Pessoa de 12 anos completos até 18 anos de idade. Adolescente
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- Patrícia Giovana Bergmann
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2 LEGISLAÇÃO ESPECIAL Professor: Mateus Silveira 1. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Com a finalidade de proteger a infância, o ECA se filia à TEORIA DA PROTEÇÃO INTEGRAL. A CF/88 optou por deixar expressos os direitos assegurados à criança e ao adolescente no art O mencionado artigo da CF, é desdobrado nos arts. 4º e 5º do ECA. Por meio destes artigos identificamos os sujeitos que contemplam a referida teoria da proteção integral e que são os seguintes: (família, comunidade, sociedade em geral e o próprio Poder Público), portanto, para que se alcance a almejada proteção integral dos direitos, será necessária uma ação conjunta de todos estes personagens. Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Parágrafo único. Nos casos expressos em Lei, aplica-se excepcionalmente este estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. Pessoa do seu nascimento até 12 anos incompletos. Pessoa de 12 anos completos até 18 anos de idade. Pessoa de 15 anos a 29 anos de idade, segundo a Lei nº /13. Criança Adolescente Jovens Aos adolescentes de 15 anos a 18 anos de idade se aplica o ECA e excepcionalmente a Lei nº /13 quando esta não conflitar com as normas de proteção ao adolescente. Atenção: Aplica-se o ECA de modo excepcional às pessoas de 18 anos a 21 anos de idade.
3 O Estatuto identifica a existência das seguintes famílias: Família natural: é a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes, esta por certo deverá ser a regra, priorizando pela sua manutenção. Família extensa ou ampliada: aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade. Família substituta: que ocorre mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável prestará compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo mediante termo nos autos. Observa se a ausência desta exigência frente ao instituto da adoção. Isto se justifica pelo fato de que a adoção possui caráter definitivo. Guarda Obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente. A guarda confere ao seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. A guarda tem como objeto a regularização da posse de fato. Tutela É a representação legal, ou seja, visa suprir a carência de representação legal da criança ou adolescente. A ADOÇÃO é medida excepcional e irrevogável. Como regra geral a adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva, porém em se tratando de adoção póstuma, os efeitos retroagirão à data do óbito. A justificativa para tanto está em garantir ao adotado os direitos sucessórios. A natureza jurídica da adoção é constitutiva. A morte dos adotantes não restabelece o poder familiar dos pais naturais. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido (art. 40), salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes. Isto significa dizer que o estatuto poderá regular a adoção de um sujeito com mais de 18 anos, para tanto, deverá ser observado o respectivo preceito.
4 O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após completar 18 (dezoito) anos, não que isto possa resultar num eventual cancelamento futuro da adoção até porque esta é irrevogável (art. 48). Considera -se adoção internacional aquela na qual a pessoa ou casal postulante é residente ou domiciliado fora do Brasil, conforme previsto no art. 2º da Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, aprovada pelo Decreto Legislativo n. 1, de 14 de janeiro de 1999, e promulgada pelo Decreto n , de 21 de junho de Antes de transitada em julgado a decisão que concedeu a adoção internacional (arts. 51 e Música para os conceitos de criança e 52 do ECA), não será permitida a saída do adotando adolescente: do território nacional. Melodia: Como pode um peixe vivo. Crianças e adolescentes não praticam Criança menos de 12. crime, mas atos infracionais. Se a criança praticar A medida é protetiva. um ato infracional a ela será aplicada uma medida de Criança menos de 12. proteção (art. 101 do ECA), se o adolescente cometer A medida é protetiva. um ato infracional será aplicado-lhe uma medida Já de 12 até 18, já de 12 até 18. socieducativa (art. 112 do ECA). A medida aplicada é a socieducativa. Quanto a imputabilidade penal, diversas são as leis que sinalizam a INIMPUTABILIDADE do menor de 18 anos, a exemplo: CF, art. 228; o ECA, art. 104; e o art. 27 do Código Penal, todas conversando no mesmo sentido. 1.1 Da Autorização para Viajar Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da comarca onde reside, desacompanhada dos pais ou responsável, sem expressa autorização judicial. 1º A autorização não será exigida quando:
5 a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança, se na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma região metropolitana; b) a criança estiver acompanhada: 1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o parentesco; 2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável. 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável, conceder autorização válida por dois anos. Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é dispensável, se a criança ou adolescente: I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável; II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro através de documento com firma reconhecida. Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma criança ou adolescente nascido em território nacional poderá sair do País em companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior. 1.2 Das Medidas de Proteção Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta lei forem ameaçados ou violados: I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável; III - em razão de sua conduta. Art Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas: I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante, termo de responsabilidade; II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;
6 III - matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental; IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família, da criança e do adolescente; V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; VII - acolhimento institucional; (Inciso com redação dada pela Lei nº , de 3/8/2009) VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar; (Inciso com redação dada pela Lei nº , de 3/8/2009) IX - colocação em família substituta. (Inciso acrescido pela Lei nº , de 3/8/2009) 7º O acolhimento familiar ou institucional ocorrerá no local mais próximo à residência dos pais ou do responsável e, como parte do processo de reintegração familiar, sempre que identificada a necessidade, a família de origem será incluída em programas oficiais de orientação, de apoio e de promoção social, sendo facilitado e estimulado o contato com a criança ou com o adolescente acolhido. (Parágrafo acrescido pela Lei nº , de 3/8/2009) 8º Verificada a possibilidade de reintegração familiar, o responsável pelo programa de acolhimento familiar ou institucional fará imediata comunicação à autoridade judiciária, que dará vista ao Ministério Público, pelo prazo de 5 (cinco) dias, decidindo em igual prazo. (Parágrafo acrescido pela Lei nº , de 3/8/2009) 1.3 Conselho Tutelar Art O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta lei. Art Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para
7 mandato de 4 (quatro) anos, permitida 1 (uma) recondução, mediante novo processo de escolha. (Artigo com redação dada pela Lei nº , de 25/7/2012) Conselho Tutelar, ainda que alvo de muitas críticas por parte da sociedade, assume papel importante e decisivo nas proposições que o ECA busca. É órgão vital a assegurar a efetivação dos direitos e garantias dos direitos da criança e do adolescente. Depreende se do art. 131, da Lei n /90 que o CT é órgão permanente e autônomo e não jurisdicional. Órgão Permanente Uma vez criado, não mais desaparece. Autônomo Toma decisões sem interferência de qualquer outro órgão ou poder. Não Jurisdicional Não pertence ao Poder Judiciário e não exerce suas funções. O Conselho Tutelar é órgão da Administração Pública municipal e instituído pelo legislador federal. Portanto, caberá ao município dispor através de lei orçamentária municipal previsão dos recursos necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar. Requisitos para ser Conselheiro Tutelar: reconhecida idoneidade moral; idade superior a vinte e um anos e residir no município. O exercício efetivo da função de conselheiro constituirá serviço público relevante. Sendo assim, o conselheiro tutelar será considerado como um agente público. O ECA, no art. 135, lhe assegura até mesmo prisão especial, em caso de crime comum, até o julgamento definitivo. Pode ser compatibilizado com outra atividade segundo o art. 37, XVI, da CF. 2. APRESENTAÇÃO E USO DE DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO PESSOAL Art. 1º A nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma pessoa jurídica, de direito público ou de direito privado, é lícito reter qualquer documento de identificação pessoal, ainda que apresentado por fotocópia autenticada ou pública-forma, inclusive comprovante de quitação com o serviço militar, título de eleitor, carteira profissional, certidão de registro de nascimento, certidão de casamento, comprovante de naturalização e carteira de identidade de estrangeiro.
8 Art. 2º Quando, para a realização de determinado ato, for exigida a apresentação de documento de identificação, a pessoa que fizer a exigência fará extrair, no prazo de até 5 (cinco) dias, os dados que interessarem devolvendo em seguida o documento ao seu exibidor. 3. POLÍTICA NACIONAL DE ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO DE PESSOAS Art. 1º A Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas tem por finalidade estabelecer princípios, diretrizes e ações de prevenção e repressão ao tráfico de pessoas e de atenção às vítimas, conforme as normas e instrumentos nacionais e internacionais de direitos humanos e a legislação pátria. Art. 2º Para os efeitos desta Política, adota-se a expressão tráfico de pessoas conforme o Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional Relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em especial Mulheres e Crianças, que a define como o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração. A exploração incluirá, no mínimo, a exploração da prostituição de outrem ou outras formas de exploração sexual, o trabalho ou serviços forçados, escravatura ou práticas similares à escravatura, a servidão ou a remoção de órgãos. Art. 3º São princípios norteadores da Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas: I - respeito à dignidade da pessoa humana; II - não-discriminação por motivo de gênero, orientação sexual, origem étnica ou social, procedência, nacionalidade, atuação profissional, raça, religião, faixa etária, situação migratória ou outro status; III - proteção e assistência integral às vítimas diretas e indiretas, independentemente de nacionalidade e de colaboração em processos judiciais; IV - promoção e garantia da cidadania e dos direitos humanos.
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