INAPLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ÀS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

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1 INAPLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ÀS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR INAPLICABILIDADE DEL CÓDIGO DE LA DEFENSA DEL CONSUMIDOR A LAS ENTIDADES CERRADAS DEL PROVIDENCE COMPLEMENTARIO RESUMO Mércia Lopes Leite A Súmula 321 do STJ Superior Tribunal de Justiça estabelece que o Código de Defesa do Consumidor deve ser aplicado aos litígios entre participantes e entidades fechadas de previdência complementar. Esse dispositivo legal tem levantado controvérsias a respeito da existência de uma relação de consumo entre os participantes e estas entidades. As decisões judiciais em consonância com a súmula em referência despertaram a opinião de especialistas no assunto de previdência complementar, no sentido de argumentar a sua inaplicabilidade na resolução das demandas que envolvem matéria previdenciária. Neste sentido, buscar-se-á demonstrar que os litígios entre EFPC e seus participantes não podem ser solucionados à luz do Código de Defesa do Consumidor, tornando a Súmula 321 do STJ sem efeitos práticos. PALAVRAS-CHAVES: PALAVRAS-CHAVE: CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. APLICABILIDADE. ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. FUNDOS DE PENSÃO. RESUMEN Abreviación 321 del STJ - el Tribunal de Justicia superior establece que el código de la defensa del consumidor se debe aplicar a los pleitos entre los participantes y las entidades cerradas del providence complementario. Este dispositivo legal ha levantado controversias con respecto a la existencia de una relación de la consumición entre los participantes y estas entidades. Las oraciones de acuerdo con la abreviación en despertaram de la referencia la opinión de especialistas en el tema del providence complementario, en la dirección para discutir su inaplicabilidade en la resolución de las demandas que implican la sustancia del previdenciária. En esta dirección, una buscará para demostrar que los pleitos entre EFPC y sus participantes no se pueden solucionar a la luz del código de la defensa del consumidor, abreviación que se convierte 321 del STJ sin efecto práctico. Trabalho publicado nos Anais do XVII Congresso Nacional do CONPEDI, realizado em Brasília DF nos dias 20, 21 e 22 de novembro de

2 PALAVRAS-CLAVE: PALABRA-LLAVE: CÓDIGO DE LA DEFENSA DEL CONSUMIDOR. APLICABILIDAD. ENTIDADES CERRADAS DEL PROVIDENCE COMPLEMENTARIO. FONDO DE JUBILACIÓN. INTRODUÇÃO As entidades fechadas de previdência complementar representadas pelos Fundos de Pensão administram planos de benefícios previdenciários de grupos de trabalhadores de empresas filiadas a este sistema. Os benefícios oferecidos possuem um caráter complementar da renda percebida durante a atividade laboral e alguns são voltados ao pagamento de proventos em momentos de infortúnios como morte, doença e invalidez. Os Fundos de Pensão se caracterizam como formadores e acumuladores de poupança, oriunda das contribuições mensais depositadas por participantes ativos, assistidos e patrocinadores. A relação jurídica entre tais entidades e seus participantes é civil e previdenciária e os conflitos existentes são resolvidos à luz do Código Civil, uma vez que o contrato estabelecido é de adesão. Estudar-se-á a relação entre Fundos de Pensão e participantes com o objetivo de demonstrar a não adequação dos dispositivos constantes no Código de Defesa do Consumidor CDC nos litígios entre estas entidades e seus filiados. Serão respondidos alguns questionamentos, entre os quais se essas entidades podem ser caracterizadas como fornecedores de serviços mediante remuneração, conforme dispõe o CDC. As contribuições previdenciárias pagas pelos participantes como forma de manutenção do custeio dos planos de benefícios não podem ser enquadrados como preço ou remuneração, uma vez que a poupança acumulada será revertida em proveito dos próprios participantes e seus beneficiários. A importância do tema em estudo deve-se ao surgimento da Súmula 321 do STJ Superior Tribunal de Justiça que em seu conteúdo possui o seguinte teor: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável à relação jurídica entre a entidade de previdência privada e seus participantes. [1]. Desta forma, cabe ressaltar que o presente dispositivo vai de encontro com a finalidade precípua dos Fundos de Pensão, que é a administração de planos de benefícios, que garantirão a manutenção da renda percebida durante a atividade laboral de trabalhadores. 1958

3 1 OBJETIVOS DO TRABALHO O presente trabalho pretende demonstrar a inaplicabilidade da Súmula 321 do STJ Superior Tribunal de Justiça à relação entre entidades fechadas de previdência complementar e seus participantes. Buscar-se-á ilustrar a não existência de uma relação de consumo entre as partes, que, se existente, justificaria a aplicação do CDC Código de Defesa do Consumidor aos litígios. 2 METODOLOGIA O tipo de estudo escolhido foi o exploratório e o descritivo, coletando-se os recursos bibliográficos e abordando-se os conceitos de consumidor e fornecedor dispostos do CDC Código de Defesa do Consumidor. Para se chegar ao tema propriamente dito, definiu-se as entidades fechadas de previdência complementar e posteriormente assumiu-se o tema: Inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor às Entidades Fechadas de Previdência Complementar. 3 O CONCEITO DE ENTIDADE FECHADA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR Definem-se as Entidades Fechadas de Previdência Complementar Fechada EFPC como pessoas jurídicas de direito privado, que oferecem planos de benefícios destinados a grupos fechados de pessoas, ligadas por vínculo empregatício ou associativo. Nesta perspectiva, As entidades de Previdência Complementar Fechada possuem esta denominação por serem exclusivamente acessíveis a empregados ou associados de uma só empresa ou de um grupo de empresas, sociedades, entidades de classes, fundações ou associações, as quais são denominadas de patrocinadoras ou instituidoras, eis que são por estas criadas.[2] As EFPC ou Fundos de Pensão são organizados sob a forma de fundação ou sociedade civil e não possuem fins lucrativos. O objeto destas entidades é a administração de planos de benefícios de natureza previdenciária, não podendo prestar qualquer serviço diferente de sua finalidade. Os Fundos de Pensão representam hoje uma importante fonte de aplicação de recursos de participantes, os quais serão revertidos futuramente em benefícios de aposentadoria que garantirão a manutenção do mesmo padrão de vida dos trabalhadores em atividade laboral. As contribuições previdenciárias devem ser geridas de forma transparente e em conformidade com a legislação legal que estabelece controles internos para essas entidades, quais sejam: Lei Complementar nº 109/2001, o Decreto nº /2003 e a Resolução CGPC - Conselho de Gestão da Previdência Complementar n 13/2004. Os dirigentes e demais pessoas ligadas à gestão respondem por atos que 1959

4 possam colocar em risco os recursos acumulados, e que serão fonte de custeio para o pagamento de benefícios aos participantes e seus beneficiários. Os recursos financeiros acumulados neste seguimento totalizam cerca de 480 bilhões de reais[3] e estão se expandindo em decorrência dos rendimentos obtidos com as aplicações das contribuições pagas por participantes, assistidos e patrocinadores. Tais entidades são formadoras e acumuladoras de poupança, oriunda das contribuições depositadas por participantes ativos, assistidos e patrocinadores. Os seus ativos representam um sustentáculo no mercado imobiliário e de ações brasileiro, os quais alavancam outros segmentos, uma vez que oferecem financiamentos imobiliários, empréstimos pessoais e outras facilidades como benefícios aos seus filiados. Em face da grandeza dos recursos financeiros administrados e levando-se em consideração a longevidade de tais entidades, verifica-se que os Fundos de Pensão representam um forte instrumento de amparo social aos participantes e assistidos ao oferecerem auxílio em momentos como doença, morte, incapacidade laborativa dentre outros, além de serem impulsionadores da poupança interna do país. As Entidades Fechadas de Previdência Complementar ou Fundos de Pensão possuem particularidades específicas em sua organização e algumas características podem ser relacionadas: [4] 1ª) a entidade fechada de previdência privada é uma espécie do gênero entidade de previdência complementar. 2ª) a iniciativa de instituir e manter uma entidade fechada de previdência privada pode ser do patrocinador, quando se trata de entidade que administra planos de benefícios dos empregados de uma empresa ou de grupos de empresas, ou plano de benefícios acessíveis aos servidores federais, estaduais ou municipais; ou do instituidor, quando se trata de entidade que administra planos de benefícios acessíveis a membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial. 3ª) a entidade fechada de previdência privada é sempre uma pessoa jurídica de direito privado, ainda que o patrocinador seja pessoa jurídica de direito público. 4ª) as entidades fechadas de previdência privada são, obrigatoriamente, constituídas sob a forma de fundação ou de sociedade civil sem fins lucrativos. 5ª) as entidades fechadas de previdência privada não podem ter fins lucrativos. A finalidade não lucrativa da entidade fechada é obrigatória por força do disposto no 1º do art. 31 da Lei Complementar nº 109, de ª) o acesso aos planos de benefícios das entidades fechadas de previdência complementar é restrito a determinados grupos ou categorias de pessoas físicas, ou seja, empregados de uma empresa ou grupo de empresas, servidores públicos, membros de categorias profissionais, classistas ou setoriais. 1960

5 7ª) o objeto institucional das entidades fechadas de previdência complementar é, única e exclusivamente, a instituição e execução de planos de benefícios de caráter previdenciário. Das características citadas podem ser destacadas a ausência de finalidade lucrativa dessas instituições por força legal e o acesso restrito aos planos de benefícios, os quais são oferecidos a determinadas categorias ou grupos de empregados de uma empresa. A finalidade única e exclusiva de executar planos previdenciários exclui os Fundos de Pensão das regras de mercado dispostas no Código de Defesa do Consumidor, não cabendo enquadrá-los como fornecedores de serviços, uma vez que todas as contribuições arrecadadas pelos participantes e assistidos são revertidas em prol dos mesmos por meio da contraprestação de benefícios previdenciários. 4 A RELAÇÃO JURÍDICA CONTRATUAL PREVIDENCIÁRIA As relações jurídicas previdenciárias são regidas pelo Código Civil - CC, ou seja, as demandas judiciárias surgidas em desfavor dos Fundos de Pensão são resolvidas no âmbito do Direito Civil tendo em vista tratar-se de um contrato de adesão, em que as cláusulas são estipuladas pelo regulamento e estatuto da entidade. As partes serão representadas de um lado pelo participante ou assistido e no outro pólo estará a entidade. No contrato de adesão firmado entre os trabalhadores interessados em filiar-se a um plano de previdência complementar constarão cláusulas não negociáveis, as quais serão aceitas ou rejeitadas pelo contratante. Essa modalidade de contrato é definida no Código de Defesa do Consumidor em seu art. 54: Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo. 1 A inserção de cláusula no formulário não desfigura a natureza de adesão do contrato. 2 Nos contratos de adesão admite-se cláusula resolutória, desde que a alternativa, cabendo a escolha ao consumidor, ressalvando-se o disposto no 2 do artigo anterior. 3 Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, de modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor. 4 As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão.[5] 1961

6 No contrato de adesão não há que se falar em relação bilateral de vontade entre os contratantes, as cláusulas serão aceitas ou não pelo interessado em contratar. Não estão presentes as características do pacta sunt servanda, uma vez que o mesmo não será debatido, discutido ou modificado. Pode-se afirmar que a natureza jurídica das contribuições previdenciárias é de cunho privado, correspondendo a um prêmio de seguro ou reserva financeira. De acordo com Weintraub: A natureza jurídica da Previdência Privada está centrada na supletividade facultativa da Previdência Social, dentro do âmbito de proteção social. Podemos dizer que a relação jurídica previdenciária privada se desenvolve por meio de um contrato de trato sucessivo, aleatório e de adesão, caracterizando, em princípio, um mútuo securitário de consumo.[6] Desta forma, o vínculo existente entre as entidades, patrocinadores e participantes tem caráter civil-previdenciário. 5 A ABRANGÊNCIA DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E A SUA APLICABILIDADE ÀS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. Em dezembro de 2005 foi editada a Súmula 321 do STJ Superior Tribunal de Justiça que em seu conteúdo possui o seguinte teor: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável à relação jurídica entre a entidade de previdência privada e seus participantes. [7] O surgimento deste dispositivo teve como finalidade resolver as controvérsias entre as entidades de previdência complementar e seus participantes. A defesa do consumidor está inserida no texto da Carta Magna como princípio da Ordem Econômica, no art. 170, V, do Título VII Da Ordem Econômica e Financeira e as entidades de previdência complementar são mencionadas no mesmo diploma no art. 202, do Título VIII Da Ordem Social no âmbito da Ordem Social. Sendo assim, o Código de Defesa do Consumidor CDC veio tutelar as relações dos consumidores diante de fornecedores de produtos ou serviços, não alcançando desta forma, o Sistema Fechado de Previdência Complementar. Assim dispõe o art. 170, V e art. 202, caput da Constituição Federal: Art A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: V - defesa do consumidor; 1962

7 Art O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar.[8] A relação entre entidades fechadas de previdência complementar e participantes não se enquadra como relação de consumo, uma vez que o Código de Defesa do Consumidor CDC tem como objetivo tutelar as relações dos consumidores diante de fornecedores de produtos ou serviços. Os participantes das EFPC não se incluem na definição de consumidor. O art. 2º do CDC assim define o consumidor: Art. 2 Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.[9] O sentido de consumidor, caracteriza-se em nível de igualdade a pessoa física, a pessoa natural e também a pessoa jurídica. O participante que contrata um plano de previdência privada não está adquirindo um produto ou serviço como destinatário final, pelo contrário, as contribuições pagas ao longo de um determinado período serão revestidas em benefícios previdenciários futuros. Os Fundos de Pensão não se enquadram na definição de consumidor mesmo sendo prestadores de serviços previdenciários, tendo em vista que as contribuições depositadas nessas entidades não caracterizam uma remuneração. Os valores depositados pelos participantes são revertidos em benefícios assistenciais a longo prazo, como o pagamento de aposentadorias, pensões, dentre outros. O CDC em seu art. 3º assim define fornecedor: Art. 3 Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. 1 Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 2 Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.[10] A definição de fornecedor abrange uma gama de fornecedores, quais sejam: as pessoas jurídicas públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras, as sociedades, as fundações, sociedades de economia mista, as empresas públicas e autarquias. Os dispositivos legais acima citados não estão de encontro com a finalidade, natureza jurídica e objetivos das EFPC, excluindo-as do tratamento dado pelo Código de Defesa do Consumidor. 1963

8 As contribuições depositadas por participantes em favor das EFPC não se caracterizam como remuneração por serviços prestados, tendo-se em vista que os valores serão revertidos em benefícios previdenciários futuros. O patrimônio acumulado dessas entidades é destinado tão só e exclusivamente para garantir o saldamento dos pagamentos dos benefícios futuros aos seus assistidos, não possuindo nenhuma finalidade de comercialização. O art. 31 da Lei Complementar nº 109/2001 assim dispõe: Art. 31. (...) 1º As entidades fechadas organizar-se-ão sob a forma de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos. [11] Nesse contexto legal, verifica-se que a contribuição previdenciária possui somente o condão de se reverter em benefício previdenciário, não caracterizando qualquer forma de remuneração ou preço, com finalidade de comércio, conforme reza o art. 3º do CDC. Corrobora o art. 19, caput do mesmo dispositivo legal: As contribuições destinadas à constituição de reservas terão como finalidade prover o pagamento de benefícios de caráter previdenciário, observadas as especificidades previstas nesta Lei Complementar. [12] Portanto, serão revertidas em benefícios para os próprios participantes. À luz do 2º do art. 3º do CDC também não se verifica a aplicabilidade deste diploma legal às EFPC, uma vez que os planos de benefícios são destinados a grupos específicos de pessoas, e não a uma coletividade. Os planos de benefícios não são disponibilizados ao mercado, mas tão e somente à parcela restrita de participantes relacionada por meio do vínculo empregatício com o patrocinador, não objetivando qualquer forma de lucro. De acordo com João Paulo Rodrigues da Cunha: O benefício previdenciário tem dimensão monetária nuança fundamental no Direito Previdenciário. As mensalidades são valores pagos em dinheiro que, uma vez embolsado, é importância de propriedade do titular, podendo fazer o uso desejado. Sua concessão não resulta nem importa destruição imediata da sua própria substância, e sim a ser gasto, utilizado, como instrumento meio para aquisição de mercadoria ou produto. Nesse diapasão, verifica-se, grosso modo, a ação de direito processual onde esta é mero instrumento e não atributo ou qualificativo para a realização do direito material.[13] Neste sentido, o benefício previdenciário não pode ser enquadrado como um produto uma vez que o participante não se caracteriza como destinatário final de uma relação de consumo. Os valores depositados ao longo do tempo serão revertidos em favor dos participantes ou seus dependentes. Verifica-se, diante dos fatores que caracterizam uma relação de consumo, que a relação entre participantes e entidades fechadas de previdência complementar não se enquadra na proteção expressa pelo Código de Defesa do Consumidor. 1964

9 CONCLUSÃO Tomando-se como base a definição de consumidor e fornecedor, expressa no CDC e levando-se em consideração as características das entidades fechadas de previdência complementar, a natureza jurídica e objetivos denota-se a inaplicabilidade desta norma legal. De acordo com o art. 2º do CDC, os participantes não podem ser enquadrados como consumidores por não serem destinatários finais de produtos ou serviços. Será considerado consumidor: toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.[14] As normas que tutelam as relações de consumo não devem ser aplicadas na relação entre participantes e tais entidades. As EFPC possuem legislação própria que regula o seu funcionamento. A ausência de lucratividade isenta a característica de comercialização de planos de benefícios no mercado de consumo, uma vez que os mesmos são oferecidos a um grupo restrito de pessoas, conforme normas regulamentares e estatutárias dessas entidades. A finalidade do presente trabalho foi a de demonstrar o equívoco e inadequação da Súmula 321 do STJ, a qual reza que o Código de Defesa do Consumidor deverá ser aplicado nos litígios decorrentes de relações previdenciárias privadas. As recomendações da pesquisa é que o tema seja mais explorado por especialistas no assunto, com o objetivo de esclarecer aos julgadores que hoje utilizam a Súmula 321 do STJ como dispositivo não contestável, que a sua elaboração foi equivocada, não sendo condizente a natureza jurídica dos Fundos de Pensão. REFERÊNCIAS ASSPREVISITE. Revista Eletrônica Semanal. Resenha informativa de interesse para a gestão das EFPCs, jul Disponível em: < Acesso em: 16 abr BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de Disponível em: < Acesso em: 04 set

10 BRASÍL. Lei 8.078, de 11 de setembro de Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Disponível em: < Acesso em: 15 abr BRASIL. Lei Complementar n. 109, de 29 de maio de Dispõe sobre o Regime de Previdência Complementar e dá outras providências. Disponível em: < /ccivil/leis/lcp/lcp109.htm>. Acesso em: 04 set CUNHA, João Paulo Rodrigues. Inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor às Entidades Fechadas de Previdência Complementar. Disponível em: < >. Acesso em: 04 set DGI. Índice Fundamental do Direito. Súmulas do Superior Tribunal de Justiça. Disponível em: < j.htm>. Acesso em: 05 set REIS, Maria Lúcia Américo; BORGES, José Cassiano. Fundos de Pensão: Regime Jurídico Tributário da Poupança do Futuro. Rio de Janeiro: Esplanada, p., pág. 20. SILVA, João Carlos Pestana de Aguiar. Previdência complementar privada e fechada. Revista de Direito do Trabalho, São Paulo, v. 30, n. 114, p , abr./jun. 2004, pág WEINTRAUB, Arthur Bragança de Vasconcellos. Manual de Direito Previdenciário Privado. São Paulo, Juarez de Oliveira, p., pág. 71. [1] DGI. Índice Fundamental do Direito. Súmulas do Superior Tribunal de Justiça. Disponível em: < 1966

11 htm>. Acesso em: 05 set [2] SILVA, João Carlos Pestana de Aguiar. Previdência complementar privada e fechada. Revista de Direito do Trabalho, São Paulo, v. 30, n. 114, p , abr./jun. 2004, pág [3] ASSPREVISITE. Revista Eletrônica Semanal. Resenha informativa de interesse para a gestão das EFPCs, jul Disponível em: < Acesso em: 08 jul [4] REIS, Maria Lúcia Américo; BORGES, José Cassiano. Fundos de Pensão: Regime Jurídico Tributário da Poupança do Futuro. Rio de Janeiro: Esplanada, p., pág. 20. [5] BRASÍL. Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990, art. 54. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 12 set Disponível em: < Acesso em: 15 abr [6] WEINTRAUB, Arthur Bragança de Vasconcellos. Manual de Direito Previdenciário Privado. São Paulo, Juarez de Oliveira, p., pág. 71. [7] DGI. Índice Fundamental do Direito. Súmulas do Superior Tribunal de Justiça. Disponível em: < htm>. Acesso em: 05 set [8] BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, art. 170, V e 202, caput. Brasília, DF, 5 out Disponível em: < Acesso em: 04 set [9] BRASÍL. Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990, art. 2º. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 12 set Disponível em: Acesso em: 15 abr [10] Ibid., art. 3º. 1967

12 [11] BRASIL. Lei Complementar n. 109, de 29 de maio de 2001, art. 31. Dispõe sobre o Regime de Previdência Complementar e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 30 mai Disponível em: < /ccivil/leis/lcp/lcp109.htm>. Acesso em: 04 set [12] Ibid., art. 19, caput. [13] CUNHA, João Paulo Rodrigues. Inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor às Entidades Fechadas de Previdência Complementar. Disponível em: < >. Acesso em: 04 set [14] BRASÍL. Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990, art. 2º. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 12 set Disponível em: Acesso em: 15 abr

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