Receita Líquida cresceu 24,5%, EBITDA 50,2% e Carteira de Pedidos opera em nível recorde de R$590 milhões

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1 Receita Líquida cresceu 24,5%, EBITDA 50,2% e Carteira de Pedidos opera em nível recorde de R$590 milhões Caxias do Sul, 06 de novembro de A Lupatech S.A. (Bovespa: LUPA3) ( Lupatech ou Companhia ), líder no Mercosul na fabricação de Válvulas Industriais e fabricante de equipamentos para o setor de Petróleo e Gás e de conjuntos para a Cadeia Automotiva, anuncia o resultado do terceiro trimestre de 2008 (3T08). As informações trimestrais da Companhia são elaboradas de acordo com a legislação societária brasileira e normas da Comissão de Valores Mobiliários. As informações financeiras e operacionais abaixo são apresentadas com base nas informações trimestrais consolidadas. Os Comentários de Desempenho, exceto quando indicado o contrário, referem-se ao terceiro trimestre de 2008 (3T08). TELECONFERÊNCIA DESTAQUES DO 3T08 Domingo, 09 de novembro de 2008 Inglês (Investidores Asiáticos) 11:30 p.m. (Brasil) 09:30 a.m. 10 de Novembro (Hong Kong) Telefone: +1 (412) Código: Lupatech Replay: +1 (412) Código: #1 Segunda-Feira, 10 de novembro de 2008 Português 10:00 a.m. (Brasil) 07:00 a.m. (NY) Telefone: (55 11) Código: Lupatech Replay: (55 11) Segunda-Feira, 10 de novembro de 2008 Inglês 12:30 a.m. (Brasil) 09:30 a.m. (NY) Telefone: +1 (412) Código: Lupatech Replay: +1 (412) Código: #1 Carteira de pedidos do Segmento de Óleo & Gás para o mercado brasileiro atinge nível recorde e excede R$590 milhões. Crescimento de 24,5% da Receita Líquida Consolidada na comparação com o segundo trimestre de 2008 (2T08), decorrente do contínuo crescimento orgânico dos negócios nos últimos trimestres, ganhos de alavancagem operacional e sinergias. Evolução de 50,2% do EBITDA decorrente da maior alavancagem operacional e otimização da estrutura de custos resultando em expressiva melhora na margem EBITDA para 34,8% da Receita Líquida. Conclusão da aquisição da Sinergás GNV do Brasil Ltda. e da Tecval S.A. Válvulas Industriais. Assinatura de Memorando de Entendimentos para a aquisição da Norpatagônica. CONTATOS Thiago Alonso de Oliveira CFO & IRO Cynthia Burin Gerente de RI Contato: Telefone:+55 (11) ri@lupatech.com.br 1

2 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Prezados Senhores, Apresentamos aos senhores o Relatório da Administração e as Informações Financeiras Trimestrais Consolidadas da Companhia referentes ao trimestre encerrado em 30 de setembro de 2008 (3T08). Perfil da Companhia e Descrição dos Negócios A Lupatech S.A. possui três segmentos de negócios: Óleo & Gás, Flow e Metal, e conta com aproximadamente colaboradores. No Segmento Óleo & Gás atuamos como fabricantes de produtos inovadores e de alto valor agregado e na prestação de serviços críticos para a indústria de petróleo e gás. Nossos principais produtos são cabos de poliéster para ancoragem de plataformas, válvulas para a cadeia de hidrocarbonetos, equipamentos de completação de poços de petróleo, revestimentos de tubos de perfuração e produção, aluguel de equipamentos, prestação de serviços offshore, sensores a fibra óptica e fabricação de compressores para GNV. Nossas principais marcas são MNA, Tecval, CSL, Petroima, Esferomatic, Gasoil, K&S, Aspro, Gavea Sensors e Sinergás. No Segmento Flow fabricamos válvulas industriais usadas nos processos de gestão de fluídos em diversos setores da indústria, destacadamente química, petroquímica, farmacêutica e papel e celulose. Temos posição de liderança no Mercosul na produção e comercialização de nossos produtos através das marcas Valmicro, Mipel, ValBol e Jefferson. No Segmento Metal desenvolvemos soluções em metalurgia de precisão, microfusão e injeção de pós metálicos, e de ligas de alto valor agregado, principalmente para a cadeia automotiva e para aplicações em equipamentos voltados a produção de petróleo e gás. MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO Cenário Mercadológico no 3T08 Segmento Óleo & Gás: O Segmento Óleo & Gás é o de maior contribuição para a Companhia e o de maior potencial de crescimento para os próximos anos. O alto nível de investimentos aguardados para o setor de petróleo e gás no mundo para os próximos anos, principalmente em produção de petróleo e gás em águas profundas, nos oferece grande visibilidade de crescimento para esse segmento nos períodos à frente. O 3T08 foi mais um trimestre de forte atividade comercial de forma geral, assim como o 2T08 e 1T08, mais destacadamente para nossos negócios de válvulas, cabos de ancoragem, serviços, equipamentos e revestimento de tubos. O contínuo crescimento do backlog nos permite prever que continuaremos em plena atividade industrial nos próximos trimestres. Neste trimestre as unidades de negócios que se destacaram foram os (i) revestimento de tubos, que cresceu 244,4% sobre a Receita Líquida do 2T08; (ii) serviços, que cresceu 161,3% sobre a Receita Líquida do 2T08, (iii) válvulas, que teve crescimento de 24,3% sobre a Receita Líquida do 2T08; (iv) equipamentos para completação de poços de petróleo que cresceu 20,4% sobre a Receita Líquida do 2T08, e (v) cabos de ancoragem, que teve crescimento de Receita Líquida de 13,0% sobre a Receita Líquida do 2T08. 2

3 Segmento Flow: O Segmento Flow, composto pelas empresas fabricantes de válvulas para diversos usos industriais, exceto aqueles dedicados ao setor de petróleo e gás, é o segmento em que estamos ampliando a gama de tipos de válvulas ofertadas ao mercado e também nossa presença geográfica na América Latina. No Segmento Flow, conforme esperado, manteve-se uma evolução positiva com crescimento das vendas. Nos nossos negócios de válvulas de esfera no Brasil o crescimento foi de 4,4% quando comparado ao 2T08. Nas operações de válvulas de bronze e não automatizadas, foi de 17,0% quando comparado ao 2T08. As operações na Argentina de válvulas industriais apresentaram crescimento de 9,7% em relação ao 2T08. Segmento Metal: O Segmento Metal é formado por negócios que englobam três processos metalúrgicos distintos, dois de alta precisão (microfusão e injeção de pós metálicos) e um voltado à produção de ligas de alto valor agregado e grande resistência à corrosão (fundição em areia). Esse segmento tem forte ligação com o fornecimento de peças para a cadeia automotiva e com o fornecimento de corpos de válvulas e bombas para aplicação no setor de petróleo e gás. Concluímos recentemente investimentos que permitirão à Companhia oferecer produtos de maior valor agregado aos nossos clientes. Os negócios voltados ao mercado automotivo, global e brasileiro cresceram 19,3% na comparação com o 2T08. Os negócios voltados ao setor de petróleo, baseados na Argentina, apresentaram crescimento de 13,5%. Contexto Operacional Por mais um trimestre observamos desenvolvimento operacional bastante positivo para a Companhia com importante evolução sobre o trimestre anterior. As ampliações de capacidade de nossas unidades de serviços, revestimentos e ferramentas para completação, concluídas durante o 3T08, permitirão, já a partir do 4T08, incrementar o nível de atividade. Esses investimentos, parte relevante do CAPEX da Companhia para o exercício 2008, viabilizam o início do cumprimento de contratos que foram assinados por essas unidades de negócios enquanto ainda eram sociedades não pertencentes à Lupatech e as capacita para participarem mais ativamente no crescimento orgânico da Companhia nos próximos anos. As obras de construção da nova unidade de Válvulas para Petróleo e Gás seguem em ritmo acelerado, e quando concluídas (durante os primeiros meses de 2009), colocarão a Companhia em situação de atender a demanda por esses equipamentos no mercado interno e também no mercado internacional. Para os próximos anos antevemos significativa redução da necessidade de investimentos de capital pela Companhia em expansão de capacidade, pois o crescimento orgânico projetado pela Administração encontra capacidade já disponível após esse ciclo de investimentos que iniciamos em Ciclo Financeiro do Desenvolvimento Corporativo Com a aproximação do fim do ciclo de expansão orgânica aproximamo-nos da fase de produção, que marca o início do ciclo de geração de caixa para nossos negócios e estamos finalizando a fase de investimentos, que consumiu recursos de caixa da Companhia mas que nos capacita para novos patamares de geração de receitas. 3

4 Essa fase de investimentos, que realizamos em paralelo a expansão da Companhia através de aquisições, permitirá que haja maior capacidade instalada, que será necessária para o crescimento orgânico que projetamos para os próximos anos. Nossa estrutura de capital, mais precisamente a estrutura de dívida, foi elaborada em momento de extrema liquidez no mercado de capitais e permitiu que a Lupatech tivesse a flexibilidade financeira necessária durante essa fase do seu desenvolvimento corporativo, sem expor a Companhia a riscos de refinanciamento. Ao optarmos por dívidas de longo prazo com spreads um pouco superiores às linhas de curto prazo, sinalizávamos nossa preferência pela prudência financeira, e ao nos depararmos com os atuais desafios impostos pelo cenário global, mais restritivo na oferta de recursos, estamos ainda mais confortáveis com a decisão tomada ao longo dos últimos anos. Ainda dentro das diretrizes de conservadorismo financeiro em vigor, a Companhia não se utilizou de derivativos financeiros exóticos que pudessem trazer impactos financeiros aos nossos negócios. Liquidez Temos recursos correntes (caixa e capital de giro operacional) que somam R$677,3 milhões, enquanto o passivo financeiro, de curto prazo (R$173,2 milhões) e de longo prazo com vencimento (R$350,4 milhões), somam R$523,6 milhões. Assim, nossa posição financeira líquida é de R$153,7 milhões de liquidez, o que julgamos adequado para nossas necessidades futuras de caixa. A Companhia atualmente não enfrenta nenhum problema de liquidez. No encerramento do terceiro trimestre de 2008, o endividamento com vencimento (valor considerado como dívida bruta para cálculo de Covenants Financeiros) era de R$523,6 milhões e a Posição de Caixa e Disponibilidades somava R$341,7 milhões, representados, principalmente, por US$155 milhões mantidos pelas controladas Lupatech Finance e Lupatech II Finance em certificados de depósitos no exterior. A Dívida Líquida apurada para fins de cálculo de Covenants Financeiros foi de R$183,1 milhões. Como forma de preservar a liquidez da Companhia, a Administração reduzirá momentaneamente o ritmo de aquisições, até que a liquidez corrente seja ampliada. Isso não quer dizer que estamos alterando nossa estratégia, apenas que a estamos adaptando às novas condições de mercado. Aquisições Dando prosseguimento ao nosso programa de aquisições, assinamos em 01 de julho de 2008, Memorando de Entendimentos visando a aquisição da Fiberware, que atua na área de revestimentos de tubos. Conforme mencionado na divulgação de resultados do 2T08, esta aquisição continua em processo de diligência e ainda não foi concluída. A Fiberware é uma empresa brasileira especializada em revestimentos interno e externo de tubulações com tecnologia de materiais compósitos (PAD polietileno de alta densidade) e em fibra de vidro, na prestação de serviços de instalação de tubulações onshore, offshore, superfície, unidades flutuantes e downhole. A principal aplicação está voltada para o setor de petróleo e gás e vemos amplas possibilidades de integrar essa tecnologia a de outros negócios que compõem a Lupatech. Em 07 de julho de 2008 assinamos Acordo de Investimento e Compra de Quotas do capital da Gavea Sensors. A Gavea Sensors produz sensores de fibra óptica principalmente para o setor de petróleo e gás, sendo também utilizados para monitoramento de estruturas, com atuação crescente também no setor elétrico e na indústria aeronáutica. A operação foi ratificada em Assembléia Geral Extraordinária (AGE) da Lupatech S.A. ocorrida de 13 de agosto de

5 Em 11 de Agosto de 2008, através de nossa controlada Luxxon Participações Ltda., adquirimos 100% da "Sinergás GNV do Brasil Ltda.". A Sinergás é uma das principais prestadoras de serviços de compressão de gás natural (locação de equipamento) e manutenção de compressores para uso veicular no Brasil. Essa aquisição ocorre em linha com os objetivos da Luxxon de ampliar sua presença no mercado de equipamentos de compressão de gás natural. Em 15 de setembro de 2008, assinamos Memorando de Entendimentos para a aquisição integral da Norpatagonica S.R.L. ( Norpatagonica ), pelo montante aproximado de US$3 milhões. A Norpatagonica, localizada na área de Neuquen, na Argentina, atua há mais de 20 anos como prestadora de serviços no setor de petróleo e gás. Possui base operacional própria devidamente estruturada com o objetivo de dar suporte as empresas petrolíferas na manutenção dos níveis de produção de petróleo e gás, através da prestação de serviços de intervenção em poços. Também executa provas hidráulicas, realiza operações de limpeza nos poços com ferramentas próprias e atua no suprimento de equipamentos ligados a injeção, reposição e serviço associados a bombeamento de alta e baixa pressão. Esta aquisição encontra-se em processo de due diligence. Em 30 de setembro de 2008, assinamos Acordo de Investimento e Compra da Tecval S.A. Válvulas Industriais, especializada na fabricação de válvulas industriais tipo gaveta, globo e retenção (GGR) e esfera forjada para os segmentos de petróleo e gás, petroquímico, químico, papel e celulose, mineração, nuclear, entre outros. As válvulas produzidas pela Tecval complementam a linha de produtos dos Segmentos Óleo & Gás e Flow da Lupatech, e ampliaram sensivelmente os tipos de válvulas ofertadas ao mercado. A operação foi aprovada em Assembléia Geral Extraordinária (AGE) da Lupatech S.A. ocorrida de 17 de outubro de 2008.= Desempenho da Ação no 3T08 Durante o 3T08, apesar dos fatores positivos acima descritos, observamos desvalorização de nossas ações em 41,46%, contra 21,85% do Ibovespa no mesmo período. Além do cenário macroeconômico mundial mais complexo, onde a aversão a risco levou investidores a procurar papéis com outras características que as verificadas em nossas ações, observamos indícios de manipulação de preços que a Administração entendeu por bem levar a conhecimento das autoridades fiscalizadoras para que sejam analisados. Fundamentos A Companhia se beneficia dos crescentes investimentos realizados no setor de petróleo e gás no Brasil, principalmente no desenvolvimento da infraestrutura para novas reservas, dutos e refinarias bem como na manutenção dessas estruturas, refletido no crescimento do backlog*, que evoluiu 136% em comparação com o mesmo período de BRL mm Evolução do Backlog de Óleo & Gás % Setembro Fevereiro Abril Julho Outubro *Informação não revisada pelos auditores independentes 5

6 Preços altos de petróleo, como os verificados nos últimos anos, criam incentivos para investimentos no setor, e acreditamos ser inevitável que o setor continue a investir mesmo com a queda nos preços verificada nos últimos meses, pois o setor caracteriza-se por programação de investimentos de longo prazo. É necessário o desenvolvimento de novas reservas para completar a produção atual, que, pelo efeito da exaustão pela produção, requer contínuo desenvolvimento de novos campos para que não haja queda de produção total por amadurecimento de campos e, consequentemente, desabastecimento no médio prazo pela falta de investimentos, o que levaria os preços a níveis ainda mais altos que os já verificados. Acreditamos assim que o nível de atividade da Companhia continuará aquecido, principalmente associado a projetos para o setor de petróleo e gás, que representa cerca de 75% da Receita Líquida Consolidada. No mercado brasileiro, o mais relevante para os negócios da Companhia, os investimentos em curso e aqueles que estão por vir no setor de petróleo e gás, assegurarão ao país maior produção de petróleo leve, necessário para abastecer as refinarias locais. Aumentar a produção local de petróleo leve ajudará no controle das pressões inflacionárias trazidas pela balança comercial do petróleo ser negativa, permitirão também fontes de gás que trarão melhor equilíbrio geo-político na América do Sul, bem como o fornecimento para usinas termoelétricas que complementarão a geração de energia elétrica, tão necessária para assegurar o crescimento do país nos próximos anos. Num eventual cenário mais restritivo de fontes de financiamento para os investimentos do setor, acreditamos que os produtores com reservas ainda não desenvolvidas preferirão desenvolvê-las a investir os escassos recursos em exploração, pois o desenvolvimento das reservas, além de menos arriscado, situa-se mais próximo da fase de produção, ou seja, da geração de caixa, enquanto o ciclo de exploração é, por definição, negativo para a geração de caixa no curto prazo. Por fim, estamos otimistas quanto ao futuro e acreditamos no sólido crescimento da Lupatech. A Companhia está se preparando para esse futuro, com processo de expansão de capacidade a ser concluído no final deste ano, e perspectivas muito positivas para os setores em que atua, especificamente petróleo e gás. Perspectivas O mercado brasileiro de petróleo e gás, bem como de energias alternativas, destacadamente etanol e biodiesel, passa por fase de transformação, decorrente de fortes investimentos que estão em execução ou em estágio preparatório para ampliação da produção no Brasil. A Lupatech é uma Companhia que está focada operacionalmente na etapa de expansão e manutenção da infraestrutura para a produção de fontes de energia, através do fornecimento de soluções em equipamentos, serviços ou da combinação de ambos. Os planos de investimento de empresas internacionais de exploração de petróleo e gás cresceram em média 45% nos últimos 18 meses, sendo esses planos de investimentos baseados em um preço de US$55,50 por barril de petróleo e gás a US$6,70. A maioria dessas empresas internacionais só reduziria seus investimentos se o preço do barril de petróleo caísse para US$42,00, o que o mercado acredita ser difícil de acontecer, já que por exemplo a economia da Arábia Saudita necessita de um barril de petróleo a um mínimo preço de US$45,00, e provavelmente a OPEP controlaria a oferta buscando a estabilidade deste nível de preço. 1 Esta é a dinâmica de empresas privadas internacionais de exploração de petróleo e gás, ou seja, o preço de petróleo é determinante na decisão de investimento. Já empresas estatais, que possuem a propriedade das reservas, tem como objetivo principal prover energia para seu país, 1 Global Energy Trends, Douglas Westwood,

7 e apesar do preço do barril de petróleo ser considerado nas decisões de investimento, não é o único determinante. Devido a esta dinâmica, acreditamos que no Brasil especificamente veremos um crescimento de uma ordem maior às demais regiões privadas mundiais, face às novas reservas descobertas e a infraestrutura necessária a ser construída para viabilizar este processo de exploração e produção. As recém divulgadas descobertas de petróleo e gás no litoral brasileiro, nosso principal mercado de atuação, ampliam as perspectivas de negócios para a Companhia, uma vez que, conforme mencionado acima, serão necessários investimentos relevantes por parte dos produtores de petróleo e gás para que a infraestrutura de produção desses hidrocarbonetos seja construída para viabilizar a extração das reservas. A Companhia está pronta para esta fase, já que estamos concluindo um plano de expansão de capacidade de nossas instalações voltadas ao fornecimento de equipamentos e serviços àquele setor. Ao término desse ciclo de expansão, pretendemos contar com capacidade de duas a três vezes superior à que tínhamos antes de iniciarmos esses investimentos, podendo assim, atender às demandas por nossos produtos e serviços com a mesma presteza que caracteriza a Lupatech, assegurando também os meios para o contínuo crescimento dos nossos negócios. A contínua melhora expressiva dos indicadores da Companhia nos últimos trimestres e em especial no 3T08, reforça nossa visão de que as oportunidades nos segmentos em que atuamos continuarão a apresentar forte crescimento e conseqüente efeito positivo nos negócios da Companhia. Reestruturação Societária Na busca por maior eficiência administrativa e operacional, a Administração propôs aos seus Acionistas um plano de reestruturação societária. Esse plano não altera os negócios da Companhia mas racionaliza a estrutura societária da Lupatech, que cresceu significativamente nos últimos anos como consequência das aquisições feitas nesse período. Considerações finais Nossa gestão continuará a pautar-se pela transparência extrema e pelo alto grau de comunicação com o mercado. Queremos reafirmar nosso compromisso de longo prazo com nossos clientes, acionistas, credores, colaboradores e com o mercado de capitais. Nosso desenvolvimento corporativo depende, e continuará a depender deles. Nossos Auditores Independentes, Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes (Deloitte), que revisam nossas demonstrações financeiras desde 2008, prestaram serviços somente de auditoria externa à Lupatech S.A. Estão disponíveis no site nossos comentários sobre o desempenho consolidado dos negócios da Companhia. A Companhia está vinculada à arbitragem na Câmara de Arbitragem do Mercado, conforme cláusula compromissória constante do Estatuto Social. Caxias do Sul, 06 de novembro de A Administração 7

8 COMENTÁRIOS DA ADMINISTRAÇÃO AO DESEMPENHO CONSOLIDADO RECEITA LÍQUIDA Receita Líquida (em R$ Mil) 2T08 3T08 Var. % Segmento Óleo & Gás ,1% Segmento Óleo & Gás Mercado Interno ,3% Segmento Óleo & Gás Mercado Externo ,6% Segmento Flow ,5% Segmento Flow Mercado Interno ,5% Segmento Flow Mercado Externo ,3% Segmento Metal ,8% Segmento Metal Mercado Interno ,5% Segmento Metal Mercado Externo ,5% Total ,5% % Óleo & Gás 61,5% 66,3% % Óleo & Gás Mercado Interno 56,0% 86,1% % Óleo & Gás Mercado Externo 44,0% 13,9% % Flow 24,7% 21,6% % Flow Mercado Interno 90,9% 90,9% % Flow Mercado Externo 9,1% 9,1% % Metal 13,8% 12,1% % Metal Mercado Interno 70,2% 64,9% % Metal Mercado Externo 29,8% 35,1% O crescimento da Receita Líquida Consolidada da Companhia foi de 24,5% quando comparado ao 2T08 e alcançou R$204,3 milhões versus R$164,1 milhões no 2T08. O Segmento Óleo & Gás apresentou crescimento da Receita Líquida no 3T08 de 34,1% e alcançou R$135,5 milhões, contribuindo com 66,3% da Receita Líquida Consolidada versus 61,5% no 2T08. O crescimento da Receita Líquida do Segmento Óleo & Gás decorre do contínuo processo de expansão dos níveis de atividade que temos observado no Brasil nos últimos trimestres. O Segmento Flow apresentou crescimento da Receita Líquida no 3T08 em 8,5% atingindo R$44,0 milhões e contribuiu com 21,6% da Receita Líquida Consolidada, versus 24,7% no 2T08. O desempenho positivo deste segmento foi influenciado pelos negócios de válvulas de bronze e não automatizadas, e válvulas em aço automatizadas. Os negócios de válvulas industriais na Argentina apresentaram crescimento de 9,7% nesse trimestre, comparativamente ao 2T08. No Segmento Metal a Receita Líquida apresentou crescimento de 9,8% no 3T08 atingindo R$24,8 milhões contra R$22,6 milhões no 2T08 e contribuiu com 12,1% da Receita Líquida Consolidada versus 13,8% no 2T08. O crescimento da Receita Líquida no Segmento Metal decorre do inicio de atividades que resultaram de investimentos realizados nos últimos períodos, e excelente desempenho nos negócios de fundição na Argentina. [O restante dessa página foi deixado intencionalmente em branco] 8

9 Segmentação da Receita 3T08 Segmento Óleo & Gás Segmento Flow Segmento Metal Outros 10% Outros 29% Petr. Gás 33% Outros 20% Automotivo 59% Petr. Gás 90% Alimentos 6% Maq. Equip. 13% Construção 9% Químico 10% Dental 2% Alimentos 8% Automação 5% Petr. Gás 6% CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS CPV (em R$ Mil) 2T08 3T08 Var. % Segmento Óleo & Gás ,2% Segmento Flow ,0% Segmento Metal ,8% Total ,3% % Óleo & Gás 58,1% 60,0% % Flow 22,4% 20,1% % Metal 19,5% 19,9% CPV/Receita Líquida Total 57,3% 53,5% CPV/Receita Líquida Óleo & Gás 54,1% 48,5% CPV/Receita Líquida Flow 52,0% 49,8% CPV/Receita Líquida Metal 81,2% 87,8% O Custo dos Produtos Vendidos Consolidado (CPV) no 3T08 cresceu 16,3% e foi de R$109,4 milhões contra R$94,1 milhões no 2T08. Assim como no 2T08, o crescimento do CPV ocorreu em percentual substancialmente inferior ao crescimento da Receita Líquida Consolidada no mesmo período, o que se refletirá, como veremos abaixo, em forte melhoria do Lucro Bruto Consolidado e da Margem Bruta Consolidada da Companhia. O CPV do Segmento Óleo & Gás cresceu 20,2% e alcançou R$65,7 milhões no 3T08 contra R$54,6 milhões no 2T08 e contribuiu com 60,0% do CPV Total verificado no 3T08 contra 58,1% no 2T08. O crescimento é decorrente de maior nível de receitas no 3T08, em 34,1%. No Segmento Flow, o CPV cresceu 4,0% e alcançou R$21,9 milhões no 3T08, contra R$21,1 milhões no 2T08 e contribuiu com 20,1% do CPV verificado no 3T08 contra 22,4% no 2T08. O crescimento é decorrente de maior nível de receitas no 3T08, em 8,5%. O CPV do Segmento Metal cresceu 18,8% no 3T08 e alcançou R$21,8 milhões no 3T08 contra R$18,3 milhões no 2T08, e representou 19,9% do CPV Total no 3T08 contra 19,5% no 2T08. O crescimento é decorrente de maior nível de receitas no 3T08, em 9,8%. Outros impactos no CPV do Segmento Metal no 3T08 foram dissídios coletivos de 8,11%, com impacto de quatro meses neste trimestre, assim como mix de produção com margens inferiores. [O restante dessa página foi deixado intencionalmente em branco] 9

10 ESTRUTURA DE CUSTOS Abaixo apresentamos a evolução da estrutura de custos do 4T07 até o 3T08. Estrutura de Custos (em %) 4T07 1T08 2T08 3T08 Segmento Óleo & Gás: Matéria-Prima 73,7 68,2 66,6 64,6 Mão de Obra 16,1 18,7 20,4 21,1 GGF 7,5 8,4 7,8 8,7 Depreciações 2,7 4,7 5,2 5,6 Segmento Flow: Matéria-Prima 76,0 68,1 71,0 71,3 Mão de Obra 14,7 19,5 16,6 16,3 GGF 5,3 8,5 8,9 9,1 Depreciações 4,0 3,9 3,5 3,3 Segmento Metal: Matéria-Prima 50,5 42,4 43,7 48,2 Mão de Obra 28,4 31,7 30,0 29,0 GGF 10,9 10,9 13,6 10,8 Energia Elétrica 4,6 6,5 5,0 4,4 Depreciações 5,6 8,5 7,7 7,6 LUCRO BRUTO E MARGEM BRUTA Lucro Bruto (em R$ Mil) 2T08 3T08 Var. % Segmento Óleo & Gás ,6% Margem Bruta Óleo & Gás 45,9% 51,5% Segmento Flow ,4% Margem Bruta Flow 48,0% 50,2% Segmento Metal ,8% Margem Bruta Metal 18,8% 12,2% Total ,4% Margem Bruta Total 42,7% 46,5% % Óleo & Gás 66,1% 73,5% % Flow 27,8% 23,3% % Metal 6,0% 3,2% O Lucro Bruto Consolidado no 3T08 cresceu 35,4% comparado ao 2T08, atingindo R$94,9 milhões contra R$70,1 milhões, e reflete o forte crescimento das atividades, bem como ganhos de eficiência e de mix de produtos. A Margem Bruta Consolidada apresentada no 3T08 foi de 46,5% contra 42,7% no 2T08. O aumento verificado na Margem Bruta Consolidada está associado aos segmentos Óleo & Gás e Flow. O Lucro Bruto do Segmento Óleo & Gás cresceu 50,6% no 3T08 atingindo R$69,8 milhões contra R$46,3 milhões no 2T08 e contribuiu com 73,5% do Lucro Bruto Consolidado, contra 66,1% no 2T08. 10

11 O Lucro Bruto do Segmento Flow no 3T08 cresceu 13,4% atingindo R$22,1 milhões contra R$19,5 milhões no 2T08, e contribuiu com 23,3% do Lucro Bruto Consolidado, contra 27,8% no 2T08. O Lucro Bruto do Segmento Metal decresceu 28,8% no 3T08 atingindo R$3,0 milhões contra R$4,2 milhões no 2T08, e contribuiu com 3,2% do Lucro Bruto Consolidado, contra 6,0% no 2T08. DESPESAS Despesas (em R$ Mil) 2T08 3T08 Var. % Total de Despesas com vendas ,2% Total de Despesas administrativas ,0% Segmento Óleo & Gás ,6% Despesas com vendas Óleo & Gás ,3% Despesas administrativas Óleo & Gás ,6% Segmento Flow ,2% Despesas com vendas Flow ,6% Despesas administrativas Flow ,5% Segmento Metal ,4% Despesas com vendas Metal ,3% Despesas administrativas Metal ,3% Total de vendas e administrativas ,7% Honorários dos Administradores ,7% Total de Despesas Vendas, Administrativas e Honorários ,6% % Óleo & Gás 61,2% 62,3% % Flow 26,1% 25,9% % Metal 12,8% 11,8% Despesas com vendas/total da Rec. Líquida 25,2% 8,1% Despesas administrativas/total da Rec. Líquida 14,3% 6,0% Despesas com honorários/total da Rec. Líquida -0,5% -0,3% Despesas/Receita Líquida Total 16,4% 14,5% Despesas/Receita Líquida Óleo & Gás 16,2% 13,3% Despesas/Receita Líquida Flow 17,1% 17,1% Despesas/Receita Líquida Metal 15,1% 13,8% As Despesas Gerais com Vendas, Administrativas e Honorários dos Administradores do 3T08 cresceram 9,6% atingindo R$29,6 milhões contra R$27,0 milhões no 2T08 e representaram 14,5% da Receita Líquida Consolidada do 3T08 contra 16,4% da Receita Líquida Consolidada do 2T08. O crescimento das Despesas Gerais com Vendas, Administrativas e Honorários dos Administradores no 3T08 frente ao 2T08 decorre, principalmente, da consolidação do resultado de três aquisições no trimestre: Tecval, Sinergás e Gavea Sensors. As Despesas Gerais com Vendas e Administrativas do Segmento Óleo & Gás cresceram 10,6% no 3T08 e atingiram R$18,1 milhões contra R$16,3 milhões no 2T08. Essa variação, de R$1,8 milhões decorre, principalmente, da consolidação dos resultados da Tecval, Sinergás e Gavea Sensors, e de maior atividade da Companhia nesse trimestre. As Despesas Gerais com Vendas e Administrativas do Segmento Flow cresceram 8,2% no 3T08 e atingiram R$7,5 milhões contra R$7,0 milhões no 2T08. Essa variação decorre, principalmente, do crescimento orgânico e representou 17,1% da Receita Líquida do Segmento Flow do 3T08, mesmo percentual verificado no 2T08. As Despesas Gerais com Vendas e Administrativas do Segmento Metal mantiveram-se praticamente estáveis em relação ao 2T08 em R$3,4 milhões. 11

12 DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO Depreciação e Amortização (em R$ Mil) 2T08 3T08 Var. % Segmento Óleo & Gás ,6% Segmento Flow ,6% Segmento Metal ,2% Total ,2% % Óleo & Gás 54,8% 56,8% % Flow 17,0% 15,2% % Metal 28,3% 28,0% A Depreciação e Amortização (exceto a amortização de ágio em aquisição de sociedades) contabilizada no 3T08 totalizou R$6,4 milhões, 18,2% superior ao verificado no 2T08. Este crescimento é decorrente principalmente da consolidação dos balanços patrimoniais da Tecval, Sinergás e Gavea Sensors. O Segmento Óleo & Gás representou R$3,6 milhões, crescimento de 22,6% no período. O Segmento Flow representou R$1,0 milhão, crescimento de 5,6% no período. O Segmento Metal representou R$1,8 milhão, crescimento de 17,2% no período. EBITDA * EBITDA (em R$ Mil) 2T08 3T08 Var. % Segmento Óleo & Gás ,0% Margem EBITDA Segmento Óleo & Gás 31,8% 40,3% Segmento Flow ,0% Margem EBITDA Segmento Flow 32,3% 34,8% Segmento Metal ,4% Margem EBITDA Segmento Metal 9,5% 5,0% Total EBITDA ,2% Margem EBITDA Total 28,8% 34,8% % Óleo & Gás 67,8% 76,7% % Flow 27,7% 21,6% % Metal 4,5% 1,7% O EBITDA Consolidado da Companhia durante o 3T08 cresceu 50,2% alcançando R$71,1 milhões contra R$47,4 milhões no 2T08. A Margem EBITDA Consolidada atingiu 34,8% no 3T08 contra 28,8% no 2T08. Nos últimos quatro trimestres, o EBITDA Consolidado alcançou R$198,9 milhões. O EBITDA do Segmento Óleo & Gás cresceu 70,0% no 3T08 quando comparado ao 2T08 e atingiu R$54,6 milhões versus R$32,1 milhões no 2T08. O EBITDA do Segmento Óleo & Gás cresceu em decorrência da ampliação do nível de atividade dos negócios deste segmento, impulsionados pelos crescentes investimentos no setor de petróleo e gás no Brasil. A Margem EBITDA do Segmento Óleo & Gás alcançou 40,3% no 3T08 versus 31,8% no 2T08. O crescimento da Margem EBITDA no 3T08 é fruto dos crescentes ganhos de alavancagem operacional e sinergias industriais e comerciais neste segmento. O EBITDA do Segmento Flow cresceu 17,0% no 3T08 quando comparado ao 2T08 e atingiu R$15,3 milhões versus R$13,1 milhões no 2T08. A Margem EBITDA do Segmento Flow alcançou 34,8% no 3T08 versus 32,3% no 2T08. O crescimento da Margem EBITDA deste segmento é resultado de melhor mix de produtos produzidos no trimestre. 12

13 O EBITDA do Segmento Metal apresentou queda de 42,4% no 3T08 quando comparado ao 2T08 e atingiu o montante de R$1,2 milhão contra R$2,1 milhões no 2T08. A Margem EBITDA foi de 5,0% no 3T08 versus 9,5% no 2T08. A queda da Margem EBITDA do Segmento Metal é resultado da produção de mix de produtos com menor margem no trimestre, assim como um CPV maior, conforme explicado anteriormente. *Nota: EBITDA é calculado ajustando o lucro líquido pelo resultado de equivalência patrimonial, participações de empregados, imposto de renda e contribuição social (e diferimentos), resultado não operacional, despesas não recorrentes relacionadas às atividades operacionais da Companhia (despesas com aquisições de empresas, gastos com captações de recursos atrelados a aquisições de companhias, etc.), amortização de ágio e a depreciação e amortização. O EBITDA não é uma medida utilizada nas práticas contábeis adotadas no Brasil, não representando o fluxo de caixa para os períodos apresentados e não deve ser considerado como sendo uma alternativa ao lucro líquido na qualidade de indicador do nosso desempenho operacional ou como uma alternativa ao fluxo de caixa na qualidade de indicador de liquidez. O EBITDA não tem um significado padronizado e nossa definição de EBITDA pode não ser comparável ao EBITDA ou EBITDA ajustado conforme definido por outras Companhias. Ainda que o EBITDA não forneça, de acordo com as práticas contábeis utilizadas no Brasil uma medida do fluxo de caixa operacional, nossa administração o utiliza para mensurar nosso desempenho operacional. Adicionalmente, entendemos que determinados investidores e analistas financeiros utilizam o EBITDA como indicador do desempenho operacional de uma Companhia e/ou de seu fluxo de caixa. A reconciliação do EBITDA conforme calculado pela Companhia pode ser encontrado no Anexo II deste relatório. OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS Outras Receitas e Despesas Operacionais (em R$ Mil) 2T08 3T08 Var. % Outras Receitas Operacionais ,1% Outras Despesas Operacionais (2.655) (3.668) 38,2% Resultado da Equivalência Patrimonial 797 (127) -115,9% Total (1.507) (3.174) 110,7% As Outras Receitas e Despesas Operacionais verificadas no 3T08 alcançaram R$3,1 milhões contra R$1,5 milhão no 2T08, o que representa crescimento de 110,7%. As Outras Despesas Operacionais apresentaram crescimento de 38,2% atingindo R$3,7 milhões, devido principalmente à despesas não recorrentes no valor de R$2,5 milhões referentes a pagamento de gastos relacionados à aquisição de empresas e pagamento de despesas com operações estruturadas. Já as Outras Receitas Operacionais apresentaram crescimento de 77,1% atingindo R$0,6 milhão. AMORTIZAÇÃO DE ÁGIO Amortização de Ágio (em R$ Mil) 2T08 3T08 Var. % Amortização de Ágio em Investimentos (11.445) (11.582) 1,2% Total (11.445) (11.582) 1,2% Conforme calendário de amortização publicado no 1T08 e descrito na Nota Explicativa às Demonstrações Financeiras de número 10 no 2T08, o valor do ágio amortizado durante o 3T08 foi praticamente igual ao valor do 1T08 e 2T08, ou seja, R$11,6 milhões. A amortização de ágio decorrente da aquisição da Tecval será iniciada a partir do 4T08 e seguirá o cronograma previsto nas notas explicativas. [O restante dessa página foi deixado intencionalmente em branco] 13

14 RESULTADO FINANCEIRO Resultado Financeiro Líquido (R$ Mil) 2T08 3T08 Var. % Receita com Juros ,4% Receita de Variação Cambial ,7% Outros ,9% Receita Financeira Total ,7% Despesa com Juros ,4% Despesa de Variação Cambial ,3% Impostos Financeiros ,1% Outros ,3% Despesa Financeira Total ,5% Resultado Financeiro Líquido (5.721) (59.918) 947,3% A Receita com Juros apresentou queda de 32,4% e decorre de aplicações financeiras realizadas pela Companhia, cujas taxas recebidas ao longo do 3T08 foram inferiores às verificadas no 2T08, assim como menor volume de recursos investidos. A Receita de Variação Cambial atingiu R$19,2 milhões, queda de 5,7% frente ao valor apurado no 2T08. Esta queda decorre, principalmente, de depreciação do Real perante o Dólar Americano, e teve impacto direto sobre o valor do patrimônio líquido das subsidiárias no exterior, bem como do Contas a Receber. A Despesa com Juros cresceu 48,4% no 3T08 quando comparado ao 2T08 e alcançou R$29,1 milhões e decorre da maior utilização de recursos de terceiros para financiar as atividades da Companhia, assim como a apreciação do Dólar Americano sobre o Real, que impactou a parcela de juros trimestrais pagos pela Companhia pelos Bônus Perpétuos. A Despesa de Variação Cambial cresceu 588,3% e atingiu R$48,7 milhões. Esse crescimento decorre principalmente, de depreciação do Real perante o Dólar Americano, que tem impacto direto sobre o saldo endividamento líquido em moeda estrangeira (Bônus Perpétuos). Os Impostos Financeiros (IOF) cresceram 66,1% e alcançaram R$1,7 milhão. Efeito da variação cambial sobre ativos e passivos A Companhia possui ativos e passivos denominados em moedas estrangeiras, principalmente o dólar americano, o que pode gerar ganhos ou perdas com flutuações nas taxas de câmbio. A Companhia não possui neste momento nenhum instrumento de derivativo para fins de proteção cambial, exceto os que foram contratados juntamente a linhas de empréstimos com a finalidade de transformar moedas distintas do Real em Reais (swaps). A decisão por não contratação destes instrumentos é baseada no fato da Companhia possuir hegde natural pela combinação da posição de caixa mais recebíveis, em cobrança ou na carteira de pedidos, onde a combinação dos efeitos de variações cambiais em seus ativos e passivos seja praticamente nula no caixa. [O restante dessa página foi deixado intencionalmente em branco] 14

15 OUTRAS RECEITAS E DESPESAS NÃO OPERACIONAIS Outras Receitas e Despesas Não Operacionais (em R$ Mil) 2T08 3T08 Var. % Outras Receitas Não Operacionais ,6% Outras Despesas Não Operacionais (871) ,7% Total ,6% O Resultado de Outras Receitas e Despesas Não Operacionais atingiu saldo positivo de R$0,7 milhão. Houve reclassificação de despesas da unidade de compressores na Argentina dentro da conta Outras Despesas Não Operacionais, que no trimestre passado haviam sido classificadas neste grupo, resultando em reversão de despesas neste trimestre. RESULTADO ANTES DOS IMPOSTOS E LUCRO LÍQUIDO Resultado Líquido (em R$ Mil) 2T08 3T08 Var. % Resultado Antes dos Impostos e Participações (8.690) -135,2% Impostos Sobre o Lucro (CSL e IR) (5.723) (12.013) 109,9% Impostos Sobre o Lucro (CSL e IR) Diferido (5.435) ,9% Participação dos Empregados e Administradores (275) (364) 32,4% Participação Minoritária no Resultado - - n.a. Total (5.204) -139,3% O Resultado Consolidado Antes dos Impostos e Participações do 3T08 atingiu um prejuízo de R$8,7 milhões, contra um valor positivo de R$24,7 milhões verificados no 2T08. Este resultado decorre principalmente de maior volume de despesas financeiras e despesas não recorrentes. O Resultado Consolidado Antes de Impostos e Participações foi afetado principalmente pelo (i) ágio amortizado no período (R$11,6 milhões), (ii) despesas não recorrentes (R$2,5 milhões), e (iii) despesa financeira maior no 3T08 quando comparada ao 2T08 (R$52,9 milhões), impactada fortemente pela variação cambial. O Imposto de Renda e a Contribuição Social Consolidado Sobre o Lucro (correntes) apurados no 3T08 atingiram R$12,0 milhões, um crescimento de 109,9% comparado com o 2T08. O Imposto de Renda e a Contribuição Social Consolidado Sobre o Lucro (diferidos) apurados no 3T08 atingiram R$15,9 milhões, decorrentes de créditos a recuperar sobre variação cambial tributada pelo regime de caixa e de saldo de prejuízos fiscais a compensar. A Participação Consolidada dos Empregados e dos Administradores atingiu R$0,4 milhão no 3T08, um crescimento de 32,4% quando comparada ao 2T08. O crescimento decorre do provisionamento do valor a ser destinado aos colaboradores que fazem parte do Programa de Remuneração Variável das unidades que atingirem seus indicadores de desempenho ao longo dos nove meses do exercício de O Resultado Líquido Consolidado do trimestre foi um prejuízo de R$5,2 milhões, 139,3% inferior ao resultado positivo apresentando no 2T08. Com isso o Lucro Líquido Consolidado dos nove meses do ano (9M08) alcançou o valor de R$3,5 milhões. [O restante dessa página foi deixado intencionalmente em branco] 15

16 COMENTÁRIOS DA ADMINISTRAÇÃO A EVOLUÇÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL Os Comentários da Evolução do Balanço Patrimonial, exceto quando indicado o contrário, referem-se ao terceiro trimestre de 2008 (3T08). POSIÇÃO DE CAIXA Caixa (em R$ Mil) 2T08 3T08 Var. % Disponibilidades ,7% A posição consolidada de caixa da Companhia no 3T08 atingiu R$341,7 milhões, representada por depósitos de US$157,7 milhões, mais R$39,8 milhões. A política de gestão de caixa em moeda estrangeira é parte da política de proteção cambial da Companhia. O crescimento de 21,7% na posição consolidada de caixa, ou de R$61,0 milhões, foi decorrente, principalmente da variação cambial sobre depósitos em moeda estrangeira. CAPITAL DE GIRO OPERACIONAL Capital de Giro Operacional(R$ Mil) 2T08 3T08 Var. % Contas a Receber ,1% Estoques ,8% Fornecedores ,7% Adiantamentos de Clientes ,0% Capital de Giro Operacional ,6% Variação do Capital de Giro Operacional O saldo das Contas a Receber cresceu R$35,6 milhões no 3T08, o que representa 18,1% a mais que o saldo do 2T08. O crescimento das Contas a Receber decorre do maior nível de faturamento das operações, principalmente do Segmento Óleo & Gás no 3T08 quando comparado ao 2T08. O financiamento do Estoque cresceu R$34,5 milhões, o que representa 24,8% a mais que o saldo do 2T08, e decorre principalmente da consolidação do balanço patrimonial da Tecval (R$14,0 milhões), assim como também a apreciação da moeda Argentina (Peso) versus o Real (BRL) no período sobre o saldo de estoques das unidades presentes na Argentina (R$8,7 milhões). A diferença, sem incluir os efeitos da incorporação da Tecval e da variação cambial de estoques na Argentina foi de R$11,8 milhões, e é decorrente de maiores níveis de matériasprimas que serão utilizadas na produção, principalmente, de válvulas e equipamentos de completação para o setor de petróleo e gás. A conta Fornecedores apresentou crescimento de R$7,0 milhões, ou 14,7% sobre o saldo do encerramento do 2T08, crescimento este oriundo principalmente do Segmento Óleo & Gás. Os Adiantamentos de Clientes apresentaram queda de R$17,5 milhões no 3T08, o que representa queda de 54,0% sobre o saldo do 2T08. Esta queda foi causada principalmente pelo Segmento Óleo & Gás. A variação do Capital de Giro Operacional no 3T08 foi positiva em R$80,5 milhões, cerca de 31,6% a mais que o saldo do 2T08. Este crescimento justifica-se principalmente devido à consolidação dos ativos e passivos da Tecval neste trimestre, o que contribuiu com este aumento em R$27,4 milhões. Excluindo o efeito da consolidação do balanço patrimonial da Tecval, a Companhia manteve o índice de Necessidade de Capital de Giro sobre Receita Líquida dos últimos quatro trimestres em 46,9%. 16

17 800 60% ,6% 30,8% 35,2% 48,9% 48,1% 49,3% 51,8% 50,0% ,6% ,9% ,9% 50% 40% 30% % % - 1T06 2T06 3T06 4T06 1T07 2T07 3T07 4T07 1T08 2T08 3T08 0% Receita Líquida (LTM) % KG sobre Receita Líquida *No gráfico acima estão incluídos os ativos e passivos (capital de giro) e receita líquida de Tecval, o que elevou o índice do percentual do capital de giro sobre a receita líquida acumulada para 49,9%. ENDIVIDAMENTO Endividamento (em R$ Mil) 2T08 3T08 Var. % Curto Prazo ,3% Longo Prazo ,1% Perpetual Bond ,3% Total do Endividamento ,3% Disponibilidades ,7% Caixa (Dívida) Líquido ( ) ( ) 21,1% Caixa (Dívida) Líquido para fins de covenants ( ) ( ) 23,7% A dívida consolidada de curto prazo no 3T08 atingiu R$173,2 milhões. A parte mais importante do crescimento do endividamento de curto prazo decorre da absorção de dívidas da Tecval, que somaram R$13,5 milhões. No 3T08 a Dívida de Longo Prazo, sem incluir os Perpetual Bonds, apresentou crescimento de R$81,1 milhões, ou 30,1%, e decorre de novas linhas de crédito contratadas para o financiamento das expansões da Companhia e provisão de juros. O crescimento do saldo dos Perpetual Bonds no 3T08, de R$88,5 milhões, ou 20,3% quando comparado ao 2T08, é decorrente do provisionamento da variação cambial verificada no período. O Endividamento Total Consolidado da Companhia cresceu R$184,2 milhões, ou 21,3% no 3T08 quando comparado ao 2T08, sendo 48,0% desse montante resultado da variação cambial sobre os Bônus Perpétuos. A posição de Disponibilidades cresceu R$61,0 milhões no 3T08. A principal fonte para o aumento das Disponibilidades e Aplicações Financeiras foram novas linhas de crédito contratadas assim como a variação cambial sobre posição de caixa em moeda estrangeira. 17

18 Com isso a Dívida Líquida Consolidada atingiu, no encerramento do 3T08, o patamar de R$706,7 milhões, crescimento de 21,1% contra o trimestre anterior. A Dívida Líquida Consolidada com vencimento representa R$181,9 milhões, ou seja, 0,91x o EBITDA apurado nos últimos 12 meses. Dívida com Vencimento, Cronograma e Volumes de Amortização 173,2 523,6 27,3 227,9 76,9 18,3 Dívida Total com Vencimento Vcto Curto Prazo O endividamento total com vencimento da Companhia é de R$523,6 milhões, sendo R$173,2 milhões com vencimento no curto prazo (nos próximos doze meses). Neste montante já estão incluídos R$12,3 milhões referente à amortização trimestral de juros dos Bônus Perpétuos, cujo pagamento foi efetuado no dia 10 de outubro de 2008; R$119,4 milhões referentes a linhas de financiamento de capital de giro, cujo vencimento não necessariamente requer que a Companhia amortize o referido montante; R$34,0 milhões referentes à amortização de financiamentos de longo prazo que ocorrerão ao longo do quarto trimestre de 2008; e R$7,5 milhões referentes a amortização de financiamentos de longo prazo cujo pagamento ocorrerá dentro dos três primeiros trimestres de ESTRUTURA DE CAPITAL Nossa estrutura de capital é composta por 20,0% do Patrimônio Líquido e 80,0% por Dívidas. ESTRUTURA DE CAPITAL DÍVIDA COM VENCIMENTO COMO PERCENTUAL DA ESTRUTURA DE CAPITAL TOTAL Bônus Perpétuos 40,0% Dívida 40,0% Capital 20,0% Curto Prazo 13,2% Longo Prazo 26,8% Nossas dívidas têm vencimento de longo prazo, exceto por uma parcela de 16,5% do total do endividamento, ou 13,2% da estrutura de capital, que vence em Nesse montante já incluímos os juros devidos pelas linhas de longo prazo e que amortizaremos em

19 Ajustando o Patrimônio Líquido pela parcela dos Perpetual Bonds (fonte estável de financiamento para a Companhia), veremos nossa dívida (com vencimento) representando apenas 40,0% do capital empregado na Companhia. INVESTIMENTOS Investimentos (em R$ Mil) 2T08 3T08 Var. % Investimentos em Coligadas ,1% Imobilizado Líquido ,7% Intangível ,9% Total ,7% Nossos Investimentos totais cresceram 14,7% no 3T08 quando comparados ao 2T08. O crescimento dos Investimentos deve-se principalmente à consolidação dos balanços patrimoniais das aquisições da Tecval, Sinergás e Gavea Sensors. [O restante dessa página foi deixado intencionalmente em branco] 19

20 Anexo I Demonstrações de Resultados (em R$mil) Demonstrações do Resultado Consolidado 30/9/ /6/2008 % Variação Receita Bruta Vendas e Serviços % Impostos e Deduções da Receita Bruta (20.832) (16.714) 25% Receita Líquida de Vendas e Serviços % Custo de Bens e Serviços Vendidos ( ) (94.070) 16% Resultado Bruto % Receitas/Despesas Operacionais ( ) (45.675) 128% Com Vendas (16.648) (17.029) -2% Gerais e Administrativas (12.956) (9.972) 30% Resultado Financeiro Líquido (59.918) (5.721) 947% Receitas Financeiras % Despesas Financeiras (80.846) (27.922) 190% Outras Receitas Operacionais % Outras Despesas Operacionais (15.250) (13.231) 15% Amortização de Ágio (11.582) (11.446) 1% Outros (3.668) (1.785) 105% Resultado da Equivalência Patrimonial (127) - n.a. Resultado Operacional (9.362) % Resultado Não Operacional % Receitas Não Operacionais % Despesas Não Operacionais 494 (871) -157% Resultados Antes dos Impostos e Participações (8.690) % Provisão para IR e Contribuição Social (12.013) (5.723) 110% IR Diferido (5.435) -392% Programas de Participação no Resultado (364) (275) 32% Participação de Minoritários - - n.a. Resultado Líquido do Período (5.204) % Anexo II Reconciliação do EBITDA (em R$mil) Reconciliação do EBITDA Ajustado 30/9/ /6/2008 % Variação EBITDA Ajustado % Depreciação e Amortização (6.353) (5.375) 18% Amortização de Ágio (11.582) (11.445) 1% Despesas operacionais não recorrentes* (2.521) (1.204) 109% Resultado Financeiro Líquido (59.918) (5.722) 947% Outras Receitas (Despesas) não operacionais % Imposto de Renda e Contribuição Social (12.013) (5.723) 110% Imposto de Renda e CS - Diferidos (5.435) -392% Participação Empregados (364) (275) 32% Resultado da Equivalência Patrimonial (127) % Lucro Líquido (5.204) % 20