunidade e as consequentes modificações nos preços de mercado devem ser utilizados na avaliação. Entretanto, para a elaboração do orçamento, no qual se consideram os desembolsos previstos, deve-se utilizar os preços de mercado (os que realmente se pagarão).

95 Fluxo de Custos O fluxo de custos é uma matriz que contém todos os custos que devem incorrer no projeto em cada período (em geral, anuais), separados por itens (de capital, de operação e de manutenção). Na construção de um fluxo de custos deve-se considerar o seguinte: Os períodos começam no ano zero, que corresponde à etapa de investimento do projeto. Os períodos seguintes incluem os custos de operação, de manutenção e reposição ou ampliação do investimento. No último período do projeto deve-se incluir, como receita, o valor residual do investimento, que é a estimativa do preço pelo qual se pode vender os bens de capital ao término do projeto. Os valores utilizados nos fluxos devem ser expressos em valores constantes, como reais de 31/01/2017, dólares de 1 de janeiro de Os bens de capital se alocam na proporção em que serão utilizados para as atividades do projeto. Por exemplo, para implementar um projeto de educação para adultos se utiliza em certos horários, uma escola primária já existente, e se considera como custo de capital no projeto só a proporção que se ocupa da infraestrutura mencionada. Este é o valor que deve

96 ser incluído no fluxo de custos. A vida útil dos bens de capital são os anos esperados de sua duração produtiva. Ela depende das especificações técnicas de cada bem, incluindo sua obsolescência (técnica e econômica). Para as construções, por exemplo, se costuma considerar 30 anos. Se o projeto dura mais que a vida útil de algum dos bens de capital que utiliza, será necessária fazer um investimento de reposição. Em caso contrário, existirá um valor residual equivalente ao tempo de vida útil que lhe resta. Antes de construir o fluxo é conveniente abrir todos os custos do projeto, detalhando preço unitário, quantidade, vida útil e valor residual. Análise da Eficácia A eficiência na geração de produtos ou serviços de um projeto social não implica, necessariamente, eficácia no alcance de seus objetivos. Para isso, tem-se que realizar a análise dos resultados desejados. Esta visa a: Determinar se a alternativa provoca mudanças nos objetivos eleitos. Medir a magnitude das mudanças. Em uma avaliação anterior o resultado esperado de cada alternativa é uma estimativa, derivada dos objetivos propostos.

97 Roteiro para Elaboração do Projeto Itens do Projeto Visando orientar e aperfeiçoar as informações que deverão constar no projeto, relacionamos a seguir os itens imprescindíveis para compreensão e apresentação de uma proposta. Este roteiro pretende contribuir para nortear a elaboração do projeto, propiciando um momento de construção coletiva entre agentes públicos, agentes sociais e comunidades. Todos os itens deste roteiro são obrigatórios. O proponente pode, ainda, incluir outras informações que considerar necessárias nos anexos. Impende destacar que os pontos desse roteiro visam à elaboração do projeto, portanto, não podem ser considerados como um questionário. A equipe, pautada por estes itens, deve apresentar um texto objetivo, coerente e consistente. Itens do Projeto I - Capa É a identificação do projeto e da localidade atendida, bem como das informações básicas para contato com o proponente.

98 Título do Projeto Nome do município ou localidade de atuação / UF (Unidade da Federação) Telefone (com DDD) e para contato O nome do projeto é fundamental para identidade do grupo e da comunidade, por isso defina-o com a equipe para que seja um título interessante e informativo. II - Resumo do Projeto Em 15 linhas, no máximo, descreva o projeto incluindo, obrigatoriamente, a metodologia utilizada, os objetivos específicos e os resultados esperados dentro do período de execução. Ele deve apresentar a proposta integral do projeto. Seja claro e objetivo, incluindo as informações essenciais ao entendimento do projeto. O resumo também será utilizado para fins de divulgação. Certifique-se de que ele apresenta as informações básicas do projeto, tais como: onde ele acontece, quais os beneficiários, qual o problema identificado a ser trabalhado, qual a solução proposta (objetivos), como ele será implantado (metodologia), em quanto tempo e quais os resultados esperados.

99 III - Diagnóstico O diagnóstico prévio deve Indicar quais as características principais dos beneficiários que ajudam a justificar a relevância do seu projeto no local. Deve-se Incluir também as informações quantitativas e qualitativas, citando as fontes que subsidiaram a identificação do problema a ser solucionado, incluindo, dentre eles, mapeamento socioeconômico dos beneficiários diretos, que servirão como base referencial à avaliação processual de resultados e a construção de marco zero (início operacional do projeto). O diagnóstico apresentado deve ser resultado de contato prévio com a comunidade e não presumível ou baseado somente em resultado de pesquisa em banco de dados. Deve refletir a situação real da comunidade, aquela que motivou a proposição do Projeto e deve, obrigatoriamente, ser construído junto com os beneficiários de forma a traduzir a percepção e o entendimento dos envolvidos. Perguntas para reflexão: Quantas pessoas há na comunidade? Como ela é formada e como se organiza? Quais suas oportunidades de trabalho e renda? Como se insere no município ou região onde se localiza.

100 Quais as políticas ou ações públicas existentes para esta comunidade? Qual seu grau de vulnerabilidade? O diagnóstico deve apresentar: As demandas, fragilidades e potenciais da comunidade que subsidiaram a elaboração da proposta. A descrição da situação que pretende enfrentar e transformar e quais os elementos que têm contribuído para a sua manutenção: Qual o problema a ser enfrentado? Qual seu contexto histórico e quais os elementos que contribuíram para sua configuração atual? Qual sua dimensão geográfica e populacional? Qual seu contexto cultural? Qual o perfil econômico e social da comunidade? Quais os principais atores envolvidos locais, regionais e nacionais, tanto do setor público como da sociedade civil? A justificativa para a escolha dos beneficiários. Os projetos deverão privilegiar comunidades que apresentam carências socioeconômicas e/ou tecnológicas. Indique por que foi escolhida essa comunidade, dentre outras que possivelmente

101 têm carências semelhantes. A descrição, com precisão, de como pretende alterar a situação diagnosticada e quais as melhorias esperadas como resultado do projeto. Descreva as ações que pretende desenvolver e como poderão transformar a situação, evidenciando coerência entre o diagnóstico da realidade local e as atividades relativas ao tripé da sustentabilidade. Enumere detalhadamente as alterações (qualitativas) esperadas, na ordem social, econômica e ambiental. As potencialidades locais e qualidades dos beneficiários que poderão contribuir para o sucesso do projeto. Enumere qualidades ou características da realidade local e dos beneficiários que poderão contribuir para que as ações planejadas alcancem os resultados esperados. Essas características podem ser relacionadas com as formas de envolvimento, a participação, e o papel que os beneficiários vão desempenhar, na qualidade de sujeito da ação, durante a execução do projeto.

102 Beneficiários: Detalhar o perfil socioeconômico atual dos beneficiários (gênero, grau de escolaridade, renda familiar, faixa etária e outras características que servirão de base referencial à avaliação processual de resultados e a construção de marco zero, início operacional do projeto). Descrever e quantificar o público que participa do projeto. Beneficiários diretos: indivíduos que participam das atividades desenvolvidas no âmbito do projeto (Ex. merendeiras capacitadas em nutrição e guias turísticos treinados nas oficinas) ou que receberão apoio direto do projeto (Ex. artesãos que receberão equipamentos novos). Beneficiários indiretos: indivíduos influenciados pela ação dos beneficiários diretos do projeto (Ex. familiares que passam a ter uma renda maior, outros trabalhadores que buscam agora capacitação, escolas que agora têm computadores para treinamento de seu pessoal). IV - Objetivos do Projeto Devem ter como princípios as diretrizes das políticas públicas, seus programas e planos plurianuais.

103 Exemplo: Desenvolvimento sustentável com ênfase em geração de renda. Objetivo Geral: deve refletir o resultado transformador das ações propostas que, em seu conjunto, constituem os objetivos específicos. Objetivos Específicos: devem ser indicadores de resultados parciais, obtidos através das diferentes ações estabelecidas na metodologia do projeto, os quais se complementam dando dimensão e consistência ao objetivo geral. As ações a serem desenvolvidas na obtenção dos objetivos específicos, respondem a questionamentos como: Quais são os aspectos a serem trabalhados que contribuirão para avanços no projeto? Quais as mudanças que se espera? De quanto será esta mudança? Quando se espera que ocorram? Esses objetivos referem-se às etapas intermediárias que deverão ser cumpridas ao longo da execução do projeto e devem estar vinculados ao objetivo geral, contribuindo para que ele seja atingido.

104 V. Composição e Formação de Equipe Deve-se descrever o número de participantes, indicando as respectivas áreas de formação, e suas competências técnicas e pessoais necessárias ao desenvolvimento do projeto. Indique o perfil e os critérios de seleção dos participantes. Apresente o plano de capacitação dos membros da equipe executora do projeto contendo: temas abordados, carga horária e metodologia a ser aplicada. A equipe deve ser multidisciplinar e conter número de pessoas suficientes para as ações propostas. VI. Metodologia Deve-se descrever detalhadamente como pretende executar o projeto. A metodologia, contendo as diferentes etapas do trabalho, deve ser explicitada e está intimamente vinculada aos objetivos e resultados esperados. Informar a base científica em que se sustenta, informando, se for o caso, se replica ou se vale de metodologia já validada, indicando a fonte. Apresentar os procedimentos a serem adotados, como ações, etapas a serem alcançadas, atribuições de competência, locais de trabalho, parcerias obtidas, carga de trabalho, envolvimento dos beneficiários e

105 todas as demais atribuições necessárias para atingir os objetivos propostos, devem ser convenientemente descritas. Justificar e explicitar a necessidade e aplicabilidade da aquisição de material permanente ou equipamentos de pequeno porte. Perguntas para reflexão: Qual o método que será utilizado, e por quê? Que referências, pesquisas e/ou experiências científicas embasam a método? Ele é replicável em outras comunidades? VII. Avaliação Avaliação é entendida como ferramenta de gestão que possibilita analisar em que medida as ações desenvolvidas estão sendo efetivas. Realizada de forma colaborativa, a avaliação permite acompanhar e aprimorar as ações desenvolvidas; construir metodologias; mensurar e comunicar resultados dos projetos em execução, corrigir rumos e planejar o futuro. Neste sentido, o processo de acompanhamento e avaliação baseiase nos objetivos e indicadores de resultados. Para organizar as informações e alinharmos o processo de avaliação do projeto, a equipe deverá apresentar um plano de avaliação.

106 É fundamental que o coordenador do projeto discuta com a equipe este âmbito da avaliação. Como se dará esse processo, quem irá fazer e de que forma, e quais as perguntas avaliativas que nortearam as ações. Matriz de Avaliação deve conter: Objetivo geral. Objetivos específicos do projeto. Ações do projeto. Fontes de informação. Meios de verificação. Responsáveis. Empoderamento dos beneficiários; beneficiários. Melhoria na qualidade de vida (trabalho, saúde e educação); beneficiários. Novas parcerias estratégicas que não envolveram aporte financeiro; beneficiários. Ampliação das competências no gerenciamento da organização (do negócio) dimensão empreendedora; beneficiários. Aprimoramento das habilidades profissionais; beneficiários. Beneficiários do projeto atuam na capacitação de outros participantes do projeto; beneficiários. Melhores condições de segurança e salubridade; beneficiários/ iniciativas. Apropriação das práticas e tecnologias por parte da comunidade; beneficiários/ comunidade.

107 Contribuição do projeto para o aprimoramento das práticas institucionais. Grau de comprometimento com o projeto; realizadores. Envolvimento em outras iniciativas sociais; realizadores. Capacitação para o trabalho em projetos sociais; realizadores. Construção da identidade profissional: influência do projeto na formação profissional; realizadores. Incremento de renda; beneficiários. Mudanças de hábitos consumo de produtos fruto das atividades do projeto; beneficiários/comunidade. Acesso a financiamentos (governamentais ou não); beneficiários/iniciativas. Concretização de novas oportunidades de negócio; beneficiários/iniciativas. Formalização das iniciativas (em cooperativas e associações); beneficiários/ iniciativas. Melhoria da comercialização (distribuição, comunicação.); beneficiários/iniciativas. Melhoria da qualidade dos produtos; beneficiários/iniciativas. Melhoria na infraestrutura para a produção; beneficiários/iniciativas. Melhoria na produtividade; beneficiários/iniciativas. Ampliação da consciência socioambiental; beneficiários/comunidade. Importante destacar:

108 Beneficiários relacionam-se ao público alvo direto do projeto. Relação dos indicadores com os objetivos específicos do projeto (um mesmo objetivo específico pode também relacionar-se a mais de um indicador). Relação das ações do projeto com os objetivos específicos do projeto e com os indicadores do prêmio (uma mesma ação pode também relacionar-se a mais de um indicador): Quais instrumentos/ documentos possibilitaram este registro? Como serão feitos o registro e a sistematização destas informações e dados? Quem irá levantar e sistematizar as informações e dados? Deve-se levar em conta os indicadores ambientais, indicadores econômicos e indicadores sociais. VIII. Sustentabilidade do Projeto e Continuidade das Ações. Deve-se descrever os elementos abaixo e outros que favorecem a continuidade do projeto e de seus resultados em longo prazo.

109 Financeiros: presença de outras fontes de financiamento ou empreendimento de autofinanciamento, recursos provenientes de venda de produtos gerados pelo projeto. Técnicos: metodologias, estratégias e planejamento. Comunitários: apropriação pela comunidade das tecnologias aplicadas no projeto. A equipe responsável visualiza fontes adicionais de recursos para o projeto? Quais? Descrever a estratégia de atração de apoios e outros parceiros. Descreva a preparação da comunidade para garantir a sustentabilidade do projeto. Descreva o papel dos realizadores após a implantação do projeto. Caso o projeto já conte com outros parceiros financiadores (públicos ou privados), eles estarão dispostos a manter futuramente as atuais contrapartidas oferecidas? IX. Cronograma de Execução Deve-se descrever as etapas e ações do projeto, considerando o período de vigência do mesmo. Os cronogramas apresentados (financeiro e de atividades) devem ser compatíveis com as atividades a serem desenvolvidas e com os objetivos a

110 serem alcançados, considerando o tempo previsto de execução. Descreva as premissas e os riscos envolvidos no projeto. Discutir com a equipe as variáveis e fatos que podem alterar os planos e atrasar o cronograma. Tais como: Atrasos no repasse dos recursos? Diferenças entre o orçamento previsto e o custo real do projeto? Diferenças entre o cronograma previsto e o tempo consumido pelas atividades programadas? Dificuldades para mobilizar e manter o público-alvo no projeto? X. Orçamento O repasse dos recursos acontecerá conforme plano de trabalho previsto no cronograma de desembolso e autorizado no plano de aplicação detalhado. As aquisições atenderão as determinações previstas no edital ou programa, sendo precedidas de cotação prévia ou instrumento equivalente como projeto básico ou termo de referência.

111 Xi. Outras Informações Espaço reservado para informações que a equipe julgar relevante e que não foram contempladas nos itens anteriores. V- Captação De Recursos Federais (Via Transferências Da União) As transferências de recursos da União são instrumentos celebrados pelos órgãos e pelas entidades da Administração Pública Federal com órgãos ou entidades públicas (administração estadual, distrital, municipal) ou privadas sem fins lucrativos para a execução de programas, projetos e atividades de interesse recíproco que envolvam a transferência de recursos financeiros oriundos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União. O Decreto Lei 200, de 25 de fevereiro de 1967, que dispõe sobre a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras providências, apresenta, em seus princípios fundamentais, o planejamento, a coordenação, a descentralização, a delegação de competência e o Controle. Já a Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, estabeleceu normas de finanças públicas voltadas à responsabilidade na gestão fiscal e deu outras providências, que são conhecidas como Lei de Responsabilidade Fiscal.

112 A transferência de recursos da União, já disciplinada em 1967 pela referida Lei, foi tratada em outros instrumentos legais, como a Lei de Licitações, em seu Art. 116, e a Instrução Normativa da Secretaria do Tesouro Nacional - STN nº 01/1997, até o surgimento do Decreto 6.170, de 25 de julho de 2007, criando, em seu Art. 3º, o Portal de Convênios SICONV, com Legislação específica dada pela Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU Nº 507, de 24 de novembro de 2011, que foi revogada pela Portaria Interministerial MPDG/ MF/ MTFCGU nº 424, de 30 de dezembro de (Ver item legislação deste Manual). Origem dos Recursos As dotações orçamentárias destinadas aos convênios, aos contratos de repasse e aos termos de parceria são alocadas no Orçamento Geral da União (OGU) de duas maneiras: Contemplação nominal do Estado, do município ou da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP, por meio da proposta do Executivo ou de emenda ao Orçamento da União por deputado federal ou senador. Ao ser publicada a Lei do Orçamento, já haverá previsão dos recursos para a consecução do objeto proposto na emenda. A liberação dar-seá de acordo com o planejamento do Poder Executivo, observadas as disponibilidades financeiras.

113 Não contemplação explícita, mas o programa orçamentário destina recursos para a região onde se localiza o pretendente e prevê a aplicação por meio de órgão ou entidade estadual, municipal ou não governamental (identifica-se essa previsão pelas seguintes modalidades de destinação: 30 governo estadual, 40 administração municipal e 50 entidade privada sem fins lucrativos). O orçamento público compreende a elaboração e execução de três leis: Plano Plurianual - PPA - LEI Nº /2012 Diretrizes Orçamentárias LDO - LEI Nº / 2013 Orçamento Anual LOA - LEI Nº /2014 Em conjunto, materializam o planejamento e a execução das políticas públicas federais e a descentralização dos recursos. Plano Plurianual - PPA O PPA estabelece os projetos e os programas de longa duração do governo, definindo objetivos e metas da ação pública para um período de quatro anos. O PPA, no Brasil, previsto no artigo 165, da Constituição Federal, regulamentado pelo Decreto 2.829, de 29 de outubro de 1998, estabelece medidas, gastos e objetivos a serem seguidos pelo governo

114 federal, por um período de quatro anos, tendo vigência do segundo ano de um mandato presidencial até o final do primeiro ano do mandato seguinte. Conforme figura abaixo: PPA Eixos Estratégicos A elaboração do PPA está detalhada nos cadernos apresentados pela Presidência da República, tendo por modelo a elaboração de um Plano Estratégico de Governo, com indicadores, recursos disponíveis, organizados em Programas, no modelo de elaboração de projetos, conforme figura abaixo:

115 Lei De Diretrizes Orçamentárias - LDO A lei de diretrizes orçamentárias LDO (LEI /2016) orienta a elaboração e execução do orçamento anual e trata de vários outros temas, como alterações tributárias, gastos com pessoal, política fiscal e transferências da União. I - as metas e prioridades da administração pública federal; II - a estrutura e organização dos orçamentos; III - as diretrizes para a elaboração e execução dos orçamentos da União; IV - as disposições para as transferências; V - as disposições relativas à dívida pública federal; VI - as disposições relativas às despesas com pessoal e encargos sociais e benefícios aos servidores, empregados e seus dependentes;

116 VII - a política de aplicação dos recursos das agências financeiras oficiais de fomento; VIII - as disposições sobre alterações na legislação e sua adequação orçamentária; IX - as disposições sobre a fiscalização pelo Poder Legislativo e sobre as obras e os serviços com indícios de irregularidades graves; X - as disposições sobre transparência; e XI - as disposições finais. Em seu Artigo 79, a Lei estabelece a comprovação da contrapartida por parte do convenente, o uso do Pregão como modalidade licitatória e a obediência ao cronograma de desembolso e ao plano de trabalho. Art. 79. A realização de transferências voluntárias, conforme definidas no caput do art. 25 da Lei de Responsabilidade Fiscal, dependerá da comprovação, por parte do convenente, de que existe previsão de contrapartida na lei orçamentária do Estado, Distrito Federal ou Município. Lei orçamentária anual - LOA A LOA estima as receitas que o governo espera arrecadar durante o ano e fixa os gastos a serem realizados com tais recursos. Essa é uma lei elaborada pelo Poder Executivo que estabelece as despesas e receitas que serão realizadas no ano seguinte.

117 Importante ressaltar que deve-se acompanhar a elaboração da LOA do ano seguinte a partir de Agosto do ano em curso, quando o Projeto de Lei Orçamentária - PLOA é publicado pelos ministérios indicando os programas que podem disponibilizar recursos aos proponentes. Dessa forma, é possível através do site do Senado Federal ( opção orçamento/loa), visualizar a partir de agosto do ano antecedente os recursos que serão disponibilizados no ano seguinte. Assim, no final de dezembro, será publicada a Lei Orçamentária Anual a ser executada no ano de calendário seguinte a sua elaboração. Segue algumas ações importantes a serem adotadas neste ato: Verifique que se existe indicação de emenda ao seu município ou instituição; Confira os recursos que serão transferidos ao seu Estado, na modalidade de aplicação de sua atividade (40 Municípios, 50 Entidades Privadas sem Fins Lucrativos), indicando ações junto as Secretarias que farão as cooperações; Os recursos com indicação NA Nacional irão surgir no Portal de Convênios como Propostas Voluntárias, prepare seus projetos e visitas técnicas antes de sua publicação no Portal de Convênios, aumentando suas chances de captação de recursos.

118 Relação entre os instrumentos de Planejamento: Emendas Parlamentares Os Senadores e Deputados Federais podem propor alterações ao projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) através de emendas parlamentares, onde for suscetível apresentar modificações, pois as modificações estão sujeitas a restrições, de acordo com o art. 166, 3.º, da CF, que estabelece as seguintes regras:

CHECK LIST DA MINUTA DO CONVÊNIO. 1 Preâmbulo contento numeração seqüencial no SICONV (art. 42, Portaria Int. 507/2011)

CHECK LIST DA MINUTA DO CONVÊNIO. 1 Preâmbulo contento numeração seqüencial no SICONV (art. 42, Portaria Int. 507/2011) CHECK LIST DA MINUTA DO CONVÊNIO Descrição Atendimento Sim N/S Não Fls. 1 Preâmbulo contento numeração seqüencial no SICONV (art. 42, Portaria Int. 2 Qualificação completa dos partícipes (art. 42, Portaria

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO NÚCLEO DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS E CONVÊNIOS CARTILHA DE FISCALIZAÇÃO DE CONVÊNIO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO NÚCLEO DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS E CONVÊNIOS CARTILHA DE FISCALIZAÇÃO DE CONVÊNIO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO NÚCLEO DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS E CONVÊNIOS CARTILHA DE FISCALIZAÇÃO DE CONVÊNIO MAIO 2018 DIRIGENTES DA UFRPE: MARIA JOSÉ DE SENA Reitora MARCELO BRITO CARNEIRO

Leia mais

MARCO REGULATÓRIO DAS SOCIEDADES CIVIS TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MARCO REGULATÓRIO DAS SOCIEDADES CIVIS TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL MARCO REGULATÓRIO DAS SOCIEDADES CIVIS TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Airton Roberto Rehbein Auditor Público MARCO REGULATÓRIO DAS SOCIEDADES CIVIS A Lei Federal 3.204/2015 alterou a

Leia mais

Resolução de questões de concursos públicos Convênios. Desejo-lhe sucesso e sorte na conquista de seus sonhos e o pleno alcance de suas metas.

Resolução de questões de concursos públicos Convênios. Desejo-lhe sucesso e sorte na conquista de seus sonhos e o pleno alcance de suas metas. de questões de concursos públicos Convênios Prezado estudante, concursando! Desejo-lhe sucesso e sorte na conquista de seus sonhos e o pleno alcance de suas metas. Foco total nos estudos porque já estão

Leia mais

JORGE MIRANDA RIBEIRO MARIA MOTA PIRES

JORGE MIRANDA RIBEIRO MARIA MOTA PIRES JORGE MIRANDA RIBEIRO MARIA MOTA PIRES CONVÊNIOS DA UNIÃO Temas Polêmicos, Doutrina, Jurisprudência do TCU e Poder Judiciário, Recomendações Editora BRASÍLIA JURÍDICA Ribeiro, Jorge Miranda. Convênios

Leia mais

Aos clientes VISÃO CONSULTORIA Tarumã,SP, 09 de Janeiro de MEMO nº 01/2017.

Aos clientes VISÃO CONSULTORIA Tarumã,SP, 09 de Janeiro de MEMO nº 01/2017. Aos clientes VISÃO CONSULTORIA Tarumã,SP, 09 de Janeiro de 2017. MEMO nº 01/2017. Assunto: DECRETO QUE ALTERA O DECRETO Nº 6.170 DE 5 DE JULHO DE 2007. Prezados (as) Senhores (as): Dispõe sobre as normas

Leia mais

Siglas deste documento:

Siglas deste documento: O Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias (CAUC) possui 13 itens a serem observados para a efetivação de uma transferência voluntária. Veja adiante a legislação relativa a cada

Leia mais

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 28, DE 5 DE MAIO DE O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, no uso de suas atribuições constitucionais, legais e regimentais, e

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 28, DE 5 DE MAIO DE O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, no uso de suas atribuições constitucionais, legais e regimentais, e INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 28, DE 5 DE MAIO DE 1999 Estabelece regras para a implementação da homepage Contas Públicas, de que trata a Lei nº 9.755/98. O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, no uso de suas atribuições

Leia mais

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão GABINETE DO MINISTRO PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 342, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2008

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão GABINETE DO MINISTRO PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 342, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2008 Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão GABINETE DO MINISTRO PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 342, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2008 Altera a Portaria Interministerial nº 127/MP/MF/CGU, de 29 de maio de 2008,

Leia mais

CARTILHA PARA ELABORAÇÃO DE CONVÊNIOS

CARTILHA PARA ELABORAÇÃO DE CONVÊNIOS CARTILHA PARA ELABORAÇÃO DE CONVÊNIOS Esta cartilha tem o objetivo de subsidiar a elaboração e submissão de projetos de atividade de extensão no âmbito da Unifei, em conformidade com a norma para regulamentação

Leia mais

PORTARIA INTERMINISTERIAL CGU/MF/MP 507/2011 DOU, 28/11/2011

PORTARIA INTERMINISTERIAL CGU/MF/MP 507/2011 DOU, 28/11/2011 PORTARIA INTERMINISTERIAL CGU/MF/MP 507/2011 DOU, 28/11/2011 Conceitos CONCEDENTE/CONTRATANTE: Órgão do Governo Federal responsável pela transferência de recursos financeiros; COVENENTE/CONTRATADO: Prefeitura

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos 1 de 5 23/05/2013 22:52 Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 11.578, DE 26 DE NOVEMBRO DE 2007. Mensagem de Veto Conversão da MPv nº 387, de 2007 (Vide Lei nº 12.249,

Leia mais

I - DOS RECURSOS ORIUNDOS DOS ACORDOS DE EMPRÉSTIMOS OU CONTRIBUIÇÕES FINANCEIRAS NÃO REEMBOLSÁVEIS

I - DOS RECURSOS ORIUNDOS DOS ACORDOS DE EMPRÉSTIMOS OU CONTRIBUIÇÕES FINANCEIRAS NÃO REEMBOLSÁVEIS INSTRUÇÃO NORMATIVA N o 06, DE 27 DE OUTUBRO DE 2004. Dispõe sobre os procedimentos de movimentação de recursos externos e de contrapartida nacional, em moeda ou bens e/ou serviços, decorrentes dos acordos

Leia mais

Marco Regulatório do Terceiro Setor Lei nº /2014. Experiência do Governo do Estado de Santa Catarina

Marco Regulatório do Terceiro Setor Lei nº /2014. Experiência do Governo do Estado de Santa Catarina Marco Regulatório do Terceiro Setor Lei nº 13.019/2014 Experiência do Governo do Estado de Santa Catarina Lei nº 13.019/2014 O que a Lei estabelece? Normas gerais para as parcerias entre a administração

Leia mais

DECRETO 6.170, DE 25 DE JULHO DE

DECRETO 6.170, DE 25 DE JULHO DE DECRETO 6.170, DE 25 DE JULHO DE 2007 Dispõe sobre as normas relativas às transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de repasse, e dá outras providências. O Presidente da República,

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO CONSELHO DELIBERATIVO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO CONSELHO DELIBERATIVO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO CONSELHO DELIBERATIVO RESOLUÇÃO/FNDE/CD/Nº 13 DE 28 DE ABRIL DE 2008 Estabelece os documentos necessários à comprovação de regularidade

Leia mais

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 28, DE 5 DE MAIO DE Estabelece regras para a implementação da homepage Contas Públicas, de que trata a Lei nº 9.755/98.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 28, DE 5 DE MAIO DE Estabelece regras para a implementação da homepage Contas Públicas, de que trata a Lei nº 9.755/98. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 28, DE 5 DE MAIO DE 1999 Estabelece regras para a implementação da homepage Contas Públicas, de que trata a Lei nº 9.755/98. O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, no uso de suas atribuições

Leia mais

Município de Caxias do Sul

Município de Caxias do Sul 1 LEI MUNICIPAL Nº 8.165, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2016. Estima a Receita e fixa a Despesa do para o exercício de 2017. Art. 1º A receita consolidada do para o exercício econômico-financeiro de 2017 foi estimada

Leia mais

PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 10, DE 23 DE JANEIRO DE 2018

PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 10, DE 23 DE JANEIRO DE 2018 Publicado em: 25/01/2018 Edição: 18 Seção: 1 Página: 16-144 Órgão: Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão / Gabinete do Ministro PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 10, DE 23 DE JANEIRO DE 2018

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 6.170, DE 25 DE JULHO DE 2007. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da

Leia mais

PORTARIA GM N , DE 28 DE DEZEMBRO DE 2017 Altera a Portaria de Consolidação nº 6/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para dispor sobre o

PORTARIA GM N , DE 28 DE DEZEMBRO DE 2017 Altera a Portaria de Consolidação nº 6/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para dispor sobre o PORTARIA GM N. 3.992, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2017 Altera a Portaria de Consolidação nº 6/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para dispor sobre o financiamento e a transferência dos recursos federais para as

Leia mais

Convênios e Contratos Acadêmicos Financiamento de Projetos nas Universidades Públicas Federais

Convênios e Contratos Acadêmicos Financiamento de Projetos nas Universidades Públicas Federais Convênios e Contratos Acadêmicos Financiamento de Projetos nas Universidades Públicas Federais Lidia Maria A. Rodella 16.03.2017 Sobre o que vamos falar? 1. Tipos de instrumentos jurídicos e números na

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Página 1 de 6 Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 6.170, DE 25 DE JULHO DE 2007. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,

Leia mais

2º Seminário FEAC 2014 TRANSPARÊNCIA

2º Seminário FEAC 2014 TRANSPARÊNCIA 2º Seminário FEAC 2014 TRANSPARÊNCIA Slide 1 FUNDAMENTOS DA TRANSPARÊNCIA PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE ART. 37 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL LEI 101/00 LEI DE TRANSPARÊNCIA FISCAL

Leia mais

COMAS CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. RESOLUÇÃO Nº 02/2017, de 08 de fevereiro de 2017.

COMAS CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. RESOLUÇÃO Nº 02/2017, de 08 de fevereiro de 2017. RESOLUÇÃO Nº 02/2017, de 08 de fevereiro de 2017. Dispõe sobre os critérios de utilização de recurso proveniente da Conta COMAS Zona Azul e dá outras providências. O CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Leia mais

Sumário. Apresentação, xv. Prefácio à 6ª Edição, xix. Prefácio à 5ª Edição, xxi. Prefácio à 4ª Edição, xxiii. Prefácio à 3ª Edição, xxv

Sumário. Apresentação, xv. Prefácio à 6ª Edição, xix. Prefácio à 5ª Edição, xxi. Prefácio à 4ª Edição, xxiii. Prefácio à 3ª Edição, xxv Sumário Apresentação, xv Prefácio à 6ª Edição, xix Prefácio à 5ª Edição, xxi Prefácio à 4ª Edição, xxiii Prefácio à 3ª Edição, xxv Prefácio à 2ª Edição, xxvii Prefácio à 1ª Edição, xxix Agradecimentos,

Leia mais

PREFEITURA JUNHO/ Informativo - Edição 06

PREFEITURA JUNHO/ Informativo - Edição 06 PREFEITURA JUNHO/2019 - Informativo - Edição 06 PRAZO OBRIGAÇÃO FORMA PRESTAÇÃO DE CONTAS LEGISLAÇÃO Até o 5º dia útil Efetuar o pagamento dos salários, relativos ao mês vencido, aos servidores celetistas.

Leia mais

PREFEITURA. Enviar movimento contábil isolado e conjunto do mês de Abril de 2018 (balancetes isolados e conjuntos).

PREFEITURA. Enviar movimento contábil isolado e conjunto do mês de Abril de 2018 (balancetes isolados e conjuntos). JUNHO/2018 - Informativo - Edição 06 PREFEITURA PRAZO OBRIGAÇÃO FORMA PRESTAÇÃO DE CONTAS LEGISLAÇÃO Até 04/06 Enviar movimento contábil isolado e conjunto do mês de Abril de 2018 (balancetes isolados

Leia mais

Marco Regulatório do Terceiro Setor Com alterações trazidas pela Lei /2015 introduzidas pelo PLV 21/2015

Marco Regulatório do Terceiro Setor Com alterações trazidas pela Lei /2015 introduzidas pelo PLV 21/2015 Curso: Marco Regulatório do Terceiro Setor Com alterações trazidas pela Lei 13.204/2015 introduzidas pelo PLV 21/2015 Data e Local: 13 e 14 de junho de 2017 Vitória, ES Hotel Comfort Suites Av. Saturnino

Leia mais

INSTRUÇÃO NORMATIVA N 07/03

INSTRUÇÃO NORMATIVA N 07/03 INSTRUÇÃO NORMATIVA N 07/03 Ver também Alerta 001/2005 (MG de 22.03.05 ); Alerta 002/2008; IN 2/10 Estabelece normas de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial nas Administrações

Leia mais

REGULAMENTO DO INSTRUMENTO ESPECÍFICO DE PARCERIA ENTRE A ANATER E AS ENTIDADES PÚBLICAS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL - ATER

REGULAMENTO DO INSTRUMENTO ESPECÍFICO DE PARCERIA ENTRE A ANATER E AS ENTIDADES PÚBLICAS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL - ATER REGULAMENTO DO INSTRUMENTO ESPECÍFICO DE PARCERIA ENTRE A ANATER E AS ENTIDADES PÚBLICAS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL - ATER CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º - Este regulamento trata do

Leia mais

PAULA MELLO ASSESSORIA JURÍDICA NO TERCEIRO SETOR

PAULA MELLO ASSESSORIA JURÍDICA NO TERCEIRO SETOR PRINCIPAIS ASPECTOS DO TERMO DE PARCERIA ESTABELECIDO PELA LEI 9790/99 E REGULAMENTADO PELO DECRETO 3100/99 A lei 9790/99 em seu capitulo II, institui o termo de parceria como o instrumento passível de

Leia mais

LEI , DE 31 JULHO DE 2014 PARCERIAS PÚBLICO- PRIVADAS NOVIDADES

LEI , DE 31 JULHO DE 2014 PARCERIAS PÚBLICO- PRIVADAS NOVIDADES LEI 13.019, DE 31 JULHO DE 2014 PARCERIAS PÚBLICO- PRIVADAS NOVIDADES Lei 13.019/2004 link OSCIPS Art. 4 o Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às relações da administração pública com entidades

Leia mais

CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado ODAIR CUNHA PT/MG

CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado ODAIR CUNHA PT/MG PROGRAMAS ABERTOS MINISTÉRIO DO TURISMO Código do Programa 5400020130012 Órgão Órgão Executor Tipo de Instrumento Convênio Qualificação da proposta Proposta Voluntária Programa Atende a Administração Pública

Leia mais

Marco Regulatório do Terceiro Setor

Marco Regulatório do Terceiro Setor Marco Regulatório do Terceiro Setor 17 de maio de 2017 1 Programa : - Decreto Nº. 8.726/2016 - As novas exigências - Celebração das parcerias - Execução - Prestação de contas - Atuação do profissional

Leia mais

Balanço Orçamentário - Sebrae/PR R$ mil

Balanço Orçamentário - Sebrae/PR R$ mil Receitas Previsão no Ano Original (a) (b) % (b/a) Previsão no Ano Original (a) Receitas Correntes 142.431 168.599 118,4% Despesas Correntes 141.881 142.646 100,5% Contribuição Social Ordinária-CSO 100.902

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº 015/2018. CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS CAPÍTULO II DAS RECEITAS E DESPESAS DO FUNDO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

PROJETO DE LEI Nº 015/2018. CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS CAPÍTULO II DAS RECEITAS E DESPESAS DO FUNDO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO PROJETO DE LEI Nº 015/2018. Dispõe sobre a instituição do Fundo Municipal de Educação - FME e dá outras providencias. CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS Art. 1º. Fica instituido o Fundo Municipal de Educação de

Leia mais

CALENDÁRIO DE OBRIGAÇÕES JANEIRO/2017

CALENDÁRIO DE OBRIGAÇÕES JANEIRO/2017 CALENDÁRIO DE OBRIGAÇÕES JANEIRO/2017 Tempo real (Primeiro dia útil subsequente à data do registro contábil) Liberar informações sobrea execução orçamentária e financeira Até dia 6 Tornar disponível na

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 5.139, DE 12 DE JULHO DE 2004. Dispõe sobre a aplicação dos recursos financeiros referentes ao art. 9º e o inciso VI do

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO CONSELHO DELIBERATIVO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO CONSELHO DELIBERATIVO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO CONSELHO DELIBERATIVO RESOLUÇÃO/FNDE/CD/Nº 007 DE 24 DE ABRIL DE 2007 Estabelece os documentos necessários à comprovação de regularidade

Leia mais

Secretaria Nacional de Assistência Social. Fundo Nacional de Assistência Social

Secretaria Nacional de Assistência Social. Fundo Nacional de Assistência Social Secretaria Nacional de Assistência Social Fundo Nacional de Assistência Social fevereiro / 2011 O PLANEJAMENTO E A EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA DO SUAS Bases Legais do Financiamento Instrumentos

Leia mais

Município de Caxias do Sul

Município de Caxias do Sul 1 LEI Nº 6.908 DE 12 DE DEZEMBRO DE 2008 O PREFEITO MUNICIPAL DE CAXIAS DO SUL. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei. Estima a Receita e fixa a Despesa do Município de

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos 1 of 7 12/8/2008 3:13 PM Brastra (4376 bytes) Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 6.170, DE 25 DE JULHO DE 2007. Texto compilado Dispõe sobre as normas relativas

Leia mais

Ofício nº 449 (SF) Brasília, em 30 de abril de Senhor Primeiro-Secretário,

Ofício nº 449 (SF) Brasília, em 30 de abril de Senhor Primeiro-Secretário, Ofício nº 449 (SF) Brasília, em 30 de abril de 2015. A Sua Excelência o Senhor Deputado Beto Mansur Primeiro-Secretário da Câmara dos Deputados Assunto: Emendas do Senado ao Projeto de Lei da Câmara. Senhor

Leia mais

SICONV CE CADASTRO GERAL DE PARCEIROS

SICONV CE CADASTRO GERAL DE PARCEIROS CADASTRO GERAL DE PARCEIROS AGENDA 1. Contextualização 2. SICONV-Ceará: Ferramenta de Suporte ao Processo de Transferência de Recursos Financeiros 1. Contextualização 1.1 Projeto de Controle Interno Preventivo

Leia mais

DECISÃO NORMATIVA-TCU Nº 69, DE 2 DE AGOSTO DE 2005

DECISÃO NORMATIVA-TCU Nº 69, DE 2 DE AGOSTO DE 2005 DECISÃO NORMATIVA-TCU Nº 69, DE 2 DE AGOSTO DE 2005 Dispõe sobre o conteúdo e demais questões técnicas pertinentes à disponibilização pelo Comitê Olímpico Brasileiro e pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro,

Leia mais

Município de Caxias do Sul

Município de Caxias do Sul 1 LEI Nº 7.239, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2010. Estima a Receita e fixa a Despesa do Município de Caxias do Sul para o exercício de 2011. Art. 1º A receita consolidada do para o exercício econômico-financeiro

Leia mais

FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. PORTARIA No- 573, DE 26 DE JULHO DE 2016

FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. PORTARIA No- 573, DE 26 DE JULHO DE 2016 FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE PORTARIA No- 573, DE 26 DE JULHO DE 2016 Dispõe sobre critérios e procedimentos para a transferência de recursos financeiros das ações de saneamento e saúde ambiental custeadas

Leia mais

Lei nº 9.615/1998, institui normas gerais sobre desporto.

Lei nº 9.615/1998, institui normas gerais sobre desporto. Legislação Lei nº 9.615/1998, institui normas gerais sobre desporto. Lei nº 12.395/2011, altera a Lei Pelé e insere a CBC F, no Sistema Nacional do Desporto (art. 13 inciso VII). Decreto nº 7.984/2013,

Leia mais

M O D E L O NOME DO PROPONENTE (CNPJ) DECLARAÇÃO DE ADIMPLÊNCIA

M O D E L O NOME DO PROPONENTE (CNPJ) DECLARAÇÃO DE ADIMPLÊNCIA DECLARAÇÃO DE ADIMPLÊNCIA Declaramos junto ao Ministério do Turismo que a (nome do proponente) não se encontra em situação de mora ou de inadimplência junto a qualquer órgão ou entidade da Administração

Leia mais

ESTADO DA BAHIA PREFEITURA MUNICIPAL DE IBITIARA Gabinete do Prefeito

ESTADO DA BAHIA PREFEITURA MUNICIPAL DE IBITIARA Gabinete do Prefeito ERRATA do TERMO DE CONVÊNIO QUE ENTRE SI CELBRAM O MUNICÍPIO DE IBITIARA ESTADO DA BAHIA E O HOSPITAL PADRE ALDO COPPOLA - HPAC, VISANDO TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS FINANCEIROS, A TÍTULO DE SUBVENÇÃO SOCIAL.

Leia mais

CONSELHO DIRETOR ATO DO CONSELHO DIRETOR RESOLUÇÃO INEA Nº 150 DE 02 DE FEVEREIRO DE 2018.

CONSELHO DIRETOR ATO DO CONSELHO DIRETOR RESOLUÇÃO INEA Nº 150 DE 02 DE FEVEREIRO DE 2018. Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado do Ambiente SEA Instituto Estadual do Ambiente INEA CONSELHO DIRETOR ATO DO CONSELHO DIRETOR RESOLUÇÃO INEA Nº 150 DE 02 DE FEVEREIRO DE 2018. ESTABELECE

Leia mais

CALENDÁRIO DE OBRIGAÇÕES JULHO/2017

CALENDÁRIO DE OBRIGAÇÕES JULHO/2017 Tempo real (Primeiro dia útil subsequente à data do registro contábil) CALENDÁRIO DE OBRIGAÇÕES JULHO/2017 Prazo Obrigação Histórico Disposição Legal Liberar informações sobre a execução orçamentária e

Leia mais

CAPACITAÇÃO SOBRE MARCO REGULATÓRIO DAS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL - LEI nº /2014, COM AS ALTERAÇÕES DA LEI /2015.

CAPACITAÇÃO SOBRE MARCO REGULATÓRIO DAS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL - LEI nº /2014, COM AS ALTERAÇÕES DA LEI /2015. CAPACITAÇÃO SOBRE MARCO REGULATÓRIO DAS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL - LEI nº 13.019/2014, COM AS ALTERAÇÕES DA LEI 13.204/2015. I - APRESENTAÇÃO Recentemente promulgado, o Marco Regulatório do Terceiro

Leia mais

PREFEITURA DE SÃO LUÍS

PREFEITURA DE SÃO LUÍS 1 PORTARIA CONJUNTA SEMGOV/CGM Nº 01, DE 01 DE MARÇO DE 2016. Dispõe sobre as normas complementares relativas às parcerias entre a Prefeitura Municipal de São Luis e as organizações da sociedade civil,

Leia mais

1 - DADOS CADASTRAIS PLANO DE TRABALHO NOME DA INSTITUIÇÃO: ( ) Cooperativa ( ) Religiosa ENDEREÇO BAIRRO: CIDADE: U.F: CEP:

1 - DADOS CADASTRAIS PLANO DE TRABALHO NOME DA INSTITUIÇÃO: ( ) Cooperativa ( ) Religiosa ENDEREÇO BAIRRO: CIDADE: U.F: CEP: PLANO DE TRABALHO 1 - DADOS CADASTRAIS NOME DA INSTITUIÇÃO: C.N.P.J.: TIPO DE ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL: ENDEREÇO: ( ) Sem Fins Lucrativos ( ) Cooperativa ( ) Religiosa BAIRRO: CIDADE: U.F: CEP: TELEFONE:

Leia mais

1 Não se aplica o disposto no caput às dotações orçamentárias relativas: III às despesas custeadas com receitas oriundas de doações e de convênios; e

1 Não se aplica o disposto no caput às dotações orçamentárias relativas: III às despesas custeadas com receitas oriundas de doações e de convênios; e DECRETO Nº 8.670, DE 12 DE FEVEREIRO DE 2016 Dispõe sobre a programação orçamentária e financeira, estabelece o cronograma mensal de desembolso do Poder Executivo para o exercício de 2016, e dá outras

Leia mais

Município de Caxias do Sul

Município de Caxias do Sul 1 LEI Nº 7.389, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2011. Estima a Receita e fixa a Despesa do para o exercício de 2012. Art. 1º A receita consolidada do para o exercício econômico-financeiro de 2012, consideradas as

Leia mais

Prestação de Contas aos Órgãos de Controle. Marilsa da Silva e Silva Diretor Técnico III Secretaria de Estado da Saúde

Prestação de Contas aos Órgãos de Controle. Marilsa da Silva e Silva Diretor Técnico III Secretaria de Estado da Saúde Prestação de Contas aos Órgãos de Controle Marilsa da Silva e Silva Diretor Técnico III Secretaria de Estado da Saúde Secretaria de Estado da Saúde Coordenadoria de Gestão Orçamentária e Financeira CGOF

Leia mais

EDITAL Nº 05/2016 CMDCA

EDITAL Nº 05/2016 CMDCA EDITAL Nº 05/2016 CMDCA EDITAL DE SELEÇÃO PÚBLICA DE PROJETOS PARA FINANCIAMENTO PELO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE-FIA- CMDCA. NO ANO DE 2016 O Conselho Municipal dos Direitos

Leia mais

CELEBRAÇAO E EXECUÇÃO DE CONVÊNIOS - ESTADO DO MARANHÃO COMO CONVENENTE (conforme portaria interministerial nº 424, de 30/12/2016).

CELEBRAÇAO E EXECUÇÃO DE CONVÊNIOS - ESTADO DO MARANHÃO COMO CONVENENTE (conforme portaria interministerial nº 424, de 30/12/2016). CELEBRAÇAO E EXECUÇÃO DE CONVÊNIOS - ESTADO DO MARANHÃO COMO CONVENENTE (conforme portaria interministerial nº 424, de 30/12/2016). Download BASE LEGAL: Portaria Interministerial nº 424/16. Regulamenta

Leia mais

FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. EDITAL DE CHAMAMENTO PÚBLICO Nº 01/2016 (retificado conforme publicação no DOU nº 75, de 20/04/2016, página 80)

FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. EDITAL DE CHAMAMENTO PÚBLICO Nº 01/2016 (retificado conforme publicação no DOU nº 75, de 20/04/2016, página 80) FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE EDITAL DE CHAMAMENTO PÚBLICO Nº 01/2016 (retificado conforme publicação no DOU nº 75, de 20/04/2016, página 80) A FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE FUNASA, por intermédio do Departamento

Leia mais

ANEXO I MODELO DE PLANO DE TRABALHO NOME DA INSTITUIÇÃO: BAIRRO: CIDADE: U.F. CEP: NOME DO RESPONSÁVEL: IDENTIDADE/ÓRGÃO EXPEDIDOR:

ANEXO I MODELO DE PLANO DE TRABALHO NOME DA INSTITUIÇÃO: BAIRRO: CIDADE: U.F. CEP: NOME DO RESPONSÁVEL: IDENTIDADE/ÓRGÃO EXPEDIDOR: 1. DADOS CADASTRAIS: Estado do Rio Grande do Sul ANEXO I MODELO DE PLANO DE TRABALHO NOME DA INSTITUIÇÃO: CNPJ: TIPO DE ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL: ( )Sem Fins Lucrativos ( )Cooperativa ( )Religiosa

Leia mais

Terceiro Setor e o Direito Administrativo

Terceiro Setor e o Direito Administrativo Terceiro Setor e o Direito Administrativo Ponto n. 7 Qualificações e instrumentos de parcerias com a Administração Pública: legislação e regime jurídico: Convênios, Termos de Fomento, Termos de Colaboração

Leia mais

SEMINÁRIO EMPREENDORISMO SOCIAL MARCO REGULATÓRIO ASPECTOS FINANCEIROS

SEMINÁRIO EMPREENDORISMO SOCIAL MARCO REGULATÓRIO ASPECTOS FINANCEIROS SEMINÁRIO EMPREENDORISMO SOCIAL MARCO REGULATÓRIO ASPECTOS FINANCEIROS Coordenação de Gestão de Convênios (CGCONV) Não interessa o tamanho do desafio, o que importa é a grandeza da união! REALIDADE DE

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO NÚCLEO DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS E CONVÊNIOS

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO NÚCLEO DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS E CONVÊNIOS Orientação Nº 02: CONVÊNIOS COM A FADURPE I. Informações Iniciais I.I Esta orientação abrange os projetos financiados com recursos de instituições públicas que serão executados pela FADURPE através da

Leia mais

-Transparência da Gestão Fiscal

-Transparência da Gestão Fiscal DIREITO FINANCEIRO Fiscalização, Controle Interno e Externo da Execução Orçamentária e Tribunal de Contas Controle da execução orçamentária Parte - 1 Prof. Thamiris Felizardo -Transparência da Gestão Fiscal

Leia mais

PROJETO DE LEI. Estima a receita e fixa a despesa da União para o exercício financeiro de 2017.

PROJETO DE LEI. Estima a receita e fixa a despesa da União para o exercício financeiro de 2017. PROJETO DE LEI Estima a receita e fixa a despesa da União para o exercício financeiro de 2017. O CONGRESSO NACIONAL decreta: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1 o Esta Lei estima a receita da

Leia mais

ORIENTAÇÃO OPERACIONAL Parcerias de acordo com MROSC - DO PLANO DE TRABALHO -

ORIENTAÇÃO OPERACIONAL Parcerias de acordo com MROSC - DO PLANO DE TRABALHO - A FASC, no uso de suas atribuições legais, através da CGCONV Coordenação de Gestão de Convênios, no intuito de auxiliar na operacionalização das determinações legais trazidas pela Lei Federal nº 13019/2014,

Leia mais

O GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, inciso V, da Constituição Estadual,

O GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, inciso V, da Constituição Estadual, Dispõe sobre a obrigatoriedade dos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual manterem atualizados os documentos relativos às respectivas regularidades jurídica, fiscal e econômico-financeira,

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO 2 Aditamento ao Termo de Colaboração celebrado em 30/12/2016, entre o Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Educação, e a Associação Renascer, objetivando o atendimento de educandos com

Leia mais

O Prefeito Municipal de Charrua, Estado do Rio Grande do Sul, FAÇO SABER que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei:

O Prefeito Municipal de Charrua, Estado do Rio Grande do Sul, FAÇO SABER que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei: LEI MUNICIPAL Nº 378, EM 11 DE OUTUBRO DE 2002. DISPÕE SOBRE AS DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS PARA 2003 E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. O Prefeito Municipal de Charrua, Estado do Rio Grande do Sul, FAÇO SABER que

Leia mais

I - Centro de Acesso a Tecnologias para a Inclusão Social - CATIS; II - Infra-Estrutura de Conexão para Convergência Social e Cidade Digital.

I - Centro de Acesso a Tecnologias para a Inclusão Social - CATIS; II - Infra-Estrutura de Conexão para Convergência Social e Cidade Digital. Portaria MCT nº 605, de 21.07.2009 Regulamenta a implantação de projetos de Inclusão Digital para Inclusão Social, por meio de Contrato de Repasse. O Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia, no uso

Leia mais

Inovações da Instrução Normativa/SLTI n 06/2013. Repensando a contratação pública

Inovações da Instrução Normativa/SLTI n 06/2013. Repensando a contratação pública Inovações da Instrução Normativa/SLTI n 06/2013 Repensando a contratação pública 1. Breve contexto Impulso inicial para estudar soluções de melhoramento para as contratações de serviços terceirizados:

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 02/2017 Regulamenta a parceria entre a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural - ANATER e as entidades públicas

RESOLUÇÃO Nº 02/2017 Regulamenta a parceria entre a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural - ANATER e as entidades públicas RESOLUÇÃO Nº 02/2017 Regulamenta a parceria entre a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural - ANATER e as entidades públicas estaduais prestadoras de Assistência Técnica e Extensão Rural.

Leia mais

PREFEITURA. Enviar cópia da Ata de audiência pública exigida pelo art. 9º da LRF (cumprimento de metas fiscais) 3º quadrimestre/2016.

PREFEITURA. Enviar cópia da Ata de audiência pública exigida pelo art. 9º da LRF (cumprimento de metas fiscais) 3º quadrimestre/2016. ABRIL/2017 - Informativo - Edição 04 PREFEITURA PRAZO OBRIGAÇÃO FORMA PRESTAÇÃO DE CONTAS LEGISLAÇÃO Até 04/04 Enviar dados de publicação da LRF - 1º bimestre de 2017 (Relatório Resumido da Execução Orçamentária,

Leia mais

CARTILHA PARA ELABORAÇÃO DE CONTRATOS

CARTILHA PARA ELABORAÇÃO DE CONTRATOS CARTILHA PARA ELABORAÇÃO DE CONTRATOS Esta cartilha tem o objetivo de subsidiar a elaboração e submissão de projetos de atividade de extensão no âmbito da Unifei, em conformidade com a norma para regulamentação

Leia mais

PREFEITURA. Recolher o FGTS dos servidores celetistas referente à folha de pagamento do mês anterior

PREFEITURA. Recolher o FGTS dos servidores celetistas referente à folha de pagamento do mês anterior AGOSTO/2018 - Informativo - Edição 08 PREFEITURA PRAZO OBRIGAÇÃO FORMA PRESTAÇÃO DE CONTAS LEGISLAÇÃO Até 02/08 Enviar dados das publicações das receitas e despesas do ensino (artigo 256 da CE), pareceres

Leia mais

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DECRETO Nº 5168 de 14 de janeiro de 2010. Dispõe sobre a programação financeira do Poder Executivo com vistas à compatibilização entre a realização da receita e a execução da despesa para o exercício financeiro

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Programação e Execução Financeira e Orçamentária Prof. Cláudio Alves - Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal representa um banco

Leia mais

PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 38, DE 9 DE MARÇO DE 2017 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO

PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 38, DE 9 DE MARÇO DE 2017 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 38, DE 9 DE MARÇO DE 2017 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO GABINETE DO MINISTRO DOU de 10/03/2017 (nº 48, Seção 1, pág. 74) Dispõe sobre procedimentos e

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Estágios da Receita e Despesa Etapas da Despesa Parte 1 Professor Sergio Barata Etapas da Despesa MCASP 2017 Planejamento Fixação Descentralização ou Movimentação

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA Justificativa Visando atender o capitulo XIV Art. 42b da Norma de Gestão de Pessoas

TERMO DE REFERÊNCIA Justificativa Visando atender o capitulo XIV Art. 42b da Norma de Gestão de Pessoas TERMO DE REFERÊNCIA SEGURO DE VIDA 1- Objeto da Licitação: Prestação de serviço para contratação de seguro de vida em grupo para os empregados do Instituto Agropolos do Ceará. 1.1 - Justificativa Visando

Leia mais

LEI Nº DE 06 DE JANEIRO DE 2010

LEI Nº DE 06 DE JANEIRO DE 2010 LEI Nº 5.639 DE 06 DE JANEIRO DE 2010 DISPÕE SOBRE OS CONTRATOS DE GESTÃO ENTRE O ÓRGÃO GESTOR E EXECUTOR DA POLÍTICA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS E ENTIDADES DELEGATÁRIAS DE FUNÇÕES DE AGÊNCIA DE ÁGUA

Leia mais

CONSELHO DIRETOR ATO DO CONSELHO DIRETOR RESOLUÇÃO INEA Nº 131 DE 22 DE DEZEMBRO 2015.

CONSELHO DIRETOR ATO DO CONSELHO DIRETOR RESOLUÇÃO INEA Nº 131 DE 22 DE DEZEMBRO 2015. Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado do Ambiente SEA Instituto Estadual do Ambiente INEA CONSELHO DIRETOR ATO DO CONSELHO DIRETOR RESOLUÇÃO INEA Nº 131 DE 22 DE DEZEMBRO 2015. ESTABELECE

Leia mais

MANUAL DE PRESTAÇÃO DE CONTAS

MANUAL DE PRESTAÇÃO DE CONTAS MANUAL DE PRESTAÇÃO DE CONTAS Edital de Seleção de Projetos que farão parte da Programação Cultural alusiva à Semana Santa. MANUAL DE PRESTAÇÃO DE CONTAS Edital de Seleção Projetos que farão parte da Programação

Leia mais

PREFEITURA. Enviar movimento contábil isolado e conjunto do mês de Agosto de 2018 (balancetes isolados e conjuntos).

PREFEITURA. Enviar movimento contábil isolado e conjunto do mês de Agosto de 2018 (balancetes isolados e conjuntos). OUTUBRO/2018 - Informativo - Edição 10 PREFEITURA PRAZO OBRIGAÇÃO FORMA PRESTAÇÃO DE CONTAS LEGISLAÇÃO Até 01/10 Enviar o Questionário de Transporte relativo ao 2º quadrimestre de 2018. Transmissão eletrônica

Leia mais

Considerando a Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a organização da Assistência Social;

Considerando a Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a organização da Assistência Social; MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL SECRETARIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL PORTARIA Nº 124, DE 29 DE JUNHO DE 2017 Regulamenta os procedimentos a serem adotados pelos Estados, Distrito Federal e Municípios,

Leia mais

PROCEDIMENTO PARA CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIO

PROCEDIMENTO PARA CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIO PROCEDIMENTO PARA CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIO 1. Abertura de processo pelo COORDENADOR DO PROJETO, sendo juntados os seguintes documentos: 1.1. Ofício de encaminhamento do projeto, assinado por seu COORDENADOR,

Leia mais

PRODESU PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

PRODESU PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PRODESU PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Necessidade do Prodesu Considerando a necessidade de o Confea, os Creas e a Mútua instituírem instrumentos que possibilitem a sustentabilidade financeira

Leia mais

DECRETO Nº ,DE 8 DE JANEIRO DE 2013 CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

DECRETO Nº ,DE 8 DE JANEIRO DE 2013 CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS DECRETO Nº 15.114,DE 8 DE JANEIRO DE 2013 Disciplina a celebração de convênios e operações de crédito com previsão de ingresso de recursos financeiros que beneficiem órgãos e entidades da Administração

Leia mais

Capítulo I Das Fontes de Custeio e seus limites Capítulo II Do Processo de elaboração do Orçamento Anual... 3

Capítulo I Das Fontes de Custeio e seus limites Capítulo II Do Processo de elaboração do Orçamento Anual... 3 ÍNDICE PÁGINA Capítulo I Das Fontes de Custeio e seus limites... 2 Capítulo II Do Processo de elaboração do Orçamento Anual... 3 Capítulo III Da execução do Orçamento Anual... 3 Capítulo IV Do controle,

Leia mais

PORTARIA MPAS Nº 2.346, DE 10 DE JULHO DE Dispõe sobre a concessão do Certificado de Regularidade Previdenciária.

PORTARIA MPAS Nº 2.346, DE 10 DE JULHO DE Dispõe sobre a concessão do Certificado de Regularidade Previdenciária. PORTARIA MPAS Nº 2.346, DE 10 DE JULHO DE 2001 Publicada no DOU de 12.07.2001 Atualizada até 27.01.2005 Dispõe sobre a concessão do Certificado de Regularidade Previdenciária. O MINISTRO DE ESTADO DA PREVIDÊNCIA

Leia mais

Financiamento e transferência dos recursos federais para as ações e os serviços públicos de saúde.

Financiamento e transferência dos recursos federais para as ações e os serviços públicos de saúde. Financiamento e transferência dos recursos federais para as ações e os serviços públicos de saúde. Pressupostos Constituição Federal Lei Complementar n. 141/2012 Lei n. 8080/1990 Lei n. 8142 / 1990 Lei

Leia mais

NOTA TÉCNICA Nº 26/2016. IPC 10 Contabilização de Consórcios Públicos. Lei nº , de 6 de abril de 2005

NOTA TÉCNICA Nº 26/2016. IPC 10 Contabilização de Consórcios Públicos. Lei nº , de 6 de abril de 2005 NOTA TÉCNICA Nº 26/2016 Brasília, 17 de agosto de 2016. ÁREA: Contabilidade Pública TÍTULO: Tratamento Contábil dos Consórcios Municipais REFERÊNCIAS: Portaria STN nº 274, de 13 de maio de 2016 IPC 10

Leia mais

Curso: Data e Local: Objetivo: Público Alvo: Programa: Siconv Compacto

Curso: Data e Local: Objetivo: Público Alvo: Programa: Siconv Compacto Curso: Siconv Compacto Data e Local: 03, 04 e 05 de julho de 2019 Brasília, DF Local do treinamento: Sala 916 Setor de Autarquias Sul Q. 4, Bloco A Ed. Victória Office Tower Asa Sul, Brasília DF, 70070-040

Leia mais

MANUAL DE NORMAS TERMO DE MERCADORIA

MANUAL DE NORMAS TERMO DE MERCADORIA MANUAL DE NORMAS TERMO DE MERCADORIA VERSÃO: 10/02/2009 2/9 MANUAL DE NORMAS TERMO DE MERCADORIA ÍNDICE CAPÍTULO PRIMEIRO DO OBJETIVO 3 CAPÍTULO SEGUNDO DAS DEFINIÇÕES 3 CAPÍTULO TERCEIRO DOS PARTICIPANTES

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Legislação Prof. Cláudio Alves A realização da receita e da despesa da União far-se-á por via bancária, em estrita observância ao princípio de unidade de caixa.

Leia mais