GEOVANE LAZZAROTTO FRANK

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1 UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS GEOVANE LAZZAROTTO FRANK ANÁLISE DO CUSTO, VOLUME E RESULTADO NA AVICULTURA IJUÍ (RS) 2017

2 GEOVANE LAZZAROTTO FRANK ANÁLISE DO CUSTO, VOLUME E RESULTADO NA AVICULTURA Trabalho de conclusão do curso apresentado no DACEC - Curso de Ciências Contábeis da UNIJUÍ, como requisito para obtenção de titulo de Bacharel em Ciências Contábeis. Orientadora: Prof.ª EUSÉLIA PAVÉGLIO VIEIRA Ijuí (RS), Julho, 2017

3 RESUMO O presente estudo aborda a análise do custo, volume e resultado na avicultura em uma pequena propriedade localizada no município de Nova Prata/RS. O estudo foi desenvolvido com objetivo de estruturar uma planilha combinada que analise a relação do custo, volume e resultado da engorda de frangos, com o propósito de instrumentalizar os gestores com indicadores para o gerenciamento da propriedade. Primeiramente apurou-se todos os custos diretos e indiretos de produção pelos métodos de custeio por absorção e variável, e assim por meio dos indicadores gerados, analisou-se os resultados obtidos em um lote, na engorda de frangos de corte. Com base na pesquisa aplicada e qualitativa, levantou-se os dados por meio da observação e da realização de entrevistas despadronizadas as quais embasara toda a análise e simulação das planilhas. Os resultados do estudo demonstram que a atividade avícola na propriedade em estudo gera resultados positivos e satisfatórios, mas, que o correto manejo no processo de engorda é um dos principais e indispensáveis fatores para se alcançar bons resultados na atividade. Por fim no presente estudo foi realizado a analise do investimento de a ampliação de um dos aviários da propriedade em cinquenta metros aumento assim a capacidade de alojamento da propriedade em 8300 aves; a partir dos indicadores de investimento gerados concluiu-se que o investimento e viável, se recuperando o investimento em 10 anos, sendo altamente atrativo para a propriedade em estudo. Conforme as planilhas de análise dos custos construídas tornando-se ferramentas essenciais no auxílio para um melhor controle e gerenciamento e retorno financeiro na atividade da propriedade. PALAVRAS CHAVE: Custos; Avicultura; Análise; Resultado; Investimento.

4 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Comparativo entre o custeio variável e absorção...23 Quadro 2 - Fluxograma do processo da engorda de frangos...38 Quadro 3 - Alimentação das aves...39 Quadro 4 - Custo com pessoal...40 Quadro 5 - Custos diretos específicos...41 Quadro 6 - Custo com depreciação...43 Quadro 7 - Custos indiretos...44 Quadro 8 - Custo total pelo custeio por absorção...45 Quadro 9 - Custo total pelo custeio variável...45 Quadro 10 - Margem de contribuição unitária e total...46 Quadro 11 - Ponto de equilíbrio contábil...47 Quadro 12 - Margem de segurança operacional...48 Quadro 13 - Demonstração do resultado...48 Quadro 14 - Custo médio por ave após o investimento...50 Quadro 15 - Dados para o fluxo de caixa...50 Quadro 16 - Fluxo de caixa...51 Quadro 17 - Dados base do investimento...52 Quadro 18 - Valor presente líquido...53 Quadro 19 - Métodos de análise de investimento...53

5 ANEXOS Anexo A - Aviários da propriedade...61 Anexo B - Preparação dos aviários para o alojamento das aves...61 Anexo C - Primeiro dia de alojamento das aves...62 Anexo D - Primeira semana de alojamento das aves...62 Anexo E - Segunda semana de alojamento das aves...63 Anexo F - Terceira semana de alojamento das aves...63 Anexo G - Quarta semana de alojamento das aves...64 Anexo H - Quinta semana de alojamento das aves...64 Anexo I - Sexta semana de alojamento das aves prontas para entrega...65 Anexo J - Inicio do carregamento das aves...65 Anexo L - Carregamento do caminhão...66 Anexo M - Caminhão carregado para o frigorifico...66

6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA OBJETIVOS Objetivo geral Objetivos específicos JUSTIFICATIVA REFERENCIAL TEÓRICO CONTABILIDADE CONTABILIDADE DE CUSTOS Classificação dos custos Custos com mão de obra Custos com depreciação Controles de estoques SISTEMA DE PRODUÇÃO Produção por processo contínuo Produção conjunta MÉTODOS DE CUSTEIO Método de custeio por absorção Método de custeio variável ou direto ANALISE DO CUSTO, VOLUME E RESULTADO Margem de contribuição Ponto de equilíbrio Margem de segurança operacional ANÁLISE DE INVESTIMENTO Taxa interna de retorno TIR Taxa mínima de atratividade TMA Valor presente líquido VPL Tempo de retorno do investimento Payback Fluxo de caixa METODOLOGIA DO ESTUDO... 33

7 3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA Do ponto de vista de vista da sua natureza Do ponto de vista de seus objetivos Quanto à forma de abordagem do problema Quanto aos procedimentos técnicos COLETA DE DADOS Instrumento de coleta de dados ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ANÁLISE DOS RESULTADOS PROCESSO DE ENGORDA DE FRANGOS DE CORTE CUSTOS DIRETOS DE PRODUÇÃO Alimentação Custo com pessoal Custos diretos específicos CUSTOS INDIRETOS Custo com depreciação Custos indiretos APURAÇÃO DO CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO Método de custeio por absorção Método de custeio variável ANÁLISE DO CUSTO VOLUME E RESULTADO Margem de contribuição Ponto de equilíbrio Contábil Margem de segurança operacional Demonstração do resultado ANÁLISE DE INVESTIMENTO DA AMPLIAÇÃO DE UM DOS AVIÁRIOS Custo médio por ave após o novo investimento Fluxo de caixa Dados base do investimento CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXOS...61

8 9 1 INTRODUÇÃO O grande crescimento e competição dos mercados torna cada vez mais necessário o controle dos gastos das organizações em geral, com a adoção de técnicas e procedimentos que permitam o adequado gerenciamento destes gastos. Segundo Passarelli e Bomfim (2004), a contabilidade de custos atende essas necessidades gerando informações contábeis de interesse dos usuários internos das organizações, servindo de apoio indispensável às decisões gerenciais das mais diversas naturezas. Neste sentido, a utilização das informações e dados sobre custos na produção avícola pode auxiliar os produtores na tomada de decisões, muitas vezes difíceis por falta de dados consistentes. Assim sendo, pergunta-se: como utilizar estas informações sobre custos da produção avícola como um instrumento de apoio a tomada de decisões e ao controle das suas atividades e de seus resultados? Desta forma, o objetivo deste estudo é estruturar uma planilha combinada que analise a relação do custo, volume e resultado da engorda de frango, com o propósito de instrumentalizar os gestores no gerenciamento da propriedade. Nas granjas brasileiras, a excelência tecnológica em genética, manejo e ambiência garantiram saltos produtivos que colocaram o país como terceiro maior produtor mundial de carne de frango, com mais de 12 milhões de toneladas anuais de carne de frango (ABPA, 2015). De acordo com Jornal BRFRURAL nº 30 (2016), a avicultura é uma atividade de extrema importância para a economia nacional, além de gerar 3,5 milhões de empregos no país ela impulsiona a agroindústria fortalecendo uma infinidade de setores como de máquinas e equipamentos, insumos como milho e soja, logística e transporte entre muitos outros. A tendência é do aumento do consumo da carne de frango e um maior valor agregado nos próximos anos. A produção de carne de frango continuará aumentando no Brasil para atender a sua população com renda familiar crescente e ao aumento na demanda mundial; por outro lado, cada vez mais vem crescendo a exportação com o significativo aumento do consumo da carne de frango na China e na Índia (MAPA, 2017). Neste contexto, este trabalho apresenta no primeiro capítulo o tema, a caracterização do aviário, o problema, os objetivos e a justificativa. No capítulo dois consta o referencial teórico com todos os assuntos necessários para a realização do estudo. No capítulo três a metodologia; a classificação da pesquisa e de que forma foi realizada.

9 10 No capítulo quatro é analisado o estudo de caso ao qual consta a análise de todos os elementos de custos propostos; utilizando os métodos de custeio por absorção e variável, após calculado a margem de contribuição gerada e analisado os respectivos resultados da engorda de frangos de corte; e por fim é feita a análise do investimento do aumento de um dos aviários da propriedade em estudo, culminando com as conclusões do trabalho.

10 ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA A contabilidade de custos contribui na análise do resultado em uma organização no sentido de sistematizar os custos dos processos ou fases de produção com os preços pagos pelo produto. Desta forma Martins (2001, p. 22), afirma que Contabilidade de Custos tem duas funções relevantes: no auxílio ao Controle e na ajuda às tomadas de decisões. A partir do custo, foi analisado o resultado, já que no caso do negócio estudado nesta pesquisa, o preço é dado pelo comprador. A análise do resultado é obtida pela equação do preço pago pelo comprador menos os impostos e os custos, para saber o lucro obtido na venda do lote de frango. Além dessas informações, apurou-se as margens nos diferentes pontos de conversão no tempo de engorda do frango. Assim sendo, o tema deste estudo é realizar uma análise do custo, volume e resultado na atividade avícola. 1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO A propriedade localiza-se na serra gaúcha, no interior da cidade de Nova Prata/RS em uma área de aproximadamente de sete hectares, a qual dispõe de dois aviários de 100 e 150 metros respectivamente, os quais são administrados pelos seus dois sócios e proprietários que desenvolvem a atividade avícola no sistema de parceria e integração com a BRF. É uma organização de pessoa física e não tem personalidade jurídica; tem um faturamento médio anual de 120 mil reais e conta com um colaborador; sendo toda a mão de obra necessária na atividade realizada pelo colaborador e o proprietário. Nesse negócio, a indústria integradora arca com os custos da assistência técnica, o fornecimento e o transporte dos pintos, a ração, os medicamentos e do transporte das aves da propriedade até o abatedouro; aos proprietários cabem às despesas com a construção e a manutenção dos aviários, com iluminação, ventilação, aquecimento do aviário e toda a mão de obra referente ao período de engorda das aves. 1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA O desenvolvimento da avicultura no Brasil teve grande impulso com o aumento da exportação e do consumo interno da carne de frango; obrigando as agroindústrias a se aperfeiçoar e se desenvolver tecnologicamente, e aumentar sua produtividade.

11 12 Segundo Crepaldi (2011), o aumento do consumo da carne de frango no mercado interno, vem provocando até redução nas exportações; isto ocorre pelo grande aumento da demanda interna, ainda assim o mercado externo vem expandindo cada vez mais nos mercados tradicionais como Arábia Saudita e Japão, mas ainda conquistando novos mercados, como Rússia, Irã e Cuba. Para conseguir se manter com igualdade em um mercado competitivo, é necessário priorizar alguns aspectos para a sobrevivência e desenvolvimento do aviário como pequena empresa, assim a contabilidade de custos passa a ser uma ferramenta essencial como instrumento de controle. De acordo com Martins (2001), o sucessivo aumento da competividade nos diversos setores seja comercial, industrial ou de serviços torna cada vez mais a contabilidade de custos essencial no controle e nas tomadas de decisões nas organizações. A contabilidade de custos contribui com qualquer atividade, no sentido de analisar a composição desse custo com o possível resultado na venda de um produto. Segundo Leone (2000, p.19), a contabilidade de custos se destina a produzir informações para os diversos níveis gerenciais de uma entidade, como auxílio às funções de determinação de desempenho, de planejamento e controle das operações de tomada de decisões. Neste contexto, a propriedade em estudo sente a necessidade de saber qual é o momento em que melhor se obtém desempenho na criação e engordas de frangos, já que ela presta um serviço no sistema de integração a BRF. Diante do exposto, questiona-se: De que forma um controle de custos e uma análise do volume e dos resultados podem contribuir com indicadores para a gestão do desempenho na engorda de frangos? 1.4 OBJETIVOS Objetivo geral Estruturar uma planilha combinada que analise a relação do custo, volume e resultado da engorda de frango, com o propósito de instrumentalizar os gestores com indicadores para o gerenciamento da atividade.

12 Objetivos específicos - Buscar na literatura a base conceitual referente à contabilidade de custos e à análise de custo, volume e resultado; - Mapear o processo de produção da propriedade; - Apurar os custos de produção; - Analisar a margem de contribuição, o volume e o resultado; - Identificar as informações para a gestão. 1.5 JUSTIFICATIVA A contabilidade de custos quando utilizada como ferramenta gerencial e de análise gera informações que permitem um melhor planejamento e controle para o produtor rural, bem como uma melhor análise e entendimento econômico em suas atividades: potencializando o gerenciamento da propriedade e assim gerando melhores resultados econômicos futuros. Segundo Padoveze (2003), as necessidades gerenciais são inúmeras e por sua vez a contabilidade de custos é utilizada para um melhor controle e avaliação dos gestores, formar e administrar preços de venda e no auxilio de tomadas de decisão. Para a propriedade analisada, o presente estudo teve o intuito de contribuir no sentido de realizar uma análise da relação entre o custo volume e resultado na atividade avícola; a partir deste estudo realizado, produzindo indicadores que possam auxiliar em um melhor gerenciamento e consequentemente proporcionar um maior retorno financeiro em sua atividade. Para o acadêmico, a importância deste trabalho foi de ampliar meus conhecimentos na área de custos e utilizar desta ferramenta para um melhor gerenciamento na propriedade em estudo. Para o Curso de Ciências Contábeis fica um trabalho a mais como fonte de pesquisa e conhecimento na área para os alunos do curso; contribuindo para conhecimento e crescimento acadêmico do curso.

13 2 REFERENCIAL TEÓRICO Neste capítulo consta o referencial bibliográfico, onde abordou-se o tema do estudo, iniciando pela Contabilidade, Contabilidade de Custos e suas classificações; custo com mão de obra, custo com depreciação, controle de estoques, após sistema de produção, os métodos de custeio, a analise do custo volume e resultado e por fim a análise do investimento e seus indicadores; que são conhecimentos essenciais para a realização do estudo aplicado. 2.1 CONTABILIDADE A Contabilidade foi concebida para gerar informações aos seus diversos usuários antigamente bem básicas; mas atualmente diante de modernas tecnologias vem cada vez sendo mais minuciosa útil e imprescindível nas tomadas de decisões. A Contabilidade nasce com a própria civilização, em uma espontânea forma de ter conhecimento sobre as utilidades ou riquezas que o homem ia acumulando ; Sá (1990), citado por Basso (2011, p.19). Nesta linha Marion (1998, p.24), conceitua; a Contabilidade é o instrumento que fornece máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. Já Basso define contabilidade como: A ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico), e que, como conjunto de normas, preceitos, regras e padrões gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômica e financeira, (BASSO, 2011, p. 26). A Contabilidade possui um vasto e diversificado campo de atuação profissional. Segundo Basso (2011, p.31), são alguns dos principais campos de aplicação da Contabilidade: Contabilidade Comercial; -Contabilidade Industrial; -Contabilidade Pública; Contabilidade Bacária; Contabilidade Rural (Agrícola ou Agropecuária); Contabilidade de Cooperativas; Contabilidade de Seguradoras; entre outros. Portanto a Contabilidade vem cada vez mais se tornando uma ferramenta essencial nas entidades com sua finalidade de controlar o patrimônio por intermédio dos seus registros e demonstrações, análise e intepretação dos fatos ocorridos neste; sendo fundamental e de grande importância aos seus usuários nas tomadas de decisões.

14 CONTABILIDADE DE CUSTOS A Contabilidade de Custos nasceu da Contabilidade Financeira, com a necessidade de melhor se avaliar os estoques nas indústrias. Nesta linha de pensamento Martins (2008, p.23), evidencia que: A contabilidade de Custo nasceu da Contabilidade Financeira, quando da necessidade de avaliar estoques na indústria, tarefa essa que era fácil na empresa típica da era do mercantilismo. Seus princípios derivam dessa finalidade primeira e, por isso, nem sempre conseguem atender completamente a suas outras duas mais recentes e provavelmente mais importantes tarefas: controle e decisão. O grande crescimento das empresas teve por consequência o aumento da distância do administrador com seus ativos e pessoas administradas desta forma passou a Contabilidade de Custos passa a ser uma eficiente ferramenta de gerenciamento da entidade. Neste mesmo sentido Leone enfoca que: A Contabilidade de Custos é o ramo da função financeira que coleta, acumula, organiza, analisa, interpreta e informa os custos dos produtos, dos serviços, dos estoques, dos componentes operacionais e administrativos, dos planos operacionais, dos programas, das atividades especiais e dos segmentos de distribuição para determinar a rentabilidade e avaliar o patrimônio da empresa, para controlar os próprios custos e as operações e para auxiliar o administrador no processo de planejamento e tomada de decisão; (LEONE, 2008, p. 47). Com o significativo aumento de competitividade que vem ocorrendo na maioria dos mercados, na indústria, comercio ou prestação de serviço; os custos são de grande importância nas tomadas de decisões de uma empresa. Segundo Martins (2001), a Contabilidade de Custos nas últimas décadas passou de ser apenas um auxílio na avaliação dos estoques e lucros; para uma importante arma no controle e nas decisões gerenciais das entidades. De acordo com Paulo Sandroni citado por (PADOVEZE, 2003, p.03), conceitua:... custos é a avaliação em unidades de dinheiro de todos os bens materiais e imateriais, trabalho e serviços consumidos pela empresa na produção de bens industriais, bem como aqueles consumidos também na manutenção de suas instalações. Expresso monetariamente, o custo resulta da multiplicação da quantidade dos fatores de produção utilizados pelos seus respectivos preços. Na visão de Bruni e Famá (2004, p.24), definem a contabilidade de custos como

15 14 O progresso ordenado de usar os princípios da contabilidade geral para registrar os custos de operações de um negócio. Dessa forma, com informações coletadas das operações e das vendas, a administração pode empregar os dados contábeis e financeiros para estabelecer os custos de produção e distribuição, unitários ou totais, para um ou para todos os produtos fabricados ou serviços prestados, além dos custos das outras diversas funções do negócio, objetivando alcançar uma operação racional, eficiente e lucrativa. Desta forma, a partir da conceituação dos autores, pode-se entender que a Contabilidade de Custos é de suma importância para as empresas tanto para a formulação e análise de preços, assim como no controle das informações; estas altamente importantes e necessárias nas tomadas de decisões das organizações Classificação dos custos Os custos são classificados conforme o seu grau de identificação em diretos ou indiretos, e conforme o grau de variabilidade em fixos ou variáveis. Nesse contexto, Leone (2000, p.59), afirma: A classificação dos custos da empresa, dos produtos, das operações, enfim, do objeto que está sendo examinado e analisado, em diretos e indiretos destina-se a fornecer informações para a determinação do montante mais realísticos do custo desse objeto, bem como para o controle dos custos dos centros de responsabilidade e de modo geral, de todos os segmentos que tiveram seus custos identificados e acumulados. Segundo Megliorini (2001, p.9): Os custos são classificados de várias formas para atender às diversas finalidades para as quais são apurados. As duas classificações básicas compreendem aquelas que permitem determinar o custo de cada produto fabricado e o seu comportamento em diferentes níveis de produção em que uma empresa possa operar. a) Quanto aos produtos fabricados: para alocar os custos aos produtos, eles são classificados em custos diretos e custos indiretos. b) Quanto ao comportamento em diferentes níveis de produção: para determinar os custos de vários níveis de produção, eles se classificam em custos fixos e custos variáveis. Assim sendo em relação aos custos dos produtos fabricados; a separação destes se dá em custos diretos e indiretos. Custos diretos conforme Megliorini (2001, p.10): São aqueles que forem possíveis de identificar a quantidade do elemento de custo aplicada no produto, são exemplos comuns de custos diretos a matéria prima e a mão-de-obra direta. Para Bruni e Famá (2004, p.31), os custos diretos ou primários são aqueles diretamente incluídos no calculo dos produtos. Consistem nos materiais diretos usados na

16 15 fabricação do produto e mão-de-obra direta. Apresentam a propriedade de serem perfeitamente mensuráveis na maneira objetiva. Na mesma linha de pensamento Oliveira e Perez Jr (2005, p.73), evidenciam que; os custos diretos são os custos que podem ser quantificados e identificados aos produtos ou serviços com relativa facilidade e não necessitam de critérios de rateios para serem alocados aos produtos fabricados. Por outro lado, os custos indiretos, na concepção de Oliveira e Perez Jr (2005, p.73); são aqueles custos que, por não serem perfeitamente identificados nos produtos ou serviços, não podem ser apropriados de forma direta as unidades específicas, ordens de serviços ou produtos. Para Megliorini (2001, p.11), os custos indiretos são aqueles apropriados aos produtos em função de uma base de rateio ou algum critério de alocação. Ex.:custo da energia elétrica.... Bruni e Famá (2004, p.31), afirmam que os custos indiretos necessitam de aproximação, isto é, algum critério de rateio, para serem atribuídos aos produtos. Desta forma pode-se constatar que os custos diretos podem ser identificados aos produtos com maior facilidade e este não necessitam de critérios de rateio para serem alocados aos produtos fabricados. Por sua vez, os custos indiretos por não serem perfeitamente identificáveis no produto final necessitam da utilização de algum critério de rateio para sua alocação. Quanto ao comportamento dos gastos em relação às variações no volume da produção e das vendas estes gastos classificam-se em fixos e variáveis. De acordo com Oliveira e Perez Jr (2005, p.67), os custos fixos são aqueles custos que permanecem constantes dentro de determinada capacidade instalada, independentemente do volume de produção. Ex.: aluguel do prédio ou das máquinas produtivas. Megliorini (2001, p.12), afirma que os custos fixos são aqueles decorrentes da estrutura produzida instalada da empresa, que independem da quantidade que venha a ser produzida dentro do limite da capacidade instalada. Bruni e Famá (2004 p.32) São custos que, em determinado período de tempo e em certa capacidade instalada, não variam, qualquer que seja o volume de atividade da empresa. Existem mesmo que não haja produção. Desta forma, ao se referir aos custos variáveis, Oliveira e Perez Jr (2005, p.71), caracterizam como sendo; aqueles custos que mantêm uma relação direta com o volume de produção ou serviço e, consequentemente, podem ser identificados com os produtos. Ex.: matéria-prima e mão-de-obra direta.

17 16 Bruni e Famá (2004 p.32), evidenciam que nos custos variáveis o seu valor total altera-se diretamente em função das atividades da empresa. Quanto maior a produção, maiores serão os custos variáveis. Nesta linha de pensamento, para um melhor entendimento, Leone (2008, p.73), faz uma distinção entre os custos fixos e variáveis. Podemos chamá-los de não-evitáveis, respectivamente, explicando que o custo fixo possui as características de custo afundado, de custo empatado e de custo irreversível. Os custos variáveis somente aparecem quando a atividade ou a produção é realizada. Neste sentido eles são evitáveis porque se pode comandar o volume da atividade ou da produção. Assim sendo, evidencia-se que a classificação dos custos em fixos e variáveis leva em consideração o valor total do custo num período de tempo, assim como o volume total produzido. Os custos fixos são os que no período tem o seu total fixado e permanecem inalterados independentes do volume produzido; já os custos variáveis variam conforme o volume produzido, quanto maior a produção maior serão os custos variáveis Custos com mão de obra Segundo Oliveira e Perez Jr (2005, p.89), o custo de mão-de-obra pode ser direto ou indireto, dependendo da possibilidade ou não de perfeita identificação e correlação com os diversos produtos ou serviços que fazem partes da atividade da empresa. Já Martins (2008, p.11), define a mão-de-obra direta como sendo, aquela relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em elaboração, desde que seja possível a mensuração do tempo despendido e a identificação de quem executou o trabalho, sem necessidade de qualquer apropriação indireta ou rateio. Para Santos; Marion e Segatti (2002, p.42), mão-de-obra direta. Salários, encargos sociais e benefícios de pessoal empregados diretamente na produção. Ex.: tratorista, campeiro, tratador, safrista, fiscal de turma etc. Neste contexto Padoveze (2003, p.130), traz a concepção de que: Considera-se como custo da mão-de-obra, além do salario, todos os encargos ligados à manutenção dos recursos humanos na empresa, sejam esses encargos de caráter fiscal, previdenciário, legal, social ou espontâneo, deste que tenham caráter de generalidade, isto é, sejam obrigatórios ou de acesso a todos os funcionário da empresa.

18 17 Sendo assim o custo com mão-de-obra realizada no setor em estudo, além do salário, o seu custo também é composto por todos os encargos sociais assumidos por lei, que segundo Padoveze (2003), na mão de obra enquadram-se as despesas de salários e todos os encargos sociais, que são os assumidos por lei (INSS, FGTS, 13º salário e férias), e os encargos espontâneos (assistência médica, gastos com recreação). Ao tratar da mão-de-obra indireta, é a qual está de alguma forma indiretamente relacionada com a produção, e precisa ser rateada indiretamente para ser identificada. Neste sentido Padoveze (2003), descreve que por sua característica a mão-de-obra indireta não é custeada unitariamente assim não havendo necessidade de cálculo horário ou qualquer tipo de calculo unitário; normalmente os custos com mão-de-obra indireta são divididos por algum critério de rateio. Desta forma, ao classificar a mão de obra direta pode-se dizer que é aquela relacionada diretamente no produto em elaboração, a qual e fácil de ser identificada e medida, já no que diz respeito à mão de obra indireta esta não é possível de identificar a determinado produto e necessita passar por meios de rateio para ser apropriada Custos com depreciação A partir da efetiva utilização dos ativos nas atividades que irão gerar futuras receitas, a contabilidade de custos começa a calcular o custo deste desgaste que na contabilidade e conhecido como depreciação. Padoveze (2003), considera como depreciação a diferença entre o valor do bem novo e o valor do bem usado, perda esta que normalmente se da pelo uso desgaste ou obsolescência deste bem. De acordo com CFC (2015) NBCTG27; a depreciação do ativo se inicia quando este está disponível para uso, ou seja, quando está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração. Neste sentido Koliver (2010, p.162), afirma: A depreciação representa, em termos econômicos, a perda de valor dos bens materiais integrantes do ativo imobilizado de uma entidade. Já na visão puramente financeira, o processo de transferência de valores do imobilizado para o ativo circulante, até o disponível, desde que a receita gerada pelos produtos ou serviços que a causaram, permita a sua recuperação integral. Dentre os métodos utilizados para o calculo da depreciação estão o método linear, método da soma dos dígitos dos anos, método das taxas decrescentes, métodos das taxas

19 18 variáveis. Para as instalações do presente trabalho será utilizado o método de depreciação linear o qual é estimado uma vida útil e um valor residual para o bem e a partir disto é calculado o valor a ser depreciado nos bens. Nesta linha de pensamento Crepaldi (2011, p.128), descreve: Vida útil esta diretamente relacionada com o período de tempo no qual o bem ou direito será utilizado na operação da entidade. Taxa x quota a taxa de amortização relaciona-se diretamente ao percentual a ser aplicado no cálculo. Valor residual o bem ou direito, após o termino de vida útil, ainda assim apresenta valor monetário, real e compatível com o mercado. Tal valor é lavado em consideração para os cálculos de amortização, depreciação e exaustão. A depreciação e um método de grande importância nos diversos setores; Crepaldi (2011) salienta a importância do cálculo da depreciação e sua aplicação na contabilidade rural; pois além de ela espelhar o comportamento de utilização do bem no tempo, ela causa impacto significativo no valor do lucro líquido de cada exercício. Portanto os bens que são utilizados para a produção de produtos, bens ou serviços os quais se obtém receitas a partir da sua venda ou com os serviços prestados; começam a sofrer perda no seu valor em função do seu uso ou desgaste gerado nas atividades, calculado e contabilizado como depreciação; a qual não tem desembolso deste valor servindo apenas para controle e correta mensuração do valor do bem Controles de estoques As organizações efetuam compras de materiais de acordo com suas necessidades, geralmente em conformidade com o método de avaliação de estoque. Segundo Oliveira e Perez Jr (2005, p.83), os métodos de avaliação de estoques objetivam, exclusivamente, separar o custo dos materiais, das mercadorias e dos produtos entre o que foi consumido ou vendido e o que permaneceu em estoque. Segundo Bruni e Famá (2004, p.53), são três os principais critérios de avaliação de estoques. Os principais critérios de avaliação de materiais diretos adquiridos com custos diferentes envolvem basicamente, o emprego de três critérios distintos: UEPS: último a entra primeiro a sair. O custo a ser contabilizado em decorrência de consumo no processo produtivo é feito da frente para trás. São baixados, em primeiro lugar, os materiais diretos adquiridos mais recentemente e, depois, os mais antigo, nesta ordem. A legislação fiscal brasileira não permite o emprego desse

20 19 critério em decorrência da antecipação dos benefícios fiscais, decorrentes do cálculo de custos maiores, especialmente em épocas de altas taxas de inflação; PEPS: primeiro a entrar, primeiro a sair. O custo a ser contabilizado em decorrência de consumo no processo produtivo e feito de trás para frente. São baixados, em primeiro lugar, os materiais diretos adquiridos há mais tempo e, depois, os mais novos, nesta ordem; Custo Médio Ponderado: pode ser móvel ou fixo. O custo a ser contabilizado representa uma média dos custos de aquisição. Qualquer destes métodos apresentados é aceito para fins contábeis, pois todos são baseados no custo histórico de aquisição; entretanto a legislação tributária não aceita o método UEPS. (BRUNI; FAMÁ, 2004). Compreende-se que, para se saber realmente qual é o lucro que a empresa obteve é necessário saber o custo da mercadoria no estoque; evidencia-se assim a grande importância de determinar algum critério de avaliação de estoque para a obtenção de um correto custo dessas mercadorias. 2.3 SISTEMA DE PRODUÇÃO O sistema de produção de custos a ser adotado pela organização é totalmente dependente do produto ou do serviço produzido, bem como do seu processo de produção utilizado. Portanto neste sentido Padoveze (2003; p.245), relata que o sistema de produção tem como objetivo a identificação, a coleta, o processamento, o armazenamento e a produção das informações para a gestão de custos. Nesta linha de pensamento Oliveira e Perez Jr (2005), evidencia que o gerenciamento das atividades da organização tem como um de seus objetivos básicos o fato de que o sistema de custeio da empresa seja sempre coerente e compatível com seu sistema de produção de bens e serviços. Desta forma, os sistemas de custeio poder ser por ordem de produção, processo ou continuo, e ainda por produção conjunta. Neste estudo, trata-se do sistema de produção contínuo e conjunta, os quais estão descritos na sequência Produção por processo contínuo O sistema de produção por processo ou contínuo destina-se a acumular os custos nas empresas em que a fabricação dos produtos é padronizada e sua demanda de produção não apresenta grandes variações.

21 20 Oliveira e Perez Jr (2005, p.89), caracteriza a produção contínua pela produção rotineira de produtos similares, utilizando fatores de produção que não se alteram facilmente a curto ou médio prazo. Em um sistema de custeamento por processo, todos os custos de um período de tempo, como um mês, são coletados sem nenhuma tentativa de atribuir esses custos a unidades especificas de produtos. Fundamentalmente, nesse sistema, coleta-se o total de custos incorridos durante o período e o número total de unidade de produtos trabalhados. Dividindo-se os custos totais pelo total de unidades, tem-se o custo unitário de cada processo (PADOVEZE, 2003, p.253). Bruni e Famá (2004, p.149), afirmam que o sistema de produção por processo ou contínuo Procura refletir todo o processo físico da produção, criando centros de custos (departamentos, centros de acumulação de dados físicos e de custos). Os números são posteriormente transferidos de um centro para o seguinte, do mesmo modo como a produção transfere o produto fisicamente para outra fase. Portanto, no processo de produção por processo ou contínuo, a partir do total dos custos incorridos durante o período de produção e o número total de unidades produzidas obtêm-se os custos unitários de cada processo de forma ordenada Produção conjunta Processos de produção conjunta ocorrem quando uma empresa fabrica diferentes produtos com base em um mesmo conjunto de matérias-primas. Neste sentido Bruni e Famá (2004, p.53) traz a concepção de que Na elaboração dos diferentes resultados da produção conjunta, a entidade deve escolher um grupo de critérios para a avaliação dos custos incorridos. Geralmente, os critérios possíveis implicam a distribuição de custos com base nos valores de mercado, volumes produzidos ou lucros iguais. Perez jr Oliveira e Costa (2005) caracterizam produção conjunta como a fabricação de diversos produtos a partir de uma mesma matéria prima a qual será comum a todos os produtos acabados; ainda descrevem que este tipo de produção é mais comum nos setores industrial químico e petroquímico refinarias de petróleo, setor alimentício, setor farmacêutico entre outros. A produção conjunta torna mais complexa a apuração dos custos de produção de cada produto para fins de avaliação de estoques, auxílio na determinação do preço de venda, análise das margens de lucratividade, ponto de equilíbrio etc.

22 MÉTODOS DE CUSTEIO Existem diversos métodos de custeios para a apropriação dos diversos custos aos bens e serviços. Na sequência expõem-se os conceitos de dois métodos a ser utilizado neste estudo que é o método de custeio por absorção e o método de custeio variável (direto) Método de custeio por absorção O método de custeio por absorção é o método de custeio derivado da aplicação das normas e princípios contábeis no Brasil, adotado pela legislação comercial e pela legislação fiscal. De acordo com Oliveira e Perez Jr (2005, p.123); o sistema de custeio por absorção não é um princípio contábil em si, mas uma metodologia decorrente da aplicação desses princípios. Dessa forma, o método é válido para a apresentação de demonstrações contábeis e para o pagamento de imposto de renda. Segundo Padoveze (2003, p.79), como nos métodos de custeamento por absorção são utilizados os gastos indiretos fixos, que, por sua característica básica, não são identificáveis claramente aos produtos e serviços finais, há a necessidade de utilização de procedimentos de distribuição desses gastos aos produtos, por meio de algum critério a ser definido. Ainda neste sentido Oliveira e Perez Jr (2005, p.123), afirmam que no custeio por absorção todos os custos de produção são alocados aos bens ou serviços produzidos, o que compreende todos os custos variáveis, fixos, diretos ou indiretos. Os custos diretos, por meio da apropriação direta, enquanto os custos indiretos, por meio de sua atribuição com base em critérios de rateio. Entre as vantagens do custeio por absorção segundo Wernke (2001, p.21), destacamse: - atende à legislação fiscal e deve ser usado quando a empresa busca o uso do sistema de custos integrado a Contabilidade; - permite a apuração do custo por centro de custos, visto que sua aplicação exige a organização contábil nesse sentido; tal recurso, quando os custos forem alocados aos departamentos de forma adequada, possibilitando o acompanhamento do desempenho de cada área; - ao absorver todos os custos de produção, permite a apuração do custo total de cada produto No entanto apesar de método ser aprovado para fins fiscais, o mesmo não fornece informações suficientes para tomadas de decisões conforme enfatiza Crepaldi (2009, p.241):

23 22 Os custos dos produtos agropecuários não podem ser comparados em bases unitárias quando houver alterações no volume de produção. A forma de atribuição de custos indiretos é feita através de rateios, o que complica e aumenta o trabalho administrativo, além de conferir um grau de subjetividade a essa atribuição. Não fornece informações suficientes para a tomada de decisão, já que muitas das decisões se baseiam em análise separada dos custos fixos e variáveis: não permite análise do tipo relação Custo/Volume/Lucro. Nesta mesma linha de pensamento Wernke (2001), descreve que a principal desvantagem do custeio por absorção consiste na utilização dos rateios para distribuir os custos entre os departamentos ou produtos e que estes critérios nem sempre são objetivos e podem vir a distorcer os resultados, prejudicando alguns produtos e beneficiando outros. A partir dos conceitos apresentados entende-se que o método de custeio por absorção é usado para a apuração dos custos que compõe as demonstrações contábeis e é aceito pelo fisco; mas o qual já não pode ser utilizado como ferramenta gerencial, pois não traz informações suficientes para tomadas de decisões Método de custeio variável ou direto Enquanto o método de custeio por absorção atende às disposições legais no que se refere à apuração do resultado e a avaliação patrimonial, o custeio variável atende a administração da empresa. Conforme Megliorini (2001), na comparação do método de custeio variável com o método de custeio por absorção a principal diferença entre os dois está no tratamento dado aos custos fixos. No custeio por absorção eles são rateados aos produtos, no custeio variável, são tratados como custos do período, indo estes diretamente para o resultado igualmente ás despesas. De acordo com Oliveira e Perez Jr (2005, p.125): Esse sistema fundamenta-se na separação dos gastos em gastos variáveis e gastos fixos, isto é, em gastos que oscilam proporcionalmente ao volume da produção e vendas e gastos que se mantem estáveis perante volume de produção. Nesta mesma linha de pensamento Bruni e Famá (2004, p.149), trazem a concepção de que: No sistema de custeio variável, apenas os custos variáveis são atribuídos aos produtos elaborados, que juntamente com as despesas variáveis, serão subtraídos da receita, gerando um valor que é denominado margem de contribuição. Segundo Leone (2008, p.406), o custeamento variável é o custeamento por absorção, apresentam algumas diferenças fundamentais.

24 23 Quadro 1 Comparativo entre o custeio variável e absorção Custeamento variável Custeamento por absorção Classifica os custos em fixos e variáveis. Não há a preocupação por esta classificação. Classifica os custos em diretos e indiretos. Debita ao segmento, cujo custo está sendo apurado, apenas os custos que são diretos ao segmento e variáveis em relação ao parâmetro escolhido como base. Os resultados apresentados sofrem influencia direta do volume de vendas. É um critério administrativo, gerencial, interno. Aparentemente sua filosofia básica contraria os preceitos geralmente aceitos de Contabilidade, principalmente os fundamentos do regime de competência. Apresenta a Contribuição Marginal diferença entre as receitas e os custos diretos e variáveis do segmento estudado. O custeamento variável destina-se a auxiliar, sobretudo, a gerência no processo de planejamento e de tomada de decisões. Como o custeamento variável trata dos custos diretos e variáveis de determinado segmento, o controle da absorção dos custos da capacidade ociosa não é bem explorado. Fonte: Leone (2008, p. 406). Também classifica os custos em diretos e indiretos. Debita ao segmento cujo custo está sendo apurado os seus custos diretos e também os custos indiretos através de uma taxa de absorção. Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de produção. É um critério legal, fiscal, externo. Aparentemente sua filosofia básica alia-se aos preceitos contábeis geralmente aceitos, principalmente aos fundamentos do regime de competência. Apresenta a Margem operacional diferença entre as receitas e os custos diretos e indiretos do segmento estudado. O custeamento por absorção destina-se a auxiliar a gerência no processo de determinação da rentabilidade e de avaliação patrimonial. Como o custeamento por absorção trata dos custos diretos e indiretos de determinado segmento, sem cogitar de perquirir se os custos são variáveis ou fixos, apresenta melhor visão para o controle da absorção dos custos da capacidade ociosa. Com base no demonstrado no quadro de Leone, os métodos de custeamento, tanto por absorção quanto variável, demonstram significativas diferenças quanto a sua classificação e os seus métodos de utilização tanto na contabilidade gerencial e financeira. Segundo Padoveze (2003, p.78): Essa metodologia de apuração de custo unitário dos produtos e serviços considera tão somente os custos e despesas variáveis de cada produto ou serviço, sejam eles diretos ou indiretos. Esse método busca um custo unitário do produto ou serviço sem nenhuma dúvida em termos de mensuração monetária, já que, ao utilizar apenas elementos variáveis e, portanto, com valor unitário para cada unidade de produto perfeitamente definido, não usa nenhum conceito de cálculo médio. Ainda Megliorini (2001, p.137), afirma que este método permite aos administradores utilizar os custos como ferramenta auxiliar na tomada de decisões tais como: a) quais produtos contribuem mais para a lucratividade da empresa; b) determinação de quais produtos devem ter suas vendas incentivadas, reduzidas ou mesmo ser excluídas da linha de produção; c) que produtos proporcionam a melhor rentabilidade quando existirem fatores que restringem a produção; d) qual o preço mínimo a ser praticado em condições especiais, tal como venda de capacidade ociosa;

25 24 e) decisão entre comprar ou fabricar; f) determinação do nível de atividades em que o negócio passa a ser rentável; g) definição, em uma negociação com o cliente, de qual o limite de descontos permitido. A partir dos conceitos pesquisados, fica evidenciado que o método de custeio variável não atende as exigências do fisco, mas de muita importância para a organização, sendo utilizado como ferramenta auxiliar no gerenciamento e nas tomadas de decisão. 2.5 ANALISE DO CUSTO, VOLUME E RESULTADO Uma das principais funções da contabilidade de custos consiste em gerar informações para tomadas de decisão; neste sentido a analise, identificação e relação entre os custos consistem em importante etapa na análise de formação de preços e projeção dos lucros em diversos níveis de produção. Segundo Oliveira e Perez Jr (2005, p.207); entende-se por análise dos custos o conjunto de atividades exercidas em uma organização com o objetivo principal de fornecer subsídios para a adequada apuração, controle, acompanhamento e gerenciamento dos custos inerentes aos diversos processos. Nesta mesma linha de pensamento, para Maher (2001), os administradores necessitam entender o inter-relacionamento de custo, volume e lucro no planejamento e tomada de decisão; e estes mesmos administradores também utilizam desta análise para determinar como uma expansão nas facilidades de produção e as correspondentes alterações nos custos vêm a impactar no lucro. Para um melhor entendimento da análise do custo volume e resultado; na sequência serão abordados os conceitos referentes a margem de contribuição, ponto de equilíbrio e margem de segurança operacional Margem de contribuição A margem de contribuição é o quanto resta do valor de venda de um produto deduzindo os custos e despesas por ele geradas, ou seja, a empresa só começa a gerar lucro quando a margem de contribuição dos produtos vendidos superar os custos e despesas fixos do exercício. Oliveira e Perez Jr (2005, p.222), afirmam que a margem de contribuição é em outras palavras, a sobra financeira de cada produto ou divisão de uma empresa para a recuperação ou amortização das despesas e dos custos fixos de uma entidade e para a obtenção do lucro.

26 25 De acordo com Bornia (2010, p.55), a margem de contribuição unitária representa a parcela do preço de venda que resta para a cobertura dos custos e despesas fixos e para a geração do lucro por produto vendido. Padoveze (2003, p.278), evidencia que a margem de contribuição: Representa o lucro variável. É a diferença entre o preço de venda unitário do produto ou serviço e os custos e despesas variáveis por unidade de produto ou serviço. Significa que, cada unidade vendida, a empresa lucrará determinado valor. Multiplicado pelo total vendido, teremos a margem de contribuição total de produto para a empresa. Dessa maneira segundo Padoveze (2003, p.278), é possível obter a seguinte fórmula: MC = PV CV DV Onde: (MC) margem de contribuição, (PV) preço de venda, (CV) custos variáveis, (DV) despesas variáveis. A margem de contribuição e um elemento fundamental nas decisões, possibilitando análises e objetivando a redução dos custos. Neste sentido Wernke (2001, p.44), lista as seguintes vantagens e desvantagens da margem de contribuição: a) é um instrumento para avaliar a viabilidade de aceitação de pedidos em condições especiais. Por exemplo: quando existem restrições de matéria-prima ou horas de trabalho disponíveis ou por preços e quantidades diferentes praticados; b) ajudam a administração a decidir que produtos devem merecer maior esforço de venda ou colocados em planos secundários ou simplesmente tolerados pelos benefícios de vendas que possam trazer a outros produtos; c) são essenciais para auxiliar os administradores a decidirem se um segmento produtivo (ou de comercialização) deve ser abandonado ou não; d) podem ser usadas para avaliar alternativas quanto a reduções de preços, descontos especiais, campanhas publicitárias especiais e uso de prêmios para aumentar o volume de vendas. As decisões desse tipo são determinadas por uma comparação dos custos adicionais, visando ao aumento na receita de venda. Quanto maior for o índice de margem de contribuição, melhor é a oportunidade de promover vendas. Quanto mais baixo o índice, maior será o aumento do volume de vendas necessárias para recuperar os compromissos de promover vendas adicionais; e) a margem de contribuição auxilia os gerentes a entenderem a relação entre custos, volume, preços e lucros, fundamentando tecnicamente as decisões de venda; f) basear o cálculo dos preços de venda somente com dados da margem de contribuição pode resultar em valores que não cubram todos os custos necessários para manter as atividades a longo prazo; g) é útil para tomadas de decisão de curto prazo, mas pode levar o administrador a menosprezar a importância dos custos fixos.

27 26 Desse modo a correta identificação e separação dos gastos permitirá a obtenção de uma correta margem de contribuição a qual é uma das mais importantes ferramentas de decisão na contabilidade gerencial Ponto de equilíbrio O ponto de equilíbrio pode ser utilizado para determinar o nível de atividades necessárias para cobrir todas as despesas e custos, tanto fixos quanto variáveis. Segundo Maher (2001, p.436), o ponto de equilíbrio é o volume de vendas para o qual o lucro é igual a zero. Em outras palavras Padoveze (2003, p.283), descreve:...o ponto de equilíbrio mostra o nível de atividade ou o volume operacional, quando a receita total das vendas se iguala ao somatório dos custos variáveis totais mais os custos e as despesas fixas. Assim, o ponto de equilíbrio evidencia os parâmetros que mostram a capacidade mínima em que a empresa deve operar para não ter prejuízo, mesmo que à custa de um lucro zero. O ponto de equilíbrio contábil pode ser calculado pela seguinte fórmula segundo Padoveze (2003 p.284): PEC = CF + DF Mcu Onde: (PEC) Ponto de Equilíbrio Contábil, (CF) custos fixos, (DF) despesas fixas e (Mcu) margem de contribuição unitária, e também é levado em conta todos os custos e despesas fixas. Leone (2008, p. 427), define que o ponto de equilíbrio é o ponto da atividade onde os custos totais se igualam às receitas, e descreve como os seus mais importantes pontos: 1 Suas suposições básicas, denominadas muitas vezes de limitações à análise ou de hipóteses simplificativas. 2 O uso da análise do Ponto de Equilíbrio nas decisões gerenciais: a) Aumento ou diminuição do preço de venda. b) Aumento ou diminuição dos custos variáveis. c) Aumento ou diminuição dos custos fixos. d) Modificações na combinação de produtos, quando a empresa opera mais de um produto. e) Alterações nos estoque finais de produtos acabados. f) Emprego do Ponto de Equilíbrio Financeiro. g) Análise dos lucros quando o custo fixo varia por degrau.

28 27 O ponto de equilíbrio econômico demonstra a quantidade que a empresa deve vender para poder cobrir a remuneração mínima do seu capital próprio investido. Nesta linha de pensamento Bruni e Famá (2004, p.257), conceituam que o ponto de equilíbrio econômico, apresenta a quantidade de vendas (ou faturamento) que a empresa deveria obter para poder cobrir a remuneração mínima do capital próprio nela investido considerando valores de mercado. De acordo com Padoveze (2003, p.286), após o cálculo do ponto de equilíbrio econômico; obteremos, assim, o valor da receita mínima que gera lucro zero, mas que cobre todos os gastos operacionais, financeiros e os efeitos da inflação nos ativos e passivos monetários. O ponto de equilíbrio econômico é calculado através da seguinte fórmula segundo Padoveze (2003, p.286): PEE = CF + DF + Rendimentos Mcu Onde: (PEE) Ponto de Equilíbrio Econômico, (CF) custos fixos, (DF) despesas fixas e (Mcu) margem de contribuição unitária. Já no ponto de equilíbrio financeiro excluem-se as despesas as quais não representam desembolso por parte da empresa como, a depreciação, exaustão e amortização. Bruni e Famá (2004, p.259) descrevem que o ponto de equilíbrio corresponde: O ponto de equilíbrio financeiro corresponde à quantidade que iguala a receita total com a soma dos gastos que representam desembolso financeiro para a empresa. Assim, no calculo do ponto de equilíbrio financeiro não devem ser considerados gastos relativos a depreciações, amortizações ou exaustões, pois estas não representam desembolsos para a empresa. Para apurar o ponto de equilíbrio financeiro segundo Padoveze (2003, p.287), se aplica a seguinte fórmula: PEF = CF + DF-Depreciação Mcu Onde: (PEF) Ponto de Equilíbrio Financeiro, (CF) custos fixos, (DF) despesas fixas e (Mcu) margem de contribuição unitária.

29 28 Diante do exposto é importante ressaltar a importância do ponto de equilíbrio na gestão de uma organização, mas cabe salientar as diferenças entre os três pontos de equilíbrio que segundo Bornia (2010), fornecem importantes subsídios para um bom gerenciamento da empresa, e que a diferença fundamental entre eles são os custos e despesas fixos a serem considerados em cada caso. No entanto Wernke (2001), afirma que o ponto de equilíbrio possui limitações que devem ser consideradas pelo gestor em virtude dos diversos tipos de atividade e do tempo a qual terá para ser empregado; verificando a conveniência ou não de usá-lo na decisão a ser tomada Margem de segurança operacional O calculo da margem de segurança é muito importante para a administração das empresas, pois indica até onde pode se cair o volume de vendas da antes que ela comece a perder dinheiro; e ainda qual foi o volume de venda que superou a quantidade definida no ponto de equilíbrio. A margem de segurança representa o excedente das vendas, projetadas ou reais, sobre o ponto de equilíbrio. Ela informa à administração a margem entre as vendas correntes e o preço de equilíbrio. Em certo sentido, a margem de segurança indica à companhia o risco de ela perder dinheiro, isto é, o volume pelo qual as vendas podem cair, até que a companhia comece a perder dinheiro; (MAHER, 2001, p.442) Bruni e Famá (2004, p.262), relatam A margem de segurança operacional consiste na quantia ou índice das vendas que excedem o ponto de equilíbrio da empresa. Na realização do calculo da margem de segurança operacional, conforme Bruni e Famá (2004, p.262) se utiliza da seguinte fórmula: MSO = quantidade vendida - quantidade no ponto de equilíbrio Desta forma, pode-se dizer que quanto maior for a margem de contribuição maior será a capacidade de geração de lucro da empresa, e consequentemente maior a segurança de que ela não vira a ter prejuízos.

30 ANÁLISE DE INVESTIMENTO As decisões de investimentos são importantes para as organizações por envolverem valores significativos e geralmente terem um alcance de longo prazo. Neste sentido Santos (2001), descreve que quando a análise de investimento refere-se a um novo empreendimento ou a ampliação de um já existente, o seu estudo e análise são decisivos para aceitação ou rejeição da proposta. Ainda Santos, (2001, p. 144), afirma que o objetivo básico da análise de investimento é avaliar uma alternativa de ação ou escolher a mais atrativa entre várias, usando métodos quantitativos. Para o desenvolvimento do cálculo de análise de um investimento Souza (2003) destaca alguns métodos de análises existentes com o tempo de retorno do investimento payback, o valor presente líquido VPL, a taxa interna de retorno TIR, entre outros Taxa interna de retorno TIR A taxa interna de retorno TIR demonstra a rentabilidade obtida em um investimento, sobre o capital investido. Segundo Santos (2001, p. 154): a taxa interna de retorno de um investimento é o percentual de retorno obtido sobre o saldo do capital investido e ainda não recuperado. Matematicamente, a taxa interna de retorno é a taxa de juros que iguala o valor presente das entradas de caixa ao valor presente das saídas de caixa. Neste mesmo sentido Motta e Calôba (2002, p. 116), afirmam que a taxa interna de retorno TIR é um índice relativo que mede a rentabilidade do investimento por unidade de tempo, necessitando para isso, que haja receitas envolvidas, assim como investimentos. Gitman (2010), conceitua TIR como a mais usada das técnicas de orçamento de capital, a qual demonstra a taxa de retorno anual que a empresa obterá se aplicar recursos em um projeto e receber as entradas de caixa previstas. Ainda Gitman (2010, p. 371), define os critérios de aceitação ou rejeição da TIR nas tomadas de decisões e afirma: Quando usamos a TIR para tomar decisões de aceitação-rejeição, os critérios são; - Se a TIR for maior do que o custo de capital, aceitar o projeto. - Se a TIR for menor do que o custo de capital, rejeitar o projeto. Esses critérios garantem que a empresa receba, pelo menos, o retorno requerido. Tal resultado deve aumentar seu valor de mercado e, portanto, a riqueza de seus proprietários.

31 30 Lapponi (2007, p.177), destaca como os pontos fortes da TIR: considera o fluxo de caixa completo do projeto e o valor do dinheiro no tempo; informa se o projeto simples cria ou destrói valor, é uma taxa de juro, uma medida relativa; em vez de uma medida absoluta como o VPL a TIR é fácil de ser comunicada e, aparentemente, pode ser bem compreendida Taxa mínima de atratividade TMA A taxa mínima de atratividade segundo Santos (2001, p. 153): é especifica para cada empresa e significa a taxa de juros mínima aceitável quando ela faz um investimento ou a taxa de juros máxima a pagar por um financiamento. Neste mesmo contexto Lapponi (2007, p. 37), destaca: a taxa mínima de atratividade é a taxa requerida como taxa mínima de juro que a empresa exige para aceitar um projeto, conhecida também como custo de oportunidade. De acordo com Casarotto Filho e Kopittke (2010, p. 97): Ao se analisar uma proposta de investimento deve ser considerado o fato de se estar perdendo a oportunidade de auferir retornos pela aplicação do mesmo capital em outros projetos. A nova proposta para ser atrativa deve render, no mínimo, a taxa de juros equivalente à rentabilidade das aplicações correntes e de pouco risco. Esta é, portanto, a Taxa Mínima de Atratividade. Para Santos (2001, p. 154); geralmente as empresas praticam uma TMA entre 12 e 15 % ao ano. A TMA de uma empresa é um parâmetro permanente e não é afetado pelas mudanças conjunturais do ambiente econômico onde ela atua. Portanto o valor da taxa média de atratividade é determinado num projeto baseado na rentabilidade que se espera desse novo projeto, valor este que devera ser maior que o seu custo de capital de modo que o investimento virá a gerar lucro Valor presente líquido VPL O valor presente líquido (VPL) considera explicitamente o valor do dinheiro no tempo. Neste sentido Gitman (2010, p. 369), relata que o valor presente líquido (VPL) é encontrado subtraindo-se o investimento inicial de um projeto do valor presente de suas entradas de caixa, descontadas à taxa de custo de capital da empresa. De acordo com Motta e Calôba (2002, p. 106), o valor presente líquido (VPL) é a soma algébrica de todos os fluxos de caixa descontados para o instante presente, a uma dada taxa de juros.

32 31 Santos (2001) caracteriza VPL de um investimento igual ao VPL de um fluxo de caixa ou seja o valor monetária que representa a diferença entre as entradas e saídas de caixas trazidas a valor presente; o VPL do fluxo de caixa sendo calculado com a utilização da taxa mínima de atratividade TMA da empresa como taxa de desconto. No que diz respeito a utilização do VPL para tomar decisões de aceitação ou rejeição Gitman (2010) descreve que se o valor do VPL calculado for maior do que zero o projeto é aceitável; mas se o VPL for negativo se rejeita o projeto, pois sendo um VPL positivo a empresa obterá um retorno maior do que o custo de capital assim aumentando o valor de mercado desta e a riqueza de seus proprietários num valor correspondente ao VPL Tempo de retorno do investimento Payback O método payback representa o prazo de retorno para um investimento inicial, ou seja quanto tempo será necessário para que as entradas de caixa geradas através deste investimento vão se igualar ao valor total investido. Neste sentido Santos (2001, p. 150), descreve: este método estima em quanto tempo ocorrerá a recuperação do capital investido em função do fluxo de caixa gerado. Conforme Gitman (2010, p. 366), os períodos de payback são normalmente usados para avaliar propostas de investimento de capital. O período de payback é o tempo necessário para que a empresa recupere o investimento inicial em um projeto, calculado a partir das entradas de caixa. Gitman (2010) afirma que ao usar o payback para tomada de decisões tem de se considerar alguns critérios; se o período de payback for menor do que o período máximo aceitável de payback aceita-se o projeto; mas se o período de payback for maior do que o período máximo aceitável de payback, ai rejeita-se o projeto O método pode ser aplicado de duas formas: playback simples e playback descontado o qual segundo Santos (2001, p. 151): diz que uma alternativa para diminuir a imprecisão do critério do tempo de retorno é considerar os fluxos de caixa pelo seu valor presente. Esse método é denominado tempo de retorno descontado. Nesta linha, Gitman (2010), descreve que para o calculo do payback e interessante considerar o fluxo de caixa e não o lucro contábil pois assim além de medir a rapidez com que se recupera o investimento inicial, o payback considera o momento de ocorrência dos fluxos de caixa e portanto o valor do dinheiro no tempo.

33 32 Portanto o palyback demostrará o momento certo entre o investimento inicial e o tempo necessário para a recuperação deste capital investido em função do fluxo de caixa gerado; quanto menor for o tempo de recuperação do capital investido mais atrativo se torno o investimento Fluxo de caixa O fluxo de caixa é fundamental em qualquer organização como instrumento de planejamento, proporcionando que se visualize no tempo o que ocorre com o capital de determinada empresa ou projeto investido. Neste sentido Souza (2003, p.31), descreve fluxo de caixa como: O conjunto das entradas e saídas de caixa é definido como fluxo de caixa. O fluxo de caixa permite que se visualize no tempo o que ocorre com o capital de determinada empresa ou projeto de investimento sendo útil para as operações da Matemática Financeira. Segundo Silva (2005, p.3), fluxo de caixa é o principal instrumento da gestão financeira que planeja, controla e analisa as receitas, despesas e os investimentos, considerando determinado período projetado. Nesta linha de pensamento Santos (2001), ressalta que os dados dos fluxos de caixa são demonstrados em períodos de tempo começando no momento zero em que é registrado o investimento inicial. As entradas e saídas de caixa são consideradas no final do período de tempo a que se referem mês ou ano; e que a diferença entre essas entradas e saídas compõe o fluxo de caixa líquido o qual será base para cálculos para a analise de investimento. Gitman (2010, p. 95), destaca os fluxos de caixa: como o sangue que corre pelas veias da empresa, são o foco principal do gestor financeiro, seja na gestão das finanças rotineiras, seja no planejamento e tomada de decisões. Ainda Silva (2005, p.12), destaca que através dessas demonstrações, podem ser analisadas as alternativas de investimentos, os motivos que ocasionaram as mudanças da situação financeira da empresa, as formas de aplicação de lucro gerado pelas operações. Diante do exposto pode- se concluir que o fluxo de caixa é muito importante, pois demonstra a real situação financeira da organização e tem um grande importância sendo utilizado pelo gestor como ferramenta de gestão e auxiliando nas tomadas de decisão.

34 3 METODOLOGIA DO ESTUDO realizado. Neste item, trata-se da classificação da pesquisa, que é a forma como o estudo será 3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA O presente trabalho de conclusão do curso foi realizado partir da pesquisa teórica e análise documental em função de estruturar uma planilha combinada que analise a relação do custo, volume e resultado da engorda de frango, com o propósito de instrumentalizar os gestores com indicadores de custos para o gerenciamento da propriedade. Consta a seguir a classificação da pesquisa conforme a natureza, seus objetivos e a forma de abordagem do problema e quanto aos procedimentos técnicos Do ponto de vista de vista da sua natureza Do ponto de vista de sua natureza, a pesquisa se classifica como pesquisa aplicada. De acordo com Roesch (2006, p. 60), a pesquisa aplicada refere-se à discussão de problemas, utilizando um referencial teórico de determinada disciplina, e à apresentação de soluções alternativas. Para Vergara (2004, p. 47), a pesquisa aplicada: é fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, mais imediatos, ou não, tem, portanto finalidade prática. Além disso, a pesquisa aplicada se caracteriza pelo seu interesse prático e que os seus resultados obtidos sejam utilizados na solução dos problemas, assim o presente estudo classifica-se como aplicado, por realizar uma analise do custo, volume e do resultado, além de apresentar esses indicadores para que o gestor da propriedade em estudo possa qualificar a sua gestão na sua atividade de engorda de frango de corte Do ponto de vista de seus objetivos Do ponto de vista dos seus objetivos a pesquisa classifica-se em descritiva. Conforme Vergara (2004, p.47), a pesquisa descritiva expõe características de determinada população

35 34 ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Para Gil (2010, p.27), são em grande número as pesquisas que podem ser classificadas como descritivas e a maioria das que são realizadas com objetivos profissionais provavelmente se enquadra nesta categoria. Desta forma, o presente estudo sob o ponto de vista de seus objetivos se enquadra como pesquisa descritiva, em função de buscar esclarecer determinadas características desse tipo de atividade as quais, podem ser analisadas e comprovadas Quanto à forma de abordagem do problema No que se refere à abordagem do problema, esta pesquisa classifica-se em qualitativa por não se utilizar de métodos e técnicas estatísticos, e também porque a grande maioria das pesquisas descritivas são de abordagem qualitativa. De acordo com Beuren et al; (2004, p.92), na pesquisa qualitativa concebem-se analises mais profundas em relação ao fenômeno que esta sendo estudado. A abordagem qualitativa visa destacar características não observadas por meio de um estudo quantitativo, já vista a superficialidade deste ultimo. A pesquisa qualitativa segundo Roesch (2006, p.154), é apropriada para: A pesquisa qualitativa é apropriada para a avaliação formativa, quando se trata de melhorar a efetividade de um programa, ou plano, ou mesmo quando é o caso da proposição de planos, ou seja, quando se trata de selecionar as metas de um programa e construir uma intervenção, mas não é adequada para avaliar resultados de programas ou planos. Com base na pesquisa qualitativa, levantou-se os dados para a análise da relação do custo, volume da engorda de frangos, assim com do resultado, simulando em planilhas combinadas, para que o gestor da propriedade possa acompanhar os indicadores de resultado Quanto aos procedimentos técnicos No que diz respeito aos procedimentos técnicos, pode-se classificar em estudo bibliográfico, documental e estudo de caso.

36 35 A pesquisa bibliográfica conforme Vergara (2004, p.48),... é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral. Já pesquisa documental é utilizada segundo Gil (2010, p.30), É utilizada em praticamente todas as ciências sociais e constitui um dos delineamentos mais importantes no campo da História e da Economia. Nesta mesma linha de pensamento Vergara (2004, p.50), afirma: A pesquisa é também documental, porque será feito uso de documentos de trabalho e relatórios de consultorias privadas, não disponíveis para consultas públicas. O estudo de caso, conforme Gil (2010, p.37), consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permitam seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já considerados. A partir da pesquisa bibliográfica buscou-se a base conceitual do tema em estudo; e juntamente com a analise documental, de notas, relatórios e planilhas fornecidas pelo produtor, o qual proporciona um melhor entendimento econômico e do resultado das atividades realizadas pelo produtor, realizou-se um estudo de caso buscando um maior entendimento e melhores resultados na atividade em estudo. 3.2 COLETA DE DADOS Com base na coleta de dados foi fornecida todas as informações necessárias para a elaboração desse trabalho de conclusão de curso. De acordo com Vergara (2004, p.54), Na coleta de dados, o leitor deve ser informado como você pretende obter os dados de que precisa para responder ao problema. Não se esqueça, portanto, de correlacionar os objetivos aos meios para alcançá-los, bem como de justificar a adequação de um a outro. As informações necessárias para a realização do presente trabalho foram coletadas, na forma de entrevistas não estruturadas e despadronizada, buscando dados essenciais para a propriedade, além de consulta a documentos e relatórios de sua produção, onde são relatados dados de suma importância e suporte para a realização da pesquisa Instrumento de coleta de dados O processo de coleta de dados ocorreu por meio da observação, a qual foi sistemática, não participante, individual e na vida real, e pela realização de entrevistas despadronizada.

37 36 Segundo Vergara (2004, p. 54), a observação pode ser simples ou participante. Na observação simples, você mantém uma distância da situação que se deseja estudar, sem interação. Já na observação participante, o pesquisador se envolve na situação estudada, sendo um espectador interativo. Uma pesquisa não participante, segundo Marconi e Lakatos (1996, p.82), presencia o fato, mas não participa dele; não se deixa envolver pelas situações; faz mais o papel de espectador. Segundo Marconi e Lakatos (1996, p.84), a entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional. Se tratando de uma pesquisa individual, Marconi e Lakatos (1996, p.82), definem:... realizada por um pesquisador. Nesse caso, a personalidade dele se projeta sobre o observado, fazendo algumas inferências ou distorções, pela limitada possibilidade de controles. Por outro lado, pode intensificar a objetividade de suas informações, indicando, ao anotar os dados, quais são os eventos reais e quais são as interpretações. Já na vida real conforme Marconi e Lakatos (1996, p.83) normalmente, as observações são feitas no ambiente real, registrando-se os dados à medida que forem ocorrendo, espontaneamente, sem a devida preparação. Desta forma, por intermédio das entrevistas não estruturadas com o proprietário da empresa rural, assim como a observação do processo de recebimento, engorda do frango e sua entrega, foi possível coletar as informações e os dados necessários para realizar o estudo proposto. 3.3 ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS A análise e interpretação dos dados do presente estudo se deu pela forma dos tópicos a seguir: - Construção de uma boa base conceitual; - Mapeamento do processo de engorda de frangos; - Avaliar os dados por meio da realização de planilhas em Excel; -Apresentar os resultados do estudo.

38 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS Neste capítulo consta a análise de todos os elementos de custos, receitas e resultados na engorda de frangos de corte. Inicialmente apurou-se o custo pelos métodos de custeio por absorção e variável. Posteriormente, analisou-se a margem de contribuição gerada, a partir do preço pago pela empresa que integra o produtor, com os respectivos resultados. Por fim, como o produtor pretende ampliar um dos aviários, foi realizado o cálculo para análise deste investimento. 4.1 PROCESSO DE ENGORDA DE FRANGOS DE CORTE No processo de engorda de frangos de corte para se obter uma ideal produtividade é de suma importância que o integrado desenvolva corretamente todos os procedimentos técnicos e de manejo. Durante a preparação do aviário para o alojamento das aves é essencial o correto manuseio da cama do aviário, com a adição de cal e fechamento dos aviários por seis dias para não proliferação de bactérias. Após o período de fechamento do aviário para o tratamento da cama, o integrado espalha a maravalha fornecida pela empresa integradora; ajusta as linhas de comedouro, cortinas, bebedouros, fornos de aquecimento e todo espaço utilizado para o alojamento das aves. No dia anterior ao alojamento das aves é feito o aquecimento dos aviários com os fornos a lenha, mantendo a temperatura em cerca de 34º graus Celsius; o controle de temperatura é indispensável nos primeiros dias do alojamento bem como a disponibilidade adequada de ração e água. A partir do 7º dia de alojamento é realizada a pesagem das aves e feito a anotação nas fichas de controles para posteriormente serem repassadas para o técnico responsável. No 10º dia de alojamento inicia-se a retirada da cama úmida e o manejo desta em todo o aviário, um dos principais fatores que previnem as aves de adquirirem bactérias, infecções diminuindo em grandes proporções a mortalidade e beneficiando ao frango um maior ganho de peso; fator fundamental na produtividade e nos resultados financeiros do lote de frangos. Da segunda semana de alojamento até as aves obterem o peso ideal estipulado pela BRF o integrado controla diariamente a temperatura, ventilação dos aviários, realiza o manejo da cama, faz o controle de mortalidade, e semanalmente realiza a pesagem das aves. As aves que morrem são descartadas em uma composteira, as quais são cobertas com maravalha facilitando assim a decomposição das aves. No dia do carregamento das aves retira-se a ração

39 38 seis horas antes do carregamento, a água no seu inicio e o integrado faz o acompanhamento do carregamento das aves que é realizado por equipes contratadas pela BRF. O quadro a seguir descreve todas as etapas do processo da engorda de frangos. Quadro 2 - Fluxograma do processo da engorda de frangos. Fonte: Dados conforme pesquisa (2017) Todo esse processo, desde o alojamento das aves, até chegarem ao peso médio de kg, dura em torno de 40 dias, mas fatores climáticos podem vir a interferir; como altas temperaturas se não amenizadas dentro dos aviários podem causar um grande número de

40 39 mortalidade de frangos; bem como a alta umidade na cama ocasionada pela incidência de chuvas e baixas temperaturas ocasionam perca de peso nas aves. 4.2 CUSTOS DIRETOS DE PRODUÇÃO Nos custos diretos de produção são considerados os custos com alimentação, custo com pessoal e os custos diretos específicos relacionados ao processo de engorda de frangos Alimentação No processo de engorda de frango pelo sistema de integração, toda a ração consumida é custeada pela empresa integradora no caso em estudo a BRF, não sendo cobrada diretamente do integrado, este, o qual na venda do frango tem um fator de conversão que cobre o valor da alimentação do frango durante o período. O quadro 3 demonstra o total de ração necessário para a engorda de frangos num período de engorda de 42 dias, e os diferentes tipos e quantidades de ração consumida no período conforme sua finalidade e granulagem, e seus respectivos custos. Quadro 3 Alimentação das aves Alimentação p/ Frangos Alimentação Tipo Ração unid. Quantidade Custo do kg Custo Total em R$ 1º ao 7º dia FP 11 Kg R$ 1, ,20 9º ao 18º dia FP 12 Kg R$ 1, ,00 19º ao 28º dia FP 14 Kg R$ 1, ,00 29º ao 33º dia FP 16 Kg R$ 1, ,20 34º ao 42º dia FP 18 Kg R$ 1, ,00 TOTAL ,40 Fonte: Dados conforme pesquisa (2017) Na primeira semana de alojamento o total de ração consumida é de Kg do tipo FP 11 inicial mais fina, a qual tem o maior custo unitário por Kg de R$ 1,42; sendo em média utilizado cerca de Kg de ração por dia nesta primeira semana de engorda. Nos dez seguintes dias o tipo de ração utilizada na engorda das aves é a FP 12 com um valor unitário de R$ 1.39, o qual teve um consumido de Kg aumentando o consumo diário de ração das aves para cerca de 2.690Kg.

41 40 No 19º dia de alojamento inicia-se o consumo da ração tipo FP 14 até o 28º dia totalizando um consumo de Kg de ração a um custo de R$ 1,36 o Kg totalizando um custo de R$ ,00 para a empresa integradora; e as aves consumindo diariamente Kg de ração. Nos cinco seguintes dias ate o 33º dia às aves consumiram a ração tipo FP 16, qual diariamente teve um consumo de Kg e no período um total de Kg de ração a um custo de R$ 1,34 o Kg. Nos últimos nove dias de alojamento das aves inicia-se o uso da ração final, tipo FP 18 no processo de engorda, a qual tem um maior consumo por parte das aves e onde ocorre o maior ganho de peso, sendo consumido Kg, com uma média diária de consumo de Kg de ração. Em todo o processo de engorda de frango foi utilizado Kg de ração totalizando um montante de R$ ,40, valor este todo custeado pela BRF. A quantidade consumida de ração tem grande influência no resultado do integrado, pois a partir deste consumo é calculada uma taxa de conversão através da relação de toneladas de ração consumida no lote, pelo total de toneladas de carne obtida na engorda das aves, quanto menor for a taxa de conversão melhores serão os resultados obtidos pelo integrado Custo com pessoal A atividade de engorda de frangos de corte demanda um tempo expressivo de mão-deobra em seu manejo; a propriedade em estudo conta com um colaborar e o quadro 4 demonstra todo o custo com pessoal e seus respectivos proventos. Quadro 4 - Custo com pessoal Custos com Pessoal MOD 1 Funcionário Salário 1.500,00 ATS - Insalubridade 187,40 SUBTOTAL 1.687,40 Férias 140,62 13º 140,62 1/3 Férias 46,87 SUBTOTAL 2.015,51 Salário Educação 2,5%, Incra 0,20%:(2,7%) 54,42 FGTS 8% 161,24 Previsões 7% 141,09 TOTAL 2.372,25 Fonte: Dados conforme pesquisa (2017)

42 41 Conforme demonstra o quadro 4 o valor pago de remuneração salário base para o colaborador é de R$ 1500,00, valor este acrescido com insalubridade de 20% vinte por cento sobre salário mínimo vigente totalizando um salário bruto de R$ 1687,40. Ainda com relação ao custo com pessoal tem as provisões com férias e 13º salário representando um doze avos do salário bruto no valor de R$ 140,62 ao mês; o adicional sobre férias de 33% correspondendo ao valor de R$ 46,87 totalizando um subtotal de R$ 2.025,51. A partir deste subtotal é calculada o valor das obrigações devidas pelo empregador com previdência e provisões; o caso em estudo por se tratar de um propriedade rural, a parte devida do empregador é de 2,7% com contribuição previdenciária num valor mensal de R$ 54,42, já o valor referente a FGTS pago tem a alíquota de 8%, totalizando R$ 161,24. A provisão calculada no percentual de 7% no mês é para eventuais gastos com desligamento do colaborador na propriedade, assim já sendo provisionando este valor mensamente de R$ 141,09. De acordo com o demonstrado no quadro 4, o custo total mensal com mão de obra é de R$ 2.372,25, sendo o mais considerável custo indireto, pelo fato de o produtor não precisar arcar com o custo da alimentação Custos diretos específicos Nos custos diretos específicos são considerados todos os custos relacionados com a preparação e manuseio da cama do aviário em todo o período de engorda das aves; um dos principais e mais importante fatores necessários para se obter bons resultados na atividade. O quadro 5 demonstra todos estes custos diretos específicos necessários. Quadro 5 - Custos diretos específicos Custos Diretos Específicos Preparação Cama Quantidade Unid. Preço Custo Total Cal 2000 Kg 0,49 990,00 Maravalha 30 m³ 48, ,00 Gasolina 130 litros 4,10 533,00 Depreciação picador cama 65,33 TOTAL 3.028,33 Valor desembolsado pelo integrado 598,33 Fonte: Dados conforme pesquisa (2017)

43 42 Na preparação dos aviários para o alojamento das aves é feito a utilização da cal para a esterilização e não proliferação de bactérias aplicando-se 2000 Kg em toda a cama do aviário, toda a cal utilizada teve um custo de R$ 990,00, custeado pela empresa integradora. De acordo com o demonstrado no quadro 5 a maravalha utilizada no processo para a forração da cama nas primeiras semana para o alojamento das aves ainda pequenas, totalizou R$ 1440,00, todo este valor também custeado pela empresa integradora. No decorrer do lote de engorda das aves, diariamente é realizado o manuseio da cama do aviário; todo o combustível necessário para o funcionamento da máquina picadora de cama teve um custo de R$ 533,00 no período. De acordo com o quadro 5, o valor gasto com combustível mais a depreciação da máquina utilizada no processo no valor de R$ 65,33, é o valor total desembolsado pelo integrado com os custos indiretos específicos totalizando R$ 598,33 sendo o restante R$ 3028,33 custeado pela BRF. 4.3 CUSTOS INDIRETOS Os custos indiretos são os custos que se caracterizam por não serem perfeitamente identificados nos produtos ou serviços; são classificados em dois grupos: fixos e variáveis. Os custos indiretos fixos não variam, são independentes de qualquer quantidade produzida ou vendida e assim necessitam de algum critério de rateio, já os custos variáveis, mesmo não estando relacionados com a produção, são necessários no processo, ocasionando gastos no período Custo com depreciação Na propriedade em estudo para se chegar ao valor mensal da depreciação de todas as instalações e equipamentos utilizados no processo de engorda das aves, levou-se em conta um valor estimado de vida útil para cada bem e estipulado um valor residual à cada máquina e equipamento. Todos os ativos foram depreciados pelo método de depreciação linear. No quadro 6 demonstra-se todos os bens, seus respectivos valores, vida útil e os total a ser depreciado mensalmente

44 43 Quadro 6 - Custo com depreciação Depreciação Bem Quant Valor do Bem Valor Total Bem Valor Residual Valor a ser depreciado Vida Útil Meses Depreciação ao Mês Aviário 01 (150 metros) , , , , ,00 Aviário 02 (100 metros) , , , , ,00 Bebedouros (150 m) , , , , ,50 Bebedouros (100 m) , , , , ,00 Caixa de água (5000 l) , ,00 108, , ,40 Comandos elétricos , ,00 400, , ,33 Comandos elétricos , ,00 250, , ,58 Comedouro (150 m) , , , , ,50 Comedouro (100m) , ,00 900, , ,50 Espalhador de cal 1 500,00 500,00 25,00 475, ,92 Forno aquecedor (tonel) 6 500, ,00 60, , ,50 Forno automático(lenha) , , , , ,00 Nebulizador de aviários , , , , ,75 Poço artesiano , , , , ,50 Silo para ração , ,00 400, , ,22 Ventiladores de aviários , ,00 550, , ,08 TOTAL 2.320,79 Fonte: Dados conforme pesquisa (2017) De acordo com o demonstrado no quadro 6, o total de depreciação de máquinas e equipamentos mensal foi de R$ 2.320,79, sendo que deste total R$ 1.250,00 é a depreciação mensal somente da estrutura física dos galpões onde são alojadas as aves. Os bens que fazem parte da estrutura interna de funcionamento dos aviários, composta por máquinas e equipamentos, totalizando uma depreciação mensal de R$ 896,67, somente ficam como estrutura externa de funcionamento os silos de armazenamento de ração, as caixas de água e o poço artesiano, que juntos somam uma depreciação mensal de R$ 174, Custos indiretos Os custos indiretos na propriedade em estudo compreendem os custos com pró-labore, depreciação e seguros, figurando esses como custos indiretos fixos; já os custos indiretos variáveis são custos com telefone, luz, impostos, lenha e manutenção.

45 44 Quadro 7 - Custos indiretos Custos Indiretos Custos Indiretos Fixos Variáveis Pró-labore 6.000,00 Depreciação 2.320,79 Seguros 100,00 Telefone 50,00 Luz 450,00 Impostos 307,67 Lenha 900,00 Manutenção 500,00 TOTAL 8.420, ,67 Fonte: Dados conforme pesquisa (2017) De acordo com o quadro 7, a propriedade em estudo apresenta mensalmente um total de R$ 8.420,79 com custos indiretos fixos; sendo desta totalidade o maior custo o com prólabore de seu proprietário com um valor mensal de R$ 6.000,00, o restante dos custos são com a depreciação mensal e seguros no valor de R$ 2.420,00. Ainda conforme demonstra o quadro 7, o valor mensal com custos indiretos variáveis tem um custo de R$2.207,67 no mês o qual se obteve através da soma dos custos variáveis com telefone, luz, impostos, lenha usada no aquecimento das aves e manutenção dos aviários; no mês a propriedade tem um gasto total com custos indiretos, somando os fixos e variáveis, no valor de R$10.628, APURAÇÃO DO CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO Na realização do cálculo do custo total de produção da engorda de frangos de corte, foram utilizados os métodos de custeio por absorção e variável Método de custeio por absorção No cálculo do custo pelo método de custeio por absorção são considerados todos os custos fixos como variáveis, utilizados no processo de produção. O quadro 8 demonstra o total com os custos fixos e variáveis bem como a quantidade total de carne obtida na engorda dos frangos bem como a valor do custo do Kg da carne no período.

46 45 Quadro 8 - Custo total pelo custeio por absorção Custo total pelo Custeio por Absorção Custos Diretos Valor R$ Alimentação 0,00 Custos com Pessoal 2.372,25 Custos específicos (cama) 598,33 Custos Indiretos Custo Indireto Fixo 8.420,79 Custo Indireto Variável 2.207,67 Custo Total ,04 Rendimentos em kg entregue Custo unitário ou do kg 0,15 Fonte: Dados conforme pesquisa (2017) Conforme o quadro 8, no período, a propriedade em estudo teve um gasto com custos diretos no valor de R$ 2.970,58 na atividade de engorda de frangos de corte, valor este considerado baixo, pois toda a alimentação é custeada pela BRF no sistema de parceria de integração. Os custos indiretos somaram um total de R$ ,46 entre custos indiretos fixos e variáveis, fechando no período um custo total de R$ ,04. A partir do rendimento total em kg de carne obtido na engorda das aves no lote de frangos, apurou-se um volume total de Kg de carne; calculou-se o custo unitário de cada Kg de carne obtido, pela divisão deste rendimento pelo custo total calculado no lote, chegando a um valor de R$ 0,15 o custo do kg de carne obtido na engorda das aves Método de custeio variável O método de custeio variável considera apenas os custos variáveis tanto diretos como indiretos, demonstrando a variação do custo conforme o volume de produção; sendo um método apenas utilizado para fins gerencias e tomadas de decisões. O quadro 9 demonstra a apuração do custo total pelo método de custeio variável. Quadro 9 - Custo total pelo custeio variável Custo total pelo Custeio Variável ou Direto Custos diretos Valor R$ Alimentação 0,00 Custos com Pessoal 2.372,25 Custos específicos (cama) 598,33 Custos Indiretos Custo Indireto Variável 2.207,67 Custo Total 5.178,25 Rendimentos em kg entregue Custo unitário ou do kg 0,06 Fonte: Dados conforme pesquisa (2017)

47 46 De acordo com o demonstrado no quadro 9, o custo total pelo método custeio variável aplicado na propriedade em estudo teve um custo total na engorda das aves de R$ 5.178,25; o maior custo observado foi o custo com pessoal o qual é fixo e não varia conforme a produção. Ainda conforme o quadro 9, o custo do kg de carne obtido na engorda das aves teve um custo R$ 0,06 cada valor este considerando o custo total de R$ 5.178,25 e o rendimento total obtido no processo de Kg de carne de frango. 4.5 ANÁLISE DO CUSTO VOLUME E RESULTADO Na análise do custo volume e resultado na avicultura em estudo foi considerado o preço pago pela empresa integradora na venda das aves, bem como o total de Kg obtidos no processo de engorda das aves, considerando os descontos com Funrural retido no pagamento do lote e os diversos custos decorrentes em todo o processo do lote de frangos. A partir disso, calculou-se a margem de contribuição, o ponto de equilíbrio Contábil, margem de segurança operacional, seguida da demonstração do resultado e análise dos indicadores citados, demostrados e analisados na sequencia Margem de contribuição A margem de contribuição é encontrada a partir do preço pago por ave pela empresa integradora ao produtor, diminuindo deste os custos e despesas variáveis, chegando-se a margem de contribuição unitária de cada frango para a propriedade. O quadro 10 demonstra o cálculo da margem de contribuição unitária e total, conforme os custos e resultados obtidos na engorda de frangos na propriedade em estudo. Quadro 10 Margem de contribuição unitária e total Margem de contribuição unitária e total R$ % Preço de venda 0, Custo Variável 0,16 29 Impostos 0,013 2,42 Margem de contribuição unitária por frango de 2,8601kg 0, Numero de frangos entregues Margem de Contribuição total em Frangos Fonte: Dados conforme pesquisa (2017)

48 47 No quadro 10 está relacionado o preço de venda do período em estudo pago pela empresa integradora que foi de R$ 0,54 por frango engordado no lote de frangos. Deste valor pago cerca de 29% é devido aos custos variáveis, o qual gira em torno de R$ 0,16 por ave; os impostos sobre a receita do lote são recolhidos pela empresa integradora já no pagamento e remetidos ao Funrural que é o Fundo de Assistência ao Produtor Rural, com a alíquota de 2,42% o qual é descontado do valor bruto da comercialização, representando cerca de R$ 0,013 por ave. De acordo com o quadro 10, apurou-se uma margem de contribuição unitário de R$0,369 por ave engordada, o que representa um índice de 68% do preço pago por ave pela BRF, índice este excelente, pois é a partir desse valor que irá cobrir os custos e despesas fixas do processo e ai se obter o lucro do produto vendido. A partir da margem de contribuição unitária e a totalidade de frangos vendidos no lote, calculou-se a margem de contribuição total de frangos, ou seja, cerca de 37% da produção entregue, cobre os custos e despesas variáveis de todo o lote na engorda de frangos de corte Ponto de equilíbrio Contábil Por intermédio do cálculo do ponto de equilíbrio Contábil se obtém a quantidade de frangos que a propriedade necessita alojar para cobrir todo o seu custo fixo no período. O quadro 11 apresenta o cálculo do ponto de equilíbrio a partir do valor total dos custos, e do valor remunerado. Quadro 11 Ponto de equilíbrio contábil Ponto de Equilíbrio Contábil R$ Custo Fixo total 8.420,79 Margem de contribuição unitária 0,369 Ponto de Equilibro Contábil Frangos Fonte: Dados conforme pesquisa (2017) Para cobrir todos os custos fixos do lote de frangos a propriedade deve vender aves, cobrindo assim pagando todo seu custo fixo e sobrando margem positiva para cobrir o custo variável correspondente as unidades no ponto de equilíbrio; um número baixo, levandose em conta que no período em estudo a propriedade entregou aves, ou seja, ficando o ponto de equilíbrio em torno de 70% da sua capacidade total de produção. Portanto, com 70% da sua capacidade total de produção a propriedade em estudo cobre todos os seus custos ede

49 48 produção no período, restando 30% da produção para gerar o lucro do lote de frangos esperado no período Margem de segurança operacional O cálculo da margem de segurança representa a diferença entre a quantidade vendida e a quantidade estabelecida no ponto de equilíbrio, assim cobrindo os custos e despesas operacionais. O quadro 12 demonstra o cálculo da margem de segurança operacional: Quadro 12 Margem de segurança operacional Margem de segurança operacional KG R$ Quantidade vendida de frangos ,70 Quantidade no ponto de equilíbrio em frangos ,27 Margem de segurança operacional em frangos MSO % 30% 30% Fonte: Dados conforme pesquisa (2017) De acordo com o demonstrado no quadro 12, a quantidade de frangos entregues no período em estudo foi de A empresa integradora pagou pelo lote produzido ao produtor R$ ,70. Conforme demonstrado, a quantidade no ponto de equilíbrio em frangos oi de aves, ou seja, em torno de R$ ,27 cobriria todos os custos e despesas de produção da propriedade. A partir do cálculo se obteve uma margem de segurança operacional de aves, o que representa R$ 5.324,00, ou seja, o volume de venda que superou a quantidade no ponto de equilíbrio foi de 30% no processo de engorda das aves Demonstração do resultado A demonstração do resultado do período demonstra a receita obtida, os custos totais apurados no processo de engorda das aves, e os impostos que incidem sobre a receita com a venda das aves para a BRF, se chegando-se assim ao lucro líquido obtido com a engorda de frangos de corte, como enunciado no quadro 13:

50 49 Quadro 13 Demonstração do resultado Demonstração do Resultado R$ % Receita com vendas ,70 100% Custo total ,04 77% Lucro bruto 4.061,66 23% Impostos 430,74 2,4% Lucro liquido 3.630,92 21% Fonte: Dados conforme pesquisa (2017) Conforme os valores apurados no quadro 13, demonstra o resultado do processo de engorda do lote de frangos estudado; na venda das aves para a empresa integradora o produtor obteve uma receita de R$ ,70, o processo da engorda teve um custo para o produtor no valor de R$ ,04, o que representa 77% do valor total da receita obtida na venda das aves. Da receita total obtida na venda diminuindo-se o custo total de produção apurou-se um lucro bruto de R$ 4.061,66, que representa 23% da receita total no lote. De acordo com o demonstrado no quadro 13, do valor do lucro bruto se deduz apenas os impostos devidos, em torno de 2,4% correspondentes a impostos com o Funrural, no montante de R$ 430,74, chegando-se assim a um lucro líquido de todo o lote de frangos num total de R$ 3.708,21, cerca de 21% do total obtido na venda da aves. 4.6 ANÁLISE DE INVESTIMENTO DA AMPLIAÇÃO DE UM DOS AVIÁRIOS Para a realização da análise do novo investimento foi calculado o custo médio por ave com a capacidade após o investimento de alojar cerca de aves, em dois aviários de 150 metros cada um. A partir do custo médio por ave, a quantidade alojada e o preço médio pago pela empresa integradora, foi elaborado o fluxo de caixa baseado na quantidade de aves alojadas a partir do investimento de aumento de um dos aviários. Por fim, foi realizado a análise deste investimento utilizando-se alguns métodos de análise de investimento como taxa mínima de atratividade TMA, taxa interna de retorno TIR, valor presente líquido VPL, e o tempo de retorno do investimento payback Custo médio por ave após o novo investimento Com o investimento de aumento em um dos aviários a quantidade de aves alojadas vai aumentar em cerca de aves alojadas neste espaço ampliado. Assim sendo, foi calculado

51 50 um novo custo médio por ave, pois com a ampliação do aviário a propriedade passa a ter á capacidade de alojar cerca de aves. O quadro 14 demonstra todo o cálculo para se chegar ao valor do custo médio por ave para posteriormente calcular o fluxo de caixa do investimento. Quadro 14 Custo médio por ave após o investimento Custo médio por ave após o investimento Valor R$ Custo Indireto Fixo 8.420,79 Numero de frangos Custo Indireto Fixo por frango 0,2575 Numero de frangos após investimento Custo Indireto Fixo por frango com investimento 0,2054 Custo variável total 6.492,41 Custo total com o investimento ,20 Numero de frangos Custo médio por ave 0,3637 Fonte: Dados conforme pesquisa (2017) O cálculo do custo médio por ave após o investimento se obteve por meio do custo indireto fixo total de R$ 8.420,79, o qual com o investimento alojando aves se obteve um custo fixo por frango de R$ 0,2054 que antes com a entrega de aves era de R$ 0,2575. O custo variável total com foi de R$ 6.492,41, chegando a um custo total com de R$ ,45, este divido pela quantidade alojada de aves obteve um custo médio por ave de R$ 0,3637, valor o qual será usado para o cálculo do fluxo de caixa gerado pelo investimento no ano Fluxo de caixa Sendo o fluxo de caixa um dos principais instrumentos no controle e na análise de receitas despesas e investimentos considerando um determinado período, este foi gerado a partir dos dados utilizados para sua formação conforme demonstrado no quadro 15.

52 51 Quadros 15- Dados para o fluxo de caixa Dados Para o Fluxo de Caixa Tamanho da Instalação m² p/ 150 medidas Densidade 16 Frango por m² Total de aves alojadas Estimado Receita Média p/ Ave 0,5472 Estimado Custo Médio do Produtor p/ Ave 0,3637 Estimado Mortalidade 3% Aves mortas no lote N Lotes Ano 6,55 Giro ano do produtor Fonte: Dados conforme pesquisa (2017) Na estrutura do fluxo de caixa, foi considerado a quantidade de aves alojadas no tamanho ampliado em 50 metros em um dos aviários que possui 100 metros assim ficando os dois aviários com a medida máxima, aumento a capacidade de alojamento da propriedade em cerca de aves. Foi considerado também uma estimativa de receita média por ave baseado nos resultados analisados no lote em estudo de R$ 0,5472 por ave entregue. Também foi observado o custo médio do produtor por ave, conforme o apresentado no quadro 14 teve um valo médio de R$ 0,3637. Além da quantidade alojada, da receita e do custo médio por ave levou-se em conta uma mortalidade de 3% do total das aves alojadas, valor este considerado normal no sistema de engorda de frangos e que condiz com a realidade da propriedade em estudo. O número de lotes no ano é o estimado pela empresa integradora para seus integrados no decorrer se um ano cerca de 6,55 lotes, valor este obtido pela divisão do total de dias em um ano, pelo dias do inicio de um lote, até o inicio do próximo que leva em torno de 55 dias. Quadro 16 - Fluxo de caixa Fluxo de Caixa Estimado Lotes Ano Aves Alojadas Aves Entregues Fluxo Bruto Médio Custo Médio Produtor Fluxo Líquido p/ Lote R$ 4.405,51 R$ 2.928,09 R$ 1.477, R$ 4.405,51 R$ 2.928,09 R$ 1.477, R$ 4.405,51 R$ 2.928,09 R$ 1.477, R$ 4.405,51 R$ 2.928,09 R$ 1.477, R$ 4.405,51 R$ 2.928,09 R$ 1.477, R$ 4.405,51 R$ 2.928,09 R$ 1.477,42 0, ,05 R$ 2.423,03 R$ 1.610,45 R$ 812,58 R$ 9.677,11 Fonte: Dados conforme pesquisa (2017) O fluxo de caixa estimado conforme o quadro 16 foi obtido a partir da quantidade estimada de aves entregues, correspondente aos 50 metros a mais de capacidade conforme

53 52 proposto no investimento analisado; chegando a um fluxo bruto médio por lote de R$ 4.405,51. O custo médio por ave alojada para o produtor conforme o calculado anteriormente em seu custo é de R$ , a partir deste valor calculou-se o custo médio total para as aves entregues, chegando a um custo no montante de R$ 2.928,09; e a partir da subtração deste valor do custo médio do produtor, obteve-se o fluxo líquido por lote no investimento de R$ 1.447,42 e no ano após 6,55 lotes um total de R$ 9.677,11 valor este que servirá de base para calcular os prazos de retorno e os índices de análise do investimento de ampliação do aviário Dados base do investimento Para a análise do investimento ser eficiente, faz-se necessário a determinação das variáveis envolvidas no projeto. Conforme quadro 17, o valor do investimento é de R$ ,00. Quadros 17- Dados base do investimento DADOS BASE DO INVESTIMENTO Parâmetro Investimento OBS Investimento R$ ,00 Valor Investido Taxa de Retorno Anual Pretendido 12,00% Taxa de retorno usado no VPL ano de 10% ano Taxa de Retorno Mensal 0,949% Taxa de retorno mensal 0.949% mês Taxa de Retorno Diário 0,031% Taxa de retorno diário IPCA Esperado 7% IPCA para correção do pagamento e custo Tempo Base Para Retorno Fonte: Dados conforme pesquisa (2017) 20 Tempo 20 anos. A taxa de retorno, pela qual é possível avaliar se o investimento terá o retorno desejado no investimento, foi mensurada em periodicidade anual 12% mensal 0,949%, e diária, 0,031%. Após realizar o cálculo conforme parametrizado, é necessário comparar a taxa encontrada com as taxas de retorno desejadas anual, mensal e diária. Para correção do pagamento e custo do investimento foi considerado o IPCA de 7%, e estimado um tempo de retorno de 20 anos. A partir dos valores dos fluxos de caixa, é necessário calculá-los a valor presente. O quadro 18 demonstra que foi realizado o cálculo referente ao tempo de retorno considerandose do ano zero ao vigésimo. Os fluxos de caixa foram apurados, observando que no ano zero é evidenciado o capital investido na propriedade, por esta razão o sinal negativo acompanha o

54 53 valor de R$ ,00. E, nos períodos posteriores, os saldos de caixa gerados em cada um deles, que é de R$ 9.677,11 conforme o calculado no fluxo de caixa. Quadro 18 - Valor presente líquido VPL Ano Fluxo anual Valor presente Soma do valor presente 0 R$ ,00 1 R$ 9.677, , ,28 2 R$ 9.677, , ,81 3 R$ 9.677, , ,79 4 R$ 9.677, , ,77 5 R$ 9.677, , ,82 6 R$ 9.677, , ,55 7 R$ 9.677, , ,98 8 R$ 9.677, , ,41 9 R$ 9.677, , ,07 10 R$ 9.677, , ,84 11 R$ 9.677, , ,78 12 R$ 9.677, , ,65 13 R$ 9.677, , ,40 14 R$ 9.677, , ,53 15 R$ 9.677, , ,50 16 R$ 9.677, , ,04 17 R$ 9.677, , ,46 18 R$ 9.677, , ,87 19 R$ 9.677, , ,45 20 R$ 9.677, , ,64 Fonte: Dados conforme pesquisa (2017) A taxa interna de retorno é um importante indicador, que comparado com o índice de correção, IPCA, sinaliza o risco do investimento. Por meio da análise do quadro 18, verificase que a taxa de retorno é superior ao índice almejado, o que permite afirmar que o capital investido será recuperado. Pelo fato de estar distante do IPCA, demonstra que o investimento que se pretende realizar é de baixo risco. A taxa interna de retorno encontrada foi de 16,81%. O quadro 19 demonstra os índices dos métodos utilizados na analise do investimento. Quadro-19 Métodos de análise de investimento Métodos de análise de investimento TIR 16,81% VPL Payback Descontado Tempo Ano 10,10 Payback Descontado Tempo Mês 121,24 Payback Descontado Tempo Dias Fonte: Dados conforme pesquisa (2017)

55 54 Tendo como base as informações do fluxo de caixa, foi calculado o tempo de retorno do investimento pelo método do payback descontado. Com base no cálculo da proporção, a empresa, se realizar o investimento, irá recuperar o capital, em 10,10 anos, ou seja, em 121,24 meses ou dias por este método de análise. A partir dos valores dos fluxos de caixa, estes foram trazidos a valor presente, considerando o índice de 10%. Deste modo, o valor do fluxo de caixa do primeiro mês que foi de R$ 9.677,11, trazido à valor presente, passa a ser R$ 8.640,28. O segundo ano apresenta, R$ 7.714,53 de fluxo a valor presente, e assim sucessivamente até chegar ao vigésimo e último ano, com R$ 1.003,19 de fluxo a valor presente.

56 CONCLUSÃO Na realização deste trabalho de conclusão de curso, cuja a área de concentração foi a da Contabilidade de Custos, com o intuito de realizar a analise do custo, volume e resultado na avicultura em uma pequena propriedade, a qual possui dois aviários, com os quais o proprietário atua no sistema de integração na engorda de frangos de corte. Na sua estrutura foi necessário buscar a fundamentação teórica de contabilidade, contabilidade de custos e suas classificações, sistemas de produção, métodos de custeio e os métodos de análise dos resultados e do investimento a ser implantado na propriedade; juntamente foi mapeado todo o processo de engorda das aves e levantados todos os custos inerentes a atividade de avicultura realizada na propriedade. Levando-se em consideração todas essas informações coletadas, foram elaboradas planilhas para análise da atividade de avicultura apurando-se os custos com alimentação custos diretos, indiretos, cálculo do custo total, pelo método de custeio por absorção e varável chegando-se ao valor do custo unitário por kg de frango engordado, bem como pelo total de aves alojadas. Após, foi realizada a análise do custo, volume e resultado, por meio do cálculo da margem de contribuição, ponto de equilíbrio, margem de segurança operacional, chegando a quantidade necessária de aves alojadas para cobrir todos os custos operacionais da propriedade. Após o levantamento de todos esses dados e realizadas as análises propostas; foi realizada a análise do investimento de aumento de um dos aviários, a partir da quantidade alojada após o aumento, utilizando-se métodos de avaliação de investimentos como taxa mínima de atratividade TMA, taxa interna de retorno TIR, valor presente líquido VPL, tempo de retorno do investimento payback e por fim, o fluxo de caixa, com a projeção de receita referente ao investimento de aumento do aviário. Diante de todos os elementos do estudo realizado, pode-se concluir que a atividade de avicultura no sistema de integração praticada na propriedade analisada é rentável, gera resultados positivos e satisfatórios; bem como o investimento de aumento de um dos aviários em 50 metros. Com base nas análises realizadas conclui-se que o investimento é viável tem lucratividade e um prazo bom de retorno do investimento. Também pode-se concluir que todos os objetivos propostos para o presente trabalho foram alcançados, com a realização de uma planilha combinada que realizasse a analise da relação do custo, volume e resultado na engorda frango e que principalmente poderá

57 instrumentalizar os gestores da propriedade com indicadores para um melhor gerenciamento na busca de melhores resultados financeiros da propriedade. Após a realização do estudo proposto, para min enquanto concluinte do curso de Ciências Contábeis, proporcionou um maior conhecimento e entendimento na atividade de engorda de frangos de corte pelo sistema de integração e de todo o seu processo, bem como de todos os custos que o compreendem; a partir das planilhas estruturadas e as análises realizadas, pude adquirir um maior conhecimento na Contabilidade de Custos e nos resultados obtidos na atividade.

58 REFERÊNCIAS ABPA -Associação Brasileira de proteína animal- Resumo do setor de aves Disponível em: Acesso em 09/04/2017. BASSO, Irani Paulo. Contabilidade geral básica. 4. ed. Ijui: Editora Unijui, p. BEUREN, Ilse Maria (Org.). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: Teoria e Prática. 2.ed. São Paulo: Editora Atlas, p. BORNIA, Antonio Cesar. Análise gerencial de custos. 3.ed. São Paulo: Editora Atlas, p. BRUNI, Adriano Leal ; FAMÁ, Rubens. Gestão de custos e formação de preços. 3.ed. São Paulo: Atlas, p. CASAROTTO FILHO, Nelson e KOPITTKE, Bruno H. Análise de investimentos: matemática financeira, engenharia econômica, tomada de decisão, estratégia empresarial. 11. ed. São Paulo: Atlas, p. CFC- CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Norma Brasileira de contabilidade nº 27- NBC TG 27. Disponível em: Acesso em 21/04/2017. CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade rural. Uma abordagem decisória. 5.ed. São Paulo: Editora Atlas, p.. Contabilidade rural. Uma abordagem decisória. 6.ed. São Paulo: Editora Atlas, p. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5.ed. São Paulo: Atlas, p.

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62 ANEXOS ANEXO A Aviários da propriedade Fonte: Dados conforme pesquisa (2017) Anexo B Preparação dos aviários para o alojamento das aves Fonte: Dados conforme pesquisa (2017)

63 ANEXO C Primeiro dia de alojamento das aves Fonte: Dados conforme pesquisa (2017) Anexo D Primeira semana de alojamento das aves Fonte: Dados conforme pesquisa (2017)

64 Anexo E Segunda semana de alojamento das aves Fonte: Dados conforme pesquisa (2017) Anexo F Terceira semana de alojamento das aves Fonte: Dados conforme pesquisa (2017)

65 Anexo G Quarta semana de alojamento das aves Fonte: Dados conforme pesquisa (2017) Anexo H Quinta semana de alojamento das aves Fonte: Dados conforme pesquisa (2017)

66 Anexo I Sexta semana de alojamento das aves prontas para entrega Fonte: Dados conforme pesquisa (2017) Anexo J Inicio do carregamento das aves Fonte: Dados conforme pesquisa (2017)

67 Anexo L Carregamento do caminhão Fonte: Dados conforme pesquisa (2017) Anexo M Caminhão carregado para o frigorifico Fonte: Dados conforme pesquisa (2017)

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