Desenvolvimento do produto na universidade empreendedora 2005

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Desenvolvimento do produto na universidade empreendedora 2005"

Transcrição

1 XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção Porto Alegre, RS, Brasil, 9 out a 0 de nov de 005 Desenvolvimento do produto na universidade empreendedora 005 Marcelo Menezes (UAM) marcelomenezes@anhembi.br Resumo Este trabalho mostra a importância das técnicas de desenvolvimento do projeto do produto na Universidade Empreendedora. Utiliza-se a ferramenta estatística planejamento de experimentos para determinar os parâmetros do projeto de um cimento Portland de altoforno. Conclui-se que este tipo de iniciativa impulsiona a indústria a conquistar novos mercados e ajuda a aumentar as exportações. Palavras-chave: Empreendedora; Planejamento de Experimentos; Projeto.. Introdução A engenharia de produção adquiriu, nos últimos anos, um importante papel no desenvolvimento da sociedade. O papel da Universidade se tornou preponderante nesse aspecto pois, o ensino de novas técnicas no desenvolvimento de projetos e processos contribui sobremaneira neste desenvolvimento. Com isso, a pesquisa passou a ser uma grande aliada a este processo. Neste sentido, o espírito empreendedor da Universidade torna-se importante pois, é através dele, que a pesquisa e desenvolvimento de novos produtos ganha corpo e avança na direção de ampliar as fronteiras da tecnologia. De posse destas considerações, o desenvolvimento do projeto do produto ganha uma grande expressão científica, sem o qual, não há um desenvolvimento de melhoria das condições de vida da sociedade. Uma importante ferramenta no desenvolvimento de novos projetos, são as técnicas de planejamento de experimentos. Elas são muito úteis na elaboração de um projeto de um produto e de seu primeiro protótipo. Neste trabalho é feita uma aplicação no desenvolvimento de um projeto de cimento Portland de alto-forno. A construção civil pode ter ganhos significativos com este tipo de procedimento, pois ela procura desenvolver novos materiais para construir de forma mais econômica e durável. Na formulação de um cimento Portland é necessário encontrar valores para a mistura de clínquer e aditivos, bem como, sua finura. A finalidade é encontrar seu melhor desempenho em termos de resistência mecânica, principalmente, e outras propriedades. Menezes (994) propôs uma forma sistematizada de encontrar este valores através das técnicas de planejamentos de experimentos, que permitem encontrar os valores deste parâmetros de forma definitiva sem precisar alterá-los durante o processo de produção.. Planejamento de Experimentos Planejamento de experimentos pode ser definido como como: O planejamento de experimentos é uma técnica de análise de um fenômeno (ou processo), submetendo-o a diferentes situações físicas, visando a obtenção de resultados, cuja análise estatística levará a inferências sobre os efeitos provocados pelas referidas situações. (Menezes, 994) ENEGEP 005 ABEPRO 790

2 XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção Porto Alegre, RS, Brasil, 9 out a 0 de nov de 005 O planejamento fatorial é um tipo de planejamento de experimentos que envolve o estudo de fatores (MONTGOMERY,976). 3. Montagem do Experimento O cimento portland de alto forno envolve a mistura de clínquer, gesso e escória de alto forno e deve-se definir em que finura esta mistura deve ser moída. Na época em que o estudo foi feito, a norma estava mudando para a permissão da adição de calcário cru, entretanto, este tipo de adição não foi considerado pois, além de ser novidade, constituiria-se em uma variável a mais a ser considerada, dificultando tecnicamente o estudo. Para a construção do experimento, o estudo parte das seguintes perguntas: Qual a quantidade de escória de alto forno deve ser adicionada? Qual a quantidade de gesso que deve ser adicionada? Em que finura a mistura deve ser moída? Estas perguntas devem ser respondidas levando-se em conta as seguintes necessidades: O valor nominal da resistência mecânica deve estar em um patamar especificado; A variabilidade da resistência mecânica deve ser a menor possível; e O tempo de início de pega deve permanecer em um intervalo de variação aceitável. Este estudo deve levar em conta também que não se deve permitir anomalias em produtos derivados do cimento como, por exemplo, efeitos indesejáveis no concreto. 3. Preparação do material O clínquer foi coletado em um determinado lote da produção de uma fábrica. Foi britado e homogeneizado. A escória foi coletada a céu aberto e seca na estufa. O clínquer e a escória foram moídos em um moinho piloto, de bolas, no laboratório. Depois de moídos, foram eliminadas, através de um ímã em forma de ferradura, as limalhas de ferro desprendidas no atrito entre as bolas e as paredes do moinho. O gesso foi britado, moído no moinho de pedra (HERZOG) e peneirado na peneira # 00.O quadro mostra as quantidades de clínquer, escória e gesso que foram misturadas e em que finura foram moídas. Teor de gesso % 7% Teor de finura finura escoria Clinquer 960g Clinquer 960g Clinquer 050g Clinquer 850g 40% escória 040g escória 040g escória 50 escória 50g gesso 70g gesso 70g gesso 45g gesso 45g 60% Clinquer 040g escória 960g gesso 70g Clinquer 040g escória 960g gesso 70g Clinquer 50g escória 850 gesso 45g Clinquer 50g escória 550g gesso 45g Quadro - Quantidades de materiais misturados ENEGEP 005 ABEPRO 79

3 XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção Porto Alegre, RS, Brasil, 9 out a 0 de nov de Objetivos do Experimento O experimento que foi realizado é um experimento fatorial 3, isto é, 3 fatores com níveis cada fator. O experimento foi planejado com fatores e níveis conforme mostra o quadro. Teor de escória de alto-forno Nível 40% nível 60% Teor de gesso Nível % nível 7% Finura medida pela superfície específica Blaine Nível 450(m /kg) nível - 600(m /kg) Quadro - Fatores e níveis A resposta do experimento é a resistência à compressão(mpa) aos 8 dias. Os objetivos do experimento são: verificar se existe efeito devido à variação do teor de escória; verificar se existe efeito devido à variação da finura (pela área específica Blaine); verificar se existe efeito devido à variação do teor de gesso; verificar se existe interação entre %escória finura; verificar se existe interação entre %escória - %gesso; verificar se existe interação entre finura - %gesso; e determinar a combinação ótima dos três fatores, isto é, estabelecer os níveis do teor de escória, finura e teor de gesso. 4. Resultados do Experimento Teor de gesso % 7% Teor de finura(m /kg) finura(m /kg) escoria % média 48,8 49,0 5,0 49, 49,48 5,0 5,6 5,5 5,0 5,8 44,3 44,5 45,8 44,8 44,85 49, 48, 48,0 49,3 48,65 60% média 39,0 39,0 39,6 39,9 39,38 48,8 48,5 48,0 48,5 48,45 40, 40,5 40, 40,0 40,3 5,0 5,5 5,0 54,0 5,38 Tabela - Resistência à compressão aos 8 dias ENEGEP 005 ABEPRO 79

4 XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção Porto Alegre, RS, Brasil, 9 out a 0 de nov de Análise Estatística Lochner e Matar (990) utilizam um tipo de tabela chamada "tabela resposta", para facilitar a nálise do experimento. Esta tabela é mostrada na tabela Fator A Fator B Fator C Interação AB Interação AC Interação BC Nível Nível Nível Nível Nível Nível Nível Nível Nível Nível Nível Nível efeitos Tabela - Tabela resposta Na tabela resposta podemos observar, em sua última linha, os efeitos dos fatores e das interações. A figura mostra os gráficos dos efeitos. As linhas verticais indicam o "tamanho" do efeito e os números que aparecem no topo e abaixo das linhas indicam o nível do fator. GRÁFICO DOS EFEITOS C 50 A AB AC B BC ABC MÉDIA = Figura. Gráfico dos efeitos Figura - Gráfico dos efeitos O nível de uma interação a dois fatores significa que os dois fatores que interagem estão em níveis diferentes e o nível significa que os fatores estão no mesmo nível. Observando apenas o "tamanho" dos efeitos, pode-se compará-los; porém, não se pode afirmar, com muita certeza, se um determinado efeito é significativo estatisticamente. A técnica que permite fazer tal afirmação é a análise de variância. Como foi feito somente um ensaio para cada combinação, esta técnica não pode ser utilizada pois seria necessário pelo menos duas observações por amostra. No entanto, algumas técnicas gráficas e o bom senso na análise, podem ajudar a contornar esta dificuldade. Montgomery (985) apresenta técnicas de análise do experimento por análise de variância para experimentos não replicados, isto é, com apenas uma observação; porém, recomenda-se que elas sejam aplicadas à experimentos que tenham no mínimo quatro fatores. Existem técnicas gráficas, que juntamente com o gráfico dos efeitos, ajudam a entender o comportamento dos fatores e das interações. Entre estas técnicas temos os gráficos das interações. O gráfico das interações é mostrado na figura. ENEGEP 005 ABEPRO 793

5 XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção Porto Alegre, RS, Brasil, 9 out a 0 de nov de 005 GRÁFICO DAS INTERAÇÕES A: teor de escória B: teor de gesso 5 C: finura GR ÁFIC O D A IN TER A Ç Ã O A B 50 EIXO VERTICAL: resistência A B B= B= 43 GRÁFICO DA INTERAÇÃO A C A = A = 5 50 A C A = A = C = C = G RÁFICO DA INTERAÇÃO BC B C C= C= B = B = Figura - Gráfico das interações Para simplificação do texto, quando se quiser dizer " fator A está no nível ", será escrito "A=", e assim será escrito para todos os fatores e níveis. Para entender como estes gráficos são construídos, será dado um exemplo: na interação AB o valor; 50,38 ; é a média das duas respostas quando A=, B=, C= e A=, B= e C=. Na tabela vemos que estes valores são 49,48 e 5,8. Todos os outros valores plotados no gráfico são calculados da mesma forma. Nestes gráficos, quando os segmentos das retas são paralelos (ou aproximadamente paralelos), pode-se dizer que não existe interação (ou a interação é pequena e pode ser desconsiderada). Quando os segmentos são oblíquos, pode-se dizer que existe uma interação entre os dois fatores. Neste caso, diversas são as posições relativas dos segmentos e a análise proceder-se-á de acordo com estas posições. Deve-se ressalvar, no entanto, que o segmento é apenas uma representação, não significando que a variação da resistência seja linear em relação ao fator. Eventualmente, esta variação pode ser descrita por uma curva qualquer. Experimentos com três níveis dão uma idéia melhor desta variação. Observando o gráfico dos efeitos (figura ), pode-se observar o seguinte: fator A (teor de escória): tem efeito razoável sobre a resistência; porém, menor do que o fator C. Seu efeito é negativo, isto é, aumentando-se o teor de escória a resistência diminui. fator B (teor de gesso): tem efeito pequeno, podendo ser desconsiderado, mesmo assim, pode-se observar que seu efeito é negativo, isto é, aumentando-se o teor de gesso a resistência tende a diminuir. fator C (finura): entre todos os fatores, este é o que apresenta o maior efeito, sendo este efeito positivo. Isto significa que aumentando-se a finura, a resistência também aumenta, confirmando as expectativas técnicas (cimento mais fino, maior resistência). interação AB: tem efeito positivo sobre a resistência. interação AC: tem efeito positivo sobre a resistência e maior que o efeito AB. ENEGEP 005 ABEPRO 794

6 XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção Porto Alegre, RS, Brasil, 9 out a 0 de nov de 005 interação BC: tem efeito pequeno e será desconsiderada. Segue abaixo a análise do gráfico das interações (figura ). Gráfico da interação AB: Este gráfico trata da interação entre os fatores A, teor de escória, e B, teor de gesso. O segmento B= corresponde às amostras que possuem % de gesso. No cruzamento de B= com A=, teor de escória de 40%, a resistência é 50,38 MPa e no cruzamento com A=, teor de escória de 60% a resistência é 46,75. Observe que há uma queda na resistência quando se aumenta o teor de escória de 40% para 60%. Em seguida analisa-se o segmento B= que são amostras com 7% de gesso. No cruzamento com A=, 40% de escória, a resistência é 46,75 MPa e com A= a resistência é 46,3 MPa. Veja que houve uma queda muito pequena na resistência quando passamos de 40% para 60% do teor de escória. Isto nos faz concluir que com um teor de gesso de 7% podemos aumentar a quantidade de escória de 40% para 60%, sem que haja uma variação na resistência. Esta informação é uma grande vantagem em termos operacionais. Digamos que uma fábrica opera com 40% de escória e deseja aumentar este valor com o intuito de fabricar um cimento mais econômico. Ela poderá aumentá-lo para 60% desde que adicione também, 7% de gesso. Isto é um efeito de interação. Já no valor de % de gesso este aumento de escória não poderia ser feito sem um prejuízo da resistência. Gráfico da interação AC: neste gráfico são estudados os fatores A, teor de escória, e C, finura. O teor de gesso não é levado em conta. O segmento A= corresponde a 40% de escória e A= a 60%. O ponto C= corresponde à finura 450m /kg e C= a 600m /kg. O segmento A= cresce abruptamente quando passamos de C= para C=, isto é, aumenta a finura. O segmento A= cresce bem menos. Isto significa que aumentando o teor de escória deve-se também aumentar a finura pois, senão, a resistência diminuirá. Veja que em C= com A= a resistência é 47,7 MPa e C= com A= é 39,8. Já na finura C= (600m /kg) se o teor de escória for 40% ou 60% não importa muito pois a resistência é quase a mesma. Do ponto de vista operacional, um cimento fino não precisa ter uma adição de escória constante, sua variação não causará muitos transtornos. Se por motivos operacionais ou econômicos for necessário um cimento grosso, aconselha-se um teor baixo de escória. Gráfico da interação BC: este gráfico analisa a interação entre o teor de gesso e a finura, sem levar em conta o teor de escória. Podemos observar que quando C= não há muita diferença entre B= ou B=. Isto significa que quando a finura é alta, o teor de gesso causa pouca variação na resistência. Um fato interessante é observado quando C=. Com um teor de gesso baixo, há indícios de que o cimento mais grosso tem resistência mais alta, contrariando a idéia de que um cimento mais fino tem resistência mais alta. Da análise feita acima, podemos concluir que uma boa combinação de fatores, seria B= e C=, ficando o fator A livre, podendo variar entre 40 e 60%. Isto possibilita fixar o teor de escória em função de outras necessidades. Pode parecer contraditório pois, como foi dito anteriormente, o fator escória tem efeito significativo sobre a resistência e, agora, ela pode variar sem ter este efeito. O que ocorre é que na primeira afirmação estava sendo levado em conta os dois níveis de finura. A variação de escória não tem efeito somente considerando o nível mais alto de finura, isto é, 600 m /kg. Como foi dito na introdução, as técnicas de planejamento de experimentos são muito interessantes e possibilitam análises sob vários aspectos, podendo-se abstrair informações das mais variadas formas. ENEGEP 005 ABEPRO 795

7 XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção Porto Alegre, RS, Brasil, 9 out a 0 de nov de Recomendações para produção Não se pode, por enquanto, fazer recomendações exatas e precisas para a produção deste cimento. Como já foi dito, este experimento é apenas o início de um projeto que deverá chegar, através de outros experimentos, em um protótipo. Portanto, só na fase final é que se poderá fazer recomendações mais concretas. Neste momento podemos apenas ter uma idéia para onde as pesquisas devem caminhar e fazer considerações sobre algumas variantes destes caminhos. Pelo que foi analisado na seção anterior, ficou claro que existem evidências de que seria uma opção segura, do ponto de vista do controle do processo, manter a finura medida pela área específica Blaine em 600 m /kg, o teor de gesso em 7% e o teor de escória variando entre 40 e 60%. 5.Considerações Gerais Efeitos colaterais na utilização de um produto, são efeitos indesejáveis causados por problemas da sua própria qualidade (TAGUCHI, 986). A finura de 600m /kg saiu, acidentalmente, excessivamente alta por falta de experiência no processo de preparação de amostras. Em experimentos futuros já se poderá contornar melhor esta dificuldade. A finura alta pode causar danos no concreto. Sendo assim, experimentos adicionais devem ser realizados para determinar qual o limite máximo da finura do cimento que o concreto pode suportar, já que a finura alta mostra-se interessante. Assim como este problema, outros efeitos colaterais devem ser estudados, para que soluções adequadas sejam desenvolvidas. Além da resistência à compressão aos 8 dias, outras características de desempenho, podem ter seu controle considerado necessário. Estas outras características, mesmo que sejam secundárias, podem também influir na combinação dos parâmetros do produto. O consumidor do cimento pode, por exemplo, querer especificar o tempo de início de pega. Sabe-se que o tempo de início de pega é afetado pelo teor de gesso adicionado ao clinquer e da finura. Menezes (994) fez também ensaios de pega e mostrou que o teor de escória pode ser fixado em função do início de pega. Os fatores econômicos também podem influir na combinação dos fatores e níveis. Considerando a conclusão inicial onde a finura é de 600 m /kg, o teor máximo de gesso 7% e o teor de escória (A) livre na faixa de 40 a 60%, pode-se fixar o teor de escória em 60% (A=), pois nesta composição utilizar-se-ia somente 8% de clínquer. Outra consideração é que se esta finura alta for muito onerosa, pode-se escolher a finura de 450 m /kg (C=). Observando-se o gráfico das interações, este nível de finura, C=, combina melhor com B= (interação BC) e com A= (interação AC). Esta combinação oferece resistências mais altas. Observa-se que o gráfico da interação AB também confirma que A= com B= proporciona resistência maior. Portanto, esta combinação seria: finura 450 m /kg, teor de gesso % e teor de escória 40%. Há alguns anos atrás a norma passou a permitir a adição de 5% de calcário cru. Será preciso incluí-lo nos próximos experimentos. Desta forma, será necessário planejar um experimento fatorial com 4 fatores e níveis ( 4 ). Este experimento permitirá verificar se as conclusões tiradas até aqui continuam válidas ou não, com a inclusão desta nova variável. Devido ao moinho de laboratório ser diferente do moinho industrial, possivelmente a distribuição granulométrica das partículas pode ser diferente. Mesmo que a finura medida pela área específica Blaine seja a mesma em cimentos moídos no laboratório e no moinho industrial, se houver esta diferença na distribuição granulométrica, seria necessário estudar se ENEGEP 005 ABEPRO 796

8 XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção Porto Alegre, RS, Brasil, 9 out a 0 de nov de 005 este fato pode influir significativamente na resistência. Caso isto ocorra, será necessário adequar os experimentos para contornar esta dificuldade. 6. Conclusões As principais conclusões que se pode tirar do ponto de vista técnico para a elaboração do projeto do cimento Portland de alto-forno são: a) A variável finura medida pela área específica Blaine tem grande efeito na resistência à compressão aos 8 dias e deve ser rigorosamente controlada no processo de produção; b) A variável teor de gesso tem efeito sobre a resistência à compressão aos 8 dias; porém, um efeito menor que a finura. Esta variável deve ser acompanhada com cautela no processo de produção;e c) A combinação ótima dos fatores que minimiza a variabilidade da resistência à compressão aos 8 dias é: finura medida pela área específica Blaine de 600 m /kg, teor de gesso de 7% e teor de escória livre na faixa de 40 a 60%. Conforme considerações feitas anteriormente, outras combinações podem ser viáveis, conforme necessidades do fabricante e do cliente. Estes resultados são preliminares e precisam ser confirmados por outros experimentos. Podemos encontrar, desta forma, as combinações conforme o interesse do fabricante, tanto em termos econômicos como em termos de suas limitações operacionais. Gostaria de ressaltar, mais uma vez, a valiosidade das técnicas de planejamento de experimentos dentro da pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. A Universidade empreendedora precisa cada vez mais fomentar este tipo de atividade que pode ajudar muito no desenvolvimento da indústria nacional e ampliar os negócios de exportação. Referências LOCHNER, Robert H., MATAR, Joseph E. Designing for quality : an introduction to the best of Taguchi and Western methods of statistical experimental design. New York : Quality Resources, p. MENEZES, M. Aplicação de Experimentos Planejados no Projeto e Desenvolvimento de Produtos em Sistemas da Qualidade. Um Estudo de Caso: Cimento Portland de Alto-Forno. Rio de Janeiro, p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - COPPE, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 994. MONTGOMERY, Douglas C. Design and analysis of experiments. New York:Wiley, p..introduction to statistical quality control.new York : Wiley, p. TAGUCHI,Genichi.Introduction to quality engineering: designing quality into products and process. Tokyo: Asian Productivity Organization, p. ENEGEP 005 ABEPRO 797

ELEMENTOS CONSTITUINTES DO CONCRETO

ELEMENTOS CONSTITUINTES DO CONCRETO ELEMENTOS CONSTITUINTES DO CONCRETO O concreto, de emprego usual nas estruturas, são constituídos de quatro materiais: 1. Cimento Portland 2. Água 3. Agregado fino 4. Agregado graúdo O cimento e a água

Leia mais

DECIV EM UFOP Aglomerantes Cimento Portland

DECIV EM UFOP Aglomerantes Cimento Portland MATERIAIS DE CONSTRUÇAO DECIV EM UFOP Aglomerantes Cimento Portland Cimento Portland Cimento Portland 3 Cimento Portland Aglomerante hidráulico produzido a partir da moagem do clínquer constituído por

Leia mais

A metodologia de Taguchi Variáveis de influência Níveis Fontes de variabilidade

A metodologia de Taguchi Variáveis de influência Níveis Fontes de variabilidade A metodologia de Taguchi Este texto foi extraído do item 1.5, pp. 414-433 do livro de Montgomery. A metodologia proposta por Genechi Taguchi, no início da década de 80, apresenta três objetivos principais:

Leia mais

CIMENTO PORTLAND F M C P R O F ª B Á R B A R A S I L V É R I A

CIMENTO PORTLAND F M C P R O F ª B Á R B A R A S I L V É R I A AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND F M C P R O F ª B Á R B A R A S I L V É R I A COMPOSIÇÃO Cimento Portland é a denominação técnica do material usualmente conhecido na construção civil como CIMENTO; Foi criado

Leia mais

Moagem Fina à Seco e Granulação vs. Moagem à Umido e Atomização na Preparação de Massas de Base Vermelha para Monoqueima Rápida de Pisos Vidrados

Moagem Fina à Seco e Granulação vs. Moagem à Umido e Atomização na Preparação de Massas de Base Vermelha para Monoqueima Rápida de Pisos Vidrados Moagem Fina à Seco e Granulação vs. Moagem à Umido e Atomização na Preparação de Massas de Base Vermelha para Monoqueima Rápida de Pisos Vidrados G. Nassetti e C. Palmonari Centro Cerâmico Italiano, Bologna,

Leia mais

Potencial de Substituição de Cimento por Finos de Quartzo em Materiais Cimentícios

Potencial de Substituição de Cimento por Finos de Quartzo em Materiais Cimentícios Potencial de Substituição de Cimento por Finos de Quartzo em Materiais Cimentícios Potential of Cement Replacement by Quartz Powder in Cementitious Materials Potencial de sustituición de cemento por cuarzo

Leia mais

Laboratório de Pesquisa de Materiais Estruturais - Instituto Lewis - Chicago. Boletim 4 Efeito da Finura do Cimento

Laboratório de Pesquisa de Materiais Estruturais - Instituto Lewis - Chicago. Boletim 4 Efeito da Finura do Cimento pág. 1/10 Laboratório de Pesquisa de Materiais Estruturais - Instituto Lewis - Chicago Boletim 4 Efeito da Finura do Cimento por Duff A. Abrams Professor Chefe do Laboratório Edição revisada de Novembro

Leia mais

Pesquisador. Planejamento de Experimentos Design of Experiments - DOE NOÇÕES SOBRE EXPERIMENTOS FATORIAIS. 1 - Fixar T e variar P até > Pureza

Pesquisador. Planejamento de Experimentos Design of Experiments - DOE NOÇÕES SOBRE EXPERIMENTOS FATORIAIS. 1 - Fixar T e variar P até > Pureza 3 NOÇÕES SOBRE EXPERIMENTOS FATORIAIS Planeamento de Experimentos Design of Experiments - DOE Em primeiro lugar devemos definir o que é um experimento: Um experimento é um procedimento no qual alterações

Leia mais

DOSAGEM DE CONCRETO COLORIDO DE ALTO DESEMPENHO CAD

DOSAGEM DE CONCRETO COLORIDO DE ALTO DESEMPENHO CAD DOSAGEM DE CONCRETO COLORIDO DE ALTO DESEMPENHO CAD Ester Cardoso Vieira Borges (1); Flávio Roldão de Carvalho Lelis (2) (Instituto Federal de Educação, Ciência e tecnologia do Tocantins - Campus Palmas,

Leia mais

NOÇÕES SOBRE EXPERIMENTOS FATORIAIS

NOÇÕES SOBRE EXPERIMENTOS FATORIAIS 3 NOÇÕES SOBRE EXPERIMENTOS FATORIAIS Planejamento de Experimentos Design of Experiments - DOE Em primeiro lugar devemos definir o que é um experimento: Um experimento é um procedimento no qual alterações

Leia mais

Planejamento e pesquisa

Planejamento e pesquisa Planejamento e pesquisa Introdução Lane Alencar Lane Alencar - Planejamento e Pesquisa 1-2 Pesquisa Experimental: o pesquisador pode interferir nos valores de variáveis explicativas, por exemplo, indicando

Leia mais

ESTUDO DE DOSAGEM DE CONCRETOS COM MATERIAIS DISPONÍVEIS NA REGIÃO DE PELOTAS - RS

ESTUDO DE DOSAGEM DE CONCRETOS COM MATERIAIS DISPONÍVEIS NA REGIÃO DE PELOTAS - RS ESTUDO DE DOSAGEM DE CONCRETOS COM MATERIAIS DISPONÍVEIS NA REGIÃO DE PELOTAS - RS BOHN, Kátia Aline 1 ; ARMÃO, Tiago Pereira 2 ; SANTOS, Thiara Moura 3 ; GARCEZ, Mônica Regina 4 1 Universidade Federal

Leia mais

Prof. Pierre Claude Aïtcin. Livro : Binders for Durable and Sustainable concrete Série : Modern Concrete Technology 15 Taylor & Francis -2008

Prof. Pierre Claude Aïtcin. Livro : Binders for Durable and Sustainable concrete Série : Modern Concrete Technology 15 Taylor & Francis -2008 1 / 9 Prof. Pierre Claude Aïtcin Livro : Binders for Durable and Sustainable concrete Série : Modern Concrete Technology 15 Taylor & Francis -2008 O Prof. Pierre Claude Aitcin, autor do livro High Performance

Leia mais

aula PLANEJAMENTO FATORIAL 2 3 META OBJETIVOS PRÉ-REQUISITOS

aula PLANEJAMENTO FATORIAL 2 3 META OBJETIVOS PRÉ-REQUISITOS PLANEJAMENTO FATORIAL 2 3 12 aula META Mostrar aos alunos que os planejamentos fatoriais podem ser expandidos com respeito ao número de fatores OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá: elaborar um

Leia mais

Capítulo 6 Conclusões e Sugestões 113

Capítulo 6 Conclusões e Sugestões 113 &21&/86 (6(68*(67 (6 A seguir serão apresentadas conclusões deste estudo experimental, relacionando-se a todos os procedimentos elaborados e algumas sugestões para trabalhos futuros. &RQFOXV}HV Conforme

Leia mais

ARGAMASSAS E CONCRETOS RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO

ARGAMASSAS E CONCRETOS RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO ARGAMASSAS E CONCRETOS RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO Definição: O cimento Portland é um pó fino com propriedades aglutinantes que endurece sob a ação da água, ou seja, é um aglomerante ativo hidráulico. Influência

Leia mais

Estatística para Cursos de Engenharia e Informática

Estatística para Cursos de Engenharia e Informática Estatística para Cursos de Engenharia e Informática BARBETTA, Pedro Alberto REIS, Marcelo Menezes BORNIA, Antonio Cezar MUDANÇAS E CORREÇOES DA ª EDIÇÃO p. 03, após expressão 4.9: P( A B) = P( B A) p.

Leia mais

USO DE PLANEJAMENTO COMPOSTO CENTRAL NA AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS TEMPERAURA E CONCENTRAÇÃO DE SOLVENTES NO ESTUDO DA SOLUBILIDADE DA UREIA

USO DE PLANEJAMENTO COMPOSTO CENTRAL NA AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS TEMPERAURA E CONCENTRAÇÃO DE SOLVENTES NO ESTUDO DA SOLUBILIDADE DA UREIA USO DE PLANEJAMENTO COMPOSTO CENTRAL NA AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS TEMPERAURA E CONCENTRAÇÃO DE SOLVENTES NO ESTUDO DA SOLUBILIDADE DA UREIA F. M. A. S. COSTA 1, A. P. SILVA 1, M. R. FRANCO JÚNIOR 1 e R.

Leia mais

Instituto Federal da Bahia Campus Feira de Santana Materiais de Construção I Professora Moema Castro, MSc. T E C N O L O G I A D O C O N C R E T O

Instituto Federal da Bahia Campus Feira de Santana Materiais de Construção I Professora Moema Castro, MSc. T E C N O L O G I A D O C O N C R E T O Instituto Federal da Bahia Campus Feira de Santana Materiais de Construção I Professora Moema Castro, MSc. T E C N O L O G I A D O C O N C R E T O CIMENTO A U L A 02 CAPITULO 2 NEVILLE, A. M. Tecnologia

Leia mais

3 Programa Experimental

3 Programa Experimental 3 Programa Experimental 3.1. Considerações iniciais O estudo experimental desta pesquisa foi realizado no laboratório de estruturas e materiais (LEM) da PUC-Rio com o fim de analisar o comportamento de

Leia mais

PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS ESTATÍSTICOS EM ENGENHARIA

PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS ESTATÍSTICOS EM ENGENHARIA PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS ESTATÍSTICOS EM ENGENHARIA VARIABILIDADE NA MEDIDA DE DADOS CIENTÍFICOS Se numa pesquisa, desenvolvimento de um processo ou produto, o valor

Leia mais

Professor do curso de Engenharia Civil da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões em Santo Ângelo/RS

Professor do curso de Engenharia Civil da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões em Santo Ângelo/RS ANÁLISE COMPARATIVA DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DO CONCRETO CONVENCIONAL COM ADIÇÃO DE FIBRAS DE AÇO E DE POLIPROPILENO 1 COMPARATIVE ANALYSIS OF THE MECHANICAL PROPERTIES OF CONVENTIONAL CONCRETE WITH

Leia mais

ROCHA ARTIFICIAL PRODUZIDA COM PÓ DE ROCHA E AGLOMERANTE POLIMÉRICO AGUIAR, M. C., SILVA. A. G. P., GADIOLI, M. C. B

ROCHA ARTIFICIAL PRODUZIDA COM PÓ DE ROCHA E AGLOMERANTE POLIMÉRICO AGUIAR, M. C., SILVA. A. G. P., GADIOLI, M. C. B ROCHA ARTIFICIAL PRODUZIDA COM PÓ DE ROCHA E AGLOMERANTE POLIMÉRICO AGUIAR, M. C., SILVA. A. G. P., GADIOLI, M. C. B Setor de Rochas Ornamentais Brasil: um dos principais produtores de rochas ornamentais

Leia mais

1. ANÁLISE EXPLORATÓRIA E ESTATÍSTICA DESCRITIVA

1. ANÁLISE EXPLORATÓRIA E ESTATÍSTICA DESCRITIVA 1. ANÁLISE EXPLORATÓRIA E ESTATÍSTICA DESCRITIVA 2019 Estatística Descritiva e Análise Exploratória Etapas iniciais. Utilizadas para descrever e resumir os dados. A disponibilidade de uma grande quantidade

Leia mais

Prof. Pierre Claude Aïtcin. Livro : Binders for Durable and Sustainable concrete Série : Modern Concrete Technology 15 Taylor & Francis -2008

Prof. Pierre Claude Aïtcin. Livro : Binders for Durable and Sustainable concrete Série : Modern Concrete Technology 15 Taylor & Francis -2008 1 / 10 Prof. Pierre Claude Aïtcin Livro : Binders for Durable and Sustainable concrete Série : Modern Concrete Technology 15 Taylor & Francis -2008 O Prof. Pierre Claude Aitcin, autor do livro High Performance

Leia mais

CARACTERÍSTICAS ESTÁTICAS DE SISTEMAS DE MEDIÇÃO

CARACTERÍSTICAS ESTÁTICAS DE SISTEMAS DE MEDIÇÃO DETERMINAÇÃO DA DERIVA DO ZERO: ENSAIO: Manter P o = 0 e variar a temperatura T dentro da faixa de temperaturas ambientes [T max, T min ] previstas para uso do SM. Os ensaios feitos em CÂMARA de temperatura

Leia mais

ARGAMASSAS E CONCRETOS ADIÇÕES

ARGAMASSAS E CONCRETOS ADIÇÕES ARGAMASSAS E CONCRETOS ADIÇÕES Adições Minerais CONCEITUAÇÃO Definição: São materiais adicionados ao concreto (com teores superiores a 5%) que tem a função de substituir o cimento ou se somar a ele devido

Leia mais

PESQUISA OPERACIONAL - LISTA DE EXERCÍCIOS 1

PESQUISA OPERACIONAL - LISTA DE EXERCÍCIOS 1 PESQUISA OPERACIONAL - LISTA DE EXERCÍCIOS 1 Modelar por programação linear e resolver os problemas propostos nesta lista. 1. Uma certa agroindústria do ramo alimentício tirou de produção uma certa linha

Leia mais

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL. Agregados

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL. Agregados Curso Superior de Tecnologia em Construção de Edifícios MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL Agregados Prof. Leandro Candido de Lemos Pinheiro leandro.pinheiro@riogrande.ifrs.edu.br AGREGADOS Material granular

Leia mais

APROVEITAMENTO DA AREIA DE FUNDIÇÃO NA PRODUÇÃO DE TIJOLOS

APROVEITAMENTO DA AREIA DE FUNDIÇÃO NA PRODUÇÃO DE TIJOLOS APROVEITAMENTO DA AREIA DE FUNDIÇÃO NA PRODUÇÃO DE TIJOLOS Marcelo Angst Acadêmico do Curso de Engenharia Civil, Bolsista de Iniciação Científica, mangciv@urisan.tche.br Universidade Regional Integrada

Leia mais

AGREGADOS. Ms = k. Mh ( ms = massa seca e ma = massa de agua no agregado)

AGREGADOS. Ms = k. Mh ( ms = massa seca e ma = massa de agua no agregado) AGREGADOS Coeficiente de umidade (k): É importante para corrigir a quantidade de agua de uma argamassa ou concreto, além da correção da massa dos agregados colocados na mistura. O coeficiente de umidade

Leia mais

Estudo do uso de carvão vegetal de resíduos de biomassa no sistema de aquecimento dos fornos de produção do clínquer de cimento portland.

Estudo do uso de carvão vegetal de resíduos de biomassa no sistema de aquecimento dos fornos de produção do clínquer de cimento portland. Estudo do uso de carvão vegetal de resíduos de biomassa no sistema de aquecimento dos fornos de produção do clínquer de cimento portland. Aluno: Bruno Damacena de Souza Orientador: Francisco José Moura

Leia mais

Revestimentos de Argamassa Conceitos P R O M O Ç Ã O

Revestimentos de Argamassa Conceitos P R O M O Ç Ã O Revestimentos de Argamassa Conceitos P R O M O Ç Ã O TECNOLOGIA DA ARGAMASSA Conceitos Sistema de Revestimento de Argamassa Desempenho do sistema Materiais Constituintes Dosagem Escolha do Sistema de Revestimento

Leia mais

Concreto Traços. Eng. Gildásio Rodrigues da Silva 1974 / 1975

Concreto Traços. Eng. Gildásio Rodrigues da Silva 1974 / 1975 Concreto Traços Eng. Gildásio Rodrigues da Silva 1974 / 1975 Prof. Eduardo C. S. Thomaz Notas de aula O Eng. Gildásio Rodrigues da Silva deu uma grande contribuição à divulgação da dosagem racional do

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALDO DO DISTRITO FEDERAL

CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALDO DO DISTRITO FEDERAL 7. Propriedades Mecânicas dos Materiais As propriedades mecânicas de um material devem ser conhecidas para que os engenheiros possam relacionar a deformação medida no material com a tensão associada a

Leia mais

PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS DOS CIMENTOS

PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS DOS CIMENTOS LIGANTES HIDRÓFILOS CIMENTOS PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS DOS CIMENTOS Fundamental para: Determinar composição do betão superfície específica do cimento Determinar (às vezes) se o cimento está já parcialmente

Leia mais

PROGRAMAÇÃO LINEAR 1. A TEORIA DA PROGRAMAÇÃO LINEAR 2. MÉTODO GRÁFICO 3. MÉTODO SIMPLEX 4. ANÁLIDE DE SENSIBILIDADE 5. APLICAÇÕES

PROGRAMAÇÃO LINEAR 1. A TEORIA DA PROGRAMAÇÃO LINEAR 2. MÉTODO GRÁFICO 3. MÉTODO SIMPLEX 4. ANÁLIDE DE SENSIBILIDADE 5. APLICAÇÕES UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA ESCOLA POLITÉCNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA DEM CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO PROGRAMAÇÃO LINEAR PESQUISA OPERACIONAL PARTE II 1. A TEORIA DA PROGRAMAÇÃO

Leia mais

ANÁLISE DE SOLO COMPACTADO COM RESÍDUO DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO 1 ANALYSIS COMPACTED SOIL WITH CONSTRUCTION AND DEMOLITION WASTE

ANÁLISE DE SOLO COMPACTADO COM RESÍDUO DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO 1 ANALYSIS COMPACTED SOIL WITH CONSTRUCTION AND DEMOLITION WASTE ANÁLISE DE SOLO COMPACTADO COM RESÍDUO DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO 1 ANALYSIS COMPACTED SOIL WITH CONSTRUCTION AND DEMOLITION WASTE Carlise Patrícia Pivetta 2, Márcio Antônio Vendruscolo 3 1 Projeto de Iniciação

Leia mais

Avaliação de uma Metodologia para a Formulação de Massas para Produtos Cerâmicos Parte II

Avaliação de uma Metodologia para a Formulação de Massas para Produtos Cerâmicos Parte II Avaliação de uma Metodologia para a Formulação de Massas para Produtos Cerâmicos Parte II Rodrigo Tognotti Zauberas a,b, Anselmo Ortega Boschi b * a Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de

Leia mais

Elementos de Introdução ao Betão Estrutural

Elementos de Introdução ao Betão Estrutural Mestrado em Engenharia Civil 2011 / 2012 Elementos de Introdução ao Betão Estrutural Eduardo S. Júlio 0/46 Sumário 1. Notas históricas sobre a Construção em Betão 2. O cimento Portland 3. O betão de cimento

Leia mais

AVALIAÇÃO E OTIMIZAÇÃO DO CIRCUITO DE MOAGEM E SEPARAÇÃO DO CIMENTO ESTUDO DE CASO

AVALIAÇÃO E OTIMIZAÇÃO DO CIRCUITO DE MOAGEM E SEPARAÇÃO DO CIMENTO ESTUDO DE CASO AVALIAÇÃO E OTIMIZAÇÃO DO CIRCUITO DE MOAGEM E SEPARAÇÃO DO CIMENTO ESTUDO DE CASO M. C. R. BEHAR1, V. M. SILVA2, V. S. MADEIRA¹, E. MEDEIROS¹, R.E.L.ABREU¹ 1 Universidade Federal da Paraíba, Centro de

Leia mais

SUBSTITUIÇÃO DO AGREGADO MIÚDO AREIA PELO AGREGADO MIÚDO DO BASALTO EM ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO E REVESTIMENTO.

SUBSTITUIÇÃO DO AGREGADO MIÚDO AREIA PELO AGREGADO MIÚDO DO BASALTO EM ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO E REVESTIMENTO. SUBSTITUIÇÃO DO AGREGADO MIÚDO AREIA PELO AGREGADO MIÚDO DO BASALTO EM ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO E REVESTIMENTO. Rogério Carvalho da Silva 1 Fernando Resende de Oliveira 2 Diones de Jesus Silva 3 Victor

Leia mais

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA REACTIVIDADE DE UMA POZOLANA

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA REACTIVIDADE DE UMA POZOLANA MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA REACTIVIDADE DE UMA POZOLANA Métodos baseados Na determinação da tensão de rotura de pastas ou argamassas Na determinação do grau de combinação do Ca(OH) 2 com a pozolana Ex:

Leia mais

Planejamento e Otimização de Experimentos

Planejamento e Otimização de Experimentos Planejamento e Otimização de Experimentos Planejamentos Fatoriais Prof. Dr. Anselmo E de Oliveira anselmo.quimica.ufg.br anselmo.disciplinas@gmail.com Planejamento Fatorial Fatores ou Variáveis Temperatura

Leia mais

MÉTODOS TAGUCHI DOE DESIGN OF EXPERIMENTS ANÁLISE DE VARIÂNCIA TAGUCHI 1

MÉTODOS TAGUCHI DOE DESIGN OF EXPERIMENTS ANÁLISE DE VARIÂNCIA TAGUCHI  1 MÉTODOS TAGUCHI DOE DESIGN OF EXPERIMENTS ANÁLISE DE VARIÂNCIA TAGUCHI WWW.VALUESTREAM.PT 1 TAGUCHI LOSS FUNCTION FUNÇÃO PREJUÍZO DA QUALIDADE FUNÇÃO PERDA QUADRÁTICA TAGUCHI WWW.VALUESTREAM.PT 2 QUEM

Leia mais

ESTUDO DA COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA NA PRODUÇÃO DE ARGAMASSA PERMEÁVEL

ESTUDO DA COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA NA PRODUÇÃO DE ARGAMASSA PERMEÁVEL 15. CONEX Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( X ) TECNOLOGIA

Leia mais

AVALIAÇÃO DE ARGAMASSAS COMPOSTAS PELO CIMENTO PORTLAND CP IV-32 E PELA ADIÇÃO MINERAL DE METACAULIM PARA ELABORAÇÃO DE CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL

AVALIAÇÃO DE ARGAMASSAS COMPOSTAS PELO CIMENTO PORTLAND CP IV-32 E PELA ADIÇÃO MINERAL DE METACAULIM PARA ELABORAÇÃO DE CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL AVALIAÇÃO DE ARGAMASSAS COMPOSTAS PELO CIMENTO PORTLAND CP IV-32 E PELA ADIÇÃO MINERAL DE METACAULIM PARA ELABORAÇÃO DE CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL Autores: ANDERSON RENATO VOBORNIK WOLENSKI - Universidade

Leia mais

Conceitosintrodutórios Planejamentode Experimentos. Prof. Dr. Fernando Luiz Pereira de Oliveira Sala1 ICEB I DEMAT

Conceitosintrodutórios Planejamentode Experimentos. Prof. Dr. Fernando Luiz Pereira de Oliveira Sala1 ICEB I DEMAT Conceitosintrodutórios Planejamentode Experimentos Prof. Dr. Fernando Luiz Pereira de Oliveira Sala1 ICEB I DEMAT Email: fernandoest@ig.com.br Um planejamento de experimentos consiste em um teste ou umas

Leia mais

Laboratório de Materiais de Construção Civil. Profa. Dra. Geilma Vieira AGREGADOS AGREGADOS AGREGADOS

Laboratório de Materiais de Construção Civil. Profa. Dra. Geilma Vieira AGREGADOS AGREGADOS AGREGADOS Campo da Matéria Especificações técnicas: Elementos escritos de um projeto de engenharia: um projeto de engenharia não consiste apenas em plantas, desenhos e cálculos. Inclui também uma de redação sob

Leia mais

UTILIZAÇÃO DE UM DELINEAMENTO COMPOSTO CENTRAL ROTACIONAL PARA AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE POLPAS DE AÇAÍ PASTEURIZADAS

UTILIZAÇÃO DE UM DELINEAMENTO COMPOSTO CENTRAL ROTACIONAL PARA AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE POLPAS DE AÇAÍ PASTEURIZADAS UTILIZAÇÃO DE UM DELINEAMENTO COMPOSTO CENTRAL ROTACIONAL PARA AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE POLPAS DE AÇAÍ PASTEURIZADAS R. A. MATTIETTO 1, V. M. MATTA 2 1 Embrapa Amazônia Oriental 2 Embrapa Agroindústria

Leia mais

O SISTEMA MODULAR DE MOAGEM PARA RÁPIDA ENTRADA NO MERCADO

O SISTEMA MODULAR DE MOAGEM PARA RÁPIDA ENTRADA NO MERCADO O SISTEMA MODULAR DE MOAGEM PARA RÁPIDA ENTRADA NO MERCADO Máxima flexibilidade com o sistema único de moagem modular ready2grind da Pfeiffer // A solução de moagem modular da Pfeiffer propicia sua aplicação,

Leia mais

Redução do custo da produção do concreto através da permuta de parte de brita por areia

Redução do custo da produção do concreto através da permuta de parte de brita por areia Redução do custo da produção do concreto através da permuta de parte de brita por areia Maria Cinara S. Rodrigues 1, Neusvaldo G. D. Júnior 2, João G. T. Silva 3 1 Aluna de Iniciação Científica, IF-AL.

Leia mais

EM41-A Planejamento Estatístico de Experimentos

EM41-A Planejamento Estatístico de Experimentos Universidade Tecnológica Federal do Paraná Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica - PPGEM EM41-A Planejamento Estatístico de Experimentos Prof a Daniele Toniolo Dias F. Rosa www. fotoacustica.fis.ufba.br/daniele/

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS MATERIAIS CONSTITUINTES PARA PRODUÇÃO DE CONCRETO DE ALTA RESISTÊNCIA (CAR)

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS MATERIAIS CONSTITUINTES PARA PRODUÇÃO DE CONCRETO DE ALTA RESISTÊNCIA (CAR) CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS MATERIAIS CONSTITUINTES PARA PRODUÇÃO DE CONCRETO DE ALTA RESISTÊNCIA (CAR) INTRODUÇÃO Laerte Melo Barros 1, Carlos Benedito Santana da Silva Soares 2, Andre Lopes Pascoal 3 No

Leia mais

UTILIZAÇÃO DO RESÍDUO DE CANA-DE-AÇÚCAR (BAGAÇO CRU) PARA PRODUÇÃO DE COMPÓSITO CERÂMICO

UTILIZAÇÃO DO RESÍDUO DE CANA-DE-AÇÚCAR (BAGAÇO CRU) PARA PRODUÇÃO DE COMPÓSITO CERÂMICO UTILIZAÇÃO DO RESÍDUO DE CANA-DE-AÇÚCAR (BAGAÇO CRU) PARA PRODUÇÃO DE COMPÓSITO CERÂMICO M. A. Diniz ; S. K. J. Marques; M. R. Diniz Junior IFRN Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RN

Leia mais

UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS DE CCA NO TRAÇO DE CONCRETO PARA FABRICAÇÃO DE BLOCOS PRÉ-MOLDADOS

UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS DE CCA NO TRAÇO DE CONCRETO PARA FABRICAÇÃO DE BLOCOS PRÉ-MOLDADOS UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS DE CCA NO TRAÇO DE CONCRETO PARA FABRICAÇÃO DE BLOCOS PRÉ-MOLDADOS FRANCIELLI PRIEBBERNOW PINZ 1 ; STAEL AMARAL PADILHA 2 CHARLEI MARCELO PALIGA 3 ; ARIELA DA SILVA TORRES 4 1 Universidade

Leia mais

P&D. desenvolver parcerias e formar uma rede para construir valor através da colaboração

P&D. desenvolver parcerias e formar uma rede para construir valor através da colaboração P&D desenvolver parcerias e formar uma rede para construir valor através da colaboração CIMENTO A PARTIR DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO Rede de parcerias InterCement 38 O que está sendo desenvolvido?

Leia mais

Produtividade através da confiabilidade

Produtividade através da confiabilidade Produtividade através da confiabilidade Recursos da SKF para o segmento de mineração, processamento de minérios e cimento O Poder do Conhecimento em Engenharia Você está trabalhando como nunca. As suas

Leia mais

Análise Granulométrica. Análise Granulométrica. Análise Granulométrica

Análise Granulométrica. Análise Granulométrica. Análise Granulométrica Associação Educativa Evangélica UniEvangélica Curso de Engenharia Civil Professora Moema Castro, MSc. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL II AGREGADOS AULA 06 - GRANULOMETRIA 2 Oprocessodedividirumaamostradeagregadoem

Leia mais

20 a 22 de Junho de São Paulo/SP Influência dos Aditivos nos Processos de Moagem

20 a 22 de Junho de São Paulo/SP Influência dos Aditivos nos Processos de Moagem - São Paulo/SP Influência dos Aditivos nos Processos de Moagem Realização Espaço para a Logomarca do Patrocinador 20 a 22 de Junho de 2016 Agenda Introdução. Fenômenos Indesejadas nas Moagens. Influencia

Leia mais

PROCESSAMENTO DE LIGAS À BASE FERRO POR MOAGEM DE ALTA ENERGIA

PROCESSAMENTO DE LIGAS À BASE FERRO POR MOAGEM DE ALTA ENERGIA PROCESSAMENTO DE LIGAS À BASE FERRO POR MOAGEM DE ALTA ENERGIA Lucio Salgado *, Francisco Ambrozio Filho * * Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, Comissão Nacional de Energia Nuclear, C.P. 11049

Leia mais

Planejamento e Análise de Experimentos: Aquecimento de Leite por Forno Micro-ondas

Planejamento e Análise de Experimentos: Aquecimento de Leite por Forno Micro-ondas Planejamento e Análise de Experimentos 2012/1 1 Planejamento e Análise de Experimentos: Aquecimento de Leite por Forno Micro-ondas Wagner A. M. Ursine Abstract Este trabalho apresenta as etapas de planejamento

Leia mais

Trabalho publicado na revista A CONSTRUÇÃO EM GOIÁS em outubro/ 2002

Trabalho publicado na revista A CONSTRUÇÃO EM GOIÁS em outubro/ 2002 1 Trabalho publicado na revista A CONSTRUÇÃO EM GOIÁS em outubro/ 2002 AVALIAÇÃO DO MÓDULO DE DEFORMAÇÃO DO CONCRETO EM DIFERENTES IDADES E COM DIFERENTES RELAÇÕES ÁGUA/CIMENTO. GUIMARÃES, L. E. (1) SANTOS,

Leia mais

Exemplo de uso da Análise de Variância na Fase de Análise. do Ciclo PDCA para Melhorar Resultados

Exemplo de uso da Análise de Variância na Fase de Análise. do Ciclo PDCA para Melhorar Resultados Exemplo de uso da Análise de Variância na Fase de Análise do Ciclo PDCA para Melhorar Resultados 1 Uma indústria produz molas de aço, as quais têm a dureza como uma de suas principais características da

Leia mais

SSC546 -Avaliação de Desempenho de Sistemas

SSC546 -Avaliação de Desempenho de Sistemas Universidade de São Paulo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação Departamento de Sistemas de Computação SSC546 -Avaliação de Desempenho de Sistemas Parte 1 -Aula 2 Sarita Mazzini Bruschi Material

Leia mais

Estatística para Cursos de Engenharia e Informática. Cap. 2 O planejamento de uma pesquisa

Estatística para Cursos de Engenharia e Informática. Cap. 2 O planejamento de uma pesquisa Estatística para Cursos de Engenharia e Informática Pedro Alberto Barbetta / Marcelo Menezes Reis / Antonio Cezar Bornia São Paulo: Atlas, 2004 Cap. 2 O planejamento de uma pesquisa APOIO: Fundação de

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CAMPUS DE JI-PARANÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL LISTA DE EXERCÍCIOS 2

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CAMPUS DE JI-PARANÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL LISTA DE EXERCÍCIOS 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CAMPUS DE JI-PARANÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL LISTA DE EXERCÍCIOS 2 Disciplina: Estatística II 1. Suponha que um engenheiro florestal deseja estimar a altura

Leia mais

PROCESSO SELETIVO 2016 ÁREA: ENGENHARIA DE INFRAESTRUTURA. Prova Objetiva

PROCESSO SELETIVO 2016 ÁREA: ENGENHARIA DE INFRAESTRUTURA. Prova Objetiva PROCESSO SELETIVO 2016 ÁREA: ENGENHARIA DE INFRAESTRUTURA Data: Nome: Assinatura: Prova Objetiva NOTA: Leia as recomendações com atenção: - Não é permitido consultar qualquer tipo de material ou formulário.

Leia mais

MOQ-14 PROJETO e ANÁLISE de EXPERIMENTOS. Professor: Rodrigo A. Scarpel

MOQ-14 PROJETO e ANÁLISE de EXPERIMENTOS. Professor: Rodrigo A. Scarpel MOQ-14 PROJETO e ANÁLISE de EXPERIMENTOS Professor: Rodrigo A. Scarpel rodrigo@ita.br www.mec.ita.br/~rodrigo Programa do curso: Semana Conteúdo 1 Apresentação da disciplina. Princípios de modelos lineares

Leia mais

UTILIZAÇÃO DO PLANEAMENTO DE EXPERIÊNCIAS DE TAGUCHI NA OPTIMIZAÇÃO DA APLICAÇÃO DE AMIDO DE SUPERFÍCIE EM SYMSIZER.

UTILIZAÇÃO DO PLANEAMENTO DE EXPERIÊNCIAS DE TAGUCHI NA OPTIMIZAÇÃO DA APLICAÇÃO DE AMIDO DE SUPERFÍCIE EM SYMSIZER. UTILIZAÇÃO DO PLANEAMENTO DE EXPERIÊNCIAS DE TAGUCHI NA OPTIMIZAÇÃO DA APLICAÇÃO DE AMIDO DE SUPERFÍCIE EM SYMSIZER RESUMO José Luis Matos 1 A forte concorrência e exigência de qualidade pelos consumidores

Leia mais

O que são agregados? Agregados 2

O que são agregados? Agregados 2 AGREGADOS O que são agregados? Agregados 2 O que são agregados? Agregados 3 O que são agregados? Agregados 4 O que são agregados? ABNT NBR 9935/2005: Material sem forma ou volume definido, geralmente inerte,

Leia mais

Cimento Portland Fabricação Composição química Propriedades

Cimento Portland Fabricação Composição química Propriedades Cimento Portland Fabricação Composição química Propriedades É um aglomerante hidráulico obtido pela moagem do clínquer Portland com adições de gesso e, eventualmente, escória básica de alto-forno, pozolana

Leia mais

LIGANTES HIDRÓFILOS. Hidráulicos. Aplicações argamassas e betões. resistem à água. - cal hidráulica - cimento. aéreos. não resistem à água

LIGANTES HIDRÓFILOS. Hidráulicos. Aplicações argamassas e betões. resistem à água. - cal hidráulica - cimento. aéreos. não resistem à água Aplicações argamassas e betões aéreos Hidráulicos não resistem à água resistem à água - cal hidráulica - cimento - cal aérea - gesso 1 CIMENTO Classificação Constituição Propriedades no desempenho Cimentos

Leia mais

Planejamento de Experimentos

Planejamento de Experimentos Planejamento de Experimentos 1 6.4 Os Modelos fatoriais 2 k : o caso geral. O modelo estatístico para um plano 2 k inclui k ( k 2 ( k ) ) efeitos principais efeitos de interação de ordem 2 efeitos de interação

Leia mais

Unidade I ESTATÍSTICA APLICADA. Prof. Mauricio Fanno

Unidade I ESTATÍSTICA APLICADA. Prof. Mauricio Fanno Unidade I ESTATÍSTICA APLICADA Prof. Mauricio Fanno Estatística indutiva Estatística descritiva Dados no passado ou no presente e em pequena quantidade, portanto, reais e coletáveis. Campo de trabalho:

Leia mais

Argamassa Colante. Argamassa Colante. Areia fina. Aditivos. Adições

Argamassa Colante. Argamassa Colante. Areia fina. Aditivos. Adições Argamassa Colante Argamassa Colante q As argamassas colantes são formadas pela composição de agregados, aglomerantes, aditivos, água e eventualmente adições. Cimento Portland Areia fina Argamassa Colante

Leia mais

O módulo de deformação longitudinal do concreto

O módulo de deformação longitudinal do concreto Teoria e Prática na Engenharia Civil, No.1, p.9-16, Nov., 2 O módulo de deformação longitudinal do concreto José Milton de Araújo Departamento de Materiais e Construção - FURG - Rio Grande, RS RESUMO:

Leia mais

Prof. Marcos Valin Jr. Prof. Marcos Valin Jr. Dosagem CONCRETO. Prof. Marcos Valin Jr. 1

Prof. Marcos Valin Jr. Prof. Marcos Valin Jr. Dosagem CONCRETO. Prof. Marcos Valin Jr.   1 Dosagem www.mvalin.com.br 1 Dosagem do Concreto Dosagem do concreto é o processo de obtenção da combinação correta (proporcionamento adequado) do cimento, agregados, água, aditivos e adições, para obter

Leia mais

Introdução. São duas técnicas estreitamente relacionadas, que visa estimar uma relação que possa existir entre duas variáveis na população.

Introdução. São duas técnicas estreitamente relacionadas, que visa estimar uma relação que possa existir entre duas variáveis na população. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Correlação e Regressão Luiz Medeiros de Araujo Lima Filho Departamento de Estatística Introdução São duas técnicas estreitamente relacionadas, que visa estimar uma relação

Leia mais

ESTUDO DO USO DE COMBUSTÍVEIS ALTERNATIVOS NO FORNO DA INDÚSTRIA DO CIMENTO

ESTUDO DO USO DE COMBUSTÍVEIS ALTERNATIVOS NO FORNO DA INDÚSTRIA DO CIMENTO ESTUDO DO USO DE COMBUSTÍVEIS ALTERNATIVOS NO FORNO DA INDÚSTRIA DO CIMENTO B. L. VÉRAS 1, J. I. SOLLETI 1, E.M.CARNEIRO FILHO², W.U.LEITE¹, T.A.F. ROCHA¹ 1 Universidade Federal de Alagoas, Curso de Engenharia

Leia mais

ENG1200 Mecânica Geral Lista de Exercícios 1 Equilíbrio da Partícula

ENG1200 Mecânica Geral Lista de Exercícios 1 Equilíbrio da Partícula ENG1200 Mecânica Geral 2013.2 Lista de Exercícios 1 Equilíbrio da Partícula Questão 1 - Prova P1 2013.1 Determine o máximo valor da força P que pode ser aplicada na estrutura abaixo, sabendo que no tripé

Leia mais

NBR (1992) Aditivos para concreto de cimento Portland

NBR (1992) Aditivos para concreto de cimento Portland NBR 11768 (1992) Aditivos para concreto de cimento Portland Objetivo Esta Norma fixa as condições exigíveis dos materiais a serem utilizados como aditivos para concreto de cimento Portland, de acordo com

Leia mais

UTILIZACÇÃO DE CINZA DE CASCA DE ARROZ RESIDUAL COMO SUBSTITUIÇÃO PARCIAL AO CIMENTO EM COMPÓSITOS CIMENTÍCIOS

UTILIZACÇÃO DE CINZA DE CASCA DE ARROZ RESIDUAL COMO SUBSTITUIÇÃO PARCIAL AO CIMENTO EM COMPÓSITOS CIMENTÍCIOS UTILIZACÇÃO DE CINZA DE CASCA DE ARROZ RESIDUAL COMO SUBSTITUIÇÃO PARCIAL AO CIMENTO EM COMPÓSITOS CIMENTÍCIOS ZANATTA, Vitor 1 ; GARCEZ, Mônica 1 ; CARREÑO, Neftali Lenin Villarreal 2 1 Universidade Federal

Leia mais

MINIMIZAÇÃO DE CUSTOS EM MISTURAS CERÂMICAS CIMENTANTES. Rua Lauro Bustamante 36, Itaguaçu, Florianópolis SC

MINIMIZAÇÃO DE CUSTOS EM MISTURAS CERÂMICAS CIMENTANTES. Rua Lauro Bustamante 36, Itaguaçu, Florianópolis SC 28 de junho a 1º de julho de 2004 Curitiba-PR 1 MINIMIZAÇÃO DE CUSTOS EM MISTURAS CERÂMICAS CIMENTANTES J. V. Nardi (1), (3), D. Hotza (2), (3) Rua Lauro Bustamante 36, Itaguaçu, 88085-590Florianópolis

Leia mais

O que é cimento Portland?

O que é cimento Portland? O que é cimento Portland? HISTÓRICO PRODUTO FABRICAÇÃO TIPOS APLICAÇÕES QUALIDADE ITAMBÉ Fonte: SNIC, 2015 70,2 milhões de toneladas 353 kg/hab Cimento Bloco Alvenaria Residência PRODUÇÃO APLICAÇÃO E

Leia mais

Máquinas Elétricas. Máquinas CC Parte IV

Máquinas Elétricas. Máquinas CC Parte IV Máquinas Elétricas Máquinas CC Parte IV Máquina CC eficiência Máquina CC perdas elétricas (perdas por efeito Joule) Máquina CC perdas nas escovas Máquina CC outras perdas a considerar Máquina CC considerações

Leia mais

INFLUÊNCIA DA IDADE DE CURA NO COMPORTAMENTO MECÂNICO DE BLOCOS SOLO-CAL

INFLUÊNCIA DA IDADE DE CURA NO COMPORTAMENTO MECÂNICO DE BLOCOS SOLO-CAL INFLUÊNCIA DA IDADE DE CURA NO COMPORTAMENTO MECÂNICO DE BLOCOS SOLO-CAL Raquel Ferreira do Nascimento (1); Daniel Costa da Silva (1); Suélen Silva Figueiredo (4) (1) Universidade Federal de Campina Grande

Leia mais

Estudo da influência de cargas leves nas propriedades de uma argamassa bastarda. Lisboa, 24 de Novembro 2005

Estudo da influência de cargas leves nas propriedades de uma argamassa bastarda. Lisboa, 24 de Novembro 2005 Estudo da influência de cargas leves nas propriedades de uma argamassa bastarda Lisboa, 24 de Novembro 25 1.Introdução (Objectivos) Influência da adição de vermiculite expandida e perlite nas propriedades

Leia mais

aula PLANEJAMENTO FATORIAL 2 2 META OBJETIVOS PRÉ-REQUISITOS

aula PLANEJAMENTO FATORIAL 2 2 META OBJETIVOS PRÉ-REQUISITOS PLANEJAMENTO FATORIAL 2 2 10 aula META apresentar ao aluno aspectos fundamentais dos planejamentos fatoriais através da exemplificação com um planejamento 2 2. OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá:

Leia mais

4 Desenvolvimento Experimental

4 Desenvolvimento Experimental 4 Desenvolvimento Experimental 4.1.Materiais Cimento O cimento utilizado na fabricação dos Cps (Corpos de Prova) para os ensaios de compressão, foi o CPII 32F (Cimento Portland Composto com adição de Filler).

Leia mais

Análise da Variância. Prof. Dr. Alberto Franke (48)

Análise da Variância. Prof. Dr. Alberto Franke (48) Análise da Variância Prof. Dr. Alberto Franke (48) 91471041 Análise da variância Até aqui, a metodologia do teste de hipóteses foi utilizada para tirar conclusões sobre possíveis diferenças entre os parâmetros

Leia mais

3. Metodologia utilizada na modelagem numérica dos conglomerados

3. Metodologia utilizada na modelagem numérica dos conglomerados 52 3. Metodologia utilizada na modelagem numérica dos conglomerados Neste capítulo apresenta-se a metodologia utilizada para a determinação das propriedades mecânicas dos conglomerados, utilizando a interpretação

Leia mais

1. INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO DE EXPERIMENTOS

1. INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO DE EXPERIMENTOS 1. INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO DE EXPERIMENTOS A metodologia conhecida como projeto de experimentos foi introduzida por Fischer em 1935 e inicialmente aplicada a experimentos de agricultura. Posteriormente,

Leia mais

ESTABILIZAÇÃO GRANULOMÉTRICA

ESTABILIZAÇÃO GRANULOMÉTRICA ESTABILIZAÇÃO GRANULOMÉTRICA Estabilização Alteração de qualquer propriedade do agregado para melhorar seu comportamento sob o ponto de vista de aplicações à engenharia Natural Pré-adensamento devido a

Leia mais

Avaliação da reatividade do metacaulim reativo produzido a partir do resíduo do beneficiamento de caulim como aditivo na produção de argamassa

Avaliação da reatividade do metacaulim reativo produzido a partir do resíduo do beneficiamento de caulim como aditivo na produção de argamassa Avaliação da reatividade do metacaulim reativo produzido a partir do resíduo do beneficiamento de caulim como aditivo na produção de argamassa Márcia Jordana Campos dos Santos¹, Renata Maria Sena Brasil¹,

Leia mais

Cimento Portland composto

Cimento Portland composto JUL 1991 Cimento Portland composto NBR 11578 ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13-28º andar CEP 20003 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX

Leia mais

MATERIAIS PARA FUNDIÇÃO - CÁLCULO DAS CARACTERÍSTICAS GRANULOMÉTRICAS

MATERIAIS PARA FUNDIÇÃO - CÁLCULO DAS CARACTERÍSTICAS GRANULOMÉTRICAS Método de Ensaio Folha : 1 de 6 SUMÁRIO 1_ Objetivo 2_ Documentos a consultar 3_ Definições 4_ Execução do ensaio 5_ Resultados 1_ OBJETIVO 1.1_ Esta recomendação fixa o método de cálculo das características

Leia mais

TECNOLOGIA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA SEGUNDO ABNT NBR 7211:2005

TECNOLOGIA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA SEGUNDO ABNT NBR 7211:2005 15. CONEX Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( X ) TECNOLOGIA

Leia mais

ESCOAMENTOS UNIFORMES EM CANAIS

ESCOAMENTOS UNIFORMES EM CANAIS ESCOAMENTOS UNIFORMES EM CANAIS Nome: nº turma INTRODUÇÃO Um escoamento em canal aberto é caracterizado pela existência de uma superfície livre. Esta superfície é na realidade uma interface entre dois

Leia mais