PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP ALVARO LUIZ TRAVASSOS DE AZEVEDO GONZAGA

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1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP ALVARO LUIZ TRAVASSOS DE AZEVEDO GONZAGA O DIREITO NATURAL DE PLATÃO NA REPÚBLICA E SUA POSITIVAÇÃO NAS LEIS DOUTORADO EM DIREITO São Paulo 2011

2 ALVARO LUIZ TRAVASSOS DE AZEVEDO GONZAGA O DIREITO NATURAL DE PLATÃO NA REPÚBLICA E SUA POSITIVAÇÃO NAS LEIS DOUTORADO EM DIREITO Tese apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de Doutor em Filosofia do Direito e do Estado sob a orientação do Prof. Doutor Cláudio De Cicco. São Paulo 2011

3 BANCA EXAMINADORA

4 À memória de meu pai, FRANCISCO LUIZ GONZAGA NETTO, que platonicamente libertou sua alma do corpo, À minha mãe, SHIRLEY, e aos meus irmãos, ERICIO e FABIANA, pelo constante apoio, A minha doce esposa Nathaly, que gerou o que de melhor temos em nossas vidas, o pequeno Alexandre.

5 AGRADECIMENTOS Ao Professor Claudio De Cicco, que francamente me orienta na vida e na academia. Meus mais sinceros agradecimentos a todas as pessoas que, de alguma forma, tornaram a realização deste trabalho possível. Sob o risco de cometer injustiças agradeço nominalmente os amigos André Luiz Freire, Cauê Nogueira de Lima, Dalton Oliveira, Edson Luz Knippel, Henrique Garbellini Carnio, Flávio Viana Filho, Lara Barros, Maria Carolina de Assis Nogueira, Magali Gallello, Sergio Gomes da Silva, Wallace Ricardo Magri. Agradeço ainda aos professores que diretamente ou indiretamente me orientaram nessa empreitada. Em especial aos Professores Haydée Maria Roveratti, Marcio Pugliesi, Márcia Alvim, Tercio Sampaio Ferraz Junior, Willis Santiago Guerra Filho por suas preciosas observações em aula, banca de qualificação ou conversas informais que inspiram cada vez mais o universo e o ambiente acadêmico de uma verdadeira instituição de ensino superior.

6 RESUMO A presente tese predispõe-se a estudar o pensamento platônico na perspectiva do Direito Natural, em especial na República, e sua consequente positivação e integração na obra As Leis. Visamos apresentar como a doutrina platônica de justiça não muda radicalmente, mas se completa com a conjugação das obras mencionadas. Para isso, partiremos da proposta temporal lógica do pensamento platônico, bem como da pesquisa de sua concepção de Justiça a fim de verificarmos a maturidade de sua postura com relação à organização da pólis. Palavras Chaves: Teoria da Justiça, Platão, Virtudes Cardinais, República, As Leis.

7 ABSTRACT This thesis will study the platonic thinking under the Natural Law perspective, especially in The Republic, and its following concretization and integration in Laws. We aim to observe how the platonic doctrine does not change radically, but rather completes itself with the combination of the two mentioned works, for which we shall weave our analysis setting out from the logical temporal proposition in the platonic thinking, considering also the research of his conception of Justice in order to verify the maturity of its posture as it relates to the organization of the polis. Key words: Theory of Justice, Plato, Cardinal Virtues, Republic, Laws.

8 VIII SUMÁRIO INTRODUÇÃO CONTEXTO HISTÓRICO DE PLATÃO NO ESTADO GREGO OS PRECURSORES DO PENSAMENTO PLATÔNICO O pré-platonismo nos pré-socráticos Os sofistas O contraponto para Platão Sócrates PLATÃO: ENTRE A TEORIA E A AÇÃO Biografia Obras e fases A JUSTIÇA EM PLATÃO DA PRIMEIRA PARA A SEGUNDA FASE A justiça em Protágoras: breves considerações (1ª fase) A mudança de posição: a Justiça em A República (2ª fase) A maturidade de Sócrates A república platônica A justiça na cidade Da cidade para o indivíduo O conflito da alma A akrasia A MUDANÇA DE POSIÇÃO SOBRE A COERCIBILIDADE A MITO-LOGIA EM PLATÃO: DO MITO DE GIGES AO MITO DE ER E DO MITO DE ER ÀS LEIS Considerações iniciais O Mito de Giges e o Mito de Er... 73

9 IX 5.3 O corpo em Giges e a alma em Er Do Mito de Er para o logos de As Leis A MATURIDADE DE PLATÃO A JUSTIÇA NA TERCEIRA FASE EM AS LEIS Considerações iniciais Os XII Livros de As Leis Livro I A guerra; as virtudes divinas e humanas; a embriaguez; a educação e as marionetes Livro II Os banquetes e vinho, educação com base nas virtudes;. experiência dos mais velhos e os coros Livro III A origem das constituições; hierarquia do Estado; legisladores e o povo; a questão da coercibilidade Livro IV Os homens de virtude; o acaso e a ocasião; formas de governo; a divindade é a medida de todas as coisas ; deveres perante os pais; o legislador e o médico e o prelúdio ou preâmbulo Livro V A alma e o julgamento, os bens, o corpo, a vida digna; sanções de origem humana, organização do estado, distribuição da renda; santuário e deuses; graus de excelência das constituições Livro VI A escolha, os tipos e a importância do magistrado; votações para os cargos da nova constituição, Estado e Religião, casamento; escravo, equiparação da mulher face ao homem; a procriação Livro VII A educação física e mental dos jovens Livro VIII Legislação das festividades e sacrifícios às divindades, os jogos militares, amor e riquezas, perversões amorosas, o amor, as questões da agricultura, relações entre vizinhos, comércio e economia coletiva Livro IX O direito criminal

10 O m a t e n i e n s e : P o r o u t r o X Livro X A impiedade, suas formas e hierarquias, a alma Livro XI O direito civil e o direito comercial Livro XII A proposta sobre o justo e outras questões DIREITO NATURAL E DIREITO POSITIVO NA ANTIGUIDADE Considerações iniciais O jusnaturalismo na Antiguidade O DIREITO NATURAL DE PLATÃO NA REPÚBLICA E SUA POSITIVAÇÃO NAS LEIS Considerações iniciais Trasímaco e o positivismo jurídico O divino e o direito natural para Platão O direito natural em A República e sua positivação em As Leis CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS l a d o, n ã o s e r á o

11 11 INTRODUÇÃO Dando continuidade à nossa dissertação de mestrado A Justiça em Platão e a Filosofia do Direito, tratamos nesta tese de compreender o pensamento platônico na perspectiva do Direito Natural, em especial na República e sua consequente positivação e integração na obra As Leis. O trabalho se justifica porque, embora existam diversos estudos sobre as obras e o pensamento platônico, poucos são desenvolvidos em programas de pósgraduação em Direito, e quando são feitos, habitualmente, pouco se fala sobre sua última obra, As Leis. Como bem adverte o Professor Dalmo Dallari em seu prefácio para a tradução brasileira da obra, é correto dizermos que Platão é inexplorado nessa riqueza de ideias que trasbordam em As Leis. Com isso, a maioria das pesquisas desenvolvidas focam esforços na compreensão de sua República e dificilmente apresentam a maturidade de suas ideias na última fase de seu pensamento. Para isso, a presente tese tem por objetivo apresentar que a doutrina platônica sobre a justiça não muda radicalmente, mas se completa com a conjugação da obras A República e As Leis, sendo que naquela se apresenta o melhor modelo de cidade, e nesta o segundo melhor modelo de organização social. Especificamente, adotaremos a exposição da teoria da justiça platônica a fim de verificarmos a hipótese de que, em As Leis, Platão amadurece seu pensamento e nota que, além da punição da alma, são necessárias leis coercitivas para os injustos, no plano sensível. A condução metodológica da pesquisa se estruturou a partir da proposta temporal lógica precedente, ou divergente, do pensamento platônico, bem como da pesquisa da concepção platônica de Justiça nas obras Protágoras, A República e As Leis, a fim de verificar o amadurecimento de sua postura com relação à organização da pólis.

12 12 Posto isso, e a fim de uma melhor compreensão dos temas a serem desenvolvidos, elaboramos um referencial teórico nos capítulos 1, 2 e 3; o desenvolvimento da tese nos capítulos 4 a 8 e a consequente conclusão. O primeiro capítulo consiste em uma breve exposição do contexto histórico de Platão no Estado grego, considerando a necessidade de compreender os períodos da história grega: pré-homérico; Homérico; Arcaico, Clássico e Helenístico. O segundo capítulo busca a relação dos precursores que de alguma forma influenciaram o pensamento platônico. Então exporemos brevemente o pensamento de alguns pré-socráticos, dos sofistas que ofereciam a possibilidade de contraposição nos diálogos e de seu grande mestre Sócrates. O terceiro capítulo guarda atenção para a compreensão da biografia e da classificação e posicionamento das obras e fases do pensamento Platônico, para que, com isso, possamos entender com mais clareza a evolução e sua mudança de posicionamento à medida que este avança em seus escritos. Expostas a biografia e as fases do pensamento platônico, podemos avançar para o quarto capítulo, em que é disposto o pensamento platônico sobre a Justiça da primeira para a sua segunda fase de sua doutrina. Para isso, exporemos respectivamente as classificações expostas em Protágoras e na sua República. O quinto capítulo visa transitar da segunda para a terceira fase do pensamento platônico, com a proposta de coercibilidade que é apresentada na obra As Leis. O mote para apresentar esse complemento à sua teoria se dá com a análise dos Mitos de Giges e de Er. Feita a correlação mito-lógica do pensamento platônico chegamos ao estudo da fase de maturidade filosófica do pensador. Será no sexto capítulo que exporemos breves considerações e uma rememoração dos XII livros de sua obra As Leis, afim de ressaltarmos, na obra, aspectos fundamentais à tese defendida O sétimo capítulo abrirá caminho para compreender como eram o Direito Natural e o Direito positivo na Antiguidade. Tais considerações se põem imprescindíveis para atingirmos o próximo capítulo. A partir das considerações feitas nos capítulos anteriores, no capítulo oitavo, chegaremos à tese deste trabalho. Objetivando criar o elo necessário para a

13 13 compreensão dos elementos jusnaturalistas na República e sua positivação nas Leis desenvolvemos argumentos que se interrelacionam com os capítulos anteriores, a fim de propor a tese do Direito Natural de Platão na República e sua positivação em As Leis. Por fim, expusemos nossas conclusões deste trabalho a fim de verificarmos nossa tese.

14 14 1. CONTEXTO HISTÓRICO DE PLATÃO NO ESTADO GREGO Ainda que nem sempre se possa encontrar nas fontes do Direito Grego aquela objetividade e método que o Direito Romano proporcionaria, verifica-se quão expressiva foi a contribuição do primeiro para os fundamentos da ciência política e das instituições de Direito Público. 1 Para compreender o pensamento de Platão e sua teoria da justiça, devemos volver nossos olhares para o contexto histórico em que se inseria esse pensador. 2 É preciso compreender o processo de construção da democracia ateniense, bem como quem eram os trinta tiranos. Além disso, conseguiremos compreender em que contexto se deu a positivação das leis atenienses, e com isso, entendermos porque Platão sente a necessidade de complementar sua doutrina de A República com o pensamento disposto em As Leis. Gerson Pereira Filho pronuncia-se no seguinte sentido: Encontramos poucas abordagens na bibliografia de estudos de Platão e do Platonismo que consideram a relação entre história e filosofia nos diálogos como sendo uma temática que mereça atenção. Em muitos casos, é negada até mesmo a possibilidade de que haja um pensamento histórico em Platão e até entre os pensadores gregos. (...) Ressaltamos aqui alguns indícios que, acreditamos permitirem identificar elementos desse sentido da história na obra platônica a) Existe uma reflexão sobre o tempo nos diálogos. Embora esses textos deixem transparecer uma concepção mítica, centrada na idéia do retorno cíclico e nos cataclismos como divisão temporal, podemos perceber uma temporalidade construída nas relações dramáticas dos personagens e na temporalidade da pólis a partir 1 AZEVEDO, Luiz Carlos de. Introdução à história do direito. São Paulo: RT, 2005, p. 51. Sobre o legado grego para o direito. 2 A construção deste capítulo teve como referencial teórico as seguintes obras: AZEVEDO, Luiz Carlos de. Op. cit.; DE CICCO, Cláudio. História do pensamento jurídico e da filosofia do direito. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2010; LIMA FILHO, Acácio Vaz de. O poder na Antiguidade aspectos históricos e jurídicos. São Paulo: Ícone, 1999; LOPES, José Reinaldo de Lima. O direito na história. 2. ed. São Paulo: Max Limonad, 2002; PEREIRA FILHO, Gerson. Uma filosofia da história em Platão O percurso histórico da cidade platônica de As Leis. 2. ed. São Paulo: Paulus, 2010.

15 15 dos acontecimentos humanos, em especial naqueles decorrentes das ações políticas. b) A concepção de uma filosofia antropológica, compreendendo o homem enquanto ser político, ético, que desenvolve a noção de coletividade e cidadania e que passa a perceber o ser humano como dotado de liberdade, o que nos permite aproximar essa idéia da noção de sujeito histórico, desenvolvida posteriormente pela historiografia ocidental. c) A investigação das origens, que parte inicialmente de um sentido ontológico e cosmológico da realidade em seu significado mítico, mas que caminha, ainda que timidamente, para a investigação daquilo que denominamos origens históricas das cidades, dos conflitos, das decadências, dos acontecimentos humanos, abrindo a possibilidade para explicação da mudança e do devir do homem e da cidade. d) A percepção das mudanças e acontecimentos, no contexto político, social, econômico e cultural da Grécia, oferecendo elementos para uma interpretação da história universal. e) A invenção da dialética como método epistemológico que foi fundamental para posterior compreensão da história humana, em especial com Hegel e Marx. 3 Além desses elementos citados acima, podemos elencar tantos outros fatores da necessidade da conjugação da história com o pensamento Platônico; a sabermos: a) Os conflitos internos na Cidade Grega; b) As guerras e suas causas; c) As desigualdades, os centros de poder e a corrupção; d) As mudanças de costumes e das técnicas de produção; e) O papel do ser na Pólis. Tradicionalmente, a história da Grécia Antiga é divida em cinco períodos distintos, o Período Pré-Homérico (séc. XX a.c. ao século XII a.c.), no qual houve a formação da cultura creto-micênica e a imigração de povos indo-europeus para a Grécia; o Período Homérico (século XII a.c. ao século VIII a.c.), neste período começa a evolução política da Grécia com a fixação dos indo-europeus, houve a divisão em Genos (Famílias coletivas constituídas por um grande número de pessoas sob a liderança de um patriarca, eram pequenas organizações sociais e econômicas na qual seu chefe supremo era o pater), logo depois em Fratrias (união 3 PEREIRA FILHO, Gerson. Op. cit., p

16 16 de alguns genos para enfrentar um inimigo comum), sequencialmente em Tribos (Reunião de Fratrias. Comandadas pelo filobasileu, o supremo comandante do exército), para Demos (união de várias tribos), e por fim cidades-estados; 4 o período arcaico (século VIII a.c. ao século VI a.c.) é época na qual a pólis se firmou. Vale destacar que a privatização de terras e a dissolução da comunidade gentílica levaram a profundas transformações na sociedade; o período clássico, correspondente ao apogeu grego (século V a.c. ao século IV a.c.), época na qual viveram Sócrates e Platão; o período helenístico (século IV a.c. ao século III a.c.), caracterizado pela fusão da cultura grega com a oriental. Exporemos brevemente tais períodos e destacaremos o período clássico, época em que Platão viveu. Sobre as cidades-estados, seguem as considerações de Norberto Luiz Guarinello, que farão com que estudemos as duas principais pólis grega, com organização político-social sólida, quais sejam: Atenas e Esparta. (...) diferença mais crucial entre presente e passado, a da própria forma da existência social. O mundo greco-romano não se estruturava como os Estados-nacionais contemporâneos, mas de modo bem distinto, como cidades estado. Aqui, defrontamo-nos com um primeiro problema: é tão difícil oferecer uma definição cabal de cidade-estado (...) eram muito diferentes entre si: nas dimensões territoriais, riquezas, em suas histórias particulares (...). Povos distintos, culturas diferentes, com seus próprios costumes, hábitos cotidianos, leis, instituições, ritmos históricos e estruturas sociais (...). Não é fácil (talvez seja impossível) dar conta de tantas histórias, tão diferenciadas, ao longo de quase dois milênios. 5 Destacamos, também, a questão da idade e dos antepassados respeitando a tradição no modelo antigo: (...) diz respeito à distinção entre jovens e velhos. cidades-estado eram comunidades fundadas e legitimadas no passado comum, na tradição, no respeito aos antepassados. De um modo geral observase um forte domínio dos mais velhos sobre os mais jovens, mesmo que estes últimos fossem os responsáveis, em ultima instância, pelo esforço militar que garantia a independência, ou a expansão, de suas comunidades. Em muitas cidades, a autoridade dos mais velhos era garantida por uma série de mecanismos, como o poder, por vezes importante, atribuído aos conselhos de anciãos, ou limites 4 Com a crise da sociedade alterou-se a estrutura interna das genos. Assim, os mais próximos do pater tinham as melhores terras (eupátridas, bem nascidos ), a sociedade começou a se dividir, houve a segunda diáspora e, com tal instabilidade, várias tribos se uniram em comunidades independentes que deram origem as cidades-estados, ou pólis. 5 GUARIELLO, Norberto Luiz. Cidades-estado na Antiguidade Clássica. In: PINSKY, Jaime; PINSK, Carla Bassanezi (orgs.). História da cidadania. 2. ed. São Paulo, 2003, p. 30.

17 17 etários para o acesso às magistraturas principais, geralmente na faixa dos trinta ou dos quarenta anos. (...) Esse apego à tradição é uma diferença significativa entre os antigos e modernos (...). 6 Nos próximos parágrafos faremos uma breve rememoração dos principais elementos de cada período histórico Grego. O Período Pré-Homérico 7 se caracteriza pela existência de duas culturas mais ou menos hegemônicas que dominavam o que mais tarde seria a Grécia Antiga. Os cretenses, ou minóicos, foram a primeira civilização com estruturas sócio-políticoculturais e econômicas complexas na região. 8 É originária da Ilha de Creta, no mar Egeu e, de acordo com o que os historiadores podem observar se caracterizou por ser uma sociedade matriarcal. Entre 2000 a.c. e 1700 a.c., os primeiros povos indo-europeus denominados aqueus imigraram para o sul da península balcânica, onde fundaram a cidade de Micenas, berço de uma nova civilização que, ao conquistar Creta, fundiu aspectos da cultura minóica com a micênica, resultando na cultura creto-micênica que dominou a Grécia até o século XII a.c. Entre os anos de 1700 a.c e 1400 a.c., em um novo ciclo de imigrações indoeuropeias chegaram à península os povos eólicos e jônicos. Em 1200 a.c., a última e mais devastadora imigração indo-europeia ocorreu, a dos dóricos, que eclipsou a civilização creto-micênica levando à primeira diáspora grega quando os habitantes do continente migraram para as ilhas do mar Egeu e para a Ásia menor, impondo à Grécia um período de grave crise, denominado Período Homérico. No Período Homérico a civilização grega se organizava na forma de comunidades gentílicas que se caracterizavam pela associação de indivíduos através dos laços consanguíneos. Por volta do século VIII a.c, as comunidades 6 Idem, ibidem, p Homero, poeta grego do séc. VI a.c., autor dos poemas Ilíada e Odisseia, é usado como ponto de referência para subdivisão da história grega, já que em seus versos, retratou o modo de vida dos antigos helenos. 8 Até hoje parte dessa civilização permanece em mistério absoluto, pois ainda não se decifrou por completo o alfabeto cretense, que é dividido pelos historiadores e linguístas em linear A e linear B. Mesmo na tradução completa do alfabeto linear A existem enormes dificuldades para o entendimento dessa civilização, pois, segundo os historiadores, esse alfabeto registrava apenas mercadorias, trocas comerciais e estoques de armazéns, dificultando o entendimento de muitos aspectos da cultura e política da sociedade cretense, porém, os registros mostram que essa civilização mantinha trocas comerciais intensas com os mais diversos povos do mundo, pressupondo, dessa forma, que eles constituíam uma sociedade avançada tanto do ponto de vista tecnológico como do econômico.

18 18 passaram a ser mais complexas por meio de novas associações entre os genos, resultando em grupos como a Fratria, as Tribos e os Demos, que, mais tarde, deram origem às cidades-estados. Esse processo foi acompanhado de uma diferenciação de classes sociais que se protrai no tempo. Sendo os genos associações fundamentalmente familiares, os grupos mais próximos às origens do clã, ou seja, os grupos associados aos mais velhos, chamados de pater tiveram privilégios na distribuição de riquezas, entre essas, as terras. Esses grupos privilegiados acabariam se tornando uma classe social distinta, as aristocracias das cidades-estados e são denominados eupátridas (bem-nascidos, em grego). Os que tiveram uma distribuição mediana de riquezas foram chamados de georgóis (agricultores) e os que ficaram completamente desprovidos de riqueza material, foram chamados de thetas (marginais). Esses grupos desprovidos de bens migraram para regiões fora da Grécia, notadamente a ilha da Sicília, o sul da Península Itálica e algumas regiões mediterrânicas do sul da atual França. Tal processo ficou conhecido como a segunda diáspora grega. Como consequência desse processo histórico, temos a fundação de cidadesestados gregas fora da Grécia, como a cidade de Siracusa, na Sicília, de Nápoles, no sul da Itália e de Marselha no sul da França. Esse fator, mais tarde, aliado à futura expansão comercial das cidades na Grécia levou a cultura grega a influenciar os povos dessas regiões, como os etruscos e os romanos; além de contribuir para a própria expansão das cidades gregas. As movimentações humanas duraram até o século VIII, em que, tradicionalmente, chegamos ao Período Arcaico. Com o fortalecimento de certos grupos sociais, a maioria das cidades-estados da Grécia foi dominada, política e economicamente por esses grupos, formando assim, oligarquias. Algumas cidades-estados se transformaram em democracias, enquanto outras se mantiveram oligárquicas. Serão citados aqui os dois exemplos mais conhecidos, e talvez, os mais importantes, desses modelos de política: Esparta e Atenas. Esparta era uma cidade-estado que ficava na península do Peloponeso, e era cercada por montanhas que faziam sua defesa natural e que conquistou toda a região ao seu redor. Tinha uma estrutura social dividida rigidamente em três classes sociais: os espartanos, que eram os descendentes dos conquistadores dórios e únicos a ter cidadania, posse de terras e monopólio do poder militar, religioso e

19 19 político, os periecos, que eram descendentes dos povos que foram submetidos ao domínio dos dórios e se dedicavam ao comércio e artesanato e, por fim, os hilotas, que eram propriedade do estado, portanto servos, que compunham a maior parte da população e faziam a maior parte do trabalho agrícola. O poder em Esparta funcionava da seguinte forma: a cidade se organizava numa diarquia, ou seja, dois reis com funções religiosas e militares. Os maiores poderes eram exercidos pelo Éforato, composto por cinco membros eleitos anualmente que dirigiam o Estado, pela Gerúsia, composta por vinte e oito homens maiores de sessenta anos, que controlavam a atividade dos monarcas e atuavam no campo legislativo, e, por fim, existia a Apela, composta por todos os espartanos maiores de trinta anos, que tinha funções eletivas e legislativas. Todo esse sistema foi criado para perpetuar o modo de vida espartano, extremamente oligárquico, militarizado e rígido. Para controlar os hilotas pela força e continuar as conquistas militares, os espartanos tiveram que dirigir a educação 9 do cidadão à obediência absoluta à autoridade e para a habilidade física, essencial no meio militarizado. Atenas, outra pólis de destaque, situava-se na Ática, teve a ocupação realizada pelos aqueus, depois pelos eólios e principalmente pelos jônicos. Não foi invadida, entretanto, pelos dórios, já que se localizava numa região montanhosa e próxima ao mar. Atenas também não foi deixada de lado pelas transformações que ocorreram no Período Homérico, no qual, em seu seio, também ocorreu o fortalecimento de alguns grupos sociais. A monarquia foi mantida durante muito tempo em Atenas até que os aristocratas, já fortalecidos, e descontentes com ela, destituíssem-na e a substituíssem pelo Arcontado, formado por nove arcontes, com mandatos anuais 9 É possível estabelecer um comparativo sobre a questão da educação em Esparta e a educação no pensamento platônico. Esparta valorizava muito a educação, em especial a educação física. Acreditavam os espartanos que a cidade só se fortaleceria se tivesse uma educação qualitativamente boa. Entretanto, sobre essa postura dos espartanos de dar ênfase aos exercícios físicos, Platão observou que sua principal falha era exatamente a ênfase. Acreditava que a boa educação resultava de um composto da ginástica e da música, aqui entendida como a educação humanística em geral. Além disso, Platão compreendia que a obsessão militarista impedia-os de saberem conduzir-se em tempos de paz e mesmo em administrar as sociedades conquistadas que não tinham os mesmos, isso porque o objetivo final da pólis espartana seria desenvolver exclusivamente a coragem (thimos). A título de exemplo: um jovem, transformado num soldado, não teria receio de nada que envolvesse as artes militares, as manobras em campos de batalha ou as ameaças dos inimigos da coletividade. A coragem, antes de tudo, era uma obsessão espartana. Por consequência, não apreciavam nenhum tipo de tolerância, nem desenvolveram sensibilidades outras que os tornassem mais humanos e cordatos.

20 20 que detinham tanto funções religiosas e militares como funções judiciais. Neste período foi estabelecido também o Areópago composto pelos eupátridas, que deviam controlar a atuação dos arcontes. Dessa forma, foi consolidado o período oligárquico em Atenas. A sociedade ateniense era então segmentada socialmente entre os eupátridas (já mencionados), os demiurgos (thetas que permaneceram na pólis durante a segunda diáspora e a colonização de alguns lugares do Mediterrâneo ou georgóis que perderam suas terras. Dedicavam-se ao artesanato e ao comércio) e os escravos (prisioneiros de guerra ou de endividamento se tornaram progressivamente a base de toda a produção agrícola e atuaram em todos os ofícios em Atenas). Essa estrutura organizacional gerou uma série de conflitos e tensões sociais enormes. Os diferentes interesses dos eupátridas (manter-se no poder), os comerciantes do litoral (participar do poder) e os demiurgos (péssimas condições de vida, escravizados muitas vezes pelos eupátridas e sem direitos políticos, visavam transformações radicais na sociedade ateniense) levavam esses grupos a uma tensão social cada vez maior, até se tornar insustentável. A luta de classes e o crescimento do comércio e da pólis foram fatores que possibilitaram uma série de reformas que eram os reflexos dessa profunda divisão social. Um dos reformistas foi Drácon, que em 621 a.c., colocou as leis do Estado na forma escrita, o que as tornou mais difíceis de serem manipuladas (elas antes eram mantidas pela tradição oral). 10 Como afirma José Reinaldo Lima Lopes sobre a lei positiva na Grécia: A escritura das leis na Grécia, todos sabem, resulta de processos revolucionários. Transformada a composição dos grupos de poder, fazem-se de Drácon (621 a.c.), em Atenas, põem fim à solidariedade familiar e obrigam ao recurso aos tribunais nas disputas entre clãs. O grande propósito é abolir a justiça familiar, fonte de sangrentos conflitos. À cidade compete decidir e manter a paz Essa postura de Drácon, de transformar a tradição oral em tradição posta (positivada) por leis escritas, pode se assemelhar à postura platônica de verificar que a pólis só é justa quando possui leis claras que garantam os direitos a todos os cidadãos. Do mesmo modo que Drácon sofre pressões sociais para tomar essa medida, Platão sofre pressão, de seus adversários, para rever sua teoria e apresentar uma espécie de código que positive As Leis. 11 LOPES, José Reinaldo de Lima. Op. cit., p

21 21 Depois de Drácon, em 594 a.c., outro legislador teve um pouco mais de ousadia. Sólon eliminou a escravização por dívidas e dividiu os privilégios sociais censitariamente. Sendo assim, a riqueza do indivíduo determinaria sua posição social, 12 o que favoreceu os demiurgos ricos (comerciantes do litoral) e desagradou os eupátridas, que perderam seu monopólio. Sólon fundou a Bulé, que tinha quatrocentos membros, representantes das quatro tribos da Ática, a Eclésia, uma assembleia popular que aprovava as medidas da Bulé e o Helieu, um tribunal de justiça aberto aos cidadãos. O contexto político ateniense torna-se ainda mais intenso com as reformas políticas de Sólon. Essas mudanças possibilitaram o aparecimento dos tiranos. O primeiro tirano de Atenas foi Pisístrato, que governou Atenas entre 561 a.c. e 527 a.c. e realizou inúmeras obras públicas, gerando emprego para as camadas menos favorecidas, o que amenizou sua fúria. Pisístrato foi sucedido pelos seus filhos Hiparco e Hípias, que não conseguiram manter a situação política estável, até que em uma revolta liderada por Clístenes, este consegue espaço e toma o poder da pólis. Atenas foi dividida em dez tribos por Clístenes, em vez das quatro tribos anteriores, acabando de vez com o papel político tradicional das famílias, genos e frátrias e retirando o controle político dos eupátridas. A Bulé foi reorganizada para comportar quinhentos membros (cinquenta de cada tribo), os quais se revezariam no governo da Pólis, ao Arcontado foi acrescentado mais um membro, tendo assim, dez membros, um representante de cada tribo e por fim, a Eclésia, com seis mil representantes de todas as classes, que teve maiores poderes decisórios e de regulamentação dos outros órgãos públicos, votando as propostas da Bulé, além de poderem votar o ostracismo. Não devemos esquecer que a democracia de Clístenes, apesar de ter permitido o avanço econômico e político de Atenas, criando uma importante oposição com Esparta (que seria obscurecida durante muito tempo pela guerra com os persas) era excludente. Apenas homens, adultos e filhos de pai e mãe atenienses poderiam ter direito político, e esta era uma parcela mínima da população, deixando de fora os estrangeiros (metecos), mulheres e escravos. 12 Para Platão, na República, como veremos no capítulo IV, isso seria reprovável, uma vez que as virtudes dos homens determinariam se eles seriam de bronze de prata ou de ouro.

22 22 O Período Clássico tem como referencial o seguinte cenário: enquanto a estrutura democrática de Atenas se consolidava, os persas avançavam em direção ao oeste. Sob o comando do Imperador Dario I chegaram à Ásia Menor, onde atacaram Mileto, Éfeso e as ilhas de Samos e Lesbos. Após algum tempo de submissão, os esforços foram insuficientes, permitindo que os persas destruíssem Mileto e iniciassem seu avanço sobre a Grécia. É desta forma que tem início as Guerras Médicas. A situação beligerante contra os persas culminou na união militar das pólis gregas, denominadas Confederação ou Liga de Delos. Tal confederação consistia na coligação das cidades-estados, sendo que cada uma deveria contribuir com navios ou dinheiro, que eram depositados na ilha de Delos. Quase a totalidade dos estados gregos do Mar Egeu aliou-se, comandados por Atenas, que assumiu a ofensiva contra os persas e libertou algumas províncias da Ásia Menor, vencendo a decisiva batalha do Rio Eurimedon, em 468 a.c. Em 449 a.c., foi assinada a Paz de Cálias ou Paz de Címon, na qual os persas comprometiam-se a abandonar o Mar Egeu. Desse modo, o Mediterrâneo Oriental ficou aberto à frota ateniense, que, sem nenhum tipo de rivalidade, pode facilmente expandir seu comércio exterior. No geral, as cidades-estados gregas estavam militarmente mais fortalecidas. O período entre os anos de 461 a.c. e 429 a.c. é considerado a Idade de Ouro de Atenas, quando a cidade viveu o seu auge econômico, político, militar e cultural. Foi governada, nesse ínterim, por Péricles, e nesses trinta anos tornou-se a cidade mais importante da Grécia, graças às reformas implantadas tanto em nível cultural como em nível político, voltadas ao aperfeiçoamento da democracia. Embora aristocrata de nascença, Péricles deu amplitude à democracia ateniense, 13 permitiu o ingresso e a participação política de parcelas da população antes excluídas. Atenienses de baixa renda, envolvidos no trabalho para garantir a sobrevivência, não podiam dedicar-se à participação política. Péricles retirou uma 13 Essa democracia está muito distante dos moldes democráticos que temos na atualidade. É possível dizer que tal democracia ateniense era uma forma de oligarquia, uma vez que somente os cidadãos (as mulheres, crianças, e metecos não eram considerados cidadãos) usufruíam dos privilégios da igualdade perante a lei e do direito de falar nos debates da Assembleia.

23 23 série de restrições à cidadania, embora os cidadãos ainda constituíssem uma minoria. 14 Sobre a Democracia Ateniense, Acácio Vaz de Lima ensina: Aqui, uma observação se impõe. A Democracia Ateniense costuma ser vista como um arquétipo dos regimes democráticos, em geral, inquinaram os regimes democráticos e as fraudes eleitorais, são um destes vícios. Ora, a realidade histórica era outra. Também na Democracia de Atenas, houve uma prática de falcatruas eleitorais; também nela, o povo foi vitimado pela astúcia dos demagogos e dos oportunistas. Aqui, como alhures, há uma sensível diferença entre o modelo e a praxis. Contra as mazelas da Democracia Ateniense, se insurgia Platão; bem como os seguidores do partido laconizante, que viam, em Esparta, um modelo a ser seguido. 15 Com o passar dos anos, o predomínio de Atenas na Confederação de Delos transformou-se em imperialista: havia interferência ateniense na política e sociedade dos demais estados aliados. Após pressões, o tesouro de Delos foi transferido para Atenas. Alguns Estados-membros quiseram se retirar, entretanto, Atenas obrigou-os a permanecer por meio da força, transformando-os de aliados em inimigos que lhe pagavam tributos. 16 Com isso, o desenvolvimento e a manutenção da democracia ateniense dependiam desse imperialismo, dos tributos cobrados das outras Pólis, da prata extraída das minas do Láurio, além do intenso comércio. Ou seja, a democracia ateniense e o crescimento dessa pólis só foi possível, pois escravos, ou outras pólis ajudaram em demasia tal crescimento. 14 Sobre os dados populacionais da época: LOPES, José Reinaldo de Lima. Op. cit., p : Alguns dados sobre o período clássico ajudam-nos a ter uma idéia material da vida. Segundo Cook (1971:131), Atenas, por volta de 480 a.c., contava cidadãos (homens adultos livres), mulheres e crianças, bem menos residentes estrangeiros e escravos, num total aproximado de habitantes. Já em 430 a.c. a figura se altera: São cidadãos (homens adultos livres), mulheres e crianças, estrangeiros residentes e escravos, numa população total girando em torno de habitantes (...). Sobre a mortalidade: A mortalidade em Atenas apresentava-se mais ou menos assim: de cada 100 adultos com 20 anos, 70 viviam até os 30, 25 viviam até os 60, 7 viviam até os 80. Morria-se, pois, relativamente cedo, seja pelas condições de saúde seja por causa das guerras. O casamento ocorria na média entre os 30 e 40 anos para os homens (portanto após o serviço militar ou outras tarefas), e para as mulheres aos 20. A mortalidade feminina era agravada pelo parto, que ainda representava risco de vida em muitas ocasiões. 15 LIMA FILHO, Acácio Vaz de. Op. cit., p Há quem diga que Péricles tinha uma postura democrática com Atenas, mas Atenas tinha uma relação tirânica com as outras cidades.

24 24 As cidades-estados que se opunham ao expansionismo ateniense, e viam nisso um perigo econômico e político (afinal, seus interesses eram os maiores ameaçados), criaram lideradas por Esparta a Confederação do Peloponeso. Com o nascimento da Liga do Peloponeso, em 431 a.c., Atenas e Esparta entraram em conflito direto, por conta de uma disputa comercial entre Atenas e Corinto (aliada de Esparta). Esparta tinha grande poderio terrestre, enquanto Atenas tinha força naval. De início, Esparta obteve vantagem, arrasou os campos e obrigou seus habitantes a se refugiarem dentro das muralhas atenienses. A superpopulação ajudou a propagar uma epidemia 17 que atingiu, inclusive, Péricles. A partir daí, foi uma guerra de desgaste: durante dez anos os conflitos se estenderam sem que houvesse vitórias ou derrotas decisivas. Em 421 a.c. foi assinada a Paz de Nícias, rompida por Atenas sete anos depois. Reiniciadas as lutas, estas só se encerraram com a vitória espartana na Batalha de Egos Potamos (404 a.c.). Atenas teve que renunciar seu império, entregando seus navios e demolindo suas fortificações. Com isso, tem início o período de hegemonia espartana, com ascensão dos governos oligárquicos e a decadência da democracia ateniense. O sistema democrático até então vigente em Atenas, foi substituído por trinta atenienses aristocráticos (governo dos Trinta Tiranos). Deste modo, a democracia ateniense sucumbiu a Esparta, na Guerra do Peloponeso. O domínio de Esparta durou pouco tempo, uma vez que Tebas, localizada no estreito de Corinto, crescia rapidamente como potência bélica da Grécia. Tebas se opôs a Esparta e com a tática militar dos generais Epaminondas e Pelópidas, os tebanos venceram a batalha de Leutras (371 a.c.) e iniciaram sua supremacia, que também foi de duração curta. Os domínios sucessivos entre as cidades-estados gregas enfraqueciam toda a Grécia, de modo a torná-las alvo fácil para o avanço de outra potência. E foi isso que aconteceu com o avanço da Macedônia que acabou com a hegemonia grega trazendo para essa época o Período Helenístico, que exporemos a seguir. 17 Não há um acordo entre os historiadores: os medievais descrevem como peste negra, porém é muito mais provável que pudesse ter sido outra doença como sarampo ou varíola.

25 25 Isolada do mar, a Macedônia fica situada ao nordeste da Grécia continental. Seus habitantes, descendentes dos indo-europeus e que falavam uma língua derivada do grego, eram chamados pelos gregos de bárbaros. Enquanto as cidades gregas estavam em plena decadência, como vimos, com as continuas guerras travadas entre si, os macedônios fortaleciam-se e iniciavam conquistas aos territórios gregos vizinhos. A época, a Macedônia era reinada por Filipe II (359 a.c. 336 a.c.), que venceu a batalha de Queroneia em 338 a.c., iniciando sua hegemonia. Com o assassinato de Filipe II, sucedeu-o seu filho, Alexandre que foi educado por Aristóteles. Alexandre assimilou os valores da cultura grega. Além do domínio da região balcânica consolidado, atravessou o Helesponto em 334 a.c. e Iniciou seu avanço sobre o Oriente. Foi na batalha de Grânico que venceu os persas e conquistou a Ásia Menor. Estendeu seu domínio, em seguida, sobre o Oriente Próximo, chegando até o Egito, onde fundou a primeira das várias cidades com o nome de Alexandria. Avançando, chegou com suas tropas até as margens do rio Indo, na Índia. Voltando suas campanhas militares, iniciou uma organização de seu exército e escolheu a Babilônia como sede de seu império. Morreu jovem, aos 33 anos, e seus sucessores não conseguiram manter unidade e força no enorme império criado por Alexandre, que acabou sendo dividido entre quatro generais: Ptolomeu, que ficou com o Egito, a Fenícia e a Palestina; Seleuco, com a Pérsia, a Mesopotâmia e a Síria; Cassandro, com a Macedônia; e Lisímaco, com a Ásia menor e a Trácia. A divisão do Império Alexandrino e as lutas internas que se seguiram, enfraqueceram-os e possibilitaram a conquista romana que se concretizou nos séculos II e I a.c. Importante destacar que a ação de Alexandre viabilizou uma fusão cultural entre a cultura grega e a cultura oriental. A essa fusão nomeamos de Helenismo, que além de buscar mais realismo nas pinturas trouxe também grandes impulsos às ciências, seja na astronomia com Ptolomeu, na geografia com Eratóstenes, na matemática com Euclides ou na Geometria com Arquimedes. No campo político, os avanços da democracia foram eclipsados pelo retorno do despotismo oriental, na

26 26 qual a autoridade do governo era inquestionável. Na filosofia, Estoicismo e Epicurismo são as correntes de pensamento que ganham força na época. Ao interpretar Benoist-Méchin, Cláudio De Cicco assim se manifesta sobre o Helenismo: Com efeito, Alexandre colocara sua espada a serviço da cultura. As lições de seu mestre Aristóteles não tinham sido baldadas. O Grande sonho de Alexandre era helenizar todo o mundo, isto é, comunicar aos povos da Ásia os valores da cultura grega e seus progressos no campo filosófico, em que Sócrates, Platão e Aristóteles se elevam ao monoteísmo e à concepção da dignidade humana, dele decorrente. 18 Do exposto, e do período que viveu Platão, devemos destacar o período Clássico, que foi o apogeu ateniense e grego. O Século de Ouro teve em Péricles a grande figura imperialista-militar que liderou Atenas para sua ascensão política (com a democracia), militar (com o exército) e cultural (com a filosofia). 18 DE CICCO, Cláudio. Op. cit., p. 53.

27 27 2. OS PRECURSORES DO PENSAMENTO PLATÔNICO Neste capítulo, analisaremos alguns pensadores da Antiguidade que precederam Platão. Exporemos brevemente o pensamento pré-socrático, sofista e socrático. Importante o estudo desses pensadores, pois, é preciso saber onde se dá o nascedouro da filosofia ocidental, bem como compreender os sofistas e o pensamento socrático, pois são figuras centrais para os diálogos platônicos e, consequentemente, seu estudo, auxilia na compreensão da construção de sua teoria. 2.1 O pré-platonismo nos pré-socráticos Em uma época de crises e mudanças históricas e políticas, surgem os primeiros filósofos da história da humanidade. Chamados de filósofos da natureza ou cosmocêntricos. Como menciona a própria nomenclatura, eles volviam seus olhares para o mundo da natureza, da organização das coisas, buscavam o absoluto numa determinação real da natureza. Os pré-socráticos recebem essa nomenclatura não pela questão cronológica, pois, a exemplo, Anaxágoras, um dos últimos pré-socráticos, foi contemporâneo de Sócrates, mas sim por sua identidade na preocupação investigativa, pois tinham na physis seu objeto de estudo. 19 Eram empíristas na verdade, não existia tal termo nessa época, portanto, dizemos que eram observadores da natureza. Suas obras, escritas em verso ou poesia se perderam. Tudo que temos dos pré-socráticos são algumas frases ou alguns parágrafos escritos por outros autores (doxografia, que consiste no relato das 19 CHAUÍ, Marilena. Introdução à história da filosofia. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, v. 1, p. 53.

28 28 ideias de um autor quando interpretadas por outro autor), em obras que sobreviveram e chegam até nós. 20 O pensamento político pré-socrático terá um papel muito importante no pensamento platônico, pois estes abrem o campo reflexivo da filosofia, e com isso oferecem subsídios para suas argumentações 21 políticas, jurídicas e filosóficas. Por isso, estudaremos alguns pensadores das escolas pré-socráticas que temos. Da Escola Jônica teceremos comentários sobre Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto, Anaximenedes de Mileto e Heráclito de Éfeso; da Escola Pitagórica ou Itálica, exporemos notas sobre Pitágoras de Samos; da Escola Eleata grafamos sobre Parmênides de Eleia. Tamanha sua importância, e dificuldade de classificá-lo como um pensador de determinada escola, exporemos também o pensamento de Anaxágoras de Clazômenas. Começamos com Tales de Mileto (624 a 546 a.c.), filho de Examies e descendente da família Télida, que reinou um período na província Jônica de Mileto. Era uma dos sete sábios da Grécia arcaica e o primeiro filósofo da Grécia. Cunhou a palavra filosofia (Filo = amizade + Sofia = sabedoria), sendo certamente o primeiro filósofo ocidental da história. Não se conhece nenhuma obra deixada por Tales. Diógenes Laércio menciona 200 versos escritos por ele e que tratavam de astronomia. 22 Além das discussões astronômicas, matemáticas 23 e até mesmo sobre a democracia, 24 Tales discutia muito sobre filosofia. Apoiado na crença comum de boa 20 No século XVIII, o alemão Hermann Diels leu toda (ou boa parte) a literatura grega e separou todas as passagens (diretas ou indiretas) com informações sobre algum filósofo pré-socrático. Reuniu essas passagens e as publicou no livro Die Fragmente der Vorsokratiker (Os fragmentos dos présocráticos) e a partir daí os pensadores dessa época ficaram conhecidos com o nome pré-socrático. 21 Para isso, estudaremos alguns pensadores das escolas pré-socráticas que temos. Da Escola Jônica, teceremos comentários sobre Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto, Anaxímenedes de Mileto e Heráclito de Éfeso; da Escola Pitagórica ou Itálica, exporemos notas sobre Pitágoras de Samos; da Escola Eleata grafamos sobre Parmênides de Eléia. Tamanha sua importância, e dificuldade de classificá-lo como um pensador de determinada escola, exporemos também o pensamento de Anaxágoras de Clazômenas. 22 Tales nada deixou escrito. Os filósofos e escritores que surgiram depois dele apresentaram um resumo de seus ensinamentos, como Plutarco, grande historiador romano. 23 Seus conhecimentos de geometria lhe permitiram medir a altura das pirâmides partindo da medição de suas sombras. Considerava a lua como um corpo opaco que recebia a luz do sol. Sabia calcular as revoluções da Lua e do Sol, além de prever eclipses e dividia o ano em 365 dias. 24 VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. 7. ed. Trad. Isis Borges B. da Fonseca. São Paulo: Bertrand, 1992, p. 94 e 95: Advento da Pólis, nascimento da filosofia: entre duas ordens de fenômenos os vínculos são demasiado estreitos para que o pensamento racional não apareça, em suas origens, solidário das estruturas sociais e mentais próprias das cidades grega.

29 29 parte da humanidade no sentido de que nada vem do nada ou volta ao nada, procurava, na natureza, um elemento de que todas as coisas se originassem e para a qual voltassem. O questionamento básico de Tales de Mileto consistia no seguinte: De Onde Vim? Dos quatro elementos da natureza, encontra na água como principal elemento para explicar a origem de tudo. Segundo Tales, podemos justificar que a água 25 é a fundadora do início da vida por vários motivos, apresentamos alguns deles expostos por Plutarco, quais sejam: a) Afrodite nasce de Cronos (Saturno) a partir do corte de sua bolsa escrotal. Seu testículo cai nas espumas das águas e nasce a Deusa do Amor; b) Dá-se porque a água está em todos os lugares; sem água, não vivemos, e boa parte de nossos corpos é composta de água; c) A água é a causa da umidade e se sabe que a semente ou o sêmen de todos os animais é úmido; ora, se os animais nascem da umidade não podemos supor que o Universo nasce da umidade?; d) A umidade é necessária para a nutrição e fecundação das plantas como a semente dos animais, porque as plantas e os animais morrem quando ficam secos?; terra; e) O sol e os astros parecem que se nutrem dos vapores ou da umidade da f) A Terra flutua sobre as águas. A contraposição ao pensamento de Tales também é de Mileto, filho de Praxíades, Anaximandro de Mileto (610 a 547 a.c.) é descrito por Teofrasto como concidadão, discípulo e sucessor de Tales. Foi astrônomo, geógrafo, matemático e político. Seus trabalhos mais importantes são na cosmologia, isto é na descrição hipotética da criação do mundo. Assim recolocada na história, a filosofia despoja-se desse caráter de revelação absoluta que as vezes lhe foi atribuído, saudando, na jovem ciência dos jônios, a razão intemporal que veio encarnar-se no tempo. A escola de Mileto não viu nascer a Razão; ela construiu uma Razão, uma primeira forma de racionalidade. Essa razão grega não é a razão experimental da ciência contemporânea, orientada para a exploração do meio físico e cujos métodos, instrumentos intelectuais e quadros mentais foram elaborados no curso dos últimos séculos no esforço laboriosamente continuando para conhecer e dominar a Natureza. (...) De fato, é no plano político que a razão, na Grécia, primeiramente se exprimiu, constituiu-se e formou-se. (...) Quando nasce em Mileto, a filosofia está enraizada nesse pensamento político cujas preocupações fundamentais traduz e do qual tira uma parte do seu vocabulário. 25 Mais especificamente, a physis deriva do úmido.

30 30 Crítico do pensamento de Tales e de Anaxímenes, Anaximandro, em seu tratado Sobre a natureza ou do desenvolvimento das coisas, afirma que não se pode explicar a origem dos elementos naturais pelos próprios elementos; 26 é impossível ter como ponto de apoio de uma doutrina algo determinado como a água. Por isso, o mundo não poderia vir da água nem de qualquer outro elemento. Para ele, a formação das coisas se dá pela existência complexa e simultânea de elementos contemporâneos uns dos outros e confundidos primitivamente no caos que era o mundo em seu começo. Fundamentava sua explicação com o conceito que apresentava de infinito. Para ele, o infinito é imutável e variável nas suas partes: Imutável, pois existe, e não existe nada maior que o infinito que possa mudá-lo entretanto é variável, porque os elementos que nele se encontram podem ser separados e unidos ou aproximados por semelhanças e afastados por diferenças. Deste modo, Anaximandro acredita que há um princípio indeterminado, chamado por ele de Ápeiron, 27 Esse elemento é, nas suas palavras, um motor imóvel que movimenta os motores móveis, o apeíron tudo inclui, tudo governa. 28 O pensamento de Anaximandro é refutado por Anaxímenes de Mileto ( a.c.) 29 que não seguiu os passos daquele explicando o mundo a partir de um elemento indeterminado. Assim como Tales de Mileto, procurou um ponto de apoio, uma coisa determinada e certa. Para ele o mundo, a physis, veio do ar (pneuma), 30 pois este elemento tem atributos magníficos, tais como a imensidade, o infinito e o movimento Afirmava: Nem água nem algum dos elementos, mas alguma substância diferente, limitada, e que dela nascem os céus e os mundos neles contidos. 27 A crítica elaborada em desfavor de Anaximandro reside no fato de que ele adotou um princípio que não pode ser considerado como elemento material porque, ao contrário de Tales, propõe o Ápeiron que não é algo sensível, material, palpável. 28 Essa ideia motriz é retomada por Platão em As Leis para justificar a causa primeira como veremos em 895a-b. 29 Tem a seguinte frase atribuída a si: Como nossa alma que é ar, nos mantemos unidos, assim como o sopro e o ar abarcam o cosmo. 30 Além de Anaxímenes de Mileto, outro pré-socrático que podemos citar é Empédocles de Agrigento (cerca de a.c.) que também teceu comentários sobre o ar. Empédocles foi o primeiro a reconhecer a existência do ar atmosférico como substância separada. 31 CHAUÍ, Marilena. Op. cit., p. 64: A grande originalidade de Anaxímenes, perante Tales e Anaximandro, consiste no fato de que a multiplicidade, transformação e ordenação do mundo se fazem por alterações quantitativas em um único princípio: menos ar (rarefação) e mais ar (condensação) determinam toda a variação e organização do real. O ar, elemento universal, invisível e indeterminado, por sua força interna própria, movimenta-se: contraindo-se ou dilatando-se, vai engendrando todos os seres determinados como manifestações visíveis de uma vida perene. O cosmos vive no ritmo de uma respiração gigantesca que o anima e mantém coesas suas partes.

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