BIMESTRAL 3,50. Nós não herdámos a terra dos nossos antepassados, pedimos emprestada aos nossos filhos. PROVÉRBIO ÍNDIO

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1 ANO V 2008 N. 32 BIMESTRAL 3,50 Nós não herdámos a terra dos nossos antepassados, pedimos emprestada aos nossos filhos. PROVÉRBIO ÍNDIO

2 Pelos nossos filhos, por nos,, por todos os motivos do mundo... CAIXA carbono zero, por um futuro melhor

3 EDITORIAL 02/03 EDIÇÃO 32 / MARÇO/ABRIL 2008 PLANETA AZUL Por um instante, a Terra dá a noção de como somos insignificantes, frágeis e felizes por termos um lugar que nos permite aproveitar o céu, as árvores e a água. Declarou Jim Lovell, tripulante da Apollo 8, em 1968, ao regressar à Terra. No espaço, a visão mais impressionante é a do grande Planeta Azul, como se ele se desse a conhecer, verdadeiramente, pela primeira vez. Pouco mais de uma dezena de privilegiados, nos últimos anos, tiveram acesso a esse encontro a sós. Mas todos são unânimes... É o nosso único grande bem. O Futuro aos Nossos Pertence 22 de Abril é o Dia Mundial da Terra. Conscientes da importância de que se reveste esta data e seguindo um caminho que é, assumidamente, a nossa mais profunda convicção, a Azul celebra também a vida no planeta. Uma edição exclusivamente verde. Para que todos os dias sejam dias da Terra. DIRECÇÃO DE COMUNICAÇÃO Suzana Ferreira

4 04/05 SUMÁRIO EDIÇÃO 32 / MARÇO - ABRIL 2008 / EDITORIAL 06/07 AGENDA 08/11 SECÇÕES CGD 12/15 ENTREVISTA Caixa Carbono Zero 2010, a estratégia da CGD para o combate às alterações climáticas. Sobre a posição do grupo CGD nesta temática, a Azul falou com a directora de Comunicação, Dra. Suzana Ferreira. 16/19 PLANETA AZUL As mudanças do clima constituem um problema para toda a humanidade. O planeta enfrenta já as suas consequências e Portugal também corre riscos. Saiba de que forma o mundo tem de actuar e qual o papel individual de cada um para atenuar os efeitos desta realidade. 20/27 RECURSOS NATURAIS Conhecer melhor para respeitar mais é o que se propõe neste tema. Atender, preservar e poupar os recursos naturais é vital e obrigatório. Conheça as principais razões do desequilíbrio da atmosfera, da água e do solo. 28/33 CONSUMO SUSTENTÁVEL O termo sustentabilidade entrou no léxico das políticas internacionais. Produzir e consumir sustentavelmente é uma prioridade e uma responsabilidade de todos. Na vida quotidiana, pequenos gestos fazem a diferença. Saiba o que pode fazer em casa, no trabalho e mesmo nos tempos livres, para ajudar. 34/39 PROSPERAR PELA SUSTENTABILIDADE Os critérios de sustentabilidade estão delineados e as empresas têm um papel fulcral na sua prossecução. Entre nós, existem inúmeros exemplos de que essa preocupação faz parte da gestão empresarial nacional. Vamos seguir-lhes as pisadas. 40/43 VIAGEM Um dos santuários naturais de que o planeta dispõe é nosso. As ilhas que compõem o arquipélago dos Açores. Encante-se com a beleza deste paraíso que acaba de ser eleito, pela revista National Geographic Traveller, como a segunda melhor ilha para turismo. Uma maravilha para conhecer e preservar. 44/47 LIVROS DE BORDO Vitorino Nemésio, o grande poeta açoriano e dono de uma obra imensa, ocupa a secção com o seu Vida e Obra do Infante D. Henrique. Com ele, e em louvor do Navegador, lembramos o Museu de Marinha, cujo acervo conduz a uma viagem que se inicia, precisamente, no período das Descobertas henriquinas. 48/49 CLIENTES CGD 50 CAIXAZUL www cgd.pt

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6 06/07 AGENDA A ARTE E A CULTURA QUE NOS RODEIA MÚSICA Orquestra Jazz de Matosinhos com Chris Cheek 28 de Março A Orquestra Jazz de Matosinhos tem vindo a desenvolver um trabalho pioneiro no âmbito das big bands portuguesas. Uma das suas singularidades está na aposta num repertório próprio, construído pelo contributo dos seus dois directores Carlos Azevedo e Pedro Guedes acrescido de encomendas a compositores portugueses exteriores ao grupo. São assíduos, também, os convites a grandes directores de big band, como foi o caso de Carla Bley, e a instrumentistas de renome, como Ingrid Jensen, Steve Swallow, Gary Valente, Lee Konitz, Mark Turner ou John Hollenbeck, para a ela se juntarem. Na recente deslocação a Nova Iorque, para concertos no mítico Carnegie Hall e na Jazz Gallery, a Orquestra viu reconhecida internacionalmente a consistência do trabalho que vem fazendo desde a sua fundação, em OJM Invites Chris Cheek, nome do primeiro trabalho discográfico da banda, está na base de um concerto que inclui temas inéditos dos seus dois mentores, e conta, como disse o crítico Manuel Jorge Veloso, com um solista à altura da exigência : o saxofonista norte-americano Chris Cheek. Um único concerto, um espectáculo a não perder. Grande Auditório da Culturgest Edifício-Sede da CGD, Rua Arco do Cego, Lisboa 21h30, 18, Jovens até aos 30 anos: 5 MÚSICA, DANÇA, TEATRO, EXPOSIÇÕES E CINEMA QUERER VER, VER PARA CRER A ALEGRIA PRIMAVERIL DESPONTA E AS NOITES PEDEM MAIS DELONGAS. MARÇO E ABRIL PARECEM COMPETIR NO QUE TOCA A BONS MOMENTOS SOBRE O PALCO. AO ESPECTADOR CABE A TAREFA DE ESCOLHER. ORA DECIDA. E ainda... CRIANÇAS O AR DOS ARTISTAS Em Março e Abril, nos sábados à tarde, a Culturgest tem oficinas práticas para crianças dos 7 aos 12 anos. Em cada uma delas, com a ajuda de um artista, meninos e meninas vão olhar de uma outra forma e formar um novo olhar. É conveniente marcar com antecedência. São quatro sessões mensais, complementares e de continuação, mas cada uma tem a sua orgânica própria, permitindo inscrições avulsas. Sempre das 15h às 17h30, 5 por sessão, 15 pelas quatro sessões mensais. Inscrições e informações Serviço Educativo Raquel Ribeiro dos Santos Tel.: Fax: raquel.ribeiro.santos@cgd.pt MÚSICA QUARTETO REMIX 16 de Março O Quarteto Remix é formado por solistas do agrupamento de música contemporânea Remix Ensemble e dá o seu primeiro concerto em Fevereiro de 2008, tendo como objectivo principal a divulgação do

7 DANÇA SOLO A CIEGAS DE OLGA MESA 14 E 15 DE MARÇO Coreógrafa e artista visual espanhola, Olga Mesa desenvolve, actualmente, a sua actividade entre Espanha e França, onde, em 2005, criou a associação Hors Champ/Fuera del Campo e esteve em residência no Théâtre Pole Sud, Estrasburgo, até ao Outono de Vários dos seus trabalhos têm sido apresentados em Portugal, nomeadamente, em anos recentes, as suas colaborações com o artista audiovisual catalão Daniel Miracle. Sobre esta estreia absoluta na Culturgest, ficam algumas das suas palavras: Voltar à criação a solo é sempre uma oportunidade para retomar o pulso íntimo da minha pesquisa, de voltar a tocar a essência do meu trabalho, ajudando-me a questionar as necessidades, a reflexão e os posicionamentos da minha criação actual. Ainda é cedo para saber como se situará o meu corpo em cena neste novo trabalho, mas tenho um grande desejo de escutá-lo e senti-lo. E agora vou deixarme levar, como dizia Mónica Valenciano numa das suas obras. Deixemo-nos, também, por ela levar, com o privilégio de sermos espectadores. Grande Auditório da Culturgest Edifício-Sede da CGD, Rua Arco do Cego Lisboa 21h30, 18, Jovens até aos 30 anos: 5 repertório para quarteto de cordas escrito desde o início do século XX até à actualidade. Na sua estreia em Lisboa apresenta o Quarteto de Arcos de Cláudio Carneiro. De Benjamin Britten, é apresentado o Quarteto n.º 2, obra contemporânea do Quarteto de Cláudio Carneiro. Grande Auditório da Culturgest Edifício-Sede da CGD, Rua Arco do Cego, Lisboa, 21h30, Preço único: 2 EXPOSIÇÃO RICARDO JACINTO Les Voisins Até 11 de Maio MÚSICA MÃO MORTA Os Cantos de Maldoror 23 DE ABRIL A banda bracarense que dispensa apresentações porque ocupa um lugar muito peculiar na cena rock portuguesa, vem apresentar um espectáculo estreado no Theatro Circo de Braga, em 2007, a partir de excertos seleccionados e traduzidos por Luxúria Canibal do texto Os Cantos de Maldoror a obra-prima que Isidore Ducasse deu à estampa em finais do século XIX, sob o pseudónimo de Conde de Lautréamont. Um espectáculo singular, onde a música brinca com o teatro, o vídeo e a declamação, que nos leva a mergulhar no terrível mundo de Maldoror, de onde se sai como quem acorda a meio de um pesadelo sem epílogo, sem conclusão, sem continuação. Ver para crer e, claro, para matar saudades dos inigualáveis Mão Morta. Grande Auditório da Culturgest Edifício-Sede da CGD, Rua Arco do Cego, Lisboa 21h30, 18, Jovens até aos 30 anos: 5 Ricardo Jacinto é um dos artistas portugueses com uma das obras mais singulares e estimulantes dos últimos dez anos. Nesta exposição, concebida como uma constelação que integra e articula uma parte significativa do seu trabalho, convida-nos a uma experiência intensa, em que a visão e a audição, a percepção cognitiva e a postura corporal são constantemente solicitadas. Em quatro momentos diferentes, enquanto a exposição estiver patente ao público, serão apresentadas três performances, entre a instalação e o concerto de música. Comissário: Miguel Wandschneider Galeria 1 da Culturgest TEATRO Emily Um espectáculo de Gerardo Naumann 10, 11 e 12 de Abril Numa loja de casas de banho ou de cozinhas, cinco actores em diálogos e situações retiradas de manuais de aprendizagem de línguas. Um espectáculo sobre a representação e os jogos de linguagem que, apesar de tudo, conta a história de Emily, que se mudou da Argentina para Londres e acabou por ir viver para o campo. Galeria 1 da Culturgest Edifício-Sede da CGD, Rua Arco do Cego, Lisboa 21h30, 18, Jovens até aos 30 anos: 5 CULTURGEST EDIFICIO-SEDE CGD, RUA ARCO DO CEGO LISBOA Tel.: Fax: www. culturgest.pt

8 CONDIÇÕES DE FINANCIAMENTO CAIXA A CAIXA OFERECE AS MELHORES CONDIÇÕES DE FINANCIAMENTO DO MERCADO: Financiamento até 100% do valor da aquisição; Prazo máximo de reembolso de 50 anos; Melhores spreads do mercado; Isenção de despesas de avaliação. Nas operações enquadradas na oferta Caixazul, a comissão do pacote Casa Fácil será reduzida em 30%; Contratação apenas com a apresentação dos pedidos de registos provisórios; Possibilidade de crédito para sinal. Saiba mais em FÉRIAS, DIVERTIMENTO, PRAIA A FAMÍLIA, OS AMIGOS E UMA CASA FANTÁSTICA. EM LAGOS, O MARINA VILLAGE CONCEDE DESEJOS. Sobranceiro ao mar, a poucos metros da marina de Lagos, a mais encantadora cidade do Algarve, onde as ruelas contam histórias e o património secular lembra tempos de glória, encontra-se o Marina Village, um recente empreendimento com mais de uma centena de apartamentos, em fase de contrução, a pensar em quem quer investir, mas tem uma exigência: a qualidade. Dentro e fora, o conforto e harmonia aliam-se. As varandas, de áreas generosas, são o primeiro convite para desfrutar este lugar tranquilo, perto do que de melhor há para gozar no Algarve. Deite-lhe um olhar em e contacte o departamento comercial através do tel.: ou tlm.:

9 TEMAS CGD 08/09 INICIATIVAS CAIXA FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO FUNDIESTAMO I. GRUPO CGD COMERCIALIZA FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO INOVADOR. Foi recentemente constituído o Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado FUNDIESTAMO I, de subscrição pública e de distribuição anual de resultados, cuja Oferta Pública de Distribuição teve início em 15 de Janeiro de O período de subscrição é de 90 dias, terminando em 14 de Abril do presente ano, e a sua colocação está a ser assegurada exclusivamente pela CGD e pelo CaixaBI. Trata-se de um produto de investimento inovador na medida em que constitui uma alternativa de poupança através de um fundo que adopta uma política de investimento em activos imobiliários que assume fundamentalmente o risco associado ao Estado Português e Outros Entes Públicos. O objectivo do Fundo, consiste em alcançar, numa perspectiva de médio e longo prazo, uma valorização crescente de capital, através da constituição e gestão de uma carteira de valores predominantemente imobiliários, principalmente prédios urbanos para arrendamento. Constituindo-se como um fundo especial de investimento, visa uma maior flexibilidade em termos de limites ao investimento, sendo os arrendatários dos imóveis entidades que integram quase exclusivamente o domínio do Estado Português. O Fundo destina-se a investidores não qualificados (público em geral) e qualificados, com uma perspectiva de estabilidade de valorização do seu capital no médio prazo compatível com as condições do mercado imobiliário e com um bom potencial de rendibilidade. Os investidores deverão ter um perfil de risco conservador, mas com aptidão para assumir os riscos característicos do mercado imobiliário. De modo a conferir maior liquidez às unidades de participação, será efectuado o pedido de admissão à negociação do Fundo em mercado regulamentado, dentro dos doze meses após a sua constituição. Neste quadro, prevê-se ainda que venha a ser celebrado com uma instituição financeira um contrato com vista ao desempenho das funções de Criador de Mercado, que consistem na manutenção de ofertas de compra e venda das unidades de participação, de modo a conferir liquidez às mesmas. A sociedade gestora responsável pela gestão do fundo é a Fundiestamo Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A., detida pela Parpública, que actuará por conta e no interesse exclusivo dos participantes, em ordem à maximização dos valores das participações e do seu património líquido. O Fundo constituiu-se com um capital inicial de 145 milhões, tendo já concretizado um conjunto de investimentos na aquisição de imóveis que representam cerca de 78% daquele valor. A quase totalidade dos imóveis já adquiridos encontra-se em Lisboa, em boas localizações e com taxas de ocupação elevadas neste momento. Os investidores que pretendam subscrever este fundo poderão fazê- -lo em qualquer agência da CGD*, sendo o valor mínimo de subscrição de (*) Não dispensa a consulta do Regulamento de Gestão e do Prospecto disponíveis para consulta em qualquer agência da CGD ou através do sistema de difusão da CMVM em ( A CAIXA CRIA UMA FERRAMENTA DE APOIO A PROJECTOS SOLIDÁRIOS COM O FUNDO CAIXA FÃ, TODOS PODEM CONTRIBUIR PARA UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA O Fundo Caixa Fã é um projecto criado no âmbito da responsabilidade social da Caixa Geral de Depósitos, que visa congregar parte dos donativos concedidos a projectos que se enquadram nesta área de actuação. O Fundo Caixa Fã viverá online, constituindo um micro-site do e visa apoiar projectos estruturais empreendidos por instituições com credibilidade e capacidade de execução, que garantam a concretização das iniciativas propostas. No arranque, cinco projectos integram já o Fundo Caixa e foram propostos pelas seguintes entidades: Instituto de Apoio à Criança (IAC, Açores), Seja Fã. Seja Caixa Fã. VEJA COMO CONTRIBUIR Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA), Raríssimas, Espaço T, Ajuda de Mãe e Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO). Para alimentar o fundo, a Caixa prescinde de parte da margem de lucro originada pela utilização do Cartão Caixa Fã. Os interessados em contribuir para os projectos podem fazê-lo através de donativos directos nas contas de solidariedade. O site Caixa Fã disponibilizará informação relativa ao conjunto das cinco acções que vigorarão por um período de cinco meses. Junte-se a elas e faça sua esta campanha solidária. ESPERAMOS POR SI EM ONDE OS CORAÇÕES NÃO PARAM DE BATER! PROTOCOLO FINANCEIRO E DE COOPERAÇÃO ENTRE A CAIXA E O SINDICATO DOS MAGISTRADOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO (SMMP) - SEGURO DE RESPONSABILIDADE CIVIL E PROFISSIONAL No âmbito do protocolo existente entre a Caixa e o SMMP, desde 2003, todos os Magistrados do Ministério Público, inscritos no Sindicato e com a situação devidamente regularizada (incluindo a quotização), podem usufruir de um conjunto de benefícios em produtos e serviços disponíveis no Banco, como aplicações financeiras, serviços electrónicos, cartões de débito e de crédito, planos de pensões, apoio bancário exclusivo, entre outros. Um dos benefícios deste acordo é a disponibilização em condições vantajosas do Seguro de Responsabilidade Civil e Profissional destinado aos Membros do Sindicato, que garante o pagamento das indemnizações que por lei sejam exigíveis ao Segurado, por danos patrimoniais ou não patrimoniais causados a terceiros, em consequência de actos ou omissões não dolosos cometidos no exercício da profissão.saiba mais em

10 10/11 TEMAS CGD INICIATIVAS CAIXA POSITIVO.CGD.PT André Sardet, UMA DIGRESSÃO MUITO ESPECIAL ECO TOUR 2008 É A MAIS RECENTE DIGRESSÃO DE ANDRÉ SARDET. DESDE FEVEREIRO QUE O MÚSICO PERCORRE O PAÍS E DEIXA UMA MENSAGEM EM DEFESA DO AMBIENTE. AS CRIANÇAS DIVERTEM-SE E ESTREITAM LAÇOS COM A TERRA. Patrocinada pela Caixa, a Eco Tour 2008 marca o regresso de André Sardet à estrada e do seu álbum Acústico, com que comemorou 10 anos de carreira. Música e ambiente conciliam-se, de forma inédita, numa tournée que leva o cantor de norte a sul do país. Ao longo da digressão, Sardet revisita clássicos da sua discografia e procura sensibilizar o público para a necessidade de todos contribuírem para um Planeta mais saudável. Um projecto inovador com objectivos ambiciosos: reduzir a energia consumida para um terço da que foi utilizada nos espectáculos de 2007, através de novos sistemas de som, de luz e de imagem; utilização de matérias recicláveis; colocação de ecopontos nos recintos, para separação dos resíduos produzidos durante os concertos e sua preparação; e ainda, com o intuito de reduzir as emissões de CO 2, são utilizadas viaturas e geradores eléctricos. Didáctico e pedagógico, cada espectáculo é antecedido por sessões de esclarecimento ambiental junto de alunos das escolas próximas, em conjunto com a Sociedade Ponto Verde, que promove a sensibilização ambiental e garante a distribuição de suportes de comunicação, com rigor científico. Assim, o primeiro espectáculo no auditório Olga Cadaval, reuniu cerca de 500 crianças com idades entre os 8 e os 12 anos, que, atentamente, ouviram as explicações do artista, e a apresentação de um em-baixador do Ambiente, a representar a CGD, sobre as preocupações do banco nesta matéria, numa animada viagem pelos grandes projectos que a Caixa está a desenvolver em prol do Ambiente. Em Março e Abril a festa continua... tome nota. 7 Março, Fórum Luísa Todi, em Setúbal 8 Março, Arena, em Évora 29 Março, Coliseu Micaelense, São Miguel, Açores 5 Abril, Cine Teatro Avenida, Castelo Branco 11 Abril, Europarque, Santa Maria da Feira A GESTÃO ADEQUADA DO PATRIMÓNIO FINANCEIRO GARANTE MAIS SEGURANÇA. COM O SALDO POSITIVO DA CGD O QUE CONTA É SABER Em Portugal, as questões financeiras e a aplicação do dinheiro não são matérias que integrem os curricula escolares, como acontece, por exemplo, nos EUA. Uma percepção mais clara sobre as formas de utilização do dinheiro e do funcionamento da economia é sempre útil na vida de todos e no futuro dos mais jovens, tendo em vista a garantia de uma gestão adequada das suas economias ou do orçamento familiar. O sobreendividamento das famílias em Portugal é uma realidade que acarreta implicações sociais graves e, por isso, a Caixa Geral de Depósitos decidiu desenvolver um programa de acção que visa ajudar os seus clientes e a sociedade em geral a aplicar melhor os recursos disponíveis, a poupar e a investir, promovendo a educação financeira e o combate ao sobreendividamento. Para tal, a CGD criou uma plataforma online a que chamou Saldo Positivo, acessível ao público em geral, cujos conteúdos são adaptados e especialmente dirigidos aos diferentes grupos etários, incluindo os mais jovens, com o objectivo de formar e de informar. Além de questões bancárias, são abordados temas relevantes para a gestão do dia-a-dia elaboração de um orçamento familiar, sugestões de poupança, redução de consumos e despesas ou diagnóstico de situações de endividamento, são apenas alguns exemplos das ferramentas ao dispor no novo site da CGD,

11 DE NOVO E COM A CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS... REMADE IN PORTUGAL 2008 O projecto Remade in Portugal arrancou em 2007 e a Caixa associou-se patrocinando a programação paralela à exposição Remade in Portugal, que ocorreu na Estufa Fria, em Lisboa, de 28 de Setembro a 5 de Outubro. Em 2008, a CGD é major sponsor do projecto. O CRÉDITO ENERGIAS RENOVÁVEIS ADQUIRIR TECNOLOGIAS AMIGAS DO AMBIENTE QUE REDUZEM O CONSUMO DE ENERGIA Adquirir equipamentos e instalar tecnologias amigas do ambiente é possível. A Caixa apoia a iniciativa, financiando as despesas de aquisição e instalação de colectores solares térmicos, fotovoltaicos, eólicos ou outros similares, através do Crédito Pessoal Energias Renováveis. Taxas atractivas, isenção de comissão de estudo, desconto de 50% na comissão de contratação e a vantagem de ter um prazo alargado, até 10 anos, com prestações mensais. E cada cliente pode beneficiar de taxas favoráveis se já for cliente da CGD e em função das garantias apresentadas. O Crédito Pessoal Energias Renováveis obriga, em regra, a um seguro de vida e, de forma opcional, um seguro de protecção ao crédito. Passe na sua Agência ou saiba mais em O Remade in Portugal visa incentivar a criação e desenvolvimento de produtos portugueses cuja composição integre um mínimo de 50% de material proveniente de processos de reciclagem e materializa-se em exposições periódicas, no país de origem e no estrangeiro, difundindo a cultura do eco- -design e da produção sustentável. Assim se juntam arquitectos, estilistas e designers para, em conjunto com empresas nacionais, criarem produtos de eco-design, o que, além da garantia de qualidade estética, fomenta a competitividade da produção nacional no mercado internacional, divulgando os nossos criadores numa perspectiva moderna, assente em valores ecológicos e de sustentabilidade. Depois de Itália, onde o Remade in... nasceu, fizeram sucesso o Remade in Chile e o Remade in Brasil, estando já em curso a sua concretização em Espanha e França. Para 2008 os convites já foram feitos e a Caixa Geral de Depósitos, como major sponsor, orgulha-se de adicionar à estratégia Caixa Carbono Zero mais uma iniciativa que contribui para reduzir o impacto ambiental e promover uma consciência global de protecção do ecossistema.

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13 ENTREVISTA DR.ª SUZANA FERREIRA 12/13 A CAIXA NA PRESERVAÇÃO DO PLANETA A CAIXA NA PRESERVAÇÃO DO PLANETA UMA OPORTUNIDADE, UM DESAFIO As alterações climáticas são tema prioritário do século XXI. A Caixa afirma-se como parte activa da solução e fá-lo através da resposta às novas exigências, que passam, necessariamente, por uma economia de baixo carbono. AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS não são um problema exclusivamente ambiental. Trata-se, também, de uma questão económica e social. O seu impacte faz-se sentir na política e nos mercados, na qualidade de vida e no bem-estar de todos. A nova realidade altera a lógica de decisão económica, impõe novas exigências de investimento, de gestão operacional e de risco aos agentes económicos e incentiva a expansão de mercados afins, como o das energias renováveis e dos biocombustíveis. Face à capacidade interna de acção e de mobilização do mercado, a CGD reconhece, neste domínio, uma oportunidade e um desafio para o seu negócio. E o programa Caixa Carbono Zero 2010 integra a missão, o compromisso do futuro. Suzana Ferreira, responsável pela Direcção de Comunicação da CGD, falou com a Azul sobre a estratégia para atenuar as alterações climáticas.

14 14/15 ENTREVISTA DR.ª SUZANA FERREIRA A CAIXA NA PRESERVAÇÃO DO PLANETA Para a Caixa, este é um grande desafio, diria mais: uma missão, que queremos levar por diante. Azul Caixa Carbono Zero, o programa para reduzir o impacte ambiental da actividade do banco, definiu metas até Um ano após a sua implementação, quais foram efectivamente alcançadas? E qual representa a maior ambição da Caixa Geral de Depósitos? Dra Suzana Ferreira O Caixa Carbono Zero é um programa estratégico da CGD que visa contribuir para a redução do impacte ambiental das suas actividades, ao mesmo tempo que procura induzir boas práticas junto dos seus colaboradores, clientes, fornecedores e da sociedade em geral. Corporiza a estratégia da CGD para as alterações climáticas e constitui uma Missão, um compromisso, responsabilidade social e capacidade Empreendedora. O programa arrancou em 2007 e temos vindo a actuar em várias frentes, tendo em vista o cumprimento das metas que nos propomos atingir, o que passa pela realização de um inventário de emissões de gases com efeito de estufa (GEE), associadas às suas actividades, e definir metas quantificadas para a respectiva redução; redução de emissões de carbono através da adopção de medidas de eficiência energética e da utilização de energias renováveis; compensação de emissões inevitáveis através do financiamento de projectos exemplares de compensação, alicerçados em critérios transparentes; intervenção no mercado, através do desenvolvimento de novas soluções financeiras que apoiem os seus clientes na redução da factura energética, das emissões de carbono e dos potenciais riscos associados; reduzir o risco do negócio, incorporando a variável carbono nas ferramentas internas de análise de risco; e promover a literacia do carbono junto de colaboradores, clientes e da sociedade. Trata-se de um programa complexo, cujo sucesso depende da conjugação de acções em várias frentes, que é o que estamos a fazer. Por exemplo, no que diz respeito à redução de emissões, a utilização de energias de fonte renovável é uma peça fundamental na redução do consumo energético e das emissões de carbono. Assim, a primeira medida da Caixa, nesta área, foi a instalação de 130 painéis solares térmicos em m 2 na cobertura do Edifício-Sede, na Av. João XXI, em Lisboa. A energia produzida será utilizada para aquecer água para sistemas de climatização e instalações sanitárias, poupando mais de um milhão de kwh de electricidade por ano (aproximadamente 5% do consumo global). Simultaneamente, está a ser instalado um sistema de monitorização detalhada da energia produzida, que permitirá analisar o desempenho da instalação para posterior expansão a outros edifícios CGD que mostrem potencialidades para uso de energia solar. Os painéis solares, em conjunto com as restantes medidas de eficiência energética, já implementadas pela Caixa, evitarão a emissão de toneladas de CO 2 /ano. No que se refere à redução de emissões, a Caixa está, também, a intervir na sua frota automóvel. As regras para a aquisição de viaturas integram já o nível de emissões de CO 2 como critério de selecção e permitirão, a médio prazo, reduzir as emissões de GEE associadas à utilização da frota própria em cerca de 8,2%. Simultaneamente, estão a ser introduzidos os veículos híbridos na frota da CGD. Estas medidas estão a ser complementadas com outras nomeadamente no que se refere ao incremento da video-conferência e à promoção da transferência modal nas deslocações em serviço no âmbito de um programa integrado de mobilidade. A Caixa está, ainda, a actuar na gestão de resíduos: actualmente, cerca de 50% do total de resíduos produzidos nas suas instalações é encaminhado para soluções de reciclagem e valorização. A Ainda sobre os objectivos traçados no Caixa Carbono Zero 2010, além da acção interna já preconizada para reduzir a factura energética, a Caixa pretende mobilizar o mercado e desenvolver novos negócios. Que tipo de soluções negociais vão ser apresentadas aos parceiros Caixa? SF Como referi, o impacte das medidas em curso vai muito para além da redução da factura energética. O impacto na redução das emissões de CO 2 é, para nós, também muito importante. Mas, respondendo à sua pergunta, através do Crédito Pessoal Energias Renováveis a Caixa já oferece uma solução de financiamento, com condições muito vantajosas para quem pretende instalar colectores solares térmicos, equipamento de apoio ou ligação a equipamento existente. Neste momento, estão, também, a ser desenvolvidos produtos destinados ao apoio e financiamento na área das energias renováveis, com o objectivo de ajudar os clientes da Caixa a adoptar soluções tecnológicas que reduzam emissões. A curto prazo, vamos ter um produto muito interessante e que, estou certa, constituirá, um importante contributo para uma economia de baixo carbono. Assumimos que, neste domínio, o sector financeiro, e muito particularmente o sector bancário, pode, com a sua capacidade de intervenção a nível de produtos, project finance, etc. ser um poderoso motor do desenvolvimento sustentável, através da integração da componente ambiente. Para a Caixa, este é um grande desafio, diria mais: uma missão, que queremos levar por diante. A Em 2007, em parceria com a Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente e com o município da Guarda, foram plantadas árvores autóctones, num dos distritos mais penalizados pelos incêndios. O projecto chama-se Floresta Caixa. Em 2008, vai ganhar terreno? A compensação de emissões por outras vias está no horizonte? SF A acção que refere marcou o arranque do Projecto Floresta Caixa na sequência, aliás, de outras acções de florestação já desenvolvidas no passado. Neste âmbito, está, também, para breve, uma nova acção de reflorestação, neste caso, de uma área no Piódão, cuja recuperação é da maior importância. A Caixa aposta na floresta portuguesa, através do apoio à plantação de espécies autóctones, visando reduzir as concentrações de CO 2 na atmosfera, no combate às alterações climáticas e na promoção de uma floresta sustentável.

15 A O empenho da Caixa em alinhar acções junto do público e dos seus clientes, já tem feedback? Que intervenções lhe parecem mais eficazes junto da sociedade civil a redução das emissões de carbono, iniciativas de solidariedade social ou a sensibilização através da comunicação, como foi o caso do programa televisivo O Planeta Agradece? SF São três questões Quanto ao feedback do Caixa Carbono Zero, tenho a dizer que é muito positivo por parte de clientes, colaboradores e público em geral. No que diz respeito à eficácia das acções: pergunta-me se é mais eficaz a redução das emissões de carbono, as iniciativas de solidariedade social ou a sensibilização ambiental Em relação a isso tenho de lhe dizer que todas são importantes. O nosso objectivo é a promoção do desenvolvimento sustentável, sem descurar nenhum dos seus pilares económico, social e ambiental. Por várias razões, a nível geral, o ambiente tem estado muito em evidência. Lembro só alguns factos, ocorridos em 2007, que são bem demonstrativos da importância que, não apenas em Portugal mas no mundo inteiro, se está a dar ao ambiente, designadamente às alterações climáticas. Falo do Nobel da Paz que o autor de Uma Verdade Inconveniente partilhou com o IPPC. Lembro que a Caixa patrocinou a conferência de Al Gore, em Portugal, em Fevereiro do ano passado, bem como a edição para jovens, em língua portuguesa, do livro de Al Gore Uma Verdade Inconveniente. Quanto à questão sobre o programa de televisão O Planeta Agradece, a que acrescentaria, também, a rubrica diária na TSF, sendo que ambos foram muito bem aceites pelo público, atingindo níveis de audiência muito significativos, o feedback que recebemos é muito positivo, evidenciando que se tratou de uma aposta da Caixa que foi completamente conseguida. Os programas abordavam, de forma simples e acessível, os temas mais diversos no domínio ambiental, desde as questões da poupança de água aos transportes, passando pela reciclagem e pelas florestas, entre muitos outros. O nosso objectivo foi o despertar de consciências, tendo em vista a adopção de atitudes e comportamentos ambientalmente adequados. Os programas, todos apresentados por Diogo Infante, encontram-se no blog da Caixa com o mesmo nome ( onde é possível todos darem o seu contributo e participar. Retomando a questão que me coloca No âmbito da tournée (Eco Tour) de André Sardet que está em curso, com passagem prevista nos mais diferentes locais do país, incluindo as ilhas os programas passam antes dos concertos e nas sessões que o cantor promove nas escolas. O arranque foi em Sintra, no Auditório do Centro Olga Cadaval, em que participaram 500 crianças, que viram atentamente os filmes. Tudo isto nos diz que há uma enorme apetência por este tipo de conteúdos que, em muitos casos, se traduzirá, seguramente, em comportamentos ambientalmente adequados. E, com efeito, a soma de pequenos gestos pode fazer a diferença, daí a importância de acções desta natureza. Julgo que o impacte O Planeta Agradece notório ainda hoje demonstra que as iniciativas de sensibilização ambiental constituem uma componente muito importante do Caixa Carbono Zero A No interior da instituição, e incluindo as cerca de 800 Agências país fora, a adesão à mudança é incondicional ou conta com dificuldades? Podemos falar num orgulho CGD em espelhar, afinal, uma missão? SF A adesão por parte dos colaboradores ao Caixa carbono Zero 2010 tem sido muito evidente e, além de constituir um dos aspectos interessantes do desenvolvimento do programa, é, para nós, uma motivação acrescida. Não só há uma grande adesão às várias iniciativas em curso, como nos faz chegar interessantes sugestões. Por exemplo, no âmbito de um concurso interno Caixa de Ideias houve muitas propostas na área do ambiente, sendo que algumas dessas ideias estão já em implementação. Tem havido, também, um conjunto de acções em que os colaboradores da Caixa têm tido uma participação muito empenhada e activa e com excelentes resultados. A título meramente exemplificativo, refiro o Ciclo da Poupança uma iniciativa inovadora que liga os conceitos de poupança de recursos naturais (água, energia, etc.) aos conceitos de poupança financeira que, a par do micro-site no cgd.pt, passou, também, pela visita de crianças a Agências no Dia da Poupança, onde foram recebidas e acompanhadas por colaboradores da CGD, verdadeiros Embaixadores do Ambiente, no âmbito desta iniciativa. Também o Concurso de Design de Mobiliário com Materiais Reciclados envolveu colaboradores que foram os Embaixadores do Ambiente da CGD, junto dos estudantes, que quiseram obter esclarecimentos sobre o concurso e apresentar as suas candidaturas. Nas acções de arborização, promovidas pela Caixa, os Embaixadores do Ambiente da CGD estão na primeira linha com as diferentes entidades envolvidas a plantar árvores para o futuro. A Nomeada pela consultora internacional Interbrand a Marca mais Valiosa de Portugal, a Caixa é, agora, mais do que instituição financeira, uma marca portuguesa de referência. Por este facto, pensa que lhe acresce ainda maior responsabilidade social e ambiental? SF A Caixa sempre foi uma marca de referência, mas eu diria que é o facto de assumirmos as nossas responsabilidades nos mais diversos domínios, incluindo o da responsabilidade social e ambiental, que nos garante o reconhecimento que temos tido não apenas com esta distinção e que é muito gratificante para a Caixa. E é o que vamos continuar a fazer no futuro, assumir as nossas responsabilidades, procurando dia a dia contribuir para um futuro melhor. A Se um dia pudesse levar os seus colaboradores a um lugar do mundo onde sentissem profundamente quanto a acção humana pode perturbar um ecossistema, qual seria? SF A escolha não é fácil. São muitos os lugares do mundo onde gostaria que todos os colaboradores da Caixa pudessem ir. Não sendo fácil, talvez escolhesse a Antárctida, onde já estive Por tudo o que um local como este nos pode transmitir e por tudo o que se tem escrito e dito sobre os efeitos do aquecimento global, a nível do degelo dos glaciares, este é um local que nos faz pensar. Pensar, desde logo, em deixar aos nossos filhos um planeta onde seja possível viver. No âmbito de um concurso interno Caixa de Ideias houve muitas propostas na área do Ambiente, sendo que algumas dessas ideias estão já em implementação.

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17 PLANETA AZUL 16/17 POR UMA TERRA MAIS FIRME POR UMA TERRA MAIS FIRME É TEMPO DE AGIR A memória do Planeta é lenta. Isto significa que muitos dos efeitos hoje sentidos poderão ter tido origem em fenómenos decorridos num passado longínquo. Mas os indícios de que o sofrimento da Terra é causado pelo Homem são demasiado evidentes para poderem ser minimizados. NOVO MILÉNIO E A MÃE-TERRA ANDA NAS BOCAS DO MUNDO. Que o clima está diferente, que o ar aqueceu sobremaneira, que as quatro estações já não são o que eram e as intempéries abundam... que, por este andar, tempos difíceis se aproximam. Expiada a culpa e divulgados os estudos da comunidade científica, só uma certeza nos dá quem investiga a vida do Planeta terá de seguir outro rumo e trilhar os caminhos da salvação. Com prazos estipulados, com metas bem definidas, os homens juraram fazer a revolução verde do Planeta Azul. Esta é a década de aplicar estratégias de adaptação às contingências e de mitigação das emissões de GEE (Gases com Efeito de Estufa). O vulgarmente denominado carbono é o grande suspeito de causar tão repentinas alterações no comportamento do clima. Apesar de os fenómenos meteorológicos extremos terem causas naturais, como a intensidade da radiação solar ou as erupções vulcânicas, o quarto relatório do IPCC Intergovernmental Panel on Climate Change (Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas), publicado no início de 2007, reforça que a principal origem do abrupto aquecimento é antropogénica. Assim, a última Convenção das Nações Unidas levou a Bali os 190 países membros a assinar mais um acordo (Roteiro de Bali), desta vez propondo acção nas políticas dos governos. Agarrem este momento, para o bem de toda a humanidade, proferiu Ban Ki-moon, o secretário-geral da ONU.

18 18/19 PLANETA AZUL POR UMA TERRA MAIS FIRME EM 2006, O RELATÓRIO STERN, encomendado pelo governo inglês ao economista Nicholas Stern, apelava para os elevados custos da inacção económica, social e ambiental, associados a situações como a escassez de água doce, o aumento do nível do mar e a redução da produção de alimentos. Mr. Stern conclui ainda que, com o investimento de apenas 1% do PIB mundial, se evita a perda de 20% do mesmo PIB, num prazo de 50 anos. ALERTA PORTUGAL A catástrofe associada à ocorrência de fenómenos naturais compromete o equilíbrio entre o ambiente social e o ambiente natural, provocando rupturas entre ambos. Cheias nas planícies aluviais dos principais rios do país, secas na região sul e no interior de Portugal, com origem em ondas de calor ou na ausência de precipitação, potenciando também incêndios florestais, com especial incidência a norte do rio Tejo, onde predominam resinosas associadas a elevadas densidades de coberto vegetal, e situações meteorológicas extremas, como ventos fortes, chuva, granizo intenso, nevões, trovoadas e sismos, em Lisboa e no Algarve, são riscos a que estamos sujeitos. A mesma intempérie em regiões distintas pode ter consequências diferentes, por isso, é objectivo da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável 2015 prevenir os impactes negativos destas ocorrências, através de boas práticas de planeamento e ordenamento do território, garantir planos de emergência de protecção civil a nível nacional e regional, gerais ou especiais, e manter a população informada e treinada acerca dos procedimentos a seguir em caso de emergência ( Os países ricos conhecem bem o papel que lhes cabe e as vulneráveis nações em desenvolvimento dependem do seu apoio. O Ocidente é o maior poluidor da atmosfera, por isso, deve adiantar as iniciativas. O processo começou com o Protocolo de Quioto, estabelecendo limites para as emissões de GEE, e a União Europeia criou um mecanismo de ajuda para os cumprir o Sistema de Comércio de Licenças de Emissão, lançado em 1 de Janeiro de 2005, o primeiro regime internacional de comércio para as emissões de CO 2 no Mundo, cobrindo mais de instalações de alto consumo de energia, que representam quase metade das emissões europeias de CO 2. A medida prevê a possibilidade de compra e venda de licenças de emissão pelas empresas participantes, o que permite atingir objectivos, garantindo a sua redução e diminuindo os custos globais ( A sustentabilidade é, pois, a nova ciência para viver na Terra. Reutilizar, gerir adequadamente os recursos hídricos, proteger e repor a floresta, criar energias limpas, é a fórmula para mitigar os índices de carbono. Portugal tem condições óptimas para gerar energias renováveis, há projectos em pleno funcionamento e muitos outros se seguirão. Além do gás natural, que já corre de norte a sul, e do recurso à utilização da biomassa, o sol, o mar e o vento são ingredientes nossos que podem fazer de Portugal o Médio Oriente da energia limpa. A Galp aposta fortemente nos biocombustíveis e a EDP é líder mundial nas eólicas, prevendo-se que chegue a 2010 produzindo, por esse meio, mais electricidade que hoje em dia as barragens. E vira-se agora para a energia solar e das ondas do mar. Sopram ventos de mudança, das grandes às pequenas empresas. Em 2005, as emissões de GEE situaram-se cerca de 45% acima do valor de 1990, afastando-se 18% da meta estabelecida para no Protocolo de Quioto.

19 Apesar de Portugal se encontrar entre os países da UE com emissões de GEE per capita, mais reduzidas, a intensidade carbónica da economia portuguesa é elevada. Relatório do Estado do Ambiente 2006, Agência Portuguesa do Ambiente O PROJECTO DA EUROPA, POR UMA ECONOMIA DE BAIXO CARBONO Além da responsabilidade em baixar a quantidade de GEE, o IPCC lembra ao Mundo a necessidade de adaptação às alterações climáticas. Ser proactivo e prever as probabilidades (furacões, chuvas intensas, cheias, queda de neve em locais inesperados, seca, etc.), criando políticas e meios de prevenção. A subida do nível da água do mar, associada a chuvas intensas, ameaça muitos pontos do globo e de Portugal também. As zonas costeiras são vulneráveis, assim como as bacias fluviais. Na estação seca, as ondas de calor provocam secas profundas, com graves prejuízos para a agricultura e pondo em risco a fauna e a flora autóctones, bem como a saúde humana. O calor propicia o desenvolvimento de bactérias, aumentando os quadros de doença que atinge sempre os mais frágeis crianças e população idosa, igualmente sensíveis em situações de frio excessivo. Urge criar defesas e levar a cabo práticas que atenuem os efeitos decorrentes destas possibilidades que potenciam também a desertificação das regiões em causa. A orla costeira nacional tem dado evidentes mostras de fragilidade, com uma erosão acentuada, e momentos dramáticos, como os que observámos, recentemente, na Costa de Caparica, são sintomáticos. A subida do nível do mar é notória. Em Moçambique as cheias no rio Zambeze já desalojaram pessoas e mataram quase uma dezena. Não fosse a ajuda internacional, muito mais vidas teriam sido perdidas nesta tragédia. Este é o ponto de viragem, um momento histórico para a humanidade. O mundo uniu-se e a vida na Terra jamais será igual. Poupar 20% do consumo energético até 2020; triplicar o uso de energia renovável para 20% até 2020; limpar as emissões provenientes das energias fósseis, principalmente do carvão; reforçar o mercado de carbono através do Sistema de Comércio de Emissões; e desenvolver o mercado único da energia. Durão Barroso, in revista Visão CURIOSIDADES... Se a tendência se mantiver, o nível do mar Mediterrâneo poderá aumentar até meio metro nos próximos 50 anos, declarou Enrique Tortosa, director do Instituto Espanhol de Oceanografia. El Mundo Os investigadores assinalam que as águas mais salgadas e quentes sofrem um processo de expansão térmica que explica o aumento acelerado do nível do mar. O Japão vai canalizar dez mil milhões de dólares, em cinco anos, para ajudar os países em desenvolvimento a lutar contra o sobre-aquecimento do Planeta. Diário Económico, Nikkei Shimbun INTERESSANTE... A Comissão Europeia colocou na Internet um vídeo que ajuda a compreender o que são energias renováveis, a sua importância e quais os objectivos globais da União Europeia nesta matéria. Veja em

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21 RECURSOS NATURAIS 20/21 CONHECER PARA RESPEITAR POR UM FUTURO EM SIMBIOSE APRENDER HOJE PARA DESFRUTAR AMANHÃ Conhecer para respeitar é o que propomos. Sem uma ideia do que o Planeta poderá fazer por nós, nunca pensaremos no que cada um de nós pode fazer pelo Planeta. Os elementos são, também, recursos que podemos usar. Se o fizermos racionalmente, temos pela frente um futuro mais que sorridente. Próspero. As agressões que infligimos à Terra escondem outra razão para além do progresso e do desejo de lucro rápido: ignorância. Tornámo-nos a única espécie do Planeta a desconhecer os ciclos da natureza, a não saber interpretar os sinais, a desconhecer o que é viver com esse meio que nos proporciona, afinal, a própria vida. Mas vamos a tempo. Há que conhecer primeiro para respeitar depois. Assim, os recursos naturais são elementos da natureza com utilidade para o Homem. De forma rígida, temos que só e apenas a Natureza é capaz de produzir tudo o que necessitamos, já que o petróleo e minérios são, também eles, recursos naturais, com a diferença de serem não-renováveis (ou fósseis) e cujo consumo humano produz poluição. Não trataremos destes e remeter-nos-emos à mesma condição dos outros seres vivos. Para viver, ainda que em progresso e por isso mesmo necessitamos apenas de água, ar e terra.

22 22/23 RECURSOS NATURAIS CONHECER PARA RESPEITAR O AMBIENTE PEDE, PORTUGAL PROPORCIONA, O LARDOCELAR AJUDA-O Por vezes, dúvidas e falta de informação são um obstáculo às iniciativas e, quanto às alternativas energéticas a implementar no pequeno universo que é a nossa casa, pouco sabemos em concreto. Empresas especializadas, ou que dêem garantias, também não abundam no mercado. Sabendo que isso constitui um entrave para uma grande maioria de pessoas, a Caixa, através do site LardoceLar, estabeleceu uma parceria com vista a apoiar quem pretenda tirar partido das novas tecnologias no âmbito da energia solar. A Companhia de Arquitectura e Design dá conselhos úteis de arquitectura, obras e remodelações, explica-lhe que tipo de colectores solares existem e se adequam a cada caso, que sistemas utilizam, e de que forma se tira o melhor proveito de cada um. Esteja onde estiver, é um serviço destinado a si e a todos os que querem ir mais além, no que toca à qualidade ambiental do planeta e à poupança de recursos. Consulte o link e conheça os pormenores desta parceria em A ÁGUA Mais de metade da população mundial carece de água potável. É fácil concluir que tal não corresponderá a áreas onde o deserto é a paisagem dominante. Este fenómeno não está relacionado com a falta de pluviosidade ou ausência de cursos de água. Tem a ver com uma má gestão dos recursos hídricos à escala global. A água, chave da vida desde a formação da Terra, é hoje um bem de valor inestimável. Numa outra escala que nos permita perceber a dimensão deste problema, se a totalidade da água existente na Terra correspondesse a 5 litros, a água doce não encheria um copo de 20cl e uma colher de sobremesa seria a totalidade da água disponível para consumo humano, incluindo a não potável. O ciclo hidrológico, desconhecido da maioria, consiste em três passos: evaporação, condensação e precipitação. Ao retornar à terra, através desta última etapa do seu ciclo, a água pode cair sobre o mar, ser interceptada pelas plantas e voltar a evaporar ou, por último, infiltrar-se na superfície terrestre, podendo, aqui, formar rios ou lençóis freáticos (rios subterrâneos). Qualquer uma destas fases pode sofrer (e sofre) efeitos da poluição. O mar, que é, afinal, onde tudo termina sofre, também, as adversidades da poluição e uma má gestão enquanto recurso natural. A actividade piscatória abusiva, por parte de algumas frotas pesqueiras, é colmatada pela aquicultura. Esta, porém, tem provado ser altamente danosa para o meio. Evita, obviamente, o desgaste de reservas naturais, mas a um preço demasiado alto: potencia o alastramento de doenças e torna o solo marinho, numa área considerável em redor dos viveiros, estéril. Esse grande meio que é o mar, o responsável pelo início da vida na Terra, está, ainda, por explorar. Há comunidades científicas votadas à teoria de que as profundezas dos oceanos são a última fronteira, havendo mais probabilidade de encontrar aí novas formas de vida que no espaço. Mas os oceanos podem suportar a vida de uma outra forma. A energia maremotriz usa a força das marés para gerar electricidade, à semelhança da energia hidroeléctrica. Portugal tem, obviamente, potencialidade neste campo e poderá, dentro de alguns anos, seguir as pisadas de França, que desde 1966, produz este tipo de energia em La Rance, entretanto, já imitada pelo Reino Unido, que em 2007, deu luz verde para a construção da Wave Hub, aquela que será a maior central maremotriz do mundo.

23 Azinheira (Quercus ilex rotundifolia) Distribuição: Ribatejo, Península de Setúbal, Alentejo e Algarve. Utilidade: A madeira, muito resistente à putrefacção, é amplamente usada. Os seus frutos, bolotas, podem ser usados para farinhas ou para alimento de gado suíno. Pinheiro bravo (Pinus pinaster) Distribuição: Beiras, Centro, Ribatejo e todo o litoral. Utilidade: Protege dos ventos e fixa as dunas na faixa litoral. Fornece resina, celulose e madeira, ideal para a construção naval e carpintaria.

24 24/25 RECURSOS NATURAIS CONHECER PARA RESPEITAR 1. A CAIXA FAZ, O PLANETA AGRADECE. Mais conhecimento - Quantificar as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) associadas às actividades da CGD e definir metas (quantificadas) para a respectiva redução;. Maior eficiência - Reduzir as emissões de carbono através da adopção de medidas de eficiência energética e da utilização de energias renováveis;. Desenvolvimento de novos negócios - Apreender as exigências, os impactes e as oportunidades de uma economia de baixo carbono sobre o negócio da CGD e dos seus clientes;. Desenvolvimento de novas soluções financeiras - Apoiar os clientes da CGD na redução da sua factura energética, das suas emissões de carbono e dos potenciais riscos associados. OS GRANDES PROTAGONISTAS Todos falam deles, mas poucos de nós sabem quais são os Gases com Efeito de Estufa (GEE) e os seus efeitos. Dióxido de carbono (CO 2 ) A acumulação deste gás eleva a temperatura da superfície terrestre a níveis perigosos no que concerne a catástrofes ecológicas e geoquímicas. Monóxido de carbono (CO) Pode afectar o equilíbrio térmico da estratosfera. Dióxido de enxofre (SO 2 ) Agrava os problemas respiratórios dos humanos, os animais e plantas, as pedras calcárias usadas nas construções e tecidos sintéticos. O AR Um estudo da Agência Europeia do Ambiente, levado a cabo em 2003, concluía que entre um quarto e um terço da morbilidade (doença) do Velho Continente é atribuída a factores ambientais. A asma, as alergias e outras doenças respiratórias associadas à poluição do ar constituem a principal causa de hospitalização, sendo que ascendem a as mortes anuais devido às mesmas. Para além disso, a exposição ao chumbo, mercúrio e PCB (bifenil Policlorinado) está associada ao desenvolvimento de distúrbios físicos e mentais de cerca de dez por cento das crianças de muitas populações europeias. De entre os factores que têm contribuído para uma crescente degradação do ar, estão, em primeiro lugar, a poluição atmosférica pelas indústrias, transportes principalmente os aviões e desflorestação. A poluição pode ter origem humana, como a queima de combustíveis fósseis (transportes), que origina emissões de dióxido e monóxido de carbono, óxido de enxofre e gases sulfurosos que contêm chumbo, cloro, bromo e fósforo, o aquecimento doméstico e o uso do fogão a gás (o anidrido sulfuroso, libertado pela chama do gás, pode transformar-se em ácido sulfúrico que cai com a precipitação). E também as indústrias como as siderurgias, cimenteiras, refinarias, e fundições de metais. Mas a poluição pode, também, ter origem natural, resultante de processos naturais como poeiras, nevoeiros maritimos, cinzas provenientes de incêndios, gases vulcânicos, pólenes e putrefacção ou fermentação natural. A poluição do ar está no topo da lista das preocupações ambientais. Paradoxalmente, o ar é muito pouco tratado como recurso natural. Neste caso em particular, falamos do vento. Em Portugal existem, actualmente, 137 parques de energia eólica. Dada a nossa pequena dimensão, o número é bastante louvável, tendo havido uma crescente evolução desde a construção do primeiro parque eólico, em 1988 (na ilha de Santa Maria, nos Açores), e sendo, hoje, das hipóteses mais consideradas pelas grandes companhias. Existem, ainda, algumas condicionantes no que toca à ligação em rede (os locais com maior potencial são remotos e o escoamento da energia acarreta maiores custos) e ao impacte ambiental (ruído, impacte visual e influência na fauna avícola).

25 Pinheiro manso (Pinus pinea) Distribuição: Excepto esparsas excepções, está praticamente confinado à Península de Setúbal. Utilidade: Fornece madeira e fixa as terras (principalmente, arribas). O pinhão, o seu fruto, é usado como alimento desde a Pré-História. Oliveira (Olea europaea) Distribuição: Região saloia, Península de Setúbal, Douro, interior alentejano e Algarve. Utilidade: Árvore de grande valor ornamental, é do seu fruto (azeitona) que se extrai o azeite.

26 26/27 RECURSOS NATURAIS CONHECER PARA RESPEITAR A área florestal mundial equivale a 34 mil milhões de hectares, mas cerca de um terço deste pulmão da Terra é dizimado anualmente 2. A CAIXA FAZ, O PLANETA AGRADECE Para compensar as emissões inevitáveis, a Caixa definiu um programa que consiste no financiamento de projectos que retêm ou evitam carbono em quantidade equivalente. Trata-se de investir em projectos com elevada qualidade técnica que garantam benefícios ambientais e sociais inequívocos. Numa primeira fase, a aposta da CGD passa pelo apoio a projectos de recuperação da floresta portuguesa, incluídos na Floresta Caixa. Quando geridas de forma sustentável, as florestas funcionam como reservatório de carbono, reduzindo as concentrações de CO2 na atmosfera e contribuindo positivamente para o combate às alterações climáticas. A floresta portuguesa é um dos mais importantes recursos renováveis do País - um recurso que importa preservar e valorizar. A Caixa quer participar na construção de uma nova floresta em Portugal. Uma floresta constituída por espécies autóctones e gerida de forma activa e sustentável. TERRA A definição ISO , de 1/08/1996, diz que o solo é a camada superficial da crosta terrestre constituída por partículas minerais, matéria orgânica, água, ar e organismos vivos. Para além do seu papel determinante na produção de biomassa, desempenha várias funções ecológicas, como regulador do ciclo hidrológico (já referido), meio natural de reciclagem de compostos orgânicos e reserva genética de biodiversidade. O uso florestal ou agrícola do solo permite a compatibilidade com as outras funções referidas. A ocupação urbana, por outro lado, condena-o à esterilidade total. Assim, consideremos apenas a terra (ou solo) como recurso natural, isto é, como forma de podermos obter o nosso sustento, através da agricultura, pecuária e biodiversidade da fauna e flora. As agressões a que este recurso está sujeito estão legalmente previstas na Directiva Europeia para a Protecção do Solo: erosão, declínio na matéria orgânica do solo, salinização, compactação, deslizamentos de terras, contaminação e impermeabilização. É, por isso, um recurso esgotável (já que a formação do solo é muito lenta, à razão de um centímetro em cada 100 anos). A exploração agrícola tem vindo a deparar-se com uma evolução ímpar nos últimos anos, nem sempre positiva. Falamos de um aumento da produção, com recurso a agroquímicos, da mecanização e da monocultura intensiva. O uso de transgénicos é, igualmente, preocupante no que toca à contaminação (ou mesmo extinção) de outras espécies tradicionais e à biodiversidade. Os agricultores (ou criadores de gado) entregues a práticas mais tradicionais são, na realidade, grandes responsáveis pelo enriquecimento do solo. O mesmo se aplica a cada um de nós que prefira produtos biológicos. A ideia de que apenas a agricultura (ou pecuária) a grande escala consegue sustentar a população humana é incorrecta. Não só os solos se esgotam, inviabilizando o seu uso no futuro, como, na realidade, grande parte dos produtores (da União Europeia, por exemplo) se vêem obrigados a seguir quotas de produção, ou seja, desfazer-se dos excedentes, não podendo sequer exportá-los para países mais desfavorecidos. Mas o solo acolhe, também, as florestas, essas grandes responsáveis pela biodiversidade e equilíbrio ecológico. Cobrindo cerca de 30% da superfície terrestre, é ali que se realiza a fotossíntese, da qual depende a nossa vida: produção de oxigénio a partir do dióxido de carbono, sendo, por isso, os pulmões do Mundo. Para além dessa função, são fonte de madeira, combustíveis, alimentos e matérias-primas (resina, celulose, cortiça e frutos), protegem o solo contra a erosão, controlam a qualidade do ciclo hidrológico e têm um elevado valor paisagístico. A floresta portuguesa, em particular, é um ecossistema muito antigo. Caracterizada por árvores de folha caduca a norte e folha perene a sul, ascende a

27 3,3 milhões de hectares, uma das maiores áreas da Europa. Isto não quererá dizer, porém, que tudo são rosas. Há demasiados eucaliptos em detrimento de outras espécies como, por exemplo, o pinheiro manso que, em tempos, cobria grande parte do litoral e hoje está, praticamente, confinado à península de Setúbal. Para além disto, e depois dos incêndios dos últimos verões, existe a necessidade de reflorestar, mas de maneira sustentada. E neste campo, iniciativas como a Floresta Caixa não são só importantes, são essenciais. Sobreiro (Quercus suber) Distribuição: Beira interior, Península de Setúbal, Alentejo e Algarve. Utilidade: A cortiça, que se extrai a cada década, sem risco para a árvore, regenerável, é um dos grandes tesouros de Portugal. Castanheiro (Castanea Sativa) Distribuição: Trás-os-Montes, Minho e Beiras. Utilidade: A castanha, o fruto desta árvore, constituiu a base da alimentação portuguesa até ao século XVII. A madeira, (castanho) é de extrema qualidade e grande valor decorativo.

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29 CONSUMO SUSTENTÁVEL 28/29 A NOSSA MISSÃO CONTINUA A NOSSA MISSÃO CONTINUA MODERAR O CONSUMO, RESPEITAR A NATUREZA Minimizar o problema de emissão de gases com efeito de estufa é uma prioridade global mas que deve partir de cada um de nós. O consumo mais responsável e assente em critérios ambientais e de sustentabilidade é uma solução que todos podemos pôr em prática. O pouco que cada um contribuir é de suma importância. BOAS NOTÍCIAS INCENTIVAM O ESPÍRITO. E em matéria ambiental, os portugueses podem esboçar um sorriso orgulhoso com as últimas. No ranking do EPI 2008 (Environmental Performance Index), o relatório elaborado por uma equipa de especialistas da Yale University e da Columbia University, divulgado pelo World Economic Forum, que se reuniu, em finais de Janeiro, na cidade suíça de Davos, refere que somos o 18.º país, entre 149, que mais respeita o Ambiente e, de entre os 27 da UE, estamos à frente dos parceiros italianos, espanhóis, dinamarqueses, luxemburgueses e holandeses. O EPI avalia a qualidade ambiental e a vitalidade do ecossistema de cada país, utilizando 25 indicadores distribuídos por cinco categorias: qualidade ambiental, poluição do ar, água, biodiversidade e habitat, recursos naturais produtivos e alterações climáticas. Segundo o Ministério do Ambiente, este ano, Portugal ficou acima da média europeia em cinco das seis categorias. No mesmo dia em que se revelou o estudo, a Comissão Europeia posiciona Portugal no Top 5, em termos de ambição nas políticas e metas para as energias renováveis no horizonte de 2020.

30 30/31 CONSUMO SUSTENTÁVEL A NOSSA MISSÃO CONTINUA Uma casa portuguesa consome em média 1800kWh de electricidade, por ano, o que corresponde a 900kg de CO A CAIXA FAZ, O PLANETA AGRADECE No que toca à redução de emissões, a instalação de painéis solares na cobertura do Edifício-Sede da Caixa, em Lisboa, constitui a maior Central Solar do país. A instalação de 130 painéis solares térmicos em m 2 da cobertura do Edifício-Sede, em Lisboa, permite a produção de energia que será utilizada para aquecer água para sistemas de climatização e instalações sanitárias, poupando mais de 1 milhão de kwh de electricidade por ano (aproximadamente 5% do consumo global). Simultaneamente, está a ser instalado um sistema de monitorização detalhada da energia produzida, que permitirá analisar o desempenho da instalação para posterior expansão a outros edifícios CGD que mostrem potencialidades para uso de energia solar. Os painéis solares, em conjunto com as restantes medidas de eficiência energética já implementadas pela Caixa, evitarão a emissão de toneladas de CO 2 /ano. Os bons resultados e a ambição ecológica merecem uma vénia e todo o empenho pessoal somará pontos à estratégia por um futuro melhor. Lembrando e relembrando boas práticas, vamos então mudar o mundo e tornar Portugal um território ainda mais aprazível e capaz de fixar, definitivamente, um desenvolvimento sustentável. Na indústria, na agricultura, nas redes de transportes, nas grandes e pequenas empresas, nas nossas casas, nos hábitos diários, nas escolhas e aquisições que realizamos, incluir e atender aos princípios ecológicos é salvaguardar as gerações vindouras. É dar o exemplo aos mais novos, mas é, também, apoiar e incentivar os mais velhos, para quem as démarches de mudança pedem sempre mais tempo de adaptação. O uso racional da água e da energia é fundamental, sendo um contributo já amplamente divulgado, e que se repercute, directamente, em toda a vida do Planeta e dos seus habitantes. Mas há muito mais por onde podemos pegar. EM CASA A ÁGUA A quantidade de água doce disponível no Planeta é ínfima e a reserva de água potável decresce a cada dia. Há locais onde, simplesmente, não existe. É o recurso natural do ecossistema terrestre mais ameaçado pela poluição. Sem água, nenhum ser sobrevive. Dependemos totalmente dela, daí a enorme dificuldade em reduzir o seu consumo. Tudo o que implica gastá-la banhos, lavagens, regas faz-se com excesso. Outros processos têm de ser aplicados para POUPAR. Quantos e quantos litros de água são desperdiçados, enquanto pessoas morrem de sede noutros continentes? Autoclismos com capacidades que ultrapassam a necessidade? Uma garrafa de plástico com areia, ocupando boa parte do espaço, resolve o problema. Duches, lavagens de dentes e de loiças sem a água a correr em permanência, e ir mais longe com torneiras de fluxo reduzido ou reguladores aplicados às normais. Lavar o carro? É na lavagem automática ou munindo-nos de um balde e esponja. Regas? Só depois de o sol se pôr e com água da chuva pré-armazenada, que também serve para recarregar autoclismos e dar aos animais. Tudo o que deitamos na água, com ela segue para o interior da terra, espalhando-se nos lençóis freáticos e, logo, nos rios e mares. Mesmo a que se evapora leva para a atmosfera os resíduos que contém, que, mais cedo ou mais tarde, regressarão, diluídos nas chuvas. Porque na cozinha e na casa-de-banho as descargas são inevitáveis, eleja detergentes e produtos de higiene que respeitem o ambiente, biodegradáveis ou mesmo biológicos, livres de químicos, à venda

31 1/3 da energia consumida numa casa advém do frigorífico. Um Classe A ++ poupa 270kWh/ano e emite menos 135kg de CO 2 do que se for Classe A. nas lojas da especialidade. Não permita que a sanita seja caixote de lixo. Uma ponta de cigarro, por exemplo, contamina 30 litros de água. Reserve tintas, vernizes e óleos, contacte a sua autarquia para que esta proceda à recolha ou indique quem o fará. Quanto mais resíduos chegam às ETAR (Estações de Tratamento de Águas Residuais), mais energia é gasta no respectivo tratamento. Se tem a sua horta, pomar ou jardim, evite químicos e adopte o modo biológico ou abrace os sistemas da permacultura (ver caixa lateral). Todos ganham: a água, o ar, a fauna, a flora, ou seja, o Homem. A ENERGIA As fontes energéticas derivadas de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão, são responsáveis pela emissão dos gases com efeito de estufa. Calcula-se que sejam a principal causa do aumento da temperatura e consequentes alterações climáticas. Reduzir o consumo de electricidade é urgente para diminuir quantidades de CO 2 na atmosfera. Recorrer a fontes de energia limpas e renováveis já é a solução do presente. Para as casas, painéis solares que aquecem água e ambiente. A construção sustentável recorre a materiais amigos da Natureza, usa energias alternativas e é, por isso, providencial. Prefira a lareira aos caloríferos eléctricos ou a gás. Fale à EDP ( e opte pelo sistema bi-horário, um serviço que reduz o preço do kwh em 45%, para determinados períodos do dia. Assim, pode poupar, realizando tarefas como lavagens de roupa e de loiça ou aproveitar para engomar, nas chamadas horas de vazio. Importante é cumprir os critérios de gestão, para sentir a real diferença. REGRESSO AO PARAÍSO O futuro da humanidade passará por acolher sistemas de permacultura, já implementados em vários países, através da agricultura e das eco-aldeias. A permacultura aplica-se em diferentes domínios. O conceito foi desenvolvido há 30 anos por Bill Mollison e David Holmgren, dois ecologistas australianos, como resposta alternativa às agressões do Homem ao meio ambiente e, consequentemente, a si mesmo. Não são métodos novos nem se reinventou a roda, mas sim um retorno a práticas ancestrais de observação, respeito e trabalho em colaboração com a Natureza como um todo. É uma atitude de vida positiva que visa a sustentabilidade agrícola, social, cultural e económica, através de métodos de planificação e concretização apropriados, eficientes e produtivos, cujos padrões se assemelham ou imitam a Natureza. Conheça melhor este mundo maravilhoso em cujo autor se dedica ao tema, tendo já colaborado com organizações e escolas na sua divulgação.

32 32/33 CONSUMO SUSTENTÁVEL A NOSSA MISSÃO CONTINUA 4. A CAIXA FAZ, O PLANETA AGRADECE Paralelamente à realização de um inventário completo de emissões - elaborado com base nas melhores metodologias internacionais a redução das emissões da CGD já está em curso. A Caixa está presente em todo o País, em mais de 800 instalações, desde grandes edifícios a pequenas Agências. A CGD definiu um programa de eficiência energética e utilização de energias renováveis, com o objectivo de racionalizar consumos e, simultaneamente, reduzir custos de operação e emissões de carbono. RECICLAR É FUNDAMENTAL A reciclagem de embalagens, vidro e papel evita os avultados gastos de energia e de água associados à produção de raiz desses mesmos produtos e emissões de CO 2 que estes materiais libertam para a atmosfera, ao serem incinerados ou depositados em aterros sanitários e lixeiras. Ao reciclar, está a poupar matéria-prima extraída do Planeta, e, por cada tonelada de material reciclado, veja a quantidade de CO 2 que se poupa Plástico: 1,35t, Metal: 1,795t, Vidro: 0,835t e Papel: 0,43t. Mudanças fáceis reduzem a factura energética. Lâmpadas económicas e interruptores com reguladores de intensidade de luz, aparelhos desligados do modo stand by, portas e janelas calafetadas e vidros duplos ou cortinados evitam perdas significativas de calor. Deve desligar aquecedores algum tempo antes de sair de casa, o forno uns minutos antes de retirar o assado e aproveitar o calor do sol em divisões viradas a sul e a luz natural ao máximo. Na compra de frigoríficos, invista na Classe A, A+ ou A++, que gastam menos 50% da energia. No que toca a máquinas de lavar roupa e aparelhos electrónicos, procure os que têm a etiqueta Energy Star e, em computadores, prefira portáteis, que consomem menos 80% de electricidade, evitando, numa média de cinco horas de utilização diária, a emissão de 12kg de CO 2 por ano. Reduzir a temperatura nas lavagens de roupa, assim como um grau a menos no aquecimento das divisões, são pormenores que em nada afectam o nosso conforto, mas cujo impacte a médio prazo é altamente compensatório. AS COMPRAS No momento de adquirir bens de consumo, pense verde! Escolha lojas de produtos biológicos, desenvolvidos em solos despoluídos e mais saudáveis, e de comércio justo, que têm uma variedade de géneros de óptima qualidade, desde alimentos até ao artesanato e roupas, oriundos de países pobres, que agradecem a nossa ajuda. Mas é importante não descurar o que é nacional, recorrer mais a feiras e mercados e preferir os tecidos naturais (algodão, linho, seda e lã) aos sintéticos, cujo fabrico implica mais poluentes e a qualidade é inferior. Na alimentação, a regra é a mesma. Quanto mais natural melhor, fuja da comida pré-cozinhada, aposte nos saborosos produtos biológicos e recorde velhos tempos, fazendo compotas, marmelada, doces, bolos e pão, em casa. Prescinda de sacos e embalagens de plástico, reutilize-os sem preconceitos e eleja o vidro sempre que puder. Reciclar a roupa volta a fazer sentido. Mãos à costura, goze da sua criatividade e transforme o velho em novo. NO TRABALHO Ser amigo do ambiente começa em casa, mas pode continuar dia fora. Passar a ir trabalhar usando os transportes públicos, nem que seja só uma vez por semana, é reduzir CO 2. Caso viva na mesma zona que outros colegas, pode combinar algumas viagens em conjunto. E, independentemente das eco-regras adoptadas pela empresa, ter uma atitude ecológica no ambiente laboral é meio caminho andado para contagiar as outras pessoas, trocar ideias, aprender e partilhar preocupações comuns. Eis algumas acções que pode empreender e

33 Sempre que possível, viaje de comboio. Uma viagem de avião de ida e volta Porto-Lisboa implica, por passageiro, a emissão de 80kg de CO 2. De comboio, a cifra desce para 9,24Kg. No mesmo percurso, um automóvel ligeiro soma 83,4kg de CO 2. que o meio ambiente agradece: substituir copos de plástico por chávenas de café; reutilizar papel para rascunho; reduzir impressões e o uso de cores; procurar usar material reciclado ou reciclar per si, voltar às canetas de tinta permanente; aproveitar a luz natural da sua sala e propor o uso de lâmpadas fluorescentes que duram dez vezes mais tempo que as normais; levar para a reciclagem o seu próprio lixo (garrafas de água, papel, embalagens, etc.); oferecer-se para tratar da colecta de lixo informático (cd, cabos, disketes, computadores, etc.); desligar diariamente todos os equipamentos, bem como o aquecimento uma a duas horas antes da saída. EM FÉRIAS Os tempos livres não apagam a consciência ambiental e, até nesta matéria, podemos e devemos ajudar quem se propôs incrementar um turismo de base sustentável. Escolhendo locais onde a Natureza é rainha, a mão de obra local é aproveitada, a cultura, fauna e flora autóctones são respeitadas e preservadas, as tradições mantidas e o impacte ambiental é praticamente nulo. Aos poucos, são cada vez mais os destinos que colhem estas preferências, além- -mar, mas também em Portugal, onde tantas das casas de turismo assumem preocupações desta natureza, aproveitando ao máximo os recursos da região em que se inserem e o seu património humano, cultural e natural. De férias ou apenas em viagens curtas de fim-de-semana, evite o turismo de massas, as praias cheias e aproveite para conhecer zonas de Paisagem Protegida ou Parques Naturais. Decida-se a passear a pé ou de bicicleta, adopte os meios de transporte locais e dê férias ao automóvel. Se pretende optar por marcar o seu tempo de descanso em lugares feitos à medida da causa ecológica, verdadeiros paraísos na Terra, ficam alguns sites úteis. Esprete e delicie-se em e Em Portugal, fica a sugestão um exemplo recente que cruza a arte com a Natureza, usa energias renováveis, plantas autóctones e outros métodos ecológicos pensados para poupar o Planeta.

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35 EMPRESAS COM FUTURO 34/35 PROSPERAR PELA SUSTENTABILIDADE PROSPERAR PELA SUSTENTABILIDADE EMPRESAS PORTUGUESAS QUE DÃO O EXEMPLO Sabemos que pequenos gestos contam muito. E há quem saiba que um gesto seu pode representar inúmeros. As empresas dão, assim, cada vez mais sinais de preocupação com o ambiente e com a sua sustentabilidade. Algumas, fazem dessa preocupação com o futuro, o fundamento do negócio. A ENERGIAS DE PORTUGAL, parceira da Caixa na área das energias alternativas e única distribuidora de energia, da qual dependemos totalmente, não poderia deixar de constituir um exemplo cimeiro em matéria de investimento naquelas. A EDP é, inclusivamente, um dos líderes mundiais de energia eólica e pretende atingir, até ao final de 2008, 2800Mw de capacidade instalada e 5100Mw em Mas a estratégia de eficiência energética tem horizontes mais largos. Depois das gigantes ventoinhas que enfeitam tantos pontos do país, o mar deverá ser, ainda em termos eólicos, o próximo aliado, com moinhos instalados em águas profundas, ao largo da costa. Só então se poderá esperar pelo investimento na energia maremotriz, gerada pelas ondas. Neste domínio, a EDP investe na investigação e na tecnologia necessárias para que, dentro de cinco a dez anos, o projecto esteja a funcionar em pleno. Na política da oferta, a empresa pretende, pois, aumentar o rendimento do parque electroprodutor e incrementar opções alternativas que podem passar, ainda, pelo recurso ao solar fotovoltaico ou termoeléctrico e à biomassa. A redução de emissões de gases com efeito de estufa (GEE), nas centrais é, também, um objectivo prioritário, através da melhoria dos processos de combustão interna. Além das grandes medidas, saliente-se ainda o empenho da EDP em formar e informar os cidadãos, através de campanhas verdes e iniciativas que, diariamente, podem ajudar a causa ambiental. O site é prova disso e merece uma visita demorada.

36 36/37 EMPRESAS COM FUTURO PROSPERAR PELA SUSTENTABILIDADE Outros projectos e actividades da E.Value Dado o carácter pioneiro do seu objecto de actividade em Portugal, a E.Value pretende também assumir responsabilidades na promoção do conhecimento e formação dos agentes económicos no que concerne à integração do valor económico do ambiente nas decisões empresariais. A II Conferência E.Value, que teve lugar em Janeiro 2006, trouxe a Portugal o Prof. Michael Porter (Harvard Business School) para debater o Ambiente e a Competitividade. Em Novembro de 2007, a III Conferência E.Value, sob o lema Low Carbon Lifestyle (Estilo de Vida de Baixo Carbono), reuniu empresários, académicos, jornalistas, técnicos e outros opinion-makers de referência, para debater a necessidade de novos padrões de consumo e sistemas de decisão, orientados para soluções de baixo carbono. O debate contou, também, com a participação de figuras públicas, com actividades profissionais distintas: o piloto Carlos Sousa, a estilista Fátima Lopes, o jornalista José Rodrigues dos Santos, o arquitecto Souto de Moura, e o músico Zé Pedro, dos Xutos e Pontapés. O resultado foi um diálogo de contrastes e convergências, muito representativo das expectativas comuns no que respeita às alterações climáticas, nomeadamente na responsabilidade individual que todos temos enquanto cidadãos. Digna de nota foi, também, uma acção pioneira em colaboração com a organização do Rock in Rio 2006, em Lisboa. Foram contabilizadas e compensadas as emissões de gases com efeito de estufa associadas à realização do festival, anulando assim o seu efeito no clima. Para as edições de 2008 em Lisboa e em Madrid a E.Value desenvolveu um programa de redução das emissões associadas ao evento, que contará com intervenções nas áreas da energia, mobilidade e resíduos. As emissões inevitáveis serão quantificadas e compensadas, tornando novamente o Rock in Rio num evento CarbonoZero. OUTRO EXEMPLO DIGNO DE NOTA É A E.VALUE, uma empresa de consultoria e desenvolvimento, com competências nas áreas da engenharia e economia do ambiente, em particular na economia do carbono. À E.Value, responsável pela consultoria ambiental da Caixa, se deve o desenvolvimento do CarbonoZero, uma solução integrada que permite a cidadãos e empresas quantificar, reduzir e compensar, de forma voluntária, as suas emissões. Na área da energia, a E.Value presta serviços de consultoria em engenharia, orientados especificamente para edifícios de empresas, e que incluem certificação energética, simulação dinâmica e desenho de soluções tecnológicas integradas para racionalização de consumos. Presta também consultoria em política energética, em matérias como tarifas de renováveis, políticas e instrumentos económicos de eficiência energética. Na área da mobilidade e transportes, a E.Value apoia a definição de Políticas Públicas e detém competências específicas orientadas para a Gestão da Mobilidade nas Empresas, incluindo análise do desempenho energético e ambiental e a elaboração de planos de mobilidade. A ambição da E.Value é acrescentar valor (ambiental) aos negócios, à economia e à vida quotidiana. A empresa foi fundada em Maio de 2004 e conta, actualmente, com uma equipa de 16 elementos. ÁRVORES, UM INVESTIMENTO SÓLIDO E COM FUTURO Os bosques são indispensáveis à vida. Mas dois terços dos trinta e quatro mil milhões de hectares de bosque existentes no Planeta estão submetidos a uma exploração de tipo não-sustentável que, a cada ano, dizima uma área de onze milhões de hectares. A devastação florestal traz consequências inevitáveis para o clima. Razões éticas, culturais, ambientais e económicas levam à necessidade urgente de gerir racionalmente as florestas do mundo e de criar bosques onde, a par da exploração sustentável de madeira, se cuida do espaço natural. Nesta filosofia integra-se uma empresa espanhola, agora a operar em Portugal. A Maderas Nobles de la Sierra Segura, SA veicula o investimento em árvores, detendo, para tal, vários hectares de terra em Espanha e em território nacional, com vista a catalizar investidores portugueses e a fomentar uma barreira verde na Península. É uma empresa de silvicultura sustentável de espécies frondosas, que visa a obtenção de madeiras nobres de grande qualidade e a regeneração ambiental, oferecendo à sociedade um produto alternativo de poupança activo, ético, ecológico, seguro e de alta rentabilidade. O negócio é simples: o investidor compra as árvores, a empresa planta-as nos seus domínios, garante o seu tratamento através de técnicas avançadas, amigas do ambiente, comercializando, então, a

37 madeira. No caso das nogueiras, por exemplo, convertíveis em árvores produtoras de madeira em 20 anos, vendem-se em lotes de 10 unidades, ao preço de 3304 cada. A compra inclui a propriedade das árvores e todos os cuidados efectuados pelo pessoal da Maderas Nobles durante os 20 anos do ciclo produtivo, findo o qual a empresa se encarrega do desenraizamento, abate e gestão da venda da madeira em favor do cliente. Este pode vender quando quiser, pelos seus próprios meios ou através do mercado secundário da própria empresa. A constante valorização das madeiras nobres garante rentabilidades anuais de 7% a 21%, acumulada em duas décadas. O benefício social e ambiental cresce, as plantações sustentáveis geram novos espaços arborizados, oxigénio, solo almofadado e fértil, empregos em áreas rurais e educação ambiental. Além disso, o fornecimento de matérias primas procedentes da gestão florestal sustentável ajuda a reduzir o impacto da indústria da madeira sobre as florestas e selvas virgens, em perigo, em outras partes do mundo. Saiba tudo em É urgente gerir racionalmente as florestas e criar bosques onde, a par da exploração sustentada da madeira, se cuida do espaço natural

38 38/39 EMPRESAS COM FUTURO PROSPERAR PELA SUSTENTABILIDADE 5. A CAIXA FAZ, O PLANETA AGRADECE GESTÃO DA FROTA AUTOMÓVEL No âmbito do Caixa Carbono Zero 2010, a CGD está também a intervir na sua frota automóvel. Foram definidas novas regras para a aquisição de viaturas que integram já o nível de emissões de CO 2 como critério de selecção e privilegiam as viaturas híbridas. Estas medidas permitem, a médio prazo, reduzir as emissões de GEE associadas à utilização da frota própria. Estas medidas estão a ser complementadas com outras - nomeadamente no que se refere incremento da vídeo-conferência e à promoção da transferência modal nas deslocações em serviço - no âmbito de um programa integrado de mobilidade. A floresta portuguesa conta com a CGD, especialmente na recuperação das zonas ardidas, através do apoio à plantação de espécies autóctones E SE DE EXEMPLARES COMPORTAMENTOS EMPRESARIAIS aqui tratamos, teremos de referir o programa estratégico Caixa Carbono Zero 2010 onde, entre outras medidas, se destaca a instalação da maior central solar do País no Edifício-Sede, que teve como objectivo o abastecimento do mesmo numa óptica de boas práticas de eficiência energética. São 1600m 2 de painéis solares, através dos quais a Caixa evita a emissão de 1700t de CO 2 por ano, poupa a electricidade equivalente ao consumo anual de 2000 pessoas e preserva o oxigénio libertado por árvores num ano. Caixa Carbono Zero 2010 é a afirmação no âmbito da Responsabilidade Social e da participação cívica e empreendedora da Caixa na mitigação das alterações do clima. Significa ser exemplar na acção, mobilizar o mercado e sensibilizar a sociedade. 6. A CAIXA FAZ, O PLANETA AGRADECE BOAS PRÁTICAS JUNTO DOS COLABORADORES DA CAIXA. Com vista a garantir a optimização de performance do consumo energético, os equipamentos informáticos em fim de vida usados pela Caixa são reciclados ou, quando continuam operacionais, oferecidos a instituições de interesse público. Na gestão de resíduos, a Caixa aposta na redução e reciclagem de consumíveis e lixos diversos. Cada departamento passou a ser informado da quantidade de papel consumido e do peso deste nos gastos globais do Grupo. Reduziu-se também a gramagem do papel (75gr/m 2 vs 80gr/m 2 ) e os resultados estão à vista: entre 2003 e 2006, registou-se uma redução anual do seu consumo superior a 66%. O projecto Soneca reduz substancialmente os actuais custos com a energia eléctrica, graças a práticas como adormecer ou desligar os postos de trabalho diariamente às 20 horas e mantê-los desligados durante os fins-de-semana, feriados e férias. OS COMPROMISSOS DA CAIXA CARBONO ZERO 2010 SÃO: 1. Conhecer e caracterizar o perfil de emissões, directas e indirectas de gases com efeito de estufa resultantes da actividade quotidiana; 2. Reduzir emissões de forma eficaz e actuar como uma montra tecnológica de divulgação do know-how próprio e boas práticas em matéria de eficiência energética e energias renováveis; 3. Compensar emissões inevitáveis; 4. Desenvolver produtos e soluções financeiras que induzam alterações estruturais no uso da energia e no padrão de comportamentos de cidadãos e de agentes empresariais e institucionais; 5. Promover a literacia do Carbono entre colaboradores e clientes, no mercado financeiro e na sociedade em geral. A forte aposta no domínio web chama-se onde, além de notícias, estão todas as acções, campanhas e iniciativas em prol do ambiente. Na televisão, o programa Planeta Agradece deu origem a um blog como espaço de discussão e reflexão. A floresta portuguesa conta com a CGD, especialmente na recuperação das zonas ardidas, através do apoio à plantação de espécies autóctones, gerida de forma activa e sustentável, visando reduzir as concentrações de CO 2 na atmosfera.

39 20 ANOS NA VIDA DE UMA ÁRVORE Em duas décadas de ciclo produtivo, cada árvore proporciona ao meio ambiente: kg de matéria orgânica, fertilizando o solo e evitando a erosão; litros de água, ajudando a criar condições para a chuva; 8.000m 3 de oxigénio, a quantidade média que uma pessoa respira durante 80 anos; m 3 de CO 2 absorvidos que, assim, não chegam à atmosfera.

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41 VIAGEM 40/41 UM EXEMPLO DE SUSTENTABILIDADE AÇORES A SÓS COM A NATUREZA OLHAR, SENTIR, VENERAR Quem já aqui esteve sabe-o. Quem cá vive ainda mais. Não era preciso a National Geographic Traveller ter eleito os Açores como as Segundas Melhores Ilhas para Turismo, de entre um universo de 111 candidatos. Agora, porém, deixou de ser um dos segredos mais bem guardados do nosso património. O QUE TERÁ LEVADO UMA DAS MAIS PRESTIGIADAS PUBLICAÇÕES DE VIAGENS, subsidiária da National Geographic, a eleger o arquipélago dos Açores como o segundo melhor destino do mundo para turismo? Tudo aquilo pelo que esta região autónoma é, ou deveria ser, conhecida. Apenas suplantado pelas ilhas Faroé, o arquipélago foi eleito de entre 111 ilhas e arquipélagos por um painel de 522 especialistas em ecologia, turismo sustentado, geografia, escrita de viagens e fotografia, gestão, preservação histórica, culturas indígenas e arqueologia. Foram avaliadas a qualidade ambiental, a integridade social e cultural, as condições da arquitectura, atracção estética, gestão do turismo, tendo em conta o futuro e, acima de tudo, o facto de, por enquanto, ainda não ter enveredado pelo turismo de massas. Escreve a NGT: Não é um destino de praia ou susceptível de turismo de massas; de facto, o seu clima caprichoso, provavelmente, impede a entrada de turistas. As montanhas vulcânicas das ilhas e as pitorescas cidades preto-e-branco deverão manter-se inalteradas. É um local maravilhoso. [ ]

42 42/43 VIAGEM UM EXEMPLO DE SUSTENTABILIDADE 7. A CAIXA FAZ, O PLANETA AGRADECE O Caixa Carbono Zero 2010 tem em vista ainda o desenvolvimento de novas soluções de financiamento. Através do Crédito Pessoal Energias Renováveis, a Caixa oferece já soluções de financiamento, com condições muito vantajosas, para instalação de colectores solares térmicos, equipamento de apoio ou ligação a equipamento existente. ( gias_renovaveis.htm). Está também em desenvolvimento um conjunto de novos produtos destinados ao apoio e financiamento na área das energias renováveis. O objectivo é ajudar os clientes da CGD a adoptar soluções tecnológicas que reduzam emissões. O último cachalote foi caçado em Os antigos baleeiros usam hoje o seu saber na detecção destes mamíferos com um fim bem mais nobre e gerador de riqueza: a observação de cetáceos. Remotos e temperados, os Açores permanecem pouco utilizados pelo turismo. O principal perfil do visitante é de viajantes independentes que ficam em regime de cama e pequeno-almoço. O ecossistema - das maravilhosas ravinas cobertas de hortênsias, nas Flores, às baías de pedra da Terceira - está em grande forma. As baleias são, ainda, uma visão frequente. A cultura local é forte e vibrante. Não é incomum ser-se convidado para a casa das pessoas para jantar, ou ser bem recebido numa refeição comunitária durante uma festa." Se há alguém que ainda desconhece que o melhor do mundo (e um verdadeiro exemplo para o mesmo) está dentro das nossas fronteiras, é porque nunca visitou os Açores. Ali, o último cachalote foi caçado em E isto diz muito da sua população. Não é fácil acatar uma lei que vai contra aquilo que era, afinal, uma prática enraizada. Não para o açoriano. Não só a medida foi respeitada, como os antigos baleeiros se transformaram em guias, usando os seus profundos conhecimentos de detecção e aproximação destes mamíferos para, afinal, criarem uma mais-valia para os Açores. O arquipélago não é, apenas, um paraíso para a observação de cetáceos. É um paraíso para os próprios cetáceos. Esta é uma das facetas turísticas mais divulgadas dos Açores, mas está longe de ser a única. Trata-se de um destino autêntico. Muito embora as infra-estruturas turísticas sejam modernas e a oferta vasta, a atracção que estas ilhas exercem é outra. O melhor dos Açores são as gentes, diz-se. E é verdade. O turista agradece. E a natureza também. Porque o açoriano vive em simbiose com o meio, respeita-o. Pesca de forma tradicional, dedica-se à pecuária e à agricultura de forma não intensiva. Em troca, a natureza é, nos Açores, mais generosa. E quando é precisamente o contrário, com as tempestades de Inverno ou os não raros sismos, o açoriano toma-o com a inevitabilidade de que estas são manifestações incapazes de tornar menos bonito um lugar que foi agraciado. De São Miguel, a maior, ao Corvo, o minúsculo ilhéu com cerca de 600 habitantes, há paisagens deslumbrantes, um quotidiano único no mundo, a melhor gastronomia, alguns dos melhores spots de mergulho que os oceanos reservam, manifestações culturais de inestimável valor etnográfico, enfim, um vasto universo dentro de um país pequeno. Mas que não cabe em si de orgulho.

43 AÇORES, ILHA A ILHA SANTA MARIA É talvez uma das ilhas menos visitadas por turistas, embora sobrem atracções: o Lugar dos Anjos, onde desembarcaram, pela primeira vez, os homens de Cristóvão Colombo, e as baías da Praia, de S. Lourenço, dos Anjos e da Maia. SÃO MIGUEL A maior e mais visitada ilha do arquipélago tem inúmeros locais de interesse. Destacam-se as famosas e inevitáveis Sete Cidades, lagoa do Fogo, Furnas, o preservado Nordeste (uma ilha dentro da ilha) e o ilhéu de Vila Franca. TERCEIRA A ilha que é uma festa ( há oito ilhas e um parque de diversões, dizem os açorianos), tem um colorido muito especial. Angra do Heroísmo foi o primeiro local português a ser considerado Património da Humanidade. Visite também a Igreja Matriz da Praia da Vitória, Algar do Carvão, Igreja de São Sebastião e Biscoitos. SÃO JORGE A ilha mais alternativa do arquipélago, segredo bem guardado pelos surfistas europeus mais bem informados, é, provavelmente, uma das ilhas mais verdes. O seu grande atractivo são as fajãs, locais de beleza deslumbrante. GRACIOSA Da paisagem, intocada, à Vila de Santa Cruz, a maior povoação, esta ilha é de uma beleza desarmante. Esconde a Caldeira, um fenómeno vulcânico único no mundo, que permite uma visita ao seu interior, onde encerra a Furna do Enxofre. PICO A mais alta montanha de Portugal é este imponente vulcão que se ergue em pleno Atlântico. A passagem pelas Lajes e vinhedos é obrigatória, mas o auge da visita a esta ilha é a escalada ao cume dos seus 2351 metros, acompanhada por um guia local. FAIAL Velejador que se preze aporta à Horta, pinta o seu testemunho na amurada da mais internacional marina de Portugal e, claro, olha o Pico, à distância de um estreito canal. Obrigatória é também uma incursão ao vulcão dos Capelinhos e à Caldeira, com uma profundidade de 400m e um diâmetro de 1450m. FLORES É, unanimemente, a pérola do arquipélago. Surpreende, a cada quilómetro, pelas suas paisagens de deixar qualquer um sem fôlego. Um verdadeiro paraíso natural onde cascatas rasgam o verde e as encostas estão cobertas de hortênsias. Águas transparentes e uma gente hospitaleira completam o quadro. CORVO A mais pequena ilha dos Açores é uma simpática comunidade piscatória de cerca de 600 habitantes, instalados numa única e pequena povoação, a Vila do Corvo. Uma só estrada dá acesso ao Caldeirão, a impressionante cratera de 2400m de perímetro.

44 44/45 LIVROS DE BORDO SUGESTÕES PELA MÃO DE UM AUTOR MENINOS-HOMENS VITORINO NEMÉSIO DIVERSIFICOU A SUA ESCRITA E, DO GOSTO PELA HISTÓRIA, ENVEREDOU PELA BIOGRAFIA. ESCOLHEMOS O SEU VIDA E OBRA DO INFANTE D. HENRIQUE, QUE RETRATA O PERCURSO DO INICIADOR E IMPULSIONADOR DA EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA. Vida e Obra do Infante D. Henrique Vitorino Nemésio Colecção Henriquina Livrarias Bertrand PRECISAMENTE TRINTA ANOS após a morte de Vitorino Nemésio, deixamos nota de uma obra cuja publicação remonta a 1959, data das Comemorações do Quinto Centená-rio da Morte do Infante D. Henrique, tendo a última edição a chancela da Imprensa Nacional Casa da Moeda, que veio a adquirir, depois da Bertrand, os direitos sobre a obra nemesiana. Como biógrafo, também o escritor açoriano foi exímio, tendo trazido à sua vasta obra bons exemplos, como as figuras de Alexandre Herculano, Gil Vicente, Isabel de Aragão, a Rainha Santa ou Bocage, além de uma mão-cheia de estudos de carácter e destrinça histórica. Em Vida e Obra do Infante D. Henrique, Vitorino Nemésio segue Fernão Lopes, na sua Crónica de D. João I, e anuncia que sobre a meninice do Infante pouco se sabe, além do aparatoso regozijo tripeiro por ocasião do baptismo, os nomes do padrinho e da ama. Quinto filho de D. João I, o Infante veio à luz na cidade do Porto, a 4 de Março de 1394, era quarta-feira de cinzas, assinala o cronista-mor do reino, tendo sido baptizado no domingo imediato, na Sé, pelo Bispo de Viseu, D. João Homem, um varão muito chegado ao Rei por suas raras virtudes.... E é dando nota da virtuosa forma de viver, de amar e de se educar a prole do Mestre de Avis, que Vitorino Nemésio prossegue, para desembocar numa resenha histórica que à medida que avança se adensa, ganhando interessantes contornos, prendendo até o leitor com menores ânimos pela temática. Analisando com rigor o contexto social, político e geográfico em que Portugal e o resto do Mundo se enquadravam nos alvores do século XV, o Professor Nemésio relembra a crise económica no reino, suas causas e consequências na vida de então, o cansaço das guerras com Castela, as heranças que catapultaram a Revolução de a última grande convulsão social portuguesa do período medieval sobre a qual Fernão Lopes daria o enorme contributo de relatar na sua Crónica. Tempos que auspiciavam a transição da Idade Média para uma dinâmica política que se sobrepunha às sociedades feudais e proclamava novas estruturas sociais, enquanto despontava a promissora geração de infantes, que cedo começa a tomar parte na vida e no destino de Portugal, ávida por defender rei e reino, por desco-

45 brir o além-mar. O Infante D. Henrique está na primeira linha da aventura marítima portuguesa. A costa ocidental africana é a ponta do iceberg e, em 1434, dobra- -se o cabo Bojador. Daqui em diante, Vitorino Nemésio lança-nos nas teias iniciais dessa grande epopeia que não terminaria tão cedo e que, com ele, vislumbramos, entusiasmados por um passado tão remoto mas assaz marcante e vívido. Pérola humana, ouro literário Os voos poéticos de Nemésio nunca o desprenderam da terra. As plantas e as pedras tinham, para ele, nome. Observador curioso e atento [...] possuía um saber de experiência feito. A poesia e ficção começavam na sua Praia da Vitória, e tudo o mais nele parecia emergir do chão onde tinha profundas raízes. Do chão de Nemésio, para além do provérbio e a quadra popular, o termo ou a expressão idiomática, a história, uma figura ou um mito da sua ilha, faziam parte ainda tanto a cabrinha como a concha, o ovo e o carro de bois, o guizo e o milhafre. Sobre tudo ele deixava incidir uma insaciável curiosidade, dando largas ao genuíno e cândido prazer de esmiuçar as peças do mundo à sua volta. Não o conheci pessoalmente, mas vejo mover-se-lhe o espírito irrequieto nas páginas por ele legadas. Tudo relacionava, tudo ligava, passando facilmente de um dado empírico a uma consideração teórica. Não admira por isso que, a juntar-se à poesia, ao conto, ao romance, à crónica, à escrita de viagens, à crítica literária, à história, ao ensaio de ideias, Nemésio tivesse alargado os seus interesses ao campo das ciências. Um breve trecho do Professor Onésimo Teotónio Almeida açoriano, catedrático no Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros da Brown University, nos EUA em Vitorino Nemésio. Vinte Anos Depois Actas do Colóquio Internacional, Ponta Delgada (Edições Cosmos, 1998), que tão bem revela o autor de Mau Tempo no Canal, a mais emblemática prosa do grande poeta açoriano, que enamorado da sua ilha, jamais dela apartou seu coração. Deixou-nos Nemésio mais de cinco dezenas de títulos publicados, sem falar nas inúmeras traduções que, ao longo da vida, empreendeu e todos os géneros literários abraçou o escritor ilhéu, professor, jornalista, historiador, nascido a 19 de Dezembro de 1901, na Praia da Vitória, ilha Terceira, Açores. Não é preciso recuar muito no tempo para recordar a sua voz... Em 1971, é convidado a fazer um programa na RTP, que intitula: Se bem me lembro. Aqueles minutos a preto e branco, falando de tudo um pouco, com um nexo de correlação de saberes que contava com a própria espontaneidade dos gestos, conquistaram o público e provocaram centenas de cartas. Um fenómeno raro, lembra o Professor António Machado Pires, no Seminário Internacional de Estudos Nemesianos, em Em 20 de Fevereiro 1978, Vitorino Nemésio morre em Lisboa e, conforme o seu pedido, é sepultado em Coimbra e ao som do Aleluia. O veneziano Cadamosto, contemporâneo, hóspede e colaborador do Infante, diz que já antes da tomada de Ceuta ele armara navios mandados ao longo da costa [...]. É natural que desde moço D. Henrique se inclinasse a tais empreendimentos, em que tão bem convergiam o sentimento de étnica e de fé, o ardor combativo e proselítico, uma certa avidez endereçada ao fomento do proveito próprio como senhor de casa e criador de homens; o estímulo medieval do bom-saber e correlativo sentido do enigma ou mistério a decifrar, por proeza, feito ou façanha. Entre os impulsos e os estímulos da expansão portuguesa poderio, império, fé, proselitismo, cobiça, ubiquidade devem pois contar-se os que a arabização e a Reconquista condicionaram, sobretudo na fase henriquina, em que essa forma peninsular do espírito de cruzada tão intimamente se combina com todas as outras espécies de motivações e desígnios. In Capítulo IV, pág. 63.

46 46/47 LIVROS DE BORDO SUGESTÕES PELA MÃO DE UM AUTOR UM MUNDO DE DESCOBERTAS NO MUSEU DE MARINHA, UM PEDAÇO DE TERRA GANHA DIMENSÕES INFINITAS É PORTUGAL CAIS DO MUNDO, ODE À CORAGEM, HINO À NAÇÃO. NO MAR, SEMPRE NO MAR, QUE GRANDE FOI A ALMA LUSA Merece o Museu de Marinha uma incursão sem pressas, que termine em almoço ou lanche na cafetaria, uma das mais agradáveis e bem localizadas de Lisboa. Textos escrevem e reescrevem a História de Portugal. Artes ilustram feitos, costumes, modos e vidas. Cenas belas, trágicas, gloriosas, rostos de homens e mulheres, vencidos e vencedores. Registos trazidos por testemunhas vivas ou inspiração de imaginários arrebatados pelo percurso de um pequeno território que, ardilosamente, manteve fronteiras aquém e além-mar, por muitas e muitas gerações. Mas no Museu de Marinha o acervo ultrapassa textos e artes. É real, esmagadoramente real, capaz de nos fazer sentir nas entranhas a tamanha dominância do mar sobre nós, explicando aos olhos o tanto que em cada relato fica por contar. De tal modo, que nos assalta a dúvida de descendermos desses homens que ao mar se faziam sem saber sequer onde a imensa massa de água os levaria; se tornariam; o que alcançariam... Onde está o espírito? Damos connosco a perguntar. Que trevas se abatem sobre nós, que não vemos a chama dos antepassados? Sem pensar no impulso inicial das Descobertas, de domínio, de rotas mercantis, mas apenas na evidência que este Museu comprova de perfis e naturezas sem medo, que não se negam à adversidade, a perigo e inimigo, explorando técnicas, estudando formas, buscando Ciências, desenvolvendo capacidades de marcar a diferença com indiferença ao agoiro de outrem, seguros de que nenhuma empreitada se faz em vão. Assim cresceu o povo lusitano, tripulação que D. João I e seu Infante D. Henrique trataram de comandar, perpetuando-a nos oceanos.

47 De Marinha se denominou esta casa, porque nela cabem todas as lides do mar, e da terra para o mar. Ergueu-se em 1863, por vontade d El Rei D. Luís o único monarca que comandou navios e homem de sensibilidade artística para resguardar a colecção de testemunhos alusivos à vida marítima portuguesa, que vinha ganhando corpo desde os séculos XVI e XVII, e para a qual a rainha D. Maria II deu contributo, ao oferecer à Real Academia dos Guardas-Marinhas, actual Escola Naval, os modelos de navios existentes no Palácio da Ajuda. Daí em diante, isolado o tesouro, cuidou-se de preservá-lo e valorizá-lo, promovendo pesquisas e trabalho de musealização, a cargo do então director da Academia, comandante Joaquim Pedro Celestino Soares. Em 1919, triste sina. Um incêndio nas instalações da Academia destrói parte do tesouro que, ainda assim, lá permaneceu até 1948, ano em que ganha novo impulso. Henrique Maufroy de Seixas, detentor de uma colecção a que chamou o seu Museu Naval, oferece-a à Academia. Mas o benemérito acrescentara no testamento outro gentil pedido. Que se disponibilizasse um imóvel digno de receber e exibir o acervo, indicando o Mosteiro dos Jerónimos, pelo seu carácter e simbologia, como espaço ideal. O seu desejo é satisfeito em 1962, com direito a cerimónia solene, marcando o dia 15 de Agosto a inauguração oficial do Museu de Marinha, que ocupou as alas norte e poente do Mosteiro, como ainda hoje. Mais tarde, paredes- -meias, construiu-se o pavilhão para a exposição das galeotas, que alberga também a feliz cafetaria e a interessante loja do Museu. Quem visita o Museu de Marinha é recebido pelo Infante D. Henrique e os navegadores que da costa africana lhe deram novas, para seguir, sala após sala, constatando ao pormenor o mais dignificante passado de Portugal, verificando seus meandros, mas, acima de tudo, reconhecendo a inabalável força espiritual que sempre residiu nos homens que, ao longo dos últimos seiscentos anos, sentiram o apelo do mar e acreditaram na sua incógnita. Os que iam, os que ficavam, todos deram alma à descoberta de horizontes, à evangelização dos povos, à pesca, ao comércio, à defesa do território nacional, a longas viagens às antigas províncias ultramarinas, à evolução da construção naval e das ciências do mar, à solidariedade para com outras nações. De todas as campanhas marítimas, irradiam um sentido patriótico e uma dedicação destemida, sentimentos que evocam a esperança e a certeza de que, se assim fomos, assim permanecemos, ainda que o navio nos pareça ancorado ou aguardando um capitão. Outras sugestões de leitura A Lenda de Martim Regos Pedro Canais 22 Oficina do Livro Que Futuro? Filipe Duarte dos Santos 23 Gradiva Para os mais novos O Planeta Branco Miguel Sousa Tavares 15 Oficina do Livro Museu de Marinha Mosteiro dos Jerónimos Praça do Império Lisboa Tel.: Preços: Bilhete normal, 3 Estudantes, 1,50 Entrada livre, domingos, das 10h às 13h Horário: De terça a domingo, das 10h às 17h Encerra segundas-feiras e feriados

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49 CLIENTES CAIXAZUL 48/49 CASA RIBEIRA DE PÊRA CASA RIBEIRA DE PÊRA VAMOS AREJAR FINDO O INVERNO, CRESCE A VONTADE DE AREJAR E DE APRECIAR A PRIMAVERA. SE HÁ LUGAR ONDE A ESTAÇÃO SE ANUNCIA EM BELEZA, É AQUI. ENTRE CAMPOS, RIO E SERRA, ONDE SE ANINHA A CASA RIBEIRA DE PÊRA. A SUL DA SERRA DA LOUSÃ, na confluência da Beira Litoral com a Beira Baixa, a pequena vila de Castanheira de Pêra tem um encanto especial a sua ribeira. Porque não é um afluente que, como tantos outros, corre apressado para se juntar ao Zêzere. Aqui, a ribeira parou diante da vila para dar um pouco de si aos homens, que a transformaram num grande lago com dez hectares de superfície, onde uma piscina de ondas artificiais delicia quem vai a banhos. Longe do mar, parece ainda mais empolgante saborear o seu movimento. É a famosa Praia das Rocas. Mas esta é só a mais emblemática, de entre as várias atracções desta região beirã, onde se aninha uma casa de Turismo Rural bem simpática para dias de prazenteiro descanso. Chama-se Casa da Ribeira de Pêra e tem ao dispor dos hóspedes cinco quartos equipados com aquecimento central e televisão, sala de estar, sala de refeições, biblioteca, bar e uma sala de jogos com mesa de snooker, para serões ainda mais animados. Lá fora, o jardim integra uma ampla piscina, um alpendre, onde é possível fazer petiscos na grelha ou simplesmente repousar, gozando o sossego e o ar puro. Daqui, é partir à descoberta da serra da Lousã uma das mais belas paisagens naturais de Portugal, com trilhos que tanto se podem percorrer a pé como de bicicleta, correr a conhecer as vilas mais próximas ou até rumar para os lados da Cova da Beira, a terra encantada onde as cerejeiras cobrem as encostas do sopé da serra da Gardunha e que, nesta época primaveril, nos brindam com as suas flores, num espectáculo de rara beleza. Mas este pedaço beirão é também dono e senhor de uma gastronomia que merece ser apreciada, além de produzir óptimas compotas e licores caseiros. CASA RIBEIRA DE PÊRA www. casaribeiradepera. com Avenidas Verdes, 4 Castanheira de Pêra Tel.: ou Fax: Marque uns dias ou um fim-de-semana na Casa Ribeira de Pêra e saiba que o preço do quarto duplo, por noite e com pequeno-almoço, é de 70, até 31 de Maio, e de 80, de 1 de Junho a 30 de Setembro. A cama-extra custa 20 por noite. Os clientes Caixazul auferem de um desconto de 25% mediante uma estadia superior a cinco dias. Desconto especial de 25% se ficar mais de cinco noites

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COIMBRA AG CENTRAL COIMBRA ARGANIL ARNADO BAIRRO NOVO BUARCOS CALHABÉ CANTANHEDE CELAS CONDEIXA-A-NOVA FEBRES FERREIRA BORGES FIGUEIRA DA FOZ ANJOS ANTº AUGUSTO AGUIAR ARCO DO CEGO AREEIRO ARRUDA DOS VINHOS ASSEMB. REPÚBLICA AV REPÚBLICA - LX AVENIDA 5 OUTUBRO AVENIDA LIBERDADE AZAMBUJA BELÉM BENFICA BOBADELA DAMIÃO GÓIS - PORTO DEVESAS ERMESINDE FELGUEIRAS FERNÃO MAGALHÃES FONTE DA MOURA FOZ DO DOURO GONÇALO CRISTÓVÃO GONDOMAR GUEIFÃES LEÇA DA PALMEIRA LOUSADA MAIA LAMEGO MANGUALDE MOIMENTA DA BEIRA MORTÁGUA NELAS OLIVEIRA DE FRADES PENALVA DO CASTELO PENEDONO RESENDE RUA FORMOSA SANTA COMBA DÃO SÃO JOÃO PESQUEIRA SÃO JOSÉ - VISEU GÓIS BRAANCAMP MARCO CANAVESES SÃO MATEUS LOUSÃ CACÉM MATOSINHOS SÃO PEDRO DO SUL MIRA CACÉM DE CIMA MATOSINHOS SUL SÁTÃO MIRANDA DO CORVO CADAVAL MONTE DOS BURGOS SERNANCELHE www. cgd.pt CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A. AV. JOÃO XXI, LISBOA TEL.: FAX: CONTRIBUINTE N.º MONTEMOR-O-VELHO OLIVEIRA HOSPITAL PAIÃO PAMPILHOSA SERRA PENACOVA PENELA CALHARIZ CAMPO DE OURIQUE CAMPO GRANDE CAMPOLIDE CARCAVELOS CASAL DE SÃO BRÁS OLIVAL PAÇOS DE FERREIRA PÁDUA CORREIA PALÁC. JUSTIÇA - PORTO PARANHOS PAREDES TONDELA VILA NOVA DE PAIVA VISEU VOUZELA REGIÃO AUTÓNOMA POLO II - UNIV COIMBRA CASCAIS PARQUE - MATOSINHOS DOS AÇORES PRAÇA REPÚBLICA - COIM- CASTILHO PENAFIEL ANGRA DO HEROÍSMO DIRECTORA: MARIA SUZANA REIS FERREIRA EDITOR DE ARTE: ALBERTO QUINTAS GRAFISMO: BLUE MEDIA REDACÇÃO: MARIA ALMEIDA, PATRÍCIA HENRIQUES, NUNO DIAS REVISÃO: ELSA GONÇALVES FOTOGRAFIA: CASA DA IMAGEM PROJECTO: r BLUE MEDIA PROJECTO GRÁFICO: ALBERTO QUINTAS PROPRIEDADE: CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A. BRA SÃO MARTINHO BISPO SOURE SOUSELAS TÁBUA TOCHA UNIVERSIDADE COIMBRA CHIADO COLOMBO COLUMBANO CONDE DE VALBOM DAMAIA DESTERRO - LISBOA DUQUE DE LOULÉ PÓVOA - PRAIA PÓVOA DE VARZIM PRAÇA DA LIBERDADE QUATRO CAMINHOS RIO TINTO S MAMEDE INFESTA S. 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