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2 2 1808: O novo descobrimento do Brasil história, artes, ciência e literatura. Saulo Álvaro de Mello 1 - UFGD sauloamello@yahoo.com.br O Sistema Colonial se insere num conjunto de relações entre metrópoles e suas colônias. No século XVI, assume uma forma mercantil de colonização. As relações coloniais podem ser apreendidas em dois níveis: a legislação ultramarina e a circulação entre as metrópoles. A primeira, disciplina essas relações 2. A legislação ultramarina portuguesa proibia navios estrangeiros de guerra e mercantes nos portos brasileiros. Assim, o exclusivismo luso estaria garantido pelas normas legais, pois à margem do Pacto Colonial, o comércio pelas vias do contrabando era prática comum, o que obrigava a metrópole, em algumas ocasiões, afrouxar suas próprias determinações. Essa tolerância era até incentivada pela coroa, como demonstra as Instruções recebidas por Luiz de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres, quando foi nomeado Capitão- General da Capitania de Mato Grosso, a 13 de agosto de 1771, conforme Gilberto Freyre: [...] de sorte que por mais que trabalhe o governo de Castela a vedar a comunicação entre eles e nós, acham sempre aqueles povos mais utilidade e maior vantagem em nos comunicar, do que em obedecer às leis que o proíbem, e que vivam na inteligência de que no caso de serem oprimidos, acharão nos domínios de sua majestade uma recepção certa e um asilo seguro 3. Para Wehling e Wehling, (1994) a literalidade do termo Pacto Colonial não corresponde à realidade, uma vez que pacto pressupõe uma negociação entre as partes. No caso Brasil-Portugal não houve um acordo; o que ocorreu foi uma [...] imposição unilateral de uma prática econômica cujo traço mais característico foi o monopólio do comércio 4. 1 Mestrando - UFGD 2 NOVAIS, Fernando Antonio. Estrutura e dinâmica do Antigo Sistema Colonial (séculos XV XVIII). São Paulo: Brasiliense, FREYRE, Gilberto. Contribuição para uma sociologia da Biografia. Cuiabá: Fundação Cultural de Mato Grosso, p Wehling, Arno; Wehling, Maria Jose C. de. Formação do Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, p. 190.

3 3 Opiniões à parte são inegáveis que: A política colonial das potências visava, por isso, enquadrar a expansão colonizadora nos trilhos da política mercantilista: fazer com a relação entre os dois pólos do sistema (metrópole-colônia) se comportassem consoante o esquema tido como desejável 5. Para Wehling essa transferência resultou na falta de investimento local, pois: A colônia existiu para atender aos interesses da metrópole. Resultava daí uma permanente drenagem de rendas para o exterior, que reduziu ou anulou a capacidade de investimento local 6. Todavia, o monopólio colonial será como uma medula lesionada com a Abertura dos Portos em 1808, face aos acontecimentos que convulsionaram a Europa no período Napoleônico, e que obrigaram a Família Real Portuguesa e seu séqüito a buscar porto seguro no Brasil. Para Flora Medeiros Lahuerta, as invasões napoleônicas promoverão nas Colônias Ibéricas da América efeitos distintos. Enquanto na América espanhola vai provocar a fragmentação territorial e o surgimento de repúblicas independentes. No Brasil: [...] a vinda da corte para o Rio de Janeiro, em 1808, propicia um desenrolar de uma história muito peculiar, em que a independência se faz sob a égide de uma monarquia e com a manutenção da escravidão, após a transformação da periferia em centro com a presença da metrópole nos trópicos 7. Posição semelhante defende Carlos Guilherme Mota, quando a partir das imagens criadas sobre o Brasil, aguçaram o interesse de viajantes para o país, evidencia dois aspectos: ser a única monarquia da América em meio a numerosas repúblicas e ter mantido por mais tempo o escravismo 8. A restrição de acesso imposto pelos lusos aos portos brasileiros impossibilitava que viajantes estrangeiros explorassem, mesmo que cientificamente, as terras brasileiras. Nesse sentido a vinda da Família Real e seus acompanhantes [...] e naturalmente o convívio e 5 NOVAIS, op. cit. p op. cit. p LAHUERTA, Flora Medeiros. Viajantes e a construção de uma idéia no ocaso da colonização ( ). Revista Eletrônica de Geografia e Ciências Sociais. Barcelona, v. X, n. 218, p LISBOA, Karen Macknow. Olhares estrangeiros sobre o Brasil, p In: MOTA, Carlos Guilherme. (org.). Viagem Incompleta. A experiência Brasileira ( ). 2 ed. São Paulo: SENAC, p. 269.

4 4 trato forçado, de numerosos estrangeiros, nos ramos mais diversos de ocupação [...] (HOLANDA, 1997, v. 1, t.2, p. 11), vai possibilitar que viajantes explorem e estudem as riquezas naturais do Brasil e potencialidades humanas a partir da permissão aos portos brasileiros de navios estrangeiros, possibilitando um cosmopolitismo jamais conhecido pela Colônia. Ainda segundo Sergio Buarque de Holanda (1997) nunca o Brasil tornou-se tão atraente a aventureiros e exploradores das mais variadas nacionalidades, afinal: Aí esta um dos fatores do vivo interesse que, ainda em nossos dias podem suscitar os escritos e quadro de viajantes chegados do velho mundo entre o ano da vinda da corte e pelo menos, o do advento da Independência. De tão visto e sofrido por brasileiros, o país se tornara quase incapaz de excitá-los. Hão de ser homens de outras terras, emboabas de olho azul e língua travada, falando francês, inglês e principalmente alemão, os que vão incubir do novo descobrimento do Brasil 9. Esse novo descobrimento do Brasil de que trata o sociólogo Sergio Buarque de Holanda, nos remete a uma nova realidade quanto ao interesse pelo país na visão de estrangeiros, agora facilitado pela ação de D. João VI com a Abertura dos Portos. Antes de 1808, o Brasil - Colônia [...] se mantinha rigorosamente fechada a curiosidades dos povos mais adiantados [...] permaneceu o Brasil terra desconhecida de todos os países em que a pesquisa era alvo de atenção 10. Dessa forma o autor chama atenção para o atraso científico a que o Brasil estava submetido, pela proibição régia de acesso as nossas potencialidades. Entretanto o próprio autor parece exagerar quando afirma permaneceu o Brasil terra desconhecida, pois relata a presença de estrangeiros no Brasil na obra citada acima. Entre alguns dos estrangeiros que relataram o Brasil, citados por Holanda (1997), estão: Pero Vaz de Caminha, escrivão e cronista da frota cabralina, que narra as peculariedades do meio físico e o primeiro contato com o gentio; o alemão Hans Staden, que descreve os tupinambás no litoral de São Vicente em 1557 e os missionários franceses, trazidos ao Brasil por Nicolau Durand Villegaignon, André Thevet (As singularidades da 9 HOLANDA, Sergio Buarque. (org.). História Geral da Civilização Brasileira. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, v.1, t.2. p HOLANDA, Sergio Buarque. (org.). História Geral da Civilização Brasileira. A Época Colonial. Administração, Economia, Sociedade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, v.2, t. I. p. 161.

5 5 França Antártica 1557) e Jean de Léry (História de uma viagem à terra do Brasil 1578). As duas últimas obras descrevem a fauna e a flora brasileira e revelarão ao mundo nossas aves e mamíferos. Figura ainda, entre os viajantes citados, o Padre José de Anchieta que na Epístola Rerum Naturalium (Carta de Direito Natural), escrita em 1560, é o primeiro a dar notícia do tamanduá-bandeira, peixe-boi, porco-espinho e lontra, relatando ainda, o fenômeno da piracema, répteis, insetos e outras espécies. A respeito da Epístola de José de Anchieta, encontramos no Jornal Eletrônico Novo Milênio, interessante comentário: Examinada a Carta de 31 de maio por técnicos, altamente especializados, à luz de conhecimentos alcançados no século XX, arrepiam-se, por vezes, ante "enormidades em matéria de zoologia", sem estranhá-las, evidentemente, porque o Venerável nunca foi nem pretendeu ser naturalista ou zoólogo, podendo-se, contudo aceitá-lo como excelente observador, e até mesmo, bom zoógrafo e não medíocre geógrafo 11. Ainda entre os viajantes, Holanda (1997), destaca o português Pedro Magalhães Gandavo, que em 1576 descreve minuciosamente o peixe-boi, as baleias, araras e árvores frutíferas; Gabriel Soares Souza (Tratado descritivo do Brasil 1587), que fala sobre o litoral, usos e costumes dos gentios; Ambrósio F. Brandão (Diálogos das grandezas do Brasil); o jesuíta Fernão Cardins (Do clima e terra do Brasil 1625) e ainda os missionários católicos Claude d Abbeville (História dos padres capuchinos em ilhas do Maranhão e terras circunvizinhas 1614), Yves d Evreux (Síntese da história dos povos memoráveis no Maranhão 1613 a 1614) e, ainda, o capuchinho Frei Cristóvão de Lisboa (História dos animais e árvores do Maranhão 1624). Com base no interesse pela fauna e flora do Brasil, expresso nas obras dos viajantes, pode-se perceber que nossas espécies animais e vegetais eram desconhecidas em outros países. Ainda a respeito dos viajantes, Holanda, faz interessante observação: É óbvio que não iremos pedir a estes contribuições mais do que seriam capazes de dar os seus autores, homens de fácil credulidade e espírito demasiado cheio de conceitos para se atreverem a observar a natureza com a necessária isenção e objetividade JORNAL ELETRONICO NOVO MILENIO. Acessível em: acesso em 09 de novembro de 2007, 22 horas e 03 minutos. 12 HOLANDA, 1997, v. 1, t. 1. p. 166.

6 6 É evidente que tais estudos, os primeiros sobre a fauna e flora brasileira, foram realizados por pessoas sem a devida formação científica. Contudo foram capazes de revelar nossa rica biodiversidade. Durante o Brasil holandês, no governo de Maurício de Nassau, procurou este trazer para a América renomados cientistas, entre eles o pintor Frans Post; o médico Willen Pies; o Doutor em Medicina, Piso, e George Marcgrav, este último autor do primeiro estudo científico sobre o país, denominado História Natural do Brasil, trata da fauna e flora da região que os holandeses dominaram. Os estudos de Marcgrav estão compilados em oito livros, sendo que, nos três primeiros, ele trata de plantas e, nos seguintes, de peixes, aves, mamíferos, insetos, clima e indígenas sucessivamente. Quanto a Piso, Doutor em Medicina pela Universidade de Leyde, escreveu Medicina Brasiliense, obra composta de quatro livros. No primeiro, trata de aspectos geográficos. No segundo, de moléstias endêmicas. O terceiro discorre sobre venenos, e no quarto observa a aplicação de plantas medicinais na cura de doenças, fruto de suas experiências e ensinamentos indígenas. Com o fim do domínio holandês o Brasil colonial volta a obscuridade a que se vira sempre condenado nada menos de século e meio, sendo necessário para que em seu ambiente intelectual surgissem os primeiros indícios de uma nova era 13. O raiar do século XIX, traria para o Brasil grandes mudanças, sobretudo após os eventos de 1808, onde os limites impostos à presença estrangeira seriam revogados por decreto régio. A Europa conhecia o Brasil por meio das obras de Piso e Margrav, autores da História Natural do Brasil, de Acompanhando D. João ao Brasil, Frederico Luiz Guilherme de Varnhagen e o barão Wilhelm Von Eschwege, especialistas em siderurgia, instalaram no Vale do Rio Doce forjas catalãs e instituiu-se alvará, permitindo livre estabelecimento de fábricas e manufaturas no Brasil. Eschwege coloca em funcionamento a usina de ferro de propriedade da Sociedade Patriótica, em Congonhas do Campo (MG), promovendo a primeira corrida de gusa do País e consegue laminar aço em Itabira do Mato Dentro. O Barão Von Eschwege foi o fundador da Indústria Pesada, no Brasil. Sua principal publicação foi Pluto Brasiliensis (1833), em que descreveu a mineração na época colonial, e introduziu a geologia pré-cambriana no Brasil. Frederico Luiz Guilherme de Varnhagem é pai 13 Idem, p. 169.

7 7 de Francsico Adolfo de Varnhagem, que publicaram várias obras sobre a História do Brasil, entre elas: História geral do Brasil ( ) História das Lutas contra os Holandeses no Brasil de 1624 a 1654 (1871) A questão da capital: marítima ou no interior? (1877) História da Independência do Brasil (1916, póstuma). De acordo com Carlos Guilherme Mota, Entre os estrangeiros, a presença de ingleses é a mais expressiva, em decorrência dos privilégios comerciais que desfrutavam no Brasil, desde o Tratado de A manutenção e ampliação dos privilégios comerciais que os ingleses detinham lhes possibilitavam escoar parte de suas manufaturas: [...] Limitada internamente e no mercado europeu, a burguesia inglesa procurava garantir na América os mercados necessários a produção fabril, e age buscando substituir o antigo colonizador [Portugal] restaurando em proveito próprio, por meio de acordos diplomáticos e comerciais e modo unilateral, a prática do monopólio sobre os mercados 14. Encontramos posição semelhante em, Sergio Buarque de Holanda que escreve: Graças ao seu privilégio de livre acesso ao Brasil durante as guerras napoleônicas, foram os ingleses os primeiros a lançar publicações sobre nosso país 15. Entretanto, durante os séculos XVI a XVIII, foram editadas obras na Europa sobre nossas riquezas naturais e humanas, conforme já demonstrado. Entre os ingleses a lançar obras sobre o Brasil, encontramos: Henrique Koster e João Luccock que retrataram o Nordeste e o sul; Maria Grahan, que escreveu sobre sociologia e história e ainda João Mawe que deixou preciosos escritos sobre a exploração de ouro e diamantes. Destaca-se também o Francês Saint-Hilaire que entre 1816 e 1822 que percorreu o Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e a Cisplatina. Assim, como Carl Friedrich Philipp Von Martius e Joahan Baptist Von Spix da Expedição da Princesa Leopoldina que, juntos, percorreram quase dez mil quilômetros, com pesquisas nas áreas de Botânica, Etnografia, Etnologia e Lingüística. A indicação desses dois cientistas para acompanhar D. Leopoldina que viera da Áustria casar-se com D. Pedro I foi feita pelo Rei da Baviera. Chegaram ao Rio de Janeiro em 15 de junho de Von Martius é considerado o fundador da etnografia brasileira e D. Leopoldina, segundo Holanda (1997) tornou-se a grande protetora das artes e das ciências, enviando à 14 MATTOS, Ilmar de. Tempo Saquarema. São Paulo: HUCITEC, p HOLANDA, 1997, v.3, t.2, p. 121.

8 8 Europa amostras de minerais, plantas e espécies animais, sobretudo para o Museu de Arte Natural de Viena 16. Do material recolhido, os pesquisadores escreveram o livro Reise in Brasilien, editado em 1823 na cidade de Munchen (Alemanha), que em 1938 foi traduzido por Lúcia Furquim Lahmeyer com o nome de Viagem pelo Brasil, sendo também editado pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro em comemoração ao seu centenário. Das expedições que se tem notícia e que percorreram as terras mato-grossenses, podemos citar as de Grigory Ivanovitch Von Langsdorff ( ), que segundo seu desenhista Hercules Florence 17 percorreu quase 300 núcleos urbanos. Francis Castelnau 18, também registrou a expedição, segundo ele, percorreu a região de Mato Grosso através do Rio Paraguai: de Cuiabá até Forte Olimpo, no Paraguai. A expedição de Castelnau demonstra o interesse do Governo Brasileiro em conhecer a vasta região de Mato Grosso, suas vias navegáveis e estabelecer uma rota para a Província Mato-Grossense, via estuário do Prata 19. Para Valmir Batista Corrêa essas expedições estavam inseridas na corrida imperialista por regiões disponíveis, para que pudessem servir der base para suas pretensões expansionistas: A motivação dessa expedição, [Expedição Langsdorff] como as anteriores de Spix e Martius (1821), Saint-Hilaire (1822), e mesmo das que ocorreram durante todo o século XIX em várias partes do mundo, estava na busca do conhecimento da natureza, população e riquezas minerais de regiões disponíveis, tão necessário para a dominação e exploração pelas nações imperialistas emergentes do espólio deixado pelo processo de desagregação dos impérios coloniais 20. O Barão de Langsdorff, partindo do Rio de Janeiro e São Paulo, atravessou a Província de Mato Grosso até o Amazonas, conforme noticia Holanda: Cabe a Langsdorff a glória de haver sendo o primeiro naturalista europeu a atravessar com uma expedição científica os inóspitos e extensos sertões de Mato 16 Idem, ibidem. 17 FLORENCE, Hercules. Viagem fluvial do Tietê ao Amazonas de 1825 a Cultrix, CASTELNAU, Francis. Expedição às regiões centrais da América do Sul. São Paulo: Nacional, CORREA, Valmir Batista. Fronteira Oeste. Campo Grande: UFMS, Idem, p. 20.

9 9 Grosso, alcançando de lá, através de matas virgens desconhecidas, as bandas do Rio-mar Amazonas 21. A expedição Langsdorff, talvez seja a última grande expedição estrangeira da época que ainda hoje encerra algum mistério e cujo trabalho de análise e pesquisa ainda esta por ser feita 22. De fato, o catálogo do material coletado pela expedição, só foi publicado em 1973, pela Academia de Ciências da União Soviética, e traduzida para o Português por iniciativa da Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Para o historiador Valmir Batista Correa, a Rússia não deu importância ao material coletado pelo interior do Brasil, sobretudo em Mato Grosso, resultado da Expedição Langsdorff. No caso de Langsdorff, contrariando a tendência da época, a Rússia não aproveitou os resultados da expedição, que, além dos relatos, deixou disperso por museus Russos um acervo recolhido pelo interior do Império Brasileiro, com milhares de exemplares de plantas, amostras minerais, animais empalhados, objetos indígenas entre outros 23. Essa expedição foi organizada pelo próprio Langsdorff e financiada pelo Governo Imperial Russo, que tinha interesses comerciais no Brasil. Grigory Ivanivicth tinha boas relações com o Presidente da Sociedade Real Londrina, Joseph Banks e o Diretor do Jardim Botânico de Berlim, Karl Ludwig Wildenow que o ajudaram na expedição. Langsdorff comprou uma fazenda no Rio de Janeiro, denominada Mandioca, para onde trouxe colonos europeus e publicou uma brochura sobre o Brasil incentivando a vinda de imigrantes. Na sua fazenda pretendia construir telhas e fabricar sabão, uma novidade para a época. A expedição a Mato Grosso, partiu de Porto Feliz a 22 de junho de 1826, e a 9 de outubro, depois de ter percorrido quase dois mil quilômetros, chegou a Camapuã. Partiu em seguida para Albuquerque (Corumbá), lá chegando no dia 14 de dezembro do mesmo ano, onde coletou material e relato sobre os Guaná e Guató, seguindo para o Rio São Lourenço com direção a Villa Maria (Cáceres). De Villa Maria, no dia 10 de setembro, começaram a descida, em canoa, pelo Paraguai, com a finalidade de determinar as coordenadas geográficas 21 HOLANDA, 1997, v.3, t. 2. p BRASIL. MEC-SPHAN. Pró-Memória. A expedição científica de G.I. Langsdorff ao Brasil. Catálogo completo do material existente nos arquivos da União Soviética. Tradução e pesquisa Marcos Pinto Braga. Brasília: SPHAN, Fundação Pró Memória, CORREA, 1999, p

10 10 de uma construção piramidal, erguida em 1754 na fronteira do Brasil com a Bolívia, perto da desembocadura do Rio Jauru 24. O marco piramidal aludido é o Marco do Jauru, que fixava os limites entre as terras lusas e castelhanas, graças à assinatura do Tratado de Madri, em 1750, que estabelecia o uti possidetis. No que diz respeito a Mato Grosso versava o tratado: Artigo VII Desde a boca do Jauru pela parte ocidental prosseguindo a fronteira em linha reta até a margem Austral do rio Guaporé pela sua margem setentrional; com declaração que se os comissários que se hão de despachar para o regulamento dos confins nesta parte na face do país acharem entre os Rios Jauru e Guaporé outros rios ou balizas naturais [...] 25. O marco foi colocado no Rio Jauru no dia 18 de janeiro de 1754 e de acordo com Jaime Cortesão, é o único existente dos muitos monumentos semelhantes que, com grande trabalho, foram conduzidos até os lugares onde deviam assentar depois do Tratado do Pardo (1761) os espanhóis mandaram destruir todos os marcos que haviam sido colocados na Fronteira do Sul 26. Ainda sobre o Tratado de Madri e o Marco do Jauru, escreveu Virgilio Correa Filho: Assim foi que, diplomaticamente homologada a expansão bandeirante pelo Tratado de Limites de 1750, negociado pelo descortino pacifista de Alexandre de Gusmão, coube ao Sargento- Mor José Custódio de Sá e Farias, por parte de Portugal, e D. Manuel Antonio Flores, Capitão de Fragata e primeiro comissário espanhol a incumbência de chantarem na Foz do Jauru o marco de escolhida rocha lusitana, trazido de propósito para assinalar a Fronteira 27. O desenhista da expedição de Grigory Ivanovicth, Antonie Hercules Florence, no dia 11 de setembro de 1827, na boca do Rio Jauru, encontrou o referido marco e o descreveu: É a pirâmide quadrangular e tem 15 pés de alto, incluindo o pedestal e a cruz de pedra que a 24 BRASIL, MEC-SPHAN, 1981, p MENDES, Natalino F. Marco do Jauru. Cáceres: [S.n.], p Idem, p CORREA FILHO, Virgilio. Pantanais Matogrossenses. Devassamento e Ocupação. Rio de Janeiro: Conselho Nacional de Geografia, p.80.

11 11 coroa no lado N.54 O. [...] As duas coroas das armas de Espanha e Portugal estão mutiladas; pelo tempo ou pelos homens 28. A expedição de Grigory Ivanovicth chegaria até o Pará a 16 de setembro de 1828, quando o príncipe, já doente, acometido de maleita embarcou para o Rio de Janeiro. Sobre as condições em que encontrava a expedição e a saúde de Langsdorff, em meio à floresta amazônica, escreveu Hercules Florence: Por toda à parte viamo-nos cercado de nuvens desses malfazejos bichinhos, entrando-nos pelos olhos, nariz, orelhas e boca, nas horas de refeição. [...] Por vezes causaram-nos essa praga e a febre acessos de raiva e recriminações inconvenientes. [...] Continuaram muito doente os srs. Langsdorff e Rubzof. A fraqueza era tal que não podiam sair da rede: a perda do apetite completa. Os calafrios voltavam-lhes diariamente às mesmas horas. Precedendo acessos de febre de tal violência que nos faziam involuntariamente saltar gritos entrecortados e dar pulos de agitar as árvores, onde a rede, mosquiteiro e toldo estavam armados. Vi a folhagem dessas árvores, cujo tronco tinha uns 33 centímetros de diâmetro, tremer na altura de 40 palmos. Cada rede estava suspensa a duas delas 29. Os relatos de Florence revelam-nos as precariedades, perigos, moléstia, ataque de animais e toda sorte de infortúnios pelas quais passavam essas expedições, mas que tornaram conhecidas as mais remotas regiões do país. A viagem da expedição de Langsdorff pela província de Mato Grosso foi notável, quer pela sua complexidade, quer pela extensão do trajeto FLORENCE, 1977, p Idem, p BRASIL. MEC-IPHAN, 1981, p. 44.

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