Direito Médico e Saúde Pública

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1 Direito Médico e Saúde Pública 1

2 Poços de Caldas, MG, Ordem dos Advogados do Brasil Seção de Minas Gerais 25ª Subseção DIREITO MÉDICO E A JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE Conceitos, interpretações e sínteses elaboradas por Jurandir Sebastião 2

3 Comparação do Médico com Advogado Ambos desempenham contrato de meios: o médico (perante o paciente) e o advogado (perante o constituinte) deverão provar o cumprimento do dever de empenho. O empenho do advogado limita-se à postulação (examinar e requerer) e ao exercício dos recursos processuais previstos nos Códigos de Processo e Leis esparsas. O empenho do médico não tem limites. Deve ele fazer tudo que for benéfico ao paciente, direta ou indiretamente, de acordo com os avanços da Medicina (Incisos II, V, e XIV, dos Princípios Fundamentais, e arts. 32, 52, e 102, todos do 3 CEM).

4 Universo Profissional do Médico e do Advogado O advogado, como regra, pode recusar causa e escolher cliente e, se aceitá-la, terá contra si tão somente os prazos legais. O médico não pode deixar de atender nas urgências e emergências, e tem contra si, sempre, as exigências da situação clínica do paciente, pouco importando se ele, médico, estiver estafado, finalizando jornada de trabalho de 12, 14, 18 ou de 24 horas. 4

5 Liberdade de trabalho do Advogado e do Médico O advogado, após explanação das probabilidades, transfere ao cliente a liberdade de escolha: aforar o pedido ou desistir; contestar a ação ou consentir. O médico não tem liberdade. Deve cuidar do paciente, como se dele fosse parte integrante. E, nos casos de recusa à terapia, tem o dever de alertar o paciente sobre os riscos de agravamento da doença, e/ou de morte, quando for o caso. 5

6 Evolução da terapia e do processo judicial O médico faz diagnóstico da doença, mas os exames de laboratório podem acusar falso resultado, e os de imagem podem levar a equívocos. O advogado analisa a pretensão do postulante e decide com vistas aos documentos ofertados. Esse exame finda em certeza de convencimento. O médico especifica a terapia e, na evolução da doença, faz os ajustamentos necessários. Mas, nem sempre a condição do paciente responde ao tratamento. Se o paciente morrer... Cemitério! O advogado protocola o pedido do postulante e, no desenvolvimento do processo, produz as provas possíveis. Se perder a causa poderá recorrer à 6 Instância Superior.

7 Facilidade e dificuldade da prova O trânsito em julgado encerra o dever de empenho do advogado. A alta médica do paciente não encerra o dever de empenho do médico. O advogado tem facilidade de provar sua atuação (qualidade e oportunidade) por documentos (cópias, certidões, protocolos, etc.). O médico tem dificuldade de provar sua atuação porque cada paciente é uma singularidade e não há cópia de documento. Por isso, deve o Judiciário alargar o campo da investigação processual para apuração dos fatos, por todos os meios admitidos em lei. 7

8 O Prontuário como prova documental O prontuário, assim como a ficha de consultório, são elementos de prova a favor e contra o médico e o hospital. A finalidade é permitir que outros médicos dêem continuidade à terapia, especialmente nos grandes Hospitais, pela impessoalidade e identificação do paciente pelo número de registro. Mas em caso de acidente e internação concomitante de grande quantidade de pacientes com risco de morte os médicos têm a atenção voltada para a gravidade de cada qual desses feridos. Os prontuários ficam em segundo plano, e a ausência de formalização, se não ocorrer dano ao paciente, poderá caracterizar apenas falta administrativa. 8

9 Realidade Hospitalar I 1. Hospital não é hotel de turismo. Também não é casa de saúde. Ao contrário, é casa de doentes, ou seja, é um conjunto de bens e serviços destinados à terapia que exija internação. 2. Hospital não pode escolher doentes e a internação hospitalar não significa automática e milagrosa recuperação da saúde do doente. 3. É verdade que ninguém se interna em hospital para morrer. Mas, sim, para recuperar a saúde. E, para isso, todos os médicos devem se empenhar. Entretanto, a gravidade da doença e a possibilidade de recuperar a saúde são questões que variam de 9 pessoa para pessoa.

10 Realidade Hospitalar II 4. O paciente não é obrigado a se submeter à tratamento contra sua vontade, em razão do princípio da autonomia da vontade, o que importa direito de desobedecer. 5. O funcionamento hospitalar está subordinado às regras legais expressas de higienização e de prevenção contra contágio. Se, para essa prevenção todas as regras ou indicações científicas acima da lei forem cumpridas não há como imputar ao hospital a responsabilidade pela imprevisível infecção, ou previsível mas inafastável. 6. Em geral a infecção decorre da situação peculiar do paciente (status imunológico). Não de falha na conduta da administração hospitalar porque, neste caso, os médicos, os enfermeiros, as visitas e os serviçais seriam os primeiros a ser contaminados. 10

11 Realidade Hospitalar III 7. O hospital pode e deve regulamentar o acesso de visitas ao doente, mas não pode, nem deve, proibi-las. E não há como fazer triagem (com exames aprofundados) para identificar e barrar visitantes portadores de eventuais doenças não aparentes, mas contagiosas. 8. Não é razoável colocar portas giratórias para detecção de armas de fogo e de explosivos, ou segurança armada nos corredores, como rotina da administração, para evitar acesso de criminosos ou, ainda, colocar grades nas portas e janelas, para evitar fuga ou 11 arrebatamento de paciente.

12 Realidade Hospitalar IV 9. Os hospitais-escola, normalmente de grande porte e capacidade para procedimentos de alta complexidade, caracterizam-se pela presença de médicos titulares, médicos residentes, estudantes de Medicina e trato impessoal do paciente. 10. Além do atendimento e prática de terapia a doença do paciente também é vista como pesquisa científica ou experiência clínica. Isso importa maior circulação de médicos, de funcionários, de estudantes e realização de exames acima da rotina. Essa realidade importa relativa invasão de privacidade e exige maiores cuidados na prevenção contra 12 infecção e restrições às visitas.

13 Realidade hospitalar - V 11. Também é sabido que a prática da Medicina envolve aplicação de medicamentos e de insumos de grande diversidade, fabricados no país e no exterior, passíveis de falsificação e contaminação na origem ou na distribuição, não obstante a fiscalização e liberação pela ANVISA, a exemplo de luvas cirúrgicas, fios de sutura, etc. 12. Mesmo que o hospital ofereça, em pacote único, serviços médicos e hotelaria (estrutura de apoio) cada qual dessas modalidades deverá ser objeto de análise distinta: os serviços, como responsabilidade subjetiva; a hotelaria, como responsabilidade objetiva, mas relativa, em caso de dano ao paciente. 13

14 Realidade Hospitalar VI 13. Se o hospital não pode impedir internações solicitadas por médicos estranhos ao seu quadro funcional/clínico, nem interferir na terapia, é temerário estabelecer presunção de solidariedade passiva hospital/médico. 14. Primeiro é necessário o exame da situação fática para detectar ou não relação de dependência, de preposição e/ou de comunhão de interesses em comando uno para se falar, então, em solidariedade passiva. RESUMO: O médico não manda no hospital. Nem o hospital manda no médico. A tendência Jurisprudencial é vincular o hospital nos casos de erro médico, por presunção de solidariedade, e o contrário quando não houver erro médico. 14

15 Realidade Hospitalar VII 15. Os hospitais podem ser: públicos (gratuitos); privados (com lucro); ou beneméritos (sem lucro). 16. O CDC (art. 3º, 2º) estabelece a remuneração como condição de serviço. 17. É absurdo pensar em responsabilidade diferente em razão de pagamento pelo paciente, entre hospital que visa lucro e hospital que não visa lucro. 18. Imagine-se a perplexidade do paciente: se o seu médico for particular é preciso apurar a culpa (responsabilidade subjetiva); mas se o mesmo médico for funcionário público dispensa-se apuração da culpa (responsabilidade objetiva)!!! 15

16 Realidade Hospitalar - Conclusão 19. Se o hospital não pode escolher doente, nem contrariar a terapia adotada pelo médico do paciente, é contraditório analisar a conduta do médico como responsabilidade subjetiva, e, sobre a mesma causa do dano, a simples existência da organização hospitalar, pelo ângulo objetivo absoluto. 20. É preciso examinar se o dano ao paciente decorre, exclusivamente, da atuação médica, ou das atribuições hospitalares (enfermagem, prevenção de contágio, segurança, etc.), ou de ambos. 21. Em resumo, entendemos que a responsabilidade hospitalar é objetiva, porém relativa, ou seja, ao réu cabe provar a ausência de conduta censurável comissiva ou omissiva, ou a impossibilidade de conduta diversa. O absurdo maior é pensar que internação hospitalar 16 significa milagre obrigatório.

17 Atividade Profissional Médica Medicina, na prática, é resultado estatístico de experimentação técnico-científico (medicina por evidência ou por experiência clínica), diante da complexidade e enigma de cada ser humano, em reações que surpreendem e o torna sui generis, exigindo constantes adaptações. O sucesso se encontra no diagnóstico acertado e na sequente terapia possível, adequada ao prognóstico. Tudo isso redunda em falibilidade e certeza de que não se trata de ciência exata, gerando a convicção de que o exercício da Medicina envolve, como regra, obrigação de meios. Se assim não fosse, filhos de médicos não teriam doenças, não ficariam 17 velhos, nem morreriam.

18 Deveres do Médico perante o Paciente Dever de empenho (mais que simples meio ), nos termos dos Incisos II, V, VII e XIV, dos Princípios Fundamentais, e arts. 8º, 32, 33, 34, 36, 52, e 102, todos do CEM. Esse dever importa obrigação permanente de se atualizar para o exercício da profissão (Princípios, Inciso V, do CEM), sob pena de perda de uma chance de cura. A atividade médica tem característica de serviço público assistencial, tanto pelo humanismo como pela imposição legal de atendimento em casos de urgência e de emergência, e a gratuidade não altera os critérios 18 de responsabilização.

19 Conceito de empenho na Medicina Por obrigação de empenho, na Medicina, além da competência, há de se compreender o comprometimento do médico para com o paciente, em dever de dedicação para o bom resultado dos serviços prestados, interessando-se pelo paciente como se deste fosse parte integrante (mas sem perder a independência profissional e o equilíbrio emocional). Já a obrigação de meios se caracteriza pela utilização dos recursos disponíveis e adequados, mas sem preocupação pessoal do prestador de serviços com a sorte do destinatário, ou seja, resume-se na utilização desmotivada daquilo que serve ou permite 19 alcançar um fim.

20 Limites do empenho na Medicina O dever de empenho esbarra na recusa ou na falta de colaboração pelo paciente, e, ainda, nos limites econômicos e/ou burocráticos impostos na Medicina Pública e na Medicina Suplementar: a) Na Suplementar, os planos de saúde, com visão gerencial voltada para o lucro, estabelecem limites de atendimento ao paciente, de fornecimento de próteses e de medicamentos e, também, de exames para diagnósticos e terapias de alta complexidade. b) Na Medicina Pública o Estado cerceia o exercício da profissão com repasses insuficientes de recursos para o custeio do sistema, e avilta o pagamento dos honorários e serviços hospitalares. Esses fatores, somados, obstam o cumprimento 20 satisfatório do dever de empenho.

21 O empenho do Médico e o Princípio da Autonomia da Vontade No conflito entre o dever de empenho do médico e o direito de o paciente recusar o tratamento, no todo ou em parte, prevalece a vontade deste. O paternalismo que sempre norteou os Códigos de Ética na evolução da Medicina deixou de prevalecer com o advento da CF/88. Os princípios da autonomia da vontade, da liberdade e da dignidade vêm ganhando relevo, de modo a assegurar à pessoa humana o direito de exercer suas escolhas existenciais. Como contraponto desse entendimento, avulta em igual ou maior nível o dever do médico e o direito do paciente ao consentimento esclarecido. 21

22 Cirurgia plástica Cirurgia corretiva: obrigação de empenho. Cirurgia embelezadora: contrato duplo empenho e resultado. Sendo duplo, se o resultado não for razoavelmente satisfatório o valor dos honorários ajustado poderá ser revisto. Nos tribunais, a maioria das interpretações tem sido de que, na embelezadora, a obrigação é de resultado, diante da natureza do contrato: o médico e o paciente, livremente, contrataram um resultado de embelezamento, mesmo porque ninguém iria se submeter à cirurgia para piorar o 22 seu quadro de feiúra.

23 Cirurgia embelezadora Lógica da decisão judicial O paciente, ao procurar o cirurgião plástico, sabe o que quer. E o médico, após o exame, sabe o que pode. As vezes até pode, mas não deve porque os riscos superam os benefícios. De início, cumpre examinar se o paciente é daqueles que nunca se contenta consigo próprio, porque se portador de desvio psíquico for ao especialista deve encaminhá-lo. Mesmo que se trate de paciente equilibrado e que a cirurgia desejada possa ser bem sucedida, cumpre ao médico alertá-lo dos riscos de complicações e, após, 23 obter o seu consentimento, de modo comprovável.

24 Cirurgia plástica mal sucedida Em caso de insatisfação do paciente de cirurgia plástica voluntária, cabe ao cirurgião provar: a) Que examinou e constatou a plena possibilidade, com êxito, de realização da cirurgia contratada; b) Que a higidez mental e as condições pessoais do paciente permitiam a realização dessa cirurgia, com êxito, e que, ainda, o paciente foi alertado sobre eventuais complicações e deu o seu consentimento. c) Que, para realização da cirurgia, adotou a técnica e opções adequadas ao fim proposto; d) Que, por motivos alheios e supervenientes, imprevisíveis ou inafastáveis ou, ainda, culpa do paciente, o resultado desejado não pode ser atingido. 24

25 Jurisprudência estética imprudência e negligência Ementa: Se a deformação dos seios deve ser atribuída à flacidez da pele da autora, resta incólume a culpa do cirurgião. Assim, duas hipóteses merecem destaque. Primeira, o réu que, evidentemente, examinou os seios da autora percebeu a alegada flacidez da pele, ocultando esse fato da paciente, agindo com imprudência, pois como conceituado cirurgião que alega ser, devia prever o resultado indesejável da deformação apontada. Segunda, se não percebeu dita flacidez, agiu com negligência, outra modalidade de culpa. RT 713/125. Ap /7, 9ª CC do TJSP, Rel. 25 Des. Accioli Freire.

26 Estética (Negligência) Comentários A ementa é completa para o convencimento do acerto do julgamento. A condenação foi mantida com base na culpa verificada. Acrescente-se que, nas razões de decidir, cogitou-se da distinção entre cirurgia plástica corretiva ou apenas estética, para os efeitos de responsabilização, mas desprezada diante da prova da culpa do cirurgião. 26

27 Jurisprudência Cirurgia Embelezadora Inadequado comportamento pós-cirúrgico EMENTA: Malgrado se trate de cirurgia plástica, a cicatrização varia conforme a reação de cada organismo, de modo que eventual aparência em desconformidade com o esperado pela paciente não está abrangido pela denominada obrigação de resultado. Logo, a responsabilização do médico depende da prova de conduta culposa, circunstância ausente na espécie, pois o conjunto probatório revela a adoção de técnica correta e, ainda, inadequado comportamento 27 pós-cirúrgico da autora.

28 Comportamento inadequado - Comentários O Relator, após registrar que, segundo doutrina, a álea está presente em toda intervenção cirúrgica, e que disso a paciente foi alertada, conclui: extrai-se do conjunto probatório que o método utilizado pelo requerido foi apropriado, bem como a inexistência de imperícia, imprudência ou negligência, que a autora ficou 5 meses sem comparecer no consultório do apelado, e que o laudo pericial informa que, O acompanhamento pós-operatório é importante para a orientação da recuperação pós-cirúrgica. 10ª Câm. Cív. TJPR Rel. Vitor Roberto Silva. v.u RT 892/

29 Cirurgia ou tratamento odontológico mal sucedido Os mesmos critérios lógico-jurídicos aplicáveis à cirurgia plástica aplicam-se, igualmente, aos casos de insatisfação do paciente na odontologia. 29

30 Responsabilidade na Anestesia Obrigação de meios ou de resultado? Na cirurgia de emergência contrato de meios. Na cirurgia eletiva interpretação ainda não assentada se de meios ou de resultado, diante da liberdade de o anestesiologista escolher o anestésico e a dosagem. Obs: - Os testes prévios de reação alérgica nem sempre são recomendáveis e, às vezes, são contra indicados. A experimentação prévia em anestesia por inalação é irracional. 30

31 Jurisprudência Anestesia: contrato de meios Ementa: Não configura responsabilidade do médico, o fato de após cirurgia com anestesia raquidiana, o paciente perceber que seu membro superior esquerdo não voltava ao normal, com dores e choques, tendo em vista que, conforme laudo oficial e parecer do Conselho Regional de Medicina, não houve erro médico na aplicação da anestesia. RT 803/369. Ap /2001, 17ª CC do TJRJ, Rel. Des. Severiano Aragão. Sentença de Dra. Teresa de Andrade Castro Neves Nogueira. 31

32 Anestesia - Comentários Os julgadores entenderam que não obstante a paciente ter ficado com sequelas, em razão da anestesia, não houve erro médico e por isso julgaram improcedente o pedido indenizatório. Nesse julgamento o perito criticou a conduta do anestesiologista porque este contrariou a vontade da paciente que não queria anestesia raquidiana. Mas o fato condutor do julgamento foi a ausência de erro médico, e, não, eventual falta ética. 32

33 O juiz e a aplicação da lei Na prática, Direito é aquilo que o juiz diz ser ao impor a melhor solução, cotejando o discurso das partes, em sentença fundamentada. Nos conflitos sobre saúde, o ideal é que o julgador, nesse quadro democrático, leve em conta as singularidades biológica e psíquica do paciente, os limites da Medicina, as circunstâncias de tempo e lugar, e as complicações que podem ocorrer na terapia. E que, ao fundamentar, atenda ao princípio supraconstitucional do art. 5º da Lei de Introdução ao CC: Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. 33

34 As Leis e a Hermenêutica A lei, para ser bem aplicada, deve ser interpretada. Apenas os arbitramentos legais, a exemplo de idade, quantidade, prazo, etc., devem ser aplicados literalmente, o máximo possível. O Prof. José de Albuquerque Rocha, no livro A Lei de Arbitragem, alerta: no Brasil há o hábito de tratar o Direito apenas do ponto de visto dogmático, estudando as normas com independência das realidades social, política, econômica, ideológica e cultural, como se estas fossem metajurídicas. Entendemos ser o Direito parte da sociedade na qual opera. O adequado entendimento exige o conhecimento da natureza da realidade social global. (Citação do Min. César Asfor Rocha. RE SP RT 785/189). 34

35 O Conselho Nacional de Justiça, o Direito e a Medicina O CNJ, em razão do grande número de demandas envolvendo assistência à saúde, e da conveniência de gestores públicos participarem previamente desses processos, baixou a Resolução nº 31, de 30 de março de 2010, com a ementa: Recomenda aos Tribunais a adoção de medidas visando melhor subsidiar os magistrados e demais operadores do direito, para assegurar maior eficiência na solução das demandas judiciais envolvendo a assistência à saúde. 35

36 O CNJ, o Juiz, os Tribunais e a Medicina A recomendação aos Tribunais aponta, dentre outras medidas: incluir Direito Sanitário nos concursos de ingresso na Magistratura e nos programas de aperfeiçoamento e em seminários com a participação de todos os operadores do direito e gestores da saúde; formalizar convênios para apoio médico e farmacêutico aos juízes; promover visitas dos magistrados aos Conselhos Municipais e Estaduais de Saúde e às unidades de saúde pública; evitar ordens de fornecimento de medicamentos não aprovados pela ANVISA, etc. 36

37 O QUE É DIREITO SANITÁRIO? Direito Sanitário é um novo estudo, multidisciplinar, focado no emprego do dinheiro público em prol da saúde da pessoa humana, e no aprofundamento da Ciência do Direito (responsabilização) e sua aplicação à Medicina. Isso importa especial atenção à singularidade do jurisdicionado, para o adequado cumprimento da CF/88, com observância dos princípios da legalidade, da publicidade, da igualdade, da impessoalidade, da moralidade, e da eficiência. 37

38 DIREITO SANITÁRIO - ESTUDO MULTIDISCIPLINAR As políticas sociais e econômicas e os serviços públicos voltados para a saúde (como quer a CF/88) perpassam, necessária e concomitantemente, por todas as disciplinas da Ciência do Direito e por todos os ramos da Ciência Médica. Por isso, podemos identificar Direito Constitucional Sanitário e Direito Administrativo Sanitário (em ambos, incluído Gestão Pública); Direito Ambiental Sanitário; Direito Penal Sanitário; Direito Empresarial Sanitário; Direito Civil Sanitário (incluído efetividade Direito processual) etc., porque todas as atividades públicas e privadas devem ser voltadas para o bem estar do ser humano. 38

39 Origem dos conflitos sobre saúde Aspiração (natural, mas ilógica) da pessoa humana ser jovem, forte, bela, importante e eterna, sem se lembrar que a luta contra o envelhecimento e morte é uma batalha perdida. Sistema capitalista (ótica do lucro e técnica de exploração do ser humano) seduzindo o consumidor com oferta de produtos que prometem felicidade física e psíquica, e endeusando um padrão visual de corpo. Limites não estabelecidos entre Medicina Pública e Medicina Privada e demagogia política acenando com 39 igualdade material e saúde integral à todos.

40 Aspectos psicológicos da relação Profissional Médico/Paciente Ninguém procura médico apenas para ser bem atendido. Mas, sim, para obter solução mágica e imediata ao seu problema de saúde. Pela visão do médico, seu dever é apenas o de prestar o melhor serviço. Pela visão do paciente a doença ou a insatisfação consigo próprio há de ser solucionada instantaneamente. A não satisfação a esse desejo resulta, via de regra, em ação judicial e/ou queixa ao CRM. 40

41 Resumo da origem dos conflitos individuais judiciais e/ou administrativos O médico exerceu a Medicina incorretamente. A expectativa do paciente era de resultado acima das possibilidades da Medicina. O médico exerceu a Medicina corretamente, mas sem boa relação (pouca atenção às queixas; insuficiência de advertência para a obtenção de consentimento esclarecido comunicação não é o que você diz, mas o que o outro entende David Ogilvy ). Terceiro (hospital, laboratório, etc.) causou dano 41 ao paciente.

42 Erro Médico Erro de Diagnóstico Falta ética Erro médico conduta médica imprudente, negligente ou imperita ou com abuso de direito, da qual resulte dano material ou moral ao paciente. Erro de diagnóstico conduta médica regular, mas com dano ao paciente por equívoco justificável (não grosseiro) de diagnóstico, corroborado ou não por exames técnicos com falso positivo ou falso negativo. Falta ética - desrespeito ao CEM e Resoluções do CFM, com ou sem dano ao paciente. 42

43 Consequências do Ato Médico Ato Médico regular: Nenhuma consequência. Ato Médico irregular: a) Natureza administrativa (infração ao CEM e Resoluções). b) Natureza civil (dano material ou imaterial ao paciente). c) Natureza criminal (incursão em algum delito previsto. A condenação importa dever de indenizar). Decisões independentes: absolvição ou condenação em uma, ou duas, ou nas três esferas, ou absolvição numa e condenação em outras, ou vice-versa. 43

44 Responsabilidade Civil Subjetiva e Objetiva Subjetiva Culpa em sentido estrito (sem intenção, mas com imprudência, ou negligência, ou imperícia ou abuso do direito) ou dolo (com intenção). É princípio ético regra geral, universal: critério de análise da conduta humana para os efeitos de censura e/ou aprovação. É o exame do procedimento consciente do agente sob o princípio do crime/castigo, e/ou da boa ação/prêmio. Objetiva fundamentos: solidariedade social em situação em que a vítima não pode se defender (conduta afirmativa, boa-fé objetiva). É a preocupação com a vítima, como prioridade, para depois definir quem deva amparar ou indenizá-la. Mas é imprescindível a identificação do nexo causal, ou seja, do fato sem o 44 qual o dano não nasceria.

45 Responsabilidade subjetiva e objetiva Efeitos processuais ônus da prova Em sede de responsabilidade subjetiva a obrigação de indenizar dependerá da apuração da culpa. A pergunta é: a quem cabe fazer a prova? Em sede de responsabilidade objetiva absoluta a obrigação de indenizar ocorrerá independentemente da apuração da culpa. Mas o acusado poderá fazer prova de inexistência de nexo causal. Se a responsabilidade objetiva for relativa ao causador do dano caberá fazer prova para afastar a presunção de culpa: inexistência de nexo causal; culpa exclusiva ou concorrente da própria vítima; fato de terceiro imprevisível e inafastável; surgimento de lei nova, etc. 45

46 Modalidades de responsabilidade subjetiva Omissão voluntária (deixar de fazer, quando podia e deveria agir arts. 186, 927 do CC/2002). Negligência (fazer, mas com desprezo dos cuidados próprios arts. 186, 927 e 951 do CC, e art. 1º do CEM). Imprudência (afoiteza, ao invés de agir com Prudência: equilíbrio entre covardia e inconsequência arts. 186, 927 e 951 do CC/2002, e art. 1º do CEM). Imperícia (agir com imperfeição técnica art. 951 do CC/2002, e art. 1º do CEM). Abuso do Direito (exercê-lo com desprezo dos fins econômicos e sociais, da probidade e da boa-fé objetiva arts. 187, 421 e 422 do CC/2002, e arts. 35 e 40 do 46 CEM).

47 Responsabilidade Objetiva (Arts. 927, único, 932 e 933 do CC, e caput dos arts. 12 e 14, do CDC) Nas relações sociais, obriga o profissional e o fornecedor a se preocuparem, permanentemente, com a eficiência do serviço e do produto, com a segurança e a satisfação do consumidor. Nada de sorte ou azar, ou graças à Deus, ou se Deus quiser. A Doutrina e a Jurisprudência subdividem a responsabilidade objetiva em absoluta (sem pesquisa de culpa) e relativa (sob presunção de culpa). Será absoluta, quando grafada na lei independentemente de culpa. Será relativa quando os fatos danosos, pela sua natureza, permitirem produção de prova para demonstração da impossibilidade de resultado diverso. 47

48 A Medicina Clínica e a Responsabilidade Civil no CDC e no CC CDC Art. 14, 4º. A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa. Diz o CÓDIGO CIVIL (art. 951, complementando os arts. 948, 949 e 950 danos à pessoa) que a indenização será devida ao paciente (Saúde), na atividade profissional, quando os danos decorrem de negligência, imprudência ou imperícia. Responsabilização subjetiva, fato que exige a verificação da culpa). 48

49 Responsabilidade subjetiva do médico Se em nosso sistema legal o trabalho profissional sobre saúde está subordinado ao princípio da responsabilidade mediante apuração da culpa (art. 951 do CC/2002, e art. 14, 4º, do CDC), constitui erro grosseiro pensar que o exercício da Medicina implica risco de dano ao paciente, atraindo o conceito de responsabilidade objetiva previsto no parágrafo único do art. 927 do CC/2002. A prestação de serviços em matéria de saúde não é oferta no interesse do médico, mas, sim, necessidade contínua do paciente e da própria raça humana, e pode ser gratuita. 49

50 Exigência de apuração da culpa no CC e no CDC, na Medicina Clínica Os serviços médicos são prestados por profissionais liberais, mesmo quando se organizam em grupos ou empresas. Isso significa que se não restar provada a culpa pessoal do médico, no exercício da profissão, ele não poderá ser punido pelo CRM, nem pela Justiça. A lei manda verificar a culpa, o que afasta a presunção de culpa. 50

51 Informação e consentimento O CC proíbe que a pessoa humana extirpe órgão ou parte de seu corpo, salvo por exigência médica ou doação na forma da lei (art. 13); mas pode dele dispor, após sua morte, com objetivo altruístico ou científico (art. 14); também não pode ser constrangida à tratamento médico ou intervenção cirúrgica, se houver risco de vida (art. 15). O CDC (art. 6º) estabelece o dever de o fornecedor de bens e de serviços dar informações claras e completas sobre riscos à saúde. Também o CEM (art. 34) é nesse sentido, expressamente. Essas regras significam que não pode o profissional da medicina valer-se da especificidade do seu vocabulário técnico para ocultar do paciente as 51 possibilidades de insucesso.

52 Código de Ética Médica e Ciência do Direito Campos distintos de incidência Quando o conflito médico/paciente, ou médico/hospital, ou médico/médico é analisado no âmbito administrativo da Classe Médica o Código de Ética Médica e o Código de Processo Ético- Profissional são soberanos. Se necessário, aplicamse, supletivamente, os princípios e regras da Ciência do Direito. A Decisão Administrativa poderá ser reexaminada pelo Judiciário em caso de recurso alegando vício de forma ou abuso de direito. Entretanto, se o conflito é analisado e decidido pelo Poder Judiciário as regras aplicáveis são as da Ciência do Direito e, supletivamente, as regras do 52 Código de Ética Médica.

53 Obrigação de meio e de resultado Responsabilidade subjetiva e objetiva Esses conceitos destinam-se ao ônus da prova: verificação da culpa ou sua dispensa. Na responsabilidade subjetiva e/ou obrigação de meio a condenação do réu pende de comprovação de sua culpa. Na responsabilidade objetiva absoluta (risco integral) o autor deverá provar a extensão do dano e do nexo causal. Ao réu cabe fazer prova em contrário. Ainda na obrigação de resultado, porém objetiva relativa o réu poderá provar que o dano (descumprimento) decorreu de caso fortuito imprevisível e inafastável, ou força maior, ou culpa concomitante ou exclusiva da própria vítima. 53

54 Características das obrigações de resultado e de meio Quando o resultado almejado depende, predominantemente, das diligências do contratado (construtor, transportador, etc), o contrato é de fim. Quando o cumprimento do contrato depende de fatores que escapam da esfera de atuação do contratado (a exemplo das reações do corpo humano, na Medicina; do comportamento das pessoas envolvidas, na publicidade; do rendimento do discente, na pedagogia; do entendimento do julgador, na advocacia, etc), o contrato é de empenho (meio). 54

55 Finalidade Contratual: o resultado é a finalidade de toda atividade profissional: Na medicina, curar o paciente Resp. subjetiva. Na psicologia, eliminar o conflito íntimo do paciente - Responsabilidade subjetiva. Na advocacia, a vitória judicial Resp. subjetiva. Na pedagogia, o aprendizado do discente Responsabilidade subjetiva. Na publicidade, a difusão do produto, da imagem ou do nome, etc. Responsabilidade subjetiva. No transporte, entregar a pessoa ou a coisa no seu destino Responsabilidade objetiva. Na construção, findar a obra em condições segura 55 e conforme o projeto Responsabilidade objetiva.

56 Atividades complementares da Medicina Responsabilidade objetiva e/ou subjetiva Psicologia, Nutrição, Radiologia, Enfermagem, Paramédicos, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Veterinária Responsabilidade subjetiva. Laboratório de patologia e outros de diagnóstico por imagem Responsabilidade subjetiva. Laboratório de análise clínica Responsabilidade objetiva em relação ao resultado apontado. Laboratório industrial, farmácia comercial e/ou de manipulação, ótica, etc. Em relação ao conteúdo do produto e às informações ao consumidor: Responsabilidade objetiva. 56

57 Ônus da Prova na obrigação de meios Na obrigação de meios, em caso de insatisfação do contratante, compete a cada qual das partes fazer a prova ao seu alcance, para a demonstração da predominância de seu direito. Nas obrigações dessa natureza, a condenação do réu somente ocorrerá se restar provado que ele agiu com culpa, por negligência, imprudência, imperícia ou abuso de direito. É o princípio processual da culpa provada. 57

58 Ônus da Prova na obrigação de fim Na obrigação de resultado, em caso de insatisfação do contratante, compete ao contratado (construtor, transportador, etc.), provar a impossibilidade do cumprimento do contrato (culpa exclusiva da vítima, caso fortuito, força maior, fato de terceiro ou do produto, proibição legal, etc.), para se eximir da responsabilidade, afastando a presunção de culpa. É o princípio processual da culpa presumida (ou da responsabilidade sem culpa, se houver previsão 58 legal).

59 Resumo: litígio entre Médico e Paciente 1) Colisão de automóvel do médico com o automóvel do paciente. Danos materiais e pessoais em ambos. Responsabilidade extracontratual, subjetiva quem alegar culpa do outro atrai o dever de prová-la; 2) Lesão ou morte do paciente em razão de serviço médico: a) no juízo cível: Resp contratual, subjetiva O médico deverá provar o exato cumprimento de empenho; b) no juízo criminal (em serviço ou fora dele): o Ministério Público deverá provar o dolo ou a culpa do médico; 3) Demanda do médico contra o advogado e vice-versa, pela má atuação profissional: o demandado (réu) deverá provar o cumprimento do contrato de empenho. 4) Ninguém é obrigado a fazer prova negativa. 59

60 Regra Processual Civil (Arts. 2º, 3º e 333 do CPC) I Compete ao Judiciário decidir os conflitos dos interesses individuais ou coletivos. II O processo civil se desenvolve mediante interesse (ofensa injusta tolerância) e impulso formal do legitimado interessado. III Incumbe ao autor provar o fato constitutivo do seu direito. IV Incumbe ao réu provar a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. V O juiz é o destinatário da prova. 60

61 O JUIZ E OS PRINCÍPIOS PROCESSUAIS No processo civil impera o princípio processual da verdade formal (revelia, aparência, presunções, princípios processuais, etc). Mas o juiz pode ordenar a inversão do ônus da prova, ou adotar esse princípio como regra de julgamento, no momento de decidir, assim como aplicar as regras da experiência comum do cotidiano (art. 335-CPC). No processo penal impera o princípio processual da verdade real, observando: defensor dativo ao revel ou hipossuficiente; confissão coerente; e absolvição na dúvida. A sentença condenatória é título indenizatório mínimo, em favor da vítima, para cumprimento na área cível. 61

62 O JUIZ E A PRODUÇÃO DE PROVAS No processo penal quem produz provas é o Ministério Público e o Réu (este, se quiser). No processo civil quem produz provas são os litigantes, querendo e por meio de seus advogados. O juiz apenas examina as provas existentes no processo e com base nelas decide o pedido das partes. Não obstante, pode e deve o juiz, com imparcialidade, interessar-se pela pesquisa dos fatos, para proferir a melhor decisão. A convicção (motivada) decorrerá do exame do conjunto probatório. 62

63 Atuação do Poder Judiciário O juiz não pode empatar a demanda cível. O processo é decidido a favor de uma das partes, exceto em caso de vício, defeito ou impossibilidade jurídica, quando, então, o processo será extinto com ou sem definição de mérito. No juízo cível, em cumprimento ao art. 130 do CPC, o juiz deve ordenar todas as diligências que se tornarem necessárias ao esclarecimento dos fatos controversos. No juízo penal o processo se desenvolve de acordo com os princípios Constitucionais da presunção de inocência e da ampla defesa. A condenação somente ocorrerá se o julgador se convencer da culpabilidade e imputabilidade do acusado. 63

64 Os fatos e as regras processuais Nos conflitos individuais sobre saúde é mais fácil o médico provar o acerto de sua conduta profissional do que o paciente provar o erro. Ademais, a afirmação processual do médico de que cumpriu, corretamente, o dever de empenho se traduz por fato impeditivo e/ou extintivo do direito do autor. Ao levar para os autos as provas disponíveis e possíveis do cumprimento dessa obrigação de fazer o médico transfere ao paciente a obrigação de provar em contrário é o princípio da carga probatória dinâmica. 64

65 O Juiz e a Inversão do ônus da prova CPC, art. 130: Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias. CDC, art. 6º Direitos básicos do consumidor Inciso VIII: facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências. Obs: É necessário motivar a decisão. 65

66 Inversão do ônus da prova inadmissibilidade Em ações indenizatórias ajuizadas em face de médicos descabe a inversão do ônus da prova, tendo em consideração que nos termos do 4º, do art. 14 do CDC, os profissionais liberais somente serão responsabilizados pelos danos quando ficar demonstrada a ocorrência de culpa subjetiva, em quaisquer de suas modalidades (negligência, imprudência e imperícia). Embargos Infringentes /01-3º Grupo de CC do TJPR. Rel. Des. Milani de Moura RT 825/

67 Inversão de ônus - Comentários O pedido indenizatório foi julgado improcedente. A 6ª CC, por maioria e ao entendimento de que estava provada a culpa, reformou a decisão e condenou o médico a pagar R$ ,00 mais 5 salários até o paciente completar 65 anos de idade. O 3º Grupo de CC deu provimento a Embargos Infringentes para restabelecer a improcedência da ação, ao fundamento de falta de prova da culpa do médico e que, em se tratando de serviços médicos não pode ocorrer inversão do ônus da prova, ou seja, cabe ao 67 paciente provar a culpa do médico.

68 Resumo do ônus da prova: O médico deve levar para os autos todos os elementos de prova do exato cumprimento da obrigação de empenho. Mas esses elementos não são, necessariamente, documentais. O hospital deve levar para os autos a prova da regular hospedagem e do cumprimento das exigências legais relativas à prevenção e ao controle de infecções hospitalares, para afastar a presunção de culpa que tem contra si. Cumpridos os deveres acima, compete ao paciente reclamante fazer prova em contrário. Ao juiz, com base nos arts. 130 e 335 do CPC, cumpre ordenar as diligências de coleta de provas que resultem em convicção para o correto 68 julgamento, principalmente a pericial médica.

69 Jurisprudência perito não é julgador Ementa: A atividade médica é obrigação de meio, exigindo-se dos profissionais que se empenhem na busca de um resultado satisfatório ao paciente. Assim, só se pode considerar a hipótese da responsabilidade civil decorrente de erro médico quando da utilização de técnicas intoleradas pela dogmática da classe médica, ou se ficou constatada a falta de prudência ou zelo, mas não pelo simples emprego de técnica diversa do entendimento pericial. RT 810/382. EI nº , 3º GCC do TJRS. 69

70 Perito não é julgador - Comentários A ação foi julgada improcedente em primeiro grau e reformada pela 6ª CC, com voto vencido que a mantinha. Pelo provimento aos Embargos Infringentes, foi restaurada a improcedência da ação. A discussão travou-se em torno da perícia que divergiu da técnica aplicada pelo médico réu. Mas, pela prova contida nos autos, restou demonstrado que também a técnica adotada pelo réu é aceita pela comunidade médica. 70

71 Evolução no Direito Processual Pelo sistema processual engessado do quem alega, prova, da responsabilidade subjetiva, o médico ficava em seu consultório aguardando o paciente provar sua culpa. Por esse mesmo sistema, o paciente se acomodava aguardando o juiz condenar o hospital com base na responsabilidade objetiva. Por esses critérios, o advogado se preocupava apenas em saber qual das partes tinha o dever de fazer prova nos autos. Atualmente, o médico e o hospital devem levar para os autos os elementos disponíveis de prova do exato cumprimento do contrato de empenho, cabendo ao paciente fazer prova em contrário. (Teoria da dinâmica probatória). 71

72 Teoria Moderna de Processo Pela nova visão de processo civil, o interesse do juiz, como agente do Estado e em relação à produção de provas, destina-se a permitir boa, correta e justa decisão, de acordo com as regras do direito material preponderante. Com vistas a esse fim, justifica-se sua permanente intervenção no desenvolvimento das provas. O advogado não precisa se preocupar em saber qual das partes tem obrigação de fazer prova, mas, sim, de quais provas seu cliente dispõe e como levá-las ao processo, para o convencimento do julgador de que o seu constituinte tem melhor 72 razão, ou o direito que deva prevalecer.

73 RESUMO No processo moderno o interesse é tanto das partes como do juiz. É irrelevante se a controvérsia constitui obrigação de meio ou de resultado; se é contratual ou extracontratual; se a responsabilidade é subjetiva ou objetiva; se a decisão deve ser prolatada com base no Código Civil ou no Código de Defesa do Consumidor. Em quaisquer dos casos, as partes, por meio de seus advogados, devem levar para os autos os elementos de prova ao seu alcance, para 73 o convencimento do julgador.

74 Responsabilização dos Hospitais Como regra, o CDC (arts. 12 e 14) estabelece responsabilidade objetiva para as empresas fornecedoras de produtos e de serviços, e subjetiva, pessoal, na prestação de serviços por profissionais liberais. Os hospitais, além do cumprimento das regras de assepsia, estão subordinados ao CEM, não podem escolher doentes, e os médicos têm liberdade para internar e definir terapias (Princípios Fundamentais, Inciso XVI; Direito dos Médicos, Inciso VI). Essas situações, aparentemente conflituosas e excludentes, podem ensejar perplexidades e exigir maior atenção do julgador. 74

75 STJ - Responsabilidade hospitalar subjetiva 1 - A responsabilidade dos hospitais, no que tange à atuação técnico-profissional dos médicos que neles atuam ou a eles sejam ligados por convênio, é subjetiva, ou seja, dependente da comprovação de culpa dos prepostos, presumindo-se a dos preponentes. Nesse sentido são as normas dos arts. 159, 1521, III, e 1545 do Código Civil de 1916 e, atualmente, as dos arts. 186 e 951 do novo Código Civil, bem com a súmula STF (É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto.). 2 - Em razão disso, não se pode dar guarida à tese do acórdão de, arrimado nas provas colhidas, excluir, de modo expresso, a culpa dos médicos e, ao mesmo tempo, admitir a responsabilidade objetiva do hospital, para condená-lo a pagar indenização por morte de paciente. 75

76 STJ - Responsabilidade hospitalar subjetiva (Conclusão) 3 - O art. 14 do CDC, conforme melhor doutrina, não conflita com essa conclusão, dado que a responsabilidade objetiva, nele prevista para o prestador de serviços, no presente caso, o hospital, circunscreve-se apenas aos serviços única e exclusivamente relacionados com o estabelecimento empresarial propriamente dito, ou seja, aqueles que digam respeito à estadia do paciente (internação), instalações, equipamentos, serviços auxiliares (enfermagem, exames, radiologia), etc. e não aos serviços técnico-profissionais dos médicos que ali atuam, permanecendo estes na relação subjetiva de preposição (culpa). 4 - Recurso especial conhecido e provido para julgar improcedente o pedido. Resp SP 4ª T 76 STJ. Rel. Min. Fernando Gonçalves

77 Hospital Responsabilidade somente em caso de falha nos serviços ou contrato de seguro EMENTA: A responsabilidade do hospital somente tem espaço quando o dano decorrer de falha de serviços cuja atribuição é afeta única e exclusivamente ao hospital. Nas hipóteses de dano decorrente de falha técnica restrita ao profissional médico, mormente quando este não tem nenhum vínculo com o hospital seja de emprego ou de mera preposição não cabe atribuir ao nosocômio a obrigação de indenizar. Se, na ocorrência de dano impõe-se ao hospital que responda objetivamente pelos erros cometidos pelo médico, estar-se-á aceitando que o contrato firmado seja de resultado, pois se o médico não garante o resultado, o hospital garantirá. 77

78 Hospital - Responsabilidade somente em caso de falha nos serviços - final Isso leva ao seguinte absurdo: na hipótese de intervenção cirúrgica, ou o paciente sai curado ou será indenizado daí um contrato de resultado firmado às avessas da legislação. O cadastro que os hospitais normalmente mantém de médicos que utilizam suas instalações para a realização de cirurgias não é suficiente para caracterizar relação de subordinação entre médico e hospital. Na verdade, tal procedimento representa um mínimo de organização empresarial (STJ-2ª Seção, Resp , Min. João Otávio, ). In Theotônio Negrão, CC 2010, Saraiva, 29ª edição. 78

79 Jurisprudência contaminação no hospital Comissão de Controle de Infecção Hospitalar Ementa: Infecção hospitalar Recém-nascida contaminada por pseudomonas Inversão do ônus da prova determinada por anterior aresto Circunstâncias dos autos indicativas de que a contaminação se deu no interior da maternidade Inexistência de comissão de controle de infecção hospitalar, em desacordo com normas de regência do Ministério da Saúde Menor que teve como sequelas cicatrizes em seu dorso Danos morais e estéticos devidos à menor Danos morais indenizáveis aos pais Danos materiais que se resumem aos gastos com tratamentos e com a realização de cirurgias corretivas. 79

80 Contaminação - Comentários Aponta o Relator: 1) que Embora o laudo pericial não tenha sido conclusivo quanto à origem da infecção, [...] e Diante da inversão do ônus da prova, a vagueza do laudo favorece os autores, de modo que cabia à ré demonstrar e não o fez a perfeição do serviço prestado e a inexistência de vícios de segurança. 2) que a ré não alegou e muito menos demonstrou o cumprimento de norma [...] que exige a criação, em todos os hospitais, de Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. 4ª. Câm. Dir. Privado TJSP Rel. Francisco Loureiro v.u RT 889/

81 Ausência de nexo causal entre conduta médico-hospitalar e evento fatídico EMENTA: Morte de feto logo após a realização de parto natural Alegada falha no método adotado Inadmissibilidade Parturiente que já chegou ao hospital em trabalho de parto, impossibilitando a adoção de outro procedimento mesmo se fosse necessário Ausência de nexo causal entre a conduta médico-hospitalar e o evento fatídico. RT 888/345 1ª Câm. Cív. TJSE Rel. José Alves Neto

82 Nexo causal - Comentários A autora, 42 anos, deu entrada no Hospital com bebê prematuro já no canal vaginal, em período expulsivo. A criança nasceu com kg, de parto pélvico com manobras obstetrícias. Entendeu o juiz, e o Tribunal confirmou, que não houve negligência, e que se não tivesse o Hospital agido com o regular atendimento [...] a vida da autora correria grave risco. [...] Pela prova dos autos, demonstraram os réus a inexistência de dolo ou culpa que ensejasse a responsabilidade. [...] A morte do bebê se deu pelo somatório dos fatores referidos e não pela conduta médico-hospitalar. 82

83 Jurisprudência responsabilidade hospitalar objetiva constatação de erro. Ementa: O hospital que disponibiliza seus serviços, instalações, equipamentos e equipe médica ao paciente tem responsabilidade objetiva por danos resultantes de erro médico ali ocorrido, não importando o fato de inexistir vínculo de emprego entre a casa de saúde e os profissionais responsáveis pela conduta danoso art. 14, Lei 8.078/90. Ap , 2ª CC do TAMG, Rel. Juiz Edgard Penna Amorim (Diário do Judiciário de MG, 23/set/03, p. 32). 83

84 Constatação de erro - Comentários Na fundamentação do voto, o relator alega adotar a teoria da responsabilidade absoluta, com base no CDC. Não obstante, aponta o erro médico ocorrido, nas modalidades de imprudência, negligência e imperícia, com responsabilização solidária do hospital, ao pressuposto de que os médicos são seus prepostos, já que o paciente procurou o hospital e não os médicos. 84

85 ERRO MÉDICO E SOLIDARIEDADE DO HOSPITAL ApCiv /3-00 5ª C. D. Privado TJSP Rel. Francisco Casconi RT 868/214 EMENTA: Médico anestesiologista que se afasta do leito cirúrgico para conversar com colega na porta da sala de cirurgia. Paciente que, em razão das sequelas, fica tetraplégica, cega, surda e muda. Negligência evidenciada. Responsabilidade do médico e também do hospital, em razão do procedimento de seu preposto. Ação procedente. Sentença mantida. 85

86 Preposto Comentários O fundamento é a culpa do anestesiologista e, por ser preposto do hospital, a solidariedade. Expõe o Relator: provas documentais, pericial e oral evidenciam a existência de falha e deficiência no atendimento da autora, flagrante conduta negligente do médico anestesiologista que deixou de monitorar os batimentos cardíacos da paciente, afastando-se indevidamente da cabeceira do leito cirúrgico para conversar com colega de profissão na porta do local, os quais vieram a realizar as manobras para reanimá-la quando provocados pelo alarme do monitor porém, quando já era tarde para reverter a anoxia cerebral. [...] confirmados a existência de conduta negligente por parte desse profissional e o nexo causal aptos a configurar o dever de satisfazer o dano suportado pela autora, também de responsabilidade do hospital em 86 razão de proceder de seu preposto....

87 Anestesia homicídio e concussão EMENTA: Pratica o crime de homicídio culposo o médico anestesista que se omite dos cuidados necessários após a prática de cirurgia, deixando de acompanhar a evolução do quadro da paciente anestesiada, vindo a falta daqueles cuidados causar a morte da vítima. A exigência efetuada pelo anestesista do pagamento de honorários, ainda que feita por intermédio de terceiro, para atender à paciente a quem estava assegurada a gratuidade integral da assistência à saúde, caracteriza o delito de concussão. 87

88 Concussão - Comentários O médico foi absolvido pelo juiz da 3ª V.Crim de Maringá-PR. Mas condenado pela 2ª C.Crim do TJPR à pena de 1 ano e 9 meses de detenção, pelo homicídio, e, 2 anos e 8 meses de reclusão, pela concussão, ao fundamento de culpa por ter sedado, mas não ter acompanhado o restabelecimento da paciente. E, ainda, ter feito exigência de honorários, por meio de enfermeira, de paciente atendida pelo SUS. Ap. Criminal , 2ª C. Crim do TJPR. Rel. Des. Gil Trotta Telles RT 825/

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