Energisa Tocantins - Distribuidora de Energia S/A Resultados do 3º trimestre de 2018

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1 Resultados do 3º trimestre de 2018 Palmas, 8 de novembro de 2018 A Administração da ( Energisa Tocantins, ETO ou Companhia ) apresenta os resultados do segundo trimestre ( 3T18 ) e dos primeiros nove meses de 2018 ( 9M18 ). As informações financeiras e operacionais a seguir, exceto quando indicado o contrário, são apresentadas de acordo com os Padrões Internacionais de Demonstrações Financeiras (International Financial Reporting Standards IFRS). 1 Considerações gerais A Energisa Tocantins é uma distribuidora de energia elétrica que atende a 583 mil clientes e uma população de aproximadamente 1,5 milhão de habitantes em 139 municípios do Estado de Tocantins, em uma área de Km 2. 2 Desempenho econômico-financeiro 2.1 Destaques Resume-se a seguir o desempenho econômico-financeiro da Companhia: Desempenho Econômico-Financeiro Resultados R$ milhões Descrição 3T18 3T17 Var. % 9M18 9M17 Var. % Receita Operacional Bruta 556,4 500,4 + 11, , ,5 + 25,7 Receita Operacional Bruta, sem receita de construção 494,9 454,2 + 9, , ,7 + 20,8 Receita Operacional Líquida 389,8 352,0 + 10, ,1 906,6 + 29,7 Receita Operacional Líquida, sem receita de construção 328,3 305,8 + 7,4 971,6 788,8 + 23,2 Resultado antes das Receitas e Despesas Financeiras (EBIT) 62,3 43,3 + 43,9 137,7 108,3 + 27,1 EBITDA 78,2 57,1 + 37,0 185,0 148,0 + 25,0 EBITDA Ajustado 85,1 62,5 + 36,2 203,3 167,6 + 21,3 Resultado financeiro (11,9) (9,3) + 28,0 (42,1) (36,0) + 16,9 Lucro Líquido 43,6 31,6 + 38,0 73,5 62,4 + 17,8 Indicadores Operacionais Número de Consumidores Cativos (mil) 583,0 571,8 + 2,0 583,0 571,8 + 2,0 Vendas de energia a consumidores cativos (GWh) 551,6 539,1 + 2, , ,4 + 1,4 Vendas de energia a consumidores cativos + livres (TUSD) - (GWh) 611,2 582,0 + 5, , ,6 + 4,2 Indicador Relativo EBITDA Ajustado/Receita Líquida (%) 21,8 17,8 + 4,0 p.p 17,3 18,5-1,2 p.p Indicadores Financeiros - R$ milhões 30/09/ /12/2017 Var. % Ativo Total 2.413, ,5 + 14,5 Caixa/Equivalentes de Caixa/Aplicações Financeiras 261,5 230,3 + 13,5 Patrimônio Líquido 755,7 753,3 + 0,3 Endividamento Líquido 805,5 595,7 + 35,2 Obs.: EBITDA Ajustado: EBITDA mais multas e acréscimos moratórios de energia. 1

2 2.2 Receita operacional bruta e líquida No 3T18, a receita operacional bruta, sem a receita de construção, totalizou R$ 494,9 milhões, o que representa aumento de 9,0% (ou R$ 40,7 milhões) em relação aos R$ 454,2 milhões registrados no 3T17. Dentre os fatores que favoreceram a receita operacional bruta se destacam: Aumento de 17,9% (R$ 65,3 milhões) da receita bruta no mercado cativo em relação ao 3T17; Acréscimo de R$ 7,7 milhões no fornecimento não faturado líquido; e Incremento de R$ 6,5 milhões no suprimento de energia a outras concessionárias. Por sua vez, a receita operacional líquida, sem a receita de construção, atingiu R$ 328,3 milhões, o que representa aumento de 7,4% (ou R$ 22,5 milhões) em relação aos R$ 305,8 milhões registrados no 3T17. Receita operacional por classe de consumo Descrição (R$ milhões) Trimestre Acumulado 3T18 3T17 Var. % 9M18 9M17 Var. % (+) Receita de energia elétrica (mercado cativo) 430,2 364,9 + 17, , ,9 + 8,3 Residencial 213,8 178,1 + 20,0 549,7 499,5 + 10,1 Industrial 27,3 26,8 + 1,9 76,6 76,2 + 0,5 Comercial 92,2 79,8 + 15,5 239,0 226,7 + 5,4 Rural 38,2 31,3 + 22,0 91,9 84,5 + 8,8 Outras classes 58,7 48,9 + 20,0 150,2 136,0 + 10,4 (+) Suprimento de energia elétrica a concessionárias 15,9 9,4 + 69,1 128,4 21, ,7 (+) Fornecimento não faturado líquido 10,9 3, ,6 16,2 1, ,5 (+) Disponibilidade do sistema elétrico 9,8 7,9 + 24,1 26,4 21,1 + 25,1 (+) Receitas de construção 61,5 46,2 + 33,1 204,5 117,8 + 73,6 (+) Constituição e amortização - CVA (10,5) 39,9-26,0 23,9 + 8,8 (+) Subvenções vinculadas aos serviços concedidos 29,5 24,2 + 21,9 76,1 64,4 + 18,2 (+) Ativo financeiro indenizável da concessão 6,6 3, ,0 29,1 9, ,9 (+) Outras receitas 2,5 1,4 + 78,6 2,6 3,2-18,8 (=) Receita bruta 556,4 500,4 + 11, , ,5 + 25,7 (-) Impostos sobre vendas 137,6 120,3 + 14,4 369,2 330,0 + 11,9 (-) Deduções bandeiras tarifárias 3,3 7,4-55,4 (1,2) (12,9) - 90,7 (-) Encargos setoriais 25,7 20,7 + 24,2 72,6 62,8 + 15,6 (=) Receita líquida 389,8 352,0 + 10, ,1 906,6 + 29,7 (-) Receitas de construção 61,5 46,2 + 33,1 204,5 117,8 + 73,6 (=) Receita líquida, sem receitas de construção 328,3 305,8 + 7,4 971,6 788,8 + 23,2 No acumulado em 9M18, a receita operacional bruta, também deduzida das receitas de construções, atingiu R$ 1.412,2 milhões, ou seja, 20,8% maior (ou R$ 243,5 milhões) em relação a verificada em 9M17. Também foram determinantes para esse desempenho: Aumento de 8,3% (R$ 84,5 milhões) da receita bruta no mercado cativo; Acréscimo de R$ 106,7 milhões no suprimento de energia elétrica a outras concessionárias; Incremento de R$ 19,2 milhões no ativo financeiro indenizável da concessão; Acréscimo de R$ 14,6 milhões na receita de fornecimento não faturado líquido; e Acréscimo de R$ 11,7 milhões nas subvenções vinculadas aos serviços concedidos; Já a receita operacional líquida em 9M18, sem a receita de construção, atingiu R$ 971,6 milhões, o que representa aumento de 23,2% (ou R$ 182,8 milhões) em relação aos R$ 788,8 milhões registrados nos 9M Ambiente regulatório revisão tarifária Bandeiras tarifárias No 3T18, foi possível observar redução líquida de R$ 50,4 milhões na amortização da Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da Parcela A (CVA) em relação ao 3T17. Já em 9M18, houve acréscimo foi de R$ 2,1 milhões na constituição (líquida da amortização) da Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da Parcela A (CVA) em relação aos 9M17. 2

3 A CVA é o mecanismo regulatório instituído pela Portaria Interministerial nº 25/02, destinado a registrar as variações de custos relacionados à compra de energia, transporte de energia e encargos setoriais, ocorridas no período entre os eventos tarifários da distribuidora. O objetivo deste mecanismo é neutralizar os efeitos desses custos, denominados de Parcela A e de repasse tarifário integral assegurado, sobre o resultado da distribuidora. Em janeiro de 2015, entrou em prática nas contas de energia elétrica o Sistema de Bandeiras Tarifárias. As receitas auferidas pela Companhia provenientes das bandeiras tarifárias no 3T18 foram de R$ 36,3 milhões (R$ 37,4 milhões em 9M18), contra R$ 3,5 milhões registrados no 3T17 (R$ 37,1 milhões em 9M17) Revisão tarifária e base de remuneração regulatória A Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel ) aprovou, em 3 de julho de 2018, o reajuste tarifário da Energisa Tocantins, aplicado a partir de 4 de julho de O efeito médio para o consumidor foi um aumento de 10,13% nas tarifas, sendo 10,15% para os consumidores de baixa tensão e 10,04% para os de alta e média tensão. O processo de Reajuste Tarifário Anual consiste no repasse aos consumidores dos custos não gerenciáveis da concessão (Parcela A - compra de energia, encargos setoriais e encargos de transmissão) e na atualização dos custos gerenciáveis (Parcela B - distribuição) pela variação do IGP-M, subtraída do Fator X, que repassa aos consumidores os ganhos de produtividade anuais da concessionária. A variação nos custos da Parcela A foi de 8,31%, impactada pela compra de energia. O preço médio de repasse dos contratos de compra de energia ( PMix ) foi definido em R$ 201,16/MWh. A variação da Parcela B foi de 5,76%, totalizando R$ 497,3 milhões, reflexo da inflação acumulada desde o último reajuste, de 6,92%, deduzida do Fator X, de 1,16% Recursos da Conta de Desenvolvimento Energético A Aneel também homologou recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), repassados a Energisa Tocantins pelas Centrais Elétricas Brasileiras S/A Eletrobras, referentes a subsídios tarifários concedidos aos consumidores de baixa renda e usuários do serviço público de distribuição de energia elétrica no montante de R$ 29,5 milhões no 3T18 (R$ 76,1 milhões em 9M18). O valor foi registrado pela Companhia como receita operacional. 3

4 2.4 Despesas operacionais As despesas operacionais, excluindo os custos de construção, totalizaram R$ 266,0 milhões no 3T18, aumento de 1,3% (R$ 3,5 milhões), quando comparado com o mesmo trimestre de Destaque para redução de 3,3% (R$ 2,1 milhões) nos custos e despesas controláveis no trimestre. Em 9M18, as despesas operacionais atingiram R$ 833,8milhões, crescimento de R$ 153,0 milhões em relação aos 9M17. Nesse período, os custos e despesas controláveis cresceram apenas 1,7%. A composição das despesas operacionais pode ser assim demonstrada: Composição das despesas operacionais Valores em R$ milhões Trimestre Acumulado 3T18 3T17 Var. % 9M18 9M17 Var. % 1 Custos e Despesas não controláveis 184,1 182,0 + 1,2 584,4 445,4 + 31,2 1.1 Energia comprada 172,3 172,3-545,3 424,0 + 28,6 1.2 Transporte de potência elétrica 11,8 9,7 + 21,6 39,1 21,4 + 82,7 2 Custos e Despesas controláveis 62,5 64,6-3,3 186,9 183,8 + 1,7 2.1 PMSO 63,6 62,4 + 1,9 186,2 171,4 + 8, Pessoal 26,4 26,8-1,5 71,4 66,4 + 7, Benefício pós-emprego 0,4 0,6-33,3 2,2 2,0 + 10, Material 5,1 3,9 + 30,8 14,7 12,5 + 17, Serviços de terceiros 28,5 27,1 + 5,2 86,2 71,8 + 20, Outras 3,2 4,0-20,0 11,7 18,7-37,4 Multas e compensações 0,2 0,6-66,7 1,2 10,0-88,0 Contingências (liquidação de ações cíveis) 0,6 1,4-57,1 2,7 3,0-10,0 Outros 2,4 2,0 + 20,0 7,8 5,7 + 36,8 2.2 Provisões/Reversões (1,1) 2,2-0,7 12,4-94, Contingências (2,8) 0,1 - (5,6) 6, Devedores duvidosos 1,7 2,1-19,0 6,3 5,6 + 12,5 3 Demais receitas/despesas 19,4 15,9 + 22,0 62,5 51,3 + 21,8 3.1 Depreciação e amortização 15,9 13,9 + 14,4 47,3 39,8 + 18,8 3.2 Outras receitas/despesas 3,5 2,0 + 75,0 15,2 11,5 + 32,2 Total Custos e Despesas Operacionais (1+2+3, s/ construção) 266,0 262,5 + 1,3 833,8 680,5 + 22,5 Custo de construção (*) 61,5 46,2 + 33,1 204,5 117,8 + 73,6 Total Custos e Despesas Operacionais (1+2+3, c/ construção) 327,5 308,7 + 6, ,3 798,3 + 30,1 (*) Os custos de construção estão representados pelo mesmo montante em receita de construção. Tais valores são de reconhecimento obrigatório pela ICPC 01 Contratos de Concessão e correspondem aos custos de construção de obras de ativos da concessão de distribuição de energia elétrica, sendo o custo de construção igual à receita de construção. 2.5 Lucro líquido e geração de caixa No 3T18, a Energisa Tocantins registrou lucro líquido de R$ 43,6 milhões, contra R$ 31,6 milhões no 3T17, ou seja, aumento de 38,0%. Esse desempenho deve-se, principalmente, à redução das despesas controláveis, vis-àvis ao aumento das receitas operacionais. A geração de caixa (EBITDA Ajustado) foi de R$ 85,1 milhões, contra R$ 62,5 milhões registrados no 3T17, acréscimo de 36,2%. A evolução do lucro líquido e da geração de caixa da Companhia no 3T18 e em 9M18 é a seguinte: Composição da Geração de Caixa Valores em R$ milhões Trimestre Acumulado 3T18 3T17 Var. % 9M18 9M17 Var. % (=) Lucro Líquido 43,6 31,6 + 38,0 73,5 62,4 + 17,8 (-) Contribuição social e imposto de renda (6,8) (2,3) + 195,7 (22,1) (9,8) + 125,5 (-) Resultado financeiro (11,9) (9,3) + 28,0 (42,1) (36,0) + 16,9 (-) Depreciação e amortização (15,9) (13,9) + 14,4 (47,3) (39,8) + 18,8 (=) Geração de caixa (EBITDA) 78,2 57,1 + 37,0 185,0 148,0 + 25,0 (+) Receita de acréscimos moratórios 6,9 5,4 + 27,8 18,3 19,6-6,6 (=) Geração ajustada de caixa (EBITDA Ajustado) 85,1 62,5 + 36,2 203,3 167,6 + 21,3 Margem do EBITDA Ajustado (%) 21,8 17,8 + 4,0 p.p 17,3 18,5-1,2 p.p 4

5 3 Investimentos No 3T18, a ETO investiu R$ 63,0 milhões (R$ 217,3 milhões em 9M18), contra R$ 80,0 milhões (R$ 165,8 milhões em 9M17) em igual trimestre do ano passado. Os investimentos em ativos elétricos (excluindo os recursos provenientes das Obrigações Especiais) estão focados na expansão e reforço da rede elétrica, bem como na melhoria contínua da qualidade de energia fornecida. Os investimentos realizados nos primeiros nove meses de 2018 e 2017 estão descritos a seguir: Descrição Valores em R$ milhões Trimestre Acumulado 3T18 3T17 Var. % 9M18 9M17 Var. % Ativos Elétricos 69,5 33, ,5 210,2 104, ,9 Obrigações Especiais (*) (9,9) 42,6 - (5,9) 53,8 - Ativos Não Elétricos 3,4 3,9-12,8 13,0 7,9 + 64,6 Total dos Investimentos 63,0 80,0-21,3 217,3 165,8 + 31,1 (*) As Obrigações Especiais são recursos aportados pela União, Estados, Municípios e Consumidores para a concessão e não compõe a Base de Remuneração Regulatória da distribuidora. 4 Desempenho operacional A manutenção do foco na qualidade da energia fornecida e a excelência no atendimento tem permitido à Energisa Tocantins apresentar consistentes melhorias operacionais, que evidenciam a posição privilegiada dos indicadores de satisfação em pesquisas com os consumidores. 4.1 Perdas de energia As perdas totais da Energisa Tocantins nos últimos 12 meses encerrados em junho de 2018 mantiveram-se abaixo do nível regulatório, atingindo 12,62% da energia requerida, melhoria de 1,04 ponto percentual em relação a setembro de A evolução das perdas de energia da Companhia entre setembro de 2017 e setembro de 2018 foi a seguinte: Perdas Técnicas (%) Perdas Não Técnicas (%) Perdas Totais (%) Set/17 Jun/18 Set/18 Set/17 Jun/18 Set/18 Set/17 Jun/18 Set/18 Últimos 12 meses 11,44 11,49 11,38 2,22 1,41 1,24 13,66 12,89 12,62 13,94 Nota: Para cálculo dos percentuais apresentados acima, foram considerados os valores de energia não faturada. Os percentuais regulatórios referem-se aos últimos dozes meses findos em junho de Perdas Técnicas (GWh) Perdas Não Técnicas (GWh) Perdas Totais (GWh) ANEEL Últimos 12 meses Set/17 Jun/18 Set/18 Set/17 Jun/18 Set/18 Set/17 Jun/18 Set/18 Var.(%) (1) 291,4 302,2 303,4 56,5 37,1 33,0 347,9 339,3 336,4-0,8 (1) Variação junho de 2018/ março de Gestão da Inadimplência Taxa de Inadimplência Nos últimos 12 meses encerrados em junho de 2018, a relação percentual entre a soma da provisão para créditos de liquidação duvidosa com incobráveis e o fornecimento faturado da Companhia foi de 0,43%, contra 0,57% no em setembro de 2017, melhoria de 0,14 pontos percentuais Taxa de Arrecadação A taxa de arrecadação da Companhia, representada pela arrecadação dos últimos 12 meses sobre ao faturamento bruto do mesmo período, foi de 97,28% em setembro de 2018, contra 96,68% em setembro de 2017, melhoria de 0,62 pontos percentuais. 5

6 4.3 Indicadores de qualidade dos serviços DEC e FEC A Companhia mantém os investimentos em qualidade visando melhorar, cada vez mais, os indicadores de fornecimento de energia, expressos por frequência e duração das interrupções de energia (FEC e DEC). A ETO apresentou redução de 5,04 horas (16,2%) no DEC em relação a setembro de 2017, atingindo 25,99 horas. Desde fevereiro de 2018, esse indicador se encontrava dentro do limite regulatório, tendo apresentado, em junho de 2018, seu melhor resultado histórico. No entanto, nos últimos 12 meses encerrados em setembro de 2018 ficou ligeiramente acima do seu limite regulatório, de 25,88 horas. O FEC, por sua vez, foi de 11,58 vezes, melhoria de 6,2%, situando-se bem abaixo do limite regulatório (17,99 vezes). 4.4 Mercado de energia Nos primeiros nove meses de 2018, as vendas de energia elétrica a consumidores finais (mercado cativo), localizados na área de concessão da Energisa Tocantins, somadas à energia associada aos consumidores livres (TUSD), totalizaram 1.728,9 GWh (611,2 GWh no 3T18), aumento de 4,2% (aumento de 5,0% no 3T18) em relação a igual período do ano anterior. A composição do mercado de energia nos primeiros nove meses de 2018 foi a seguinte: Trimestre Acumulado Descrição 3T18 3T17 Var. % 9M18 9M17 Var. % Residencial 250,5 239,8 4,5 719,2 694,2 3,6 Industrial 93,9 80,1 17,2 258,7 217,8 18,8 Cativo 41,9 44,6 (6,1) 126,2 133,7 (5,6) Livre 52,0 35,5 46,5 132,4 84,1 57,4 Comercial 109,7 109,0 0,6 318,6 321,4 (0,9) Cativo 102,1 101,6 0,5 296,2 299,3 (1,0) Livre 7,6 7,4 2,7 22,4 22,1 1,4 Rural 67,0 64,5 3,9 171,9 169,5 1,4 Outras Classes 90,1 88,6 1,7 260,5 255,7 1,9 1 Vendas de energia no mercado cativo 551,6 539,1 2, , ,4 1,4 2 Energia associada aos consumidores livres (TUSD) 59,6 42,9 38,9 154,9 106,2 45,9 3 Mercado cativo + TUSD (1+2) 611,2 582,0 5, , ,6 4,2 4 Fornecimento Não faturado 10,9 4,2 159,5 5,8 (2,0) - 5 Mercado cativo + TUSD + fornecimento não faturado (3+4) 622,1 586,2 6, , ,6 4,7 Em setembro de 2018, a Companhia registrou unidades consumidoras cativas, quantidade 2,0% superior à registrada no fim de setembro de Já o número de consumidores livres totalizou 27 no fim de setembro de Estrutura de capital Em 30 de setembro de 2018, o saldo de caixa, equivalentes de caixa e aplicações financeiras da Companhia totalizou R$ 324,1 milhões, que incluem os créditos referentes à subvenção tarifária e baixa renda (CDE) e Conta de Compensação dos Valores da Parcela A (CVA). Por sua vez, a dívida líquida da Companhia, que englobam empréstimos, financiamentos, arrendamentos, encargos financeiros, parcelamento de impostos, benefício pós-emprego, créditos setoriais e instrumentos financeiros derivativos líquidos, passou de R$ 595,7 milhões em 31 de dezembro de 2017 para R$ 805,5 milhões em 30 de setembro de Consequentemente, a relação entre a dívida líquida, com os créditos setoriais, e o EBITDA Ajustado no final de setembro de 2018 foi de 2,7 vezes. 6

7 A seguir, as dívidas de curto e longo prazo da Companhia entre 30 de setembro de 2018 e 31 de dezembro de 2017: Descrição Valores em R$ milhões 30/09/ /06/ /12/2017 Circulante 549,3 244,6 339,6 Empréstimos e financiamentos 497,0 204,7 316,3 Debêntures 8,7 5,3 2,7 Encargos de dívidas 25,0 14,1 3,1 Parcelamento de impostos e benefícios pós emprego 1,5 1,5 1,5 Taxas regulamentares 6,8 7,4 13,1 Instrumentos financeiros derivativos líquidos 10,3 11,6 2,9 Não Circulante 580,3 883,7 528,0 Empréstimos e financiamentos 427,8 715,1 332,8 Debêntures 207,9 206,8 204,6 Parcelamento de impostos e benefícios pós emprego 9,2 8,9 8,1 Taxas regulamentares - 1,2 4,8 Instrumentos financeiros derivativos líquidos (64,6) (48,3) (22,3) Total das dívidas 1.129, ,3 867,6 (-) Disponibilidades financeiras 261,5 288,6 230,3 Total das dívidas líquidas 868,1 839,7 637,3 (-) Créditos CDE (subvenção tarifária e baixa renda) 20,8 16,6 18,6 (-) Créditos CVA 41,8 52,4 23,0 Total das dívidas líquidas deduzidas de créditos setoriais 805,5 770,7 595,7 Indicador relativo Divida líquida / EBITDA Ajustado 12 meses (1) 2,7 2,8 2,3 (1) EBITDA Ajustado = EBITDA + Receitas de multas e acréscimos moratórios de energia. Evolução da alavancagem - Dívida líquida (R$ milhões) e dívida líquida/ebitda Ajustado 12 meses (vezes) 2,6 2,3 2,3 2,8 2,7 770,7 805,5 502,7 595,7 645,2 set/17 dez/17 mar/18 jun/18 set/18 Dívida líquida Dívida líquida / EBITDA Ajustado 6 ETO antecipa mais um dividendo O Conselho de Administração da Energisa Tocantins aprovou, em 8 de novembro, mais uma distribuição de dividendos intermediários, relativos ao exercício em curso, no montante de R$ 35,0 milhões, à razão de R$ 53, por ação ordinária e preferencial. Esses dividendos serão pagos a partir de 12/11/2018 e farão jus aos dividendos os acionistas da Companhia detentores de ações em 08/11/

8 7 Evento subsequente Emissão de debêntures A Energisa Tocantins concluiu a oferta pública de distribuição de debêntures simples. Os títulos, não conversíveis em ações e com garantia adicional fidejussória, em série única, possuem valor unitário de R$ 1.000,00 na data de emissão (15 de setembro de 2018), perfazendo um valor total de R$ 240,0 milhões. As debêntures fazem jus a juros remuneratórios semestrais, conforme abaixo: Número da Emissão Quantidade de Debêntures Montante Total (R$) Remuneração Swap Vencimento 9ª ,00 IPCA + 5,0797% a.a. 103,7% do CDI 15/09/2025 As debêntures contam com o incentivo previsto no artigo 2º da Lei nº , de 24 de junho de 2011, conforme alterada e demais normas aplicáveis. Os recursos captados com a emissão serão aplicados nos programas de investimentos de 2018 (parte) e 2019 constantes dos Planos de Desenvolvimento de Distribuição apresentados à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pela Companhia. 8 Serviços prestados pelo auditor independente A remuneração total da Ernst & Young Auditores Independentes pela revisão contábil das demonstrações financeiras da Companhia nos primeiros nove meses de 2018 foi de R$ 428 mil. A política de contratação adotada pela Companhia atende aos princípios que preservam a independência do auditor, de acordo com as normas vigentes, que determinam, principalmente, que o auditor não deve auditar seu próprio trabalho, nem exercer funções gerenciais para seu cliente ou promover os seus interesses. A Administração. 8

9 Demonstrações financeiras 1. Balanço Patrimonial Ativo ENERGISA TOCANTINS - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE SETEMBRO DE 2018 E 31 DE DEZEMBRO DE 2017 (Em milhares de reais) 30/09/ /12/2017 Ativo Circulante Caixa e equivalente de caixa Aplicações financeiras no mercado aberto e recursos vinculados Clientes, consumidores e concessionárias Títulos de créditos a receber Estoques Tributos a recuperar Instrumentos financeiros derivativos Ativos financeiros setoriais (CVA) Outros créditos Total do circulante Não circulante Realizável a longo prazo Clientes, consumidores e concessionárias Títulos de créditos a receber Ativos financeiros setoriais (CVA) Créditos com partes relacionadas Tributos a recuperar Créditos tributários Depósitos e cauções vinculados Instrumentos financeiros derivativos Ativo financeiro indenizável da concessão Outros créditos Não circulante Investimentos Imobilizado Intangível Total do não circulante Total do ativo

10 2. Balanço Patrimonial Passivo ENERGISA TOCANTINS - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE SETEMBRO DE 2018 E 31 DE DEZEMBRO DE 2017 (Em milhares de reais) 30/09/ /12/2017 Passivo Circulante Fornecedores Encargos de dívidas Empréstimos e financiamentos Debêntures Impostos e contribuições sociais Obrigações estimadas Contribuição de iluminação pública Benefícios pós-emprego Encargos setoriais Passivos financeiros setoriais (CVA) Instrumentos financeiros derivativos Incorporação de redes Outras passivos Total do circulante Não circulante Empréstimos e financiamentos Debêntures Instrumentos financeiros derivativos Impostos e contribuições sociais Débitos com partes relacionadas Provisão para riscos trabalhistas, cíveis e fiscais Benefícios pós-emprego Passivos financeiros setoriais (CVA) Encargos setoriais Outras contas a pagar Total do não circulante Patrimônio líquido Capital social Reservas de capital Reservas de lucros Dividendos adicionais propostos Ajuste de avaliação patrimonial Outros resultados abrangentes - (6.037) Lucros (Prejuízos) acumulados (27.362) - Patrimônio Líquido Participação de acionistas não controladores - - Total do Patrimônio Líquido Total do passivo e patrimônio líquido

11 3. Demonstrações de Resultados ENERGISA TOCANTINS - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO TRIMESTRE E NOVE MESES FINDOS EM 30 DE SETEMBRO DE 2018 E 2017 (Em milhares de reais) 3T18 3T17 9M18 9M17 Receita operacional bruta Fornecimento de energia elétrica Suprimento de energia elétrica Disponibilidade do Sistema Elétrico Receita de construção Outras receitas ROB Deduções à receita operacional ICMS faturado PIS, Cofins e ISS Encargos setoriais - Bandeiras tarifárias (1.186) (12.863) Outras (CCC, CDE, P&D e PEE) DRO Receita operacional líquida Despesas operacionais Energia elétrica comprada Encargos de uso do sistema Pessoal Entidade de previdência privada Material Serviços de terceiros Depreciação e amortização Provisão para crédito de liquidação duvidosa / contingência (1.126) Custo de construção Outras despesas Outras Receitas/Despesas operacionais DO Resultado antes das receitas e despesas financeiras Resultado financeiro Receita de aplicações financeira Variação monetária e acréscimo moratório Outras receitas financeiras Encargos de dívidas - juros (17.799) (12.568) (49.484) (37.725) Encargos dividas - variação monetária e cambial (16.844) (75.802) (1.753) Marcação mercado de dívidas e derivativos (2.926) (-)Transferência p/imob curso Outras despesas financeiras (26.128) (42.304) RF (11.928) (9.315) (42.089) (36.033) Resultado antes dos tributos Contribuição social e imposto de renda (6.798) (2.351) (22.180) (9.841) Lucro líquido do período

12 Conselho de Administração Ivan Müller Botelho Presidente Ricardo Perez Botelho Vice-Presidente Marcelo Silveira da Rocha Conselheiro André La Saigne de Botton Conselheiro Independente Alankardek Ferreira Moreira Conselheiro Diretoria Executiva Márcio Mario Zidan Diretor Presidente Maurício Perez Botelho Diretor Financeiro Alexandre Nogueira Ferreira Diretor de Assuntos Regulatórios e Estratégia Alankardek Ferreira Moreira Diretor de Relações Institucionais Alessandro Brum Diretor Técnico e Comercial Daniele Araújo Salomão Castelo Diretora de Gestão de Pessoas José Marcos Chaves de Melo Diretor de Suprimentos e Logística Gioreli de Sousa Filho Diretor sem designação específica Vicente Cortes de Carvalho Diretor Contábil, Tributário e Patrimonial CRC-MG /O-7 S TO Alane Fernandes Maciel Contadora CRC TO /O-3 12