Boletimj. Manual de Procedimentos. Legislação Trabalhista e Previdenciária. Trabalhismo. IOB Setorial. IOB Perguntas e Respostas

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1 Boletimj Manual de Procedimentos Legislação Trabalhista e Previdenciária Fascículo N o 16/2014 // Trabalhismo Dispensa imotivada de empregado aposentado e a base de cálculo da multa rescisória do FGTS // IOB Setorial Contábil Exame de suficiência para contabilistas // IOB Perguntas e Respostas Empregado aposentado - Dispensa imotivada Aposentadoria espontânea - Contrato de trabalho - Extinção Multa rescisória do FGTS - Base de cálculo Veja nos Próximos Fascículos a Concessão e época de férias a Contribuição adicional ao Senai a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho

2 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Capa: Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Telefone: (11) (São Paulo) (Outras Localidades) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Legislação trabalhista e previdenciária : dispensa imotivada de empregado aposentado ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, (Coleção manual de procedimentos) ISBN Previdência social - Leis e legislação - Brasil 2. Trabalho - Leis e legislação - Brasil I. Série. CDU-34:368.4(81)(094) :331(81)(094) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Leis : Previdência social : Direito previdenciário 34:368.4(81)(094) 2. Leis trabalhistas : Brasil 34:331(81)(094) Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei n o 9.610, de , DOU de ). Impresso no Brasil Printed in Brazil Boletim IOB

3 Boletimj Manual de Procedimentos a Trabalhismo Dispensa imotivada de empregado aposentado e a base de cálculo da multa rescisória do FGTS SUMÁRIO 1. Introdução 2. Inconstitucionalidade do 2º do art. 453 da CLT 3. Direitos trabalhistas 4. Dispensa imotivada - Base de cálculo da multa de 40% do FGTS 5. Jurisprudência ficava obrigado a comunicar o fato à Previdência Social e teria suspensa a sua aposentadoria, passando a receber um abono. Ao desligar-se definitivamente da atividade, faria jus ao restabelecimento da aposentadoria suspensa, devidamente reajustada. Assim sendo, verifica-se que até a referida data ( ), a aposentadoria era, por força da legislação previdenciária, uma das formas de extinção do contrato de trabalho (arts. 10, 3º, e 12 da Lei nº 5.890/1973). 1. Introdução Uma dúvida muito comum verificada nas empresas diz respeito à base de cálculo da multa rescisória de 40% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) devida ao empregado que se aposentou na vigência do contrato de trabalho e é dispensado após a jubilação, sem justo motivo. O tema comportava entendimentos contraditórios tanto no âmbito doutrinário como no jurisprudencial. Até , a legislação previdenciária exigia para os empregados sujeitos ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como condição indispensável à concessão das aposentadorias por tempo de serviço, por velhice (atualmente, por idade) ou especial, o efetivo desligamento do emprego. Portanto, o benefício somente seria concedido após a comprovação da efetiva ruptura contratual. Caso o aposentado em gozo de qualquer uma das mencionadas aposentadorias retornasse à atividade, A rescisão contratual dos empregados que obtiverem a concessão de aposentadoria dependerá da vontade das partes, formalizada por meio de um pedido de demissão do empregado ou da comunicação, por parte do empregador, da dispensa sem justa causa Com o advento da Lei nº 8.213/1991 ( ), deixou de existir a exigência do desligamento, ou seja, a legislação previdenciária não impõe como condição para a concessão das aposentadorias por idade, tempo de contribuição ou especial o afastamento do trabalhador das suas atividades. Portanto, o empregado pode requerer e ter concedida a sua aposentadoria independentemente da ruptura do seu contrato de trabalho. Assim, conclui-se, a princípio, que a aposentação deixa de ser considerada uma das formas de extinção do contrato de trabalho. Nota Lembramos, por oportuno, que o segurado em gozo de aposentadoria especial que permanecer ou retornar ao exercício de atividade que o exponha a agentes nocivos prejudiciais à saúde ou à integridade física terá a sua aposentadoria automaticamente cessada a partir da data do retorno. 2. Inconstitucionalidade do 2º do art. 453 da CLT No âmbito trabalhista não há qualquer dispositivo legal expresso que determine que a concessão da Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/ Fascículo 16 CT16-01

4 aposentadoria em qualquer das suas espécies acarreta necessariamente a ruptura contratual, porém, a Lei nº 9.528/1997 acrescentou o 2º ao art. 453 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o qual estabelece: O ato de concessão de benefício de aposentadoria a empregado que não tiver completado trinta e cinco anos de serviço, se homem, ou trinta, se mulher, importa a extinção do vínculo empregatício. Observa-se que a exigência da ruptura do contrato de trabalho atinge apenas a aposentadoria proporcional por tempo de contribuição, inexistindo qualquer exigência em relação às aposentadorias por idade, especial ou tempo de contribuição integral. Ademais, o caput do mencionado art. 453 da CLT aborda a questão da contagem ou não do tempo de serviço trabalhado na empresa anteriormente à readmissão do empregado e não de ruptura contratual. O Tribunal Superior do Trabalho (TST), por meio da Orientação Jurisprudencial nº 177, entendia que a aposentadoria, quando espontânea, por si só acarretava a existência de um novo contrato de trabalho, tendo havido ou não a efetiva rescisão contratual, hipótese em que a multa de 40% seria calculada somente sobre os valores resultantes dos depósitos efetuados após a concessão do benefício previdenciário. O Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) nº , a qual questionava a constitucionalidade do 2º do art. 453 da CLT, na redação da Lei nº 9.528/1997, que dispunha sobre a obrigatoriedade da extinção automática do vínculo empregatício nos casos de concessão de aposentadoria proporcional aos trabalhadores em geral, conforme já mencionado, decidiu que a concessão de aposentadoria voluntária a empregado não implica automaticamente a extinção do vínculo empregatício Após o referido julgamento do STF, o TST cancelou a mencionada OJ nº 177. Portanto, após o julgamento da ADIn nº , a ocorrência ou não de rescisão contratual dos empregados que obtiverem a concessão da aposentadoria dependerá da vontade das partes, formalizada por meio de um pedido de demissão do empregado ou da comunicação, por parte do empregador, da dispensa sem justa causa, ou, ainda, de outras hipóteses de extinção contratual, com exceção da decorrente de aposentadoria voluntária. 3. Direitos trabalhistas Quanto aos direitos trabalhistas, nas hipóteses de extinção contratual mencionadas no item 2 (pedido de demissão ou dispensa sem justa causa), devem ser observadas as mesmas regras aplicáveis à rescisão do contrato de trabalho de empregado não aposentado. 4. Dispensa imotivada - Base de cálculo da multa de 40% do FGTS Tendo havido, após a aposentadoria do trabalhador, a continuidade da prestação de serviço e, posteriormente, a ruptura do contrato de trabalho sem motivo justo e por iniciativa do empregador, ao empregado será assegurado, entre outros direitos, o pagamento da multa rescisória correspondente a 40% do FGTS. O 2º do art. 102 da Constituição Federal estabelece: Art [...] 2º - As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. [...] Dessa forma, considerando que, no julgamento de mérito da ADIn nº , o STF decidiu que a concessão da aposentadoria espontânea a empregado não implica automaticamente a extinção do vínculo empregatício e que tal decisão tem efeito vinculante e erga omnes, não há que se falar em nascimento de outra relação empregatícia, quando o empregado permanece no mesmo emprego após a jubilação. Portanto, o período de vigência do contrato é uno, não podendo ser seccionado em tempo anterior e posterior à concessão da aposentadoria. Do exposto conclui-se que a base de cálculo da multa rescisória equivalente a 40% do FGTS, quando ocorre a rescisão imotivada do contrato de trabalho do empregado aposentado, por iniciativa do empregador, é o total dos depósitos efetuados durante toda a vigência do contrato de trabalho e não só os valores depositados após a aposentadoria, posto que, conforme já vimos, a concessão do benefício não acarreta a rescisão do contrato de trabalho e o nascimento de outra relação empregatícia CT Manual de Procedimentos - Abr/ Fascículo 16 - Boletim IOB

5 A mesma base de cálculo será observada se, quando da concessão da aposentadoria espontânea, o contrato de trabalho vier a ser rescindido pelo empregador e sem justo motivo. Ressaltamos, entretanto, a existência de decisões judiciais esparsas, em sentido contrário, ou seja, entendendo que a base de cálculo corresponde aos depósitos efetuados após a jubilação. Para maior compreensão do tema, reproduzimos no item 5 decisões do STF e do TST. 5. Jurisprudência 5.1 STF AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (1) PROCED.: DISTRITO FEDERAL RELATOR: MIN. CARLOS BRITTO REQTE.:... ADVDOS.:... REQTE.:... ADVDOS.:... REQTE.:... ADV.:... REQDO.:... REQDO.: CONGRESSO NACIONAL INTDO.(A/S):... A D V. (A/S):... Decisão: O Tribunal, por maioria, nos termos do voto do Relator, julgou procedente a ação, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, que a julgava improcedente. Votou a Presidente, Ministra Ellen Gracie. Ausente, justificadamente, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Falou pela amicus curiae,..., o Dr.... Plenário, AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (2) PROCED.: DISTRITO FEDERAL RELATOR: MIN. JOAQUIM BARBOSA REQTE.:... ADVDOS.:... REQTE.:... A D V.:... REQDO.: PRESIDENTE DA REPÚBLICA REQDO.: CONGRESSO NACIONAL Decisão: O Tribunal, por maioria, confirmada a medida liminar, nos termos do voto do Relator, não conheceu do pedido quanto ao artigo 11, e parágrafos, da Lei nº 9.528/1997, e declarou a inconstitucionalidade quanto ao 1º do artigo 453 da Consolidação das Leis do Trabalho, na redação dada pelo artigo 3º da mesma Lei nº 9.528/1997, vencido, em parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio, que dava a procedência em menor extensão. Votou a Presidente, Ministra Ellen Gracie. Ausente, justificadamente, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Plenário, Decisões do TST (...) 2- Aposentadoria espontânea - Multa de 40% do FGTS - Aviso Prévio - Em conformidade com a jurisprudência reiterada desta Corte, consubstanciada na OJ 361 da SDI-1, a aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho, sendo devido o pagamento da multa de 40% do FGTS e do aviso prévio indenizado por ocasião da dispensa imotivada. Dessarte, estando a decisão regional em conformidade com a OJ 361 da SDI-1 do TST, incide ao caso o óbice da Súmula 333 do TST e do art. 896, 4º, da CLT.(...) (TST - AIRR Relª Minª Dora Maria da Costa - DJe p. 2260) Recurso de Revista - Aposentadoria Espontânea - Multa de 40% do FGTS - Efeitos - OJ 361 da SBDI-1 Do TST - De acordo com a Orientação Jurisprudencial 361 da SDBI-1, a aposentadoria espontânea não extingue o contrato de trabalho se o empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação, razão pela qual, por ocasião da sua dispensa imotivada, tem ele direito à multa de 40% do FGTS sobre a totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral. Recurso de Revista não conhecido. (...). (TST - RR 249/ Rel. Min. Márcio Eurico Vitral Amaro - DJe p. 1648) (...) Aposentadoria Espontânea - Multa de 40% do FGTS - OJ 361 da SBDI-1 do TST - De acordo com a OJ 361 da SDBI-1, a aposentadoria espontânea não extingue o contrato de trabalho se o empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação, razão pela qual, por ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS sobre a totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral. Recurso de Revista conhecido e provido. (...). (TST - RR 1528/ Rel. Min. Márcio Eurico Vitral Amaro - DJe p. 834) Agravo de Instrumento - Recurso de Revista - Efeitos da Aposentadoria Espontânea - Multa de 40% do FGTS - A aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho, quando houver a continuidade da prestação de serviços. Devido o pagamento da multa de 40% sobre os depósitos do FGTS de todo o período trabalhado. OJ nº 361 da SBDI-1 do TST. Agravo de instrumento a que se nega provimento. (TST - AIRR Relª Minª Kátia Magalhães Arruda - DJe p. 935) Aposentadoria Espontânea - Multa de 40% do FGTS - Esta e. Corte, diante da decisão do Supremo Tribunal Federal, que declarou a inconstitucionalidade dos 1º e 2º do art. 453 da CLT, concluindo que a aposentadoria espontânea não extingue o contrato de trabalho, editou Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/ Fascículo 16 CT16-03

6 a Orientação Jurisprudencial nº 361 da SDI-1, tendo em vista que continuando o empregado a trabalhar para o empregador e sendo a sua posterior dispensa imotivada, é devida à multa de 40% do FGTS sobre todos os depósitos efetuados no curso do contrato de trabalho. Agravo de instrumento e recurso de revista providos. (TST - RR Rel. Min. Milton de Moura França - DJe p. 1097) Aposentadoria Espontânea - Multa de 40% do FGTS sobre todo o Período Contratual - OJ-361-SBDI1 - Esta e. Corte pacificou entendimento de que a aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho se o empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação. Assim, por ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS sobre a totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral. Estando a decisão do Tribunal Regional em consonância com a iterativa jurisprudência desta Corte, revela-se inviável a admissibilidade do recurso de revista. Inteligência do art. 896, 4º, da CLT. Agravo de instrumento não provido. (TST - AIRR Rel. Min. Horácio Raymundo de Senna Pires - DJe p. 843) Recurso de Revista - Aposentadoria Espontânea - Multa de 40% do FGTS - A aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho se o empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação. Assim, por ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS sobre a totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral (OJ nº 361 da SBDI-1 desta Corte). Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento. (TST - RR 455/ Rel. Min. Pedro Paulo Manus - DJe p. 1760) Recurso de Revista - Aposentadoria Espontânea - Multa de 40% do FGTS - OJ 361 da SBDI-1 Do TST - Do quadro fático delineado no acórdão regional, depreende-se que o término do contrato de trabalho da Reclamante se deu em razão de sua aposentadoria espontânea. Não restou consignado se ela demonstrou a intenção de por termo ao contrato de trabalho, o que leva a crer que a rescisão contratual não foi motivada, de sorte que faz jus ao pagamento da multa de 40% do FGTS. Ressalte-se que a decisão regional demonstra consonância com o disposto na Orientação Jurisprudencial 361 da SBDI-1 desta Corte, segundo a qual a aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho se o empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação. Assim, por ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS sobre a totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral. Recurso de Revista de que não se conhece. (TST - RR 546/ Rel. Min. Márcio Eurico Vitral Amaro - DJe p. 2283) Agravo de Instrumento - Recurso de Revista - Efeitos da Aposentadoria Espontânea - Multa de 40% do FGTS - A aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho, quando haja a continuidade da prestação de serviços. Devido o pagamento da multa de 40% sobre os depósitos do FGTS de todo o período trabalhado. OJ nº 361 da SDI-1 do TST. Agravo de instrumento a que se nega provimento. (TST - AIRR 1372/ Relª Minª Kátia Magalhães Arruda - DJe p. 1019) (...) 3- Aposentadoria Espontânea - Multa de 40% do FGTS sobre todo o Período Laborado - Saques e Prescrição - Orientações Jurisprudenciais ns 42 e 361 da SBDI-1 do TST - Consoante o disposto na Orientação Jurisprudencial nº 361 da SBDI-1 do TST, a aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho se o empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação, de modo que, por ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS sobre a totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral. Ademais, a Orientação Jurisprudencial nº 42, item I, determina que a multa do FGTS também é devida sobre os saques ocorridos na vigência do contrato de trabalho. Nesse contexto, a decisão proferida pelo Tribunal a quo merece reforma no sentido de adequar-se à jurisprudência pacificada desta Corte Superior, consubstanciada nas orientações jurisprudenciais supramencionadas. Recurso de revista conhecido e provido. (TST - RR 2663/ Relª Minª Dora Maria da Costa - DJe p. 1506) Recurso de Revista - Aposentadoria Espontânea - Multa de 40% do FGTS - Orientação Jurisprudencial nº 361 da SBDI-1 - A decisão regional encontra-se em consonância com a Orientação Jurisprudencial nº 361 da SBDI-1, que estatui que A aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho se o empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação. Assim, por ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS sobre a totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral. Assim sendo, a revisão pretendida encontra-se obstaculizada pela Súmula nº 333 desta Corte. Recurso de Revista não conhecido. (TST - RR 2781/ Relª Minª Maria de Assis Calsing - DJe p. 873) Recurso de Revista - Aposentadoria Espontânea - Multa de 40% sobre o FGTS - A aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho se o empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação. Assim, por ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS sobre a totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral (Orientação Jurisprudencial nº 361 da SBDI-1). Recurso de revista conhecido e provido. (TST - RR 1741/ Rel. Min. Renato de Lacerda Paiva - DJe p. 824) Recurso de Revista da Reclamante - Aposentadoria Espontânea - Multa de 40% sobre o FGTS - A aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho se o empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação. Assim, por ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS sobre a totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral. Recurso de revista provido. Recurso de Revista da Reclamada e da União - Aposentadoria Espontânea - Continuidade da Prestação de Serviços - Não-Extinção do Contrato de Trabalho - Como ambos os recursos versam sobre extinção do contrato de trabalho pela aposentadoria espontânea e seus efeitos e em face do provimento do recurso de revista da reclamante, com idêntico objeto, encontra-se prejudicada a apreciação desses recursos. (TST - RR 77962/ Rel. Min. Vantuil Abdala - DJe p. 898) CT Manual de Procedimentos - Abr/ Fascículo 16 - Boletim IOB

7 Agravo de Instrumento - Aposentadoria Espontânea - Multa de 40% do FGTS de todo o Período Trabalhado - Orientação Jurisprudencial nº 361 da SBDI-1 - A SBDI-1 do TST editou a Orientação Jurisprudencial nº 361, consolidando o entendimento de que a aposentadoria espontânea não extingue o contrato de trabalho, tendo o empregado, quando dispensado sem justa causa, direito à multa de 40% do FGTS sobre todos os depósitos efetuados no curso da prestação laboral. Agravo de instrumento não provido. (TST - AIRR 1133/ Rel. Min. Vantuil Abdala - DJe p. 408) Agravo de Instrumento - Aposentadoria Espontânea - Multa de 40% sobre o FGTS - Ante a divergência jurisprudencial estabelecida em torno dos efeitos da aposentadoria espontânea no contrato de trabalho, dá-se provimento ao Agravo de Instrumento. Agravo de instrumento provido. Recurso de Revista - Aposentadoria Espontânea - Efeitos no Contrato de Trabalho - Multa de 40% do FGTS - A partir da jurisprudência emanada do Supremo Tribunal Federal (STF- Ministro Carlos Ayres Brito, ADI ), no sentido de que a aposentadoria não é causa de extinção do contrato de trabalho, esta Corte cancelou a Orientação Jurisprudencial 177 e editou a recente Orientação Jurisprudencial 361 da SBDI-1, que determina o pagamento da multa de 40% do FGTS em relação à totalidade dos depósitos efetuados no curso do contrato de trabalho, nos casos em que o empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação. Nesse passo, rescindido o contrato de trabalho por iniciativa do empregador, sem justa causa, é devida a multa de 40% sobre a totalidade dos depósitos de FGTS realizados durante o contrato de trabalho. Recurso de Revista conhecido e provido. Honorários Advocatícios. O acórdão recorrido não se pronunciou a respeito dos honorários advocatícios, tampouco foi instado a fazê-lo por meio de embargos declaratórios. Incidência das Súmulas 184 e 297 do TST. Recurso de Revista não conhecido. (TST - RR / Rel. Min. José Simpliciano Fontes de F. Fernandes - DJe p. 530) Agravo de Instrumento do Reclamante - Aposentadoria Espontânea - Multa de 40% do FGTS do Período Anterior à Jubilação - Divergência Jurisprudencial Demonstrada - Demonstrada a divergência jurisprudencial acerca dos efeitos da aposentadoria espontânea no contrato de trabalho de empregado público, merece provimento o Agravo de Instrumento. Agravo de Instrumento provido. Recurso de Revista do Reclamante - Aposentadoria - Extinção do Contrato de Trabalho - Multa de 40% sobre o Período Anterior à Aposentadoria - O atual entendimento adotado no âmbito da SBDI-1 acerca da questão debatida nos presentes autos, retratado pela OJ nº 361, é no sentido de que a aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho se o empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação. Assim, por ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS sobre a totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral. Assim sendo, o provimento do presente Recurso de Revista é medida que se impõe, sendo devido o pagamento das diferenças da multa de 40% do FGTS, conforme pleiteado na inicial, nos termos do entendimento consubstanciado na OJ nº 361 da SBDI-1. Recurso de Revista provido. Recurso de Revista da Reclamada - Aposentadoria Espontânea - Permanência no Emprego - Efeitos em Relação ao Período Posterior à Jubilação - Orientação Jurisprudencial Nº 361 da SBDI-1 do TST - Na diretriz da Orientação Jurisprudencial nº 361 da SBDI-1 do TST, se o empregado permanece prestando serviços ao empregador, a aposentadoria espontânea não extingue o contrato de trabalho, permanecendo único o pacto laboral. Estando a decisão regional em consonância com o posicionamento desta Corte, a admissão do Recurso de Revista encontra-se obstaculizada pelo 4º do art. 896 da CLT e pela Súmula nº 333 do TST. Recurso de Revista não conhecido. (TST - RR 77181/ Relª Minª Maria de Assis Calsing - DJe p. 1632) (...) Recurso de Revista - Aposentadoria Espontânea - Multa de 40% do FGTS - Nos termos da OJ nº 361 da SDI-1, publicada no Diário da Justiça dos dias 20, 21 e 23 de maio de 2008, a aposentadoria espontânea não é causa da extinção do contrato de trabalho se o empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação. Assim, por ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS sobre a totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral. Recurso de Revista não conhecido. (TST - RR 329/ Rel. Min. Carlos Alberto Reis de Paula - DJe p. 1150) Aposentadoria Espontânea - Multa de 40% do FGTS sobre todo o período - A questão referente aos efeitos da aposentadoria espontânea no contrato de trabalho encontra- -se pacificada no âmbito desta Corte, nos termos da OJ 361 da SBDI-1, que afastou o entendimento no sentido de que a aposentadoria espontânea extinguiria o contrato de trabalho, considerando devida a multa de 40% do FGTS sobre a totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral. Logo, não configurada a divergência jurisprudencial suscitada, por força do art. 896, 4º, da CLT e da Súmula 333 do TST. Recurso de revista não conhecido. (TST - RR 1604/ Rel. Min. José Simpliciano Fontes de F. Fernandes - DJe p. 900) Agravo de instrumento - Recurso de revista - Sumaríssimo - Aposentadoria espontânea - Multa de 40% sobre os depósitos do FGTS - Período anterior à aposentadoria - Constatando-se a possível ofensa ao artigo 7º, inciso I, da Constituição Federal, a revista merece ser processada, para melhor análise da matéria. Agravo de Instrumento conhecido e provido. Recurso de revista - Sumaríssimo - Aposentadoria espontânea - Multa de 40% sobre os depósitos do FGTS - Período anterior à aposentadoria. O STF, no julgamento da ADI-MC DF e ADI-MC DF, proclamou o entendimento de que a aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho. Reconheceu, assim, a inconstitucionalidade do artigo 3º da MP nº /97, convertida na Lei nº 9.528/97. Em face da decisão do STF, esta Corte cancelou a Orientação Jurisprudencial nº 177 da SBDI-1 DJ Afastada a extinção do contrato de trabalho pela aposentadoria espontânea, é de se ter a unicidade contratual do pacto laboral firmado, não mais prevalecendo o seccionamento do contrato, devendo ser provido o presente recurso para determinar o pagamento da multa de 40% do FGTS devida sobre os depósitos do FGTS do período anterior à aposentadoria. Revista conhecida e provida. (TST - RR Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/ Fascículo 16 CT16-05

8 125/ ª Turma - Rel. Juiz Conv. Luiz Antonio Lazarim - DJU ) Recurso de revista. Aposentadoria espontânea. Efeitos no contrato de trabalho. Revisão da jurisprudência do eg. Tribunal Superior do Trabalho - 1. Posteriormente à edição da Lei nº 6.204/75, que alterou a redação do caput do artigo 453 da CLT, o Eg. Tribunal Superior do Trabalho firmou o entendimento de que a aposentadoria espontânea exclui da accessio temporis o período anterior à jubilação (Orientação Jurisprudencial nº 177 da C. SBDI-1). 2. No entanto, tendo em conta a posição definitiva do Excelso Supremo Tribunal Federal sobre a matéria e a conseqüente revisão da jurisprudência pelo Eg. Tribunal Superior do Trabalho, firma-se o entendimento de que a aposentadoria espontânea não tem o condão de extinguir o contrato de trabalho... (TST - RR 482/ ª Turma - Relª Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi - DJU ) Agravo de instrumento - Aposentadoria espontânea - Extinção do contrato de trabalho - Multa de 40% do FGTS - Constatada a incidência da divergência jurisprudencial alegada, o agravo de instrumento merece provimento, para determinar o processamento do recurso de revista para melhor exame - Agravo de instrumento conhecido e provido - Recurso de revista - 1. Aposentadoria espontâena - Extinção do contrato de trabalho - Multa de 40% do FGTS - A teor do julgamento proferido pelo STF nas ADI-MC DF e ADI-MC DF, que firmou entendimento no sentido de que a aposentadoria espontânea não extingue o contrato de trabalho, o que implica a unicidade contratual, quando o empregado continua a trabalhar na empresa após a concessão do benefício previdenciário, devida a multa de 40% do FGTS em relação ao período anterior à aposentadoria. Recurso de revista conhecido e provido... (TST - RR 123/ ª Turma - Rel. Juiz Conv. Luiz Antonio Lazarim - DJU ) Recurso de revista - Aposentadoria espontânea - Extinção do contrato de trabalho - Multa de 40% do FGTS - Incidência sobre o período anterior à aposentadoria - A teor dos julgamentos proferidos pelo STF nas ADI-MC 1720-DF e ADI-MC 1721-DF, que firmou entendimento no sentido de que a aposentadoria espontânea não extingue o contrato de trabalho, o que implica na unicidade contratual, quando o empregado continua a trabalhar na empresa após a concessão do benefício previdenciário, devida a multa de 40% do FGTS em relação ao período anterior à aposentadoria. Recurso conhecido e não provido. (TST - RR / ª Turma - Rel. Juiz Conv. Luiz Antonio Lazarim - DJU ) Recurso de embargos - Aposentadoria espontânea - Ausência de extinção do contrato de trabalho - Adin nº Incidência da multa de 40% sobre os depósitos do FGTS efetuados anteriormente à jubilação - O Excelso Supremo Tribunal Federal, julgando a Adin nº e a Adin nº , firmou posicionamento no sentido de que o contrato de trabalho permanece íntegro mesmo com a aposentadoria espontânea do trabalhador. Diante desse posicionamento, não resta dúvida de que a multa de 40% do FGTS, devida por ocasião do rompimento do contrato de trabalho por iniciativa da empresa, deve incidir sobre os depósitos do FGTS efetuados no período anterior à jubilação, sacados por força da aposentadoria espontânea. Embargos conhecidos e providos. (TST - E-RR 64156/ ABSDI-1 - Rel. Min. Aloysio Corrêa da Veiga - DJU )...Recurso de revista - Aposentadoria espontânea - Efeitos - Considerando que o Supremo Tribunal Federal, na ADI /DF, decidiu que a concessão de aposentadoria voluntária a empregado não implica, automaticamente, a extinção da relação empregatícia, quando o empregado continua a trabalhar na empresa, o que levou o Tribunal Superior do Trabalho ao cancelamento da Orientação Jurisprudencial nº 177, forçoso reconhecer que a norma do caput do art. 453 da CLT não mais pode ser aplicada à situação descrita, pois as decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade, produzem eficácia contra todos e efeito vinculante, nos termos do art. 102, 2º, da CF. Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento. (TST - RR / ª Turma - Rel. Juiz Conv. Walmir Oliveira da Costa - DJU ) Embargos em recurso de revista - Aposentadoria espontânea - Indenização do período anterior à opção pelo FGTS - Indenização de 40% sobre os depósitos de FGTS - O Supremo Tribunal Federal, no julgamento das Adins nos e , se posicionou no sentido de que a aposentadoria espontânea não gera a extinção do contrato de trabalho, julgamento que ocasionou o cancelamento da Orientação Jurisprudencial nº 177 da SBDI-1 deste Tribunal. Se não houve a ruptura contratual pela jubilação do reclamante, existiu um único contrato de trabalho, sendo devido, portanto, o pagamento da indenização pelo tempo de serviço anterior à opção bem como a incidência da multa de 40% sobre os depósitos do FGTS incidente sobre todo o período do pacto laboral. Recurso de embargos conhecido e provido. (TST - E-RR 8.702/ SBDI-1 - Rel. Min. Vantuil Abdala - DJU ) Agravo de instrumento - Agravo a que se dá provimento, para determinar o processamento do Recurso de Revista, em razão de divergência jurisprudencial. Recurso de revista - Aposentadoria espontânea - Continuidade do contrato de trabalho - Na esteira da recente jurisprudência emanada da suprema corte (STF - ministro Carlos Ayres Brito ADI ), a aposentadoria não põe fim ao contrato de trabalho. Se a Reclamante opta por permanecer no emprego, a rescisão contratual deverá obedecer à legislação de regência. Dessa forma, o entendimento do Regional - De que a aposentadoria espontânea extingue o contrato de trabalho - Viola o art. 7º, I, da Constituição Federal, que garante a relação de emprego contra a despedida arbitrária. Recurso de Revista conhecido e provido. (TST - RR 638/ ª Turma - Rel. Min. José Simpliciano Fontes de F. Fernandes - DJU ) Recurso de revista - Aposentadoria espontânea - Diferença da multa de 40% do FGTS - Provimento - O Excelso Supremo Tribunal Federal, julgando a Adin nº e a Adin nº , firmou posicionamento no sentido de que o contrato de trabalho permanece íntegro mesmo com a aposentadoria espontânea do trabalhador. Diante do cancelamento da Orientação Jurisprudencial nº 177 da SDI-1 e do posicionamento da Corte Suprema sobre a matéria, CT Manual de Procedimentos - Abr/ Fascículo 16 - Boletim IOB

9 conclui-se que devido o pagamento da multa de 40% dos depósitos do FGTS correspondente a todo o período trabalhado. Recurso de revista conhecido e provido. (TST - RR 1337/ ª Turma - Rel. Min. Aloysio Corrêa da Veiga - DJU ) Agravo de instrumento - Recurso de revista - Da aposentadoria espontânea - Extinção do contrato de trabalho - Multa de 40% do FGTS relativa ao período anterior à jubilação - Agravo de instrumento provido por divergência jurisprudencial. Recurso de revista - Da aposentadoria espontânea - Extinção do contrato de trabalho - Multa de 40% do FGTS relativa ao período anterior à jubilação - O Supremo Tribunal Federal, ao julgar a Adin. Nº , declarou a inconstitucionalidade do 1º e 2º do artigo 453 da CLT, respectivamente, o que levou esta Corte a cancelar a Orientação Jurisprudencial nº 177/SBDI-1-TST na Sessão do Tribunal Pleno realizada no dia O fato é que o tempo de serviço tem efeitos diversos na Previdência e no Direito do Trabalho. Como não ocorre a rescisão do contrato de trabalho por força da aposentadoria, o empregado conserva o direito de receber os créditos relativos à rescisão do contrato de trabalho. Recurso de Revista conhecido e provido. (TST - RR 2085/ ª Turma - Rel. Min. Carlos Alberto Reis de Paula - DJU ) (Consolidação das Leis do Trabalho, art. 453; Lei nº 5.890/1973, art. 10, 3º, e art. 12; Lei nº 8.213/1991, arts. 49, 54 e art. 57, 2º; Regulamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, aprovado pelo Decreto nº /1990, art. 9º, 1º) N a IOB Setorial Contábil Exame de suficiência para contabilistas 1. INTRODUÇÃO Exame de suficiência é a prova de equalização destinada a comprovar a obtenção de conhecimentos médios, consoante os conteúdos programáticos desenvolvidos no curso de bacharelado em ciências contábeis e no curso de técnico em contabilidade. O exame se destina aos bacharéis do curso de ciências contábeis e aos que concluíram o curso de técnico em contabilidade, bem como aos estudantes do último ano letivo do curso de nível superior. A aprovação em exame de suficiência constitui um dos requisitos para a obtenção de registro profissional em Conselho Regional de Contabilidade (CRC). 2. PERIODICIDADE, APLICABILIDADE E APROVAÇÃO NO EXAME O exame será aplicado duas vezes ao ano, em todo o território nacional, sendo uma edição a cada semestre, em data e hora a serem fixadas em edital, por deliberação do plenário do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), com antecedência mínima de 60 dias da data da sua realização. 2.1 Aprovação O candidato será aprovado se obtiver, no mínimo, 50% dos pontos possíveis. A aprovação em exame de suficiência, como um dos requisitos para obtenção de registro em CRC, será exigida do: a) bacharel em ciências contábeis e do técnico em contabilidade que concluíram o curso em data posterior a , data da publicação da Lei nº /2010; b) técnico em contabilidade, em caso de alteração de categoria para contador. 3. PROVAS E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO O exame de suficiência será composto de uma prova para os técnicos em contabilidade e uma para os bacharéis em ciências contábeis, obedecidas às seguintes condições e áreas de conhecimentos: 1) técnicos em contabilidade: a) contabilidade geral; b) contabilidade de custos; c) noções de direito; d) matemática financeira; e) legislação e ética profissional; f) princípios de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade; g) língua portuguesa; 2) ciências contábeis: a) contabilidade geral; b) contabilidade de custos; c) contabilidade aplicada ao setor público; d) contabilidade gerencial; Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/ Fascículo 16 CT16-07

10 e) controladoria; f) teoria da contabilidade; g) legislação e ética profissional; h) princípios de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade; i) auditoria contábil; j) perícia contábil; k) noções de direito; l) matemática financeira e estatística; m) língua portuguesa. Compete ao CFC ou à instituição/empresa contratada elaborar e divulgar, de forma obrigatória no edital, os conteúdos programáticos das respectivas áreas que serão exigidos nas provas para técnicos em contabilidade e bacharéis em ciências contábeis. As provas devem ser elaboradas com questões objetivas, de múltipla escolha, podendo-se, a critério do CFC, incluir questões para respostas dissertativas. 4. REALIZAÇÃO E APLICAÇÃO DO EXAME Para a realização do exame, o CFC constituirá uma comissão de acompanhamento do exame, formada por, no máximo, 6 conselheiros do CFC, com mandato de 2 anos, não podendo ultrapassar o término do mandato como conselheiro. Tal comissão deve ser presidida pelo(a) vice-presidente de desenvolvimento profissional e institucional, que acompanhará a realização do exame. A elaboração e a aplicação das provas poderão ser realizadas por instituição contratada pelo CFC, cabendo aos CRC colaborar, naquilo que lhe couber, na realização do exame. Nota O processo de aplicação das provas de exame de suficiência será supervisionado, em âmbito nacional, pela comissão de acompanhamento do exame. 5. RECURSOS DAS PROVAS DO EXAME O candidato poderá interpor recurso contra os gabaritos das provas e do resultado final dentro dos prazos e instâncias definidos previamente em edital. 6. PRAZO PARA REQUERIMENTO DO REGISTRO Ocorrendo a aprovação no exame de suficiência, o CRC disponibilizará ao candidato a certidão de aprovação, para ser apresentada quando da solicitação do registro profissional. Os aprovados na prova de bacharel em ciências contábeis terão o prazo de 2 anos, e os aprovados na prova de técnico em contabilidade terão o prazo até 1º , a contar da data da publicação da relação dos aprovados no Diário Oficial da União, para requererem os registros profissionais no CRC. Em caso de aprovação no exame, o candidato somente poderá obter registro profissional, provisório ou definitivo, depois de atendido todos os requisitos previstos no art. 12 do Decreto-lei nº 9.295/1946, conforme previsto na resolução que disciplina a matéria. Nota O art. 12 do Decreto-lei nº 9.295/1946 dispõe: Art. 12. Os profissionais a que se refere este Decreto-Lei somente poderão exercer a profissão após a regular conclusão do curso de Bacharelado em Ciências Contábeis, reconhecido pelo Ministério da Educação, aprovação em Exame de Suficiência e registro no Conselho Regional de Contabilidade a que estiverem sujeitos. 1º O exercício da profissão, sem o registro a que alude este artigo, será considerado como infração do presente Decreto-lei. 2º Os técnicos em contabilidade já registrados em Conselho Regional de Contabilidade e os que venham a fazê-lo até 1º de junho de 2015 têm assegurado o seu direito ao exercício da profissão. 7. CURSOS PREPARATÓRIOS - PROIBIÇÃO O CFC e os CRC, seus conselheiros efetivos e suplentes, seus empregados, seus delegados e os integrantes da comissão de acompanhamento do exame não poderão oferecer, participar ou apoiar, a qualquer título, os cursos preparatórios para os candidatos ao exame de suficiência, sob pena de aplicação das penalidades cabíveis. 8. ESCLARECIMENTO E DIVULGAÇÃO O CFC desenvolverá campanha publicitária no sentido de esclarecer e divulgar o exame de suficiência, sendo de competência dos CRC o reforço dessa divulgação nas suas jurisdições. (Resolução CFC nº 1.373/2011, observadas as alterações efetuadas pela Resolução CFC nº 1.461/2014) N CT Manual de Procedimentos - Abr/ Fascículo 16 - Boletim IOB

11 a IOB Perguntas e Respostas Empregado aposentado - Dispensa imotivada Aposentadoria espontânea - Contrato de trabalho - Extinção 1) A aposentadoria espontânea do empregado extingue o contrato de trabalho? Não. É legalmente possível ao empregado requerer a respectiva aposentadoria e continuar trabalhando na mesma empresa, sem afrontar nenhum dispositivo da legislação em vigor. Em decorrência disso, a rescisão contratual dependerá da vontade das partes, sendo formalizada por meio de um pedido de demissão do empregado ou da comunicação, por parte do empregador, da dispensa sem justa causa. Tal afirmação tem fundamento legal nos arts. 52, inciso I, alínea b, e 58 do Regulamento da Previdência Social (RPS), aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999, e nos arts. 49, inciso I, alínea b, e 54 da Lei nº 8.213/1991, que estabelecem que o segurado empregado não necessita se desligar da empresa para fazer jus à aposentadoria por idade ou por tempo de contribuição. Multa rescisória do FGTS - Base de cálculo 2) Qual a base de cálculo da multa rescisória de 40% do FGTS devida ao empregado que se aposentou na vigência do contrato de trabalho e é dispensado após a jubilação sem motivo justo? Tendo havido, após a aposentadoria do trabalhador, a continuidade da prestação de serviço e, posteriormente, a ruptura do contrato de trabalho sem motivo justo e por iniciativa do empregador, ao empregado será assegurado, entre outros direitos, o pagamento da multa rescisória correspondente a 40% do FGTS. Após o julgamento de mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº , no qual o STF entendeu que a concessão da aposentadoria espontânea não acarreta automaticamente a extinção do vínculo empregatício, e considerando que essa decisão tem efeito vinculante e erga omnes, conclui-se que o período de vigência do contrato de trabalho é uno, não podendo ser seccionado em tempo anterior e posterior à concessão da aposentadoria. Dessa forma, a base de cálculo da referida multa é o total dos depósitos efetuados durante toda a vigência do contrato de trabalho e não só os valores depositados depois da aposentadoria, porque a concessão do benefício não acarreta a rescisão do contrato de trabalho e o nascimento de outra relação empregatícia. (Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, art. 453) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/ Fascículo 16 CT16-09