Quadro político e legislativo relativo ao ordenamento do território. Planeamento Urbano 2011/12 JOÃO CABRAL FA/UTL
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1 Quadro político e legislativo relativo ao ordenamento do território Planeamento Urbano 2011/12 JOÃO CABRAL FA/UTL
2 LEI CONSTITUCIONAL nº 1/2005 Artigo 9.º Tarefas fundamentais do Estado São tarefas fundamentais do Estado: a) Garantir a independência nacional e criar as condições políticas, económicas, sociais e culturais que a promovam; b) Garantir os direitos e liberdades fundamentais e o respeito pelos princípios do Estado de direito democrático; c) Defender a democracia política, assegurar e incentivar a participação democrática dos cidadãos na resolução dos problemas nacionais; d) Promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre os portugueses, bem como a efectivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais, mediante a transformação e modernização das estruturas económicas e sociais; e) Proteger e valorizar o património cultural do povo português, defender a natureza e o ambiente, preservar os recursos naturais e assegurar um correcto ordenamento do território; f) Assegurar o ensino e a valorização permanente, defender o uso e promover a difusão internacional da língua portuguesa; g) Promover o desenvolvimento harmonioso de todo o território nacional, tendo em conta, designadamente, o carácter ultraperiférico dos arquipélagos dos Açores e da Madeira; h) Promover a igualdade entre homens e mulheres.
3 Competências e atribuições das Autarquias no planeamento urbano e territorial (Lei 159/99) Artigo 29º Ordenamento do território e urbanismo Compete aos órgãos municipais, em matéria de ordenamento do território e urbanismo: a) Elaborar e aprovar os planos municipais de ordenamento do território; b) Delimitar as áreas de desenvolvimento urbano e construção prioritárias com respeito pelos planos nacionais e regionais e pelas políticas sectoriais; c) Delimitar as zonas de defesa e controlo urbano, de áreas críticas de recuperação e reconversão urbanística, dos planos de renovação de áreas degradadas e de recuperação de centros históricos; d) Aprovar operações de loteamento; e) Participar na elaboração e aprovação do respectivo plano regional de ordenamento do território; f) Propor a integração e a exclusão de áreas na Reserva Ecológica Nacional e na Reserva Agrícola Nacional; g) Declarar a utilidade pública, para efeitos de posse administrativa, de terrenos necessários à execução dos planos de urbanização e dos planos de pormenor plenamente eficazes; h) Licenciar, mediante parecer vinculativo da administração central, construções nas áreas dos portos e praias.
4 Representação da estratégia para o ordenamento do território ao nível das diferentes figuras de plano (Lei 48/98) Artigo 8.º Instrumentos de gestão territorial Os instrumentos de gestão territorial, de acordo com as funções diferenciadas que desempenham, integram: a) Instrumentos de desenvolvimento territorial, de natureza estratégica, que traduzem as grandes opções com relevância para a organização do território, estabelecendo directrizes de carácter genérico sobre o modo de uso do mesmo, consubstanciando o quadro de referência a considerar na elaboração de instrumentos de planeamento territorial; b) Instrumentos de planeamento territorial, de natureza regulamentar, que estabelecem o regime de uso do solo, definindo modelos de evolução da ocupação humana e da organização de redes e sistemas urbanos e, na escala adequada, parâmetros de aproveitamento do solo; c) Instrumentos de política sectorial, que programam ou concretizam as políticas de desenvolvimento económico e social com incidência espacial, determinando o respectivo impacte territorial; d) Instrumentos de natureza especial, que estabelecem um meio supletivo de intervenção do Governo apto à prossecução de objectivos de interesse nacional, com repercussão espacial, ou, transitoriamente, de salvaguarda de princípios fundamentais do programa nacional de ordenamento do território.
5 Representação da estratégia para o ordenamento do território ao nível das diferentes figuras de plano (Lei 48/98) Artigo 9.º Caracterização dos instrumentos de gestão territorial 1 - São instrumentos de desenvolvimento territorial: a) O programa nacional da política de ordenamento do território, cujas directrizes e orientações fundamentais traduzem um modelo de organização espacial que terá em conta o sistema urbano, as redes, as infra-estruturas e os equipamentos de interesse nacional, bem como as áreas de interesse nacional em termos agrícolas, ambientais e patrimoniais; b) Os planos regionais de ordenamento do território que, de acordo com as directrizes definidas a nível nacional e tendo em conta a evolução demográfica e as perspectivas de desenvolvimento económico, social e cultural, estabelecem as orientações para o ordenamento do território regional e definem as redes regionais de infra-estruturas e transportes, constituindo o quadro de referência para a elaboração dos planos municipais de ordenamento do território, devendo ser acompanhados de um esquema representando o modelo territorial proposto; c) Os planos intermunicipais de ordenamento do território, que são de elaboração facultativa, visam a articulação estratégica entre áreas territoriais que, pela sua interdependência, necessitam de coordenação integrada.
6 Representação da estratégia para o ordenamento do território ao nível das diferentes figuras de plano (Lei 48/98) Artigo 9.º Caracterização dos instrumentos de gestão territorial 2 - São instrumentos de planeamento territorial os planos municipais de ordenamento do território, que compreendem as seguintes figuras: a) O plano director municipal, que, com base na estratégia de desenvolvimento local, estabelece a estrutura espacial, a classificação básica do solo, bem como parâmetros de ocupação, considerando a implantação dos equipamentos sociais, e desenvolve a qualificação dos solos urbano e rural; b) O plano de urbanização, que desenvolve, em especial, a qualificação do solo urbano; c) O plano de pormenor, que define com detalhe o uso de qualquer área delimitada do território municipal. 3 - São instrumentos de política sectorial os planos com incidência territorial da responsabilidade dos diversos sectores da administração central, nomeadamente nos domínios dos transportes, das comunicações, da energia e recursos geológicos, da educação e da formação, da cultura, da saúde, da habitação, do turismo, da agricultura, do comércio e indústria, das florestas e do ambiente.
7 Representação da estratégia para o ordenamento do território ao nível do plano de pormenor (DL 316/2007- altera DL 380/99) Artigo 91.º Conteúdo material 1 O plano de pormenor deve adoptar o conteúdo material apropriado às condições da área territorial a que respeita e aos objectivos previstos nos termos de referência e na deliberação municipal que determinou a sua elaboração, estabelecendo nomeadamente: a) A definição e caracterização da área de intervenção identificando, quando se justifique, os valores culturais e naturais a proteger; b) As operações de transformação fundiária necessárias e a definição das regras relativas às obras de urbanização; c) O desenho urbano, exprimindo a definição dos espaços públicos, de circulação viária e pedonal, de estacionamento bem como do respectivo tratamento, alinhamentos, implantações, modelação do terreno, distribuição volumétrica, bem como a localização dos equipamentos e zonas verdes;
8 Representação da estratégia para o ordenamento do território ao nível do plano de pormenor (DL 316/2007- altera DL 380/99) Artigo 91.º Conteúdo material (cont.) d) A distribuição de funções e a definição de parâmetros urbanísticos, designadamente índices, densidade de fogos, número de pisos e cérceas; e) Indicadores relativos às cores e materiais a utilizar; f) As operações de demolição, conservação e reabilitação das construções existentes; g) As regras para a ocupação e gestão dos espaços públicos; h) A implantação das redes de infra -estruturas, com delimitação objectiva das áreas a elas afectas; i) Os critérios de inserção urbanística e o dimensionamento dos equipamentos de utilização colectiva e a respectiva localização no caso dos equipamentos públicos; j) A identificação dos sistemas de execução do plano e a programação dos investimentos públicos associados, bem como a sua articulação com os investimentos privados; l) A estruturação das acções de perequação compensatória.
9 Diferentes modalidades de Planos de Pormenor (DL 316/2007- altera DL 380/99) Artigo 91.º -A Modalidades específicas 1 O plano de pormenor pode adoptar modalidades específicas com conteúdo material adaptado a finalidades particulares de intervenção previstas nos termos de referência do plano e na deliberação municipal que determinou a respectiva elaboração. 2 São modalidades específicas de plano de pormenor: a) O plano de intervenção no espaço rural; b) O plano de pormenor de reabilitação urbana; c) O plano de pormenor de salvaguarda.
10 Representação da classificação e qualificação do solo nos PMOT (DL 316/2007- altera DL 380/99; Decreto Regulamentar 11/2009) Qualificação do solo urbano Artigo 20.º Critérios 1 A qualificação do solo urbano respeita as finalidades do processo de urbanização e da edificação e os princípios da multifuncionalidade dos espaços urbanos, da compatibilização e integração de usos, do equilíbrio ecológico e da salvaguarda e valorização dos recursos e valores naturais, ambientais, culturais e paisagísticos. Artigo 21.º Categorias funcionais de solo urbano 1 A qualificação funcional do solo realiza -se através da delimitação das seguintes categorias: a) Espaços centrais; b) Espaços residenciais; c) Espaços de actividades económicas; d) Espaços verdes; e) Espaços de uso especial; f) Espaços urbanos de baixa densidade. Artigo 22.º Categorias operativas de solo urbano 1 Definem -se as seguintes categorias operativas de solo urbano: a) Solo urbanizado aquele que se encontra dotado de infra -estruturas urbanas e é servido por equipamentos de utilização colectiva; b) Solo urbanizável aquele que se destina à expansão urbana e no qual a urbanização é sempre precedida de programação.
11 A inclusão do princípio da programação nos instrumentos de gestão territorial e na sua execução (DL 316/2007- altera DL 380/99) Artigo 118.º Princípio geral 1 O município promove a execução coordenada e programada do planeamento territorial, com a colaboração das entidades públicas e privadas, procedendo à realização das infra-estruturas e dos equipamentos de acordo com o interesse público, os objectivos e as prioridades estabelecidas nos planos municipais de ordenamento do território, recorrendo aos meios previstos na lei. 2 A coordenação e execução programada dos planos municipais de ordenamento do território determinam para os particulares o dever de concretizarem e adequarem as suas pretensões às metas e prioridades neles estabelecidas. 3 A execução dos sistemas gerais de infra-estruturas e equipamentos públicos municipais e intermunicipais determina para os particulares o dever de participar no seu financiamento.
12 A inclusão do princípio da programação nos instrumentos de gestão territorial e na sua execução (DL 316/2007- altera DL 380/99) Artigo 119.º Sistemas de execução 1 Os planos e as operações urbanísticas são executados através dos sistemas de compensação, de cooperação e de imposição administrativa. 2 A execução dos planos através dos sistemas referidos no número anterior desenvolve -se no âmbito de unidades de execução delimitadas pela câmara municipal por iniciativa própria ou a requerimento dos proprietários interessados. Artigo 121.º Programas de acção territorial Artigo 122.º Sistema de compensação Artigo 123.º Sistema de cooperação Artigo 124.º Sistema de imposição administrativa
13 Conceito de PAT Programa de Acção Territorial Natureza contratual PAT põe em relação duas ou mais entidades e envolve um compromisso jurídico formal entre estas, articulando direitos e deveres. O PAT não é um plano. Objecto: O PAT tem por objecto o uso do solo, ainda que possa intervenções com incluir a titulo acessório acções complementares sem impacto territorial expressão territorial. Instrumento de programação da acção A finalidade do PAT é a coordenação de actuações de vários agentes tendo em vista um objectivo territorial comum. Município é parte Em consequência da sua expressão territorial, o Município é obrigatoriamente parte de qualquer PAT.
14 Regulamento PDM Lisboa TÍTULO IV Programação e execução do Plano CAPÍTULO I Programação da execução Artigo 80º Artigo 81º Artigo 82º Artigo 83º Artigo 84º Artigo 85º Artigo 86º Execução Unidades operativas de planeamento e gestão (UOPG) Fundo municipal de urbanização Contratualização Sistema de incentivos a operações urbanísticas com interesse municipal Apoios à reabilitação Política municipal de habitação
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