NÍVEIS DE INSATISFAÇÃO CORPORAL EM ADOLESCENTES ESCOLARES E FATORES ASSOCIADOS

Transcrição

1 \1Nome do autor Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física - Licenciatura Projeto de Pesquisa TCC I e II TÍTULO DO PROJETO NÍVEIS DE INSATISFAÇÃO CORPORAL EM ADOLESCENTES ESCOLARES E FATORES ASSOCIADOS Projeto de pesquisa apresentado ao prof. como requisito parcial para a obtenção de nota na disciplina do curso de das Faculdades Integradas de Patos FIP. Orientador(a): Autores: Sterffeson Alex Moura Borba e Monique Inocêncio Barbosa Orientador: MSc. Fábio Antônio Tenório de Melo Patos Ano ano Brasília - DF 2014

2 Sterffeson Alex Moura Borba e Monique Inocêncio Barbosa INSATISFAÇÃO CORPORAL EM ADOLESCENTES ESCOLARES E FATORES ASSOCIADOS Projeto de Pesquisa apresentado a Disciplinas de Trabalho de Conclusão de Curso I e II, do Curso de Educação Física, habilitação em Licenciatura, como requisito parcial para a avalição da disciplina no Semestre 1º de Orientador: MSc. Fábio Antônio Tenório de Melo Assinatura do orientando Assinatura do orientando Assinatura do orientando Assinatura do orientador Brasília DF 2014

3 P á g i n a 4 SUMÁRIO Páginas 1. Introdução Objetivo(s) Hipótese e Justificativa Materiais e Métodos Método População e Amostra Critérios e Inclusão Revisão da Literatura (Revisão Sistemática) Adolescência Imagem Corporal Insatisfação Corporal Influência da Mídia Obesidade Transtornos Alimentares Quadro Comparativo dos artigos Discussão Considerações Finais Referências

4 P á g i n a 3 Resumo: Nas ultimas décadas, prevalências elevadas de insatisfação com a imagem corporal em adolescentes tem sido observadas. O presente estudo teve por objetivo verificar a associação entre a insatisfação com a imagem corporal e alguns fatores como: pressão da mídia, questões alimentares, zona de moradia, em adolescentes entre 10 e 19 anos. Para tanto foi utilizada uma revisão sistemática de artigos científicos publicados entre 2010 e 2013, em várias bases de dados. Os resultados demonstraram que metade dos adolescentes brasileiros de diferentes regiões do Brasil está insatisfeita com sua imagem. Palavras-chave: Imagem corporal, adolescentes, e zona de domicílio. 1. INTRODUÇÃO A preocupação com o aspecto físico tem sido cada vez mais presente na sociedade contemporânea, levando as pessoas a uma preocupação excessiva no que lhe diz respeito (PEREIRA, 2009). Estudos têm apresentado um aumento da insatisfação com a imagem corporal em diferentes faixas etárias, especialmente nos adolescentes, podendo atingir de 40% a 60% em ambos os sexos. (MARTINS, 2008; BRANCO, HILÁRIO & CINTRA, 2006; KOSTANSKI et al, 2004; PETROSKI et al., 2009; FIDÉLIX et al., 2011; CORSEUIL et al., 2009). Santos et al, (2011), afirmam que adolescência pode ser definida como um período de transição entre a infância e a idade adulta, caracterizada por grandes mudanças físicas, sociais e comportamentais. Segundo Chipkevitch, (1987) citado por Pereira (2012), todo adolescente tem em mente um corpo idealizado e quanto mais esse corpo se distanciar do real, maior será a possibilidade de conflito, comprometendo sua autoestima. Mudanças físicas, comportamentais e emocionais que afetam os adolescentes e as possíveis influências do meio socioeconômico e da mídia podem desencadear transtornos emocionais, gerando a distorção da imagem corporal e possivelmente acarretar em comportamentos alimentares inadequados. (SCHERER, 2010; CASTRO, 2010; MIRANDA et al., 2011; DUMITH et al., 2012; PETROSKI et al., 2012). Outros aspectos que são influenciadores na insatisfação corporal são os socioculturais. Padrões de beleza impostos pela sociedade e pela mídia exigem corpos esbeltos e fortes, (PEREIRA, 2009; PELEGRINI et al 2011). Além disso, segundo Dumith et al., (2012) os adolescentes apresentam um comportamento de contestação e são altamente influenciados pelo grupo. Muitos estudiosos têm alertado que essa

5 P á g i n a 4 preocupação com a imagem corporal característica da adolescência pode se justificar pelo fato de esse grupo. estar entre os mais vulneráveis às pressões da sociedade para a obtenção do corpo ideal (MIRANDA, 2013). Miranda et al, (2011), constataram que os adolescentes entre os diferentes grupos etários, mostraram-se mais insatisfeitos com o corpo no período inicial da adolescência, uma fase em que são mais perceptíveis as alterações durante a puberdade. Estudos de Martins et al, (2009) e Martins et al, (2010), apresentam que adolescentes são acometidos por insatisfação com peso e aparência corporal desencadeando problemas emocionais e alimentares, os quais podem se agravar ao longo da vida. E que a mídia e outros possíveis motivos interferem na insatisfação e imagem corporal. (TOSATTI et al, 2007). Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi verificar a ocorrência de insatisfação com a imagem corporal em adolescentes escolares e as possíveis associações com as variáveis: Sexo, idade, nível socioeconômico, sobrepeso e obesidade, questões alimentares, zona de domicílio e a influência da mídia. 2. OBJETIVO(S) Em detrimento a um processo epidêmico da sociedade, o objetivo deste estudo, foi investigar as possíveis razões que podem provocar algum tipo de contestação, aversão e/ou distorção da aparência física de adolescentes escolares e suas consequências. De modo especifico pretende-se: Apontar aspectos preponderantes a respeito da visão do adolescente em relação ao próprio corpo; Abordar a manifestação da mídia na construção de um ideal estético; Associar a imagem corporal a distúrbios psicológicos, o sobrepeso, a obesidade, estado nutricional e rotina familiar; Analisar a maior prevalência de insatisfação corporal quanto à zona de domicílios rural e urbana.

6 P á g i n a 5 3. JUSTIFICATIVA De maneira geral, os estudos têm identificado frequências crescentes de insatisfação com a imagem corporal em diferentes faixas etárias, especialmente nos adolescentes (GRAUP et al, 2008 e PEREIRA et al, 2009). O adolescente demonstra constante preocupação com seu peso, visando um ideal de beleza, e a não aceitação do corpo pode leva-lo a sentir-se excluído da sociedade. Aliado a isso, observa-se que ainda existem controvérsias em relação aos estudos sobre insatisfação com a imagem corporal em adolescentes e suas variáveis (sexo feminino e masculino; residentes em área rural ou urbana, níveis socioeconômicos, relação com o IMC e estado nutricional). (GOMES, 1994 citado por FIDÉLIX 2011). A construção da imagem corporal inicia-se desde o nascimento, sendo trabalhada através das experiências individuais e suas relações sociais até o fim da vida, porém é na adolescência que ela estrutura-se, pois nesse período, o corpo dos jovens está em constante modificação. Deste modo, quando falamos em imagem corporal não podemos deixar de falar dos grandes índices de insatisfação na fase da adolescência, onde normalmente ela ocorre pela não aceitação do corpo pré-estabelecido pela sociedade onde o adolescente está inserido e pela mídia (FROIS, 2011). Baseado na concepção da não aceitação ou insatisfação do jovem com sua condição estética, este estudo procurou traçar um caráter utilitário ao alertar os profissionais de saúde das diversas áreas de atuação e educadores a voltar-se para essa questão a fim de potencializarem ações que remeterão a um comportamento saudável desses adolescentes. 4. MATERIAIS E MÉTODOS 4.1 Método Foi realizada uma revisão Sistemática da literatura nacional sobre a Insatisfação Corporal em adolescentes escolares e fatores associados. 4.2 População e Amostra A revisão sistemática de literatura foi realizada por meio das bases de dados Google Acadêmico, Bireme, Capes, Lilacs e Scielo sem recorte de período, considerandose artigos em português ou aqueles com tradução a partir das descrições: percepção da

7 P á g i n a 6 imagem corporal, insatisfação corporal, satisfação corporal imagem corporal e todos esses termos associados à adolescentes. A busca foi ampliada com a consulta da Biblioteca Virtual em Saúde na base Lilacs e as referências dos artigos selecionados. Na primeira busca, foram listados 64 artigos. A partir dessa primeira etapa, os artigos selecionados para análise deveriam preencher aos seguintes critérios de inclusão: apresentar dados originais, não serem voltados à investigação de populações com patologias específicas, mas que apresentassem análises de imagem corporal e suas variáveis com adolescentes em idade escolar, relacionadas a indicadores socioeconômicos como renda, raça e etnia; faixa etária, sexo, zona de domicílio e série. Consideraram-se adolescentes os jovens com idades de 10 a 19 anos. Foram selecionadas 12 publicações para análise, sendo que 04 artigos apresentaram associações diretas entre parâmetros como escolaridade, sexo, faixa etária relacionados com a imagem corporal e 02 publicações continham dados complementares. As duas principais causas de exclusão dos artigos listados na busca inicial foram: não apresentarem análises de imagem corporal e seus subcomponentes, uso do tema apenas em contextualizações no artigo, ou estudos de pequenos grupos de adolescentes com patologias específicas Critérios de Inclusão Estudos publicados entre 2005 e 2014; Estudos publicados em Português; Estudos disponíveis na integra nas bases de dados escolhidas (Google Acadêmico, Bireme, Capes, Lilacs e Scielo), selecionados pela busca direta e por busca reversa. 5 REVISÃO DA LITERATURA 5.1 Adolescência De acordo com a Organização Mundial de Saúde, adolescência é a fase do desenvolvimento compreendida entre 10 e 19 anos. Cronologicamente, a adolescência pode ser dividida em períodos caracterizados por alterações específicas: inicial de 10 a 14 anos, intermediário de 15 a 17 anos e final de 18 a 19 anos. Em todo mundo, há

8 P á g i n a 7 aproximadamente 1,2 bilhão de adolescentes, quase 20% da população mundial (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005 citado por MIRANDA et al, 2013). No cotidiano escolar, constata-se um grande número de adolescentes com dificuldades em lidar com o próprio corpo, e são muitos os alunos que se envergonham da sua autoimagem corporal (Coelho et al., 2010). Esta faixa etária é a que tem maior predisposição para se sentir pressionada pela sociedade na aquisição de um corpo socialmente aceitável (GARCIA, 1997 citado por SÁ et al 2013). Contudo, estudos apontam para uma insatisfação corporal já no final da infância. Triches e Giugliani (2007) verificaram uma prevalência de 63,9% de insatisfação corporal em escolares de 8 a 10 anos de duas cidades rurais do Rio Grande do Sul. Outro estudo com base populacional verificou uma prevalência de 82% de insatisfação corporal com escolares de 8 a 11 anos da cidade de Porto Alegre. A adolescência é caracterizada por profundas transformações biológicas, físicas, psicológicas e sociais, que envolvem intenso crescimento e desenvolvimento, (RIBEIRO, 2011). Segundo Santos, (2011) Em meio às transformações hormonais, funcionais, afetivas e sociais, as alterações de porte físico e a aparência corporal adquirem importância fundamental, particularmente durante o período de mudanças físicas, com o início do desenvolvimento de características sexuais próprias da adolescência. A literatura alerta para a tendência que o pré-adolescente e o adolescente se tornam mais críticos em relação a si mesmos e, especialmente, em relação aos seus corpos (HARTER, 1990 citado por CARVALHO et al, 2005). 5.2 Imagem Corporal A imagem corporal pode ser entendida como a figuração que o indivíduo tem do tamanho, da forma e do contorno do próprio corpo, bem como dos sentimentos referentes às características e às partes que o constituem (SLADE, 1994 citado por MIRANDA, 2013). É um fenômeno biopsicocultural que possui vários aspectos associados em sua formação, tais como: crenças, pensamentos, desejos e investimentos que se tem com o próprio corpo (CONTI, FRUTUOSO & GAMBARDELLA, 2005). É pertinente lembrar que a imagem corporal é uma construção multidimensional, que representa como os indivíduos pensam, sentem e se comportam a respeito de seus atributos físicos. Ela pode ser vista como a relação entre o corpo de uma pessoa e os

9 P á g i n a 8 processos cognitivos como crenças, valores e atitudes individuais. (FISCHERS,1986 citado por GLANER Mf et al, 2013). Gardner (1996), citado por Kakeshita & Almeida (2006), define a imagem corporal como a figura mental que temos das medidas, dos contornos e da forma de nosso corpo; e dos sentimentos concernentes a essas características e às partes do nosso corpo. Segundo Bittencourt e Almeida, (2013) a imagem que o indivíduo tem de si e de seu corpo se relaciona com as imagens que têm do mundo e da sociedade da qual faz parte e a construção de uma imagem corporal está intimamente relacionada com os valores culturais da sociedade. Desta forma, o ambiente sociocultural parece ser uma das condições fundamentais para o desenvolvimento de distorções e distúrbios subjetivos da imagem corporal (KAKESHITA & ALMEIDA, 2006). 5.3 Insatisfação Corporal A insatisfação corporal faz parte de um subcomponente da dimensão atitudinal da imagem corporal e diz respeito à depreciação que o sujeito tem com sua aparência física. Estudos conduzidos em diferentes locais do Brasil apontam prevalências elevadas de insatisfação com a imagem corporal em adolescentes. (BERG et al., 2007; FORTES, 2011 e CORSEUIL MW ET al, 2009). Além disso, os adolescentes apresentam um comportamento de contestação e são altamente influenciados pelo grupo (DUMITH et al., 2012). Ademais, estudos têm revelado que a insatisfação corporal pode ser sintoma de primeira ordem no desenvolvimento dos comportamentos alimentares. (CASTRO, 2010). A satisfação corporal é um desses sentimentos e diz respeito à apreciação que se tem com a própria aparência física (SLADE, 1994; DUMITH et al., 2012,). Tal efeito pode surgir como consequência das mudanças naturais ocorridas no corpo, em função do processo maturacional. Entre estas, destacam-se o rápido crescimento em altura e peso, mudanças nas proporções e na forma do corpo, e a obtenção da maturidade sexual (PAPALIA, 2008). Miranda, Conti, Bastos e Ferreira (2011) constaram que adolescentes, principalmente do sexo feminino, mostraram-se mais insatisfeitas no período inicial da adolescência, uma fase em que são mais perceptíveis as alterações durante a puberdade.

10 P á g i n a Influência da mídia Nesta nossa sociedade de consumo imediato, o corpo ideal surge como um objetivo constante, necessário para uma busca individual e social, em que os indivíduos tentam copiar os modelos corporais que lhe são difundidos através dos meios de comunicação social. Por imposição destes, o sujeito fica exposto à cultura do magro, procurando atingir esse modelo de beleza surgindo assim diversas formas de emagrecimento e ganho de massa muscular em detrimento da saúde do indivíduo (BENTO, 1991; MORGAN et al., 2002; NUNES et al., 1994, VERRI et al., 1997, todos citados por BRANCO et al., 2006). A influência da mídia, fortalecida pela globalização e pela sociedade, foi descrita por Anschutz et al, 2007; Oliveira e Hutz 2010 citados por Gonçalves et al (2013), que enfatizam a contradição entre o apelo ao estilo de vida saudável ao mesmo tempo em que se enaltece o ideal de magreza e se incentiva o consumo de alimentos calóricos. O resultado dessas contradições é o desenvolvimento de distúrbios da imagem, caracterizados pela preocupação exacerbada com o peso e a forma. Os fatores sociais, as influências culturais, a pressão da mídia e a busca por um padrão de corpo ideal parecem ser condições determinantes para o desenvolvimento de distorções da imagem corporal, em especial em adolescentes. (CONTI MA et al, 2005) Os padrões de beleza impostos pela mídia e sociedade preconizam uma forma de corpo esbelto para as moças e atlético para os rapazes. As proporções elevadas de insatisfação com a imagem corporal na adolescência podem ser explicadas pelos avanços tecnológicos, juntamente com os meios de comunicação que influenciam os padrões de beleza na atualidade, sugerindo como ideal um corpo magro, esguio ou atlético (VILELA JEM et al, 2001 e RICCIARDELLI LA ET al, 2004 citados por GLANER MF et al, 2013). Entretanto, esta magreza fantasiada dificilmente é atingível, desencadeando um aumento na propensão para a insatisfação corporal, particularmente, em idades mais jovens, pois esta faixa etária ainda não está psicologicamente madura para lidar com a pressão social exercida pelos mídia. (SÁ, 2013) Muitos estudiosos têm alertado que essa insatisfação corporal característica da adolescência pode se justificar pelo fato de esse grupo estar entre os mais vulneráveis às pressões da sociedade para a obtenção do corpo ideal, principalmente em razão da ampla divulgação em comerciais, revistas e cinema de um padrão corporal que valoriza a

11 P á g i n a 10 magreza entre as mulheres e o aumento da massa muscular entre os homens, como sinônimo de beleza e ascensão social (BERG et al., 2007; PETROSKI et al., 2012). Cabe ressaltar que o presente estudo não analisou o impacto das transformações tecnológicas e dos meios de comunicação na percepção da imagem corporal. Por outro lado, a literatura científica é vasta em apontar que, o aumento da prevalência do sobrepeso e da obesidade está, também, relacionado ao avanço tecnológico. Assim, a insatisfação com a imagem corporal pode não estar associada diretamente ao avanço tecnológico, e sim com as mazelas decorrentes ou influenciadas por este. (GLANER MF et al, 2013) 5.5 Sobrepeso e obesidade Mundialmente, a obesidade quase que duplicou desde Em 2008, 35% dos adultos com idades a partir dos 20 anos tinham excesso de peso e 11% eram obesos A análise do conceito de obesidade tem sido alvo da atenção da comunidade científica internacional. É a doença nutricional mais séria e preponderante nos países industrializados. A Organização Mundial de Saúde define obesidade como a condição de excesso de gordura corporal acumulada no tecido adiposo, cujas implicações podem prejudicar a saúde. (OMS, 2012: p.311; OMS, 2013a citados por E. SÁ et al, 2013). Independentemente disso, o excesso de sobrecarga ponderal observada na infância parece ser futuro indicador da mesma durante a adolescência e mesmo na vida adulta. De acordo a percepção da mãe sobre o peso do filho é influenciada pelo peso da própria mãe e, sendo assim, crianças e adolescentes com excesso de peso, aos olhos da mãe são vistas como crianças no peso certo o que dificulta a introdução de mudanças nas suas rotinas diárias nomeadamente a nível alimentar ou aumento da atividade física. (LOPES et al, 2012 citado por PEREIRA et al., 2012). No cotidiano escolar, constata-se um grande número de adolescentes com dificuldades em lidar com o próprio corpo, e são muitos os alunos que se envergonham da sua autoimagem corporal (COELHO et al., 2010). Amaral et al, (2007) também identificaram o excesso de peso como alvo de maior descontentamento. Além de todas as consequências para a saúde física, a obesidade na adolescência causa graves danos sociais, bem evidentes nas aulas de Educação Física, que a longo prazo podem aumentar. Questões sociais, de relação inter-pares, incluem resultados

12 P á g i n a 11 negativos em nível de escolaridade provenientes da discriminação, o chamado bullying (MOURÃO-CARVALHAL et al 2012; PEREIRA et al., 2009). Além das implicações biológicas para a saúde dos jovens, crianças e adolescentes com sobrepeso e obesos apresentam maior incidência de problemas relacionados à autoestima e ao autoconceito, afetando o relacionamento interpessoal com graves repercussões psicológicas e sociais. O aluno obeso é constantemente vítima da ridicularização dos companheiros, passando muitas vezes pela rejeição dentro do seu próprio grupo, ou seja, vítima de bullying com todas as implicações que isso acarreta na socialização da criança. (KIESS W et al, 2001 citado por GUEDES et al, 2010). A literatura revela que a atuação mais eficaz para lidar com a obesidade é aquela que envolve o trabalho de equipes multiprofissionais. Assim, a compreensão sobre os múltiplos aspetos relacionados com o fenômeno da obesidade torna-se de extrema importância (CARVALHO et al. 2005). 5.6 Transtornos alimentares Nas últimas décadas, aparentemente em decorrência de fenômenos sociológicos e culturais, têm-se verificado um crescimento importante na incidência dos Transtornos Alimentares, atingido camadas cada vez maiores da população, em diferentes classes sociais e amplitude maior no que diz respeito à faixa etária, principalmente nos países ocidentais desenvolvidos, (IDA & SILVA, 2007). Em alguns deles, estatísticas apontam para uma incidência variável de 0,5% a 5% entre os adolescentes, constituindo-se um verdadeiro problema de saúde publica. Aproximadamente 90% a 95% dos acometidos são do gênero feminino, e a faixa etária de maior risco situa-se entre os 14 e os 25 anos de idade - mas a incidência vem crescendo de forma preocupante em idades inferiores, atingindo menores e homens (PETROSKI, PELEGRINI, & GLANER, 2012). A insatisfação corporal é um dos critérios predisponentes para o desencadeamento dos transtornos alimentares, como a bulimia nervosa e a anorexia nervosa. Um dos fatores que determina transtornos alimentares é a distorção da imagem corporal. Jovens especialmente do gênero feminino, apresentam com frequência insatisfação com o próprio corpo, associada com uma imagem negativa de si mesmo (DUMITH et al., 2012; MARTINS et al, 2008). Essas duas patologias são intimamente relacionadas por apresentarem alguns sintomas em comum: preocupação excessiva com o peso e dieta, medo patológico de

13 P á g i n a 12 engordar, além de insatisfação e distorção de sua imagem corporal, em geral são resistentes ao tratamento uma idéia prevalente envolvendo a preocupação excessiva com o peso (CLAUDINO e BORGES, 2002 citado por TOSATTI, 2007). Uma das causas da doença, segundo pesquisas, diz respeito à insatisfação das pessoas em relação ao próprio corpo ea necessidade crescente de atingir um modelo ideal de corpo, relacionado à magreza e a crença na possibilidade de formatação do corpo de acordo com seus desejos e necessidades impostas pela sociedade contemporânea. (IDA e SILVA, 2007). Dentre os fatores de risco para os TA s, destacam-se a mídia e os ambientes social e familiar. A influência da mídia e do ambiente social é associada, principalmente, ao culto à magreza. (GONÇALVES, 2013).

14 P á g i n a Quadro Comparativo - Principais Características dos artigos analisados ESTUDOS DEL DUCA et al, 2010 FIDELIX YL et al,2011 TONI et al, 2012 Objetivos Estimar a ocorrência de insatisfação com peso corporal e os fatores associados em adolescentes. Verificar a associação entre a insatisfação com a imagem corporal e os fatores demográficos em adolescentes. Verificar a prevalência de Insatisfação com a (IC) em escolares do sexto ano das escolas municipais da cidade de Caxias do Sul RS. Amostra escolares de 15 a 19 anos de escolas públicas de municípios de Santa Catarina. 405 escolares de 14 a 17 anos de escolas públicas do município de Januária MG escolares entre 11 e 14 anos de escolas públicas de Caxias do Sul RS.. Metodologia e Instrumentos Estudo transversal, representativo com o questionário intitulado Você está satisfeito(a) com seu peso corporal? e varias opções de repostas. Body Shape Questionnaire (BSQ) que mede o grau de preocupações com a forma física e a auto depreciação da aparência física. Questionário auto-aplicável: avaliação das variáveis. BSQ: avaliação da insatisfação com a IC. Variáveis Sexo, idade, renda familiar, local de residência, estado nutricional, tempo semanal assistindo televisão, tabagismo e autopercepção de saúde. Zona de domicílio, a estética, a autoestima e a saúde Sexo, idade, massa corporal total, estatura e a circunferência da cintura, estado nutricional, e escolaridade materna Principais Resultados Dentre os adolescentes avaliados, 52,9% estavam insatisfeitos com seu peso, 16,7% gostariam de aumentálo, e 36,2% gostariam de diminuí-lo. A prevalência de insatisfação com a IC foi de 56,5% (masculino = 39,5%, feminino = 26,5%. A insatisfação com a imagem corporal no presente estudo foi de 18%.

15 P á g i n a Quadro Comparativo - Principais Características dos artigos analisados ESTUDOS DUMITH SC et al., 2012 PETROSKI et al, 2012 GLANER et al, 2013 Objetivos Avaliar a insatisfação corporal em adolescentes e explorar diferenças conforme sexo, nível econômico e índice de massa corporal. Verificar os motivos e a prevalência de insatisfação com a imagem corporal (IC) em adolescentes. Verificar a associação entre a insatisfação com a imagem corporal, o índice de massa corporal (IMC), a adiposidade corporal e a obesidade abdominal em adolescentes. Amostra adolescentes de 14 a 15 anos da cidade de Pelotas, RS. 641 adolescentes de 11 a 17 anos de escolas públicas do município de Saudades - SC. 637 adolescentes de anos de escolas públicas do município de Saudades SC. Metodologia e Instrumentos Comparando a imagem desejada com a imagem percebida, de acordo com escala de silhuetas de Tiggemann e Wilson- Barret, (1998). Escala de nove silhuetas Corporais proposta por STUNKARD et al, Com a utilização da escala de nove silhuetas corporais proposta por STUNKARD et al, (1983). Variáveis Sexo, nível econômico e índice de massa corporal. Sexo (masculino, feminino), idade (14-15 anos, anos) e area de domicilio (urbana, rural). Massa corporal, estatura, perímetro do abdômen, dobras cutâneas do tríceps e perna medial e IMC. Principais Resultados 27,6% dos adolescentes estavam acima do peso. A insatisfação corporal, avaliada pela escala de silhuetas, atingiu 51,0% dos meninos e 65,6% das meninas. A prevalência de insatisfação com a IC foi de 60,4% (masculino = 54,5%, feminino = 65,7%). A prevalência de insatisfação com a imagem corporal foi de 60% (rapazes = 54,3%, moças = 65,2%2).

16 P á g i n a DISCUSSÃO No primeiro estudo, Del Duca et al., (2010) avaliaram os adolescentes residentes na zona urbana e na zona rural de Santa Catarina. Como resultado, 16,7% estavam insatisfeitos com seu peso e gostariam de aumentá-lo, e 36,2% gostariam de diminuí-lo. Destacando o local de residência, a insatisfação corporal foi presente em 47% dos adolescentes rurais e 54,4% dos que vivem na zona urbana. Algumas possibilidades para tal resultado são as possíveis diferenças entre jovens da zona urbana e rural quanto ao acesso e exposição aos meios de comunicação (importantes disseminadores de padrões estéticos), bem como as marcantes diferenças de condições, estilos e percepções de vida e bem-estar geral. No segundo estudo em adolescentes de Januária - MG, usando escala de silhueta para avaliar a satisfação corporal, Fidélix et al, (2011) observaram associação do sexo com a insatisfação da imagem corporal, revelando que os rapazes apresentaram uma probabilidade 1,24 vezes maior de insatisfação que as moças, diferentemente do encontrado nos demais estudos. Diferentemente de outros estudos, nesta pesquisa as meninas apresentaram menores valores de satisfação corporal, tendo o peso como a área de maior preocupação. Ainda analisaram a relação área de domicílio e a insatisfação corporal, o resultado foi semelhante, 51,3% dos adolescentes da zona rural e 59,9% da zona urbana mostraram-se insatisfeitos com seus corpos. Mostrando assim, que tanto adolescentes de cidades de pequeno porte quanto de grandes centros urbanos, demonstram prevalência elevada de insatisfação com a imagem corporal. No estudo de Tony et al., (2012) em adolescentes de escolas públicas de Caxias do Sul - RS verificou que os escolares acima do peso apresentaram 5,0 vezes mais chances de estarem insatisfeitos com sua IC. Com relação à circunferência da cintura os estudantes com medida aumentada da cintura apresentaram quatro vezes mais de chances de estarem insatisfeitos com sua IC. Dados apontam o estado nutricional associado com a insatisfação da IC, sendo que 9,7% de escolares com peso adequado e 37,9% com sobrepeso e obesidade apresentam estar insatisfeitos com sua imagem. Verificaram também que o estado nutricional de sobrepeso ou obesidade, e a medida da cintura aumentada foram fatores associados à insatisfação, mostrando que os adolescentes com excesso de peso apresentam as maiores prevalências de insatisfação com a IC. Também não foi encontrada diferença estatística significante entre insatisfação corporal e nível socioeconômico o que contradiz o estudo de Dumith et al 2012.

17 P á g i n a 16 Dumith et al (2012), verificou que 27,6% dos adolescentes de Pelotas, RS estavam acima do peso. A insatisfação corporal, avaliada pela escala de silhuetas, atingiu 51,0% dos meninos e 65,6% das meninas e sendo que em torno de 45% das meninas desejavam ter uma silhueta menor. Além disso, o que chama atenção, é que mesmo com a maior insatisfação entre aqueles com sobrepeso e obesidade, adolescentes os adolescentes com peso normal, também apresentaram um percentual elevado deste resultado. Observaram menor insatisfação corporal entre os meninos com sobrepeso e obesos do que entre as meninas acima do peso. Com relação aos meninos e meninas dos níveis econômicos superiores mostraram maior insatisfação com sobrepeso e obesidade do que os provenientes das classes mais baixas e, em todos os níveis econômicos, as meninas são mais descontentes com o excesso de peso e gostariam de ser mais magras e os meninos com a magreza desejam ser mais fortes. Ao avaliarem adolescentes de (13-17 anos) domiciliados nas áreas urbana e rural do município de Saudades (SC), Petroski et al (2012), os rapazes (26,4%) apresentaram maior desejo em aumentar o tamanho da silhueta corporal, enquanto as moças (52,4%) desejavam diminuir. Os escolares com adiposidade corporal mais elevada apresentaram maior rejeição com o próprio corpo e insatisfação mais elevada com a IC foi encontrada nos adolescentes urbanos. Quanto ao domicílio, a estética foi o motivo indicado pelos adolescentes urbanos e a autoestima pelos adolescentes rurais. Verificou-se maior prevalência de insatisfação com a imagem corporal nos adolescentes domiciliados na área urbana (65,2%), em relação àqueles da área rural (53,5%). No estudo de Glaner et al., (2013) em adolescentes do município de Saudades SC, os rapazes com IMC baixo e obesidade abdominal apresentaram, respectivamente, 4,31 e 4,93 vezes mais chance de insatisfação corporal. As moças com IMC alto e adiposidade corporal alta apresentaram, respectivamente, 6,81 e 1,95 vezes mais chance de insatisfação corporal. Enquanto nos rapazes o IMC baixo e a obesidade abdominal apresentaram associação com a insatisfação corporal; nas moças o IMC e a adiposidade corporal elevada estiveram associados. E, mais da metade da amostra apresentou alto Σ2DC, este pode ser um melhor indicador antropométrico de insatisfação com a imagem corporal do que o IMC. Além do fato que o Σ2DC é um estimador da adiposidade corporal, enquanto que o IMC indica somente a quantidade de massa por superfície.

18 P á g i n a CONSIDERAÇÕES FINAIS Portanto, chega-se a conclusão dentre os estudos analisados, que mais da metade dos adolescentes das regiões Sul e Sudeste do Brasil, independente de sua zona de domicílio estão insatisfeitos com sua silhueta corporal. Os resultados apontam para uma alta prevalência de distúrbios da imagem corporal já na pré-adolescência. A estética, a autoestima, o estado nutricional e a influência da mídia são os motivos que mais influenciam a insatisfação com a imagem corporal. As proporções elevadas de insatisfação com sua silhueta na adolescência podem ser explicadas pelos avanços tecnológicos, juntamente com os meios de comunicação que influenciam os padrões de beleza na atualidade, sugerindo como ideal um corpo magro, esguio ou atlético. As elevadas proporções de insatisfação com a imagem corporal podem ser explicadas também, pelo processo de modernização, caracterizado pelas mudanças da vida urbana, cujas pessoas estão adotando comportamentos cada vez mais sedentários e hábitos alimentares não saudáveis, os quais contribuem para o aumento do peso corporal e, consequentemente, aumento da insatisfação com a imagem corporal. Esperava-se encontrar menor prevalência de insatisfação corporal nos adolescentes que residem na área rural, os quais, teoricamente, estão menos expostos à cultura da estética, por terem pouco acesso, ou não possuem uma grande intervenção da mídia. Deste modo, e possível sugerir que a insatisfação corporal tem atingido os adolescentes, independentemente do local em que vivem. Os resultados levam a crer que os fatores que predispõe os adolescentes dos centros urbanos ao descontentamento com seu corpo, já afetam aqueles domiciliados em áreas rurais e em pequenas cidades. Portanto, sugere-se que, profissionais da área da saúde e educação atentem para a importância de incentivar os jovens a conhecerem melhor a si mesmos e ao seu corpo e a refletirem sobre os padrões corporais atuais. Nesse sentido, a escola parece ser um importante local para o repasse destas informações e de esclarecimentos sobre os prejuízos que a insatisfação com a imagem e peso corporal podem trazer, bem como comportamentos alimentares de risco, pode trazer à saúde.

19 P á g i n a REFERÊNCIAS ALVES, Emilaura; VASCONCELOS, Francisco de Assis Guedes de; CALVO, Maria Cristina Marino; NEVES, Janaina das. Prevalência de sintomas de anorexia nervosa e insatisfação com a imagem corporal em adolescentes do sexo feminino do município de Florianópolis. Cadernos de Saúde Pública, Santa Catarina, Brasil., v. 24, n. 3, p , mar AMARAL, A. C. S., OLIVEIRA, T. P., MADEIRA, R. H., & FERREIRA, M. E. C. A cultura do corpo ideal: nível de satisfação corporal entre escolares de diferentes faixas etárias estudo comparativo. HU revista, 33(2), 41-45, BITTENCOURT, L. J. & ALMEIDA, R. A. Transtornos alimentares: patologia ou estilo de vida? Psicologia & Sociedade; 25(1): , BRANCO, L.M., HILÁRIO, M.O.E., & CINTRA, I.P. Percepção e satisfação corporal em adolescentes e a relação com seu estado nutricional. Revista de Psiquiatria Clínica, 33 (6), , CARVALHO, Ana Maria Pimenta; CATANEO, Caroline; GALINDO, Elizângela Moreira Careta; MALFARÁ, Carolina Tomain. Auto conceito e imagem corporal em crianças obesas. Paidéia. 15 (30), , CASTRO IRR, Levy RB, Cardoso LO, Passos MD, Sardinha LMV, Tavares LF, Dutra SP, Martins A. Imagem corporal, estado nutricional e comportamento com relação ao peso entre adolescentes brasileiros. Cien Saude Colet; 15(Supl. 2): , COELHO, E., MOURÃO-CARVALHAL, I., SANTOS, A. & FONSECA, S. Associação entre o IMC e a perceção da imagem corporal em crianças com e sem prática desportiva in Lopes, v., Rodrigues, V., Coelho, E. & Fonseca, M. (Eds.), Promoção da Saúde e Atividade Física: Contributos para o Desenvolvimento Humano. Vila Real: CIDESD, 2010.

20 P á g i n a 19 CONTI, M.A.; FRUTUOSO, M.F.P.; GAMBARDELLA, A.M.D. Excesso de peso e insatisfação corporal em adolescentes. Revista de Nutrição, Campinas, v.18, n.4, p.491-7, CORSEUIL, M. W., PELEGRINI, Andréia; BECK, Carmem; PETROSKI, Édio Luiz. Prevalência de insatisfação com a imagem corporal e sua associação com a inadequação nutricional em adolescentes. Revista da Educação Física/UEM, Maringá, v. 20, n. 1, p , DUMITH, S. C., MENEZES, A. M. P., BIELEMAN, R. M., PETRESCO, S., SILVA, I. C. M., LINHARES, R. S., AMORIM, T. C., DUARTE, D. V., ARAÚJO, C. L. P., & SANTOS, J. V. Insatisfação corporal em adolescentes: um estudo de base populacional. Ciência & Saúde Coletiva, 17(9), , FIDÉLIX, Y. L., SILVA, D. G. S., PELEGRINI, A., SILVA, A. F., & PETROSKI, S. L. Insatisfação com a imagem corporal em adolescentes de uma cidade de pequeno porte: associação com sexo, idade e zona de domicílio. Revista Brasileira Cineantropometria e Desempenho Humano, 13(3), , FROIS E, MOREIRA J, STENGEL M. Mídias e a imagem corporal na adolescência: o corpo em discussão. Psicologia em Estudo, 16(1):71-77, FORTES, Leonardo de Sousa e FERREIRA, Maria Elisa Caputo. Comparação da insatisfação corporal e do comportamento alimentar inadequado em atletas adolescentes de diferentes modalidades esportivas. Rev. Bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.25, n.4, p , out./dez GUEDES, Dartagnan Pinto; NETO, Jaime Tolentino; MIRANDA, Maria João Almeida; MARTINS E SILVA, ANTÓNIO José Rocha. Impacto de fatores sociodemográficos e comportamentais na prevalência de sobrepeso. e obesidade de escolares. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum, 12(4): , GLANER, Maria Fátima; PELEGRINI, Andreia; CORDOBA, Claudio Olavo; POZZOBON, Maria Elizete. Associação entre insatisfação com a imagem corporal e indicadores

21 P á g i n a 20 antropométricos em adolescentes. Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo); 27(1):129-36; 135, Jan-Mar, GONÇALVES, Juliana de Abreu; MOREIRA, Emilia Addison M.; TRINDADE, Erasmo Benício S. de M; FIATES, Giovanna Medeiros R. Transtornos alimentares na infância e na adolescência. Rev Paul Pediatr; 31(1):96-103, GRAUP S, PEREIRA EF, LOPES AS, ARAÚJO VC, LEGNANI RFS, BORGATTO, AF. Associação entre a percepção da imagem corporal e indicadores antropométricos de escolares. Rev Bras Educ Fís Esporte; 22:129-38, IDA, S. W. & SILVA, R. N. Transtornos alimentares: uma perspectiva social. Revista Malestar e subjetividade, VII(002), , KAKESHITA, I. & ALMEIDA, S. Relação entre índice de massa corporal e a percepção da auto-imagem em universitários. Revista Saúde Pública. 40 (3), , MARTINS CR, PELEGRINI A, MATHEUS SC, PETROSKI EL. Insatisfação com a imagem corporal e relação com estado nutricional, adiposidade corporal e sintomas de anorexia e bulimia em adolescentes. Rev Psiquiatr RS; 32:19-23, MARTINS CR, PELEGRINI A, MATHEUS SC, PETROSKI EL. Insatisfação com a imagem corporal e a relação com estado nutricional, adiposidade corporal e sintomas de anorexia e bulimia em adolescentes. Rev Psiq.; 32(1):19-23, MIRANDA, Valter Paulo Neves; AMARAL, Ana Carolina Soares; FORTES, Leonardo Sousa; CONTI, Maria Aparecida e FERREIRA, Maria Elisa Caputo. Estudo transversal sobre imagem corporal de adolescentes. Revista Psicologia: Teoria e Prática, 15(3), São Paulo, SP. ISSN (on-line), set.-dez MIRANDA, V. P. N., CONTI, M. A., BASTOS, R. R., & FERREIRA, M. E. C. Insatisfação corporal em adolescentes brasileiros de municípios de pequeno porte de Minas Gerais. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 60(3), , 2011.

22 P á g i n a 21 MOURÃO-CARVALHAL, I., FONSECA, S., RODRIGUES, V. & COELHO, E.. Alteração de Hábitos Alimentares e de Actividades de Tempo Livre na Transição do 1º para o 2º Ciclo do Ensino Básico in: Pereira, B., Silva, A.N. & Carvalho, G.S. (coord.), Atividade Física, Saúde e Lazer. O Valor Formativo do Jogo e da Brincadeira. Braga: Centro de Investigação em Estudos da Criança Instituto de Educação Universidade do Minho, PELEGRINI, Andreia; SILVA, Diego Augusto Santos; DA SILVA, Adelson Fernandes; PETROSKI Edio Luiz. Insatisfação corporal associada a Indicadores antropométricos em Adolescentes de uma cidade com Índice de desenvolvimento humano Médio a baixo. Rev. Bras. Ciênc. Esporte, Florianópolis, v. 33, n. 3, p , jul./set PEREIRA EF, GRAUP S, Lopes AS, BORGATTO AF, DARONCO LS. Percepção da imagem corporal de crianças e adolescentes com diferentes níveis socio-econômicos na cidade de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Rev Bras Saude Matern Infant; 9:253-62, PEREIRA, B., SILVA, A.N. & CARVALHO, G.S. Atividade Física, Saúde e Lazer. O Valor Formativo do Jogo e da Brincadeira. Braga: Centro de Investigação em Estudos da Criança Instituto de Educação Universidade do Minho, PETROSKI, E.L., PELEGRINI, A. & GLANER. Insatisfação corporal em adolescentes rurais e urbanos. Fundação Técnica e Científica do Desporto. Vol.5 (4), 13-25, PETROSKI, E. L., PELEGRINI, A., & GLANER, M. F. Motivos e prevalência de insatisfação com a imagem corporal em adolescentes. Ciência & Saúde Coletiva, 17(4), , RIBEIRO, PRL, TAVARES MCF. As contribuições de Seymour Fisher para os estudos em imagem corporal. Rev. Bras. Motricidade. 2011;7:83-95, SÁ, Eduarda; FERRÃO, Filipe; GUEDES, Janete; PEREIRA, Jorge; Silva, Luís; PEREIRA, BEATRIZ E CARVALHO, Graça S. Relação entre a percepção da imagem corporal e a

23 P á g i n a 22 obesidade em adolescentes. CIEC, Instituto de Educação, Universidade do Minho, Portugal. Atas do IX Seminário Internacional de Educação Física, Lazer e Saúde, SANTOS, Eduila Maria C., TASSITANO, Rafael Miranda, NASCIMENTO, Wallacy Milton F. do; PETRIBÚ, Marina de Moraes V.; CABRAL, Poliana Coelho. Satisfação com o peso corporal e fatores associados em estudantes do ensino médio. Rev Paul Pediatr; 29(2):214-23, SCHERER FC, MARTINS CR, PELEGRINI A, MATHEUS SC, PETROSKI EL. Imagem corporal em adolescentes: associação com a maturação sexual e sintomas de transtornos alimentares. J Bras Psiquiatr; 59(3): , TOSATTI Abykeyla Mellisse; PERES, Luciana e PREISSLER, Helena. Imagem corporal e as influências para os transtornos Alimentares nas adolescentes jovens. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, São Paulo v. 1, n. 4, p , ISSN , Julho/Ago, TRICHES, R. M. & GIUGLIANI, E. R. J. Insatisfação corporal em escolares de dois municípios da região sul do Brasil. Revista de Nutrição, 20, , 2007.