2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

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1 3.3. COMPARAÇÃO METODOLÓGICA DA FORMA DE ELABORAÇÃO DOS POOC Apresenta-se seguidamente uma análise individualizada da metodologia de elaboração por POOC e respectivo esquema de síntese, decorrente da consulta dos documentos resultantes da sua elaboração ANÁLISE METODOLÓGICA DA FORMA DE ELABORAÇÃO DO POOC OVAR- MARINHA GRANDE A metodologia de elaboração do POOC Ovar Marinha Grande desenvolveu-se em 3 fases: 1ª Fase - Estudos de Base; 2ª Fase - Estudo Prévio de Ordenamento e Desenvolvimento; 3ª Fase - Projecto do POOC e Plano de Intervenções. 1ª Fase Estudos de Base A delimitação da área de intervenção do POOC Ovar Marinha Grande foi estabelecida com base no disposto no Decreto-Lei n.º 309/1993, de 2 de Setembro, sendo excluídas as áreas portuárias definidas no Decreto-Lei n.º 379/1989, de 27 de Outubro, ou seja as áreas dos portos de Aveiro e Figueira da Foz. O presente POOC abrange a orla costeira entre Ovar e Marinha Grande, com uma extensão aproximada de 140 km. Esta compreende uma zona terrestre de protecção, com uma largura de 500m contados da linha que limita a margem das águas do mar, e uma faixa marítima de protecção que tem como limite inferior a batimétrica dos 30m. Para além da área de intervenção foi ainda delimitada, de acordo com os critérios estabelecidos na legislação aplicável. A área adjacente à zona terrestre de protecção, inclui toda a zona dunar entre o Furadouro e a Praia de Mira. Os Estudos Base são compostos por 6 relatórios que abordam os seguintes temas: Relatório I - Usos e Funções do Território, que corresponde a uma caracterização do sistema biofísico, com excepção da componente hidráulica marítima. Este volume divide-se nos seguintes capítulos: Clima onde é feita uma caracterização climática da área de intervenção tendo por base os seguintes parâmetros: temperatura do ar, precipitação, vento, nebulosidade, nevoeiro, insolação, geadas, orvalho e, humidade relativa do ar; Geomorfologia neste capítulo é feito um enquadramento geológico das áreas emersas e imersas, existentes na área de intervenção, assim como uma análise morfológica das mesmas. São ainda identificadas as diferentes unidades fisiográficas existentes; BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx 71

2 Recursos minerais onde é realizada uma análise e identificação/localização dos recursos minerais existentes na área emersa. Para além desta análise, são identificadas as ocorrências de depósitos de inertes e é realizado um diagnóstico e caracterização, da situação actual, das áreas emersas e imersas, no que diz respeito a esta temática; Recursos hídricos apesar da área de intervenção do POOC estar confinada ao DPM e à zona de protecção, nesta fase de caracterização foi considerada toda a área envolvente, uma vez que a maioria dos casos de perturbações graves dos sistemas aquáticos tem origem a montante da orla costeira. Assim, nesta fase procedeu-se ao levantamento das principais fontes poluentes, inventariação dos sistemas de tratamento de efluentes e avaliação da qualidade da água (águas subterrâneas, superficiais e balneares). Uso do Solo o uso do solo foi obtido através da fotointerpretação de fotografias aéreas verticais coloridas à escala 1: Na delimitação das classes de uso do solo a unidade mínima considerada foi de 1 ha, sendo as áreas com dimensão inferior incluídas no sistema adjacente mais semelhante. Biota Terrestre a inventariação das espécies de vertebrados silvestres terrestres existentes no terreno resultou da combinação entre a bibliografia de referência, para a temática, com as informações coligidas em resultado do trabalho de campo desenvolvido. No que diz respeito ao enquadramento corológico são identificados as regiões fitogeográficas existentes, sendo identificadas as espécies vegetais com interesse de protecção e respectivos habitats. Em termos de enquadramento fitogeocenótico são identificados os grandes sistemas ecológicos existentes na área em estudo. São ainda identificados os habitats de referência, na área em estudo, tendo sido desenvolvido um critério de sensibilidade ecológica através da ponderação de 5 parâmetros distintos: Directiva 92/43/CEE, sensibilidade geocenética, valor florístico, valor fitocenótico e valor faunístico. Flora e fauna marinha foi realizada uma inventariação das espécies faunísticas e florísticas presentes nos diversos habitats assinalados na área em estudo e posteriormente efectuou-se a caracterização das comunidades biológicas aí existentes. Em relação à flora aquática, apenas foram analisadas as comunidades de macroalgas devido ao seu valor ecológico e económico. A inventariação destas foi feita exclusivamente com base em pesquisa bibliográfica. Dada a ausência de dados qualitativos para cada 72 BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx

3 espécie inventariada, apenas foi indicado a sua presença ou ausência nas zonas intertidal ou subtidal. Quanto à fauna marinha, esta encontra-se dividida nas classes: invertebrados, peixes, répteis marinhos e mamíferos marinhos. Para cada espécie inventariada é indicada a sua abundância relativa na área em estudo, percentagem de observações face ao total registado na costa continental e, o seu estatuto de protecção. Unidades de Paisagem são identificadas e caracterizadas as diferentes unidades de paisagem existentes na área de intervenção. A definição das unidades da paisagem teve por base os valores relativos ao património natural e paisagístico intrínseco. Relatório II Dinâmica Costeira e Obras de Defesa é realizado um levantamento e sistematização da informação relativa às diferentes estruturas de defesa costeira, através de uma base de dados que contempla diversos aspectos tais como a localização, caracterização, e o registo histórico das mesmas. Esta informação é sistematizada nas fichas de caracterização da obra. Foi ainda realizado uma síntese dos investimentos realizados nestas, em construção e em intervenções de manutenção. Relatório III População. Redes Urbana dos concelhos litorais e respectivas freguesias. Esta análise visa enquadrar e destacar as especificidades das freguesias litorais, quer no contexto dos concelhos a que pertencem, quer no contexto de toda a faixa litoral. No que diz respeito à rede urbana é feita uma caracterização genérica da faixa litoral e da região envolvente, com principal ênfase para os aglomerados litorais, onde são abordados aspectos particulares da malha urbana e dos serviços e equipamentos de apoio às populações. Neste volume é ainda abordada a temática dos transportes e acessibilidades, onde é feita a caracterização e análise das infra-estruturas de transporte e das condições gerais de acessibilidade, tanto a nível das ligações da faixa litoral com o exterior, como nas ligações externas. Juntamente é feita uma análise dos serviços de transporte de passageiros, ferroviários e rodoviários, assim como uma referência às infra-estruturas de apoio à náutica de recreio e à pesca. Relatório IV Actividades Económicas a abordagem desenvolvida neste capítulo, quer ao nível das actividades estudadas quer no que se refere ao tratamento sectorial efectuado, encontra-se subordinada à especificidade do tipo de plano em causa POOC. Assim as actividades económicas foram consideradas de acordo com a dimensão dos seus impactes, da natureza económica, social e ambiental, que directa ou indirectamente incidem sobre a área em estudo. A obtenção da informação quantitativa foi obtida através de um conjunto de trabalhos de campo, que consistiu no levantamento de informação junto das entidades locais, no levantamento fotográfico dos espaços com utilização produtiva, em inquérito/entrevistas a diferentes actores locais. BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx 73

4 Relatório V Caracterização das Praias e dos Aglomerados Litorais Pretende identificar-se e caracterizar os usos dominantes da faixa costeira, sendo o objectivo primordial deste relatório a caracterização do uso balnear ao longo da faixa costeira. Para além do referido objectivo são sintetizadas as principais propostas de desenvolvimento e ordenamento previstas nos diversos instrumentos de planeamento permitindo numa fase posterior, avaliar a procura e as pressões existentes nesta faixa costeira. A sistematização foi realizada após o levantamento de campo e na sua definição foram utilizados os seguintes critérios: acessibilidade à praia, intensidade de ocupação e obstáculos naturais e/ou artificiais (características morfológicas, esporões, etc.) É constituído basicamente por fichas de caracterização associadas a elementos cartográficos e fotográficos, que fazem a sistematização e a síntese da utilização actual da orla costeira. A caracterização das praias foi orientada tendo em vista a classificação tipológica das mesmas, pelo que os indicadores são os considerados na legislação. Assim a ficha de caracterização estrutura-se em 6 pontos principais: identificação da praia (localização e enquadramento); acessos e estacionamentos, encontrando-se o ponto 3 estruturalmente dividido em dois subpontos relativos aos acessos rodoviários e acessos pedonais; identificação dos aspectos particulares das praias isto é, a sua morfologia e dimensão, estabilidade do seu areal, espraiamento nas praias, identificação dos usos e serviços de apoios existentes, existência de bandeira azul, etc; fichas das edificações, dos aglomerados e das obras de defesa costeira directamente relacionados com a praia em questão. Relatório VI Diagnóstico corresponde à última etapa da fase de Estudos Base do presente Plano. Esta é composta pelos seguintes elementos: Quadro diagnóstico sectorial - é apresentado sob a forma de quadros, correspondendo a cada um uma componente sectorial (clima, arqueologia e pesca, entre outros) sintetizada em pontos fortes (principais características/potencialidades), pontos fracos (principais problemas, degradações e conflitos), dinâmica actual (avaliação das perspectivas de evolução face à situação actual) e perspectivas de evolução (acções, projectos e propostas ou estudos que condicionarão a componente). Matriz de compatibilidade onde são identificadas as situações de conflito verificadas no território, entre as várias componentes que constituem o sistema formado por esse território. Quadro prospectivo onde são resumidos as tendências de evolução existentes a dinâmica actual de ocupação e política de protecção, 74 BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx

5 bem como as estratégias preconizadas pelas diversas entidades e agentes que actuam na área de intervenção. Este conjunto de elementos permitiu a formulação das grandes linhas de orientação estratégica do Plano, bem como o enquadramento das primeiras propostas de ordenamento da orla costeira. A 2ª Fase Estudo Prévio de Ordenamento e Desenvolvimento tem por objectivo a definição do modelo de ordenamento e desenvolvimento a adoptar para a orla costeira e, é composta pelos seguintes volumes: Volume I Modelo de Ordenamento e Desenvolvimento; Volume II Pré Regulamento; Volume III Programa Base de Praias. Volume I Modelo de Ordenamento e Desenvolvimento fundamenta as medições, indicações e disposições adoptadas no Plano, definindo os princípios de ordenamento e a estratégia de desenvolvimento proposta para a orla costeira, tendo sido elaborado com base nos seguintes elementos: Diagnóstico - o diagnóstico realizado na fase anterior foi revisto e actualizado nesta fase. Este processo teve por base os pareceres emitidos pelas diferentes entidades representadas na Comissão Técnica de Acompanhamento. Para tal, foram realizadas reuniões e levantamentos de campo de forma que o quadro referencial, para a formalização do modelo, traduzisse as características do território, as suas dinâmicas, as perspectivas de transformação e as estratégias preconizadas. À semelhança do Diagnóstico realizado na fase anterior é composto pelos seguintes elementos: Quadro diagnóstico sectorial; Matriz de compatibilidades; Quadro prospectivo. Evolução da linha de costa nesta análise a linha de costa é dividida em 11 troços, para os quais foram desenvolvidos cenários de evolução da mesma, para um período de 10 anos. Estes foram desenvolvidos tendo por base a informação proveniente do volume 2 dos Estudos Base Dinâmica Costeira e Obras de Defesa Costeira. Objectivos gerais do POOC onde são confrontados os objectivos gerais do POOC, definidos no D.L. n.º 93/90, de 2 de Setembro, com as características específicas do território, descritas pelos seus principais domínios. Deste confronto resultam os objectivos específicos do Plano. A cada objectivo foram associados programas temáticos que agrupam os projectos e acções da mesma natureza. A aplicação destes objectivos e projectos reflectem-se no território, nomeadamente na planta de síntese e respectivo regulamento. BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx 75

6 A Planta de Síntese delimita classes de espaço para as quais se propõem usos e funções similares e são definidas as condições de utilização e transformação do solo expressas no regulamento. Assim, nesta fase, são identificadas as seguintes classes de espaço: Praias marítimas; Áreas naturais; Áreas de equipamento; Áreas urbanas e urbanizáveis; Áreas de risco Outras infra-estruturas. A Planta de Condicionantes delimita as servidões administrativas e restrições de utilidade pública existentes na orla costeira consideradas relevantes para o seu ordenamento. As praias marítimas identificadas na área de intervenção do Plano são classificadas de acordo com o Anexo I ao D.L. n.º 309/93, de 2 de Setembro, que define as características das praias marítimas em função da sua classificação. No entanto, para efectuar esta classificação, foi necessário abordar e definir três questões chaves: Definição da capacidade de carga das praias; Dimensionamento dos estacionamentos; Definição das funções e serviços associados às praias e características das instalações. A capacidade teórica de carga de uma praia é definida de acordo com a expressão: Cp = Au / Ocm, em que: Cp capacidade de carga da praia Au Área útil da praia Ocm Ocupação média O primeiro conceito que importa reter aquando da definição de capacidade de carga é o conceito de Área Potencial de Uso Balnear (passivo). Esta é definida como o areal acima da linha máxima de preia-mar de águas vivas equinociais, definido em função do espraiamento das vagas em condições médias de agitação do mar nos 4 meses de Verão, com uma largura máxima de 40m. A ocupação média de uma praia varia de acordo a sua classificação tipológica, uma vez que esta reflecte as condições ambientais, de conforto e segurança e das infra-estruturas existentes. Assim, por forma a avaliar os critérios utilizados na definição da ocupação média da praia, foram analisados os POOC Caminha Espinho e Burgau Vilamoura. A escolha destes dois Planos deveu-se ao facto de um deles ser adjacente à área de intervenção (Caminha 76 BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx

7 Espinho) e, o segundo porque representa uma zona onde o potencial de praia é um factor determinante para o desenvolvimento local. Da análise realizada concluiu-se que capacidade de carga das praias deverá ser definida através da aplicação de densidades de ocupação média por tipologia. Praias Tipo I Tipo II Tipo III Tipo IV Ocupação média 7,5 m 2 /utente 15 m 2 /utente 30 m 2 /utente 30 m 2 /utente A aplicação destes índices às áreas de uso balnear (passivo) permite definir a capacidade de carga teórica das praias. A introdução de factores como a acessibilidade e a o número de estacionamentos poderão limitar o número utentes a considerar. O critério de dimensionamento do estacionamento a adoptar é definido em função da tipologia da praia e da estratégia preconizada para a mesma. Por último foi abordado a questão das funções e serviços associados às praias e características das instalações. Nesta abordagem para além da tipificação, constituição e identificação das principais funções, das instalações e apoios de praia, é definido o dimensionamento dos mesmos. No dimensionamento do estacionamento à semelhança da metodologia utilizada para a capacidade de carga das praias foram analisados os critérios de dimensionamento utilizados nos POOC já referidos. O critério de dimensionamento do estacionamento a adoptar é definido em função da tipologia da praia e da estratégia preconizada para a mesma. O dimensionamento dos apoios de praia, em termos, de número e funções depende das características biofísicas da praia, da sua classificação tipológica e importância estratégica em relação ao turismo. Classes de espaços as classes de espaços delimitadas na planta de síntese, nesta fase correspondem às classes delimitadas nos respectivos PDM e outros PMOT, inseridos na área de intervenção do Plano. Volume II Pré-Regulamento corresponde à aplicação das medidas de ordenamento propostos, sendo constituído pela versão preliminar do Regulamento e respectiva cartografia associada (planta de síntese e planta de condicionantes). Volume III Programa Base das Praias Corresponde à definição do conjunto de projectos e acções a desenvolver para as praias ou conjunto de praias consideradas estratégicas no âmbito do Plano e para as quais, na fase seguinte, são apresentadas planos de praia. BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx 77

8 Para atingir tal objectivo foram anexadas às fichas de caracterização das praias desenvolvidas na 1ª fase, as propostas (projectos e acções) para cada praia e, identificaram-se as praias que consideradas estratégicas para a concretização do Plano e que foram alvo de Planos de Praia na 3ª Fase. Assim, as praias foram agrupadas de acordo com as tipologias atribuídas. Esta fase corresponde a uma versão provisória do Plano que serviu de suporte à discussão pública. A 3ª Fase - Projecto do POOC e Plano de Intervenções é composta por 4 tomos: Relatório Síntese; Plano de Intervenções; Programa de Execução. Plano de Financiamento; Planos de Praia. Como foi referido anteriormente, a 2ª fase do Plano correspondeu a uma versão provisória do Plano, pelo que existem, nesta fase, alguns conteúdos semelhantes aos contemplados na 2ª fase. Tomo I Relatório Síntese, são fundamentadas as medidas e disposições adoptadas no Plano, definindo os princípios de ordenamento e a estratégia de desenvolvimento proposta para a Orla Costeira. Em seguida são referidos os aspectos diferenciadores da 2ª para a 3ª fase do Plano. Planta de Síntese A planta delimita as classes e categorias de espaços para as quais se propõem usos e funções similares e se definem as condições de utilização e transformação do solo expressas no Regulamento. Assim, são identificadas e delimitadas as seguintes classes de espaços: Praias Marítimas Áreas Naturais; Áreas Urbanas e Urbanizáveis; Áreas de Equipamentos. Para além dos usos dominantes são delimitadas as seguintes áreas de usos e restrições específicas: Áreas de Actividades Específicas; Áreas Ameaçadas pelo Mar; Intervenções de Defesa Costeira; Outras Infra-estruturas. Na planta de síntese são ainda delimitas as UOPG. Comparando as plantas de síntese da 3ª e 2ª fase, em relação às classes de espaços delimitadas, verifica-se a inexistência da classe Áreas de Risco na primeira. A denominação desta classe foi alterada, na 3ª fase, para Áreas Ameaçadas pelo Mar e agrupa as duas categorias (áreas de risco de nível I e II) em que esta se dividia. Planta de Condicionantes 78 BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx

9 Durante o processo de elaboração da Planta de síntese identificaramse a existência de algumas situações de sobreposição entre servidões e classes de uso do solo identificadas nos PMOT. Como tal, no presente relatório são identificadas tais situações. Da sobreposição entre a REN e os espaços urbanos/urbanizáveis propostos que resultam de três tipos de situações: Áreas urbanas existentes, integradas em simultâneo, nos espaços urbanos e na REN em que os usos propostos pelo POOC foram considerados compatíveis com o regime da REN; Áreas urbanizáveis delimitadas, regulamentadas e sujeitas a UOPG nos PMOT em vigor e não desafectadas da REN; Áreas da REN integradas nos espaços urbanos/urbanizáveis mas com estatuto especial ao nível do regulamento dos respectivos PMOT eficazes. Para além das situações referidas anteriormente, existem ainda, ao nível dos PMOT, um outro conjunto de ocupações existentes/propostas localizadas em áreas afectas à REN, como é o caso das áreas dos equipamentos. Nestas situações, tendo em consideração o carácter vinculativo do POOC, as áreas da REN incluídas nos perímetro e nas áreas dos equipamentos, para onde os respectivos PMOT propõem áreas construídas incompatíveis com a protecção dos ecossistemas ficam sujeitas a UOPG. É no âmbito destes planos que posteriormente serão propostas as desafectações à REN, nos termos da legislação. Relativamente às áreas submetidas ao regime florestal, verifica-se que algumas áreas urbanas e urbanizáveis, bem como algumas áreas de equipamento se encontram abrangidas parcialmente por este regime. A ocupação destas áreas implicará, igualmente, a sua desafectação. Tomo II Plano de Intervenções, apresenta de forma sistematizada os projectos propostos no âmbito do modelo de ordenamento e desenvolvimento definido para a orla costeira Ovar Marinha Grande. Os projectos (estudos, obras, acções e medidas) são definidos a partir dos quinze objectivos específicos do Plano. Os mesmos são agrupados em programas, de acordo com a sua natureza, pelo que existe uma relação entre os programas e a entidade responsável pela sua concretização. Assim, a partir dos 15 objectivos específicos são definidos 46 programas e 220 projectos. São Programas Principais aqueles que correspondem às intervenções que directa ou indirectamente envolvem o INAG e Programas Complementares os que correspondem às intervenções que dependem de outras entidades. A cada projecto corresponde uma Ficha de Projecto que inclui para além do Programa e do Objectivo que lhe está associado outros elementos de caracterização. BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx 79

10 Tomo III Plano de Execução/Plano de Financiamento, apresenta os custos inerentes à execução dos projectos propostos no âmbito do Plano, directa ou indirectamente relacionados com INAG. Tendo como ponto de partida as fichas de projecto integradas no Plano de Intervenções são realizadas algumas análises que reportam quer à análise temporal dos projectos, quer ao investimento que lhes está associado. Na análise realizada ao investimento são apresentados os custos totais de execução dos projectos propostos por cada Programa Principal. Para os investimentos a cargo do INAG esta análise é mais detalhada (descriminação das intervenções propostas) e, a informação é desagregada de acordo com o período temporal (curto e médio/longo prazo). Planos de Praia As intervenções, propostas a nível das praias, são apresentadas a uma escala de pormenor (1:2 000), tendo por base a sua classificação tipológica e as acções necessárias para a sua concretização. Tal como a metodologia utilizada nos Estudos Base, para a caracterização das praias, este relatório é composto por fichas associadas a elementos cartográficos. Estas são constituídas pelos seguintes pontos: identificação da praia (localização e enquadramento); classificação tipológica da praia e respectiva capacidade de carga; acessos (rodoviários e pedonais) e estacionamentos; equipamentos de praia bem como o número de instalações a demolir; O oitavo identifica usos complementares ao balnear, nomeadamente actividades desportivas e desportos náuticos; outras intervenções e projectos complementares, que traduzem acções de qualificação e beneficiação das praias; fichas dos estudos de base que se relacionam directamente com a praia em questão. As principais propostas como a tipologia e respectiva capacidade de carga das praias, acessos e estacionamentos definidos por praia e apoios, equipamentos de praia e instalações a demolir, por praia, são apresentados em quadros síntese. A cartografia elaborada no âmbito do Plano foi produzida em formato digital (software CAD). 80 BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx

11 2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH TEJO Esquema metodológico de síntese do POOC Ovar-Marinha Grande DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO Com base Decreto-Lei n.º 309/ 1993, de 2 de Setembro Decreto-Lei n.º 379/ 1989, de 27 de Outubro Zona marítima de protecção Zona terrestre de protecção Limite inferior - a batimétrica dos 30 m 500 m a partir da linha que limita a margem das águas do mar Delimitação da área adjacente Zona dunar entre o Furadouro e a Praia da Mira 1ª FASE - ESTUDOS DE BASE Usos e funções do território Dinâmica costeira e obras de defesa - Clima - Geomorfologia - Recursos Minerais - Recursos Hídricos - Uso do solo - Biota Terrestre - Flora e fauna marinha - Unidades de Paisagem Levantamento e sistematização das estruturas de defesa costeira ESTUDOS População - Redes urbanas Caracterização da população Actividades económicas Caracterização e análise das infra-estruturas de transporte e acessibilidades Caracterização das praias e dos aglomerados litorais Caracterização dos usos dominantes da faixa costeira Caracterização do uso balnear Levantamento de campo Caracterização das praias Fichas de caracterização Diagnóstico Caracterização dos usos dominantes da faixa costeira Características, potencialidades e os problemas Caracterização do uso balnear Caracterização das praias Identificação das compatibilidades e incompatibilidades de usos e funções do território e das diferentes estratégias existentes definição MODELO DE ORDENAMENTO E DESENVOLVIMENTO fundamentação Medições, indicações e disposições adoptadas no Plano, definindo os princípios de ordenamento e a estratégia de desenvolvimento proposta para a orla costeira 2ª FASE - ESTUDO PRÉVIO DE ORDENAMENTO E DESENVOLVIMENTO PRÉ - REGULAMENTO com base Diagnóstico Evolução da costa Objectivos gerais do POOC Planta Síntese Classes de Espaços Planta Condicionantes Praias Marítimas Objectivos específicos Caracterização dos usos dominantes da faixa costeira Caracterização do uso balnear Caracterização das praias Características especificas do território associados Definição da capacidade de carga Programas temáticos Correspondem às classes de espaço delimitadas nos respectivos PDM e PMOT Dimensionamento dos estacionamentos = Área Útil de Praia Ocupação média Definição das funções e serviços associados às praias e características das instalações PROGRAMA BASE DAS PRAIAS Conjunto de projectos e acções a desenvolver para as praias ou conjunto de praias consideradas estratégicas RELATÓRIO SÍNTESE Planta Síntese Classes de espaço UOPG Planta de Condicionantes Com a inclusão de situações de sobreposição entre servidões e classes de usos do solo identificadas 3ª FASE - PROJECTO DO POOC E PLANO DE INTERVENÇÕES PLANO DE INTERVENÇÕES PLANO DE EXECUÇÃO /PLANO DE FINANCIAMENTO PLANOS DE PRAIA 15 objectivos específicos Fichas associadas aos elementos cartográficos 46 Programas Identificação da Praia Classificação tipológica da Praia Acessos 220 projectos Ficha de projecto (individual) Programa Objectivo Caracterização Apoios e equipamentos de Praia Outras intervenções e projectos complementares Ficha dos Estudos Base relacionada com a praia em questão BIODESIGN, Lda FOT01RL0.docx 81

12 ANÁLISE METODOLÓGICA DA FORMA DE ELABORAÇÃO DO POOC ALCOBAÇA-MAFRA A metodologia de elaboração do POOC Alcobaça - Mafra desenvolveu-se em 3 fases: 1ª Fase - Estudos de Base; 2ª Fase - Estudos Prévios de Ordenamento; 3ª Fase - Projecto do POOC e Plano de Intervenções. Na 1ª Fase Estudos de Base, foi tida em consideração a orla costeira, enquanto, espaço de interface mar/terra, que constitui uma parcela particularmente sensível do território dada a complexidade dos fenómenos fisiográficos em jogo, o valor dos ecossistemas em presença e as tensões a que está sujeita, tensões resultantes quer da própria dinâmica costeira, quer da crescente impermeabilização e artificialização desse interface. A perda de ecossistemas valiosos, a degradação da qualidade ambiental, a delapidação de recursos, as alterações nos ciclos hidrológicos, a subida do nível das águas e os impactes resultantes das alterações climatéricas, constituem hoje preocupação generalizada de inúmeras organizações. A gestão integrada da orla costeira é considerado o processo mais apropriado para antecipar e responder aos objectivos e necessidades a longo prazo, gerindo os desafios e oportunidades actuais, podendo, simultaneamente, estimular e guiar o desenvolvimento sustentável das áreas costeiras, minimizar a degradação dos sistemas naturais, criar um quadro de gestão de actividades multi-sectoriais e manter opções para usos futuros dos recursos costeiros. Este troço é dominado por arribas vivas de altura bastante variável, e talhadas em suportes litológicos também muito variáveis de local para local,cujo litoral das arribas é interrompido pelas desembocaduras dos cursos de água mais importantes, pela Lagoa de Óbidos, pela Concha de S. Martinho, e, em maior extensão, pelo litoral arenoso compreendido entre Consolação, Peniche e Baleal, que constituem 3 situações que demarcam o troço em estudo, em termos paisagísticos e ecológicos. Foi ainda entendido que o POOC teve como objectivo orientador, o de possibilitar a tomada de decisões sobre acções/actuações necessárias à protecção, valorização e desenvolvimento equilibrado da área, onde distintos usos e actividades específicos se complementam e possam contribuir para tal propósito. A delimitação da área de intervenção do POOC Alcobaça - Mafra, delimitada a norte pela Praia de Água de Medeiros e a sul pela Foz da Ribeira do Falcão (que perfaz um troço que integra 8 concelhos e de cerca de 120km de recorte), abrange o Domínio Público e duas faixas, a zona terrestre de protecção, cuja largura máxima é de 500 m, e a zona marítima de protecção, que tem como limite máximo a batimétrica dos -30, integrando a Concha de S. 82 BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx

13 Marinho do Porto e a extensão entre Baleal Peniche (de salientar o emblemático Cabo Carvoeiro), excluindo a Lagoa de Óbidos. A Zona Terrestre de Protecção da área do POOC foi demarcada nas Plantas de Caracterização e nas Plantas de Avaliação da Área de Intervenção, e apresenta quatro interrupções que derivam da existência de 4 portos, a que correspondem as áreas de jurisdição portuárias que se encontram excluídas da Área de Intervenção do POOC e que se constituem como Áreas Adjacentes da Área de Intervenção do POOC, designadamente, Portos da Nazaré, São Martinho do Porto, Peniche e Ericeira. Os Estudos Base foram desenvolvidos em 3 partes, que seguidamente se inventariam: Numa 1ª Parte Enquadramento e Caracterização da Área de Intervenção, o estudo contemplou: a identificação e enquadramento da área de intervenção incluindo a Planta de Localização da Área de Intervenção e das correspondentes Zonas de Intervenção Caracterização Biofísica; a caracterização biofísica da área de intervenção onde foram incluídos os aspectos relacionados com: a geologia e geomorfologia, a caracterização do coberto vegetal, a caracterização dos sistemas de maior sensibilidade e respectiva demarcação cartográfica, a caracterização da flora e fauna, a caracterização da paisagem e respectiva demarcação das unidades de paisagem e a caracterização da qualidade da água e respectiva identificação cartográfica das praias; a caracterização da dinâmica costeira, em que foram incluídos os aspectos relacionados com: os agentes fisiográficos, a caracterização dos processos aluvionares e a identificação das áreas - problema; a caracterização dos usos e ocupação da área de intervenção, em que foram integrados os aspectos relacionados com: a identificação de condicionantes existentes na área de intervenção com a correspondente Planta de Condicionantes, onde se encontram demarcadas as áreas condicionadas e/ou de protecção em presença na área do POOC, a caracterização do uso actual do solo e usos dominantes com a Planta em que se encontram demarcadas as diversas categorias de uso e ocupação do solo, a caracterização dos Núcleos Urbanos Existentes com a Planta de Rede Urbana e Fichas de Caracterização de cada Núcleo Urbano, a caracterização da Acessibilidade à Orla Costeira com a Planta das Redes de Transportes Terrestres e as Fichas de Caracterização de Situações especificas, a identificação das infra-estruturas de Pesca e Recreio Náutico e Obras de Defesa Costeira, a caracterização do Património Construído e Arqueológico e a caracterização das principais fontes sonoras; a caracterização socioeconómica. BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx 83

14 Na 2ª Parte Caracterização da Área de Intervenção Praias, procederam à caracterização das Praias, através de dois levantamentos, um por terra, onde foram analisados por praia os equipamentos, apoios, acessos viários e pedonais, infra-estruturas básicas, materiais de construção, estado de conservação das edificações, estacionamento, tipo de apoios balneares, situações críticas ao nível da poluição desembocadouras nos rios e suas irregularidades e a presença de arribas costeiras em avançado estado de erosão; o outro levantamento foi efectuado através de um voo de baixa altitude, onde obtiveram a percepção da utilização das praias em termos de afluência, de localização preferencial dos utentes no areal, da envolvente local da praia e dos acessos existentes mais utilizados. Para cada praia foi atribuído um código de identificação, tendo sido elaborada uma caracterização individual através da construção e preenchimento de uma Ficha de Identificação e Caracterização de Praia, complementada por uma Ficha de Caracterização de Equipamentos e Apoios de Praia, que tivessem sido licenciados em 1997; Por último, na 3ª Parte Avaliação / Diagnóstico da estrutura de uso e ocupação da Área de Intervenção, foram identificadas as Áreas de Estudo Unidades de Gestão e Unidades de Paisagem, tendo sido elaborada uma Planta Síntese das Unidades de Gestão, e foi ainda diagnosticado o relacionamento entre o uso do solo e as áreas condicionas e/ou de protecção dos solos, que resultou na elaboração de Fichas de Relacionamento, Fichas de Áreas de Ocupação Urbanística, Fichas de Acessos e Fichas Síntese de Avaliação da Estrutura de Usos e Ocupação. Na 2ª Fase Estudos Prévios de Ordenamento, o estudo desenvolveu-se em duas partes: 1ª Parte - Proposta de Ordenamento Territorial, foram contempladas várias matérias designadamente: Identificação e caracterização de situações criticas e/ou de excepcional valor por troços e avaliação de potenciais na orla costeira (geomorfologia, qualidade da água, áreas de maior sensibilidade, recursos turísticos, património arquitectónico e arqueológico, ocupação urbanística), localizando as intervenções consideradas necessárias e a sua amplitude, através de um aprofundar dos vários temas de caracterização abordados. No âmbito do POOC é proposto a classificação das áreas adjacentes às arribas, o que implica determinados condicionamentos ao uso e ocupação das mesmas. Assim, a definição e os condicionamentos implícitos nelas, são os seguintes: 84 BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx

15 Faixa de risco adjacente ao sopé das arribas: Largura da faixa de risco adjacente à base das arribas que corresponde às áreas que podem ser atingidas por quedas de blocos e por detritos de outros movimentos de massa de vertente, medida a partir do sopé da arriba, incluindo depósitos de sopé preexistentes, na horizontal e em direcção perpendicular ao contorno plano das arribas. Esta faixa é expressa em termos de largura fixa ou dependente da altura da arriba adjacente. Nesta faixa deverão ser evitadas as estruturas permanentes (ex: apoios de praia) devido ao risco de queda de materiais provenientes da arriba. Para os casos em que a faixa de risco abranja a totalidade da praia seca, a implantação de estruturas deve ser de carácter sazonal estando sujeitas a inspecções periódicas das condições geotécnicas locais, a fim de determinar a probabilidade de ocorrência e dimensão dos movimentos de massa de vertente que possam afectar as arribas, bem assim como a extensão de praia que possa ser atingida pelos detritos daqueles movimentos. Nas praias de uso balnear, abrangidas por estas faixas, propõe-se a instalação de sinalização adequada, que possa servir de alerta para os utentes para o perigo resultante da evolução das arribas. Faixa de risco adjacente à crista das arribas: Largura da faixa de terreno adjacente à crista das arribas ou das vertentes viradas ao mar, que corresponde à zona terrestre que pode ser afectada por movimentos de massa de vertente num horizonte temporal da ordem de grandeza de pelo menos meio século. É medida a partir da crista para o interior, na horizontal e em direcção perpendicular ao contorno plano das arribas, e definida como faixa de largura constante ou dependente da altura da arriba adjacente. Nesta faixa não devem ser erigidas edificações ou estruturas de carácter permanente. Sempre que existam é aconselhado a sua remoção ou recuo para zonas mais seguras. Quando este procedimento não puder ser aplicado, como é o caso das áreas urbanas adjacentes, deverão ser realizados estudos geotécnicos por forma a avaliar as condições gerais de estabilidade da arriba e, quando necessário, propostas medidas de tratamento adequadas. Faixa de protecção adicional: Largura da faixa de terreno que acresce, do lado de terra, à faixa de risco adjacente à crista das arribas, medida a partir desta para o interior, na horizontal e em direcção perpendicular ao contorno plano das arribas, e definida como faixa de largura constante ou dependente da altura da arriba adjacente. Nestas faixas não devem ser edificadas estruturas ou edificações de carácter permanente. Caso existam edificações na faixa, deverão ser BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx 85

16 realizados estudos geotécnicos que avaliem as condições gerais de estabilidade da arriba. Área de risco especial: Área de risco não directamente enquadrável nas anteriores e descrita nos troços costeiros em que ocorrer. As propostas de limitações à ocupação serão indicadas caso a caso. As faixas de protecção para o litoral baixo e arenosa foram definidas utilizando os seguintes critérios: Litoral arenoso com praia e duna frontal ou embrionária adjacente a arriba corresponde a margem terrestre rochosa ou a sistemas estuarinos ou lagunares. A largura da faixa protecção deve incluir a totalidade da duna frontal e/ou da duna embrionária e ainda as estruturas de galgamento que as cortam e se estendem para o lado de terra. A dimensão desta será variável de local para local e a sua cartografia deve ser realizada no terreno, caso a caso. No caso dos sistemas de barreira providos de barras de maré divagantes deve reservar-se uma faixa de ambos os lados da embocadura capaz de absorver a divagação anual da barra. Litoral arenoso com praia adjacente directamente a arriba rochosa: corresponde à extensão da praia oceânica adjacente à duna. Para estes casos não são estabelecidas faixas de protecção, para além daquelas que decorrem das próprias arribas. Por forma a sumarizar a temática faixas de risco e protecção, dividiu-se o litoral em 38 troços, correspondendo a cada um destes uma ficha caracterizadora. Esta inclui os seguintes aspectos: limites geográficos, características gerais, geologia, tipologia de movimentos de vertente, problemas geotécnicos, e dimensionamento das faixas de risco e de protecção e observações. Ao nível da ocupação urbanística, os critérios utilizados na demarcação das zonas críticas, resumem-se: Situação de conflito entre Ordenamento / Condicionantes onde é interdita ao abrigo do Decreto-Lei nº 309/93, a construção sobre as zonas de elevado risco natural (zonas de drenagem natural; zonas de risco de erosão intensa; zonas sujeitas a abatimento, escorregamento, avalanches ou outras situações de instabilidade); Zonas urbanas de ocupação dispersa que em alguns dos casos se encontram em zonas de protecção natural (REN e RAN), noutros são o resultado da ocupação clandestina na orla costeira e nas áreas que integram o Domínio Público Marítimo. Estas situações correspondem, na Planta Síntese, às situações de ocupação urbana em áreas sensíveis e/ou de risco; 86 BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx

17 Acessibilidade na faixa costeira carrinhos irregulares, que no seu conjunto constituem uma rede anárquica de vias que culminam em bolsa de estacionamento sobre as arribas; Áreas Urbanas Degradadas apresentam graves deficiências ao nível da infra-estruturação, incapacidade de carga do aglomerado e o desequilíbrio sócio económico gerado pelos pequenos aglomerados dependentes da Praia. A classificação atribuída na 1ª fase de Áreas de Ocupação Urbanística define-se por Unidade de Gestão e Zona Principal, que se dividiu posteriormente em Urbano, fora dos espaços urbanos e ocupações pontuais. Todas estas denominações foram mantidas à excepção das ocupações pontuais que passaram a denominar-se Situações Pontuais. Na classificação de zonas principais foi mantida a classificação estabelecida nos respectivos PDM. A identificação de Situações Criticas e de Excepcional Valor reflectiram-se num estabelecimento de vários tipos de classes consoante as potencialidades evidentes ou em perigo, para as quais foram definidas acções ao nível do ordenamento do território. e, que se traduziram em Planos de Pormenor, Intenções / Recomendações, Intervenções Geotécnicas e UOPG. Para as áreas integradas UOPG foi realizada uma breve descrição. Justificação das Linhas de Intervenção ao nível do Ordenamento Territorial, em que é realizada uma síntese da estratégia em termos de planeamento regional da faixa costeira onde são identificados e avaliados os principais factores de macrozonamento, quer a nível regional, em que foram envolvidos os municípios, possibilitando a avaliação dos cenários de ordenamento propostos pelo POOC, quer a nível local das praias, através de uma análise criteriosa das varias componentes urbanas que constituíram critérios do zonamento local, de forma a possibilitar o equilíbrio entre o suporte físico/ ocupação humana e através ainda, do estabelecimento de referenciais que suportaram a decisão em termos de macro-zonamento aplicado às zonas balneares. Para uma melhor compreensão e visualização do ordenamento do território e das condicionantes implícitas ao mesmo, na área de intervenção, foram elaboradas as seguintes plantas: Planta de Condicionantes Planta de Enquadramento Planta de Síntese Preliminar Definição de um Programa de Acções Previstas, na sequência da identificação das áreas criticas /excepcional valor, designadamente: áreas abrangidas por UOPG, de planos de ordenamento municipal, para os quais são realizadas intenções / recomendações a aplicar nos planos abrangidos; BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx 87

18 áreas que serão abrangidas por planos de média intervenção propostos pelo POOC; áreas que são imediatamente classificadas, pela especificidade e complexidade dos seus problemas, como Unidades Operativas de Planeamento e Gestão propostas pelo POOC; áreas adjacentes de utilização pública (incluindo Áreas Portuárias), onde se propõe uma serie de indicações relativas a intervenções a realizar nestas áreas, propondo-se a atribuição da tutela e iniciativa às respectivas JAP, contribuindo o POOC, neste sentido, com uma delimitação base da estratégia local para estas áreas inseridas no contexto territorial dos POOC. Neste sentido foram contempladas 3 tipos de acções: acções, intenções e intervenções em áreas de proposta que se devem aplicar em espaços de Situação Critica / Excepcional Valor com planos de ordenamento municipal, de forma a identificar as UOPG que abrangem estes espaços com a respectiva identificação e com as intenções que o POOC contempla para cada espaço; acções, intenções e intervenções em áreas de proposta que se devem aplicar em espaços de Situação Critica / Excepcional Valor sem planos de ordenamento municipal e alvo de Planos Propostos pelo POOC; acções, intenções e intervenções em áreas de proposta que se devem aplicar em espaços de Situação Critica / Excepcional Valor com planos de ordenamento municipal, de forma a identificar as UOPG que abrangem estes espaços com a respectiva identificação e com as intenções que o POOC contempla para cada espaço; Para além das acções anteriormente referidas, são estabelecidas Unidades Operativas de Planeamento e Gestão (UOPG), para cada uma das quais é identificado o número de Unidade de Gestão que abrange, o código da zona de Ocupação Urbana e o nível de aglomerado que constituí a Ocupação Urbanística Principal. Foi ainda estabelecido para cada UOPG os objectivos, e realizada uma breve Caracterização de Intervenção/Protecção e as Acções. Em súmula, foi feita uma Matriz Síntese das Propostas e da Condicionantes de cada uma das UOPG.Este Processo é complementado pelos Processos de Afectação/ Desafectação da Reserva Ecológica Nacional e da Reserva Agrícola Nacional. Foi ainda feita uma Proposta Geral de Intervenções em Praias, onde foi estabelecida uma classificação para cada praia, atendendo aos seguintes factores: Estado actual da Praia Tipos de apoios Equipamentos existentes (localização e adequação ao uso da praia) Acessos viários 88 BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx

19 Acessos pedonais Estacionamento Infra-estruturas Concessões e licenças Procura Mediante estes factores atrás expostos e as debilidades e as potencialidades de cada praia, foram propostas as intervenções e os estudos necessários em conformidade com as características de cada praia. As propostas de praia dividiram-se em 3 tipos de medidas, e visavam a implementar a regulamentação expressa no Decreto-Lei nº 309/93 (regulamenta o ordenamento da classificação das praias de uso balnear de utilização marítima e a sua tipologia, designadamente: Praias que devem ser potenciadas com problemas cuja classificação se mantêm e que devem ser melhoradas, ou com existência de equipamentos e apoios a que devem ser complementadas; Praias que devem ser mais condicionadas com inexistência de apoios ou com existência de equipamentos e apoios; Praias que devem manter as suas condições actuais, propondo-se apenas melhoramentos com inexistência de equipamentos e apoios ou com existência de equipamentos e apoios. Este Programa de Acções Previstas estabelece acções, intenções e intervenções que se devem aplicar em espaços de Situação Critica / Excepcional Valor, com planos de ordenamento municipais. Neste sentido, foi apresentada uma lista das UOPG que abrangem estes espaços e integram a identificação e as intenções do POOC. Estabelecimento das Bases de Regulamento, passando por: classificação dos espaços, na Planta Síntese da pré Proposta de Ordenamento; articulação com os Planos Municipais de Ordenamento do Território aprovados/ em elaboração à data, através da compatibilização das classes de espaço estabelecidas nos PDM, em termos de denominação e de uso de solo na Planta Síntese; estabelecimento de incompatibilidades entre as Classes de Espaços e Condicionantes à Ocupação Humana, só observadas após a interpretação das servidões administrativas na Planta de Condicionantes Preliminar. Programa de Intervenções e Plano de Execução e de Financiamento preliminares, na sequência da identificação e caracterização das áreas críticas e das zonas de risco, foram propostas intervenções, consoante a sua tipologia, designadamente: Planos de áreas sensíveis (UOPG e Planos de Pormenor); BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx 89

20 Protecção da orla costeira; Regularização de embocaduras; Recuperação de corpos de água; Melhoria de portinhos de pesca; Melhoria das condições de utilização das praias. 2ª Parte da 2ª Fase Proposta de Ordenamento do Plano de Praias O Ordenamento dos Planos de Praia incidiu na análise individual das praias, onde foram analisados todos os factores intervenientes, características físicas, potencialidades e debilidades das mesmas. Desta análise e, tendo por base os objectivos gerais de intervenção estabelecidos nos elementos fundamentais preliminares do Plano, resultou a identificação de situações a Salvaguardar, Potenciar e a Condicionar. As Situações a Salvaguardar caracterizam-se por áreas a manter tal como existem hoje, pela manutenção dos aspectos actuais ou pelas características de Excepcional Valor que poderão ser de vários níveis, tais como: Ambiental, Paisagístico e Urbano. As Situações a Potenciar caracterizam-se por áreas bem dotadas de potencialidades (área de praia, acesso, espaços suficientes para apoios e equipamentos e capacidade de serem infraestruturadas), que inseridas dentro da estratégia Territorial definida pelo POOC, constituem áreas a merecer destaque. As Situações a Condicionar caracterizam-se por Áreas que, regra geral, pelas suas características geomorfológicas são de acesso difíceis e/ou condicionadas ou zona em elevado risco de erosão associado a arribas. Para as situações a Potenciar e a Salvaguardar identificadas, foram propostos pelo POOC Planos de Pormenor Urbanos ou UOPG s. As praias alvo de Plano de Pormenor Urbano correspondem a praias onde foram identificadas situações críticas, devendo as mesmas ser resolvidas de forma a realçar as Potencialidades dessa área. As zonas alvo de UOPG são espaços que pela gravidade e quantidade de situações críticas identificadas devem ser alvo de medidas mais interventivas UOPG. A Caracterização das Praias nesta Parte passou por uma nova triagem de informação relativa às praias, mais concretamente dos Equipamentos e Apoios, como pela identificação em planta, da situação actual de ocupação do solo. Esta informação é completada pela identificação das principais propostas de intervenção nas praias, subdivididas de acordo com a sua abrangência. Assim, as Fichas de Caracterização das Praias assumem a seguinte estrutura: Fichas de Identificação e Caracterização das Praias para além da informação anteriormente compilada, foram adicionadas os seguintes campos: 90 BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx

21 o o o o o Relação com as zonas urbanas mais próximas e distância média, em Km, da praia ao centro do aglomerado principal; Tipologia morfológica; Identificação de praia de apoio completo e praia de apoio não completo, de acordo com o Anexo II, do D.L. n.º 309/93, de 2 de Setembro; Descrição dos equipamentos e apoios existentes em cada praia, organizado por serviços Estado das Licenças de Apoios e Equipamentos, de acordo com a síntese efectuada das informações fornecidas pela DRA-LVT; Planta de Praia, Situação Actual, Síntese de Intervenções o o A Planta de Situação Actual corresponde à identificação das áreas de estacionamento, vias de acesso viário e acessos pedonais e delimitação física da praia e localização dos Apoios e Equipamentos em planta; As propostas prévias de intervenção nas praias incluem os seguintes campos: Descrição geral da situação actual; Intervenções gerais propostas definidas pelo Plano de Medidas e Acções, representadas graficamente na Planta de síntese e que correspondem ao nível de planos de ordenamento propostos pelo POOC e Intervenções Gerais previstas do tipo: Estudos Geotécnicos/Int. Arribas, Regularização de Corpos de Água, Regularização de Embocaduras, Reabilitação Portinhos de Pesca, Intervenções/Estudo em curso, Proposta de Plano de Pormenor Urbano, Proposta de UOPG; Intervenções Propostas na Praia onde são definidas as intervenções específicas a realizar ao nível de: acessos pedonais e viários, estacionamento, equipamentos, apoios, concessões e infra-estruturas. Estas propostas têm as seguintes vertentes: Melhorar, Manter, Construir, Aumentar, Relocalizar, Reduzir e Eliminar; Principais Acções descrição do plano de medidas de base a adoptar ao nível do plano de praia; Classificação de praia proposta Fichas de Identificação e Caracterização de Equipamentos. Na 3ªFase Projecto do POOC, foram elaborados os Planos de Praia para as praias classificadas na proposta de nível I, II ou III, para um total de 57 planos, em contrapartida, as praias classificadas na proposta de nível IV e v, não foram alvo de plano de praia, nas praias nível IV com Intervenções Especificas, foram apresentadas acções directas na envolvente natural do espaço praia, em situação crítica, e sem propostas ao nível do zonamento e ordenamento do areal. BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx 91

22 As propostas e intervenções ao nível do zonamento do areal tiveram por base e foram fundamentadas por critérios como, o Dimensionamento da Capacidade de Utilização das Praias, a Área de Construção Máxima por Praia e o Dimensionamento de Instalações por Praia. Neste sentido, a Capacidade de Utilização da Praia, a que corresponde o número de utentes admitido em simultâneo para o areal. Neste sentido, a Capacidade de Utilização da Praia, a que corresponde o número de utentes admitido em simultâneo para o areal, calculada de acordo com as seguintes variáveis: A - Área de Areal; AU - Área Útil de Areal, que corresponde à Área de Areal (excluindo as áreas de risco ao sopé e é contabilizada acima da linha do limite de espraiamento); AE - Área Equipada, correspondente à Área de Areal da frente de praia vigiada e equipada actualmente ou proposta incluindo a área sujeita ao espraiamento das ondas; AUA - Área Útil de Areal, AU adjacente a AE, compreendida num raio de distância até 200 m; DMAX - Densidade máxima calculada de utentes no areal; DMED - Densidade média de utentes no areal definida a partir de DMAX e do valor médio da distribuição normal na área útil adjacente (AUA); T - Tipologia de Classificação de praia, como factor reflexo da afluência gerada pela praia e nível de serviços associados; O Calculo da Capacidade de Utilização (Cu) processa-se em 3 tempos: 1. Considerando que a Área Equipada concentra o maior número de utentes, cerca de 70%, da praia, distribuídos homogeneamente, conforme a tipologia de praia, e que a essa área poderá ou não estar associada uma área adjacente de passível de ser utilizada pelos utentes. 2. Tendo como ponto de partida, o cálculo da densidade máxima admissível do areal, baseada em valores registados nas praias de maior afluência, em torno das áreas equipadas, correspondendo à área de areal adjacente por utente, limitada pela circunferência de 2,5 m diâmetro. DMAX = 1 Utente / 7,5 m2 área equipada 3. A densidade média corresponde à dispersão de Utentes em tomo da Área Equipada (cerca 30%) e é calculada em função da Densidade Máxima na Área Útil Adjacente, compreendida na distância máxima de 200 m ao (s) ponto(s) de acesso à praia, onde de modo a simplificar o cálculo, se aplica a média da distribuição normal neste troço (0,5): DMED = 0,5 x DMAX A distinção de densidades máxima de ocupação em cada um dos tipos de praia é aproximada à forma de ocupação da praia especifica deste troço, onde associado aos maiores areais a norte, está também associado uma densidade de utentes inferior às praias urbanas dos 92 BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx

23 concelhos a sul (constituindo excepções as praias da Nazaré e S. Martinho), justificando-se a menor dispersão nas praias, por motivos tão variados como as condições climatéricas, a quantidade de serviços e equipamentos balneares e a área do areal disponível para utilização balnear. A Capacidade de Utilização da Praia traduz-se pelo somatório das duas componentes: Cu = (AEx DMax) + (AUAx DMed) Os Planos de Praia, enquanto elementos complementares do POOC, têm como objectivo o ordenamento e gestão do espaço praia. Estes planos integram os objectivos gerais do POOC e os objectivos especificamente relacionados com as praias, resultando assim num diálogo entre as diversas entidades directamente envolvidas na gestão da praia e os titulares das licenças do Domínio Hídrico. Ao nível dos planos de praia foram identificados os seguintes factores: delimitação das faixas de risco associada a arribas, a delimitação do limite de espraiamento, a identificação da área útil do areal, a determinação da capacidade de utilização por praia, a determinação da capacidade de estacionamento necessário e/ou possível, e o dimensionamento das instalações por praia. O Programa Geral de Execução, contém as disposições indicativas sobre o escalonamento temporal das principais intervenções recomendadas no POOC, integrando o planeamento das acções relevantes descritas e orçamentadas nos Planos de Praia e nas Fichas de Intervenção adicionais aqui apresentadas e em tradução quantitativa no Plano de Financiamento. BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx 93

24 As intervenções previstas encontram-se descritas nas fichas de intervenção, e correspondente à infra-estruturação das praias, à intervenção pontual nas arribas e nas linhas de água, e à melhoria das condições dos núcleos de pesca artesanal. Para além destas intervenções específicas foi recomendado um conjunto de intervenções que não se encontram directamente associados à praia. As intervenções previstas no POOC foram agrupadas em Estudos (concepção e projecto) e Intervenções. Os Estudos foram classificados em Plano de Pormenor, Estudo Especifico Geotécnico e Projecto de Intervenção Paisagística e por sua vez as Intervenções foram classificadas em Intervenções em Infra-Estruturas de Apoio de Praia, Intervenções em Arribas, Intervenções em Corpos de Água, Intervenções em Dunas e Areais, Intervenções em Portinhos (reabilitação), Intervenções Complementares (a Planos de Pormenor e Projecto de Intervenção Paisagista) e Intervenções de Manutenção, Imprevistos, Pequenas Obras e Arranjos. De forma a efectivar a programação das intervenções, estas foram agrupadas em 3 parcelas com graus de prioridade distinta, cujo âmbito do programa seria de 5 anos, (primeira metade da do período de vigência do POOC). Assim sendo, as intervenções da Parcela 1 seriam nos 3 primeiros anos de vigência dos POOC, e as Parcelas 2 e 3 em 2 anos, cada uma. Estes diferentes graus de prioridade encontram-se estabelecidos mediante a urgência de intervenção, a classificação da praia e a sua localização geográfica. A remoção dos equipamentos de praia e outras construções, que se iniciaram após a entrada em vigor do POOC, foi prevista o seu desenvolvimento por mais 2 anos. No Plano de Financiamento, foi feita uma distribuição ao longo do tempo dos investimentos previstos na caracterização das intervenções, conforme ao disposto no faseamento proposto no Programa Geral de Execução. A estimativa de custos das intervenções foi elaborada em escudos e em euros, e apresenta o custo global da intervenção e o custo distribuído por intervalos temporais (ano 1, ano 2, ano 3, ano 4, ano 5, anos 6-10) por local e tipo de intervenção, resumindo e condensando a informação apresentada nos Planos de Praia e nas Fichas de Intervenção. Os custos de intervenção incluíam o custo dos estudos, dos projectos e dos trabalhos preparatórios, exceptuando as intervenções nas UOPG. O custo total das intervenções propostas considera 10% da estimativa base para imprevistos, pequenas intervenções e arredondamentos. O Plano de Financiamento contempla ainda, a distribuição de custos a longo prazo para a implementação do POOC através de um escalonamento do Programa Geral de Intervenção, indicando num resumo por concelho nas Fichas de Intervenção o Promotor responsável pela concretização da intervenção. A cartografia elaborada no âmbito do Plano foi produzida em formato digital (software CAD). 94 BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx

25 2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH TEJO Esquema metodológico de síntese do POOC Alcobaça-Mafra DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO Domínio Público 2 Faixas Zona marítima de protecção Limite máximo - a batimétrica dos 30 m Realização Zona terrestre de protecção Largura máxima m Ex clusão Lagoa de Óbidos Áreas de Jurisdição Portuária (4 portos) 1ª Parte - Enquadramento e Caracterização da área de Intervenção Enquadramento e caracterização Caracterização biofísica Caracterização da dinâmica costeira Planta de localização da área de intervenção Caracterização da paisagem Identificação das áreas problema Caracterização dos usos e ocupação da área de intervenção Planta de condicionantes 1ª FASE - ESTUDOS DE BASE CONJUNTO DE TRABALHOS E ESTUDOS 2ª Parte - Enquadramento e Caracterização da área de Intervenção - Praias 3ª Parte - Avaliação/ diagnóstico da estrutura e uso da área de intervenção Caracterização Sócio-económica Caracterização das Praias (individual) Ficha de identificação e caracterização da praia Ficha de caracterização de equipamentos e apoios de praia Levantamento Áreas de estudo - Unidades de Gestão e Unidades de Paisagem Terra Voo Planta de rede urbana e fichas de caracterização de cada núcleo urbano Planta de redes de transportes terrestres e fichas de caracterização de situações especificas Equipamentos, apoios, acessos, infra-estruturas, estacionamento, situações criticas de poluição e presença de arribas costeiras em avançado estado de erosão Percepção da utilização das Praias (afluência, localização preferencial dos utentes, acessos mais utilizados) Planta síntese de unidades de gestão Uso do solo vs áreas condicionadas e/ou de protecção dos solos Fichas de relacionamento Fichas de áreas de ocupação urbanística Fichas de acessos Fichas síntese de avaliação da estrutura de usos e ocupação 1ª Parte - Proposta de ordenamento territorial Identificação e caracterização de situações criticas e de valor excepcional (por troços) Inventário sistemático dos movimentos ocorridos num dado troço das arribas Determinação da área horizontal da arriba ao nível do bordo superior de cada ocorrência 2ª FASE - ESTUDO PRÉVIO DE ORDENAMENTO Situadas para o interior da faixa de risco adjacente ao bordo do sopé das arribas Faixas de protecção adicionais Avaliação dos potenciais da orla costeira Demarcação das zonas criticas Faixa de risco adjacente ao sopé das arribas Faixa de risco da crista das arribas Área de risco especial Divisão do litoral em 38 troços Ocupação Urbanística Extensão Faixa de Risco áreas perdidas = taxa de recuo Cumprimento ^ nº de anos do troço do período estudado Situação de risco = largura da faixa Ficha de caracterização Situação de conflito entre ordenamento / condicionantes Zonas urbanas de ocupação dispersa Acessibilidade na faixa costeira Áreas urbanas degradadas Justificação das linhas de intervenção Síntese da estratégia a nível regional ESTUDOS definição Critérios de zonamento local Planta de condicionantes Planta de enquadramento Definição de um programa de acções previstas Planta síntese preliminar Processos de afectação / desafectação da Reserva Agrícola Nacional e da Reserva Ecológica Nacional Proposta geral de intervenções em praias Classificação de praias Estabelecimento das bases de Regulamento Programa de intervenções Plano de execução e financiamento preliminar 2ª Parte - Proposta de ordenamento dos planos de praia Análise individual das praias Identificação das situações a salvaguardar, a potenciar e a condicionar Identificação da ocupação humana na faixa costeira 8 tipologias Acções comuns Fichas de caracterização de praia Ocupação Urbanística Planos de Praia Situação actual Síntese de intervenções Proposta de intervenções, principais acções e classificação de praia Ficha de identificação e caracterização de equipamentos 3ª FASE - PROJECTO POOC PLANOS DE PRAIA PROGRAMA GERAL DE EXECUÇÃO Propostas e intervenções no areal Classificação das praias Envolvimento das entidades dimensionamento Capacidade de utilização das praias Estacionamento Equipamentos Ár ea D en si d ad e Área útil Densidade equipada máxima calculada + do areal média de de utentes do areal utentes no areal PLANO DE FINANCIAMENTO BIODESIGN, Lda FOT01RL0.docx 95

26 ANÁLISE METODOLÓGICA DA FORMA DE ELABORAÇÃO DO POOC SINTRA- SADO A metodologia de elaboração do POOC Sintra-Sado desenvolveu-se em 3 fases: 1ª Fase - Estudos de Base; 2ª Fase - Estudo Prévio de Ordenamento; 3ª Fase - Projecto do POOC e Plano de Intervenções. Na 1ª Fase Estudos de Base, foi tida em conta a diversidade paisagística e ambiental notável do troço do POOC, alternando zonas de falésias rochosas com extensões areais, arribas fósseis com lagoas costeiras, zonas densamente humanizadas com troços de paisagem quase virginais. Considerando esta diversidade de situações geomorfológicas, de uso do solo, de valor ecológico e de pressões de utilização, a percepção desta diversidade foi considerada como base essencial das características da orla costeira, constituindo-se como elemento fundamental para garantir o adequado ordenamento. A delimitação da área de intervenção do POOC Sintra Sado foi estabelecida com base no disposto no Decreto-Lei n.º 309/1993, de 2 de Setembro, tendo sido excluídas as áreas portuárias definidas no Decreto-Lei n.º 379/1989, de 27 de Outubro, a que correspondem os portos de Lisboa e Sesimbra. A área de intervenção tem uma extensão de 120 km, situada entre a foz da Ribeira da Foz do Falcão (a sul da Ericeira) e o Forte do Outão (a sudoeste de Setúbal). Assim, o presente estudo tem por objecto as águas marítimas costeiras e interiores, os respectivos leitos e margens, e uma zona terrestre de protecção, integrando numa faixa compreendida entre a batimétrica dos -30 metros até a uma distância máxima de 500 metros, contados para além dos 50 metros contados a partir da linha que limita a margem das águas do mar (Domínio Público Marítimo), tendo sido integrada na área de intervenção a Lagoa de Albufeira, localizada na foz da Ribeira da Apostiça. Na elaboração do POOC Sintra-Sado foi atribuído um peso particular à caracterização e intervenção nas praias, enquanto áreas naturais capazes de suportar usos recreativos de qualidade, desde que dentro de parâmetros biofísicos adequados, de que será de mencionar particularmente a sua capacidade de carga ecológica e de infra-estruturação. Tendo como objectivo um profundo conhecimento da área em questão, nesta fase foi feita uma recolha e sistematização da informação que integrou os seguintes estudos: Caracterização Biofísica, que contemplou o contexto biofísico regional, o relevo e morfologia, o uso do solo, as unidades de paisagem, as biocenoses terrestres, os recursos aquáticos, a qualidade da água costeira, a qualidade bacteriológica da areia das praias, e as condicionantes biofísicas. Da avaliação das características biofísicas e numa perspectiva de interpretação das unidades de paisagem, foi BIODESIGN, Lda FOT01RL0.docx 96

27 elaborada a Carta de Valor de Sensibilidade da Paisagem, que funcionou posteriormente como suporte de muitas decisões quanto ao ordenamento; Infra-estruturas ligadas à pesca e aquacultura; Dinâmica costeira, que contemplou a hidrografia e oceanografia, a geologia e geomorfologia, as infra-estruturas e intervenções costeiras e as unidades de costa identificadas; Caracterização sócio-económica, que contemplou os elementos de caracterização global, a evolução demográfica, o contexto sócio-economico e o desenvolvimento turístico do litoral entre Sintra e o Sado; Rede viária e acessibilidades; Estrutura urbana, compatibilidade, património. Na 2ª Fase Estudo Prévio de Ordenamento, pocedeu-se à definição e espacialização das vocações e potencialidades para a área do POOC, tendo por base a caracterização e o diagnóstico da situação existente, bem como a avaliação das intenções, compromissos e condicionantes legais, foi desenvolvida a primeira versão dos objectivos genéricos de ordenamento para a zona do POOC, que englobava: a estrutura do ordenamento balnear da área, a capacidade de carga das praias, a proposta de classificação das praias, as medidas programáticas a considerar na elaboração dos planos de praia e as normas construtivas para a infra-estruturas de saneamento básico nas praias. Quanto à capacidade de carga das praias, esta foi avaliada no contexto das praias em estudo, e dum modo qualitativo, pela atribuição de um valor de potencial de utilização balnear. Este factor serviu para ponderar um valor de capacidade de carga máxima, calculado com base na área útil de praia e em função duma área mínima por utente. Assim sendo, a capacidade de carga teórica proposta no POOC foi calculada através do cruzamento da área útil de praia com a área de conforto ocupada por utente, de acordo com o potencial de utilização balnear das praias, o que resultou num factor gradativo de ponderação para uma situação de carga física máxima. 97 BIODESIGN, Lda FOT01RL0.docx

28 Para efeitos de utilização balnear, foi estabelecida como área útil a que corresponde em média a uma faixa de areal de até 50 metros de profundidade, entre a linha média de maré e o primeiro obstáculo morfológico (seja ele enrocamento, arriba, ou duna). Esta zona do areal corresponde à zona ocupada durante maior parte do dia, o que permitiu uma aferição mais aproximada ao comportamento dos utentes. Nas praias sob arribas, a consideração de faixas de protecção no areal correspondia em alguns casos à totalidade do areal, impossibilitando a utilização balnear, o que foi considerado pouco realista, dado o contexto metropolitano do POOC. Assim sendo, o factor de risco associado às arribas foi tido em consideração na avaliação qualitativa do potencial balnear. As propostas de localização dos apoios e das estruturas fixas ou permanentes também tiveram em conta estes aspectos. No sentido longitudinal, a praia é considerada ao longo dos acessos existentes, e numa extensão provavelmente percorrida pelos utentes num máximo de 500 metros desde o ponto de acesso. Foi considerado nos primeiros 250 metros uma maior concentração de utentes 7 m 2 por utente, em carga máxima - a partir dos quais se verifica uma maior dispersão 10 m 2 por utente, em carga máxima. Para a medição da área das praias, foi utilizada a cartografia disponível à escala 1/2000, e um conjunto de fotografias aéreas datadas de Novembro de 1997, numa escala aproximada de 1/8000. Neste sentido foi calculada para o conjunto das praias em estudo um valor teórico de capacidade de carga. O potencial de utilização balnear das praias foi compreendido o seu valor como espaço de utilização balnear, considerando a capacidade da praia e meio envolvente de responder à procura e de absorver as pressões daí derivadas. Foi estabelecida para as praias e meio BIODESIGN, Lda FOT01RL0.docx 98

29 envolvente uma relação qualitativa entre os factores intrínsecos e os factores de apropriação do espaço, nos contextos específicos em que se inserem. Os graus de potencial de utilização balnear do POOC, são os seguintes: Potencial de Utilização Muito Elevado, corresponde a praias adjacentes a núcleos urbanos ou sob sua influência directa, com um elevado grau de infra-estruturação, e de utilização estratégica muito intensa. Os factores intrínsecos (nomeadamente derivados da dinâmica litoral) não apresentam limitações ao seu uso, e ainda que o façam, são compensados por intervenções de engenharia costeira. Nestas praias foi admitida uma carga crítica de utentes, correspondendo a uma situação de muito alta densidade 7 a 10 m2 por utente; Potencial de Utilização Elevado: Praias na periferia de núcleos urbano - turísticos, razoavelmente infra-estruturadas, mas de utilização algo comprometida pelos seus factores intrínsecos. Nestas praias admitiu-se uma alta densidade de utentes, correspondendo a uma carga limite 10 a 15 m 2 por utente; Potencial de Utilização Moderado: Praias afastadas dos núcleos urbano - turísticos, mas na sua influência mais distante. Ainda que infraestruturadas, estas praias têm uma utilização consideravelmente comprometida pelos seus factores intrínsecos: situação morfológica comprometedora, difícil acesso, riscos de erosão, segurança de utentes ou carácter natural marcante. Estas praias terão no contexto da área de intervenção uma estratégia mais contida de utilização balnear. Nestas praias foi atribuída uma densidade de conforto 15 a 20 m 2 por utente; Potencial de Utilização Reduzido: Praias afastadas dos núcleos urbano-turísticos, fora dos principais circuitos balneares, onde estrategicamente se prevê uma utilização reduzida. A utilização balnear destas praias encontra-se fortemente condicionada pelos seus factores ambientais ou paisagísticos carácter natural, difícil acesso, ou segurança dos utentes. Nestas praias foi atribuída a densidade de alto conforto 20 a 30 m2 por utente; Potencial de Utilização Muito Reduzido: Correspondem a situações muito particulares dentro do POOC; de difícil a muito difícil acesso, sem condições de segurança para os utentes e na sua maioria de carácter natural determinante. Nestas praias foi proposto desincentivar o uso balnear. Após uma ponderação dos factores do potencial de utilização das praias, foi elaborada uma proposta de classificação para as praias em estudo, em conformidade com a legislação em vigor e a estratégia de uso balnear definida (maior concentração de utentes em zonas de maior proximidade a áreas urbanas e áreas de maior capacidade de suporte biofísico, descompressão nas praias onde os valores ou degradações biofísicas assim o aconselham). Esta classificação tipológica permitiria uma fruição do espaço sem comprometer a integridade biofísica e paisagística do meio. Para algumas praias foram elaborados cenários alternativos de classificação. 99 BIODESIGN, Lda FOT01RL0.docx

30 Foram estabelecidas medidas programáticas a considerar na elaboração dos Planos de Praia relacionadas com o estacionamento, eventuais alterações no que toca aos equipamentos e acessos pedonais, e intervenções de minimização dos impactes/recuperação de áreas degradadas. Foram ainda consideradas questões que, ainda desviadas das praias propriamente ditas, são decisivas para a sua envolvente, como é o caso da ocupação edificada, e da localização dos parques de campismo nestes ambientes. A definição e elaboração da pré-proposta de intervenção, baseou-se na análise e compatibilização dos diferentes ordenamentos preconizados pelos PDM com incidência na área de intervenção e a análise crítica dos planos, compromissos e intenções existentes, tendo em atenção a sua articulação com os objectivos de ordenamento dos POOC. A partir dos objectivos de ordenamento e das potencialidades e vocações previamente definidas, foram afinadas estratégias de ordenamento e a sua concretização passou pela elaboração de uma listagem das classes e categorias de espaço e outros itens a utilizar na elaboração das propostas de ordenamento, numa primeira aproximação à Planta de Ordenamento do POOC. Para cada classe ou categoria de espaço, foi apresentada uma descrição dos objectivos de ordenamento pretendidos, constituindo a base para a redacção do Regulamento do POOC.Na Planta de Ordenamento do POOC, foram ainda apresentadas as áreas sujeitas a Planos Específicos. Em paralelo à Planta de Ordenamento foi elaborada, à mesma escala, uma outra planta onde foram representadas todas as Servidões Administrativas e Restrições de Utilidade Pública, constituindo uma primeira aproximação à Planta Actualizada de Condicionantes do POOC. Na Planta de Condicionantes encontram-se demarcadas as servidões administrativas e restrições de utilidade pública integradas nos seguintes domínios: Domínio Hídrico, Áreas de reserva e protecção de solos e espécies vegetais, Rede nacional de áreas protegidas, Património classificado, Sítios arqueológicos, Infra-estruturas de saneamento, Infra-estruturas de transporte e comunicações, Sinalização Marítima, Defesa nacional. No que concerne ao Domínio Público Hídrico, este é estabelecido em conformidade com o Decreto-Lei n.º 468/71, de 5 de Novembro, tendo sido considerado de acordo com o seu artigo 3º para a área em estudo: a margem das águas do mar, bem como a das águas navegáveis ou flutuáveis sujeita à jurisdição das autoridades marítimas ou portuárias, tem a largura de 50 m; a margem das águas navegáveis ou flutuáveis tem a largura de 30 m; a margem das águas não navegáveis nem flutuáveis, nomeadamente torrentes, barrancos e córregos de caudal descontínuo, tem a largura de 10 m. BIODESIGN, Lda FOT01RL0.docx 100

31 Tendo como margem uma faixa de terreno contígua ou sobranceira à linha que limita o leito das águas, quando tiver a natureza de praia em extensão superior à atrás referida, a margem estende-se até onde o terreno apresente tal natureza, em arribas alcantiladas a largura da margem é contada a partir da respectiva crista. A largura da margem foi contada a partir da linha limite do leito, nas águas do mar e outras sujeitas a influência das marés este foi definido pela linha de máxima preia-mar de águas vivas equinociais (LMPAVE). O leito das restantes águas foi limitado pela linha que corresponde à extrema dos terrenos que as águas cobrem em condições de cheias médias, sem transbordar para o solo regularmente seco. Assim sendo e de acordo com o artigo 5º do referido diploma, foi considerado como Domínio Público Hídrico, os leitos e margens de quaisquer águas navegáveis ou flutuáveis sempre que tais leitos e margens lhe pertençam, e bem assim os leitos e margens das águas não navegáveis nem flutuáveis que atravessem terrenos públicos do Estado. Foi considerado ainda como Objecto de Propriedade Privada, sujeitos a Servidões Administrativas, os leitos e margens das águas não navegáveis nem flutuáveis que atravessem terrenos particulares, bem como as parcelas dos leitos e margens das águas do mar e de quaisquer águas navegáveis ou flutuáveis que forem objecto de desafectação ou reconhecidas como privadas. No POOC foram representadas somente as linhas de água, uma vez que a delimitação do Domínio Público Hídrico, em conformidade com os critérios legais do referido diploma, adaptados à escala de trabalho e à informação cartográfica disponível, foi considerada pouco precisa e discutível. No que respeita às Propostas para acções e medidas nas áreas identificadas como críticas, entendendo-se como áreas críticas, aquelas onde são identificadas ameaças ao equilíbrio biofísico e aos valores ambientais em presença, quer do lado terrestre, quer do lado marinho. Esta definição permitiu identificar e aprofundar as medidas mais apropriadas para corrigir e/ou solucionar os problemas detectados. Foram identificadas as "áreas críticas" face a situações reconhecidas, nomeadamente de risco iminente de destruição de recursos naturais e de degradação ambiental. Nos núcleos urbanos, a demarcação destas áreas esteve intimamente relacionada com a identificação das situações de maior degradação, para as quais foram propostas medidas correctivas integradas na estratégia das propostas do POOC, que tinham como objectivo, entre outros, maximizar o uso público da faixa costeira, nomeadamente: inventariação dos conflitos de ordenamento, em carta própria que contempla as alterações introduzidas pelo POOC às classes de espaço preconizadas nos PDM, e a sobreposição de espaços preconizados nos PDM como Espaços Urbano- 101 BIODESIGN, Lda FOT01RL0.docx

32 Urbanizáveis, Turísticos e de Equipamento, com o Domínio Público Hídrico. Nesta inventariação são consideradas as Áreas Criticas e as Áreas Problema ; definição de unidades sujeitas a planos específicos - Unidades Operativas de Planeamento e Gestão (UOPG) e Planos de Praia, que tiveram presentes as preocupações em englobar áreas mais sensíveis, com uma planeada ou pressuposta coerência, que deveriam ser tratadas com um maior detalhe, ao nível do planeamento, nomeadamente, as Áreas Criticas e as Áreas Problema. O resultado da delimitação das UOPG e das praias a sujeitar a Plano de Praia, consta da Planta Síntese do POOC; definição de programas base para a elaboração de planos específicos, para o desenvolvimento das UOPG e dos Planos de Praia. Na 3ªFase Projecto do POOC e Plano de Intervenções, foi dado seguimento aos pressupostos estabelecidos na 2ªFase Estudo Prévio de Ordenamento. A definição e elaboração de Propostas de Intervenção passaram pelo desenvolvimento das directrizes estabelecidas na 2ªFase, a partir dos objectivos do ordenamento e das potencialidades e vocações previamente definidas, sendo elaborada uma listagem das classes e categorias de espaço e outros itens utilizados na elaboração das propostas de ordenamento. Nesta fase foram apresentadas as versões finais da Planta de Síntese e Planta de Condicionantes. A Planta de Síntese incluiu, as classes e categorias de espaço propostos pelo POOC, a delimitação das Unidades Operativas de Planeamento e Gestão, as faixas de salvaguarda da linha de costa, as praias e respectiva classificação, bem como a rede viária principal. A Planta de Condicionantes apresentou demarcadas todas as Servidões Administrativas e Restrições de Utilidade Pública com relevância para o POOC. Foi ainda, apresentado o Regulamento, peça indispensável à gestão do POOC, que com a Planta de Síntese e a Planta de Condicionantes, assim como as Plantas dos Planos de Praia, à escala 1:2000 e respectivas fichas de intervenção constituem os elementos fundamentais do POOC. No que concerne aos Planos de Praia, as propostas foram elaboradas com base na cartografia existente à escala 1:2000, que em alguns casos se mostrou insuficiente, pelo que recorreram à fotografia aérea. Na elaboração dos Planos de Praia foram considerados o conhecimento do terreno adquirido ao longo do trabalho, o levantamento de pormenor das praias foi e a consulta de elementos de outros POOC permitiu uma aferição mais detalhada dos critérios de trabalho (dimensionamento e infra-estruturação das praias). BIODESIGN, Lda FOT01RL0.docx 102

33 Ao longo dos trabalhos foi feita uma afinação da capacidade de carga inicialmente estimada para as praias. Dado que este valor informa toda a proposta em termos de dimensionamento e tipo de infra-estruturas a considerar, foi com base no confronto dos resultados a esse nível com o cenário actual e proposto, que foi retroactivamente afinado o valor da capacidade de carga, (o caso do estacionamento assumiu-se como factor limitante da capacidade de carga da praia). Foi elaborada uma matriz de infra-estruturação das praias, com base na capacidade de carga estimada, e de acordo com a classificação tipológica, que estruturou no cenário de referência do ordenamento, permitindo tratar de forma o mais homogénea possível um conjunto de praias de características e problemas tão heterogéneas. Esta matriz permitiu estimar qual o estacionamento necessário, considerado com um coeficiente de ponderação, consoante o tipo de praia e contexto de inserção. A matriz permitiu ainda, estimar qual o número de apoios necessário, de forma a responder à carga de utentes com um nível de infra-estruturação adequado. Esta matriz foi vista como um cenário de referência, tendo sido afinadas as propostas nos casos em que o cenário de referência se terá mostrado incorrecto. Seguiu-se-lhe então uma matriz de propostas concretas, reflectindo a análise tida em conta. Nos Planos de Praia foi considerado o risco de erosão marinha como factor de ordenamento, especialmente a curto e médio prazo - nos casos de risco iminente, tendo sido propostas relocalizações, ao passo que nos locais de menor risco, deverá ser mantida uma observação periódica para identificar eventuais futuras situações de risco iminente. A evolução das formas costeiras, e logo o grau de risco quando estejam em causa pessoas e bens, deverá ser alvo de uma monitorização generalizada. Ao nível da Proposta dos Planos de Praia foram tidos em conta o estacionamento, o zonamento e os usos, e os apoios e os equipamentos. Foram definidas faixas de risco e de protecção com o objectivo de fornecer instrumentos de trabalho para a gestão da orla costeira, tendo em atenção as especificidades e os riscos associados à evolução das arribas, foram propostas faixas de risco adjacentes ao sopé das arribas e à crista das arribas, faixas de protecção adicional e identificadas áreas com elevado risco de instabilidade de vertentes. A sua representação gráfica está presente na Planta de Síntese para os trechos de costa não abrangidos pelos Planos de Praia, à escala 1/ Nos restantes trechos, as faixas de salvaguarda estão identificadas nos Planos de Praia à escala 1/2000. O Programa de Execução, que contém as disposições indicativas sobre o escalonamento temporal (10 anos período de vigência do plano) das principais intervenções propostas pelo POOC, de acordo com as suas prioridades, foi estruturado em 3 grandes grupos de intervenções: 103 BIODESIGN, Lda FOT01RL0.docx

34 Intervenções em praias, que materializam as propostas nos Planos de Praia, ou pequenas intervenções em praias não abrangidas por Planos de Praia; UOPG; Outras intervenções, nomeadamente, demolições, alimentações artificiais de praias, estabilização de arribas. O Plano de Financiamento, constitui uma tradução quantitativa do Programa de Execução, contendo as estimativas de custos das intervenções propostas pelo POOC por local, tipo de intervenção e distribuição temporal (10 anos). Para além das verbas destinadas às intervenções propostas, foi considerado o custo de uma equipa pluridisciplinar de gestão (acompanhamento e assessoria técnica) do POOC, bem como uma verba de 5% para imprevistos. A distribuição temporal prevista da verba processou-se nos seguintes intervalos: ano 1, ano 2, ano 3, ano 4, ano 5, ano 6 a 10, de acordo com a sua prioridade. Não foram identificadas os intervenientes/parceiros responsáveis pela concretização do POOC e as fontes de financiamento. A cartografia elaborada no âmbito do Plano foi produzida em formato digital (software CAD). BIODESIGN, Lda FOT01RL0.docx 104

35 2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH TEJO Esquema metodológico de síntese do POOC Sintra-Sado DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO Decreto-Lei n.º 309/ 1993, de 2 de Setembro Caracterização Biofísica Infra-estruturas ligadas à Pesca e à Aquacultura Dinâmica Costeira Caracterização sócio - económica Faixa compreendida entre a batimétrica dos 30 até uma distância máxima de 500m, para além dos 50 m contados a partir da linha que limita a margem das águas do mar (Domínio Público Marítimo - DPM) Carta de Valor de Sensibilidade de Paisagem inclusão Lagoa de Albufeira ESTUDOS Rede Viária e Acessibilidades Estruturas Urbanas - compatibilidade DEFINIÇÃO E ESPACIALIZAÇÃO DAS VOCAÇÕES E POTENCIALIDADES (objectivos) Capacidade de Carga das Praias Área Útil de Praia Cruzamento Área de Conforto ocupada por Utente Graus de Potencial de Utilização Balnear Proposta de Classificação das Praias Medidas Programáticas a considerar na elaboração dos Planos de Praia Normas Construtivas DEFINIÇÃO E ELABORAÇÃO DA PRÉ-PROPOSTA DE INTERVENÇÃO Análise e compatibilização dos diferentes ordenamentos preconizados no PDM PROPOSTAS PARA ACÇÕES E MEDIDAS NAS ÁREAS IDENTIFICADAS COMO CRITICAS DEFINIÇÃO DAS UNIDADES SUJEITAS A PLANOS ESPECIFICOS Análise critica dos planos, compromissos e intenções existentes, em articulação com os objectivos de ordenamento dos POOC UOPG Planta de Condicionantes ao nível Estacionamento Equipamentos Acessos Intervenções de minimização Afinação das Estratégias de Ordenamento Faixas de areal de até 50 m entre a linha de média maré e o 1º obstáculo morfológico Propostas de Ordenamento Listagem de Classes e Categorias de Espaço Planta de Ordenamento Planos de Praia DEFINIÇÃO DE PROGRAMAS BASE PARA A ELABORAÇÃO DE PLANOS ESPECIFICOS DEFINIÇÃO E ELABORAÇÃO DE PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO Planta Síntese Planta de Condicionantes estabelecidas DEFINIÇÃO DE FAIXAS DE RISCO E PROTECÇÃO com base Planos de Praia Matriz de Estruturação de Praia tiveram por base Conhecimento do terreno adquirido Levantamento de pormenor das praias Consulta de elementos de outros POOC Informação pré-existente sobre a ocorrência de movimentos de massa na vertente das arribas do POOC O indicador da largura das faixas de risco e protecção com valor igual ou superior à altura da arriba adjacente (adaptado às condições geomorfológicas locais) Critério geral PROGRAMA DE EXECUÇÃO 3ª FASE - PROJECTO POOC E PLANO DE INTERVENÇÕES 2ª FASE - ESTUDO PRÉVIO DE ORDENAMENTO 1ª FASE - ESTUDOS BASE PLANO DE FINANCIAMENTO BIODESIGN, Lda FOT01RL0.docx 105

36 ANÁLISE METODOLÓGICA DA FORMA DE ELABORAÇÃO DO POOC CIDADELA- FORTE DE S. JULIÃO A metodologia de elaboração do POOC Cidadela Forte de S. Julião da Barra, contemplou 3 etapas: 1ª Etapa - Estudos de Base; 2ª Etapa - Estudo Prévio de Ordenamento; 3ª Etapa - Projecto do POOC e Plano de Intervenções. Na 1ª Etapa Estudos de Base, foi feito um estudo de enquadramento ao troço a que corresponde o POOC Cidadela Forte de S. Julião, por forma a dar a conhecer as excepcionais condições naturais que foram ao longo de séculos objecto de um processo de humanização que, no essencial, manteve uma grande qualidade na inserção da implantação humana no meio natural, originando, assim um troço de costa com características únicas que interessa, por conseguinte, tratar. Assim sendo, resultou um Relatório, abrangendo os seguintes aspectos: Aspectos socioeconómicos. Elaboração de Inquérito aos utilizadores das praias que inclui um enquadramento demográfico e uma caracterização sócio - económica sumários, para além de um levantamento das actividades económicas instaladas e uma avaliação das perspectivas de desenvolvimento turístico da Costa do Estoril. Realização de um inquérito com o objectivo de avaliar a percepção e as expectativas que os utilizadores têm em relação às praias, seus equipamentos e infra-estruturas; Dinâmica do litoral e engenharia costeira, que inclui um estudo sobre as formações geológicas que constituem o substrato da orla costeira, para o lado da terra, e a geomorfologia dos fundos, para o lado do mar. Foi feita ainda uma investigação da dinâmica litoral e do potencial de alimentação das praias e identificação das situações de risco de erosão; Sistema de modelos matemáticos para o estudo da dinâmica costeira; Caracterização paisagística e ambiental, que passou pela determinação de unidades de paisagem, elaboração de valoração cénica da paisagem e do valor real e potencial dos equipamentos, que permitiu a elaboração de uma síntese de valor e sensibilidade da paisagem, com o objectivo de determinar as faixas de costa a submeter a acções de protecção, conservação, reconversão e valorização. Na parte marítima, foi ainda feita uma primeira abordagem ecológica, nomeadamente à flora marinha e aos recursos marinhos; Estrutura urbana e caracterização da utilização das praias, onde foi realizado o enquadramento histórico, a identificação e caracterização do património construído e arqueológico, a estrutura urbana e sua evolução e a morfologia das UOPG. Neste ponto, foram ainda levados a cabo o levantamento urbanístico e a caracterização do edificado e das diversas actividades existentes; 106 BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx

37 Sistema de transportes e acessibilidades, incluindo caracterização, respectivos projectos e intenções nestes domínios; Descrição das infra-estruturas de saneamento básico, no que respeita ao abastecimento de água, drenagem de águas residuais e domesticas e identificação de fontes de poluição; Qualidade da água e das areias, sendo que no que respeita às águas foram tidos em conta factores como a eutrofização e os índices de contaminação detectados através de bio -indicadores e, relativamente às areias foi apresentada uma caracterização dos sedimentos até à batimétrica dos 30 m e da qualidade e granulometria da areia das praias; Domínio Público Marítimo, onde foi feito o enquadramento jurídico e descritos os seus critérios de delimitação, tendo sido cartografados nas peças desenhadas e descritas em fichas próprias todas as situações de prédios ou terrenos delimitados, desafectados ou do domínio privado do Estado, assim como aqueles cuja delimitação não se encontrava concluída. Os critérios de delimitação do Domínio Público Marítimo resumem-se nos pontos que se seguem: o definição da linha máxima de preia-mar de águas vivas equinociais, disposto no artigo 2º do Decreto-Lei n.º 468/71, de 5 de Novembro, como " O leito das águas do mar, bem como das demais águas sujeitas à influência das marés, é limitado pela linha de máxima preia-mar de águas vivas equinociais " (LMPAV) O conhecimento e definição da LMPAV apresentou-se fundamental, uma vez que após a sua determinação ficou a conhecer-se o limite do leito das águas e o limite da margem dessas mesmas águas. Ainda em concordância com os artigos 5º e 8º do mesmo diploma, o leito das águas do mar quer as respectivas margens, pertencem ao domínio público marítimo desde 31 de Dezembro de 1864 em alguns casos, ou desde 22 de Março de 1868 em outros, o que poderia levantar problemas quanto à definição da LMPAV. Para tal, foram levadas a cabo diligências na definição da LMPAV procurando a sua localização reportada a 31 de Dezembro de 1864 ou 22 de Março de 1868, dando especial importância para quem pretendesse ver reconhecida a posse privada de terrenos/prédios incluídos na margem do Domínio Público Marítimo. No entanto, a falta de elementos cartográficos relativos aquelas datas, tornou em muitos casos impossível o estabelecimento desta linha. A LMPAV não sendo fixa, foi analisada a evolução morfológica das praias, através do recurso a cartografia antiga, o que permitiu uma definição mais correcta possível da sua localização. Na definição da LMPAV no âmbito do POOC, foram considerados os padrões resultantes das verificações referidas anteriormente e as condições médias de agitação do mar (variável de acordo com local, período de observação, topografia do terreno, direcção e intensidade dos ventos, etc.). Para a máxima preia-mar de águas vivas BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx 107

38 equinociais foi considerada a batimétrica à cota + 6,00 m (ZH) (conforme peça desenhada à escala l /5 000). o definição da margem do Domínio Público Marítimo, após o estabelecimento da LMPAV, tendo sido marcada, com o rigor possível face à escala utilizada, a margem do domínio público marítimo de acordo com o estabelecido no artigo 3 do Decreto-Lei n.º 468/71, de 5 de Novembro. Nesta definição da margem foi tida em conta o facto de nas parcelas de terreno/prédios já reconhecidos como privados pela Comissão do Domínio Público Marítimo, os que fossem corroídos lenta e sucessivamente pelas águas, passavam conforme o disposto no nº. 1 do artigo 7º do Decreto-Lei n.º 468/71, de 5 de Novembro a constituir parcelas do Domínio Público Marítimo. o o o delimitação do Domínio Público Marítimo com terrenos particulares, quer sejam delimitações concluídas ou delimitações por concluir. No caso das delimitações concluídas, foram marcados na margem do troço de costa do POOC, os processos de delimitação do Domínio Público Marítimo com parcelas de terreno/prédios reconhecidos privados, que já se encontrassem delimitados e publicados. Uma vez que a escala em que essas parcelas/prédios foram representados era reduzida, não foi possível definir com o rigor desejável os limites de alguns desses prédios. Como forma de colmatar essa lacuna, foram apresentadas fichas individuais com a respectiva publicação em Diário da República, onde constam as coordenadas da poligonal de delimitação, através das quais e com uma base cartográfica a uma escala maior, poderia ser definidos com maior rigor esses limites. No caso das delimitações por concluir, procederam à implantação, na margem do DPM, das parcelas de terreno/prédios sobre os quais existem pedidos de delimitação do Domínio Público Marítimo que ainda estão, quer na fase de instrução documenta quer na fase de análise e verificação por parte da Comissão do Domínio Público Marítimo. Em ambos os casos não existiu uma definição correcta e definitiva da poligonal de delimitação. desafectações do Domínio Público Marítimo, das quais só foram localizadas duas parcelas de terreno contíguas, uma com 100 m2 e outra com 400 m2, situadas em S. Pedro do Estoril. Domínio Privado do Estado, só foi possível localizar uma parcela de terreno. Fichas de Praias, que sintetizam a contribuição das diversas temáticas envolvidas na elaboração do POOC, caracterizando cada praia integrada na área de intervenção do plano, designadamente: descrição física, infra-estruturas básicas, infra-estruturas marítimas, concessão da praia, apoios de praia, equipamentos, usos na praia, recolha de lixo, qualidade ambiental da praia, projectos em curso ou a desenvolver e interesse especial. Estas fichas serviram de base para a elaboração dos Planos de Praias, posteriormente desenvolvidos. 108 BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx

39 Na 2ª Etapa - Estudo Prévio de Ordenamento, concretizou-se em versões preliminares das principais peças do plano, nomeadamente a Planta Síntese, a Planta de Condicionantes e as Plantas dos Planos de Praia, bem como algumas indicações programáticas relativas a uma futura regulamentação de cada zona, que foi desenvolvida posteriormente na 3ª Etapa. Esta etapa assenta nos seguintes pressupostos: Enquadramento das Condicionantes Legais, que integra as Servidões Administrativas e Restrições de Utilidade Pública, cuja representação gráfica resulta na Planta de Condicionantes, numa versão preliminar; Análise das aptidões e potencialidades, subjacente à estratégia que foi adoptada para o troço, dando continuidade às conclusões obtidas na 1ªEtapa e o cálculo da capacidade de carga das praias, articulado com as aptidões e os objectivos que o plano indica para cada uma delas; O cálculo da capacidade de carga foi considerado um critério fundamental para a definição do quadro propositório da intervenção nas praias e para a espacialização e dimensionamento das actividades que aí se desenvolvem ou que se poderiam vir a desenvolver. Em conformidade com o Anexo I do Decreto-Lei n.º 309/93, de 2 de Setembro, a grande maioria das praias pertencentes à área do POOC, foram classificadas como urbanas de uso intensivo, tendo sido estimado para este tipo de praias de acordo com a experiência nacional e internacional, um valor médio de 10 m2 de praia por utente, em situações de máxima afluência normal (domingo no verão). Podendo ser garantidas as condições de optimização já referidas, mantendo o conforto individual e a capacidade de recreio e estadia para uma fruição agradável (incluído os critérios de acessibilidades, estacionamento, existência de apoios de praia e equipamentos complementares, etc.) Por praia, foi estabelecida uma faixa de ocupação preferencial de largura igual ou inferior a 30m contados a partir da linha de água, em condições médias de meia-maré. Com base nesse indicador, foi possível estimar se as praias do POOC se encontravam sobre ou sub-utilizadas, com estacionamentos dimensionados e apoios e equipamentos adequados. Tendo em consideração a diversidade de situações de utilização das praias do troço do POOC e a estratégia global de adequação e potenciação de usos face às características das mesmas, definiram-se duas outras situações de capacidade de carga, para condições de uso mais intensivo (8m2/utente) ou extensivo (12m2/utente). Para aferir os indicadores referidos foram efectuadas, contagens em fotografias aéreas a um domingo (Junho de 1994 às 13h25m) com bom tempo. Assim, a capacidade de carga proposta para as praias resultou do quociente entre os indicadores referidos e a área de praia existente ou proposta, nos casos em que é viável proceder a uma alimentação artificial através da recarga de areia. Para as praias da zona em estudo, foram consideradas as seguintes situações de capacidade de carga desejável: o Praias de uso padrão 10m2/utente BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx 109

40 o o Praias de uso intensivo 8m2/utente Praias de menor densidade de uso 12m2/utente Ordenamento da área de intervenção, onde são estabelecidas as classes e as categorias de espaço para o troço do POOC e desenvolvidos os principais objectivos e linhas orientadoras de cada uma delas, com a preocupação em compatibilizá-las com as categorias e classes de espaço definidas pelo PDM. Neste ponto foram elaboradas duas plantas, a Planta Síntese, onde está representado o zonamento da área de intervenção do POOC, e a Planta de Compatibilização com o PDM, onde é feita uma articulação gráfica e imediata entre o zonamento do POOC e o zonamento do PDM. Apresentação das Linhas Gerais de Intervenção, que integra os objectivos genéricos de intervenção e a estratégia de ordenamento definida para este troço do POOC; Identificação das Áreas Criticas e Propostas de Intervenção, trecho a trecho e agrupadas em quatro grandes temas: consolidação de arribas, águas residuais, resíduos sólidos e fauna e flora; Apresentação de uma primeira abordagem aos Planos de Praia, onde foi feita uma inventariação das intervenções estruturantes, das intervenções paisagísticas, do Passeio Marítimo, aos edifícios, acessos e estacionamentos; Desenvolvimento dos modelos matemáticos para o estudo da dinâmica costeira. Na 3ª Etapa - Projecto do POOC e Plano de Intervenções, foram consolidados os elementos elaborados na 2ªEtapa, tendo sido definidas na Planta Síntese as Unidades Operativa de Planeamento e Gestão (UOPG), áreas que posteriormente poderiam ser sujeitas a Planos de Pormenor ou a Projectos de Execução. Nesta Etapa, estabeleceram-se ainda: Propostas de Intervenção, nas quais foram definidas propostas sectoriais de intervenção, no que se refere às intervenções nas praias, intervenções costeiras, à valorização e preservação da paisagem e estrutura verde, aos valores culturais e aos acessos e estacionamento; Planos de Praia os quais foram desenvolvidos com base nas capacidades de carga, nas expectativas, nas potencialidades e nas carências detectadas para cada praia. Estes planos foram elaborados à escala de Plano de Pormenor (1/2000), com um elevado grau de exequibilidade, assumindo-se como cadernos de encargos para as diversas intervenções. Os conteúdos dos Planos de Praia contemplam: a Caracterização das Praias, as Propostas de Intervenção, o Programa de Execução, o Plano de Financiamento, as Fichas de Apoios/Equipamentos, e as Plantas dos Planos de Praia; 110 BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx

41 Programa de Execução, que contém disposições indicativas sobre o escalonamento temporal das diversas intervenções, em particular as acções de defesa costeira e intervenções nas praias. Sendo o prazo de vigência do POOC de 10 anos e tendo sido considerado um período muito curto face ao elevado montante financeiro que implicava a sua realização, reflectiu-se num escalonamento temporal do Programa de Execução, organizado em 4 fases: curto prazo (2/3anos), médio prazo (4/6 anos), longo prazo (7/10 anos) e mais de 10 anos, para cada uma das intervenções propostas; O Plano de Financiamento contém a estimativa de custo das realizações previstas e deve funcionar como uma orientação geral das actividades a realizar no futuro. A distribuição foi feita de acordo com as prioridades de intervenção e pelas tendências e pressões de desenvolvimento de ordenamento manifestadas. Neste sentido, foi feita uma estimativa de custos de intervenção com base nos valores registados em 1997, sujeita a uma actualização sistémica relacionando os valores de intervenção com os espaços sobre os quais incide. Foi realizado, um cronograma financeiro, que consolida a estimativa orçamental das realizações previstas por áreas temáticas, em função do escalonamento apresentado no Programa de Execução. Por fim, foram indicadas as entidades que iriam ter a seu cargo a implementação das intervenções. O recurso a candidaturas e programas de financiamento foi referido como forma de minimizar os encargos apresentados nas restantes intervenções. A cartografia elaborada no âmbito do Plano foi produzida em formato digital (software CAD). BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx 111

42 2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH TEJO Esquema metodológico síntese do POOC Cidadela - Forte de S.Julião IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO Aspectos sócio-económicos Inquérito aos utilizadores das Praias 1ª ETAPA - ESTUDOS BASE ESTUDO DE ENQUADRAMENTO AO TROÇO DO POOC FICHAS DAS PRAIAS Dinâmica do litoral e engenharia costeira Sistema de modelos matemáticos para o estudo da dinâmica costeira Caracterização paisagística e ambiental Estrutura urbana e caracterização da utilização das praias Sistema de transportes e acessibilidades Descrição das infra-estruturas de saneamento básico Qualidade da água e das areias Domínio Público Marítimo sintetizam Critérios de delimitação Descrição física Identificação das situações de risco de erosão Síntese de valor e sensibilidade de paisagem ao nível Faixas de costa a submeter a acções de protecção, conservação, reconversão e valorização Definição da linha máxima de preia-mar de águas vivas equinociais Definição da margem do Domínio Público Marítimo Delimitação do Domínio Público Marítimo com terrenos particulares Desafectações do Domínio Público Marítimo Domínio privado do Estado Infra-estruturas básicas Infra-estruturas marítimas Temáticas Concessão de praia Apoios de praia Equipamentos Usos na praia Qualidade ambiental Projectos em curso ou a desenvolver de interesse especial ENQUADRAMENTO DAS CONDICIONANTES LEGAIS Planta de condicionantes preliminar 2ª ETAPA - ESTUDO PRÉVIO DE ORDENAMENTO ANÁLISE DE APTIDÕES E POTENCIALIDADES Cálculo da capacidade de carga Faixa de ocupação preferencial Estimativa de subutilização LINHAS GERAIS DE INTERVENÇÃO Objectivos genéricos e estratégia de ordenamento ORDENAMENTO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO Classes e categorias de espaço Planta síntese preliminar Categorias e classes de espaço dos PDM Objectivos e linhas orientadoras IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS CRÍTICAS E PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO Consolidação das arribas Fauna e flora 1ª ABORDAGEM AOS PLANOS DE PRAIA Intervenções estruturantes Temas Águas residuais Resíduos sólidos largura a 30 m contados a partir da linha de água Planta de compatibilização com os PDM Intervenções Intervenções paisagísticas Passeio marítimo Edifícios Acessos Estacionamento 3ª ETAPA - PROJECTO POOC DEFINIÇÃO DAS UOPG PROGRAMA DE EXECUÇÃO PLANO DE FINANCIAMENTO Propostas de Intervenção Planos de Praia Planta Síntese (Final) Planta de Condicionantes (Final) BIODESIGN, Lda FOT01RL0.docx 112

43 SÍNTESE DA COMPARAÇÃO METODOLÓGICA DA FORMA DE ELABORAÇÃO DOS POOC Esquema metodológico síntese do POOC Ovar Marinha Grande Esquema metodológico síntese do POOC Alcobaça - Mafra Esquema metodológico síntese do POOC Sintra - Sado Esquema metodológico síntese do POOC Cidadela - Forte de S.Julião DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO Planos de Praia DEFINIÇÃO E ELABORAÇÃO DE PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO Planta Síntese estabelecidas DEFINIÇÃO DE FAIXAS DE RISCO E PROTECÇÃO com base Planta de Condicionantes tiveram por base Planos de Praia Conhecimento do terreno adquirido Levantamento de pormenor das praias Consulta de elementos de outros POOC Matriz de Estruturação de Praia Informação pré-existente sobre a ocorrência de movimentos de massa na vertente das arribas do POOC O indicador da largura das faixas de risco e protecção com valor igual ou superior à altura da arriba adjacente (adaptado às condições geomorfológicas locais) Critério geral PROGRAMA DE EXECUÇÃO 3ª FASE - PROJECTO POOC E 3ª FASE PLANO PROJECTO DE INTERVENÇÕES POOC E PLANO DE INTERVENÇÕES 1ª FASE FASE - ESTUDOS ESTUDOS DE BASE DE BASE CONJUNTO DE TRABALHOS E ESTUDOS Levantamento Realização 1ª Parte - Enquadramento e Caracterização da área de Intervenção 2ª Parte - Enquadramento e Caracterização da área de Intervenção - Praias 3ª Parte - Avaliação/ diagnóstico da estrutura e uso da área de intervenção Domínio Público 2 Faixas Zona marítima de protecção Limite máximo - a batimétrica dos 30 m Zona terrestre de protecção Áreas de Jurisdição Portuária (4 portos) Largura máxima m Enquadramento e caracterização Planta de localização da área de intervenção Caracterização biofísica Caracterização da paisagem Caracterização da dinâmica costeira Identificação das áreas problema Caracterização dos usos e ocupação da área de intervenção Planta de condicionantes Caracterização Sócio-económica Caracterização das Praias (individual) Ficha de identificação e caracterização da praia Ficha de caracterização de equipamentos e apoios de praia Áreas de estudo - Unidades de Gestão e Unidades de Paisagem Uso do solo vs áreas condicionadas e/ou de protecção dos solos Terra Planta de rede urbana e fichas de caracterização de cada núcleo urbano Planta de redes de transportes terrestres e fichas de caracterização de situações especificas Equipamentos, apoios, acessos, infra-estruturas, estacionamento, situações criticas de poluição e presença de arribas costeiras em avançado estado de erosão Voo Percepção da utilização das Praias (afluência, localização preferencial dos utentes, acessos mais utilizados) Planta síntese de unidades de gestão Fichas de relacionamento Fichas de áreas de ocupação urbanística Fichas de áreas acessos de ocupação urbanística Fichas síntese de avaliação da estrutura de usos e ocupação 2ª FASE ESTUDO PRÉVIO 2ª FASE - ESTUDO DE PRÉVIO ORDENAMENTO ESTUDOS IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO Aspectos sócio-económicos Inquérito aos utilizadores das Praias Ex clusão Lagoa de Óbidos DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO Caracterização Biofísica Infra-estruturas ligadas à Pesca e à Aquacultura Dinâmica Costeira Caracterização sócio - económica Decreto-Lei n.º 309/ 1993, de 2 de Setembro Faixa compreendida entre a batimétrica dos 30 até uma distância máxima de 500m, para além dos 50 m contados a partir da linha que limita a margem das águas do mar (Domínio Público Marítimo - DPM) 1ª Parte - Proposta de ordenamento territorial Identificação e caracterização de situações criticas e de valor excepcional (por troços) Situadas para o interior da faixa de risco adjacente ao bordo do sopé das arribas Faixas de protecção adicionais Avaliação dos potenciais da orla costeira Demarcação das zonas criticas Faixa de risco adjacente ao sopé das arribas Faixa de risco da crista das arribas Área de risco especial Inventário sistemático dos movimentos ocorridos num dado troço das arribas Extensão Faixa de Risco Determinação da área horizontal da arriba ao nível do bordo superior de cada ocorrência áreas perdidas = taxa de recuo Cumprimento ^ nº de anos do troço do período estudado Situação de risco = largura da faixa Divisão do litoral em 38 troços Ficha de caracterização Situação de conflito entre ordenamento / condicionantes Zonas urbanas de ocupação dispersa Acessibilidade na faixa costeira Ocupação Urbanística Áreas urbanas degradadas Justificação das linhas de intervenção Síntese da estratégia a nível regional Definição de um programa de acções previstas definição Critérios de zonamento local Planta de condicionantes Planta de condicionantes enquadramento Planta síntese preliminar Processos de afectação / desafectação da Reserva Agrícola Nacional e da Reserva Ecológica Planta Nacional síntese preliminar Processos Proposta geral de afectação de intervenções / desafectação em praias da Reserva Classificação Agrícola Nacional de praias e da Reserva Ecológica Nacional Estabelecimento Proposta geral de das intervenções bases de Regulamento em praias Classificação de praias Programa de intervenções Plano de execução e financiamento preliminar 2ª Parte - Proposta de ordenamento dos planos de Análise individual das praias praia Identificação das situações a salvaguardar, a potenciar e a condicionar Identificação da ocupação humana na faixa costeira 8 tipologias Acções comuns 8 tipologias Acções comuns Fichas de caracterização de praia Planos de Praia Situação actual Síntese de intervenções Situação actual Proposta de intervenções, principais acções e classificação de praia Ocupação Urbanística ESTUDOS Rede Viária e Acessibilidades Estruturas Urbanas - compatibilidade Carta de Valor de Sensibilidade de Paisagem inclusão Lagoa de Albufeira Dinâmica do litoral e engenharia costeira Sistema de modelos matemáticos para o estudo da dinâmica costeira Caracterização paisagística e ambiental Estrutura urbana e caracterização da utilização das praias Sistema de transportes e acessibilidades Descrição das infra-estruturas de saneamento básico Qualidade da água e das areias 1ª FASE - ESTUDOS BASE 1ª FASE ESTUDOS DE BASE DEFINIÇÃO E ESPACIALIZAÇÃO DAS VOCAÇÕES E POTENCIALIDADES (objectivos) Capacidade de Carga das Praias Área Útil de Praia Proposta de Classificação das Praias Medidas Programáticas a considerar na elaboração dos Planos de Praia Normas Construtivas Cruzamento Área de Conforto ocupada por Utente DEFINIÇÃO E ELABORAÇÃO DA PRÉ-PROPOSTA DE INTERVENÇÃO Análise e compatibilização dos diferentes ordenamentos preconizados no PDM PROPOSTAS PARA ACÇÕES E MEDIDAS NAS ÁREAS IDENTIFICADAS COMO CRITICAS DEFINIÇÃO DAS UNIDADES SUJEITAS A PLANOS ESPECIFICOS DEFINIÇÃO DE PROGRAMAS BASE PARA A ELABORAÇÃO DE PLANOS ESPECIFICOS Análise critica dos planos, compromissos e intenções existentes, em articulação com os objectivos de ordenamento dos POOC UOPG Planos de Praia Planta de Condicionantes ao nível Estacionamento Equipamentos Acessos Intervenções de minimização Afinação das Estratégias de Ordenamento Graus de Potencial de Utilização Balnear Faixas de areal de até 50 m entre a linha de média maré e o 1º obstáculo morfológico Propostas de Ordenamento 2ª FASE - ESTUDO PRÉVIO DE ORDENAMENTO 2ª FASE ESTUDO PRÉVIO DE ORDENAMENTO 1ª ETAPA - ESTUDOS BASE 1ª FASE ESTUDOS DE BASE ESTUDO DE ENQUADRAMENTO AO TROÇO DO POOC Domínio Público Marítimo Identificação das situações de risco de erosão Síntese de valor e sensibilidade de paisagem ao nível Faixas de costa a submeter a acções de protecção, conservação, reconversão e valorização Definição da linha máxima de preia-mar de águas vivas equinociais Definição da margem do Domínio Público Marítimo Delimitação do Domínio Público Marítimo com terrenos particulares Desafectações do Domínio Público Marítimo Listagem de Classes e Categorias de Espaço Planta de Ordenamento ENQUADRAMENTO DAS CONDICIONANTES LEGAIS 2ª ETAPA - ESTUDO PRÉVIO DE ORDENAMENTO 2ª FASE ESTUDO PRÉVIO DE ORDENAMENTO Critérios de delimitação Intervenções Temas Temáticas ESTUDOS DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO Usos e funções do território Dinâmica costeira e obras de defesa População - Redes urbanas Actividades económicas Caracterização das praias e dos aglomerados litorais Diagnóstico Com base Decreto-Lei n.º 309/ 1993, de 2 de Setembro Decreto-Lei n.º 379/ 1989, de 27 de Outubro Zona marítima de protecção Limite inferior - a batimétrica dos 30 m Zona terrestre de protecção 500 m a partir da linha que limita a margem das águas do mar Delimitação da área adjacente Zona dunar entre o Furadouro e a Praia da Mira - Clima - Geomorfologia - Recursos Minerais - Recursos Hídricos - Uso do solo - Biota Terrestre - Flora e fauna marinha - Unidades de Paisagem Levantamento e sistematização das estruturas de defesa costeira FICHAS DAS PRAIAS sintetizam Descrição física Infra-estruturas básicas Infra-estruturas marítimas Concessão de praia Estrutura urbana e caracterização Apoios da utilização de praia das praias Equipamentos Usos na praia Qualidade ambiental Domínio privado do Estado 1ª FASE - ESTUDOS DE BASE Caracterização da população Caracterização e análise das infra-estruturas de transporte e acessibilidades Caracterização dos usos dominantes da faixa costeira Caracterização do uso balnear Caracterização das praias Caracterização dos usos dominantes da faixa costeira Caracterização do uso balnear Caracterização das praias Fichas de caracterização Levantamento de campo Características, potencialidades e os problemas Identificação das compatibilidades e incompatibilidades de usos e funções do território e das diferentes estratégias existentes Terra Projectos em curso ou a desenvolver de interesse especial definição Fichas síntese de avaliação da estrutura de usos e ocupação MODELO DE ORDENAMENTO E DESENVOLVIMENTO com base fundamentação Medições, indicações e disposições adoptadas no Plano, definindo os princípios de ordenamento e a estratégia de desenvolvimento proposta para a orla costeira Diagnóstico Evolução da costa Caracterização dos usos dominantes da faixa costeira Caracterização do uso balnear Caracterização das praias Objectivos gerais do POOC Características especificas do território Planta Síntese associados Objectivos específicos Programas temáticos Classes de Espaços Correspondem às classes de espaço delimitadas nos respectivos PDM e PMOT Planta Condicionantes IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS CRÍTICAS E PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO 1ª ABORDAGEM AOS PLANOS DE PRAIA Planta de condicionantes preliminar ANÁLISE DE APTIDÕES E POTENCIALIDADES Cálculo da capacidade de carga Faixa de ocupação preferencial LINHAS GERAIS DE INTERVENÇÃO Objectivos genéricos e estratégia de ordenamento ORDENAMENTO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO Classes e categorias de espaço Objectivos e linhas orientadoras Intervenções estruturantes Intervenções paisagísticas Passeio marítimo Edifícios Acessos Estacionamento Estimativa de subutilização Planta síntese preliminar largura a 30 m contados a partir da linha de água Categorias e classes de espaço dos PDM Planta de compatibilização com os PDM 2ª FASE ESTUDO PRÉVIO DE ORDENAMENTO EDESENVOLVIMENTO 2ª FASE - ESTUDO PRÉVIO DE ORDENAMENTO E DESENVOLVIMENTO PRÉ - REGULAMENTO Caracterização das praias e dos aglomerados litorais Diagnóstico Praias Marítimas Definição da capacidade de carga Dimensionamento dos estacionamentos Área Útil de Praia Ocupação média Definição das funções e serviços associados às praias e características das instalações PROGRAMA BASE DAS PRAIAS Conjunto de projectos e acções a desenvolver para as praias ou conjunto de praias consideradas estratégicas Consolidação das arribas Águas residuais Resíduos sólidos Fauna e flora Faixa de ocupação preferencial Objectivos e linhas orientadoras Planos de Praia Passeio marítimo Proposta Ficha de identificação intervenções, e caracterização principais acções de equipamentos e classificação de praia Conjunto de projectos e acções a desenvolver para as praias ou conjunto de praias consideradas estratégicas Ficha de identificação e caracterização de equipamentos RELATÓRIO SÍNTESE Planta Síntese Classes de espaço PLANO DE INTERVENÇÕES 15 objectivos específicos PLANO DE EXECUÇÃO /PLANO DE FINANCIAMENTO PLANOS DE PRAIA Fichas associadas aos elementos cartográficos UOPG Planta de Condicionantes Com a inclusão de situações de sobreposição entre servidões e classes de usos do solo identificadas 46 Programas PLANO DE FINANCIAMENTO BIODESIGN, Lda FOT01RL0.docx 113 = = 3ª FASE PROJECTO POOC E PLANO 3ª FASE DE - PROJECTO INTERVENÇÕES DO POOC E PLANO DE INTERVENÇÕES Identificação da Praia Classificação tipológica da Praia Acessos Apoios e equipamentos de Praia 220 projectos Ficha de projecto (individual) Outras intervenções e projectos complementares Ficha dos Estudos Base relacionada com a praia em questão Programa Objectivo Caracterização PLANOS DE PRAIA PROGRAMA GERAL DE EXECUÇÃO PLANO DE FINANCIAMENTO Propostas e intervenções no areal Classificação das praias Envolvimento das entidades dimensionamento Capacidade de utilização das praias Estacionamento Equipamentos Ár ea D en si d ad e Área útil Densidade equipada máxima calculada + do areal média de de utentes do areal utentes no areal DEFINIÇÃO DAS UOPG PROGRAMA DE EXECUÇÃO PLANO DE FINANCIAMENTO Propostas de Intervenção Planos de Praia Planta Síntese (Final) Planta de Condicionantes (Final) 3ª FASE 3ª FASE - PROJECTO PROJECTO POOC 3ª FASE 3ª ETAPA PROJECTO - POOC POOC 1ª FASE ESTUDOS DE BASE

44 A comparação metodológica da forma de elaboração dos POOC resultou na matriz seguidamente apresentada, onde foram evidenciadas as principais diferenças quer nos conteúdos, quer nas fases de elaboração em que ocorrem, resultantes das opções metodológicas adoptadas pelas respectivas equipas, que os elaboraram. POOC OVAR-MARINHA GRANDE (RCM n.º142/2000, de 20 de Outubro) A delimitação da área de intervenção contempla a zona marítima de protecção, a zona terrestre de protecção e a delimitação de uma área adjacente (zona dunar entre o Furadouro e a Praia da Mira) Estudo detalhado nos diversos sectores dos quais se salientam: a caracterização das praias e dos aglomerados litorais, que resultaram em fichas de caracterização (das praias, do uso balnear e dos usos dominantes da faixa costeira); o diagnóstico, onde foram identificados as características, potencialidades e problemas, bem como as compatibilidades e incompatibilidades de usos e funções do território e das diferentes estratégias POOC ALCOBAÇA-MAFRA (RCM n.º11/2002, de 17 de Janeiro) A delimitação da área de intervenção contempla a zona marítima de protecção, a zona terrestre de protecção e evidencia as áreas de jurisdição portuária, excluindo a Lagoa de Óbidos os Trabalhos e Estudos dividem-se em 3 partes, e apresentam uma caracterização de enquadramento do território, das praias e uma avaliação da estrutura e do uso da área. De entre os trabalhos destacam-se: na 2ª parte - a caracterização das praias, que resultou em fichas de identificação e caracterização e em fichas de caracterização de equipamentos e apoios de praia; na 3ªparte a delimitação de unidades de gestão e de unidades de paisagem e a elaboração de um conjunto de fichas onde foi feita a relação entre o uso do solo e as áreas condicionadas ou de protecção dos solos POOC DA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO, I.P. POOC SINTRA-SADO (RCM n.º86/2003, de 25 de Junho) A delimitação da área de intervenção contempla uma faixa compreendida entre a batimétrica dos -30 até uma distância máxima de 500m para além dos 50m contados a partir da linha que delimita a margem das águas do mar, incluindo a Lagoa de Albufeira foram desenvolvidos Estudos nos vários sectores, dos quais se destaca a compatibilidade com as Estruturas Urbanas POOC CIDADELA-S.JULIÃO (RCM n.º123/1998, de 19 de Outubro) Não evidencia metodologia de delimitação da área de intervenção Realização de vários Estudos, de onde se salientam: os aspectos sócio-económicos (realização de inquéritos aos utilizadores das praias) a dinâmica do litoral e engenharia costeira, que resultou na identificação das situações de risco a estrutura urbana e de caracterização das praias referência aos critérios de demarcação do Domínio Público Marítimo elaboração de Fichas das Praias, onde foram identificadas e caracterizadas individualmente não foram demarcadas as faixas de risco, mas a temática risco foi tida em atenção na elaboração do plano FASES DE ELABORAÇÃO DO POOC 2ª FASE ESTUDO PRÉVIO DE ORDENAMENTO 1ª FASE ESTUDOS DE BASE Destaca-se nesta fase: Definição de um Modelo de Ordenamento, que contempla o diagnóstico, a evolução da costa, os objectivos e as classes de espaço compatibilizados com os PMOT, e as Praias Marítimas para as Praias Marítimas, foi efectuada a definição da capacidade de carga, o dimensionamento dos estacionamentos, a definição de funções e serviços associadas às praias e características das instalações. A capacidade de carga resulta da seguinte fórmula: área útil de praia ocupação média Não foram delimitadas as Faixas de Risco e de Protecção Elaboração do Relatório Síntese, do Plano de Intervenções (que contempla numa ficha individual para cada projecto, um programa de acordo com um objectivo especifico) Nesta fase o estudo desenvolveu-se em duas partes: na 1ª parte é de salientar, a identificação e caracterização de situações criticas e de valor excepcional, que resulta na definição das faixas de risco e das faixas de protecção adicionais e em fichas de caracterização para cada faixa, para além de um Programa de Intervenções, e de um Programa de execução e de financiamento preliminares na 2ª parte é de salientar, a análise individual das praias e a identificação da ocupação humana na faixa costeira, o que se veio a reflectir na ocupação urbanística, materializada em fichas de caracterização de praia, em Planos de Praia e em Fichas de Identificação e Caracterização de Praias, definindo para cada situação uma tipologia e acções comuns Elaboração dos Planos de Praia, onde foram definidas as Propostas de Intervenção no areal, a classificação das praias e o envolvimento das entidades as propostas de intervenção no areal, contemplam o dimensionamento da capacidade de utilização das praias, dos estacionamentos e dos equipamentos a capacidade de utilização das praias, teve em consideração o seguinte cálculo: Ár ea D en si d ad e Área útil Densidade equipada máxima calculada do areal média de + de utentes do areal utentes no areal Nesta fase salientam-se os seguintes estudos: a definição e espacialização das vocações e potencialidades que contempla, designadamente, a capacidade de carga das praias, a proposta de classificação balnear, as medidas programáticas a considerar na elaboração dos Planos de Praia e as normas construtivas. A capacidade de carga das praias, resulta do cruzamento da área útil da praia com a área de conforto ocupada por utente a elaboração da Pré-Proposta de Intervenção, tendo em consideração a compatibilização com os PMOT e com os compromissos existentes, para a faixa costeira do território a definição das unidades sujeitas a planos específicos (UOPG e Planos de Praia) e o estabelecimento de Programas Base para a sua elaboração Definição de Faixas de Risco e de Protecção Nesta fase são de salientar: a análise de aptidões e de potencialidades, que contemplou o cálculo da capacidade de carga, como resultado do estabelecimento de uma faixa de ocupação preferencial a partir da qual foi efectuada uma estimativa de subutilização (de equipamentos a 1ª abordagem aos Planos de Praia, que passou pelo estabelecimento de intervenções prioritárias Com a definição das UOPG, resultou o estabelecimento as Propostas de Intervenção e os Planos de Praia 3ª FASE PROJECTO POOC Matriz 3: Matriz de comparação metodológica entre POOC BIODESIGN, Lda FOT01RL0.docx 114

45 2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH TEJO Da análise da matriz de comparação metodológica, onde se evidenciaram as principais diferenças nos conteúdos e nas fases em que foram produzidos, no que respeita à forma de delimitação da área de intervenção nos vários POOC, esta segue o estabelecido na legislação aplicável à sua demarcação, variando contudo em função das características do território em que se insere. No caso do POOC Ovar-Marinha Grande, com o estabelecimento de uma área adjacente, decorrente da existência da zona dunar entre o Furadouro e a Praia de Mira e no POOC Alcobaça-Mafra, pela presença de 4 áreas de jurisdição portuária. De salientar ainda que o POOC Alcobaça-Mafra não inclui na sua área de intervenção a Lagoa de Óbidos, enquanto que abordagem diferente foi adoptada no POOC Sintra-Sado incluindo a Lagoa de Albufeira. No que respeita à abordagem efectuada ao Domínio Público Marítimo, são apresentados em todos os POOC critérios globalmente uniformes para a sua demarcação, sendo de evidenciar no POOC Cidadela-Forte de S.Julião um maior detalhe. Em termos cartográficos o POOC Alcobaça-Mafra não apresenta a demarcação do Domínio Público Marítimo. Quanto à temática risco, esta é tida em consideração nos vários POOC, excepção feita ao POOC Ovar Marinha Grande. No POOC Cidadela-S.Julião não foram demarcadas faixas de risco e de protecção, mas a temática risco foi tida em atenção ao longo da elaboração do Plano, nomeadamente na Identificação das Áreas Criticas e das Propostas de Intervenção. Nos POOC Alcobaça-Mafra e Sintra-Sado, foram delimitadas faixas de risco e de protecção, ainda que com critérios de delimitação distintos. O cálculo da capacidade de carga (ou capacidade de utilização das praias no caso do POOC Alcobaça-Mafra) é efectuado no âmbito dos vários Planos, sendo contudo diferente a fórmula de cálculo utilizada, conforme se apresenta seguidamente. BIODESIGN, Lda FOT01RL1.doc 115

46 METODOLOGIA DE CÀLCULO DA CAPACIDADE DE CARGA DAS PRAIAS POOC Ovar-Marinha Grande POOC Alcobaça-Mafra POOC Sintra-Sado POOC Cidadela-Forte de S.Julião A capacidade teórica de carga de uma praia é definida de acordo com a expressão: carga da praia Cp = Au / Ocm, em que: Cp capacidade de Au Área útil da praia Ocm Ocupação média O primeiro conceito que importa reter aquando da definição de capacidade de carga é o conceito de Área Potencial de Uso Balnear (passivo). Esta é definida como o areal acima da linha máxima de preia-mar de águas vivas equinociais, definido em função do espraiamento das vagas em condições médias de agitação do mar nos 4 meses de Verão, com uma largura máxima de 40m. A ocupação média de uma praia varia de acordo a sua classificação tipológica, uma vez que esta reflecte as condições ambientais, de conforto e segurança e das infraestruturas existentes. Assim, por forma a avaliar os critérios utilizados na definição da ocupação média da praia, foram analisados os POOC Caminha Espinho e Burgau Vilamoura. A escolha destes dois Planos deveu-se ao facto de um deles ser adjacente à área de intervenção (Caminha Espinho) e, o segundo porque representa uma zona onde o potencial de praia é um factor determinante para o desenvolvimento local. Da análise realizada concluiu-se que capacidade de carga das praias deverá ser definida através da aplicação de densidades de ocupação média por tipologia. A Capacidade de Utilização da Praia, a que corresponde o número de utentes admitido em simultâneo para o areal, calculada de acordo com as seguintes variáveis: A - Área de Areal; AU - Área Útil de Areal, que corresponde à Área de Areal (excluindo as áreas de risco ao sopé e é contabilizada acima da linha do limite de espraiamento); AE - Área Equipada, correspondente à Área de Areal da frente de praia vigiada e equipada actualmente ou proposta incluindo a área sujeita ao espraiamento das ondas; AUA - Área Útil de Areal, AU adjacente a AE, compreendida num raio de distância até 200 m; DMAX - Densidade máxima calculada de utentes no areal; DMED - Densidade média de utentes no areal definida a partir de DMAX e do valor médio da distribuição normal na área útil adjacente (AUA); T - Tipologia de Classificação de praia, como factor reflexo da afluência gerada pela praia e nível de serviços associados; O Calculo da Capacidade de Utilização (Cu) processa-se em 3 tempos: 1. Considerando que a Área Equipada concentra o maior número de utentes, cerca de 70%, da praia, distribuídos homogeneamente, conforme a tipologia de praia, e que a essa área poderá ou não estar associada uma área adjacente de passível de ser utilizada pelos utentes. 2. Tendo como ponto de partida, o cálculo da densidade máxima admissível do areal, baseada em valores registados nas praias de maior afluência, em torno das áreas equipadas, correspondendo à área de areal adjacente por utente, limitada pela circunferência de 2,5 m diâmetro. DMAX = 1 Utente / 7,5 m2 área equipada A capacidade de carga das praias, foi avaliada no contexto das praias em estudo, e dum modo qualitativo, pela atribuição de um valor de potencial de utilização balnear. Este factor serviu para ponderar um valor de capacidade de carga máxima, calculado com base na área útil de praia e em função duma área mínima por utente. A capacidade de carga teórica proposta no POOC foi calculada através do cruzamento da área útil de praia com a área de conforto ocupada por utente, de acordo com o potencial de utilização balnear das praias, o que resultou num factor gradativo de ponderação para uma situação de carga física máxima. Para efeitos de utilização balnear, foi estabelecida como área útil a que corresponde em média a uma faixa de areal de até 50 metros de profundidade, entre a linha média de maré e o primeiro obstáculo morfológico (seja ele enrocamento, arriba, ou duna). Esta zona do areal corresponde à zona ocupada durante maior parte do dia, o que permitiu uma aferição mais aproximada ao comportamento dos utentes. O cálculo da capacidade de carga foi considerado um critério fundamental para a definição do quadro propositório da intervenção nas praias e para a espacialização e dimensionamento das actividades que aí se desenvolvem ou que se poderiam vir a desenvolver. Em conformidade com o Anexo I do Decreto-Lei n.º 309/93, de 2 de Setembro, a grande maioria das praias pertencentes à área do POOC, foram classificadas como urbanas de uso intensivo, tendo sido estimado para este tipo de praias de acordo com a experiência nacional e internacional, um valor médio de 10 m2 de praia por utente, em situações de máxima afluência normal (domingo no verão). Podendo ser garantidas as condições de optimização já referidas, mantendo o conforto individual e a capacidade de recreio e estadia para uma fruição agradável (incluído os critérios de acessibilidades, estacionamento, existência de apoios de praia e equipamentos complementares, etc.) Por praia, foi estabelecida uma faixa de ocupação preferencial de largura igual ou inferior a 30m contados a partir da linha de água, em condições médias de meia-maré. Com base nesse indicador, foi possível estimar se as praias do POOC se encontravam sobre ou subutilizadas, com estacionamentos dimensionados e apoios e equipamentos adequados. 3. A densidade média corresponde à dispersão de Utentes em tomo da Área Equipada (cerca 30%) e é calculada em função da Densidade Máxima na Área Útil Adjacente, compreendida na distância máxima de 200 m ao (s) ponto(s) de acesso à praia, onde de modo a simplificar o cálculo, se aplica a média da distribuição normal neste troço (0,5): DMED = 0,5 x DMAX A distinção de densidades máxima de ocupação em cada um dos tipos de praia é aproximada à forma de ocupação da praia especifica deste troço, onde associado aos maiores areais a norte, está também associado uma densidade de utentes inferior às praias urbanas dos concelhos a sul (constituindo excepções as praias da Nazaré e S. Martinho), justificando-se a menor dispersão nas praias, por motivos tão variados como as condições climatéricas, a quantidade de serviços e equipamentos balneares e a área do areal disponível para utilização balnear. A Capacidade de Utilização da Praia traduz-se pelo somatório das duas componentes: Tendo em consideração a diversidade de situações de utilização das praias do troço do POOC e a estratégia global de adequação e potenciação de usos face às características das mesmas, definiram-se duas outras situações de capacidade de carga, para condições de uso mais intensivo (8m2/utente) ou extensivo (12m2/utente). Para aferir os indicadores referidos foram efectuadas, contagens em fotografias aéreas a um domingo (Junho de 1994 às 13h25m) com bom tempo. Assim, a capacidade de carga proposta para as praias resultou do quociente entre os indicadores referidos e a área de praia existente ou proposta, nos casos em que é viável proceder a uma alimentação artificial através da recarga de areia. Cu = (AEx DMax) + (AUAx DMed) BIODESIGN, Lda FOT01RL2.docx 116

47 De forma a efectuar uma análise crítica dos cálculos da capacidade de carga, apresenta-se um caso hipotético comparativo de métodos de utilização da capacidade de utilização à seguinte situação: Exemplo esquemático de Praia Tipo II : Praia não urbana de uso intensivo, com dimensões aleatórias para cálculo da capacidade de carga BIODESIGN, Lda FOT01RL2.doc 119

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