Programa Minas Carne. São objetivos específicos do Programa:

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1 Apresentação Minas Gerais tem uma área de mais de 25 milhões de hectares de pastagens (nativas e plantadas), que representa 43% de todo o seu território. Neste cenário, destaca-se a criação de bovinos entre as vocações mais fortes do Estado. A renda do agronegócio da pecuária bovina, notadamente a de corte, está centralizada na atividade primária. Assim, a pecuária mineira se consolidou como uma grande produtora e exportadora de animais vivos para recria e abate em outras unidades federadas. O baixo investimento em plantas frigoríficas com inspeção municipal, estadual e federal pelos empreendedores, no Estado, resultou em pouca agregação de valor aos produtos da bovinocultura de corte de Minas Gerais. Além disso, a saúde da população ficou exposta a riscos, como consequência da elevada taxa de abate informal. O governo do Estado buscou atuar na organização e modernização de toda a cadeia produtiva da carne, aumentando a competitividade do setor especialmente no cenário externo. Ao mesmo tempo, procurou caminhos no mercado interno para inibir o abate informal. Com o objetivo de enfrentar esses desafios, foram estabelecidas parcerias entre o setor privado e o público para a execução do Programa MinasCarne. Este documento registra alguns dos benefícios que a sociedade mineira obteve com a implantação do programa. O Minas Carne completa uma política pública executada pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais em parceria com as Secretarias de Estado da Fazenda e de Desenvolvimento Econômico. 1

2 Antecedentes Em 2004, o rebanho bovino mineiro ocupava o terceiro lugar no ranking nacional, com 21,6 milhões de cabeças. Apenas 5,0% das indústrias de abate com Serviço de Inspeção Federal (SIF) estavam localizadas no Estado. Tais plantas industriais respondiam por 32,0% dos abates no Estado e 3,7% dos abates no Brasil. As exportações de carne bovina de Minas Gerais representavam, àquela época, 1,8% do total da carne bovina exportada pelo País. Em 2006, das 34 indústrias de carne bovina sob SIF, cinco estavam paralisadas, e das sete habilitadas para o comércio internacional, quatro efetivamente exportavam. Das 24 indústrias com Serviço de Inspeção Estadual (SIE), uma não estava em operação. Minas Gerais era um grande exportador de animais em pé para outros Estados, principalmente para São Paulo, onde era concedido crédito de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) de 12,0% para compra de animais de outras unidades federadas. O abate de animais fora de suas fronteiras gerava prejuízos para Minas Gerais, que perdia em arrecadação de impostos e deixava de gerar emprego e renda, entre outros benefícios. Aliada a esses fatores, houve também uma alteração na paisagem rural com perdas de espaços de produção bovina para a agricultura, principalmente no Triângulo Mineiro, onde áreas anteriormente destinadas a pastagens foram ocupadas com o cultivo de cana-de-açúcar. Ademais, de acordo com o Plano Setorial da Cadeia da Carne Bovina de Minas Gerais, elaborado em 2006, o índice de abate informal era bastante elevado no Estado. 2

3 Programa Minas Carne Com este cenário, em 2006, a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa/MG) assinou com as secretarias de Estado de Fazenda (SEF/MG) e de Desenvolvimento Econômico (Sede/MG) um Termo de Cooperação para efetivar as ações estabelecidas pelo Plano Setorial da Cadeia da Carne Bovina de Minas Gerais, que originaram o Programa Minas Carne. O programa valoriza a vocação do Estado para o agronegócio e torna efetiva a política pública estadual dirigida à cadeia produtiva da carne de Minas Gerais visando à organização, modernização e dinamização do setor. As ações desenvolvidas envolvem a criação de animais, o abate, a industrialização e a comercialização nos mercados interno e externo. Além disso, o Minas Carne tem como expectativas a atração de novos investimentos para o Estado, a geração de mais empregos e a garantia da segurança alimentar no Estado. São objetivos específicos do Programa: Melhorar a qualidade e os índices de produtividade do rebanho mineiro; aprimorar as ações de defesa sanitária; coibir o abate informal; melhorar a qualidade da carne produzida e comercializada; elevar a competitividade dos estabelecimentos mineiros de abate; ampliar as exportações mineiras de carne; e adequar a cadeia produtiva da carne às normas ambientais. 3

4 Integram o Minas Carne todas as ações, os programas e projetos que apoiam, direta ou indiretamente, a cadeia produtiva da carne, notadamente o Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino do Estado de Minas Gerais (Pró- Genética) e o Programa de Organização e Gestão da Pecuária Bovina (Propec). Os resultados do trabalho realizado decorrem da sinergia entre os vários órgãos e entidades do Governo de Minas Gerais envolvidos no processo e os diversos segmentos da cadeia produtiva da bovinocultura de corte. Os indicadores que aferem os resultados do setor estão registrados nos tópicos a seguir. 4

5 Rebanho efetivo Brasil e Minas Gerais O rebanho efetivo brasileiro é de 202,3 milhões de cabeças, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2008), número 1,1% inferior ao encontrado em 2004 (204,5 milhões de cabeças). Essa diminuição pode ser explicada pela descapitalização dos produtores em 2006, o que induziu à redução de investimentos nos anos seguintes e/ou à reavaliação das estimativas após o Censo Agropecuário de Outro aspecto a ser considerado foi o abate de grande volume de matrizes, o que resultou em menor oferta de bezerros para reposição do rebanho. Em 2009, o IBGE registrou a distribuição espacial do rebanho bovino no Brasil, destacando-se o Mato Grosso (13,33%), Minas Gerais (10,95%) e Mato Grosso do Sul (10,88%), principais Estados quanto ao número de bovinos. No período analisado (2004 a 2009), Minas Gerais apresentou crescimento do efetivo de gado bovino (3,9%), ao contrário da maioria dos outros Estados, subindo da terceira para a segunda posição, ultrapassando o Mato Grosso do Sul (Quadro 1). Quadro 1 Rebanho efetivo brasileiro (2004 e 2009) Unidade da Federação Cab. (mil) % Cab. (mil) % Mato Grosso ,0 13, ,9 12,67 Minas Gerais ,8 10, ,8 10,57 Mato Grosso do Sul ,6 10, ,4 12,09 Goiás ,9 10, ,8 9,98 Pará ,3 8, ,5 8,52 Rio Grande do Sul ,3 7, ,7 7,17 São Paulo ,6 5, ,9 6,73 Rondônia ,9 5, ,4 5,22 Bahia ,5 4, ,2 5,12 Paraná 9.562,1 4, ,1 5,03 Demais Estados ,9 18, ,0 16,90 Brasil ,1 100, ,7 100,00 Fonte: IBGE 5

6 Na maioria dos Estados brasileiros, os baixos preços pagos aos pecuaristas de corte e a alta do custo de produção fizeram com que muitos produtores vendessem as matrizes para abate. Como em Minas o rebanho leiteiro é expressivo e a venda de matrizes resulta em risco para a atividade, a pressão no abate é menor. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), autarquia do Governo de Minas Gerais, realiza semestralmente a campanha de vacinação contra febre aftosa, que assegura o controle do número de animais vacinados, bem como a contagem do rebanho efetivo no Estado. Os dados que compõem o sistema de informação do IMA contabilizam valores inferiores ao registrado pelo IBGE. Em 2004 há o registro de 20,6 milhões de cabeças de bovinos, sendo distribuídas em todas as regiões de Minas Gerais, mas com uma maior concentração na Região 1, que compreende os municípios de Uberaba, Uberlândia, Unaí, Patos de Minas e Patrocínio (Figura 1). Figura 1 Distribuição do efetivo de bovinos, por região, no Estado de Minas Gerais (2004) Fonte: IMA Em maio de 2010, na primeira campanha de vacinação contra a aftosa, o IMA atualizou o cadastro dos pecuaristas com os respectivos números de bovinos. 6

7 Constatou-se um rebanho estadual de 22,4 milhões de cabeças em 2010 (Figura 2), crescimento de 8,7% em relação aos 20,6 milhões em Quanto ao número de criadores de bovinos cadastrados, observa-se um incremento de 9,7%. O registro, em 2004, foi de criadores e em 2010, de Figura 2 Distribuição do efetivo de bovinos, por região, no Estado de Minas Gerais (2010) Fonte: IMA No período de 2004 a 2010, observa-se que a Região 1 continuou com a maior concentração de bovinos (33,4%); entretanto, diminuiu a sua participação relativa no Estado. Minas Gerais dispõe de eficiente controle sanitário e tem posição estratégica diferenciada quanto às divisas com outros Estados da Federação que atuam como amortecedores do impacto de transmissão de doenças e evitam o risco iminente de contaminação originária de países sul-americanos. Esses fatores contribuíram para atrair investidores para a cadeia produtiva do setor. 7

8 O Quadro 2 mostra que nas regiões 4 (Viçosa e Juiz de Fora), 6 (Bambuí, Belo Horizonte, Curvelo, Guanhães e Oliveira) e 5 (Passos, Pouso Alegre e Varginha) houve um crescimento expressivo do rebanho, sendo 19,4% para a Zona da Mata Mineira (Região 4), 19,1% para a Central (Região 6) e 10,7% para o Sul de Minas (Região 5). A única que apresentou um ligeiro declínio foi a Região 3 (Almenara, Teófilo Otoni e Governador Valadares). Quadro 2 Variação da população bovina em Minas Gerais REGIÕES 1. Uberaba, Uberlândia, Unaí, Patos de Minas e Patrocínio População Bovina (1000 cabeças) ,3% 2. Montes Claros e Janaúba ,8% 3. Almenara, Teófilo Otoni e Gov. Valadares ,5% 4. Viçosa e Juiz de Fora ,4% 5. Passos, Pouso Alegre e Varginha ,7% 6. Bambuí, Belo Horizonte, Curvelo, Guanhães e Oliveira ,1% Fonte: IMA 8

9 Já o Quadro 3 demonstra o expressivo crescimento da população de machos bovinos maiores de dois anos em todas as regiões, com destaque para as regiões 4, 6, 2 e 5. Quadro 3 Variação da população bovina de machos > 2 anos em Minas Gerais REGIÕES 1. Uberaba, Uberlândia, Unaí, Patos de Minas e Patrocínio População machos > 2 anos (1000 cab.) ,0% 2. Montes Claros e Janaúba ,1% 3. Almenara, Teófilo Otoni e Gov. Valadares ,0% 4. Viçosa e Juiz de Fora ,4% 5. Passos, Pouso Alegre e Varginha ,9% 6. Bambuí, Belo Horizonte, Curvelo, Guanhães e Oliveira ,3% TOTAL ,5% Fonte: IMA Os valores registrados evidenciam a tendência de investimento na produção de novilhos para abate. As regiões 2, 4 e 6 tiveram um crescimento acima de 50,0% e as regiões 1, 3 e 5 entre 18,0 a 45,9% no número de novilhos com mais de dois anos de idade no período analisado (2004 a 2010). O incremento das demandas interna e externa por carne bovina foi um dos fatores preponderantes para o aumento desse segmento na cadeia produtiva da pecuária bovina de corte. 9

10 Os registros do Quadro 4 mostram que, apesar de Minas Gerais ter obtido resultado positivo de 6,3%, a evolução do rebanho de vacas, durante o período de 2004 a 2010, ocorreu de forma diferenciada em seu território: nas regiões 4, 1 e 3 houve decréscimo da população de vacas, enquanto as regiões 6, 5 e 2 apresentaram, respectivamente, crescimentos de 23,2%, 13,6% e 11,8%. Quadro 4 Variação da população de vacas (2004 e 2010) REGIÕES População de vacas (1000 cab.) Uberaba, Uberlândia, Unaí, Patos de Minas e Patrocínio ,3% 2. Montes Claros e Janaúba ,8% 3. Almenara, Teófilo Otoni e Gov. Valadares ,6% 4. Viçosa e Juiz de Fora ,3% 5. Passos, Pouso Alegre e Varginha ,6% 6. Bambuí, Belo Horizonte, Curvelo, Guanhães e Oliveira ,2% TOTAL ,3% Fonte: IMA O decréscimo no número de vacas nas regiões 1, 3 e 4 pode ser relacionado à expansão da cultura de cana-de-açúcar e do eucalipto (Região 1) e à diminuição da rentabilidade da atividade leiteira (Regiões 3 e 4), tradicional nessas regiões. 10

11 Tributos na cadeia produtiva da pecuária bovina de corte Na venda de animais aos frigoríficos e criadores de outros Estados, o recolhimento do ICMS é antecipado e o lote só pode viajar com a guia de recolhimento do imposto. O objetivo é evitar que Minas Gerais seja exportador de boi em pé e, como consequência, a medida protege a indústria mineira de carnes. Na venda ou transferência de carne para fora do Estado há incidência de imposto com alíquota de 7,0%; todavia, caso exista a comprovação de que outra unidade federada concede benefício fiscal para tais operações, o governo mineiro, com respaldo no artigo nº 225 da Lei nº 6.763/75, por meio de Regime Especial Tributário (RET), poderá conceder crédito presumido 1 de 7,0%. Em 2009 foi desativada a cobrança da contribuição para o PIS/Pasep 2 e Cofins 3 incidente sobre a receita bruta da venda de animais vivos e de produtos derivados da carne bovina no mercado interno. Além da suspensão da cobrança dos referidos tributos nas indústrias de carne bovina, o segmento do varejo passou a ter 40,0% de crédito presumido na entrada dos produtos, mas ficou mantida sua carga normal na saída. O crédito presumido dos exportadores passou de 60,0% para 50,0%, mas o setor ganhou liquidez em decorrência da possibilidade de realizar compensações de PIS/Pasep e Cofins com qualquer outro tributo federal. O sistema de cobrança das contribuições na cadeia produtiva da carne bovina somadas representava 9,2% sobre o faturamento. Com relação ao mercado externo, os frigoríficos têm se apropriado dos benefícios contidos na Lei Kandir e não há incidência de ICMS nas exportações de carne bovina. 1 Crédito presumido é uma técnica de apuração do imposto devido que consiste em substituir todos os créditos, passíveis de serem apropriados em razão da entrada de mercadorias ou bem, por um determinado percentual relativo ao imposto debitado por ocasião das saídas de mercadorias ou prestações de serviço. 2 O Fundo PIS/PASEP é resultante da unificação dos fundos constituídos com recursos do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP). 3 Contribuição para Financiamento da Seguridade Social. 11

12 Os Quadros 5, 6 e 7 sintetizam a tributação do ICMS sobre bovinos vivos, reprodutores e carne bovina, respectivamente. Quadro 5 Síntese da tributação do ICMS sobre bovinos vivos ( boi em pé ) em Minas Gerais OPERAÇÃO DESTINO TRIBUTAÇÃO BASE LEGAL Venda dentro do Estado Frigorífico Alíquota 12% RICMS 4 - artigo 42, b.1 Redução da RICMS - item 19, Parte 1, 41,66% Base de Anexo IV Diferimento (Saída de estabelecimento do produtor para estabelecimento comercial ou industrial optante pelo crédito RICMS - item 14, Anexo II presumido de que trata o inciso IV do caput do artigo 75 do RICMS). Criador Diferimento RICMS - item 5, Anexo II. Consumo final Encerra diferimento Encerra diferimento RICMS - inciso I, artigo 199, Anexo IX RICMS - inciso II, artigo 199, Anexo IX Venda fora do Estado Frigorífico Alíquota 7% 12 % Região Norte, Nordeste, Centro- Oeste e Espírito Santo Região Sul e Sudeste, exceto do Espírito Santo RICMS - artigo 42, II Criador Encerra diferimento RICMS - inciso II, artigo 199, Anexo IX Fonte: SEF/MG 4 Regulamento do ICMS. 12

13 Quadro 6 Síntese da tributação do ICMS sobre bovinos reprodutores (ou matriz) com registro genealógico oficial em Minas Gerais OPERAÇÃO DESTINO TRIBUTAÇÃO BASE LEGAL Venda dentro do Estado Criador Isenção RICMS - item 6, b, Anexo I Venda fora do Estado Criador Isenção RICMS - item 6, b, Anexo I Fonte: SEF/MG Quadro 7 Síntese da tributação do ICMS sobre a carne bovina em Minas Gerais OPERAÇÃO DESTINO TRIBUTAÇÃO BASE LEGAL Venda ou transferência dentro do Estado Todos Crédito presumido Carga resultante 0,1% RICMS - art. 75, IV, a Venda ou transferência fora do Estado Todos Redução base de cálculo Crédito presumido 41,66% 7% RICMS - Anexo IV, item 47, b Possibilidade de concessão por meio de Regime Especial de Tributação Venda para Exportação Outro País Não incidência RICMS - artigo 5º, III Entrada de outro Estado para Consumo interno Alíquota interestadual De acordo com legislação do Estado remetente RICMS - artigo 42, II Fonte: SEF/MG 13

14 Evolução do abate formal O abate informal gera sérios problemas de saúde pública. Problemas, esses, decorrentes dos riscos ocasionados pelo consumo de carnes sem os cuidados sanitários mínimos e pela poluição ambiental, decorrente da falta de tratamento dos resíduos do abate. Além disso, o abate informal também gera problemas econômicos, provocados pela concorrência predatória e evasão fiscal. Um dos principais objetivos do Minas Carne é inibir esse problema e para isso, o programa adotou como estratégia de combate a divulgação de informações em todos os municípios do Estado, com recomendação e orientação para consumo de produtos inspecionados, inclusive pelos órgãos de governo que adquirem produtos para hospitais, escolas e penitenciárias. Uma das ações executadas foi a distribuição de comunicados às prefeituras sobre os riscos à segurança alimentar, caso não houvesse intervenção das autoridades sanitárias coibindo o abate informal no município. Com a finalidade de acompanhar a evolução dessa estratégia, o Ministério Público Estadual foi envolvido para prevenir as autoridades sanitárias municipais sobre os riscos, à saúde pública, do comércio de carne bovina proveniente de abate sem inspeção sanitária. Contatos telefônicos, visitas, palestras, reuniões e informativos regulares foram as ferramentas utilizadas para conscientizar as autoridades municipais, os estabelecimentos de abate, o comércio e as entidades representativas dos agentes envolvidos no setor da importância de oferecer carne inspecionada de qualidade aos consumidores. Buscou-se também desmistificar o argumento de que os negócios se tornam inviáveis caso sejam atendidas as normas legais estabelecidas para o setor. O Quadro 8 mostra o comportamento do abate inspecionado em Minas Gerais. Consta, no período de 2004 a 2010, uma evolução de 32,9% no número de animais abatidos sob inspeção municipal, estadual ou federal e 36,6% na produção de carne. 14

15 Houve também um aumento na taxa de abate de animais, passando de 8,7%, em 2004, para 10,6% em Estes resultados evidenciam a melhoria da oferta de carne bovina inspecionada. Quadro 8 Evolução do abate inspecionado em Minas Gerais Indicadores Anos Rebanho mineiro (mil cab.) a Abate formal (mil cab.) b Produção de carne (mil t.e.c) c 409,4 450,8 551,3 586,8 638,0 574,8 559,4 Taxa de abate sob inspeção (%) 8,7 9,2 10,7 11,4 12,7 11,2 10,6 Fonte: a IMA; b IBGE - Abate bovino sob inspeção federal, estadual e municipal. c IBGE. * Dados IBGE Pesquisa trimestral de abate de animais Janeiro a Dezembro de A participação efetiva do Ministério Público e a sensibilidade dos governos municipais para a questão da segurança alimentar foram os grandes responsáveis por atenuar o abate informal de bovinos nos municípios. Outro fator relevante foi a ampliação do quadro de funcionários do IMA, nas áreas de inspeção e defesa sanitária, que atuam para aumentar a eficácia dos trabalhos. Além disso, registra-se a ação da Secretaria de Estado de Saúde. Tendo em vista que os estabelecimentos de abate atuam além dos limites dos municípios onde estão instalados, procurou-se identificar a rede de distribuição de carne inspecionada desses estabelecimentos. Levantamentos realizados em 2009 e no primeiro semestre de 2010, nos frigoríficos inspecionados de Minas Gerais, permitiram perceber a situação do abastecimento do mercado mineiro com carne bovina de origem conhecida e qualidade comprovada. Em 2009, a pesquisa 15

16 mostrava que 41,0% dos municípios mineiros estavam abastecidos com carne bovina inspecionada. O resultado em 2010 demonstrou que, dos 853 municípios mineiros, 75,5% são atendidos por meio da venda de produto inspecionado ao mercado varejista, um incremento de 84,0% em relação a No entanto, em 209 municípios não foi constatado acesso à carne inspecionada, o que leva a estimar que 11,1% da população mineira ainda está sujeita ao consumo de um alimento sem inspeção sanitária federal, estadual ou municipal (Quadro 9). Quadro 9 Municípios mineiros abastecidos por estabelecimentos inspecionados REGIÃO Total Nº de municípios População Tem disponível carne inspecionada % Total Tem disponível carne inspecionada Alto Paranaíba , ,8 Central , ,7 Centro-Oeste , ,7 Jequitinhonha , ,3 % Noroeste de Minas Norte de Minas , , , ,8 Rio Doce , ,0 Sul de Minas , ,8 Triângulo , ,0 Zona da Mata , ,6 Total , ,9 Fonte: Seapa/MG O resultado obtido é relevante, pois evidencia que a grande maioria da população mineira tem oportunidade de adquirir um produto ajustado às normas higiênico-sanitárias estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e 16

17 Abastecimento (Mapa). No entanto, há ainda uma parcela da população exposta ao risco de consumir alimentos de origem e qualidade desconhecidas. Com a finalidade de erradicar o abate informal de carne bovina e fortalecer o trabalho de segurança alimentar, o Estado também apoiou a implantação de abatedouros regionais e centrais municipais de desossa e distribuição de carne. 17

18 Comercialização de animais Em 2004, segundo dados das Guias de Trânsito de Animais (GTA) emitidas pelo IMA, foram abatidos fora do Estado 294 mil animais produzidos em Minas Gerais (1,4% do rebanho mineiro à época). Nos anos subsequentes esse percentual diminuiu, sinalizando redução desse tipo de comércio, podendo-se inferir que esses animais foram comercializados no Estado, com maior agregação doméstica de valor ao produto. Essa situação fica mais evidente quando se coloca o ano de 2004 como base (Índice base = 100) conforme apresentado no Quadro 10. Quadro 10 Animais comercializados (abate e recria) para outros Estados Indicadores Animais abatidos fora do Estado (cab.) % do rebanho mineiro 1,4 1,0 0,4 0,8 0,9 0,6 1,1 Valor Relativo (Ano base 2004 =100) 100,0 71,5 33,8 62,9 69,4 49,6 86,6 Animais para recria (cab.) % do rebanho mineiro 0,9 0,8 0,9 1,7 3,1 1,1 1,3 Valor Relativo (Ano base 2004 =100) 100,0 88,2 95,4 182,0 333,9 118,6 151,0 Rebanho mineiro (mil cab.) Valor Relativo (Ano base 2004 =100) 100,0 102,4 107,5 109,4 109,1 108,7 108,8 Fonte:IMA 18

19 A comercialização de animais para recria fora do Estado não sofreu modificação expressiva no número de cabeças, entre os anos 2004 a No período, a percentagem de animais comercializados manteve-se em patamares semelhantes, ou seja, 0,9%, 0,8% e 0,9% do rebanho mineiro. Nos anos de 2007 e 2008, a percentagem registrada de 1,7% e 3,1%, respectivamente, foi superior aos três primeiros anos analisados, evidenciando o incremento na comercialização de animais para recria fora do Estado. Provavelmente um fato circunstancial. Nos anos de 2007 e 2008, ocorreu uma forte estiagem nas regiões Norte e Vales do Jequitinhonha e do Mucuri. Aliás, foi em decorrência desses problemas climáticos e com o intuito de proteger a renda dos pecuaristas daquelas regiões, que o Executivo Estadual editou o Decreto nº , de 29 de fevereiro de 2008, com vigência até 31/08/2008, que estabeleceu uma redução na base de cálculo de 40,0% sobre os valores de pauta, nas saídas de gado dos municípios integrantes das regiões assistidas pelo Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene). 19

20 Fortalecimento do quadro de funcionários do IMA O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) é o órgão estadual responsável pela defesa agropecuária. Com a inserção de novas plantas frigoríficas no Estado, o órgão ampliou as operações de defesa e de vigilância, o que tornou indispensável o aumento de seu quadro de servidores (médicos veterinários e auxiliares). Para dar suporte a esse trabalho foram contratados 63 médicos veterinários e 74 agentes de inspeção, que realizam os serviços de inspeção e combate ao abate informal. Esse reforço deu-se início a partir de Outra ação relevante realizada pelos técnicos é a certificação de propriedades aptas a fornecer animais para os frigoríficos exportadores. Desde 2008, o IMA executa auditorias em propriedades inscritas no Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), visando atender exclusivamente às exigências dos países importadores de carne bovina que integram a União Europeia. Além dessa atividade, o IMA, em consonância com as diretrizes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), realiza vistorias nos estabelecimentos rurais fornecedores de animais para os abatedouros que exportam para os demais mercados. No período de 2008 a 2010, o Instituto atingiu o número de 619 (seiscentas e dezenove) propriedades rurais auditadas e consideradas aptas para fornecer animais aos frigoríficos que exportam para a União Europeia. Ademais, no mesmo período, foram vistoriadas e credenciadas (mil trezentas e cinquenta e duas) propriedades para abastecer os frigoríficos exportadores de carne bovina para outros mercados. 20

21 Minas Gerais está, desde maio de 1996, sem registrar focos de febre aftosa. Um dos reflexos desse cuidado com o rebanho local é o fato de, atualmente, Minas ser a unidade da Federação com o maior número de fazendas habilitadas a fornecer animais aos frigoríficos exportadores para a União Europeia. 21

22 Fff Frigoríficos Inspecionados O estímulo concedido pelo governo do Estado à implantação e recuperação de indústrias de abate de bovinos e, também, a fração expressiva do rebanho bovino brasileiro com alto índice de sanidade, alojada no território mineiro, são vantagens comparativas que têm despertado nos empresários do setor o interesse de investir em plantas frigoríficas em Minas Gerais. Em 2006 existiam 29 frigoríficos de bovinos e bovinos/suínos em atividade com selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), de acordo com o Mapa. Esse número passou para 38 em 2010 (Figura 3 e Quadro 11). Figura 3 Municípios com frigoríficos com Serviço de Inspeção Federal (SIF) Fonte: IMA 22

23 Quadro 11 - Municípios com frigoríficos com Serviço de Inspeção Federal (SIF) Região Município Nº de Frigoríficos Triângulo Mineiro Araguari (2) Uberlândia (2) Campina Verde Ituiutaba (2) Iturama Uberaba 9 Centro-Oeste Campo Belo (2) 2 Jequitinhonha Teófilo Otoni Carlos Chagas Nanuque 3 Rio Doce Governador Valadares Jaguaraçu 2 Central Belo Horizonte Betim Contagem Ibirité Pará de Minas Sete Lagoas Sabará Abaeté 8 Norte de Minas Janaúba 1 Noroeste Unaí 1 Zona da Mata Juiz de Fora Muriaé Urucânia 3 Alto Paranaíba Araxá Patrocínio Patos de Minas 3 Sul de Minas Passos Itajubá São Sebastião do Paraiso Poços de Caldas (2) São Gonçalo do Sapucaí 6 TOTAL 38 Fonte: IMA 23

24 Em relação aos estabelecimentos com registro no IMA, existem atualmente 26 frigoríficos com inspeção estadual que estão em funcionamento, ampliando assim a disponibilidade de carne inspecionada para o mercado interno (Figura 4 e Quadro 12). Figura 4 Municípios com frigoríficos com serviço de Inspeção Estadual (SIE) Fonte: IMA 24

25 Quadro 12 - Municípios com frigoríficos com Serviço de Inspeção Estadual (SIE) Região Município Nº de Frigoríficos Triângulo Mineiro Delta 1 Centro-Oeste Arcos Formiga Nova Serrana 3 Jequitinhonha Carlos Chagas Poté 2 Rio Doce Aimorés Caratinga Santana do Paraíso (2) Alpercata Virginópolis 6 Central Corinto Barbacena Pedro Leopoldo Pará de Minas Itaguara (2) Paraopeba 6 Norte de Minas Porteirinha 1 Zona da Mata Ubá Muriaé 2 Alto Paranaíba Patrocínio 1 Sul de Minas Borda da Mata Poço Fundo Elói Mendes Três Corações TOTAL 4 26 Fonte: IMA 25

26 Outro fator considerado pelo setor da agroindústria é a representatividade das propriedades rurais aptas a fornecer animais para os frigoríficos exportadores para a União Europeia (UE). O Estado detém 33,1% das propriedades certificadas em todo o Brasil quanto às regras estabelecidas pelo Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Em 2008 existiam poucos registros de propriedades aptas a exportar para a UE, mas, com as plantas frigoríficas recuperadas e implantadas, os pecuaristas perceberam uma oportunidade para ofertar seus produtos a preços diferenciados e começaram a buscar a adequação de seus sistemas de produção, bem como a respectiva certificação. Algumas ações do programa MinasCarne proporcionaram atratividade para novos investimentos. De 2006 a 2008 foram abertos ou reativados cinco importantes frigoríficos: Independência Alimentos Janaúba; JBS Friboi - Teófilo Otoni; Torlim Produtos Alimentícios - Campina Verde; Indústria e Comércio de Alimentos Supremo - Carlos Chagas; e Suinco - Patos de Minas. Além desses, houve a expansão e modernização das seguintes empresas em diversas regiões mineiras: Unifrigo - Pará de Minas; Bertin Ituiutaba; Frisa Nanuque; Frigorífico Mataboi Araguari; Mafisa Itajubá; Saudali - Ponte Nova; Frigobeti Betim; e Mafrial - Governador Valadares. 26

27 Essa rede de frigoríficos permitiu que o abate de bovinos em Minas tivesse um crescimento de 8,6%, 31,9%, 42,6%, 58,4%, 37,3% e 32,9%, respectivamente, nos anos de 2005, 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010 em relação a 2004 (Quadro 13). Em 2009, houve uma retração do abate no Brasil, em função da crise econômica mundial. Quadro 13 Abate de bovinos no Brasil e em Minas Gerais nos frigoríficos sob inspeção Indicadores Abate em Minas Gerais (mil cab.) % do abate MG em relação ao BR 6,9 7,0 7,8 8,4 9,9 8,8 8,2 Valor Relativo (Ano base 2004=100) 100,0 108,6 131,9 142,6 158,4 137,3 132,9 Abate brasileiro (mil cab.) Valor Relativo (Ano base 2004 =100) 100,0 108,1 117,1 118,4 110,7 108,2 112,8 Fonte: IBGE Pesquisa Trimestral do Abate de Bovinos Inspecionado pelos serviços SIF, SIE e SIM Em 2004, a participação de Minas no abate de bovinos no Brasil era da ordem de 6,9%. Nos anos seguintes houve crescimento, chegando a 9,9% em Embora em valor superior ao registrado em 2004, a participação de Minas, em 2010, ficou abaixo da registrada em 2008, em virtude da retração dos mercados. 27

28 Exportações Mineiras As exportações mineiras do agronegócio, no período de 2004 a 2010, tiveram um crescimento expressivo, passando de U$ 2,6 bilhões para US$ 7,6 bilhões. O segmento de produção de carne bovina foi um dos setores que contribuíram para este avanço das exportações do agronegócio mineiro. Essas informações são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior / Secretaria de Comércio Exterior (Mdic/Secex). Em 2004, foram exportadas 21,8 mil toneladas de carne bovina e, em 2010, os embarques alcançaram 75,1 mil toneladas, um aumento de 245,4%. Quanto ao valor das exportações, o crescimento, nesse período, foi de 564,0% (Quadro 14). Quadro 14 - Exportações de Carne Bovina em Minas Gerais (2004 a 2010) Indicadores Valor US$ (Mil) Índice (Ano base 2004=100) Quantidade (t) Índice (Ano base 2004=100) Preço médio US$/t Fonte: Mdic/Secex 28

29 As condições favoráveis para a implantação e recuperação das plantas frigoríficas no Estado foram determinantes para esse incremento nas exportações, bem como o reconhecimento oficial de propriedades rurais aptas a fornecer animais para os frigoríficos exportarem para a União Europeia. As exportações mineiras, em 2004, representavam 1,9% do valor total das exportações de carne bovina do Brasil; em 2010, este número passou para 6,9% (Quadro 15). Quadro 15 Participação relativa das exportações de carne bovina de Minas Gerais no Brasil Indicadores Anos Valores (US$ milhões) Exportação BR 2.487, , , , , , ,28 Exportação MG 46,22 94,31 285,71 333,61 286,55 281,22 306,75 Participação % MG/BR 1,9 3,1 7,3 7,7 5,6 7,2 6,7 Quantidade (t) Exportação BR Exportação MG Participação % MG/BR 1,9 3,1 6,1 5,9 4,4 6,9 6,5 Preço médio (US$/kg) Preço médio BR 2,14 2,27 2,58 2,74 3,20 3,29 3,92 Preço médio MG 2,12 2,28 3,10 3,57 4,07 3,46 4,08 Diferença % BR/MG -0,8 0,8 20,0 30,0 27,2 5,1 4,0 Fonte: Mdic/Secex 29

30 A maioria expressiva das indústrias exportadoras de carne detém unidades de abate em vários Estados e efetua seus embarques a partir de portos de sua conveniência, sendo frequentes tais embarques ocorrerem em Estados diferentes daquele onde se verificou o abate dos animais. Assim, em tais situações, a exportação é registrada como de origem do Estado onde está o porto, o que altera negativamente a informação de onde ocorreu o abate. Esses valores, até o momento, não são quantificáveis pelo sistema que contabiliza as exportações no Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Os principais países que importaram carne bovina mineira durante os primeiros nove meses de 2010 estão listados no Quadro 16. Em 2010, 50 países importaram o produto mineiro. Quadro 16 Destino das exportações de carne bovina mineira (janeiro a dezembro de 2010) Países Valor (US$ Milhões) % Peso Líquido (mil t) % Irã 71,8 23,4 16,5 22,0 Rússia 66,4 21,6 18,1 24,1 Itália 25,7 8,4 3,1 4,1 Israel 23,3 7,6 5,8 7,7 Hong Kong 17,9 5,8 5,9 7,9 Argélia 17,5 5,7 5,1 6,8 Egito 14,2 4,6 4,1 5,5 Chile 9,4 3,1 2,1 2,8 Líbano 7,1 2,3 1,4 1,9 Filipinas 7,0 2,3 2,6 3,5 Total dos 10 países 260,3 84,8 64,7 86,2 Outros (40 países) 46,4 15,2 10,4 13,8 Total (50 países) 306,7 100,0 75,1 100,0 Fonte: Mdic/Secex 30

31 Em 2005 existiam, em Minas, quatro frigoríficos exportadores; atualmente são onze, sendo que o JBS S.A. exporta pelas plantas industriais de Teófilo Otoni, Iturama e Ituiutaba como decorrência da fusão entre o Bertin e o JBS. Os frigoríficos exportadores estão listados no Quadro 17. Quadro 17 Estabelecimentos mineiros autorizados a exportar carne bovina in natura Nome do estabelecimento Município União Europeia Outros países Mataboi S.A. Araguari X X Arantes Alimentos Ltda Belo Horizonte //////////////////// X JBS S.A. Teófilo Otoni X X JBS S.A. Iturama X X JBS S.A. Ituiutaba X X Frig. Boi Bravo Ind. e Com. Ltda. Uberaba //////////////////// X FRISA S.A. Nanuque X X Independência Alimentos* Janaúba X X Elasa Elo Alimentação S.A. Contagem //////////////////// X Sadia S.A. Uberlândia //////////////////// X Minerva S/A Campina Verde //////////////////// X TOTAL 6 11 Fonte: Mapa *Não está exportando atualmente 31

32 Suporte Financeiro A demanda por crédito rural, em todo o agronegócio, é crescente; no entanto, o processo de endividamento dos pecuaristas limita os acessos às linhas de crédito disponíveis pelos agentes financeiros. O Quadro 18 mostra o volume total de créditos liberados por ano safra para a pecuária bovina de corte em Minas Gerais. Observa-se um declínio no volume de créditos concedidos no ano safra 2009/2010, que pode estar relacionado à insegurança dos produtores quanto à crise financeira mundial iniciada nos Estados Unidos. Quadro 18 Recursos financeiros e número de contratos celebrados nas quatro R$ (milhões) últimas safras na modalidade bovinocultura de corte Ano Safra 2006/ / / /2010 Nº de contratos R$ (milhões) Nº de contratos R$ (milhões) Nº de contratos R$ (milhões) Nº de contratos 61, , , ,4 566 Fonte: Banco do Brasil Em contrapartida, o segmento da agroindústria teve um crescimento no investimento, principalmente na implantação ou recuperação de plantas frigoríficas existentes no Estado. Por meio de protocolos de intenção, firmados entre o governo e a iniciativa privada, estudaram-se os benefícios fiscais, a orientação aos projetos e, em alguns casos, financiamentos do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Este conjunto de ações permitiu o crescimento das plantas frigoríficas no Estado. 32

33 Pró-Genética Em 2007, por meio do Decreto Estadual nº , foi instituído o Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino do Estado de Minas Gerais (Pró-Genética). O Pró-Genética tem por objetivo promover a transferência de genética superior dos plantéis de bovinos selecionados para os estratos básicos de produção comercial em gado de corte e de leite. É utilizada a metodologia de comercialização por meio de Feiras de Touros, viabilizando a compra de touros melhoradores nas diferentes regiões do Estado. Tal estratégia visa melhorar a qualidade do rebanho bovino comercial, contribuindo para a criação de mecanismos que aumentem a produção e a renda do pequeno e médio produtor rural. O Quadro 19 apresenta as feiras realizadas e o número de animais comercializados. Quadro 19 Resultado das Feiras de Touros do Pró-Genética Ano Nº de feiras realizadas Nº de animais comercializados Fonte: Emater-MG 33

34 Para a execução do programa foi firmada parceria com as seguintes entidades: Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Associação dos Criadores de Girolando, Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL), Associação Mineira dos Criadores de Zebu (AMCZ), Sindicatos de Produtores Rurais, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Cooperativas e Associações de Produtores Rurais, Prefeituras Municipais, além dos agentes financeiros Crediminas, Banco do Brasil e Banco do Nordeste do Brasil. O recurso financeiro médio por touro foi de R$ 3,5 mil, gerando um total aproximado de R$ 4,76 milhões. O Pró-Genética já é adotado como modelo nacional, tendo sido implantado em outros Estados, a exemplo de Goiás, Tocantins, Bahia e Rio de Janeiro. 34

35 Propec O Programa de Organização e Gestão da Pecuária Bovina (Propec) representa um esforço para oferecer ao agronegócio da pecuária bovina estadual uma alternativa econômica de exploração sustentável, de modo que produtores, principalmente aqueles com menor capacidade de investimento, mantenham-se na atividade, mesmo num ambiente altamente competitivo. Tem por objetivo a melhor estratégia de cruzamento utilizando vacas meio sangue (F1). Para acasalar com essas vacas são utilizados touros de raças zebuínas Nelore, Guzerá, Tabapuã ou Gir, em uma alternativa de renda complementar à produção de leite, obtida por meio da venda das crias produzidas machos e fêmeas com destino à recria, engorda e abate, para produção de carne bovina. Essa realidade, posta em prática por produtores de leite de Minas Gerais, tem por justificativa um melhor retorno econômico obtido na exploração. Ao mesmo tempo, outros pecuaristas se especializam na produção contínua de fêmeas meio sangue (F1) para serem vendidas aos produtores, repondo o rebanho. A proposta é um modelo semelhante ao utilizado na suinocultura, de estratificação piramidal com três extratos definidos de fazendas produtoras, ou rebanhos núcleo, multiplicador e comercial, com funções bem específicas e definidas, a saber: Rebanho núcleo: constituído de animais zebuínos, onde é desenvolvido trabalho de melhoramento e seleção para a produção de reprodutores e matrizes de qualidade superior; Rebanho multiplicador: constituído de matrizes zebuínas, oriundas do rebanho núcleo, a serem cobertas ou inseminadas com sêmen de touros da raça holandesa, para produção de fêmeas meio sangue (F1) leiteira; e 35

36 Rebanho comercial: constituído de fêmeas meio sangue (F1) leiteiras, oriundas do rebanho multiplicador, a serem cobertas ou inseminadas com sêmen de touros terminadores de raças especializadas para corte, para produção, em cruzamento terminal, de animais de corte (machos e fêmeas). O Propec pode ser melhor representado por meio do diagrama a seguir: Figura 5 Diagrama do Propec Fonte: Epamig 36

37 Conclusão O Governo de Minas Gerais, ao criar o Programa MinasCarne, demonstrou a posição de destaque e a importância atribuída ao setor no Estado. As ações realizadas pelo programa buscaram contribuir para um ambiente que levasse a cadeia produtiva do setor à convicção da necessidade de se modernizar, expandir-se e atuar de forma organizada, com uma parceria mais próxima entre pecuaristas, indústria e comércio. Os dados estatísticos do setor apontam para uma evolução na atividade, e o Programa MinasCarne participou da obtenção desse resultado, que provocou um impacto positivo no desenvolvimento da cadeia produtiva. O avanço nas conquistas alcançadas passa ainda por um forte trabalho na consolidação dos objetivos do programa, principalmente na melhoria da qualidade e produtividade do rebanho, no contínuo aprimoramento das ações de defesa sanitária, no persistente trabalho para inibir o abate informal e na primordial melhoria da qualidade da carne produzida e comercializada. 37

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